sábado, 21 de junho de 2014

Vários países da UE contra projecto de Orçamento da Comissão para 2015

20-06-2014 
  
Vários países europeus expressaram a sua oposição ao projecto de orçamento da Comissão Europeia para 2015, especialmente pela falta de margem para eventuais imprevistos e pelo aumento de 4,9 por cento da despesa.
 
Durante a reunião do Conselho de ministros das Finanças da União, o ministro holandês, também presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que um aumento de quase cinco pontos na despesa, de quase 142 mil milhões de euros, não pode ser considerado como «moderado» e apontou-o como «inaceitável».
 
O projecto de Orçamento, que irá ser negociado já durante a presidência italiana da União Europeia, que começa em Julho, inclui mais de 145 mil milhões de euros em compromissos, o montante máximo com que se pode comprometer a União num exercício fiscal e que representa um aumento de 2,1 por cento face a 2014.
 
Fonte: Diáriodigital; Lusa

Ministros da Agricultura aprovam conclusões sobre o regime de frutas e hortícolas da UE

 20-06-2014 
 
Os Ministros da Agricultura da União Europeia aprovaram, esta semana, as conclusões do relatório da Comissão Europeia sobre o regime de frutas e hortícolas.
 
O Copa-Cogeca mostrou-se satisfeito com o documento, tendo em conta que o relatório mostra o bom funcionamento do regime e também como as organizações de produtores (OP) e cooperativas agrícolas devem ser motivadas de forma a obter um melhor retorno dos seus produtos e adicionar valor aos mesmos.
 
O documento revela que a parcela do valor total de frutas e hortícolas da União Europeia comercializados pelas cooperativas e OP cresceu acentuadamente durante o período de 2008/2010, após a reforma de 2007, pelo que deve ter continuidade e ser melhorado, com redução da burocracia e clareza da legislação.
 
Fonte: Copa-Cogeca

“Agricultura de Precisão” é tema de conferência em Beja


Rádio Pax - 21/06/2014 - 00:03

"Agricultura de Precisão" é tema de conferência em Beja

    
A associação "Alentejo de Excelência" leva hoje a cabo uma conferência com o tema "Agricultura de Precisão – Modernização agrícola e tendências de produção".  

O Salão Nobre da Cooperativa Agrícola de Beja recebe, a partir das 15 horas, o painel de oradores convidados.

O regadio como estímulo a novas culturas, a modernização de equipamentos, infra-estruturas e sistemas de financiamento, o efeito microeconómico da agricultura de regadio e as tendências da agro-indústria e do consumidor final são os temas a abordar.

"Neste evento aberto à comunidade, pretendemos, debater pela positiva a capacidade da região em apostar numa agricultura de precisão, com elevado retorno paro o desenvolvimento sustentável da região e dos seus investidores" avança a organização.

Contra-revolução em curso. Chegou a hora de tentar limpar a imagem da manteiga


"Time" prepara-se para lançar uma edição provocadora que rejeita os riscos das gorduras saturadas na saúde. Nos EUA, um livro lembra como estudos parciais ajudaram a tranquilizar a população e o presidente Eisenhower
Quer manteiga na sandes? Quem não pensa duas vezes antes de responder à pergunta mais banal do que pedir factura em qualquer café levante a mão. Cada vez há mais pessoas a dizer que se calhar a vozinha que faz contas à saúde e vota a favor do "não" resulta de um dos maiores erros das últimas décadas no campo da nutrição, mesmo que os seus autores tenham sido bem intencionados – o que também já começa a ser posto em causa. A "Time", que no passado foi vista como um marco na mudança de consciência – em 1984, fez uma edição dedicada à prevenção do colesterol, que classificou de mortal – prepara-se para lançar na próxima semana uma edição provocadora com a chamada de capa"coma manteiga". Nos EUA há também um livro chamado "Big Fat Surprise", lançado em Maio, com chancela do "The New York Times", que depressa se tornou bestseller.

A autora, a jornalista de investigação Nina Teicholz, não tem pejo em classificar a campanha contra as gorduras saturadas como uma das maiores experiências não controladas feitas na população americana nas últimas décadas. E junta à história, que tem como marco o primeiro ataque cardíaco de Eisenhower em 1955, algumas estatísticas persuasoras: quando em 1961 a Associação Americana de Cardiologia emitiu as primeiras recomendações no sentido de uma dieta baixa em gordura e colesterol, um em cada sete adultos americanos tinha excesso de peso. Quarenta anos depois, a obesidade afecta um terço da população e a taxa de diabetes passou de 1% da população para 11%, números próximos dos que se verificam na maioria dos países industrializados. Portugal inclusive.

INE: Expansão significativa da área de produção do tomate para a indústria



As previsões, a 31 de Maio, apontam para um aumento das áreas de tomate para a indústria (+20%) e de batata de regadio (+5%) e para decréscimos no milho (-10%), arroz (-5%) e girasol (-10%).
Na campanha dos cereais de Outono / Inverno esperam-se aumentos generalizados de produtividade (+10% no trigo duro, +25% no trigo mole e +35% no triticale, cevada e aveia). Relativamente aos frutos, prevê-se um decréscimo na produtividade da cereja (-10%), cultura que voltou a ser bastante afectada pelas condições climatéricas adversas que ocorreram na fase da floração / polinização e, posteriormente, na altura da colheita. Em sentido inverso, o rendimento unitário do pêssego deverá aumentar 25%.

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O mês de Maio caraterizou-se, em termos meteorológicos, por dois períodos muito distintos: as duas primeiras décadas decorreram secas e quentes, com os valores de temperatura média do ar muito superiores ao normal (com ondas de calor que, em alguns casos, se estenderam por mais de 15 dias); a partir do dia 20 ocorreu uma descida acentuada da temperatura do ar, principalmente da máxima, com a ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada.

 Estas condições foram, de um modo geral, favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das culturas instaladas, bem como ao normal desenrolar dos trabalhos agrícolas da época (instalação das culturas de primavera e trabalhos de fenação e silagem).

A percentagem de água no solo no final de Maio, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, diminuiu face ao mês anterior. Os valores registados são normais em todo o território a norte do Tejo e ligeiramente inferiores a sul.

Prados, pastagens e culturas forrageiras com bom aspecto vegetativo

O aumento das temperaturas beneficiou os prados, pastagens e culturas forrageiras, que apresentam um bom aspecto vegetativo. Realizaram-se os trabalhos de corte, secagem e enfardação de fenos e de áreas significativas de vegetação espontânea. A precipitação ocorrida no final do mês prejudicou pontualmente a qualidade dos fenos cortados que se encontravam em secagem sobre o solo.

A massa verde produzida por estas culturas tem permitido que a alimentação das diferentes espécies pecuárias decorra sem dificuldades, sendo o contributo das rações, palhas e fenos semelhante ao observado em igual período do ano anterior.

Área de milho diminui face a 2013

A preparação dos solos para a sementeira do milho iniciou-se com algum atraso, essencialmente devido às situações de encharcamento dos terrenos. As condições climatéricas que se verificaram ao longo do mês de Maio permitiram concluir a maioria das sementeiras, apesar da interrupção dos trabalhos nos períodos de maior precipitação da segunda quinzena. A área semeada deverá registar um decréscimo de 10% face ao ano anterior. De referir que, de um modo geral, as germinações e os desenvolvimentos iniciais foram homogéneos.

Também no arroz as previsões apontam para um decréscimo de área semeada (-5%) face ao ano anterior. Existem extensões consideráveis de canteiros ainda não semeados, sendo também de referir que no Baixo Mondego as obras de melhoramento no Bloco de Maiorca condicionaram as áreas disponíveis para esta cultura.

Área plantada de tomate para a indústria regista forte incremento

A plantação do tomate para a indústria está a decorrer sem incidentes, estimando-se um aumento de área na ordem dos 20%, resultado dos estímulos promovidos pela indústria (alargamento do período de recepção e melhoria das condições contratuais) e de perspectivas favoráveis de escoamento da produção para Espanha. O desenvolvimento vegetativo das searas já instaladas (mais de ¾ da área total prevista) tem sido normal.

Quanto ao girassol, prevê-se que a área semeada ronde os 16 mil hectares, o que corresponde a um decréscimo de 10% face à campanha anterior.

Batata de regadio com ligeiro aumento da área plantada

As plantações de batata de regadio concluíram-se ao longo do mês de Maio, estimando-se um aumento da área de 5% face a 2013. Nesta cultura, com um período de instalação muito alargado, nas variedades mais precoces já se iniciou a colheita, encontrando-se a maioria das plantações mais tardias e a batata para a indústria ainda em floração. O aspecto vegetativo é, de um modo geral, bom.

Bom desenvolvimento vegetativo dos cereais de Outono/Inverno

Globalmente os cereais de Outono/Inverno apresentam um bom desenvolvimento vegetativo. Encontram-se nas fases de floração ou em início de granação leitosa (trigo, triticale, centeio e cevada), estando a aveia já na fase de grão pastoso ou em maturação completa. Prevêem-se aumentos nas produtividades em todos os cereais praganosos excepto no centeio, que deverá manter o rendimento unitário da campanha anterior.

Aumento de produtividade na batata de sequeiro

Os batatais de sequeiro estão, em geral, em floração, apresentando um aspecto vegetativo normal para a época. Apesar do rendimento unitário estar muito dependente da temperatura e da insolação que se façam sentir na fase de tuberização, o facto de as plantações terem decorrido atempadamente faz prever um aumento da produtividade de 5%, face a 2013.

Mais um ano mau para a cereja

A precipitação e as elevadas amplitudes térmicas registadas na fase da floração/polinização da cereja, para além de atrasarem o início da colheita das variedades precoces, provocaram muitas situações de polinização deficiente e aborto dos frutos em fases de desenvolvimento posteriores. Registaram-se fendilhamentos e perdas de capacidade de conservação de alguma produção provocados pelas chuvas de finais de Maio. Prevê-se assim uma redução de 10% na produtividade, face a 2013, ficando pelo terceiro ano consecutivo abaixo das 2 toneladas por hectare.

Quanto ao pêssego, estima-se um aumento de 25% no rendimento unitário, face à campanha anterior, que tinha sido bastante afectada pelo tempo frio e chuvoso na fase da floração, principalmente no interior Centro.

Fonte:  INE

Associação da Castanha alerta contra nova praga detectada em Portugal

Vespa do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus)


A Associação Portuguesa da Castanha (RefCast) alertou para a vespa do castanheiro, uma nova praga que afecta os soutos e foi detectada recentemente em Barcelos e contra a qual está a ser delineado um plano de emergência.

"Esta praga foi infelizmente detectada no nosso país no Vale do Neiva, em Barcelos. É aí que está o primeiro foco de infecção da vespa do castanheiro descoberta em Portugal", afirmou à agência Lusa o porta-voz da RefCast, José Gomes Laranjo.

No entanto, de acordo com o especialista, no local foram encontrados algumas "galhas secas do ano passado", que indiciam que a praga já está presente no país há mais tempo.

O insecto entrou na Europa, via Itália, em 2002. Em 2005, penetrou em França e em 2012 em Espanha, chegando a destruir grande parte da produção de castanha nos soutos infectados.

Depois das doenças do cancro e da tinta, que destruíram muitos castanheiros em Portugal, estes estão agora a ser ameaçados por uma nova praga.

José Gomes Laranjo referiu que a associação e os seus parceiros já estavam atentos à vespa que aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros. Só quando estes formam novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infectados, os ramos não conseguem dar mais fruto.

A RefCast, com sede em Vila Real, convocou uma reunião de emergência na semana passada para debater o assunto. Está também já constituído um grupo de trabalho que junta elementos da associação, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e é coordenado pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

O responsável disse que o plano de combate à praga passa, no imediato, pela detecção das áreas afectadas, pelo que apelou aos agricultores para irem ao terreno observar os castanheiros para que se possa ainda proceder à queima dos ramos infectados.

"Até ao final de Julho ainda podemos ir a tempo de descobrir esses focos e evitar que cada mosca que lá esteja origine 200 novas moscas, destruindo esses ramos pelo fogo estamos a controlar a praga", salientou.

O especialista frisou que esta estratégia pode atrasar o alastramento da infecção.

"A praga tanto pode vir nos novos castanheiros que nós compramos no Inverno como também serem transportados no interior dos veículos. Tudo isto são factores possíveis de contaminação", acrescentou ainda.

José Gomes Laranjo acrescentou que se está a trabalhar ainda no licenciamento extraordinário de alguns insecticidas que podem ser aplicados nos castanheiros e num plano de implementação de uma luta biológica na primavera do próximo ano.

Esta luta biológica passa por introduzir em Portugal uma outra mosca -- o Torymus sinensis - que será libertada junto aos castanheiros infectados, a qual vai por os ovos no mesmo sítio onde estão as larvas da vespa.

"Essas larvas vão-se alimentar das larvas da vespa. Esta estratégia que está a ser aplicada em Itália e em França com resultados positivos.

Apesar de revelar esperança na luta contra a vespa, José Gomes Laranjo mostrou-se "muito preocupado" com as consequências desta nova praga no sector que é considerado como o "petróleo" ou o "ouro" de Trás-os-Montes.

No ano passado, a região produziu cerca de 30 mil toneladas de castanha, que se traduziram num volume de negócios que rondou os 60 milhões de euros.

Fonte:  Lusa

3ª Edição das Conversas Florestais: O Novo regime Jurídico das Re/Arborizações Florestais.

No próximo dia  24  de  Junho, a APAS Floresta realiza em parceria com o ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) e a Câmara Municipal do Cadaval a 3ª Edição das Conversas Florestais subordinada ao tema: "O Novo Regime Jurídico das Arborizações e Rearborizações Florestais".

O evento terá lugar no auditório da Câmara Municipal do Cadaval às 15:00h.

fonte:


Lançado o 1º portal de classificados do mundo rural português.




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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Bruxelas publica regras de etiquetagem "produto de montanha"

19-06-2014 
  
A Comissão Europeia publicou uma decisão que define as novas regras para a utilização do termo qualidade "produto da montanha", opcional para produtos alimentares provenientes das zonas de montanha.
 
Esta é a primeira menção de qualidade facultativa a ser introduzida, conforme previsto no "Regulamento de Qualidade" 2012, tendo como objectivo destacar os produtos que para os consumidores não representam um importante valor acrescentando, mas não estão abrangidos por outras marcas de qualidade da União Europeia.
 
A Comissão aprovou ainda dous outros actos jurídicos para simplificar o pedido de Denominações de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), de produtos alimentares.
 
O comissário europeia da Agricultura, Dacian Ciolos, diz-se satisfeito com a entrada em vigor da nova regra, considerando que esta venha fortalecer e impulsionar os agricultores das zonas de montanha, como por exemplo, a indústria de lacticínios, para além de ser uma nova ferramenta de informação para os consumidores».
 
De acordo com o regulamento base em regimes de qualidade para os produtos agrícolas e géneros alimentares, conhecido como o "Regulamento de Qualidade", a legislação requer que as matérias-primas dos produtos em questão devam ser, essencialmente, de zonas de montanha, e no caso dos produtos transformados, devem ser produzidos em regiões montanhosas, ou seja, a alimentação dos animais criados nestas zonas deve representar 50 por cento da dieta anual dos mesmos. Esta percentagem é definida em 60 por cento para ruminantes e 25 por cento no caso dos porcos.
 
Fonte: Comissão Europeia

Presidência grega da UE passa para Itália directrizes a seguir no sector do leite

18-06-2014 
 


 
Os ministros da Agricultura da União Europeia não adoptaram as conclusões sobre o sector do leite, preparadas pela presidência grega na reunião do Conselho, que decorreu esta semana.
 
Tendo em conta esta decisão, cabe à próxima presidência italiana decidir o futuro trabalho a realizar neste sector no segundo semestre deste ano. O Conselho está dividido em dois grupos. Um constituído pelos países do norte, que têm vindo a aumentar a sua produção, com risco de superar a sua referência e pedem que no último ano de quotas se permita uma aterrizagem suave perante a nova situação sem quotas, ou seja, solicitam algum tipo de perdão da supertaxa.
 
O segundo grupo, constituído pelos países cujos produtores procuram ajustar as suas quotas e não correm o risco da supertaxa, não apoiam nenhuma medida de contenção da mesma, defendendo que esta supunha uma penalização aos que respeitam as normas.
 
Na reunião de Conselho, a Comissão também apresentou a sua informação sobre a implementação do pacote do leite. Segundo a Comissão, a situação do mercado do leite na União Europeia é actualmente favorável e o prognóstico a médio prazo é positivo, apesar da interferência de uma grande volatilidade dos preços.
 
Segundo o documento, quase todos os Estados-membros adoptaram critérios nacionais para o reconhecimento das organizações de produtores e as negociações colectivas sobre o pacote do leite. Contudo, é demasiado cedo para ver efeitos significativos no sector do leite nas regiões desfavorecidas.
 
Fonte: Agrodigital


Portugal perdeu 90 por cento das explorações leiteiras em 20 anos

19-06-2014 
 


 
Em 20 anos, Portugal já perdeu 90 por cento das explorações leiteiras, no entanto, os níveis de produção de leite aumentaram e estabilizaram em cerca de 1,8 milhões de toneladas por ano.
 
De acordo com o Público, na campanha de 1993/1994 o número de produtores de leite no país era de 61 mil, valor que na campanha de 2013/2014 se situava nos sete mil.
 
De acordo com Fernando Cardoso, secretário-geral da Fenalac, em declarações ao jornal Público, esta evolução permite perceber que existiu uma mudança no sector, que há 20 anos ainda não dispunha de ordenha mecanizada própria, «fazendo entregas em postos de recolha que regularmente eram visitados pelos camiões-cisterna das cooperativas ou em instalações de ordenha colectiva».
 
A principal mudança no quadro sectorial começa no início da década de 1990, quando passa a ser introduzido em Portugal o sistema de quotas de produção definido pela União Europeia (UE).
 
Fernando Cardoso refere que o sistema de quotas «garantiu as condições de estabilidade e previsibilidade de mercado propícias ao investimento e à restruturação do sector. A nossa quota foi, nessa altura, definida num valor cerca de 30 por cento superior à produção de então, facto que permitiu o crescimento das entregas de leite».
 
De acordo com a União Europeia, existem actualmente 22 Estados-membros com níveis de produção abaixo da quota. As quotas leiteiras deverão terminar a 15 de Abril de 2015, conforme votado no Parlamento Europeu.
 
Fonte: vidarural

44 milhões para projectos dedicados à acção climática


     
Sónia Balasteiro Sónia Balasteiro  | 19/06/2014 12:15:24 749 Visitas   
 44 milhões para projectos dedicados à acção climática
A Comissão Europeia lançou ontem um novo programa de financiamento de projectos dedicados à acção climática. O subprograma Acção climática, do programa europeu LIFE, irá disponibilizar 44,26 milhões de EUR em 2014 para desenvolver e pôr em prática novas formas de responder ao desafio das alterações climáticas na Europa.

O subprograma faz parte do programa LIFE 2014-2020 da UE e disponibilizará 864 milhões de euros para a acção climática nos próximos sete anos. Apoiará também o reforço da sensibilização, comunicação, cooperação e divulgação em matéria de acções de atenuação e adaptação às alterações climáticas. 

As organizações interessadas devem dar início, o mais rápido possível, ao desenvolvimento das suas ideias para projectos, à formação de parcerias com partes interessadas pertinentes e à identificação de apoios financeiros complementares, insta a CE em comunicado. "Uma vez que a cooperação transfronteiras é essencial para garantir os objectivos da UE em matéria de acção climática", os projectos transnacionais terão preferência, acrescenta o organismo.

"O novo programa LIFE para a acção climática está a disponibilizar mais verbas do que nunca para projectos inovadores em matéria de clima em toda a Europa. Tal contribuirá para concretizar tecnologias hipocarbónicas de vanguarda e desenvolver soluções climáticas já existentes. O convite à apresentação de propostas contempla projectos-piloto, projectos de demonstração e projectos de melhores práticas", declarou a responsável pela acção climática da Comissão, Connie Hedegaard, ontem no lançamento do programa. 

O prazo para entrega das candidaturas decorre até 16 de Outubro de 2014.


UNAC distinguida pela Comissão Nacional de Coordenação do Combate à Desertificação


por Ana Rita Costa
19 de Junho - 2014
A UNAC – União da Floresta Mediterrânica foi galardoada pela Comissão Nacional de Combate à Desertificação com o prémio "Campeões das Zonas Áridas 2014". A cerimónia foi organizada no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Combate à Desertificação de 2014 e teve lugar em Palácios, no concelho de Bragança.

 
O prémio foi entregue pelo Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural como reconhecimento do contributo do projeto "Programa de Valorização da Fileira da Pinha/Pinhão", iniciativa QREN apoiada no âmbito do INALENTEJO, e do papel desempenhado pela UNAC enquanto "exemplar e importante agente na promoção de abordagens inovadoras em áreas de Portugal afetadas pela desertificação".

Seminário «Agricultura Familiar e sustentabilidade dos territórios rurais» decorre em Faro


As instalações da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, em Faro, acolhem, na próxima quarta-feira, 25, o seminário «Agricultura Familiar e sustentabilidade dos territórios rurais», promovido pela Associação Portuguesa de Economia Agrária (APDEA). 

Este evento integra um ciclo de seminários regionais promovido pela associação, no âmbito do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), em parceria com a Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais (SPER), a Federação Minha Terra, a Animar, a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e as Direções Regionais de Agricultura e Pescas. 

Promover a visibilidade da agricultura familiar para o rendimento das famílias e a melhoria do seu bem-estar; evidenciar o papel da agricultura familiar para a coesão do território, para a gestão sustentável dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente; identificar e divulgar as boas práticas da agricultura familiar, destacando o associativismo; e contribuir para que a agricultura familiar seja reposicionada no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas regionais e nacional, bem como identificar oportunidades para promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado, são os objetivos do ciclo. 

«Panorama da agricultura familiar algarvia», «Uma revisitação da agricultura familiar algarvia» e «A nova agricultura familiar algarvia» serão os painéis do seminário de dia 25. 

A participação é gratuita e não carece de inscrição.

Carne de porco alimentado por marijuana à venda


O homem que recorre esta forma de alimentar os animais decidiu chamar-lhes «pot pigs (porcos-erva)»

Por: tvi24 / JFP    |   2014-06-19 15:51
William von Scheneidau, proprietário do Rancho BB em Seattle, não é o fundador da ideia de alimentar animais com erva. Ele nem fuma, disse à NBC News. Simplesmente queria aproveitar o que uns amigos não iam precisar.

Von Scheneidau conheceu os proprietários de um dispensário de erva e, quando soube da legalização da marijuana em Washington, perguntou se podia ficar com o que eles não precisassem para a agricultura.

De acordo com a NBC news, von Scheneidau refere que os restos de marijuana são usados para alimentar os porcos, mas como se trata de quintas sem vedação, outros animais têm acesso.

O agricultor disse à NBC News que «quando acabaram de comer, os porcos deitam-se e mal conseguem levantar a cabeça».

A preguiça dos porcos acaba por ser útil, pois o ganho de peso contribui para a carne de porco feita em bacon e salsichas. Por outro lado, von Scheneidau afirmou ainda à NBC News que «o sabor da carne gorda é extraordinário, os consumidores adoram».

Pode dizer-se que é uma atividade que dá sentido à expressão «party animals».

Sobreiros verdes abatidos no Estuário de Tejo

Sónia Balasteiro Sónia Balasteiro  | 19/06/2014 17:21:30 89 Visitas   
Raquel Wise/SOL
Sobreiros verdes abatidos no Estuário de Tejo

Estão a ser cortadas dezenas de sobreiros verdes, árvores, protegidas por lei, na zona da Adema, junto da EN 118, em Samora Correia, no concelho de Benavente, dentro de uma área classificada como Zona de Protecção Especial (ZPE) para aves selvagens do Estuário do Tejo, e Sítio de Importância Comunitária, denunciou hoje a Quercus.

A associação ambientalista solicitou já a intervenção do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, pedindo também esclarecimentos ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas sobre uma eventual autorização para o abate de sobreiros. 

"Estamos em plena época de nidificação das aves, e operações deste tipo podem ter impactos negativos consideráveis nas aves selvagens do local", alerta a associação.

"As operações em curso incluem também a retirada do local dos troncos e ramos das árvores cortadas e entretanto foi iniciada a instalação de um pivô de rega, o que revela a intenção de converter o solo para cultura de regadio, intensificando o sistema agrícola", sublinha ainda a Quercus, apelando à ministra da Agricultura, Assunção Cristas, para que não existam mais autorizações para abate de sobreiros em áreas importantes para a conservação da Natureza e lembrando que o sobreiro é uma espécie protegida e símbolo nacional.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Alimentos industrializados são a causa de doenças degenerativas modernas


Alimentos industrializados são a causa de doenças degenerativas modernas


Os alimentos industrializados são apontados como causa de algumas das doenças degenerativas modernas, como o cancro, a diabetes ou as falhas cardiovasculares, defendem alguns especialistas da área da saúde e nutrição contactados pela agência Lusa.
«Há alimentos que tendem a criar distúrbios ou deficiências» no organismo humano, avança Francisco Varatojo, diretor do Instituto Macrobiótico de Portugal (IMP), que pretende promover a saúde e desenvolvimento, elencando «os lacticínios, a carne, o açúcar e os produtos químicos e refinados».
No dia em que se realiza em Lisboa o seminário «Nutrição: Factos e Mitos», Francisco Varatojo explicou à Lusa que estes alimentos são difíceis de metabolizar pelo organismo, defendendo que se devia «parar de os ingerir ou reduzir drasticamente a sua ingestão», não apenas «por razões de saúde, mas também por questões ambientais e sociais».
Diário Digital / Lusa

Primeira onda de calor do ano entre 11 e 16 de junho - IPMA

A primeira onda de calor do ano ocorreu entre os dias 11 e 16 de junho, com valores da temperatura do ar muito elevados e noites tropicais, com temperaturas mínimas acima dos 20°C, em alguns locais.
De acordo com os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), «neste período quente ocorreu uma onda de calor nalguns locais do Continente», situação originada por «influência de um fluxo predominante de leste sobre o território do continente».
Para este fenómeno contribuiu, a partir de dia 12, um anticiclone localizado próximo das Ilhas Britânicas e, a partir de dia 14, também de uma região depressionária centrada no sul da Península Ibérica.
O IPMA adianta que a onda de calor não deverá ter uma extensão temporal muito superior à já verificada, embora ainda sejam esperados valores próximo de 30ºC no nordeste Transmontano e Beira Alta até dia 20 de junho.
No entanto, está prevista uma descida gradual de temperatura nos próximos dias, que já teve início no litoral da região Sul, no dia 16.
Diário Digital com Lusa

Inovisa promove seminário sobre comunicação no setores agrícola, alimentar e florestal


por Ana Rita Costa
11 de Junho - 2014

A Inovisa vai promover no próximo dia 1 de julho, na FIL, Parque das Nações, o seminário "Comunicar para Cultivar". Este evento tem como objetivo apresentar iniciativas de comunicação digital, apresentar exemplos e boas práticas nesta área e apontar caminhos para melhorar a comunicação de conhecimento nos sectores agrícola, alimentar e florestal.

 
O programa da iniciativa inclui o debate de temas como "Ciência 2.0 Conhecimento em rede", "Engenharia N' 1 min: Como a engenharia está presente no dia-a-dia", "Invasoras: O que são, onde estão e como as controlar", "Montado da biodiversidade aos serviços do ecossistema", "Rural.mov: Seleção e promoção de projetos da Medida 1.1.1. ProDeR", "Plataforma Chil.org: A rede de profissionais da alimentação e agricultura" e "Clube Maçã Alcobaça: Peça-a pelo nome".

Para mais informações sobre o seminário contacte o email cmotacapitao@inovisa.pt ou o telemóvel 916355838.

Negócio da produção de vinho pode crescer mil milhões de euros


por João Barbosa
11 de Junho - 2014
Um crescimento de mil milhões de euros é quanto o sector vitivinícola português tem pela frente. Esta boa margem para aumento foi referida por José Amaral, administrador do Banco Português de Investimentos (BPI), numa conferência realizada em Lisboa, organizada pela Independent Winegrowers Associations, que assinalou dez anos de existência.

 
O exercício estatístico, que serve de base à afirmação do banqueiro, relaciona quota de mercado de exportação, normalizada pela área vinícola, referente ao ano de 2010. Citando um estudo da Price Water House Coopers (PWC), o banqueiro considera que o alinhamento do valor acrescentado bruto (VAB) de Portugal com a média dum conjunto de seis países (Austrália, Chile, Espanha, França, Itália e Portugal) significa um impacto de mil milhões de euros em 2020 – com base em 2010.

O estudo da PWC que coordena quota de mercado de exportação normalizada (linearmente) pela área de vinícola mostra que, em 2010, a Austrália tinha 9,1%, a França 8,2%, o Chile 6,6%,a  Itália 5,8%, Portugal 2,9% e a Espanha 1,8%.

O estudo da empresa de consultadoria refere que, para Portugal alcançar a média deste grupo deve, "reforçar a difusão e promoção comercial; potenciar a consolidação de produtores e de marcas para ganho de escala e coordenação; assegurar a automatização/desenvolvimento tecnológico da produção vinícola; e introduzir mecanismos de fiscalização e pagamento atempado para otimizar o aproveitamento de verbas de apoios".

Veja a notícia completa na edição de junho da revista VIDA RURAL.

Cientistas transformam estrume em água


por Ana Rita Costa
9 de Junho - 2014
Um grupo de investigadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos da América, conseguiu transformar estrume de vaca em água limpa. O projeto, que começou há cerca de dez anos e que só agora foi tornado público, extrai nutrientes e poluentes do estrume e produz água que pode depois ser consumida pelo gado.

 
Intitulada McLanahan Nutrient Separation System, esta tecnologia ainda não está na fase de comercialização, mas segundo os responsáveis pela sua criação, "terá um impacto significativo na redução de resíduos das explorações agrícolas e gestão de recursos".

"No Michigan temos uma tendência para dar a água como garantida. Mas no oeste, por exemplo, a seca continua a ser um tema importante. E o acesso a água limpa pode fazer a diferença entre uma exploração manter-se viável ou ir à falência", explicou Steve Safferman, um dos inventores do sistema.

O separador de nutrientes usa um digestor anaeróbio, no qual as bactérias partem o estrume para libertar gás que pode ser recolhido e utilizado como energia. O digestor é acoplado a um sistema que combina a extração do ar, ultrafiltração e osmose inversa para remover poluentes e deixar a água limpa.

Segundo a universidade norte-americana, o sistema poderá começar a ser comercializado no final do ano.

UE aprova nova legislação para criadores de aves


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
A União Europeia aprovou uma nova legislação que vai permitir que a partir de 15 de julho os criadores de aves utilizem dejetos, penas e outros lixos de aves como biocombustíveis.

 
Várias associações de criadores de aves europeias já se manifestaram em relação à aprovação da lei que consideram "importante para a sustentabilidade económica e ambiental desta indústria".

Um produtor que produz cerca de 5,8 milhões de aves por ano e que já testou este sistema diz que é possível com este sistema, e com uma produção semelhante à sua, colmatar até 93% das necessidades energéticas de uma exploração.

AJASUL promove Jornadas Ibéricas sobre Tecnologias de Agricultura de Precisão


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
A AJASUL vai promover no próximo dia 27 de junho, em Évora, as Jornadas Ibéricas dedicadas ao tema "Tecnologias de Precisão em Máquinas Agrícolas".

 
Em debate estarão questões como "Inovação em máquinas agrícolas", "Condução e monitorização de informação em tratores e máquinas agrícolas por GPS", "Tecnologias na gestão diferenciada da fertilização em pastagens: monitorização, tomada de decisão" e "Robótica em máquinas agrícolas".

Para mais informações contacte o email mecanizacao@esaelvas.pt ou o email info@ajasul.com

Campanha britânica quer que consumidores deixem de lavar carne de frango


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
A Agência Britânica de Segurança dos Alimentos (FSA) lançou uma campanha que tem como objetivo pedir aos consumidores britânicos, e aos escoceses em particular, que não lavem a carne de frango depois de a comprarem nas lojas. De acordo com aquela entidade, com a lavagem existe o potencial perigo de estender a bactéria Campylobacter aos utensílios de cozinha, propagando a bactéria.

 
A bactéria Campylobacter é responsável por uma das formas mais comuns de intoxicação alimentar no Reino unido, que afeta cerca de 280 000 pessoas por ano e que provém de aves contaminadas. Entre os sintomas causados pelo consumo de um alimento infetado com a doença estão dores abdominais, diarreia e vómitos.

A FSA já pediu também a diversos programas de culinária no Reino Unido que não promovam a prática de lavar carne de frango e que comentem que é melhor não fazê-lo.

Cooperativa Agrícola de Alcobaça apresenta projeto internacional


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
A Cooperativa Agrícola de Alcobaça vai apresentar esta semana, no Auditório Joaquim Viera Natividade, na sede da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, um novo projeto de âmbito internacional direcionado para o turismo.

 
Este projeto vai contemplar um showroom sob a marca 'Granja de Cister' onde estarão todos os produtos de origem agrícola produzidos na região (fruta, fruta transformada, hortícolas, vinhos, licores, azeite, queijo, enchidos, etc).

Para além disso, será ainda apresentado o projeto 'Somos da Terra', que visa a criação de circuitos turísticos que permitam a visita a explorações agrícolas da região.

EDIA adjudica mais 20 285 hectares


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
A EDIA assinou seis contratos de adjudicação de empreitadas de construção de infraestruturas de distribuição de água para um total de 20 285 hectares.

 
As seis empreitadas de construção correspondem às infraestruturas de Beringel e Álamo, Beja, São Matias, Caliços-Machados e Pias, localizadas nos concelhos de Beja, Vidigueira, Moura e Serpa, representando um investimento global superior a 132 milhões de euros.

Estas empreitadas, para além das infraestruturas de distribuição de água, contemplam a construção das respetivas redes viárias e de drenagem, estações elevatórias, reservatórios e sistemas de automação e telegestão.

A adjudicação para a construção de mais 20 285 hectares de área servida por Alqueva, somados aos mais de  20 000 hectares que se encontram atualmente em obra e aos cerca de 68 000 hectares em exploração, totalizam cerca de 110 000 hectares.

Estudo revela crescimento da resistência a antibióticos em explorações leiteiras


por Ana Rita Costa
17 de Junho - 2014
Um estudo realizado por um conjunto de investigadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos da América, revelou que a resistência a antibióticos está a crescer nas explorações leiteiras. 

 
A investigação recentemente publicada mostra que o crescente uso de antibióticos nas explorações animais está a levar à resistência a estes medicamentos, o que afeta diretamente as estratégias de gestão deste tipo de empresas que precisam de reduzir os riscos de contágio de doenças.

O estudo focou-se na bactéria Klebsiella, a maior causadora de mastite, a doença mais comum e mais cara nas explorações leiteiras dos Estados Unidos da América, e levou à criação de um teste que permite identificar Klebsiella em amostras de leite e determinar se esta bactéria é persistente, virulenta ou resistente aos antibióticos existentes.

“Se comermos alimentos de origem animal, aumentamos o risco de doenças”

ENTREVISTA
MARIA JOÃO LOPES 18/06/2014 - 19:54
O bioquímico Colin Campbell, que esteve nesta quarta-feira pela primeira vez em Portugal, admite que devia haver mais estudos para comprovar que uma alimentação "correcta" pode prevenir e tratar doenças, incluindo o cancro, e que só não há devido a "fortes" interesses económicos. Para o investigador, leite, carne e ovos são para banir.

 
Colin Campbell é professor de Bioquímica Nutricional na Universidade de Cornell, onde se doutorou em nutrição, bioquímica e microbiologia DANIEL ROCHA

Cresceu numa quinta que produzia leite, mas não o bebe. Tem 80 anos e há cerca de 30 começou a abandonar os lacticínios, a carne, os ovos, os fritos e os doces. Peixe, no máximo uma vez por mês e cozido. Prefere vegetais, frutas, cereais integrais. Faz exercício e corre "facilmente" sete ou oito quilómetros. Não fuma e só de vez quando bebe vinho ou cerveja. O norte-americano Colin Campbell, professor de Bioquímica Nutricional na Universidade de Cornell, onde se doutorou em nutrição, bioquímica e microbiologia, coordenou o Estudo da China sobre a relação entre alimentação, estilo de vida e doenças degenerativas modernas, realizado pelas Universidades de Cornell, Oxford, com o apoio da Academia Chinesa de Medicina Preventiva. Esteve em Lisboa para participar num seminário promovido pela Direcção-Geral de Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde, Instituto Macrobiótico de Portugal e Ministério da Saúde.

Quais foram as principais conclusões do Estudo da China?
O Estudo da China é o nome do livro, publicado em 2005, que é um resumo do meu trabalho nos últimos 45 anos. E um projecto que fizemos na China, em 130 aldeias. Estávamos interessados em ver por que é que o cancro era muito mais comum nuns sítios do que noutros. O Estudo da China em si não foi responsável pelas minhas conclusões. Houve todo um trabalho feito antes, em laboratório, durante cerca 30 anos. O Estudo da China foi uma oportunidade de confirmar se o que estávamos a ver no laboratório era o mesmo que nos humanos.

Depois dessas décadas de pesquisas o que defende é que se comermos mais alimentos de origem animal, como lacticínios e carne, temos mais probabilidade de ter doenças cardiovasculares, cancro, diabetes? 
Há evidências científicas que nos dizem que, se comermos alimentos de origem animal, aumentamos o risco de ter essas doenças. As pessoas são mais saudáveis e vivem mais tempo se optarem por dietas com menos proteínas de origem animal e mais antioxidantes. Comer produtos de origem animal, como leite e carne, está relacionado com cancro, osteoporose, doenças cardiovasculares, diabetes. A maior parte das pessoas no Ocidente sabe que comer vegetais é bom e que comer carne não é tão bom. Mas o que não se apercebem é que este tipo de dieta é importante não só para prevenir essas doenças, como para tratá-las. O mesmo tipo de dieta que previne as doenças também as reverte.

Não estamos a falar de cancro?
De acordo com as minhas pesquisas, com mais proteínas de origem animal podemos activar o cancro e, com proteínas de origem vegetal, desactivá-lo. Mas temos de fazer mais investigação para o demonstrar mais claramente.

Está a dizer que comer mais alimentos de origem animal como a carne, o leite e os ovos contribuem para o cancro e, pelo contrário, vegetais, por exemplo, o revertem?
Sim. Refiro-me não só a comida de origem animal, mas também processada. Bolos de pastelaria com muito açúcar são um problema. Numa dieta baseada em plantas, os alimentos de origem vegetal têm propriedades notáveis para tratar alguns problemas. Pode haver grandes mudanças em semanas na recuperação da saúde. Mas muitos médicos não têm formação suficiente em nutrição e, por outro lado, estamos num sistema em que há muito dinheiro a ser feito à custa da venda de alimentos de origem animal, de comida processada, e de suplementos vitamínicos. E há muito dinheiro em jogo para tratar estas doenças. Estas indústrias não gostam desta mensagem.

Por que é que acha que não há investigação suficiente, mais estudos a comprovar essa tese? Por causa desses interesses?
Sim. As pesquisas que fiz foram com financiamento público, o que é importante porque não somos influenciados pelas indústrias. Mas o dinheiro público é muito limitado, comparado, por exemplo, com o que existe para fazer medicamentos. Em 70% do dinheiro disponibilizado pelo Instituto Nacional de Saúde nos Estados Unidos para pesquisas, só 3 a 4% é para nutrição. A combinação de não haver suficiente formação nem pesquisas em nutrição é fatal.

Vegetais coloridos

Se o Estudo da China fosse feito hoje, as conclusões seriam as mesmas?
Hoje não seria possível fazer o mesmo tipo de estudo na China, porque, entre outros aspectos, quando o fizemos, em 1983 e 1984, as pessoas consumiam os produtos produzidos localmente. Isso está a mudar. Está a aumentar o consumo de produtos de origem animal, de comida processada, há mais cancro, mais doenças do coração.

Como vai ser a nossa alimentação no futuro?
Não sei o que vai acontecer, mas é muito importante informar o público, criar programas, em que as pessoas possam participar, aprender a cozinhar certos alimentos, a produzir, falar nas escolas, nas faculdades de medicina. O problema é que, pelo menos nos Estados Unidos, os esforços são no sentido de suprimir a informação. Porque os interesses económicos são fortes.

Três exemplos de alimentos que devemos definitivamente comer e três a evitar.
Não comer carne, ovos nem beber leite. Comer cereais integrais, legumes, ervilhas, feijão e comer muitos vegetais coloridos, como cenouras, por exemplo. Têm propriedades antioxidantes que tendem a prevenir o envelhecimento, o cancro, as doenças do coração. São muito importantes.

Uma super-banana contra a fome no mundo

    
Ricardo Nabais Ricardo Nabais  | 18/06/2014 18:28:06 2390 Visitas   

 Uma super-banana contra a fome no mundo

Não se trata de um novo super-herói que se acobarda perante acontecimentos perigosos. É antes um projecto com o objectivo de combater a desnutrição e um dos graves problemas que assolam países em vias de desenvolvimento, a cegueira motivada pela carência extrema de vitamina A na infância.

Daí que um grupo constituído por universidades americanas e australianas tenha concebido uma banana geneticamente modificada, à qual foram acrescentados micronutrientes ricos naquela vitamina, de desenvolvimento rápido, que possa ser plantada por populações rurais desses países.

Financiado em parte pela Fundação Bill e Melinda Gates, o projecto deve ter pernas para andar por volta de 2020, com as primeiras colheitas a serem feitas no Uganda. 

Viticultores protestam a 2 de Julho contra "extinção" da Casa do Douro


Viticultores durienses manifestam-se a 02 de Julho, no Peso da Régua, em defesa da Casa do Douro (CD) e em protesto contra a alteração dos estatutos para associação de direito privado e de inscrição não obrigatória.

"Com esta proposta, o Governo prepara-se para extinguir a CD", afirmou ontem à agência Lusa Berta Santos, dirigente da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro).

Para defender a instituição que representa a viticultura duriense, os produtores da região saem à rua em Julho.

Berta Santos apelou à mobilização de todos e acusou o Governo de se estar a preparar para "liquidar" e roubar o "património" dos agricultores e de "chantagear" a organização.

O Conselho de Ministros aprovou no final de Maio a proposta de lei de autorização legislativa e respectivo anteprojecto de decreto-lei que visam alterar os estatutos da CD, definir o regime de regularização das suas dívidas, bem como criar as condições para a sua transição para uma associação de direito privado, extinguindo o actual estatuto de associação pública e de inscrição obrigatória para todos os viticultores.

Para resolver os problemas financeiros do organismo duriense, que possui uma dívida de 160 milhões de euros ao Estado, o Governo delineou uma solução que passa precisamente pela alteração dos estatutos, pela troca de dívida por vinho e por um perdão dos juros.

Esta proposta vai ser discutida a 26 de Junho na Assembleia da República (AR).

"Não é sério aquilo que o Governo está a fazer. Está a juntar o saneamento financeiro da CD e a alteração estatutária. Uma coisa não obriga à outra mas está a chantagear a organização dizendo que só se faz o saneamento se houver alteração aos estatutos", salientou Berta Santos.

A dirigente teme por um agravamento da situação da lavoura duriense, cujos rendimentos diz têm decrescido nos últimos anos, e por um maior abandono da vitivinicultura.

A CD tem também que se pronunciar no decorrer da próxima semana sobre se aceita ou recusa a proposta governamental.

No entanto, o Governo avisa que o processo de aprovação legislativa não está condicionado à assinatura de um acordo com o organismo duriense e ainda que, se não for dada resposta no prazo fixado, o Estado não irá proceder à apresentação de nova proposta de acordo.

A direcção da instituição, liderada por Manuel António Santos, já manifestou "total oposição a um modelo estatutário que passa pela extinção da CD e pela transferência de parte do seu património para uma associação privada".

Por considerar a "proposta humilhante, nomeadamente pelo preço reduzido atribuído aos vinhos", a organização "recusa liminarmente a proposta de dação em cumprimento elaborada pelo Ministério da Agricultura".

E, caso a AR aprove a proposta de lei do Governo, a CD avisa que vai "adoptar as medidas adequadas".

Dentro da instituição trabalham funcionários pagos pelo Estado e outros privados, sendo que alguns destes acumulam cerca de três anos de salários em atraso.

Também a Comunidade Intermunicipal do Douro, que junta 19 municípios, se mostrou contra a extinção do estatuto de direito público com inscrição obrigatória.

Por sua vez, o PCP promove domingo, no Peso da Régua, uma sessão pública em defesa do Douro e dos seus vitivinicultores, que contará com a presença do secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa.

Fonte:  Lusa

Pêra Rocha do Oeste atingiu recorde de exportações na campanha ainda em curso

As exportações de pêra rocha do Oeste atingiram um recorde na campanha de 2013/2014, com perto de 100 mil toneladas vendidas no mercado externo, revelou hoje a Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP).

Segundo os números provisórios da ANP relativos à campanha de 2013/2014, que ainda decorre, este recorde nas exportações verificou-se apesar de parte das 195 mil toneladas produzidas terem calibres "inferiores", o que não facilita a sua comercialização.

Na última campanha encerrada (2012/2013) foram produzidas 115 mil toneladas, uma quebra face às 223 mil toneladas produzidas em 2011/2012.

Brasil (39% da produção exportada), Reino Unido (19%), França (17%), Rússia (7%) continuam a ser os quatro principais mercados consumidores da pêra rocha do Oeste, mas Marrocos (6%) ultrapassou a Alemanha como quinto maior mercado, enquanto o sexto é disputado pela Polónia e Irlanda, o país do mundo que mais consome esta fruta `per capita`, disse Sofia Comporta, secretária-geral da ANP, à agência Lusa.

A entrada em novos mercados é, contudo, "muito difícil", por restrições impostas ou taxas alfandegárias elevadas que têm como objectivo proteger a produção desses países e impedir as importações.

Existem a decorrer acordos de comércio livre para a inclusão da pêra rocha entre a União Europeia e Estados Unidos da América, África do Sul, Japão, Tailândia, Vietname, Coreia, Colômbia, Paraguai e Costa Rica.

A pêra rocha nacional é produzida (99 por cento) nos concelhos da zona oeste de Lisboa entre Mafra a Leiria, numa área de cultivo de 11 mil hectares, sendo os concelhos de maior produção os do Cadaval e Bombarral.

A fileira dá trabalho a 4.700 pessoas, empregando diariamente 13 mil pessoas na época da colheita.

A pêra rocha do Oeste possui Denominação de Origem Protegida, um reconhecimento da qualidade do fruto português por parte da União Europeia.

Segundo a ANP, por ano são produzidas em média 195 mil toneladas de pêra rocha e facturados 140 milhões de euros.

A ANP vai realizar na sexta-feira, em Mafra, a sua gala anual, em que distingue os melhores produtores e comerciantes.

Fonte:  Lusa

Certificar as Boas Práticas Agrícolas


Susana Machado

Os agricultores da AGROMAIS cumprem as Boas Práticas Agrícolas!  

Esta afirmação, por si só, é uma declaração de intenções que pode ser contestada por qualquer um. Para podermos comprovar o que dissemos, apostámos, desde 2002, na obtenção de um certificado GLOBALG.A.P. por parte dos nossos produtores de cebola, de pimento, de tomate, de batata (indústria e consumo) e de brócolo.

GLOBALG.A.P. é uma organização privada, com base numa parceria igualitária entre produtores e retalhistas, que estabelece normas voluntárias para a certificação de produtos agrícolas, funcionando como um manual de Boas Práticas Agrícolas um pouco por todo o mundo.

Os princípios do esquema GLOBALG.A.P. baseiam-se nos seguintes conceitos:

Segurança Alimentar: princípios gerais do HACCP

Proteção do Ambiente: Boas Práticas Agrícolas de Proteção Ambiental, de forma a minimizar os impactos negativos da Produção Agrícola no Ambiente

Condições de Saúde, Higiene e Segurança dos Trabalhadores: bem como a consciencialização e responsabilidade quanto a assuntos sociais

Bem-estar Animal (quando aplicável)

Na prática, os produtores que connosco fazem culturas hortícolas, são acompanhados por parte da nossa equipa técnica que garante o cumprimento de todos os requisitos do referencial, nomeadamente:

Adequação das infraestruturas existentes
Determinação das avaliações de risco e respetivos procedimentos
Formação dos trabalhadores
Planos de ação
Sinalética
Registos
Cadernos de campo, etc.,

Posteriormente é realizada uma auditoria por parte de uma entidade certificadora, que atesta a implementação de todo o processo e que emite o certificado. Com este certificado, a AGROMAIS consegue demonstrar, junto dos seus parceiros comerciais, que os produtos comercializados são obtidos de forma sustentável, minimizando os impactos ambientais negativos, reduzindo a aplicação de fitofármacos e tendo uma atuação responsável no que se prende com a saúde e segurança dos trabalhadores. Com o certificado, a frase inicial deixa de ser uma mera declaração de intenções e passa a ser uma verdade comprovada por uma entidade independente.Num mundo cada vez mais informado e atento, a certificação GLOBALG.A.P. é uma importante ferramenta para garantir o escoamento de produtos, quer no mercado nacional quer no mercado internacional, e para criar uma relação de confiança com os nossos clientes.

Susana Machado 
Departamento de Qualidade da AGROMAIS

Projecto de Aluno do Instituto Superior de Agronomia conquista 3º lugar em prémio europeu


Manuel Penteado com Christian Radons da CLAAS


O projecto de um aluno de mestrado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Manuel Penteado, com o objectivo de optimizar a colheita em espécies perenes extensivas no âmbito da Agricultura de Precisão conquistou o 3º lugar no prémio europeu Farming by Satellite promovido pela Agência do GNSS Europeu (GSA), responsável pelas actividades de navegação por satélite na Europa.

A ideia que Manuel Penteado apresentou ao prémio Farming by Satellite resultou do trabalho de investigação realizado no âmbito da dissertação de mestrado em Engenharia Agronómica sob orientação dos professores Ricardo Braga e Pedro Aguiar Pinto.

Utilizando informação obtida por detecção remota com sensores montados em aviões, o projecto propõe a caracterização das árvores segundo valores de índices de vegetação. Após validação no terreno, etapa fundamental e sempre necessária, torna-se possível identificar os indivíduos com maior produtividade e/ou melhor qualidade da produção, que interessa separar da restante população por razões técnicas e económicas. Posteriormente, é definida uma trajectória optimizada com vista à eficiente colheita (mecanizada ou manual) dessas árvores cuja produção resulta, desta forma, individualizada e de valor acrescentado.

A ideia proposta permite simultaneamente reduzir os custos de colheita e melhorar a qualidade e valorização do produto final em culturas com o olival ou o montado. Outra vantagem da metodologia proposta é a redução do impacte ambiental da actividade agrícola mediante a optimização do trajecto das máquinas agrícolas. O júri realçou ainda o significativo contributo da solução apresentada para a redução do período de colheita.

Ao prémio Farming by Satellite 2014, aberto à participação de estudantes e de jovens, concorreram 96 candidaturas e foram validadas 43. Posteriormente, um júri seleccionou seis equipas da Europa e três de África, que vão fazer a sua apresentação final, em Praga (República Checa), no dia 11 de Junho.

A lista final das candidaturas incluía equipas de Portugal (duas), Roménia, Reino Unido, Alemanha, República Checa, África do Sul, Ruanda e Quénia.

Os vencedores do prémio internacional foram anunciados a 12 de Junho, durante a realização da conferência "European Space Solutions", no Centro de Conferências de Praga.

A competição visa promover o uso do Global Navigation Satellite System (GNSS) na agricultura e seus benefícios para os agricultores, os consumidores e para a segurança alimentar, de acordo com a entidade promotora.

Fonte:  ISA

Baldios: ICNF tem três milhões de verbas cativas geradas por baldios

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem por entregar três milhões de euros de receitas geradas pela exploração de baldios e que estão retidos devido a litígios, disse o vice-presidente daquele organismo estatal.

João Sobral, que foi ouvido no âmbito da discussão de um projecto-lei dos grupos parlamentares do PSD e CDS que prevê várias alterações à lei dos baldios, respondia às dúvidas do deputado comunista, João Ramos, garantindo que «no momento em que os litígios forem resolvidos e os compartes se organizem» terão direito a receber estas verbas.

O dinheiro foi sendo acumulado ao longo dos anos, desde que, em 1975, foi publicada uma lei que restituiu os baldios aos compartes, moradores de uma ou mais freguesias que, segundo os usos e costumes, tenham direito ao uso e fruição destes terrenos comunitários, e encontra-se actualmente «depositado» nas contas do IGCP, a agência que gere a dívida pública nacional.

Segundo explicou à Lusa, o ICNF passou a gerir, desde essa altura, as áreas florestais dos baldios, juntamente com os compartes, entregando-lhes entre 60 a 80 por cento das receitas provenientes da exploração florestal, excepto quando há litígios entre os moradores relativamente aos limites dos terrenos.

«O dinheiro fica retido até ser resolvido o litígio», frisou João Sobral, considerando que o montante que está por entregar «não é muito» comparado com os cerca de cinco milhões de euros que os compartes recebem todos os anos.

João Sobral afirmou aos deputados da Comissão de Agricultura e Mar, que estão a ultimar uma ronda de audições sobre o assunto, que a principal preocupação do ICNF tem a ver com a fragmentação da gestão dos baldios, sublinhando que são pouco mais de 300 mil hectares divididos por mais de mil entidades gestoras, as assembleias de compartes.

Lamentou ainda que dos cerca de cinco milhões de euros que são entregues pelo ICNF aos compartes apenas «uma ínfima parte» seja reinvestida na floresta, salientando que «ficaria muito surpreendido se chegasse aos cinco por cento», salientou.

A possibilidade das verbas cativas serem transferidas para o Fundo Florestal Permanente é uma das alterações propostas pela maioria PSD/CDS-PP, a par da definição de compartes que pretende que sejam considerados como tal apenas os cidadãos eleitores inscritos na freguesia onde se situam os respectivos terrenos.

Outro dos objectivos é que os baldios passem também a ser disponibilizados através da bolsa de terras, ideia que o vice-presidente da CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas), também ouvido na mesma comissão parlamentar, considerou ser contrária à «lógica do baldio».

Já a técnica florestal Susana Carneiro, do Centro Pinus, uma associação que reúne os principais consumidores industriais da fileira do pinho e outras entidades, destacou que estes são «territórios estratégicos para a fileira do pinho», uma vez que 70 por cento da área florestal dos baldios é ocupada por pinheiro-bravo. «Neste momento a prioridade é criar valor», vincou.

Fonte:  Lusa

Regresso à comida dos antepassados é a próxima tendência alimentar

O regresso à comida dos antepassados, ingerindo alimentos mais naturais e apostando em recursos portugueses, deverá ser a próxima "moda" nacional no que toca à alimentação, antevêem 'chefs' e especialistas contactados pela agência Lusa.

A 'chef' de cozinha Mafalda Pinto Leite, que apresentou o programa culinário "Dias com Mafalda", defendeu que "a próxima tendência será voltar às raízes, comendo alimentos considerados 'naturais', da forma como os nossos antepassados comiam".

O nosso ADN "é 99% igual ao dos paleolíticos" e o nosso corpo "ainda não está preparado para fazer a digestão de muitos alimentos que consumimos", resultando em doenças cardíacas, alergias e casos de obesidade cada vez mais frequentes, explicou à Lusa Mafalda Pinto Leite.

Segundo a especialista, mais de metade das pessoas (cerca de 56%) "não come a quantidade de fruta e legumes que devia comer", muitas vezes por considerarem que uma alimentação saudável é mais cara.

"Mas é muito mais caro ir ao médico e ter doenças", sublinhou Mafalda Pinto Leite.

Hoje procuram-se novos ingredientes e produtos biológicos com mais frequência, sinal de que a saúde está em primeiro lugar.

Ana Morais, 'bloguer' no "Tapas na Língua", é da mesma opinião e explicou que se deve prestar atenção aos acompanhamentos, defendendo que, "quanto mais integral e menos refinado for [um alimento], melhor".

Novos ingredientes, como "quinoa, aveia e diversas sementes", em substituição dos alimentos menos saudáveis é uma das propostas que partilha no "Tapas na Língua".

A bloguer defende o consumo de produtos orgânicos, que "acabam por ser mais caros, mas que tem muito mais sabor", apesar de alguns deles não serem fáceis de encontrar.

O 'chef' José Avillez, considerado como uma das referências da cozinha em Portugal e dono de vários restaurantes, aposta numa "moda" relacionada com um maior consumo de peixe, influência dos costumes asiáticos, que "nos dias de hoje estão por toda a parte".

Avillez admitiu à Lusa que Portugal "poderá lucrar com isso", devido à extensa costa do país, e acrescentou que serão "os cozinheiros, os produtores de marisco e a modernização de algumas marisqueiras e cervejarias que irão impulsionar esta nova tendência".

Independentemente da forma como a comida seja cozinhada, a tendência parece ter um elemento em comum: "a consciência de que os produtos processados não têm sido propriamente benéficos para a nossa saúde", defendeu a autora do 'blogue' "Dias de uma Princesa".

Para Catarina Beato, os alimentos têm de ser "redescobertos" e as pessoas "devem estar dispostas a experimentar novos alimentos" em prol de uma vida com mais saúde.

Fonte:  Lusa

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Conselho de Ministros pede normas mais simples para constituir OP

 17-06-2014 
 
As organizações de produtores a trabalhar nos programas operacionais sustentáveis devem seguir o eixo da política agricola comum (PAC) no sector de frutas e hortícolas, segundo a opinião do Conselho de Ministros.
 
No debate sobre a informação apresentada pela Comissão Europeia (CE) sobre a implementação da reforma do sector, os ministros consideraram ainda que as actuais normas para registar as organizações de produtores (OP) e aceder aos programas operacionais são complexas e contêm muita carga burocrática.
 
Por este motivo, o grau de organização entre produtores é baixo em alguns Estados-membros ou regiões dos mesmos. Em consequência, os ministros da Agricultura solicitaram à Comissão que estude um quadro normativo mais simples, transparente e previsível, que responda melhor às necessidades do mercado.
 
O Conselho apoia o intercâmbio de experiência entre as OP, e especial com as grandes e de carácter transnacional, acredita também que as medidas e ferramentas disponíveis sob a reforma da PAC para poder geriria e prevenir crises de produção são efectivas e eficientes, mas deviam ter um maior conhecimento dessas medidas, para poderem beneficiar mais das mesmas.
 
O Conselho pediu ainda à Comissão que analise possíveis melhorias para conseguir alcançar os objectivos da PAC no sector de frutas e hortícolas de forma a anunciar antes do final deste período financeiro, as futuras intenções da PAC após 2020.  
 
Fonte: Agrodigital

Sociedade Civil da RTP 2 emite rubrica da CONFAGRI "O mundo maravilhoso dos vegetais IV - os Baby leaf"

17-06-2014 
 
O programa Sociedade Civil da RTP 2, quarta-feira, dia 18 de Junho, emite uma rubrica da responsabilidade da CONFAGRI, entre as 14:00 e as 15:30 horas, com apresentação da Eng.ª Isabel Santana, Técnica da CONFAGRI, intitulada é "O mundo maravilhoso do vegetais IV - Os Baby leaf (Folhas jovens)"
Pretende-se nesta rubrica dar a conhecer aos telespectadores o que são as baby leafs, as vantagens do seu consumo, onde adquirir estas sementes ou plantas e como fazer uma sementeira de baby leaf.

O programa Sociedade Civil é apresentado pela jornalista Eduarda Maio. Conta com convidados e reportagens jornalísticas sobre o tema. O programa visa esclarecer e fornecer soluções úteis e inovadoras aos cidadãos sobre temas que estejam na ordem do dia: agricultura, cidadania, educação, saúde, alimentação, justiça, sociedade, entre outros.
 
Conheça e participe através do blog http://sociedade-civil.blogspot.com  ou enviando uma mensagem para sociedade-civil@rtp.pt. O programa emitido estará disponível logo depois da emissão em http://multimedia.rtp.pt.
 
Fonte: CONFAGRI

Acordo dos 28 sobre mudança indirecta do uso do solo na produção de biocombustíveis

17-06-2014 
 
Os Ministros do Ambiente da União Europeia chegaram a um acordo político sobre a mudança indirecta na utilização de terras no que diz respeito aos critérios de sustentabilidade para os biocombustíveis.
 
Os responsáveis acordaram limitar em sete por cento a percentagem de biocombustíveis de primeira geração no transporte em 2020. De início, a Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu solicitou uma percentagem máxima de 5,5 por cento.
 
Numa declaração conjunta, a França, Polónia, Espanha; República Checa; Estónia e Eslováquia insistiram para que não fosse reduzido o limite de sete por centro nos futuros debates do Parlamento Europeu.
 
Os biocombustíveis clássicos de primeira geração obtêm-se a partir de espécies agrícolas, como o milho ou a cana-de açúcar ou de plantas oleaginosas, como a soja, o girassol e a palma, pelo que a sua produção compete com a dos alimentos.
 
As emissões de gases com efeito de estufa resultantes do crescente uso de terras agrícolas para a produção de biocombustíveis é o que se conhece como mudança indirecta do uso do solo.
 
Fonte: Agrodigital

Comissário europeu elogia agricultura portuguesa

 17-06-2014 
  
A agricultura portuguesa «está a tornar-se cada vez mais dinâmica e inovadora», disse o porta-voz do Comissário Europeu responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, Roger Waite, no final de um conjunto de visitas a projectos agrícolas da região Oeste do país.
 
A visita, que incluiu um grupo de jornalistas, foi organizada pela Direcção Geral da Agricultura da Comissão Europeia e, segundo a mesma fonte, citada num comunicado enviado às redações, permitiu concluir que «a agricultura é um sector muito importante em Portugal» que «teve e vai continuar a ter um papel indispensável na recuperação económica».
 
O surgimento de novos agricultores, a modernização das explorações, a promoção das organizações agrícolas e o acesso a programas comunitários foram alguns dos termas abordados em encontros com o Secretário de Estado da Agricultura no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e os produtores.
 
Fonte: Lusa

Burla dos matadouros em risco de prescrição


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NELSON MORAIS
 
A privatização dos matadouros de Aveiro, Coimbra e Viseu remonta a 1999, começou a ser investigada em 2003, teve acusação em 2008 e ainda não chegou a julgamento. O mais certo é a prescrição dos crimes.

  
"Temos aqui a "isaltinização" do processo", desabafa um magistrado, pelas semelhanças entre o caso dos matadouros - com nove arguidos acusados do crime de participação económica em negócio e três deles (também) de administração danosa - e aquele em que ex-autarca de Oeiras Isaltino Morais adiou por quatro anos a sua prisão com recurso a manobras dilatórias.

O processo sobre a privatização da empresa detentora dos referidos matadouros (PEC-Lusa, Indústria de Produtos Pecuários de Aveiro, Coimbra e Viseu, SA) ainda não chegou a julgamento e também já teve, pelo menos, sete recursos para o Supremo Tribunal de Justiça.

Os advogados não serão os únicos culpados da morosidade deste processo, desde há dois anos preso no Tribunal da Relação de Coimbra (TRC). O Ministério Público (MP) e a PJ levaram cinco anos a investigar o caso e, entre 2009 e 2011, um juiz manteve-o suspenso ano e meio, à espera de desfecho de uma ação cível.

Gran Cruz inaugura adega no Douro



Na próxima quinta-feira, dia 19 de Junho, pelas 18h00, será inaugurada a nova adega e centro logístico de armazenamento da Gran Cruz Porto, em Alijó.

A adega tem a capacidade de laborar sete mil toneladas de uvas para vinho do Porto e do Douro, produzidos por mais de mil viticultores.

O centro logístico de armazenamento tem capacidade para vinte e dois milhões de litros de vinho e aguardente.

Tratando-se de uma unidade industrial de grandes dimensões, as opções de desenho e de construção, para além de responderem a elevadas exigências técnicas de vinificação e de estágios de vinhos do Porto e do Douro, não deixaram de ter em conta aspectos de integração paisagística, consentâneos com a excelência dos vinhos da região.

O projecto, da autoria do Arquitecto Alexandre Burmester, constituiu ainda um exemplo de recuperação de uma área paisagisticamente degradada, que serviu de estaleiro de obras de construção civil, recriando a paisagem e dando continuidade à natureza do lugar, inscrito no Alto Douro Vinhateiro Património Mundial.

Trata-se de um dos mais modernos centros de vinificação e logístico do género em Portugal, com incorporação de inovação em todas as fases do processo produtivo, apresentando enormes incrementos qualitativos e ambientais.

O investimento total foi de cerca de 16 milhões de euros, parcialmente apoiados por fundos comunitários.

Fonte:  Gran Cruz

Florestas: três anos de uma legislatura

ACRESCIMO

No final da presente semana perfazem três anos sobre a tomada de posse do XIX Governo Constitucional, no qual a ministra Assunção Cristas assumiu a missão de definição, coordenação e execução da política florestal, tendo-lhe sido atribuídas, entre muitas outras, responsabilidades na sustentabilidade ambiental, económica e social na conceção, desenvolvimento, coordenação e execução dos instrumentos e medidas de política florestal.

Passados três anos, qual a avaliação possível sobre do seu desempenho?

A primeira iniciativa ministerial, desenvolvida todavia no âmbito do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), resultou na fusão entre a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Aportou o novo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) vantagens em termos de execução dos instrumentos e medidas de política florestal? Veio contribuir para o reforço da sustentabilidade ambiental, económica e social das florestas portuguesas?

Nesse mesmo ano, dezembro de 2011, a ministra anunciou a preparação da campanha "Vamos plantar Portugal", na qual pretendia recorrer a ações de voluntariado para dotar o país de uma nova árvore por cada habitante. Na altura afirmou: "Se por cada português conseguirmos ter mais uma árvore, o nosso PIB aumenta, a nossa riqueza aumenta, a nossa contribuição para a diminuição das alterações climáticas aumenta, porque a floresta é um grande pulmão de sequestro de carbono". Tendo presente que o fomento de mais floresta não é solução para os problemas das florestas, muito pelo contrário, aguarda-se ainda hoje a concretização do anúncio.

Seguiu-se a iniciativa de criação da Bolsa de Terras, atualmente com uma área anunciada de 13,6 mil hectares (a 31 de maio de 2014), sendo que 89% das terras incluídas na Bolsa pertencem ao Estado. Do total, 79% da área em Bolsa é considerada de aptidão florestal, só 16% correspondem a solos de natureza agrícola. Colocam-se à partida várias questões:

 Em termos gerais, a oferta em Bolsa é ajustável à procura, designadamente do anunciado número de projetos de instalação de jovens agricultores? Ou mais incisivamente, a oferta, sobretudo de aptidão silvo-pastoril ajusta-se à procura, sobretudo evidente no Baixo Alentejo?

 Em termos setoriais, possuindo o Estado apenas 2% da área florestal nacional, será oportuna a disponibilização de área pública de aptidão florestal, quando esta poderia ser fundamental para a investigação e desenvolvimento, designadamente para a dinamização de mercados associados a produtos ou serviços hoje sem valor tangível? Quanto da área pública de aptidão florestal estão hoje sob a gestão da Lazer e Floresta, SA, ou seja já se encontrava em situação de venda antes da criação da Bolsa?

A iniciativa setorial mais emblemática da legislatura é, ate ao momento, a aprovação do Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de junho, ainda em apreciação no Parlamento. A iniciativa insere-se numa irresponsável aposta política no fomento florestal, sem garantias prévias de subsequente gestão florestal. Tem sido assim nos últimos 30 anos, com os resultados visíveis a cada período estival. Por outro lado, o diploma criou uma cisão nunca antes vista no setor, com a simplificação de procedimentos administrativos de fomento à indústria papeleira e a burocratização de procedimentos para as demais fileiras silvo-industriais. Acresce que, através deste diploma, o Governo incentiva uma fileira que, não sendo a que mais peso possui, nem ao nível das exportações do setor, nem no emprego silvo-industrial, se tem caraterizado por um desinvestimento fundiário, sobretudo em área de eucalipto, e na sobrevivência sob proteção governamental, ao ser permitida a sua intervenção em mercados em concorrência imperfeita.

Anunciada para estar concluído em finais de 2013, para assim se poder articular com os fundos a disponibilizar no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014/2020 (PDR 2020), o processo de atualização da Estratégia Nacional para as Florestas (ENF), está ainda hoje em curso. Tal como diagnosticado antes, na atualização da ENF persistem inconsistências fatais à sua prossecução, sejam as de natureza financeira, seja de natureza política, seja de natureza estratégica e de natureza estrutural. Será mais um documento de biblioteca, a associar-se ao Plano de Desenvolvimento Sustentável da Floresta Portuguesa (PDSDP), de 1998. O processo de atualização da ENF parece servir apenas para legitimar mais um anúncio público de desempenho (embora comprometido na sua execução), ou para legitimar a anunciada intenção de alteração á Lei dos Baldios.

Mais recentemente, as Medidas Florestais do PDR 2020 foram definidas sem um estudo do desempenho de quadros anteriores, persistindo nos mesmos erros, com as consequências também já conhecidas. No atual PDR 2020, submetido recentemente à aprovação pela Comissão Europeia, existe uma forte dúvida sobre as garantias de retorno económico, social e ambiental do esforço solicitado à Sociedade para o apoio às florestas portuguesa.

Quanto ao que ficou por fazer e sem ser exaustivo, regista-se o previsível "falhanço" na conclusão do cadastro rústico na presente legislatura. Este é um instrumento fundamental para definição de políticas de ordenamento do território, onde se inserem as medidas de política florestal. Num país com 98% das áreas florestais na posse de entidades não públicas, muitas delas sem cadastro rústico, sobretudo as situadas em regiões de maior risco de incêndios florestais, o objetivo político da conclusão do cadastro tem sido sucessivamente anunciado e sucessivamente adiado, remetido para comissões ou projetos-piloto.

Apesar de ter sido aprovada por unanimidade na Assembleia da República, quase 18 volvidos sobre a sua publicação, a Lei de Bases da Política Florestal (Lei n.º 33/96, de 17 de agosto) continua a aguardar a conclusão da sua regulamentação. Mais 3 anos se perderam. Este é um caso exemplar de desrespeito do Poder Legislativo por parte do Poder Executivo. Em causa está o cumprimento, por este e anteriores Governos, do disposto no Art.º 23.º da Lei aprovada por unanimidade pelo Parlamento. Se já não é para ser esta a Lei, haja coragem política para propor as alterações necessárias. O seu incumprimento é um péssimo exemplo do Estado, ao qual o presente Governo se veio também a associar.

Por último, um fator considerado fundamental para revitalizar as florestas e o setor florestal, a necessidade de acompanhamento dos mercados de produtos e serviços de base florestal. Durante três anos, a atual ministra recusou-se terminantemente a opor-se ao funcionamento desregulado dos mercados de produtos florestais, dominados que estes estão por oligopólios industriais. O preço desta atitude tem-se refletido, nas últimas décadas, em desflorestação (perda de área florestal), em contraciclo com a União Europeia, no declínio progressivo da economia silvícola e no aumento da área florestal sem gestão ativa (abandono). No final de três anos de mandato, o Ministério vem agora anunciar a intenção de criar, até final de 2014 (embora, o cumprimento de prazos não seja o seu forte), uma de plataforma de acompanhamento das relações nas fileiras florestais, ou seja, quase três anos após a criação da PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar. Alguém não o terá permitido antes? Esse mesmo alguém irá condicionar o seu funcionamento (se vier efetivamente a ser criada a plataforma)?

Para a Acréscimo, o desempenho destes últimos 3 anos é manifestamente negativo.

Lisboa, 17 de junho de 2014

Câmara do Sabugal alerta para praga da vespa dos castanheiros

17-06-2014 

 
A Câmara Municipal do Sabugal está a apelar aos agricultores do concelho para que estejam atentos à eventual presença da vespa dos castanheiros, uma praga que constitui «uma ameaça real» para os soutos.
 
«A vespa do castanheiro, "Dryocosmus kuriphilus" é uma praga que destrói os gomos» dos castanheiros, segundo a autarquia do Sabugal. A fonte adianta que o insecto foi recentemente detectado perto de Barcelos, «tendo já grande incidência em muitas árvores».
 
«O insecto está espalhado pela Europa, provocando quebras muito grandes na produção de castanha. Esta praga é uma ameaça real aos soutos portugueses. Os gomos afectados originam ramos deformados, em forma de galhas, e perdas de produção», indica.
 
A autarquia pede aos agricultores que caso detectem «a presença deste tipo de ramos em algum castanheiro» comuniquem «imediatamente» aos Serviços Regionais de Agricultura ou ao Município do Sabugal, o Serviço de Estratégia e Desenvolvimento.
 
Na nota, publicada na página da internet do Município do Sabugal, é explicado que a mais recente praga do castanheiro, «embora seja chamada de vespa, é mais parecida com um mosquito».
 
O insecto entrou na Europa, via Itália, em 2002. Em 2005, penetrou em França e em 2012 chegou às Astúrias, explica.
 
A Câmara Municipal do Sabugal também indica que a praga provocou uma quebra «de mais de 50 por cento na produção italiana de castanha até que tivesse sido desenvolvido o método de luta biológica com o parasitoide Torymus Sinensis».
 
Fonte: Lusa

Câmara de Castelo Branco investe 200 mil euros na Bienal do Azeite

17-06-2014 
 
A Câmara de Castelo Branco investiu 200 mil euros na Bienal do Azeite 2014, um certame de carácter nacional que vai contar com mais de 100 expositores e no qual são esperados cerca de 70 mil visitantes.
 
«A 4.ª edição da Bienal do Azeite 2014 integra-se na nossa estratégia para o sector agro-alimentar e pretende também promover os nossos produtos locais, para além do azeite», referiu o presidente da Câmara de Castelo Branco.
 
Luís Correia, que falava durante uma conferência de imprensa para a apresentação do certame, realizada nos Paços do Concelho de Castelo Branco, explicou ainda que durante o evento, que decorre nos dias 04, 05 e 06 de Julho, vai haver animação permanente.
 
O autarca sublinhou ainda que a Bienal do Azeite pretende ser «uma forma de incentivar os produtores de azeite e de azeitona de mesa e promover esses produtos».
 
O certame vai ocupar a zona do centro cívico de Castelo Branco (Devesa), com dois espaços, um dos quais dedicado aos produtos locais da Beira Baixa, com venda directa de produtos.
 
As seis regiões do país de Denominação de Origem Protegida (DOP) para azeites vão estar presentes em Castelo Branco, tendo como principal objectivo a promoção e divulgação da azeitona, azeite e produtos associados.
 
Uma das novidades para este evento é a realização de uma conferência dedicada ao tema "Azeitona de Mesa em Portugal: Potencialidades e Perspectivas", que decorre no dia 04 de Julho, na biblioteca municipal de Castelo Branco, a partir das 14:30.
 
«Trata-se da primeira conferência sobre azeitona de mesa realizada em Portugal», referiu João Almeida, da Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), um dos parceiros oficiais do certame.
 
A Bienal do Azeite 2014 é uma organização conjunta da Câmara de Castelo Branco, APABI, Confraria do Azeite e Casa do Azeite.
 
Fonte: Lusa

Câmara de Vila Real anuncia apoio para produtores de gado do concelho

 17-06-2014 
 


 
A Câmara de Vila Real anunciou um apoio financeiro aos criadores de gado do concelho, em função do número de animais que tenham, uma medida que pretende apoiar e incentivar a produção pecuária.
 
«Ainda temos muita gente que tem na agricultura o seu principal meio de subsistência, isto é um contributo que a câmara está a dar ao mundo rural que tanta importância tem no concelho», afirmou o vereador Carlos Silva.
 
O autarca salientou a importância do sector para o concelho, até porque quase um terço deste território está ocupado com área agrícola, cerca de 13.227 hectares, merecendo destaque a vitivinicultura nos territórios das freguesias inseridas na Região Demarcada do Douro, e a actividade pecuária nos territórios montanhosos integrados no maciço montanhoso Marão-Alvão.
 
Estas explorações assentam fundamentalmente nas pequenas unidades de natureza familiar, que se caracterizam pela pouca sustentabilidade financeira. Segundo o município, os elevados custos associados à produção, são um factor que pode contribuir para que sejam negligenciadas as responsabilidades em termos de saúde pública e animal.
 
Para apoiar os produtores, a autarquia decidiu agora dar uma ajuda financeira na vacinação anual obrigatória do efectivo bovino, ovino e caprino. Carlos Silva referiu que o município decidiu atribuir, por cada animal, uma ajuda de cinco euros para a produção de bovinos e um euro para os pequenos ruminantes ovinos e caprinos.
 
O autarca disse ainda que, de acordo com o efectivo registado no concelho, a autarquia estima que o valor global do apoio ronde os 20 mil euros anuais. Os produtores terão que se candidatar a esta ajuda durante o mês de Fevereiro de 2015 e as verbas serão atribuídas em Março. O apoio dado em 2015 será referente à sanidade obrigatória do ano de 2014.
 
Podem-se ter acesso a este subsídio os produtores que sejam titulares de explorações agro-pecuária no concelho, tenham cumpridas anualmente todas as obrigações legais em termos sanitários e tenham a situação regularizada com a Segurança Social, Finanças e município.
 
Este ano, o município transmontano associou-se às comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar para, segundo Carlos Silva, divulgar os produtos agrícolas produzidos no concelho e contribuir para o desenvolvimento sócio-económico.
 
Neste âmbito, o município já abriu o mercado dos produtos da terra, que decorre todos os sábados, e realizou um festival da carne maronesa.
 
Entre os eventos previstos está a primeira "Feira da Batata da Campeã", em Setembro, e depois, em Novembro, realizar-se-á também a primeira "Mostra Florestal do Concelho de Vila Real", no qual se procurará mostrar «todas a mais-valias económicas, sociais e ambientais do sector florestal».
 
O programa das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar termina com o colóquio "A nova Política Agrícola Comum (PAC) no contexto da agricultura familiar".
 
Fonte: Lusa