sábado, 5 de novembro de 2016

Baixa do preço do milho e soja nos mercados internacionais

03-11-2016 
 

 
O início da semana foi muito animado no mercado internacional dos cereais, que recebeu muita pressão pelas cotações dos Estados Unidos da América e com o dólar a debilitar-se perante o euro.

Esta situação favoreceu a ascensão da oferta comunitária. O final da colheita norte-americana, com 90 por cento de soja e 80 por cento de milho, confirmam-se as estimativas previstas para a produção, tendo também em conta a pressão dos fundos de venda antes das eleições dos Estados Unidos e a possível subida dos tipos de interesses em Dezembro por parte do FED, de acordo com a avaliação de Toño Catón, director das Culturas Arvenses das Cooperativas Agroalimentarias.

O preço da soja baixou perante a expectativa que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) reviu em alta para os valores da produção. Um aspecto positivo é a procura seguir a um ritmo recorde, evitando que as existências disparem.

Em relação ao milho, os preços também caíram, apesar de uma activa procura e das boas exportações dos Estados Unidos da América (EUA). A descida é consequência da preocupação nos EUA para que se possa dar uma fácil saída à grande oferta e manter um bom ritmo exportador. Espera-se que a informação de previsões do USDA de Novembro, publicada na próxima semana, tenha um importante efeito nos mercados.

Quanto ao trigo, é um cereal que não manteve o retorno do preço, devido à pressão em baixa de milho e soja, para além da influência da meteorologia, assinala Toño Catón, já que as próximas chuvas beneficiam os trigos cultivados. Ou seja, o trigo necessita de uma maior procura para manter os preços a longo prazo.

No caso do trigo duro do Canadá, o excesso de chuvas tem vindo a prejudicar e afecta as perspectivas pra o grão de qualidade. Água e neve retardaram e, inclusive, parou a colheita, oque vai afectar a sanidade do grão.  

Fonte: Agrodigital

Área de agricultura biológica aumentou 14,4% desde 2010 em Portugal


Portugal chegou a 2015 com uma área dedicada a agricultura biológica de 241.375 hectares. Na União Europeia, só o Reino Unido e a Holanda registaram um decréscimo entre 2010 e 2015.
Área de agricultura biológica aumentou 14,4% desde 2010 em Portugal
Correio da Manhã

Isabel  Aveiro Isabel Aveiro ia@negocios.pt

27 de Outubro de 2016 às 20:22~

O território português tinha, no final do ano passado, 214.375 hectares de área agrícola dedicada a culturas biológicas, segundo os últimos dados analisados pelo Eurostat, divulgados esta quarta-feira, 25 de Outubro.

Os números, segundo o gabinete de estatística da União Europeia, representam um aumento de 14,4% face à área de agricultura biológica que o país detinha em 2010. Em termos de peso sobre toda a á área agrícola cultivada, o peso aumento 0,7 pontos percentuais entre 2010 e 2015, para 6,5%.

A agricultura biológica ("orgânica" na definição inglesa e adoptada por alguns Estados-membros) "combina as melhores práticas ambientais, um nível elevado de biodiversidade, a preservação de recursos naturais e padrões elevados de produção baseados em substâncias e processos naturais", recorda o Eurostat. "Fornece uma resposta específica do mercado a uma procura específica do consumidor", ao mesmo tempo que cumpre os requisitos em termos de "protecção do ambiente, bem-estar animal e desenvolvimento rural", acrescenta.

Nos 28 Estados-membros que compõem a União Europeia, havia "mais de 11 milhões de hectares de área certificada ou em conversão em 2015" de agricultura biológica, representativa de 6,2% ta área agrícola utilizada na UE naquele ano.

No espaço europeu comunitário, a "Espanha, Itália, França e Alemanha registaram as mais extensas áreas agrícolas biológicas assim como o maior número de produtores biológicos em 2015, respondendo em conjunto por mais de 52%" quer do total da área dedicada como dos produtores dedicados.

A maior percentagem de área agrícola utilizada dedicada a culturas biológicas "foi registada na Áustria", com um quinto (20% ou 552 mil hectares). É seguida pela Suécia (17%, ou 510 mil hectares) e pela Estónia (16% ou 156 mil hectares).

Malta (com 0,3% ou 30 hectares), Irlanda (1,6% ou 73 mil hectares) e Roménia (1,8% ou 246 mil hectares) são os países em que a percentagem de agricultura biológica é a mais baixa sobre a área total agrícola utilizada.

Entre 2010 e 2015, 26 dos 28 Estados-membros, ainda assim, registaram aumentos das suas áreas agrícolas biológicas. Apenas o Reino Unido e os Países Baixos registaram um decréscimo da área dedicada a esta forma de fazer agricultura, de 29% e 4%, respectivamente.

Em sentido contrário, os maiores aumentos verificaram-se na Croácia (mais 377%), Bulgária (mais 362%) a França (mais 61%) e a Irlanda (mais 53%) foram os Estados-membros em que se verificaram maiores crescimentos da área agrícola biológica entre 2010 e 2015.

domingo, 30 de outubro de 2016

Governo dedica próximo Conselho de Ministros à Reforma da Floresta


25/10/2016, 23:30

O Conselho de Ministros de quinta-feira vai ser dedicado à Reforma da Floresta, com a reunião agendada para o Centro de Operações e Técnicos Florestais, na Lousã, anunciou esta terça-feira o Governo.

"Mais do que combater incêndios é necessário preveni-los e para os prevenir é preciso uma gestão ativa de uma floresta sustentável"

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou em setembro um conselho de ministros exclusivamente dedicado à política florestal.

A reunião deverá começar pelas 10h15, depois da habitual "fotografia de família" e apresentação de cumprimentos ao primeiro-ministro pelo grupo de sapadores florestais em formação naquele centro.

Vamos ter um Conselho de Ministros extraordinário dedicado exclusivamente à política florestal, porque a valorização do nosso território significa valorizar um dos maiores ativos, que é a floresta", explicou António Costa, ao discursar em Braga, a 11 de setembro, numa iniciativa da Juventude Socialista.
Costa frisou, na altura, que o país não pode conformar-se em ver, todos os anos, a floresta a arder.

Temos de fazer agora da floresta uma reforma com a dimensão da de há 10 anos. […] Mais do que combater incêndios é necessário preveni-los e para os prevenir é preciso uma gestão ativa de uma floresta sustentável, de uma floresta sofisticada, de uma floresta que seja fonte de riqueza e não uma ameaça à segurança das populações e dos seus bens", salientou então o primeiro-ministro.