sábado, 21 de março de 2015

Cinco pesticidas "possível ou provavelmente" cancerígenos

Pesticidas foram classificados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro. Por Lusa Cinco pesticidas foram esta sexta-feira classificados como "possível ou provavelmente" cancerígenos para o homem pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro (IARC), estrutura da Organização Mundial de Saúde (OMS). O herbicida glifosato, um dos mais utilizados no mundo, bem como o malatião e o diazinão, foram classificados como "provavelmente cancerígenos para seres humanos", mesmo que "as provas sejam limitadas", segundo a IARC, com sede em Lyon, França. O glifosato, herbicida cuja produção é a mais significativa em volume, é a substância ativa do 'Roundup', um dos produtos com maiores vendas no mundo, pois, além da agricultura, onde a sua aplicação tem aumentado bastante, também é usado nas florestas e em jardins privados.

Ministra planta árvores para benefício de áreas ardidas e da economia florestal



A ministra da Agricultura e do Mar plantou hoje diversas árvores em Vale de Cambra, numa iniciativa de reflorestação de áreas ardidas durante a qual apelou a parcerias entre pequenos proprietários e à diversificação da economia florestal.

Assunção Cristas começou por inaugurar a nova Rota dos Moinhos de Paraduça, constituída por cinco engenhos recuperados pela Junta Freguesia de Arões após um investimento de 15.000 euros, financiado pelo programa LEADER +.
Em seguida, a ministra circulou pelo casario rural da aldeia, experimentou iguarias locais ao som das cantadeiras locais e depois, com três dos seus filhos, deitou literalmente as mãos à terra para com eles plantar cerca de 15 árvores em parte dos quase três hectares de terrenos baldios que arderam em Paraduça em 2006 e 2010.
Dinheiro Digital / Lusa

Cavalos selvagens cercados no Minho


ANA PEIXOTO FERNANDES | Hoje às 00:00
O problema não é novo, mas agravou-se e levou câmaras a tomar medidas. Quarenta cavalos errantes foram recolhidos nos montes do Alto Minho para travar destruição de culturas e acidentes nas estradas.
 
A Câmara de Vila Nova de Cerveira está a preparar uma investida aos montes do concelho para tentar capturar, pelo menos, mais oito cavalos errantes que têm massacrado campos agrícolas e provocado acidentes nas estradas da região, sem que ninguém se responsabilize pelos prejuízos. A área afetada é extensa, abrange também os dois concelhos vizinhos de Paredes de Coura e Valença, e as queixas da população dispararam.

Apicultores preocupados com furtos de colmeias na Serra da Estrela

19/3/2015, 12:10

Os apicultores da Serra da Estrela estão "preocupadíssimos" com o recente furto de enxames e de colmeias. Nas últimas semanas foram roubadas 12 colmeias valendo cada uma, em média, cerca de 150 euros.

Os apicultores da zona da Serra da Estrela estão "preocupadíssimos" com o recente furto de enxames e de colmeias, disse esta quinta-feira, à agência Lusa, fonte de uma associação profissional daquela região.

Segundo José Lages, presidente da assembleia geral da Associação de Apicultores do Parque Natural da Serra da Estrela, que tem sede em Gouveia, no distrito da Guarda, nas últimas semanas foram roubadas doze colmeias de três apiários instalados em locais distintos dos concelhos de Seia e de Gouveia.


O responsável indicou que foram furtadas seis colmeias em Nabais, no concelho de Gouveia, cinco em Loriga e uma em São Romão, localidades que pertencem ao concelho de Seia.

"Dos três locais, levaram as colmeias com as abelhas e só deixaram o estaleiro", referiu José Lages, que fala num prejuízo de "grande valor" para os proprietários.

Pelas contas do responsável, o valor global dos furtos praticados naquela área protegida está calculado em cerca de 1.800 euros, pois cada colmeia vale, em média, cerca de 150 euros.

"É um valor muito grande, porque estamos no início da primavera e na fase de produção de mel. As doze colmeias eram povoadas e estavam prontas a produzir mel", justificou.

O dirigente da Associação de Apicultores do Parque Natural da Serra da Estrela, onde existem cerca de 200 apicultores, contou que os produtores de mel da região, ao terem conhecimento do sucedido, ficaram "preocupadíssimos, porque hoje foram uns e amanhã serão outros".

As colmeias estavam localizadas nos montes, "em locais relativamente isolados", e terão sido furtadas "por alguém conhecedor da apicultura", calcula José Lages.

Segundo o dirigente, os apicultores visados não apresentaram queixa na GNR, alegando que "não adiantava nada", mas sugere que em ocorrências futuras o façam e que eles próprios "vão tendo alguma vigilância nos seus apiários".

Fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda disse à agência Lusa que em caso de furto de colmeias os proprietários "devem dar conhecimento à GNR e apresentar queixa-crime para haver investigação".

Referiu ainda que a GNR, só tendo conhecimento das situações é que pode orientar o patrulhamento e a vigilância para esses locais específicos, contribuindo para a prevenção dos furtos nos apiários existentes na área do Parque Natural da Serra da Estrela.

Governo aprova constituição de mercados locais de produtores


por Ana Rita Costa
20 de Março - 2015
 
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, revelou esta semana que os mercados locais já "podem ser constituídos por autarquias, organizações de produtores, ou mistos". O objetivo é criar um espaço onde os produtores vendam diretamente aos consumidores e sem intermediários.

Assunção Cristas explicou que estes mercados de proximidade têm apoio financeiro "através das verbas comunitárias. Não temos um envelope fechado, mas há verbas suficientes para este projeto."

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, estes "sistemas agroalimentares locais estimulam a economia local e promovem a interação social entre as comunidades rural e urbana, desempenhando funções que beneficiam os produtores, os consumidores, o ambiente e a economia local."

Framboesa já é o segundo fruto mais exportado por Portugal

 20-03-2015 
 

 
A framboesa foi, em 2014, o segundo fruto mais exportado por Portugal em termos de valor, alcançando os 64 milhões de euros, de acordo com o investigador Pedro Brás de Oliveira.

O cientista do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), onde será apresentada a "Estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar para a Investigação e Inovação Agro-alimentar 2014-2020", salientou que os «pequenos frutos estão na moda», sendo a framboesa a "rainha" deste sucesso.

Portugal, que passou de uma área de pequenos frutos «insignificante» na década de 80, para 1.300 hectares em 2013 tem vindo a duplicar o valor das exportações todos os anos, fazendo da framboesa o segundo fruto mais exportado em valor, a seguir à pêra, com 88 milhões de euros.

O potencial de Portugal para este tipo de produção atraiu, na década de 90, a empresa norte-americana Driscoll's, líder mundial na produção de frutos vermelhos, que estabeleceu uma parceria empresarial com o INIAV neste domínio.

«A Zambujeira, no Litoral Alentejano, é a Califórnia da Europa e foi isso que nos atraiu», sublinhou o director da empresa para Portugal, Nuno Madureira Simões.

A Driscoll's conta actualmente com duas quintas em Portugal (Maravilha Farms) e trabalha igualmente com produtores independentes, sendo a organização Lusomorango considerada como «a grande alavanca de desenvolvimento».

A empresa exportou 50 milhões de euros em 2014 e assegura cerca de 3.500 postos de trabalho directos através da sua rede de produtores em Portugal, sendo «um forte empregador» da região alentejana, estimou o mesmo responsável.

Fonte: Lusa

sexta-feira, 20 de março de 2015

Agricultura: Culturas para frutos vermelhos são aposta de sucesso no Algarve

Os produtores de citrinos algarvios dizem que estão a escoar laranja abaixo dos custos de produção e que podem ter de fechar, mas quem converteu culturas para frutos vermelhos considera ter apostado bem e vê a agricultura no Algarve com otimismo.

A agência Lusa ouviu duas organizações de produtores, uma de citrinos e outra de frutos vermelhos, e os seus responsáveis traçaram diagnósticos diferentes: os de citrinos criticaram os preços pagos pelas cadeias de distribuição, quando escoam 70/80% da produção para o mercado português, enquanto os de frutos vermelhos elogiaram a aliança com uma distribuidora internacional e garantiram que exportam mais de 90% do que produzem e prosperam.
João Bento é produtor de frutos vermelhos - morango, framboesa e amora - e disse à Lusa que, quando cofundou a organização de produtores Madre Fruta, em 1996, ainda realizava as «culturas tradicionais» de hortícolas (tomate, meloa, pimento ou feijão-verde), mas percebeu que não tinha futuro porque os preços não compensavam.
«Atravessámos esse caminho uma série de anos, mas chegámos à conclusão que isso não chegava e que não tínhamos futuro na agricultura se continuássemos a fazer as coisas da mesma forma e no mesmo tipo de mercados», afirmou João Bento, que, em 2002, passou a trabalhar com morango, quando a Madre Fruta encontrou um parceiro internacional que coloca frutos vermelhos em mercados, sobretudo, do norte da Europa.
A mesma fonte frisou que, em 2007, começou «a substituir as produções tradicionais pelo morango e pela framboesa» para «criar um produto diferente» e «atingir também mercados diferentes», e isso trouxe mais «rentabilidade e viabilidade às produções».
«Na altura tínhamos cerca de 47% da produção para exportação e hoje estamos exclusivamente a fazer morango e framboesa, e também amora, mas com um nível de exportação acima dos 90%», disse, sublinhando que a Madre Fruta passou dos 30 para os 108 hectares de produção e dos 3 para os 22 milhões de euros de faturação.
Pedro Madeira, diretor da Frusoal, organização de produtores de citrinos do sotavento algarvio, mas com produtores em todo o Algarve e no Baixo Alentejo, explicou à Lusa que, «nos últimos 10 anos, tem havido uma tendência para a baixa de preços e os produtores têm cada vez mais dificuldade em cobrir os custos» devido «à guerra de concorrência» entre cadeias de supermercados.
«Essa guerra vai-se refletindo, como é lógico, na produção, e tem vindo a agravar nos últimos 10 anos, mas, nos últimos dois principalmente, os produtores de laranja, não estão a conseguir cobrir os custos de produção e, neste momento, correm o sério risco de poder ter que proceder a abandonos ou reconversões para outro tipo de fruta, porque não se está a conseguir, na maior parte do ano, pagar custos de produção», lamentou.
Pedro Madeira disse que a Frusoal faturou 13,5 milhões de euros em 2014 e «tem vindo a apostar no mercado externo», mas realçou a dependência do mercado português e, por isso, pediu aos retalhistas «uma mudança de perspetiva e mentalidades» e mais «preocupação pela sobrevivência» dos produtores.
Dinheiro Digital com Lusa

OMS quer ação global para acabar com indústria tabaqueira


A diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, apelou hoje para uma «ação global» para acabar com a indústria tabaqueira e elogiou os progressos mundiais feitos na luta contra o tabagismo.
Falando na Conferência Mundial do Tabaco, que decorre na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, Margaret Chan felicitou os vários países, como a Austrália, que introduziram embalagem simples nos pacotes de cigarros, exortando outros Estados a adotarem a mesma decisão.
A responsável da agência da ONU assinalou que as empresas de tabaco "usam todo tipo de táticas, incluindo o financiamento de partidos políticos e de políticos individualmente para trabalhar para elas" e que "não há nada que não explorem para prejudicar os governos na sua determinação de proteger o próprio povo".
"Vai ser uma luta dura" mas "não devemos desistir até termos a certeza de que a indústria tabaqueira acabou", assegurou Margaret Chan.
Em 2014, a OMS lançou novas orientações, no âmbito da Convenção Quadro de Controle do Tabaco, a exortar os Estados membros da ONU a aumentarem os impostos que incidem sobre produtos derivados do tabaco, produto que anualmente mata cerca de seis milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a agência.
"O tabagismo caiu em vários países maioritariamente graças às medidas legislativas", afirmou Margaret Chan, apontando o mais recente relatório da OMS, em que se demonstra que a proporção de homens que fumam registou uma queda em 125 países.
Para a diretora geral da OMS, ser não fumador "está a tornar-se uma norma".
"Estamos felizes por ver esse progresso em tantos países", disse à AFP à margem da conferência, onde instou as nações que produzem folhas de tabaco para "se moverem mais rápido" no combate ao tabagismo, estabelecendo parcerias com a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a OMS.
Na véspera da preparação da Conferência das Partes da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (COP6), que decorreu em outubro último na Rússia, diversos produtores africanos de tabaco mostraram-se alarmados com a suposta exclusão dos governos de África nos debates sobre políticas ligadas à indústria tabaqueira.
"As pessoas que definem estas políticas estão completamente alheadas da realidade e não conseguem reconhecer o contributo económico positivo da produção de tabaco em África", disse na altura o presidente da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA, sigla em inglês), François van der Merwe.
Aquele responsável afirmou que os produtores do Zimbabué, do Maláui, da Zâmbia, do Quénia e da África do Sul consideravam o tabaco "uma cultura de elevado valor comercial e bastante adequada à agricultura de pequena escala, tendo mudado para melhor a vida de muitos agricultores africanos", pelo que os produtores exigiam a sua inclusão nos debates da OMS sobre as políticas do setor.
Até 2025, a OMS pretende reduzir para 30 por cento o consumo de tabaco, pelo que Margaret Chan afirmou que, apesar de uma queda no número de fumadores em muitos países é necessário fazer muito mais para conter a prática do uso de tabaco.
Diário Digital com Lusa

Bruxelas estuda pagamento em prestações de multa de 143 milhões de euros


Ana Rute Silva 16/03/2015 - 18:27 

Pagamentos irregulares aos agricultores foi tema da reunião de Assunção Cristas, ministra da Agricultura, com Phil Hogan, comissário europeu da Agricultura.
 
Ministros da Agricultura discutiram apoios de greening e o fim das quotas do leite Rui Soares/Arquivo 

Bruxelas vai analisar a possibilidade de Portugal poder continuar a pagar em prestações o reembolso de 143,4 milhões de euros relativos a pagamentos irregulares aos agricultores efectuados nos anos de 2009, 2010 e 2011. Assunção Cristas, ministra da Agricultura, esteve reunida, nesta segunda-feira, com o comissário europeu Phil Hogan, e voltou a "batalhar para que haja uma redução das correcções porque não foi valorizado o esforço já feito por Portugal", disse ao PÚBLICO.

 "O comissário ficou de estudar a matéria e ver em que medida podia melhorar a solução. À partida poderá haver um escalonamento no tempo, que na prática já está a acontecer. Ou seja, permitir um reembolso em prestações. A melhoria que tivemos já foi não ter de pagar logo em 2011 e podermos remeter o pagamento para o fim do Programa de Assistência Financeira. Neste momento é mais difícil negociar outra solução", sublinha Assunção Cristas.

Recorde-se que a Comissão Europeia notificou Portugal para devolver verbas entregues indevidamente aos agricultores de 2005 a 2008 no valor de 98 milhões de euros (a que acrescem multas). Este ano, a Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural exigiu ao Governo o reembolso de mais 143,4 milhões de euros relativos aos anos de 2009, 2010 e 2011. Até agora, foram pagos 68 milhões de euros em 2014 e o Ministério da Agricultura prevê pagar 60 milhões em 2015 e o mesmo montante nos anos subsequentes. No total, o país deve 277 milhões de euros a Bruxelas.

"O que foi possível negociar foi não pagar logo. Conseguimos alguma redução e uma moratória durante três anos. Esse prazo acabou e o nosso ponto agora é batalhar para que haja uma redução das correcções porque não foi valorizado o esforço que Portugal fez em 2011 para, em tempo recorde" ter reagido, sublinha Assunção Cristas, acrescentando que a comissão "está a ser muito excessiva nas multas a aplicar", e devia mostrar "maior benevolência", sobretudo, quando já "houve trabalho de casa feito".

A ministra da Agricultura admite que a expectativa de uma redução da multa não é alta. "Enquanto houver multas para pagar continuarei a falar do assunto e a exigir que as coisas sejam consideradas. A expectativa de ganho de causa não é muito elevada mas devemos sempre batalhar, explicando os nossos argumentos", rematou.

Na reunião dos ministros da Agricultura, que decorreu em Bruxelas, esteve em discussão o fim das quotas leiteiras, regime criado em 1984 para travar a acumulação de excedentes e a dificuldade de escoamento desta matéria-prima. Portugal, diz Assunção Cristas, "reiterou a opinião de que é contra o fim das quotas", mas viu "com surpresa" que quase todos os países pediram a Bruxelas "medidas mais efectivas de prevenção e resolução de crises no sector".

Também foram discutidas as regras das práticas agrícolas benéficas para o clima de ambiente (greening) no âmbito da Política Agrícola Comum, tema que Portugal pediu para ser analisado, defendendo a "simplificação" e alguma "sensibilidade" face às "diferentes culturas" e às regras de diversificação. Assunção Cristas frisa que este é um tema com impacto "no sector do leite e do milho". "Tivemos o apoio de um conjunto de Estados-membros e a Comissão ficou sensibilizada, ficando de analisar pontos possíveis de flexibilização", disse.

SIMA-SIMAGENA 2015


Fonte: Comunicado SIMA


Edição positiva e dinâmica
A SIMA-SIMAGENA 2015 terminou após ter registado durante 5 dias 238 848 entradas profissionais, das quais 23 % de internacionais provenientes dos 5 continentes. Este resultado quase idêntico à edição de 2013, ano recorde em termos de frequência, é particularmente satisfatório dentro do atual contexto económico. Pelo seu lado os organizadores e as 1 740 empresas expositoras realçam o otimismo dos visitantes e o renovado dinamismo no plano dos negócios.


Uma feira Internacional de referência
A grande densidade de visitantes observados nos corredores da feira confirma a atratividade da SIMA-SIMAGENA, nomeadamente a nível internacional. Numerosos profissionais vindos de todo o mundo, descobriram os últimos avanços em matéria de maquinaria: materiais que respondem às exigências e aos desafios de todos os géneros de agricultura.


Rumo à Tailândia e a Londres
Esta edição foi inaugurada pelo Sr. Stéphane Le Foll, Ministro da Agricultura, do Agroalimentar e da Floresta. A visita oficial foi uma oportunidade para ratificar os acordos permitindo a organização da SIMA na Tailândia (setembro de 2015) e na Argélia (maio de 2016).


"Innovation first !"
A SIMA-SIMAGENA 2015 pôs em realce a Inovação, palavra de ordem desta edição, graças às 600 novidades apresentadas este ano pelos expositores, mais precisamente, as novas tecnologias, ponta de lança da agricultura de precisão.


SIMAGENA ganha a aposta
Quanto à SIMAGENA que encontrou uma total coesão graças à sua nova implementação no hall 7, permitiu oferecer através dos concursos e dos leilões, uma excecional vitrina do mercado da genética bovina francesa e internacional.


« Na opinião geral os visitantes eram numerosos, interessados e com projetos. Esta edição dinâmica e positiva da SIMA-SIMAGENA dá um impulso de confiança a todos os agentes e uma visão do mercado para além do curto termo, conclui Martine Dégremont, Diretora da SIMA-SIMAGENA ».

Cerca de 10% das espécies de abelhas selvagens europeias em risco de extinção

Quase 10% das cerca de 2.000 espécies de abelhas selvagens europeias estão ameaçadas de extinção, de acordo com um estudo hoje divulgado pela Comissão Europeia.

A investigação realizada pelo braço executivo da União Europeia é a primeira a focar-se na população de abelhas selvagens europeias, que é menos conhecida do que a variedade doméstica, mas igualmente importante para a polinização das culturas.
O relatório revela que 9,2% das espécies de abelhas selvagens da Europa estão ameaçadas de extinção, enquanto 5,2% das mesmas são consideradas suscetíveis de entrar para a lista num futuro próximo", revela a comissão.
A avaliação foi publicada como parte da Lista Vermelha Europeia das Abelhas, criada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, e do projeto Estatuto e Tendências dos Polinizadores Europeus.
Os autores do estudo consideram que este providencia a "melhor compreensão", até ao momento, sobre as 1.965 espécies pesquisadas, mas acrescentam que o conhecimento ainda está incompleto devido a uma "alarmante falta de recursos e competências".
A União Internacional para a Conservação da Natureza sublinhou que a investigação, cofinanciada pela Comissão Europeia, mostra a urgência em investir em pesquisas para deter o declínio das abelhas selvagens, que desempenham "um papel essencial na polinização das culturas".
"Se não abordarmos as razões por detrás deste declínio e não agirmos com urgência para detê-las, podemos pagar um preço muito elevado", disse Karmenu Vellu, comissário europeu para o meio ambiente.
Segundo a Comissão, 84% das principais culturas para consumo humano na Europa exigem polinização por insetos para melhorar a qualidade e o rendimento do produto.
As abelhas estão ameaçadas pela "perda e degradação em grande escala" das espécies e dos seus espaços, sobretudo devido à agricultura intensiva e ao uso de inseticidas e fertilizantes.
"A mudança climática é outro importante fator de risco de extinção para a maioria das espécies de abelhas, particularmente as mamangabas", alertou a Comissão.
Diário Digital com Lusa

Negócio com patentes terá de aumentar 10% ao ano até 2020


Ana Rute Silva 20/03/2015 - 08:38 

Novo pacote de fundos europeus PDR 2020 inclui 100 milhões de euros para a inovação no sector agro-alimentar. Laboratórios do Estado terão de ser "motores de desenvolvimento" para os produtores.
 
Inovação no sector agro-alimentar terá fundos específicos de 100 milhões de euros Paulo Pimenta 


Os resultados de exploração de patentes e propriedade industrial no sector agrícola e alimentar terão de aumentar em média 10% ao ano até 2020, passando dos actuais 50 mil euros (dados de 2013) para 97 mil euros nos próximos cinco anos. Esta é uma das metas traçadas pelo Ministério da Agricultura que, nesta sexta-feira, apresenta oficialmente a estratégia para a investigação e inovação no sector. O novo quadro comunitário desenhado para estas actividades económicas (PDR2020) tem destinado uma verba específica de 100 milhões de euros para a inovação, cujas candidaturas arrancam na primeira quinzena de Maio.

 Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação e Inovação Agro-alimentar, acredita que haverá uma corrida aos fundos, tendo em conta o dinamismo que as empresas têm demonstrado nos últimos anos. "O sector está a correr bem, cada vez mais temos mais jovens e mais pessoas qualificadas e interessadas em novos produtos e que reconhecem a importância da inovação e a necessidade de, não tendo essa capacidade, se aproximarem das instituições que o podem fazer. Estou seguro de que teremos as candidaturas esgotadas", disse ao PÚBLICO.

Além dos 100 milhões de euros do PDR2020, há 4400 milhões de euros disponíveis no POCI, o Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização, cujo primeiro eixo temático é direccionado ao reforço da investigação, do desenvolvimento tecnológico e da inovação. O Horizonte 2020 dispõe ainda de 77.000 milhões de euros especificamente orientados para o apoio à investigação.

Aumentar a produção científica, as parcerias internacionais, ligar empresas e universidades, criar clusters e centros de competência dedicados a produtos concretos (50 em 2020), ou acreditar os laboratórios do Ministério da Agricultura são algumas das intenções desta estratégia. As estruturas do Estado (quatro laboratórios e quatro estações experimentais) também vão aproveitar os fundos disponíveis.

"A expectativa é que, mesmo a nível do próprio ministério, os laboratórios e as estações experimentais sejam motores de desenvolvimento para os produtores. Que olhemos para as estruturas e que passem a acompanhar [a inovação] e se possível a dinamizar o sector agrícola e agro-alimentar português", diz Nuno Vieira e Brito. Ao contrário do que sucede noutras actividades, a inovação na alimentação tem estado "nas mãos do Estado (laboratórios e universidades públicos)". É, por isso, preciso aproximar as empresas dos investigadores e partilhar conhecimento – necessidade que há muito está diagnosticada. Outra das intenções é que as pequenas empresas, com menos capacidade financeira e de recursos humanos para ter estruturas de I&D, também recorram à investigação disponível nas universidades.

Foram definidas sete linhas de orientação, que também serão seguidas pelas estruturas públicas, alvo de uma reestruturação recente. Incluem desde a produção de alimentos à protecção animal, ecossistemas florestais ou alterações climáticas. "Fomos ao encontro de um facto positivo da inovação e investigação. Quando a agricultura não era uma actividade interessante, a investigação ressentiu-se e, do ponto de vista oficial, não houve grandes investimentos. Quem o fez foram as empresas", diz Nuno Vieira e Brito.

O último relatório da União Europeia coloca Portugal entre os países "moderadamente inovadores", ocupando o 16.º lugar entre 27 Estados-membros e o sexto entre os que estão abaixo da média da UE. Há uma "elevada dependência do ensino superior (50%) e do sector Estado (34%). Na agricultura, apenas 14% da inovação é proveniente das empresas", indica o Innovation Union Scoreboard (2013). A despesa total de Portugal em I&D foi de 2748 milhões de euros, 101 milhões de euros dos quais na agricultura, ou sejam apenas 3,7%.

Do gelado de algas aos enchidos de coelho
Apesar de a despesa em investigação e desenvolvimento estar longe dos patamares europeus, as pequenas empresas têm vindo a lançar novos produtos na área alimentar, usando parcerias com universidades e matéria-prima nacional. 

A gelataria Emanha, na Figueira da Foz, criou um gelado de kefir com algas marinhas em parceria com o Grupo de Investigação em Recursos Marinhos da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, do Instituto Politécnico de Leiria. Em Bragança, a Grão a Grão alargou a produção de fumeiro tradicional à carne de coelho. Manteve todos os processos de fabrico mas mudou a matéria-prima principal, mais magra e com menos calorias. 

Já em Beja, a Mestre Cacau tem usado o medronho para produzir paté, em parceria como Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos. Na lista de novos produtos estão ainda o medronho seco coberto com chocolate, trufas com aguardente de medronho ou medronho seco confitado. Há ainda o exemplo da aguardente da Lourinhã, uma das três aguardantes classificadas na Europa, que tem sido aplicada em bombons ou pastéis, num projecto da Câmara Municipal da Lourinhã para dinamizar o produto.

Bendita água


 Armando Sevinate Pinto 15/03/2015 - 14:34 

Portugal, tal como os restantes países do Sul da Europa, cujas agriculturas dependem, em larga medida, do regadio, tem sido vítima da ideia absurda, defendida por muitos países do Norte, de que o regadio é prejudicial ao ambiente e nesse sentido não deve ser apoiado pela União Europeia.

Todos sabemos que a vida dos seres vivos depende da existência da água, seja qual for a sua origem, a forma como é assimilada e as funções que esta desempenha nos diferentes organismos.

 Esta circunstância, por si só, deveria levar os seres vivos mais inteligentes a respeitar a água, lutar pela sua conservação, armazená-la, consumi-la com moderação, bem como dar graças aos seus Deuses quando dela podem beneficiar sem restrições, sabendo que muitos outros, seus semelhantes, morrem diariamente por não a ter, ou por não a ter em condições de suficiente salubridade.

Sendo tudo isto verdade, não vejo qual seja o interesse em destacar o consumo agrícola de água como se tratasse de algo pouco natural ou pouco racional.

De cada vez que consulto um qualquer estudo ou documento relacionado com a água, entre os primeiros parágrafos é frequentemente dito que a agricultura consome cerca de 70% da água disponível e, na esmagadora maioria dos casos, esta afirmação é associada a um sentimento critico implícito, atribuindo-lhe uma carácter excessivo, desnecessário ou negligente. Muitas vezes os autores fazem acompanhar as suas opiniões com dados estatísticos muito impressivos do género: quantidade média de água, expressa em litros, necessária à produção de um quilograma de batatas (590), de milho (494), de trigo (590) de arroz (5000), etc.

Esta constatação, repetidamente divulgada, foi criando lentamente um sentimento público anti-regadio, sobretudo entre as populações servidas por climas húmidos ou temperados em que a chuva, caída do céu com regularidade, lhes basta para manterem as suas agriculturas, modernas, desenvolvidas e competitivas. Portugal, tal como os restantes países do Sul da Europa, cujas agriculturas dependem, em larga medida, do regadio, tem sido vítima da ideia absurda, defendida por muitos países do Norte, de que o regadio é prejudicial ao ambiente e nesse sentido não deve ser apoiado pela União Europeia.

Em primeiro lugar, os tais 70% de consumo de água pela agricultura referem-se à média mundial e não à Europa, onde o maior consumidor é a indústria e não a agricultura cujo consumo médio pouco ultrapassa os 30% do consumo total (talvez um pouco mais para os países do sul incluindo Portugal). Os grandes consumidores de água para a agricultura, muito acima da média mundial são, como é natural, os países do próximo Oriente, de África e da Ásia.

Em segundo lugar, uma grande percentagem da água utilizada na agricultura, perder-se-ia sem utilidade, se não fosse apresada especificamente para esse fim.

Em Portugal, o regadio também conta com muitos críticos. Ao longo do tempo, foram contra todos os empreendimentos hidroagrícolas, designadamente contra o Alqueva e contra os sistemas de regadio em geral.

Devo dizer que nunca compreendi a posição destes grupos de portugueses que dizem defender o ambiente e a biodiversidade, sendo contra o regadio. Se conhecessem bem o país já teriam chegado a pelo menos três conclusões:

Que nas nossas condições, a agricultura sem água, corresponde a uma aventura de grande risco que nem todos estão em condições de assumir a não ser que detenha grandes propriedades apropriadas ao pastoreio extensivo e com significativa componente florestal;
 
Que, em si mesmo, o regadio não faz mal ao ambiente, bem pelo contrário. O que faz mal são as práticas agrícolas desajustadas às condições naturais, seja em regadio seja em sequeiro
 
Que as zonas de regadio em Portugal apresentam uma incomparável diversidade biológica em comparação com a das zonas de sequeiro, frequentemente semi-áridas


Dito isto, reconhecemos que há muitas formas de regar, mais ou menos cuidadas, mais ou menos consumidoras de água e também mais ou menos poluidoras, não directamente da responsabilidade da rega, mas da intensidade tecnológica no que respeita a fertilizações e tratamentos fitossanitários e a outras práticas agrícolas de cuja execução, se for descuidada, podem resultar prejuízos ambientais.

O grande projecto de regadio de Alqueva, que quase diariamente é noticia, agora quase sempre por bons motivos - às vezes até tão exagerados que ultrapassam o limite do bom senso, tal como aconteceu ainda há dias com uma reportagem do semanário Expresso, em que se concedia à região do Alqueva a categoria de campeã do mundo relativamente à produtividade de oito produtos agrícolas ali produzidos – foi iniciado debaixo de criticas violentas de defensores do ambiente que só lhe encontravam defeitos e de gurus da economia que consideravam o projecto um elefante branco sem futuro.

O projecto jamais teria sido feito se não tivesse havido um grupo de pessoas, com alguns técnicos e políticos locais, com pouca representação de políticos nacionais, que ao longo dos anos foi dando a cara e se foi batendo pelos méritos do projecto

Passados alguns anos, os partidos políticos disputam agora a paternidade do projeto, chegando alguns a fazê-lo de forma despudorada tentando reescrever a história. As críticas já se acalmaram. Os detractores do projecto só de vez em quando criticam as culturas mais intensivas, atribuindo-lhes malefícios que nem sempre têm. O projecto já se vê e os seus reflexos já se fazem sentir, quer a nível regional, quer a nível nacional. Penso que para o defender e promover não são necessários exageros, sobretudo tão forçados e desprovidos de senso, com o anteriormente referido.

De facto, a região beneficiada pelo Alqueva, está a mudar para melhor. Há mais actividade, mais investimento, mais trabalho e mais riqueza gerada. Há novas culturas na região e novos protagonistas, nacionais e estrangeiros. Estima-se que já tenham sido investidos mais de 750 milhões de euros em investimentos produtivos e criados mais de 4000 empregos directos.
 
O acréscimo de valor acrescentado anual na região já supera os 60 milhões de euros, devendo atingir em pleno um acréscimo de 160 milhões de euros quando 80% da área beneficiada de 120.000 hectares estiver a regar (sem contar com o valor acrescentado na transformação dos produtos agrícolas ali produzidos que poderá trazer este valor para próximo do dobro).


Estima-se também que o retorno do investimento nacional em Alqueva venha a gerar 4,45 euros por cada euro investido da componente nacional do investimento. Além disso, é sabido que o regadio faz multiplicar, pelo menos por sete, todos os indicadores de produção

Existem mais 43.000 hectares já identificados e estudados, para além dos 120.000 iniciais, que podem ser beneficiados pelo Alqueva, com custos de investimento relativamente baixos face à enorme mais-valia que podem trazer para a região. Contudo, apesar do excelente trabalho que me parece estar a ser executado pelas estruturas da EDIA, também existem ainda problemas significativos por resolver. O maior dos quais parece-me ser o dos pequenos e muito pequenos agricultores, tecnicamente pouco apetrechados, envelhecidos, isolados e quase sempre descapitalizados que, apesar de não gerirem uma área significativa, são em número muito elevado e integram a parte da população mais significativa das povoações abrangidas pelo projecto. Não quero ser injusto, mas não me parece que estejam a ser ponderadas estruturas, modelos e dinâmicas de desenvolvimento capazes de os integrar nos benefícios do projecto.

VII Congresso Nacional da Suinicultura

Março 16
09:44
2015

Vai decorrer, nos próximos dias 23 e 24 de Junho, nas Caldas da Rainha, o VII Congresso Nacional da Suinicultura.

Este ano, o local escolhido teve a ver com as magníficas instalações do Centro Cultural das Caldas da Rainha e com o facto de esta cidade estar situada no epicentro da maior concentração da suinicultura do país.

O programa científico foi cuidadosamente estudado e tem pontos de interesse fundamentais para a fileira portuguesa da carne de porco, contando com palestrantes nacionais e estrangeiros de grande renome.

Assim, por exemplo, para a análise do mercado, contamos com um dos maiores consultores brasileiros na matéria, que nos dará uma panorâmica da produção além-Atlântico e com o responsável máximo do sector da carne de porco na Comissão Europeia, que nos dará uma perspectiva da produção europeia.

Em termos de sanidade, iremos discutir os pontos mais importantes a nível nacional, a erradicação da doença de Aujesky, bem como da diarreia epidémica suína, onde teremos uma das maiores sumidades da matéria, vinda do Canadá.

Com o intuito de melhorar a produtividade nacional, vai ser apresentado o concurso "O Porco de Ouro Português", que irá premiar as explorações mais produtivas.

As raças autóctones estarão, como não poderá deixar de ser, presentes, através de apresentações sobre as raças bísara, alentejana e malhado de Alcobaça.

No sentido do desenvolvimento da suinicultura que se pretende, serão apresentados, também, os modelos de apoio financeiro, bem como os seguros pecuários.

Estão, portanto, criadas todas as condições para que os suinicultores portugueses com visão de futuro possam recolher no Congresso os dados necessários para a definição das suas estratégias e a concretização das mesmas.

A sala é grande e esperamos que o interesse dos temas leve a uma grande enchente por parte dos suinicultores!

PDR2000: Ação 7.10.2 – Manutenção das galerias ripícolas

Área 3 - Ambiente, eficiência no uso dos recursos e clima 
Medida 7 - Agricultura e recursos naturais
Ação 7.10 - Silvoambientais
Operação 7.10.2 - Manutenção e Recuperação de Galerias Ripícolas



LIVRO: "Estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar para a Investigação e Inovação Agroalimentar e Florestal, no período 2014-2020"

Governo dos Açores vai lançar novo concurso para corte de madeira em matas públicas

 20-03-2015 
 
 
O presidente do Governo dos Açores revelou que em Abril vai ser lançado novo concurso público para o corte de árvores em terrenos da região que irá abranger 100 hectares na ilha de São Miguel e 60 na Terceira.

«Pretendemos dessa forma dar continuidade ao objectivo principal do Governo Regional, que é colocar à disposição de investidores privados o aproveitamento de todo este património que a região tem, obviamente, com contrapartidas para os Açores», declarou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano visitou a reflorestação de uma zona na freguesia de Água Retorta, no concelho da Povoação, que integrou o primeiro concurso de corte de madeira em matas públicas dos Açores, que foi lançado em 2014. Nos Açores, existem 71 mil hectares de floresta, cerca de 31 por cento do território das ilhas, dos quais 12.698 são criptoméria, estando sob gestão pública 4.500 hectares desta espécie.

Vasco Cordeiro considerou que a contrapartida mais significativa da exploração de madeira concessionada pela região assenta justamente na obrigação dos vencedores do concurso reflorestarem os terrenos com espécies endémicas, a par da criptoméria, visando assegurar para as futuras gerações um património ambiental.

Cerca de 70 por cento da madeira que foi cortada na exploração concessionada pelo Governo dos Açores em Água Retorta destina-se à exportação, um dos objectivos do projecto, segundo Vasco Cordeiro, que lembrou também a intenção de certificação da criptoméria.

Vasco Cordeiro considerou que o percurso agora iniciado de exploração da madeira nos Açores, em termos económicos, não se vai realizar «num só dia ou num só ano». «Nós já o iniciámos, há ainda muito trabalho a fazer, desde logo, do ponto de vista do aproveitamento das potencialidades que esta madeira em geral tem e, sobretudo, aquela que carrega o selo da certificação também pode apresentar», frisou o governante.

O presidente do Governo dos Açores está apostado em criar condições para a sustentabilidade de uma exploração com dimensão deste recurso, estando convicto de que este projecto, quando «atingir a velocidade cruzeiro», poderá criar mil postos de trabalho, tal como já havia sido anunciado.

Vasco Cordeiro especificou que não se está a falar apenas nos postos de trabalho gerados na área do corte da madeira, mas também no seu transporte, na limpeza e reflorestação dos terrenos e nas serrações, para além da restante cadeia.

Por outro lado, declarou que o Governo Regional não se pretende substituir à iniciativa privada nesta área, referindo que existem ilhas onde há oferta privada de matéria-prima e outras não, o que implica ir procedendo a avaliações e dar condições para que este possa ser um novo sector da economia açoriana.

O Governo dos Açores anunciou no final de Janeiro de 2014 um plano de «rentabilização da fileira da madeira» que começou com a abertura de um primeiro concurso internacional para o corte e venda de 103 hectares de árvores em matas públicas localizados em zonas dos concelhos do Nordeste, Povoação e Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.

Fonte: Lusa

PAC pode ser solicitada até 15 de Junho

20-03-2015 
 

 
A Comissão Europeia propôs ampliar o prazo de pedido da política agrícola (PAC) comum de 15 de Maio até 15 de Junho. A prorrogação também será <apricada aos pagamentos baseados em superfícies colectados no segundo pilar da PAC.

Este prolongamento seria uma alteração conjuntural para este ano, de forma a evitar que os agricultores e pecuários sofram as consequências dos atrados por parte das administrações que enfrentam a fase do primeiro ano de aplicação da nova PAC. Os Estados-membros podem decidir se aplicam ou não esta prorrogação.

Fonte:Agrodigital

Ministério Público insiste na insolvência da Casa do Douro

 19-03-2015 

 
O Ministério Público recorreu da decisão do Tribunal de Peso da Régua que indeferiu o processo de insolvência da Casa do Douro, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Agricultura.

O Tribunal de Peso da Régua indeferiu o processo de insolvência da Casa do Douro (CD) apresentado pelo Ministério Público (MP), em representação da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

O dossiê da instituição duriense, com uma dívida ao Estado de cerca de 160 milhões de euros, tem sido liderado pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

Fonte do Ministério da Agricultura disse que o recurso deu entrada no Tribunal da Relação de Guimarães porque o MP entendeu que havia matéria que «o justificava».

A expectativa do ministério é que o recurso «seja aceite», no entanto, acrescentou que, se isso não acontecer, «continuará a articular com o Ministério das Finanças outras alternativas para resolver o problema da dívida da CD».

Para a decisão de não aceitar o processo de insolvência da instituição duriense, o Tribunal do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, alegou a falta de personalidade jurídica devido a uma excepção dilatória insuprível. Ou seja, decidiu indeferir liminarmente a petição inicial da insolvência da instituição porque considerou que a CD já está extinta.

Dando cumprimento ao decreto-lei n.º 152/2014, publicado em Outubro, a CD foi extinta enquanto associação de direito público a 31 de Dezembro.

O processo de insolvência deu também entrada no dia 31 de Dezembro no tribunal, tendo como requerente o Ministério Público. A este processo foi atribuído um valor de 124,6 milhões de euros.

Criada em 1932, a CD vive há anos asfixiada em problemas financeiros e possui actualmente uma dívida ao Estado na ordem dos 160 milhões de euros.

Para resolver o problema da organização o Governo preparou um plano que incluía um acordo de dação em cumprimento, de troca dívida por vinho, e uma alteração legislativa que transforma o estatuto de direito público e inscrição obrigatória em associação de direito privado e de inscrição voluntária.

Após a extinção da dimensão pública da CD, o Governo abriu um processo concursal para as associações e federação de direito privado e sem fim lucrativo interessadas em ficar com a gestão da instituição duriense.

As duas candidaturas submetidas ao concurso foram apresentadas pela Federação Renovação Douro e a Associação da Lavoura Duriense, recentemente formalizadas na região. A decisão final deverá ser anunciada durante este mês de Março.

Fonte: Lusa


Vendas da aguardente da Lourinhã aumentaram 50 por cento nos últimos dois anos

 19-03-2015 

 
A aguardente da Lourinhã, uma das três com região demarcada na Europa, aumentou em 50 por cento as vendas nos últimos dois anos devido às acções promocionais, informou a Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa.

Segundo a Comissão Vitivinícola Regional (CVR), em 2012 foram vendidas 6.278 garrafas, números que cresceram para 7.224 em 2013 e para 9.556.

Apesar dos números e da qualidade do produto, que concorre com o "cognac" e o "armagnac" franceses, o rendimento para a economia local é inferior a meio milhão de euros.

A produção é vendida principalmente no mercado nacional, através dos principais hipermercados. Contudo, cinco por cento segue para exportação, chegando a Macau, Canadá, Suíça, Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Austrália.

A aguardente é produzida em cerca de 40 hectares e tem uma produção anual na ordem dos 20 mil litros. Nos últimos dois séculos, foi vendida para a produção do Vinho do Porto, sendo também escolhida como digestivo pelos consumidores.

Mais de 70 por cento das vendas são feitas pela Adega Cooperativa da Lourinhã, um dos dois principais produtores. Do lado da produção, requer um grande investimento, uma vez que são necessários dez litros de vinho para um litro de aguardente, e cinco anos de envelhecimento da bebida.

Para incentivar novas vinhas e os vitivinicultores a desviarem uvas para a aguardente e apostarem numa forte estratégia de promoção, a Câmara da Lourinhã quer, até ao final do ano, avançar com um plano estratégico para a bebida, que vai envolver toda a cadeia económica, desde os produtores aos agentes de comercialização, disse à agência Lusa Fernando Oliveira, vereador com os pelouros do Turismo e do Apoio ao Empresário.

Nesse sentido, a autarquia aderiu no final de 2014 à Associação Nacional dos Municípios do Vinho, com o objectivo de vir a criar a Rota da Aguardente, levando os turistas a provar a bebida, a visitar as vinhas e conhecer as caves onde é envelhecida.

O presidente da Adega Cooperativa da Lourinhã, João Pedro Catela, disse à agência Lusa que o grupo Nutricafés, que detém as marcas Nicola e Chave D'Ouro, vai ajudar a promover a bebida.

Para promover o produto, o município realiza, entre hoje ao dia 29 a Quinzena Gastronómica da Aguardente, durante a qual 17 restaurantes do concelho vão confeccionar pratos e sobremesas usando a bebida. No sábado, a adega abre portas a visitas e provas de turistas.

Criada em 1992, a Região Demarcada da Aguardente da Lourinhã abrange todo o concelho e as freguesias limítrofes de Vale Covo (Bombarral), Serra d'el Rei e Atouguia da Baleia (Peniche), Campelos (Torres Vedras) e Olho Marinho (Óbidos).

Fonte: Lusa

Investigadores da Católica Porto apresentam estudo sobre benefícios nutricionais da bolota


por Ana Rita Costa
20 de Março - 2015
 
A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica Porto vai apresentar os resultados de uma investigação relacionada com as características nutricionais e funcionais da bolota durante o simpósio "A Bolota: O futuro de um alimento com passado". A iniciativa, que visa a valorização deste recurso e que decorre no dia 20 de março, é promovida em parceria pela Sociedade Agrícola do Freixo do Meio.

Manuela Pintado, investigadora da ESB da Católica do Porto e uma das oradoras da iniciativa, vai revelar de que forma a bolota pode ser aproveitada, destacando as principais caraterísticas nutricionais para o consumo humano.

Outros dos grandes destaques da iniciativa centra-se na sessão "O potencial económico da bolota em Portugal". A sessão é conduzida por Miguel Sottomayor, docente da Católica do Porto, que procura demostrar de que forma é possível potenciar, do ponto de vista económico, a fileira.

O simpósio encerra com uma apresentação de produtos feitos à base de bolota e, ainda, com um debate sobre o consumo humano da bolota em Portugal. A iniciativa decorre na Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo.

Centro de Competências para o sector do Tomate vai instalar-se no Cartaxo


por Ana Rita Costa
19 de Março - 2015
 
O Centro de Competências do Tomate (CCT) vai instalar-se no Cartaxo e a inauguração está prevista para breve, de acordo com a Associação de Industriais do Tomate (AIT). Este centro foi criado no âmbito de um protocolo firmado entre a AIT, a Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar e a Confederação dos Agricultores de Portugal.

Com o centro de investigação, a AIT pretende contribuir para aumentar a produtividade da cultura de tomate para indústria e promover uma estratégia de investigação que privilegie, para além do aumento de produção, o valor nutricional do fruto e dos produtos transformados.

Portugal é um dos maiores produtores mundiais de tomate para indústria, com uma faturação que se estima ultrapassar os 200 milhões de euros. A Associação dos Industriais de Tomate representa seis empresas transformadoras: Compal, Sugal-Idal, Sutol, Toul, Fitalagro e Sopragol.

Composto extraído do azeite pode atuar positivamente em alguns tipos de cancro


por Ana Rita Costa
19 de Março - 2015
 
O ácido maslínico, um composto extraído do azeite, pode atuar positivamente nos processos inflamatórios associados a alguns tipos de cancro. A descoberta foi de uma equipa de investigadores da Universidade de Jaén que analisou a incidência desta substância sobre um tipo de células do sistema imunitário, denominadas de macrófagos.

Já anteriormente alguns estudos tinham conseguido provar que a inflamação crónica de baixa intensidade estava na base de muitas patologias, entre as quais o cancro. Assim, os cientistas decidiram estudar o funcionamento das células denominadas de macrófagos.

Os investigadores analisaram, de forma mais concreta, a incidência do ácido maslínico sobre os macrófagos, células que se dividem em dois tipos: o primeiro capaz de eliminar patogénicos e inibir tumores, e um segundo que favorece os processos inflamatórios crónicos.

"Esta capacidade é fundamental, por exemplo, para que uma ferida sare. As células cancerígenas provocam efeitos adversos, como a geração de novos tecidos tumorais. Desta forma, nos processos inflamatórios crónicos, o interessante é potenciar o primeiro tipo de macrófragos para inibir a ação do segundo tipo. Isso é exatamente o que faz o ácido maslínico", explicam os investigadores responsáveis pela descoberta.

«Estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar para a Investigação e Inovação Agroalimentar e Florestal, no período 2014-2020»



Sessão Pública de Apresentação da «Estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar para a Investigação e Inovação Agroalimentar e Florestal, no período 2014-2020»

20 de março de 2015 - 9H00
Auditório do INIAV, IP. - Av. da República, Quinta do Marquês
Oeiras | 38°41'39.0"N 9°19'07.8"W

Confirmação de presença obrigatória até ao dia 17 de março para o e-mail: gci@iniav.pt

NOTA: Número de lugares é limitado à capacidade do Auditório

Fertilização é o tema do mais recente livro da PUBLINDUSTRIA



17 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

A Publindústra acaba de lançar a obra Fertilização: fundamentos agroambientais da utilização de adubos e corretivos, da autoria do professor jubilado Quelhas dos Santos, que exerceu atividade de docência no Instituto Superior de Agronomia.

Este livro vem fortalecer a oferta da editora na área dos conteúdos direcionados para a agronomia, que tem vindo a dar mostras de investimento neste setor do conhecimento. Pode adquirir o seu exemplar, ou ver outras ofertas disponíveis na área das ciências agrárias, clicando aqui.

Para mais informações: redacao@publindustria.pt

Mais de 97% dos alimentos na UE cumprem normas de resíduos de pesticidas

17 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Mais de 97% das amostras de alimentos avaliados pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) contêm níveis de resíduos de pesticidas que se encontram dentro dos limites legais – menos de 55% das amostras tinham vestígiso detetáveis destas substâncias químicas. Os resultados são parte do relatório anual 2013 da EFSA sobre resíduos de pesticidas nos alimentos, que incluem os resultados de quase 81.000 amostras de alimentos provenientes de 27 Estados membro da UE, da Islândia e da Noruega.

Os 29 países que apresentaram relatórios levaram a cabo dois programas de monitorização, um é o programa nacional concebido por cada país, e outro, o programa coordenado pela UE, em virtude do qual todas as autoridades de controlo de alimentos analisam o mesmo cabaz de alimentos. No total analisaram-se 80.967 amostras de uma ampla variedade de produtos alimentares processados e não processados para determinar a presença de 685 pesticidas. As principais conclusões são:

- 97,4% das amostras analisadas estavam dentro dos limites legais;

- 54,6% estavam livres de resíduos detetáveis;

- 1,5% supera claramente os limites legais, tendo em conta a margem de erro, o que desencadeia sanções legais ou administrativas contra os empresários das empresas alimentares responsáveis;

- Resíduos de mais de um pesticida (resíduos múltiplos) foram encontrados em 27,3% das amostras.

A maioria das amostras (68,2%) foram provenientes da Europa e 27,7% de alimentos importados de países terceiros. A percentagem de amostras provenientes de países terceiros que superaram os limites legais foi maior (5,7%) que nos países da UE (1,4%). Contudo, a taxa de incumprimento para os alimentos importados reduziu-se em quase dois pontos percentuais (de 7,5%) desde 2012.

No programa coordenado da UE, os estados analisaram 11.582 amostras de 12 alimentos: maçãs, alho-porro, centeio, alface, pêssegos, aveia, morangos, tomates, leite de vaca, carne suína e vinho. Os resultados mostraram que 99,1% das amostras continham níveis de resíduos dentro dos limites permitidos e que quase 53% continham resultados mensuráveis.

Em comparação com os resultados de 2010, quando os mesmos produtos alimentares (excluindo o vinho) foram analisados, a percentagem de amostras que excediam os limites legais reduziram-se em todos os alimentos.

Ler aqui.

IEFP assina acordos com CAP e Agricultura para garantir mão de obra e formação


POR SUL INFORMAÇÃO • 18 DE MARÇO DE 2015 - 16:37
 
Garantir mão de obra para a agricultura e dar-lhe formação adequada são os objetivos principais dos acordos de cooperação assinados na segunda-feira, entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, numa cerimónia realizada nas instalações da Fazenda Nova da Hubel Agrícola, em Moncarapacho.

O acordo com a CAP tem como objetivo estabelecer «um quadro de colaboração, que, atendendo à evolução expectável do investimento e criação de emprego no setor agrícola nos próximos anos, possa contribuir para o desenvolvimento dos recursos humanos do setor, nomeadamente através da dinamização das medidas de política pública de emprego e formação profissional que se relevarem mais adequadas e que estejam disponíveis em cada momento».

Quanto ao acordo com a DRAP Algarve, tem como objetivo estimular a colaboração no domínio da formação, na área da produção agrícola e animal, floricultura e jardinagem, silvicultura e cinegética, indústrias alimentares e desenvolvimento rural, regulamentada no âmbito do MAM – Ministério da Agricultura e do Mar, com vista à certificação setorial, à homologação das ações de formação e ao reconhecimento da formação recebida pelos formandos que frequentaram essa formação.

hubel 3O IEFP diz, em nota de imprensa, que a celebração destes Acordos de Cooperação se enquadra nos seus objetivos, «nomeadamente, promover a criação e a qualidade do emprego e combater o desemprego, através da execução de políticas ativas de emprego e formação profissional».

A cerimónia contou com a presença de Jorge Gaspar, presidente do Conselho Diretivo do IEFP, Carlos Baía, delegado regional do Algarve do IEFP, Luís Mira, secretário geral da CAP, Fernando Severino, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, e ainda de Humberto Teixeira, administrador do Grupo Hubel, como anfitrião do evento.

Também estiveram presentes representantes de diversas entidades  regionais, dirigentes da Delegação Regional do Algarve do IEFP e representantes de Associações de Agricultores da região.

hubel 2Antes da cerimónia, teve lugar uma visita à exploração agrícola da Fazenda Nova, permitindo aos visitantes a observação da produção em hidroponia de pequenos frutos vermelhos (framboesa, morango e amora).

No final, realizou-se um beberete confecionado pelos formandos do Serviço de Formação Profissional de Faro e servido pelos formandos da Associação Algarvia de Pais de Crianças Diminuídas Mentais – AAPCDM.

Especialista Agricultura em Moçambique só terá sucesso com erradicação da pobreza


O representante da organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Portugal e CPLP, Hélder Mutéia, disse hoje que o setor agrícola em Moçambique só terá sucesso após a erradicação da pobreza e da fome.

MUNDO Agricultura em Moçambique só terá sucesso com erradicação da pobreza Lusa
19:22 - 18 de Março de 2015 | Por Lusa
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"Só o compromisso para a erradicação global da pobreza e da fome vai permitir que haja uma atenção para a agricultura, não apenas para a produção mas também para a comercialização", declarou em Maputo o especialista moçambicano e ex-ministro da Agricultura, no primeiro dia da conferência "Os desafios da agroindústria em Moçambique", no âmbito do Fórum Económico e Social de Moçambique (Mozefo).

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A agricultura moçambicana, segundo o técnico da FAO, "é dominada pela agricultura de subsistência e tem como caraterística a escassez de excedentes", além da baixa produtividade e concentração em produtos que são também alimentos básicos de baixo valor por unidade de peso.

"Isso cria problemas no acesso ao mercado de forma sustentável", alertou Hélder Mutéia, vincando o atraso do setor agrícola moçambicano em relação a outros países africanos, com realidades económicas, sociais e culturais similares, o que revela a existência de "um potencial para crescer muito mais".

Moçambique tem "altas vantagens comparativas e óbvias", defendeu Hélder Mutéia, na presença dos ministros da Economia e Finanças, da Educação e da vice-ministra da Agricultura, mencionando a abundância de terra e água, a preços módicos, e mão-de-obra disponível e motivada.

"Não podemos ambicionar um mercado internacional se não tivermos um mercado local forte, sólido, ou vão faltar os alicerces do processo", alertou o representante da FAO, que aconselhou também Moçambique a apoiar-se nas estruturas internacionais a que pertence, a começar na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), mas também na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e no Mercado Comum da África Austral e Oriental (Comesa).

Por outro lado, o especialista sugeriu que o país invista na agroindústria, uma vez que "o processamento acrescenta valor, absorve excedentes, conserva e reduz as perdas, fortalece exportações, promove qualidade e tem um efeito multiplicador no emprego".

Hélder Mutéia incentivou os agricultores a constituírem-se em cooperativas, como forma de inclusão e de ganharem capacidade de negociação, instando o Estado e o setor privado a manterem uma ligação permanente, bem como as instituições de ensino para garantir formação e alcançar-se uma "agricultura moderna".

A conjuntura, de acordo com o técnico da FAO é favorável, uma vez que "há um novo entusiasmo na agricultura", quando há 30 anos os governos se desinteressaram por um setor marcado pelos preços baixos, mas que mais recentemente recrudesceu.

"O preço dos alimentos começou a subir e isso ressuscitou o interesse e os governos e empresas que continuaram a apostar na agricultura estão hoje a colher os benefícios", referiu, lembrando também que há reduções palpáveis na redução da pobreza e que, "quando alguém chega à classe média, a primeira coisa que pede é um prato de bife".

Além do previsível aumento do consumo de carne, na ordem dos 60%, a procura de cereais vai também subir, à medida que a população cresce e a pobreza diminui.

Entre os desafios globais, contam-se "distorções internacionais", traduzidas em "dumping mascarado de donativos, importações subsidiadas - em que um agricultor europeu ou americano é subsidiado até 4% e um moçambicano recebe um subsídio zero -, barreiras tarifárias e sanitárias e fitossanitárias". E ainda as mudanças climáticas, que vão obrigar a "um esfoço de mitigação e de adaptação quase sobrenatural".

Lançado pelo grupo de comunicação social privado, o Mozefo propõe-se "criar uma plataforma alargada de diálogo e ação para alavancar o crescimento económico de forma acelerada, inclusiva e sustentável", através de cinco conferências temáticas, que vão culminar no Fórum Económico e Social de Moçambique.

FAO lança programa para limitar impacto das catástrofes no setor agrícola


17/3/2015, 17:31
Após um estudo que demonstra o impacto das catástrofes naturais no setor agrícola, a FAO lançou no Japão um mecanismo para reduzir as consequências nos países pobres.


A FAO lançou no Japão um mecanismo para limitar os impactos das catástrofes naturais aos países pobres, após apresentar um estudo indicando que 22% de todos os danos causados por desastres climáticos incidem sobre a agricultura.

O novo instrumento, apresentando no decurso da III Conferência Mundial da ONU sobre a Redução de Riscos de Desastres, que decorre na cidade japonesa de Sendai, visa "canalizar conhecimentos técnicos e recursos financeiros com o objetivo de promover a resiliência" nestes países, refere uma nota da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).


"Com este novo esforço, pretendemos limitar a exposição das pessoas aos riscos, evitar e reduzir os impactos quando possível, e aumentar a capacidade de resposta quando as catástrofes ocorrem," explicou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, durante a conferência.

De acordo com uma análise feita pela FAO a 78 avaliações das necessidades pós-catástrofe em 48 países em desenvolvimento durante o período de 2003-2013 "vinte e dois por cento de todos os danos causados por catástrofes naturais, como as secas, as cheias por tempestades ou ´tsunamis` recaem sobre o setor agrícola".

"Normalmente são as comunidades rurais e semirrurais pobres as que sofrem estes impactos e perdas, carecendo ainda de seguros e recursos financeiros necessários para recuperar os meios de vida perdidos. Apesar disso, no período 2003-2013, apenas 4,5% da assistência humanitária foi destinada à agricultura após as catástrofes", frisa a nota.

Apesar de o valor de 22% dar uma indicação da escala, por representar somente os danos relatados através de avaliações de risco pós-catástrofe, a FAO considera que "o impacto real é provavelmente ainda maior".

Para obter uma estimativa mais precisa dos verdadeiros custos financeiros das catástrofes para a agricultura nos países em desenvolvimento, a FAO comparou as descidas de produção durante e após as catástrofes com a evolução da mesma em 67 países afetados por pelo menos um evento de média ou larga escala entre 2003 e 2013.

"O resultado final: 70 mil milhões de dólares (65,9 mil milhões de euros) em danos nas colheitas e produção animal durante esse período de 10 anos", tendo a Ásia sido a região mais afetada, com perdas estimadas em 28 mil milhões de dólares (26,3 mil milhões), e África em 26 mil milhões de dólares (24,4 milhões de euros), indica a FAO.

"Por isso, promover a resiliência dos meios de vida face a ameaças e crises é uma das principais prioridades da FAO," considerou José Graziano da Silva, citando estudos que dão conta de que "para cada dólar gasto na redução do risco de catástrofes, são poupados dois a quatro dólares em termos dos impactos evitados".

A FAO estima que a nível mundial, os meios de sustento de 2.500 milhões de pessoas dependem da agricultura, mas "estes pequenos agricultores, pastores, pescadores e comunidades que dependem das florestas, geram mais de metade da produção agrícola mundial e são particularmente vulneráveis às catástrofes que destroem ou danificam colheitas, equipamentos, provisões, gado, sementes, plantações e alimentos armazenados".

A FAO apelou a mais investimento para o setor por considerar que em países como Moçambique, Burkina Faso, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Etiópia, Quénia, Mali e Níger a agricultura "continua a ser um setor chave", sendo "responsável por até 30% do PIB nacional".

A III Conferência Mundial da ONU sobre a Redução de Riscos de Desastres termina na quarta-feira.

As abelhas estão a desaparecer


Vida
     
Ricardo Nabais Ricardo Nabais | 19/03/2015 16:01:03 1841 Visitas   
Na Europa, uma em dez abelhas estão na lista vermelha 


A União Internacional para a Conservação da Natureza acaba de divulgar uma 'lista vermelha' de espécies em sério risco de extinção e lançou o alerta quanto às abelhas. De acordo com a lista, um estudo com divulgação periódica, feito por especialistas em zoologia e conservação, 9% das quase duas mil espécies de abelhas estão ameaçadas e 5% podem entrar rapidamente em risco.

O relatório enfatiza a situação com outros números: na Europa, uma em dez abelhas estão na lista vermelha. A consternação não tem a ver apenas com uma redução na biodiversidade. O problema é que as abelhas são responsáveis pela polinização das plantas, essencial para o seu ciclo de vida e para as culturas agrícolas.

Para Jean-Christophe Vié, do Programa Global das Espécies daquela organização, o problema real deve ser maior. O estudo acabou por ficar incompleto, admitiu à BBC Online, devido a "uma alarmante falta de especialistas e de recursos". E se, continua, "as abelhas desempenham um papel essencial na polinização das nossas culturas agrícolas", pode ser a própria segurança alimentar a ser posta em causa no futuro.

Para os especialistas, o desaparecimento das abelhas deve-se a inúmeros factores de pressão ambiental, entre os quais as alterações climáticas, o uso intensivo de pesticidas nas culturas e a urbanização acelerada de algumas regiões na Europa.


quinta-feira, 19 de março de 2015

União Europeia é a principal importadora produtos da floresta tropical desmatada ilegalmente


17/3/2015, 9:27
Os países da União Europeia importam muitos produtos criados em áreas que foram desflorestadas ilegalmente, pelo que são cúmplices da destruição das floresta tropical, avisa estudo.


Grandes porções de floresta tropical têm sido destruídas para abrir espaço à agricultura intensiva
YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images

A União Europeia (UE) é a maior importadora, em termos de valor, de produtos como óleo de palma, carne ou soja produzidos em terrenos desflorestados ilegalmente, segundo um relatório divulgado esta terça-feira pela organização não-governamental (ONG) Fern.

O estudo "Bens roubados: a cumplicidade da UE na desflorestação tropical ilegal" assinala que em 2012 a UE importou quantidades avaliadas em seis mil milhões de euros de soja, carne e óleo de palma provenientes de terrenos resultantes da desflorestação.




Esta estimativa representa, segundo os cálculos da ONG, cerca de um quarto do total do comércio mundial destes produtos. "A procura de bens produzidos nestas terras, obtidas em florestas ameaçadas, é promovida por várias políticas da UE, como as da agricultura, do comércio e da energia", afirmou um membro da ONG, Saskia Ozinga, em comunicado.

Segundo o estudo, a Holanda, Itália, Alemanha, França e Reino Unido são os países da União que mais importam produtos produzidos em áreas desflorestadas, perfazendo 75% do total destes bens que chegam aos países europeus. É nesses territórios que são consumidos 63% dos bens importados, com especial incidência no óleo de palma, na carne de vaca, nas peles e na soja.

27 março . Colóquio: Diversidade das castas antigas de videira em Portugal



 27 março . Colóquio: Diversidade das castas antigas de videira em Portugal - agroeventos

Dia 27 de março, Reguengos de Monsaraz vai ser palco de um colóquio subordinado ao tema: Prospeção e Conservação em Larga Escala da Diversidade das Castas Antigas de Videira em Portugal. Entre os temas destacam-se: Objectivos e metodologia gerais; prospecção nas regiões do Alentejo e Algarve; Prospecção nas regiões de Lisboa, Tejo e Península de Setúbal; Prospecção na região Centro; Prospecção na região Norte e visão empresarial; 



Programa das IV Jornadas Técnicas da Batata

Na continuação das III Jornadas Técnicas da Batata, O COTHN, a ESAS, a Agromais, a Agrotejo, a FNOP, a APH e o Consórcio Batata Primor de Portugal vão realizar no dia 25 de março de 2015, no Auditório da Escola Profissional do Montijo, no Montijo, as IV Jornadas Técnicas da Batata, com o objetivo de promover um espaço de divulgação científica e tecnológica e de debate.


Esta iniciativa conta com o apoio da Caixa de Credito Agrícola de Entre Tejo e Sado, da Escola Profissional do Montijo, da Câmara Municipal do Montijo e o patrocínio da Bayer CropScience, da Meijer, Sipcam Portugal, IPM Potato Group e da SEED.


Com a expectativa de contribuir para o lançamento de novas estratégias de inovação e competitividade, indispensáveis para a modernização e o desenvolvimento da fileira batata, as temáticas a abordar nesta edição incidirão na proteção fitossanitária da cultura e na organização do sector e comercialização.


Assim, gostaríamos de convidar todos os interessados a participar nesta edição das jornadas técnicas de batata.







COTHN - Centro Operativo e Tecnológico Hortofruticola Nacional

Cientistas descobrem fórmula para vinho que não dá ressaca


Uma levedura geneticamente modificada vai permitir estimular os benefícios do vinho para a saúde, reduzindo, ao mesmo tempo, os subprodutos tóxicos responsáveis pelo mal-estar em dias de ressaca

17:03 Terça feira, 17 de Março de 2015 |


Beber vinho e acordar sem ressaca (dependendo, é claro, das quantidades ingeridas)? Parece mentira, mas não é. Investigadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos da América (EUA), criaram uma levedura geneticamente modificada que, para além de estimular os benefícios que o vinho representa para a saúde, permite diminuir os tóxicos que causam a ressaca.

Produtos fermantados, como a cerveja, o pão e o vinho, contêm estirpes de leveduras poliploides, o que significa que contém múltiplas cópias de genes no seu genoma.  O que o grupo de trabalho coordenado por Yong-Su Jin conseguiu foi desenvolver uma "faca do genoma" que é capaz de fazer "incisões" de grande precisão e permite aos cientistas indentificar os genes responsáveis por características muito específicas.

"Digamos que temos uma levedura que produz um vinho com ótimo sabor e que queremos saber porquê. Apagamos um gene, e depois outros, até desaparecer o sabor distintivo e aí saberemos que isolámos o gene responsável por essa característica", explica o professor.

Até aqui, era muito difícil manipular geneticamente estirpes poliploides porque uma vez que se alterava um gene numa cópia do genoma, uma cópia não alterada corrigia a que tinha sido modificada.

Esta técnica permitirá que os fabricantes de vinho alterar o processo de fermentação secundária que pode gerar os subprodutos tóxicos que levam à dor de cabeça do dia seguinte.

Valorfito premeia os melhores distribuidores de fitofarmacêuticos


por Ana Rita Costa
17 de Março - 2015
 
No passado dia 6 de março, nas Antigas Cavalariças do Hotel Pestana Palace, em Lisboa, a Valorfito homenageou os melhores Pontos de Retoma de 2014, com a entrega de "Os Prudêncios", os prémios Valorfito para os distribuidores de produtos fitofarmacêuticos.

Dos 70 nomeados nas categorias Quantidade e Crescimento, a nível regional, e nas categorias Investimento, Excelência e Cooperativa, a nível nacional, 15 Pontos de Retoma receberam a estatueta "Prudêncio". Valorizando também a responsabilidade social das empresas, o Valorfito entregou um cheque a cada uma das 15 instituições de solidariedade social escolhidas pelos premiados.

No início da cerimónia, o diretor-geral do Valorfito, António Lopes Dias, sublinhou o resultado obtido pelo sistema Valorfito em 2014, com uma taxa de retoma de 38,4%: "congratulamo-nos pelo crescimento registado ano após ano. Em 2014 superámos o crescimento do mercado e voltámos a superar-nos, com um aumento de 14,4% de embalagens retomadas face a 2013. Estão de parabéns todos os que contribuíram para este excelente resultado, sobretudo os Pontos de Retoma e os agricultores."

Brevemente, o Valorfito irá realizar um inquérito aos Pontos de Retoma com vista a diagnosticar necessidades e a implementar melhorias no sistema. Será ainda integrada no inquérito uma questão que visa apurar a quantidade de produtos fitofarmacêuticos obsoletos que cada PR tem nas suas instalações, de forma a conhecer a verdadeira dimensão deste problema.

Setor agrícola é o mais afetado por catástrofes


por Ana Rita Costa
17 de Março - 2015
 
Quase um quarto dos danos causados por desastres naturais nos países em desenvolvimento recaem sobre o sector agrícola, de acordo com os resultados iniciais de um novo estudo da FAO apresentado durante a Conferência Mundial da ONU para a Redução do Risco de Catástrofes.

De acordo com a análise da organização a 78 avaliações das necessidades pós-catástrofe em 48 países em desenvolvimento durante o período de 2003-2013, 22% de todos os danos causados por catástrofes naturais, como secas, as cheias por tempestades ou tsunamis, recaem sobre o setor agrícola.

Habitualmente, são as comunidades rurais e semirrurais pobres as sofrem estes impactos e perdas, carecendo ainda de seguros e recursos financeiros necessários para recuperar os meios de vida perdidos. Apesar disso, no período 2003-2013, apenas 4,5% da assistência humanitárias foi destinada à agricultura após as catástrofes.

"Para obter a uma estimativa mais precisa dos verdadeiros custos financeiros das catástrofes para a agricultura no mundo em desenvolvimento, a FAO comparou as descidas de produção durante e após as catástrofes com a evolução da mesma em 67 países afetados por (pelo menos um) evento de média ou larga escala entre 2003 e 2013", indica a FAO em comunicado.

O resultado final mostra que foram cerca de 70 mil milhões de dólares os danos nas colheitas e produção animal durante esse período de dez anos.

A Ásia foi a região mais afetada, com perdas estimadas em 28 mil milhões de dólares, seguindo-se África com 26 mil milhões de dólares.

"A agricultura, e tudo o que está englobado, não só é essencial para o nosso abastecimento alimentar, como também continua a ser a principal fonte de sustento em todo o planeta. Embora sendo um sector em risco, a agricultura também pode ser a base sobre a qual construímos sociedades mais resilientes e capazes de lidar com catástrofes", refere o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva.

Novo mecanismo para a redução do risco de catástrofes na agricultura

Para ajudar os países a preparar-se e a responder melhor aos desastres naturais que afetam a agricultura, a FAO lançou esta semana um novo mecanismo que tem como objetivo canalizar o apoio técnico para as regiões mais afetadas. O mecanismo irá funcionar para integrar a questão da redução do risco de catástrofes na agricultura a todos os níveis e através de diversas atividades.

"Com este novo esforço, pretendemos limitar a exposição da pessoas aos riscos, evitar e reduzir os impactos quando possível, e aumentar a capacidade de resposta quando as catástrofes ocorrem", revela Graziano da Silva

O trabalho deste novo instrumento estará enquadrado no Programa Quadro da FAO para a Redução do Risco de Catástrofes para a Segurança Alimentar e Nutricional.

Portugal vai receber seminário de ranicultura


por Ana Rita Costa
17 de Março - 2015
 
A TecnoAlimentar, a AGROTEC e a Contamais Consultoria estão a organizar o primeiro Seminário Ibérico de Ranicultura, a decorrer no dia 8 de maio, no Porto, no Campus Agrário de Vairão, em Vila do Conde.

De acordo com a organização, "a criação de rãs é um negócio emergente na Península Ibérica, aproveitando o enorme mercado de importação existente em França, Suíça e Alemanha, e as condições de produção excelentes nas regiões mais quentes."

Com este seminário pretende-se partilhar com os empresários e investidores a experiência de produtores e técnicos franceses e brasileiros, bem como os apoios ao investimento, rentabilidades possíveis e também as condições necessárias para o licenciamento desta cultura

De destacar a presença de Yannick Ramage, especialista francês, que acompanhou a instalação da primeira unidade de produção industrial existente na Europa.

O abate, a conservação e a transformação da carne e subprodutos serão também alvo de discussão neste seminário, assim como uma mesa redonda sobre "Legislação e Licenciamentos da Atividade", que reunirá as entidades legais e gestoras da prática de Ranicultura.

Grande distribuição marca presença na 2ª Conferência Internacional PortugalFoods


por Ana Rita Costa
17 de Março - 2015
 
A PortugalFoods vai promover nos próximos dias 18 e 19 de março a sua 2ª Conferência Internacional, dedicada ao Retalho Alimentar, que irá decorrer no Auditório Principal da TecMaia, na Maia.

A 2ª Conferência Internacional – Retalho Alimentar e Inovação (CIRAI) & Brokerage será um espaço de networking e intercâmbio de experiências entre a Grande distribuição internacional e o setor agroalimentar português e será dividida em dois momentos distintos. O primeiro dia, 18 de março, conta com intervenções de profissionais de destaque ligados ao retalho internacional.

Durante três sessões estarão em discussão as tendências, inovações e oportunidades no retalho a nível mundial e serão abordados temas como a inovação na negociação e oportunidades de negócio, o Capitalismo Consciente (tema abordado pelo fundador deste movimento, Hugo Bethlem), a nova relação comercial entre retalhistas e fornecedores ou as oportunidades das marcas próprias.

Será ainda apresentado o caso de estudo da Whole Foods Market, uma cadeia de supermercados especializados em comida biológica com cerca de 400 lojas nos Estados Unidos da América, Canadá e Inglaterra, assim como da entrada da marca Carrefour no Médio Oriente pelas mãos do atual CEO do Majid All Futtaim Retail LLC, dos Emirados Árabes Unidos, Frank Witek, e orador nesta conferência.

A CIRAI contempla ainda uma sessão de Brokerage no dia 19 de março, direcionada especialmente às empresas associadas da PortugalFoods participantes na conferência.

 Para Raquel Vieira de Castro, Presidente da Comissão Organizadora da 2ª CIRAI & Brokerage "conhecer a perspetiva de vários players mundiais e especialistas de referência com enorme experiência vivida em distintas realidades socioculturais e económicas, será uma oportunidade ímpar de reflexão e debate sobre o desenvolvimento sustentável, sobre novas dimensões de negócio e as melhores abordagens aos retalhistas internacionais". 

Belmiro de Azevedo vai dedicar-se à agricultura


por Ana Rita Costa
17 de Março - 2015
 
No dia em que celebrou 50 anos na Sonae, Belmiro de Azevedo entregou a pasta de Chairman da empresa ao filho. De acordo com o Expresso, o empresário de 77 anos não pensa reformar-se e irá agora dedicar-se à educação e à agricultura.

"Estamos a criar um think-tank de Educação em Portugal, encabeçado pela Fundação Belmiro de Azevedo, ao qual dedicarei parte substancial do meu tempo futuro", anunciou recentemente Belmiro de Azevedo.

No que diz respeito à agricultura, o empresário continuará o seu investimento na plantação de kiwis e na floresta. "Continuarei, também, a dedicar-me ao sector primário em Portugal, incluindo a primeira e segunda transformação de produtos naturais, que considero, como tenho dito muitas vezes, absolutamente crítico para o sucesso do nosso país", revelou.

Azeite italiano líder no mercado dos EUA, Austrália e Canadá

 18-03-2015 
 
O presidente da União italiana de Associações de Produtores de Azeite, UNAPROL, declarou que Itália ocupa uma posição líder no mercado de muitos países, sobretudo naqueles onde foram realizadas campanhas de promoção da alta qualidade italiana.

O responsável assinalou que no período entre Janeiro e Outubro de 2014, o saldo da balança comercial confirmou o sinal positivo que ultrapassou os 23 milhões de euros.

As importações alcançaram as 528 mil toneladas com um valor de 1.121 milhões de euros (ME), enquanto as exportações ascenderam a 349 mil toneladas por um valor de 1.144 ME.

A balança comercial par ao azeite virgem e virgem extra também apresenta sinais positivos, com um aumento de 13 por cento em volume e dois por cento em valor. No que diz respeito às quotas de mercado, em 2014 a Itália ocupou o primeiro lugar nos Estados Unidos da América (EUA) com 47 por cento e com 44 por cento na Austrália. No Canadá, o azeite italiano representa 70 por cento do mercado, na Coreia os produtos italianos estão em segundo, com 19 por cento do mercado e um aumento de 43 por cento frente a 2013.

No Japão também ocupa o segundo lugar com uma quota de 42 por cento, mas como líder por valor do produto importado. Detém o primeiro posto por quantidade, com 74 por cento, e valor em Hong Kong. Na Rússia, o azeite italiano representa 29 por cento do mercado, com um crescimento de 33 por cento em relação a 2013. Na Índia, ficou em segundo no primeiro semestre de 2014 com uma quota de mercado de 25 por cento. A Itália também é líder em Singapura, com 43 por cento do mercado e uma progressão de 13 por cento no que diz respeito a 2013.

Fonte: Agrodigital

Fileira do porco alentejano é «essencial» para a economia de Ourique

17-03-2015 
 
A fileira do porco alentejano abrange todos os sectores de actividade e é «essencial» para a economia de Ourique, que se afirma como a "capital" e aposta na promoção daquela carne, disse o presidente do município.

«É uma fileira transversal a todos os sectores de actividade e essencial para a dinâmica da economia do concelho», afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo.

O autarca falava a propósito da Feira do Porco Alentejano deste ano, que vai decorrer entre sexta-feira e domingo com iniciativas em vários locais da vila de Ourique, sobretudo no recinto principal, o Pavilhão Multiusos, onde vão estar cerca de 145 expositores, «um aumento significativo» em relação aos 107 da edição do ano passado.

Segundo o autarca, a fileira do porco de raça alentejana envolve os sectores primário, através da produção de porco, secundário, através da transformação da carne em produtos derivados, e terciário, através da prestação de serviços e da comercialização de produtos relacionados.

No concelho, indicou, existem explorações agro-pecuárias que produzem e pequenas e médias indústrias que transformam a carne de porco de raça alentejana e Ourique «tem-se afirmado como uma referência gastronómica à base do porco alentejano».

Por isso, frisou, a câmara «aposta» na estratégia de afirmação de Ourique, no distrito de Beja, como «capital do porco alentejano» e na promoção nacional e internacional daquela carne junto de mercados «fundamentais» para a dinamização da fileira.

A Feira do Porco Alentejano, segundo o autarca, «tem vindo a crescer de forma consolidada» e este ano, apesar da crise, «vai ser a maior de sempre pelo número de expositores e também se espera que seja pelo número de visitantes».

«Aumentámos significativamente a área de expositores» da feira deste ano, mas, mesmo assim, «muitas empresas ficaram de fora», porque houve «um grande interesse» de empresas em participar e não havia capacidade logística para mais expositores, disse.

A feira, organizada pela Câmara de Ourique e pela Associação de Criadores de Porco Alentejano pretende «afirmar» a vila como a «capital do porco alentejano» e promover a fileira e «a qualidade» dos produtos derivados da carne daquela raça, explicou.

A feira deste ano, como «novidade», vai promover seis provas de degustação gratuita de presuntos do mundo, duas em cada dia da feira, às 11:00 e às 18:00 horas, para «afirmar no contexto internacional a qualidade e a excelência dos presuntos de porco de raça alentejana».

Segundo o autarca, através das provas, cortadores profissionais vão dar aos visitantes da feira a «oportunidade única» de degustarem os diferentes sabores de presuntos do mundo, nomeadamente de marcas e denominações de origem de Portugal, Espanha, França e Itália.

Petiscos e pratos à base de carne de porco alentejano, espectáculos musicais, demonstrações de cozinha, um seminário, dois concursos lúdicos já tradicionais, o de "jovens porquinhas", que vão disputar o título de "Miss Piggy", e o de grunhidos, para testar os dotes dos humanos na imitação da voz dos porcos, são outras das ofertas da feira.

O cartaz cultural da feira, além de actuações de grupos corais alentejanos e de música popular e de sessões de dj's, inclui os concertos de Tiago Bettencourt, na sexta-feira, e D.A.M.A, no sábado.

Fonte: Lusa