sábado, 30 de maio de 2015

'Nobel' da arquitetura paisagista para Gonçalo Ribeiro Telles



10.04.2013 10h061

Prémio Sir Goffrey Jellicoe - o mais conceituado na área da arquitetura paisagista - é atribuído hoje a Gonçalo Ribeiro Telles. 

Lusa
LUSA
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi hoje distinguido com o 'Nobel' da Arquitetura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pela federação internacional do sector, revelou à agência Lusa fonte ligada à organização.

De acordo com a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP), o galardão foi anunciado hoje, durante a realização do congresso, em Auckland, da Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA).

O prémio tem como objetivo "reconhecer um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão".

A entrega do prémio é efetuada hoje durante uma sessão do congresso, ao arquiteto paisagista Miguel Braula Reis, presidente da APAP, que o recebe em representação de Gonçalo Ribeiro Telles.

Braula Reis fará ainda a leitura de uma conferência da autoria do premiado e será exibido um vídeo, com uma mensagem de agradecimento de Ribeiro Telles.

MAIOR PRÉMIO DA ARQUITETURA PAISAGISTA
O Prémio IFLA Sir Geoffrey Jellicoe foi criado em 2004, e o primeiro galardoado, no ano seguinte, foi o arquiteto Peter Walker, dos Estados Unidos, seguindo-se, em 2009, Bernard Lassus, de França. Em 2011 foi distinguida Cornelia Hahn Oberlander, do Canadá, e, em 2012, Mihaly Mocsenyi, da Hungria.

Este galardão, considerado o 'Nobel' da arquitetura paisagista, que tem paralelo no Prémio Pritzker de arquitetura, comemora a contribuição extraordinária para a IFLA do arquiteto paisagista britânico Sir Geoffrey Jellicoe (1900-1996), fundador daquela federação internacional.

Para a APAP, Gonçalo Ribeiro Telles "é premiado por uma excecional carreira de setenta anos, poucos meses depois de ver garantida a continuidade do corredor verde de Lisboa, uma ideia que lançou em 1968".

O júri do prémio inclui arquitetos paisagistas das quatro regiões da IFLA, "que representam o âmbito académico, a prática pública e privada, e possuem um profundo conhecimento da profissão, dos seus profissionais-chave e da prática internacional".

CRIADOR DO CORREDOR VERDE DE MONSANTO
Nascido em Lisboa, a 25 de maio de 1922, Gonçalo Pereira Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, na capital portuguesa, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, no século XX.

São da autoria de Ribeiro Telle, entre outros projetos, o Corredor Verde de Monsanto e a integração da zona ribeirinha oriental e ocidental, na Estrutura Verde Principal de Lisboa.

Gonçalo Ribeiro Telles também é autor dos jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto (Prémio Valmor de 1975), e dos projetos do Vale de Alcântara e da Radial de Benfica, do Vale de Chelas, e do Parque Periférico, entre outros.

Lisboa acolhe em julho VI Congresso de Estudos Rurais



 30 Maio 2015, sábado  AgroflorestalAgricultura
O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa recebe a 16 de julho de 2015 o "VI Congresso de Estudos Rurais: entre heranças e emancipação, desafios do rural".
O evento irá debater temáticas ligadas ao mundo rural, entre elas: "Sistemas agro-alimentares e florestais: entre produtos locais, intensificação sustentável e escassez de recursos", "Desenvolvimento rural e turismo: das procuras às ofertas inovadoras", "Interesses públicos e iniciativas privadas", "Reconfigurações rural-urbano", "Consumos do rural: práticas, saberes e memórias" e "As alterações Climáticas".
O Congresso pretende, desta forma, «fomentar reflexões e práticas pluridisciplinares, contribuindo para compreender como tendências e conflitos que se cruzam no rural, e nas relações urbano-rural, podem promover um desenvolvimento sustentável».
A realização do VI CER assinala o 30º aniversário da Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais.
A iniciativa é organizada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
VER PROGRAMA

Infografia: Os números da agricultura em Portugal


29 Maio 2015, 17:35 por Cátia Santos - Infografia , Nuno Aguiar | naguiar@negocios.pt, Rui Santos - infografia


O Negócios foi conhecer o retrato do sector da agricultura em Portugal. E mostra-lhe os principais indicadores. Quais as principais culturas em Portugal, qual a dimensão média das explorações. E evolução ao longo do tempo.

Quais as principais importações e exportações no sector da agricultura? Qual a dimensão média das explorações? E sabe qual o retrato-robot dos agricultores portugueses?

O Negócios compilou um conjunto de dados estatísticos para conhecer melhor o retrato do sector agrícola.











Se for assinante do Negócios pode também ver a folha de cálculo onde constam os números do INE que serviram de base à infografia.

IFAP: PAGAMENTOS MAIO 2015


No final do mês de maio de 2015,conforme procedimento habitual, o IFAP procedeu a pagamentos* num montante total de cerca de 76,2 milhões de euros.

Do conjunto das transferências efetuadas, destacamos os seguintes pagamentos:

PRODER:
Medidas Investimento - 44,3 milhões de euros
Florestação de Terras Agrícolas - 6,2 milhões de euros 

PRODERAM: Medidas Investimento - 2,2 milhões de euros 

Art.º 68.º - Pagamentos Complementares - 6,7 milhões de euros 

POSEI Abastecimento - 1,7 milhões de euros 

POSEI Açores: Produções animais - 2,8 milhões de euros 

Pescas - 5,6 milhões de euros 

*Valores provisórios

Amândio Santos: "Portugueses estão mais disponíveis para procurar os produtos portugueses"


28 Maio 2015, 17:53 por Alexandra Machado | amachado@negocios.pt

O presidente da Portugal Foods acredita que os portugueses estão mais disponíveis para os produtos "made in Portugal". Mas há ainda um caminho a fazer com a distribuição.
Sendo o foco da Portugal Foods o mercado externo, Amândio Santos, o seu presidente, acredita que, a nível nacional, "os portugueses estão mais disponíveis para procurar os produtos portugueses" que, no entanto, "têm de ter um preço competitivo". A distribuição, acrescenta, "tem de responder à sensibilidade dos portugueses", disponibilizando-se para a promoção desses produtos. 

"Há um caminho importante a fazer", diz ao Negócios o presidente da Portugal Foods, dizendo que ainda há uma pressão elevada para com a indústria que tem margens reduzidas. Há, por isso, que "privilegiar um diálogo forte".

Amândio Santos deixa, ainda, um recado aos governos. Têm de perceber que "as empresas precisam de ver a sua vida mais facilitada no momento do investimento. Temos de acabar com a burocracia que este país mantém, temos de ter um funcionário amigo das empresas, facilitar o licenciamento, reduzir a carga burocrática, promover uma construção de organização de produtores e associação de empresas para que possam abraçar mercados externos com maior dimensão e mais capacidade, para que Portugal seja reconhecido como país produtor de excelência". 

O presidente da Portugal Foods foi um dos participantes do think tank Negócios/Banco Popular sobre agricultura.

Adega Cooperativa de Ponte de Lima quer mais do que duas candidaturas ao novo quadro de apoio


28 Maio 2015, 17:00 por Alexandra Machado | amachado@negocios.pt


O quadro de apoio para a agricultura só permite duas candidaturas até 2020. Celeste do Patrocínio, presidente da Adega Cooperativa de Ponte de Lima, gostaria que esse limite fosse revisto.
A Adega Cooperativa de Ponte de Lima acredita que o vinho português está na moda. Está a exportar mais o seu vinho, em particular para os Estados Unidos da América, Canadá, Japão e Europa, em particular Reino Unido e Alemanha.

"O nosso vinho é muito bem aceite", diz ao Negócios Celeste do Patrocínio, presidente da Adega Cooperativa de Ponte de Lima. 

Ao Negócios, a responsável por esta entidade, lembrando que "o vinho verde é único no mundo", diz, no entanto, que "o preço médio de venda é baixo", o que acontece no mercado internacional, mas também no nacional. Se o prçeo de venda fosse mais elevado a própria Adega poderia pagar as uvas a preços mais compensadores para os agricultores, permitindo, também, evitar quebra de produção. 

Em relação ao novo quadro de apoio, a Adega Cooperativa de Ponte de Lima assegura que se vai candidatar, mas gostaria que fosse repensado o limite de duas candidaturas até 2020. "Espero muito que o governo considere e que aquelas organizações que não tiveram nenhuma candidatura aprovada no anterior Proder que possam fazer pelo menos três candidaturas".

Celeste do Patrocínio foi uma das representativas no think tank Negócios/Banco Popular sobre agricultura.

Carlos Álvares: "Acredito que vai haver mais projectos financiáveis"


28 Maio 2015, 16:18 por Alexandra Machado | amachado@negocios.pt

O administrador do Banco Popular, Carlos Álvares, garante que a banca sempre apoio bons projectos, mesmo na agricultura. Ainda que admita que há um ambiente favorável neste sector que, no caso do Banco Popular, tem níveis de incumprimento baixos.
"A banca sempre apoiou bons projectos". Carlos Álvares, administrador do Banco Popular, assume, assim, que o seu banco nunca se afastou da agricultura.

Ao Negócios, Carlos Álvares garante que a banca apoia sempre os bons empreendedores e empresários. Ainda assim, admite, "há um conjunto de alterações que fazem com que a banca olhe mais para o sector agrícola".

Além disso, no caso do Banco Popular este sector tem níveis de incumprimento baixos. Está na ordem dos 2,5%.

O sector da agricultura tem riscos que outras actividades não têm. Mas hoje alguns desses riscos acabam por estar mitigados, desde logo com a introdução de regadio em algumas zonas. Carlos Álvares aproveita para lembrar que os seguros agrícolas, que não têm grande tradição em Portugal, podem ajudar a mitigar também os riscos. E o novo quadro comunitário prevê apoios para os seguros agrícolas. O que vai ajudar aos critérios de ponderação do risco. 

Carlos Álvares foi um dos participantes no think tank do Negócios e Banco Popular sobre a agricultura. E ao Negócios disse esperar que neste novo quadro surjam mais projectos financiáveis.

Agrothink promove «visão mais mercantil» no setor agrícola português



A Agrothink, associação criada para valorizar a agricultura nacional levando-a a participar das mais-valias da atividade, vai apostar o próximo quadro comunitário de apoio para promover uma «visão mais mercantil» do setor que lhe garanta uma melhor remuneração.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da direção da Agrothink - Associação para a Promoção do Desenvolvimento e Internacionalização da Agricultura Portuguesa explicou que a entidade foi criada «há cerca de um ano», com sede no Porto, para se assumir como um 'think tank' (grupo de reflexão) sobre o setor agrícola nacional.
«A ideia desta associação é ter um 'think tank' para o setor agrícola, para o setor primário, cujo objetivo é que os agricultores ganhem mais-valias e mais dinheiro ao nível da comercialização. O que ambicionamos é fazer com que os agricultores e o setor primário tenham uma visão mais mercantil e empresarial da sua atividade, para maiores retornos financeiros», afirmou António Bonito.
Dinheiro Digital / Lusa

Firmino Cordeiro: "Tem-se investido muito pouco em jovens agricultores"


28 Maio 2015, 17:32 por Alexandra Machado | amachado@negocios.pt

O presidente da Associação de Jovens Agricultores (AJAP) alerta para o facto de muitos jovens se instalarem no sector "às cegas". Era preciso acompanhamento, diz, nomeadamente ao nível da implementação dos projectos.
A idade média dos agricultores portugueses é das mais altas a nível comunitário. Firmino Cordeiro, que preside à associação que defende os jovens agricultores, acredita que essa situação deve-se "ao desprezo e abandono com que a agricultura tem sido tratada".

Admite que nos últimos três anos, houver algumas mudanças e permitiu a entrada de quatro a cinco mil jovens agricultores. Mas deixa já o aviso para os novos fundos que aí vêm. 

"Tem-se investido muito pouco em jovens agricultores e aqueles que se têm instalado muitos deles vêm às cegas nomeadamente nesta recta final". E reclama mais formação profissional e acompanhamento, nomeadamente criando a figura do tutor. Para que os projectos fossem implementados com mais exigência. 

Firmino Cordeiro fala, mesmo, de uma bolsa de projectistas credenciados pelo Ministério da Agricultura. Formação, acompanhamento, etc "tornariam mais válidos os jovens e impedir factores de insucesso. Nem todos os jovens que entram se mantêm. Alguns saem". O novo quadro de apoio não resolve, no entender de Firmino Cordeiro, estas lacunas.

O presidente da AJAP foi um dos intervenientes do think tank Negócios/Banco Popular sobre o sector da agricultura. 

Área afetada pela vespa do castanheiro em Trás-os-Montes é maior do que o esperado


A aérea de expansão da vespa do castanheiro em Trás-os-Montes e no Douro já é maior do que se esperava quando foi detetada neste território em abril, afirmou hoje o presidente da Associação Nacional da Castanha -- RefCast.
O primeiro foco de infestação desta praga, que afeta a produção de castanha, foi detetado no final de abril na região transmontana, um ano depois de ter sido encontrada primeira vez em Portugal, no Minho.
"Foi uma má surpresa. A área da expansão da vespa é maior do que aquilo que pensávamos e surpreendentemente já se encontraram focos bastante desenvolvidos não só em castanheiros jovens, mas também em castanheiros adultos", afirmou à agência Lusa José Gomes Laranjo, presidente da RefCast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Depois de Valpaços, foi detetada a vespa em outros concelhos como Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamego, Trancoso ou Sernancelhe.
Logo em abril começou a ser implementada uma estratégia de combate à praga, que envolveu juntas, autarquias, produtores, instituições de ensino superior e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que está a fazer o recenseamento e o mapeamento das zonas infestadas.
Devido à importância que a produção de castanha representa para a economia transmontana, assistiu-se a uma grande mobilização na luta contra a vespa que, à semelhança do que já aconteceu em outros países europeus, pode eliminar até 80% da produção nos próximos anos.
Neste período, foram realizadas 50 ações de sensibilização e multiplicaram-se os apelos para vistoriar os soutos com o objetivo de retirar o material contaminado dos castanheiros para impedir a sua propagação.
Este trabalho deve continuar, segundo José Gomes Laranjo, até à primeira semana de junho, altura em que a vespa começa a sair das galhas.
A vespa aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros. Só quando estes formam novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infetados, os ramos não conseguem dar mais fruto.
O trabalho de vistoria foi principalmente direcionado para as novas áreas de produção, estimando-se que tenham sido plantados cerca de 200 mil árvores no último inverno, muitas importadas e sem os passaportes fitossanitários
No entanto, José Gomes Laranjo referiu que há também focos em castanheiros adultos o que poderá indiciar que, já no ano passado, a praga estava presente na região.
"Seguramente foram milhares e milhares de galhas que foram tiradas dos castanheiros, sobretudo dos novos", afirmou.
Depois desta fase há que mapear as zonas infestadas e começar a trabalhar num plano para, no próximo ano, prosseguir a luta biológica, a única que tem sido eficaz na luta contra a praga.
Já este ano foram feitas 30 largadas em áreas afetadas de Barcelos, Ponte de Lima, Melgaço, Baião, Cinfães ou Mesão Frio, de parasitóides, insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa.
Cada largada pode rondas os 250 euros, um custo que o presidente da RefCast espera que não seja um entrave à luta biológica.
José Gomes Laranjo alertou ainda para as tentativas que se têm verificado de venda deste parasita aos agricultores, aconselhando-os a terem a certeza do que estão a comprar e evitar burlas.
Para debater os problemas do setor, realiza-se em setembro, em Vila Pouca de Aguiar, um encontro que vai juntar especialistas e produtores europeus.
Diário Digital com Lusa

Recurso milenar é usado para combater alterações climáticas


Recurso milenar é usado para combater alterações climáticas


Armazenar água da chuva em cisternas ou escavações na terra, como faziam as milenares civilizações andinas, ajuda a combater os efeitos das alterações climáticas, afirmaram especialistas reunidos em Buenos Aires.
A «colheita de água» é um recurso próprio para enfrentar inundações, secas e pragas que fustigam a agricultura, segundo um documento emitido por uma centena de especialistas latino-americanos e europeus.
«Os problemas da Bolívia com as mudanças climáticas giram em torno da água», explicou na reunião Ricardo Rojas Quiroga, funcionário do ministério do Meio Ambiente e Água.
Rojas Quiroga disse que o seu país precisa de ampliar a rede de água potável e saneamento.
«Como somos uma nação essencialmente mineira, a monitorização das águas nas jazidas deve ser contínua porque há muita contaminação», afirmou.
Ao destacar uma solução que surge das culturas andinas, ele destacou a importância de armazenar a água das chuvas. Pode-se juntar em cisternas ou em poços feitos na planície ou na montanha.
Outras preocupações que surgiram foram o impacto dos gases contaminantes originados no transporte público.
Também deram ênfase à gestão florestal, à geração de energia renovável, aos de recursos hídricos e à resposta face às novas migrações climáticas.
Os especialistas foram convocados pelo Euroclima, um programa da União Europeia (UE).
O Euroclima beneficia 18 países latino-americanos. Entre 2010 e 2014, contou com um orçamento de 12,6 milhões de euros para financiar propostas contra as alterações climáticas.

Comissão Europeia reconhece “Pastel de Chaves”


 A Comissão Europeia reconheceu a denominação "Pastel de Chaves" como Indicação Geográfica Protegida (IGP) tendo sido registada ao abrigo do Regulamento (UE) 2015/815 da Comissão de 27 de maio de 2015, relativo à inscrição de uma denominação no Registo das denominações de origem protegidas e das indicações geográficas protegidas, publicado em JOUE L 129/9 de 19/5, concedendo proteção do nome em todo o território europeu.


Designa-se por Pastel de Chaves o produto de pastelaria, em forma de meia-lua, constituído por massa finamente folhada, recheada com um preparado à base de carne de vitela picada.

Apresenta-se em dois tamanhos diferentes, cozido ou pré-congelado, como um folhado firme e estaladiço que contrasta fortemente com a textura interna do recheio, o qual é espesso, macio, húmido, suculento e fundente, sendo percetíveis os sabores da carne de vitela, do azeite e da cebola.

Luís Vasconcellos e Souza: "Temos de produzir mais"

28 Maio 2015, 18:03 por Alexandra Machado | amachado@negocios.pt

Portugal tem de produzir mais e ser mais competitivo. Quem o diz é Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Agromais, para quem a PAC (Política Agrícola Comum) tem sido uma maneira de "adiar algumas soluções".
A agricultura está a ser mais bem percebida e começou-se a entender que é elevada a incorporação de produção nacional. 

Também agora se percebeu que "tem de fazer-se mais e melhor. Temos de produzir mais", ao contrário da anterior política que orientava mais para a não produção. 

Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Agromais, assume que Portugal tem de "produzir mais, temos de ser mais competitivos, comercialmente mais activos e temos de nos organizar".

Já em relação à Política Agrícola Comum (PAC), diz, "tem sido uma maneira de adiar algumas soluções".

Luís Vasconcellos e Souza foi um dos intervenientes do think tank Negócios/Banco Popular sobre agricultura.

UTAD homenageia dois pioneiros do “Douro Contemporâneo”


MANUEL CARVALHO 29/05/2015 - 19:25

João Nicolau de Almeida e Luis Braga da Cruz recebem doutoramento honoris causa pelo seu contributo na modernização e desenvolvimento do Douro.

 

Raramente o Douro e o Porto se encontraram de forma tão intensa como por volta das dez da manhã desta sexta-feira na Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). De um lado, cinco presidentes da Comissão de Coordenação Regional do Norte e uma legião de quadros superiores que serviram a instituição ao longo dos últimos 30 anos; do outro, dezenas de administradores de empresas produtoras de vinho do Porto e do Douro, enólogos e viticultores. O que juntou toda esta gente foi uma homenagem "a dois pioneiros do Douro contemporâneo", na definição de Fernando Bianchi de Aguiar, membro do Conselho Geral da UTAD. Fernando Nicolau de Almeida, enólogo da Ramos-Pinto, e Luís Braga da Cruz, ex-presidente da CCDRN que hoje lidera a Fundação de Serralves, receberam o doutoramento honoris causa da UTAD pelo impulso que deram às políticas do território que mudaram a região ou à revolução que colocou o Douro no mapa mundial da enologia e da viticultura.

Como é hábito, os doutoramentos honoris causa são atribuídos a personalidades razoavelmente incontroversas, mas desta vez a decisão da academia transmontana foi talvez ainda mais fácil do que o habitual. No seu discurso de abertura da cerimónia, Fontainhas Fernandes, reitor da UTAD, citou António Barreto, lembrando que "o Douro mudou mais nos últimos 20 anos dos que nos 200 anos anteriores", e explicou que nesse processo de modernização João Nicolau de Almeida e Luis Braga da Cruz tiveram um papel fundamental.

A abertura do Douro à ciência da vinha e do vinho, que quando João Nicolau de Almeida regressou da sua licenciatura em Bordéus, no final dos anos de 1970 ainda se pautava por "práticas semi-medievais" teve no enólogo da Ramos Pinto um pioneiro – os seus estudos na selecção das melhores castas, nas novas formas de desenho da paisagem ou nas experiências de vinificação são hoje reconhecidos como um ponto de partida que levou à melhoria da qualidade do vinho do Porto e ao nascimento do vinho do Douro. E a gestão de Braga da Cruz de planos como o do PDRITM, um projecto financiado pelo Banco Mundial em 1986, na navegabilidade do Douro ou na candidatura do vale a Património Mundial da Unesco foram considerados pela UTAD como uma "matriz" para a abertura da região ao país e ao mundo, na opinião de Fontainhas Fernandes.

Na sua apologia a João Nicolau de Almeida, Bianchi de Aguiar considerou que a qualidade de vinhos como os Duas Quintas ou os prémios internacionais que recebeu (considerado o homem do ano já em 1998 pela revista Wine and Spirits) têm o valor dos artigos científicos; e Valente de Oliveira, o padrinho de Braga da Cruz, destacou a "paixão" que o engenheiro tem tem pelo Douro e por Trás-os-Montes, o que o levou nos seus 14 anos de presidência da CCDRN a apostar na criação de uma estratégia de desenvolvimento que hoje começa a dar frutos. O momento de maior divergência na cerimónia aconteceu quando, no seu discurso, Braga da Cruz revelou ter sido o autor do projecto da barragem de Foz Coâ, que ameaçava inundar a Quinta de Ervamoira, o lugar onde João Nicolau de Almeida aplicou o resultado das suas investigações pioneiras.

Depois da homenagem, a UTAD organizou um encontro com mais de 100 enólogos formados na sua escola e que hoje se encontram a trabalhar um pouco por todo o país. Depois de anos de distanciamento em relação aos actores da região, o novo reitor e o presidente do Conselho-Geral, Silva Peneda, apostam agora em recuperar a dinâmica inicial da UTAD e em abrir os seus cursos à região e ao país. Uma carta de vinhos dos enólogos da casa será, de acordo com Bianchi de Aguiar, mais um avanço no projecto que pretende demonstrar que o primeiro curso de enologia do país foi fundamental para a revolução dos seus vinhos nos últimos 30 anos.

Empresa do grupo português Nabeiro compra empresa pública angolana de café por um milhão de dólares


24/5/2015 8, 10:33

Angonabeiro, empresa angolana do grupo português Nabeiro, vai investir um milhão de dólares na aquisição da totalidade do capital da empresa pública angolana de produção de café Liangol.


© Hugo Amaral

A Angonabeiro, empresa angolana do grupo português Nabeiro, vai investir um milhão de dólares na aquisição da totalidade do capital da empresa pública angolana de produção de café Liangol, cuja gestão já assegura há 14 anos.

A informação foi avançada à Lusa pelo diretor-geral da Angonabeiro, José Carlos Beato, e surge na sequência do decreto executivo conjunto dos ministérios da Economia e da Indústria, de 13 de novembro, autorizando a privatização desta unidade, instalada em Cacuaco, nos arredores de Luanda.

"O grupo Nabeiro veio para Angola no ano 2000, a convite do Governo angolano, numa lógica de revitalização da fileira do café e que supunha a reabilitação de uma fábrica. Isso foi feito e portanto estávamos em Angola ao abrigo de um contrato de gestão [da antiga Liangol], mas havia a perspetiva que esse ativo fosse privatizado um dia, e foi isso que aconteceu", explicou o diretor da Angonabeiro.

Desde 2001 que a empresa do grupo português assume a gestão da fábrica da Liangol, depois de garantir também a sua reabilitação e modernização, tendo em conta que estava desativada desde 1984.

Nas próximas semanas, segundo José Carlos Beato, será assinada a escritura pública de compra e venda da empresa com o Estado angolano, tendo esta primeira fase do investimento, de mais de um milhão de dólares (900 mil euros), sido candidatado a incentivos públicos, ao abrigo da lei do investimento privado em Angola.

"No fundo é o culminar de um processo que justificou a vinda do grupo [Delta] para Angola, a criação de uma empresa de direito angolano, a Angonabeiro, e o desenvolvimento que temos feito ao longo destes 15 anos na fileira do café em Angola", apontou ainda o administrador.

A empresa ocupa uma área de quatro hectares, com uma zona de armazenamento, torra e embalagem de café, onde o grupo Nabeiro assegura a produção e comercialização de 250 toneladas do café (2014) da marca própria Ginga, que lidera estacada as vendas em Angola.

Na mesma área, onde já trabalham cerca de 100 pessoas, a Angonabeiro tem projetos para, numa segunda fase, aumentar a capacidade de armazenamento e de distribuição, tendo em conta o objetivo de revitalizar o setor do café no país.

Angola já foi o quarto maior produtor mundial de café, com 200 mil toneladas anuais, antes de 1975. Essa produção está hoje reduzida a menos de 5%, fruto do abandono do cultivo durante a guerra civil angolana que se seguiu à independência.

As empresas do setor estimam que o país produz atualmente cerca de 3.000 toneladas de café – embora números oficiais apontem para 15.000 – e só a Angonabeiro comprou em 2014, a cerca de 20.000 produtores de várias províncias angolanas, 800 toneladas, o maior registo de sempre. No ano anterior conseguiu adquirir 600 toneladas e em 2012 apenas 500.

Só para Portugal, excluindo assim a quantidade necessária para a produção da marca angolana Ginga, a empresa exportou 500 toneladas de café, um volume recorde que segundo José Carlos Beato apenas cobre cinco dias de produção na fábrica portuguesa.

Portanto, garante, mais café fosse produzido (sobretudo recolhido) em Angola e mais seria comprado e exportado pela empresa, que tem vindo a alargar as zonas onde compra diretamente aos produtores, quando os consegue.

"Temos uma atividade que é quase de garimpar o café, vamos atrás dos agricultores, sempre com parceiros locais que têm a capacidade de descascar o café, de assegurar a primeira fase do tratamento", explicou o responsável da Angonabeiro.

As vendas da empresa angolana do grupo Nabeiro cresceram 32% em 2014, face ao ano anterior, com um volume de faturação anual que se cifra acima dos 20 milhões de dólares (18 milhões de euros).

Em Angola, o negócio tem sido impulsionado nos últimos anos pela venda de cápsulas da marca Delta e pelo negócio da marca Ginga, com origem em café 100% angolano.

Robot para fazer a monda das culturas


Maio 28
08:58
2015

A empresa Naïo Technologies apresentou um robot que permite mondar os campos cultivados automaticamente e sem recurso a produtos químicos.

Esta tecnologia está a ser promovida pela cooperativa francesa Terrena, que está muito empenhada no desenvolvimento da agricultura bio.

O robot, chamado 07, pesa apenas 150 kg, pelo que tem a vantagem de não compactar o solo e consegue mondar 48 linhas de cultura com 100 metros de comprimento, devido à sua autonomia de 4 horas.

Trabalha a electricidade, pelo que tem a grande vantagem de não provocar a emissão de poluentes para a atmosfera. O consumo é muito baixo, pois o seu custo de funcionamento é de cerca de 1 euro por hectare, o que leva a ser economicamente muito interessante.

Entretanto, a Vitrover está a desenvolver um robot com quatro rodas motrizes para a monda das vinhas, alimentado a energia solar.

Imagem - theguardian

Conselho de Ministros de Agricultura informal, onde o bio é o ponto forte


Maio 28
09:04
2015

Vai realizar-se, de 31 de Maio a 2 de Junho, uma reunião informal do Conselho de Ministros de Agricultura, em Riga, em que o principal ponto da discussão vai ser a nova legislação sobre a produção bio.

Pretende-se encontrar uma solução de compromisso, no sentido de chegar a um acordo no próximo Conselho de Ministros formal de 16 de Junho.

Um dos problemas para resolver prende-se com a possibilidade de existirem explorações mistas com culturas bio e tradicionais.

Outro assunto muito polémico prende-se com os níveis de pesticidas que podem ser autorizados na produção bio, sendo que, neste ponto, continuam a existir fortes divergências entre os países, pois um grupo não aceita qualquer tipo de pesticidas e outro grupo, que começa a engrossar e onde se encontra Portugal, pede maior investigação para definir quais os produtos que podem trazer problemas.

Também sob discussão está a frequência dos controlos, com muitos países a quererem a mudança do sistema de um controlo anual para controlos quando existirem suspeitas de incumprimento.

Este tema torna-se cada vez mais importante, pois, segundo dados estatísticos de 2013, a percentagem das explorações bio está a crescer em muitos países, sendo que a Áustria com 19,5% é o país com maior percentagem de bio, seguido pela Suécia com 15,7%, da Estónia com 14,1%, da Republica Checa com 13% e da Letónia com 10%.

Os países em que o bio tem menos expressão são Malta, a Irlanda, a Roménia, a Bulgária, a Hungria e a Holanda.

Aprovados 24 programas regionais de Desenvolvimento Rural


Maio 29
08:55
2015

Foram aprovados, pela Comissão, 24 programas regionais de Desenvolvimento Rural, no montante de 27 mil milhões de euros.

O programa que tem um maior orçamento, 8128 milhões de euros, vem da Roménia e prevê o apoio directo a 30.000 pequenas explorações agrícolas.

Segue-se o programa Búlgaro com 2366,7 milhões de euros, que prevê a criação de 4200 empregos, através da diversificação de culturas.

Os programas são diversificados e passam, também, pela instalação de um sistema de irrigação em Aragão, Espanha, (467 milhões de euros) e de um programa de redução de emissões gasosas e protecção de solos na Emília-Romanha, em Itália (513 milhões de euros).

Os restantes países que viram programas regionais aprovados foram:

República Checa, 2305,7 milhões de euros

Irlanda, 2190,6 milhões de euros

Croácia, 2062,2 milhões de euros

Suécia,1763,6 milhões de euros

Alemanha (Baixa Saxónia e Bremen), 1119,1 milhões de euros

Alemanha (Berlin e Brandenburg),1050,7 milhões de euros

Itália, 510,7 milhões de euros

Reino Unido (Escócia), 844,7 milhões de euros

Reino Unido (País de Gales), 655,8 milhões de euros

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Câmara de Melgaço recorre à justiça para travar alargamento da produção do Alvarinho



Maio 27
12:41
2015

O alargamento da área de produção do vinho verde Alvarinho, cujo consenso mediante uma série de contrapartidas parecia ter sido conseguido, volta novamente à mesa de discussões com a posição assumida pela Câmara de Melgaço.

Assim, em comunicado, esta edilidade anunciou que vai apresentar uma providência cautelar, para travar a aplicação da portaria 152/2015, que acaba de ser publicada.

Apesar do trabalho realizado pelo grupo de trabalho do Alvarinho, que previa o alargamento da zona em troca do apoio à promoção do Alvarinho de Monção e Melgaço e, também, a indicação de uma qualidade superior para o Alvarinho produzido naqueles concelhos, continua o descontentamento generalizado dos produtores da região.

Entretanto, os 600 produtores sócios da empresa Quintas de Melgaço, cujo principal accionista é a Câmara Municipal, manifestaram, também, o seu repúdio com a publicação da portaria.

De referir que Melgaço detém, desde 1908, a prerrogativa de ser a única zona dentro da área de produção do vinho verde a poder produzir a casta Alvarinho.

Temos, portanto, um episódio que ainda vai dar muito que falar, com uma difícil solução no horizonte.

Quercus e Greenpeace denunciam entrada de madeira ilegal em Portugal



Maio 27
12:37
2015

As associações ambientalistas Quercus e Greenpeace denunciaram a descarga de madeira ilegal, proveniente da República Democrática do Congo  (RDC) , no porto de Leixões.

A RDC detém a segunda maior mancha florestal do mundo e o abate está a ser feito de uma maneira indiscriminada para benefício de alguns.

Num país onde grassa a corrupção, não existe qualquer controlo local sobre o corte de árvores, pelo que, para proteger essa mancha florestal, fundamental para o equilíbrio ambiental mundial, é preciso agir ao nível das compras, bloqueando a entrada desta madeira nos países potencialmente compradores.

A madeira descarregada em Leixões destina-se, não só a Portugal, como depois para seguir para outros países europeus.

A madeira proveniente da RDC pertence à empresa libanesa Cotrefor, que actua naquele país e muitas vezes os importadores são agentes de empresas internacionais, ligadas ao negócio de madeiras ilegais.

Na RDC, devido à instabilidade política, é muito perigoso visitar as áreas de abate de árvores por cidadãos estrangeiros, pelo que o controlo local e o conhecimento da realidade da desflorestação é muito difícil de concretizar.

Devido à alta qualidade da madeira produzida, esta transforma-se numa matéria-prima muito apetecível nos países europeus.

Alemanha quer apostar na produção biológica



 27 Maio 2015, quarta-feira  Agricultura Biológica
Segundo o Governo alemão, os consumidores germânicos são cada vez mais potenciais compradores de produtos biológicos.
Entre 2010 e 2013, o mercado biológico teve um crescimento de 25%, para cerca de 8 mil milhões de euros, enquanto o rendimento para o produtor aumentou entre 5% a 9%, mas a área cultivada não cresceu mais de 1% a 3%.
Uma situação, realça o Executivo alemão, que os produtores não têm aproveitado.
O ministro da Agricultura alemão, Christian Schmidt, quer apostar, assim, num programa para que as pequenas explorações possam beneficiar da produção biológica e, para isso, já fez saber que pretende desenvolver um trabalho com os representantes da indústria biológica, os governos federais e as universidades.
Um dos setores mais visados é o dos jovens agricultores, que devem ter mais formação profissional para desenvolverem a atividade.
O governante fez igualmente saber que as limitações de pesticidas não devem ser a prioridade na nova legislação sobre a produção biológica, mas sim os controlos efetivos sobre a qualidade dos produtos.
Fonte: Reuters/Agronegócios

Google investe em tecnologia agrícola



 27 Maio 2015, quarta-feira  TecnologiaAgricultura
A Google, em parceria com dois outros fundos de investimento, vai injetar 15 milhões de dólares numa start up denominada Farmers Business Network (FBN).
A intenção passa por ajudar os agricultores a gerir melhor os seus campos de cereais, aconselhando, por exemplo, qual a melhor altura para semear.
Esta empresa, com sede em São Francisco, EUA, lançou, em 2014, um programa de recolha e análise de dados, que permite agora aconselhar os produtores na quantidade ideal do uso de fertilizantes, bem como a altura exacta de aplicação de pesticidas, contribuindo, assim, para um aumento da produtividade e uma redução de custos.
Esta estratégia de investimento da Google insere-se num programa que analisa o crescimento da população mundial e as suas necessidades no futuro.

Cortiça: exportações cresceram 6% no primeiro trimestre de 2015

 29 Maio 2015, sexta-feira  Agroflorestal
cortica

A ministra da Agricultura disse, em Coruche, que as exportações da fileira da cortiça cresceram quase 6% no primeiro trimestre de 2015 relativamente a 2014, ano em que o setor exportou 846 milhões de euros.
Assunção Cristas esteve em Coruche para inaugurar a Feira Internacional da Cortiça - FICOR, que decorre até 31 de maio de 2015 sob o tema "Montado e Lezíria – a sua importância para a conservação dos solos", associando-se ao Ano Internacional dos Solos, depois de ter feito uma visita ao montado, onde assistiu ao início da campanha de descortiçamento.
A ministra realçou o facto de esta ser «das poucas áreas em que Portugal é «número 1 a nível do mundo», tanto na produção de cortiça como na exportação, havendo ainda uma empresa no "top 100" das empresas florestais a nível mundial.
Assunção Cristas destacou o contributo do setor para a criação de postos de trabalho e no desenvolvimento e inovação, apontando o exemplo da máquina de tirar cortiça que viu em funcionamento.
Referindo a investigação em curso nesta área, tanto para resolver problemas fitossanitários como para melhorar a produtividade, assunto que vai estar em destaque nos seminários que decorrem durante a feira, a ministra disse que, a partir de junho, estarão abertas candidaturas a medidas de apoio nesta área, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020).
Assunção Cristas apontou os 82 milhões de euros contratados para investimento no sobreiro no anterior PRODER e disse esperar que esse valor seja superior no PDR 2020.
Além dos apoios para investimentos na arborização, prevenção e limpeza das florestas contra incêndios, pela primeira vez, haverá possibilidade de financiamento para serviços de aconselhamento florestal e também para a criação de organizações comerciais de produtores florestais, afirmou.
A ministra anunciou ainda que a cortiça será elegível em ações financiadas por fundos europeus para informação e promoção de produtos agrícolas.
Por outro lado, disse esperar ter concluído em breve o regulamento que permitirá introduzir a indicação nos rótulos das garrafas de vinho de que são rolhadas com cortiça, uma iniciativa que não será obrigatória, mas que considerou ser mais uma forma de valorizar os produtos nacionais.
Assunção Cristas assistiu ainda à abertura da 6.ª edição da plataforma de transação da cortiça, fazendo a entrega dos prémios que distinguem a melhor cortiça transaccionada nesta "bolsa da cortiça" desde a sua primeira edição em 2010.
Na sua sétima edição, a FICOR «abarca toda a cadeia de valor» e tem, pela primeira vez, um espaço expositivo dedicado exclusivamente à inovação na cortiça, mostrando as diversas aplicações nas áreas do design, mobiliário, peças decorativas, revestimentos, entre outras.
O certame inclui um desfile de moda com peças feitas em cortiça, o "Coruche Fashion Cork", uma corrida de touros, animação, com concertos de Diogo Piçarra e Oitentamente, e ainda provas de vinho e uma "praça da restauração", "atividades de evasão", como passeios de BTT, pedestre, de barco, Todo-o-Terreno e a prova de atletismo "Corrida das Pontes".
Fonte: Lusa

PAC: candidaturas terminam hoje

 29 Maio 2015, sexta-feira  Política Agrícola

O prazo para entrega das candidaturas dos agricultores às ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) termina hoje (29 de maio de 2015), mas é possível continuar a apresentar pedidos até 23 de junho, mediante pagamento de uma penalização.
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, já tinha anunciado um alargamento do prazo para as candidaturas aos pagamentos diretos até ao final do mês de maio, considerando que este prolongamento era suficiente para concluir o processo.
Segundo a página na Internet do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), entidade que gere o pagamento das ajudas comunitárias aos agricultores, embora o prazo para submissão de candidaturas ao Pedido Único (PU) de ajudas sem penalizações termine hoje, é possível a apresentação tardia do pedido durante mais 25 dias.
Estes pedidos estão, no entanto, sujeitos a uma «penalização regulamentar de 1% por cada dia útil, acrescida, no caso do pedido de atribuição de direitos ao pagamento RPB - Regime de Pagamento Base, de 3% por cada dia útil».
O IFAP acrescenta que o prazo limite para apresentação de alterações é o dia 15 de junho.
O RPB é o novo regime de apoio direto aos agricultores no âmbito da nova PAC, que substitui o anterior RPU (Regime de Pagamento Único).
Podem candidatar-se ao RPB os agricultores ativos em 2015 com pelo menos 0,50 hectares elegíveis; que tenham direito a receber pagamentos relativos a uma candidatura apresentada aos pagamentos diretos em 2013; que tenham obtido em 2014 direitos ao pagamento ao RPU a partir da reserva nacional; que tenham efetuado PU em 2013 com candidatura a outros apoios.
Poderão também aceder ao pagamento RPB os agricultores que acrescentem uma cláusula de transferência de direitos aos seus contratos de venda ou arrendamento, parcial ou total de uma exploração.
O IFAP esclarece ainda que os pedidos de pagamento dos Prémios à Manutenção e dos Prémios por Perda de Rendimento no âmbito da Medida da Florestação das Terras Agrícolas (RURIS), bem como os Projetos de Arborização, podem ser entregues até ao dia 23 de junho, sem aplicação de qualquer penalização.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendia um alargamento do prazo para as candidaturas de 15 de maio para 15 de junho de 2015, por entender que sendo este um ano de reforma da PAC,«em que tudo muda», o Ministério da Agricultura e do Mar deveria dar tempo aos agricultores para conhecerem as novas regras.
Assunção Cristas teve outro entendimento sobre a questão e considerou que, estando já entregues cerca de 70% das candidaturas em meados de maio, seria desnecessário um alargamento até meados de junho, pois tal acarretaria também um atraso nos controlos no terreno e, consequentemente, nos pagamentos das ajudas aos agricultores.
Fonte: Lusa 

Syngenta reuniu especialistas de milho no Mondego



 29 Maio 2015, sexta-feira  Cerealicultura
syngenta

A Syngenta organizou a 26 de Maio de 2015, no vale do Mondego, uma jornada técnica dedicada ao tema "Diagnóstico e Fisiologia da Cultura do Milho". Albert Porte-Laborde, especialista mundial em milho, partilhou com técnicos de todo o país importantes conselhos sobre a condução da cultura, com vista a obter um maior rendimento e qualidade da produção.
A jornada de campo levou cerca de 30 técnicos, oriundos das principais cooperativas e organizações de produtores de milho do país, a visitar parcelas de ensaio da Syngenta e campos de agricultores do Vale do Mondego, onde se destaca a variedade SY Hydro.
O objetivo, salienta a Syngenta em comunicado, «passou por realizar o diagnóstico da cultura para detetar eventuais erros técnicos de sementeira, nutrição e proteção da cultura e sugerir correções».
Albert Porte-Laborde fez uma abordagem transversal às diversas etapas, desde a sementeira até ao estado atual de desenvolvimento do milho.
O especialista sublinhou ainda o interesse de aplicar um adubo starter e a necessidade de regular o semeador para que adubo e semente sejam distribuídos de forma correta em toda a extensão da linha de sementeira.
«Foi interessante ter no mesmo local milho com 4-5 folhas e milho com 10-11 folhas, podemos ver problemas de nutrição, de quantidade de semente e de fertilização starter. Como o adubo cai primeiro na frente do semeador e só depois a semente, expliquei que no início de cada linha há 2 metros desaproveitados», disse Albert Porte-Laborde, consultor e formador com uma experiência de 45 anos no aconselhamento técnico aos produtores de milho.
O controlo das infestantes foi outro dos temas centrais da jornada. Os participantes observaram campos tratados com o herbicida pré-emergente Lumax da Syngenta, limpos de infestantes, enquanto noutras parcelas, tratadas em pós-emergência, o milho sofre forte concorrência das infestantes e apresenta sinais de fitotoxicidade.
«Vimos milho muito atacado às seis a sete folhas, com sinais de fitotoxicidade. Quando o milho está a formar a maçaroca qualquer agressão de herbicida afeta a produção, sendo expectáveis quebras de rendimento de 1 a 2 toneladas/hectare nestes casos», explicou Pedro Martins, field expert da Syngenta.
Albert Porte-Laborde destacou os erros mais comuns no controlo das infestantes: «os agricultores tratam demasiado tarde, quando a concorrência das infestantes já é elevada, e muitas vezes não levam em conta variáveis como o clima, o estado de desenvolvimento da cultura ou as doses de herbicida, o que gera problemas de fitotoxicidade na cultura, controlo incompleto das infestantes, e consequentemente enormes quebras de rendimento», reconhecendo que «o controlo das infestantes com Lumax em pré-emergência é fácil de fazer, eficaz e muito seletivo para o milho».
O feedback dos participantes foi muito positivo. António Jordão, técnico da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, por exemplo, considerou que o evento foi uma «excelente oportunidade para ouvir o maior especialista de milho da Europa», com quem estabeleceu contato para iniciar ensaios sobre densidades de sementeira no Vale do Mondego.
«A produtividade média da cultura do milho no Vale Mondego é de 15 a 16 toneladas/hectare, mas há oportunidade de melhorar, nomeadamente aumentando a densidade de sementeira, de 85.000 sementes/hectare até 97.000 ou 115.000 como máximo. É necessário avaliar em campo o acréscimo de produtividade obtido, face ao investimento em mais sementes. O Sr. Porte-Laborde mostrou-se disponível em colaborar connosco», afirmou António Jordão.
Albert Porte-Laborde conclui que «Portugal tem um potencial muito elevado para a produção de milho e alguns agricultores ainda têm uma margem grande para evoluir tecnicamente e tirar maior rendimento da cultura».
Em linha com os compromissos assumidos pela Syngenta à escala mundial, através do The Good Growth Plan, a equipa portuguesa tem vindo a desenvolver diversas ações de formação em todo o país com vista a aumentar a produção das culturas e a rentabilidade dos agricultores.
A jornada realizada no Vale do Mondego visou capacitar técnicos, que prestam assessoria a milhares de hectares de milho por todo o país, para que desempenhem ainda melhor a sua missão de aconselhamento aos agricultores.
Recorde-se que a Syngenta, empresa líder no seu ramo de atividade, emprega mais de 27 mil pessoas em mais de 90 países, com um único objectivo comum: trazer para a vida o potencial das plantas. Tem, entre outros objetivos, ajudar a maximizar a produtividade e o rendimento das culturas, a proteger o ambiente e a melhorar a saúde e a qualidade de vida.  
Fotos: Syngenta

Crédito Agrícola e CAP firmam parceria para apoiar Agricultura nacional



 27 Maio 2015, quarta-feira  Política AgrícolaAgricultura

O Crédito Agrícola (CA) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) assinaram recentemente um protocolo de colaboração que pretende apoiar o setor agrícola nacional.
«Com este protocolo, o Crédito Agrícola disponibiliza aos associados da CAP diversas soluções financeiras», das quais se destacam as linhas de crédito destinadas a financiar até 100% a antecipação do pagamento de ajudas ao rendimento a prestar pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), bem como a financiar os investimentos a realizar no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020).
Em comunicado, a CAP refere ainda que o CA apresenta «soluções específicas para todos os investimentos abrangidos pelo PDR 2020 que são objeto de financiamento a curto, médio e longo prazo para a antecipação e/ou complemento de investimentos no âmbito das medidas do PDR 2020 e ajudas diretas».

Estudo: Portugueses substituem peixe e carne por conservas


por Ana Rita Costa
29 de Maio - 2015
 
A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica Porto, em parceria com a Associação Nacional dos Industriais de Conversas de Peixe, apresentou um estudo que indica que 60% dos portugueses inquiridos recorre às conservas como substituto integral de peixe ou carne nas refeições.

As conclusões agora reveladas referem também que 73% dos consumidores desperdiça o óleo ou o azeite presente na conserva.

Já no que diz respeito às razões apontadas para o consumo, a investigação indica que para 60% dos inquiridos a escolha está diretamente relacionada com o facto de a conserva "se tratar de um alimento saudável".

50,4%, por outro lado, afirma que o facto de se tratar de um produto com um prazo de validade alargado influencia no momento da compra, 45,8% destaca o facto de se tratar de um produto económico e 42,4% afirma ser influenciado pelo facto de se tratar de um bem alimentar facilmente transportado.

No que toca à escolha da conserva, o estudo conclui que o atum é a conserva de eleição de 87% dos portugueses e que, no momento da compra, a nacionalidade do produto é determinante. 

Viticultores ganham voz com nova gestão da Casa do Douro

27-05-2015 
  
O secretário de Estado da Agricultura afirmou que a selecção da nova associação de direito privado da Casa do Douro (CD) resolve o problema da falta de representatividade dos viticultores que ganham alguém que lhes dê voz.

O Ministério da Agricultura e do Mar designou a Federação Renovação do Douro (FRD) como a associação de direito privado que sucede à associação pública da CD, com sede no Peso da Régua.

«Mais importante que resolver o problema da dívida, processo que está em curso, era resolver o problema da falta de representatividade dos viticultores da Região Demarcada do Douro», disse, em comunicado, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

De acordo com o governante, a região tem agora uma associação de direito privado e de inscrição facultativa que representa em termos associativos a maioria dos viticultores durienses e da área de vinha da região.

A associação que apresentou uma maior representatividade em termos de viticultores e de área de vinha explorada foi a FRD com 29,30 por cento da representatividade da Região Demarcada do Douro.

José Diogo Albuquerque explicou que a FRD vai poder usar a sede, bem como o nome CD, se assim o entender, e fica habilitada a participar no Conselho Interprofissional no qual terá 60 por cento de representação mínima.

Com a selecção da FRD foi possível concluir este processo a tempo do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) constituir o novo Conselho Interprofissional que será agora composto exclusivamente por associações privadas, até três, em representação dos viticultores durienses, sendo que a FRD terá direito a pelo menos 60 por cento dos delegados no Conselho Interprofissional.

É este órgão, que funciona dentro do IVDP, que discute e aprova o «benefício do vinho do Porto», ou seja a quantidade máxima autorizada de vinho do Porto a produzir em cada campanha.

«Estão assim reunidas todas as condições para que os viticultores sejam bem representados e tenham quem lhes dê voz, tendo ao seu dispor uma associação que esteja realmente focada no que são os seus problemas e as suas necessidades», afirmou José Diogo Albuquerque.

Após a extinção da dimensão pública da CD a 31 de Dezembro de 2014, o Governo abriu emJjaneiro um concurso dirigido às organizações de direito privado e sem fins lucrativo interessadas em ficar com a gestão da instituição duriense. As duas candidaturas submetidas ao concurso foram apresentadas pela FRD e a Associação dos Lavradores Durienses (ALD).

Fonte: Lusa

Rendimentos de cereais na UE inferiores aos da campanha passada

29-05-2015 
 
 
As culturas de cereais na União Europeia, em geral, apresentam bom estado, com perspectivas positivas de rendimento, segundo a informação do estado das culturas realizada pela Comissão Europeia.

Prevê-se um rendimento médio de 5,93 toneladas por hectare (ha) para o trigo branco, de 3,3 toneladas de trigo duro, de 4,75 toneladas para a cevada e de 7,2 toneladas por ha par ao milho, que em todos os casos são inferiores aos da campanha passada, mas superiores à média das últimas cinco campanhas.

As temperaturas têm sido mais altas que o habitual desde Fevereiro e acompanhadas de um nível suficiente de precipitação, pelo que será uma boa temporada para as pastagens. No entanto, duas regiões apresentam condições negativas para o desenvolvimento das culturas, como a Andaluzia, em Espanha, e Puglia, na Itália.

Em geral, as precipitações têm sido inferiores à média em Espanha, na maior parte de Itália, nos Balcãs Ocidentais, Hungria, no sul da Eslováquia, em algumas regiões da República Checa e no sul da Turquia. No sudoeste da Europa, Magrebe e no norte da Rússia as condições foram mais quentes que o normal, enquanto na Turquia e no sul da Rússia apresentaram valores abaixo da média, segundo a avaliação de Toño Catón, director de Culturas Arvenses das Cooperativas Agro-alimentares.

Nos Estados Unidos, as culturas também evoluíram favoravelmente. De acordo com a informação do departamento de Agricultura dos Estados Unidos, (USDA) sobre o estado das colheitas, 45 por cento do trigo de Inverno apresenta boa e excelente qualidade, 69 por cento do trigo de Primavera encontra-se em bom e excelente estado e em relação ao milho, praticamente todo cultivado, também regista 74 por cento em boas condições.

Fonte: Agrodigital

Acordo sobre Alvarinho entra em vigor a 01 de Agosto

29-05-2015 
 

 
O presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) disse que «a região inteira está satisfeita» com o acordo sobre o alargamento da rotulagem alvarinho, que terá aplicação prática a partir de 01 de agosto.

Manuel Pinheiro recordou, em conferência de imprensa, o que prevê o acordo, obtido em 13 de Janeiro e esta semana publicado em Diário da República, através da portaria 152/2015.

O responsável disse à agência Lusa que apenas a produtora «Quinta de Melgaço, empresa municipal da Câmara de Melgaço» mantém a sua oposição a este acordo, acrescentando que «a região inteira quer pô-lo em prática já nesta vindima"»

O acordo pôs fim a um diferendo entre os produtores d da Sub-Região de Monção e Melgaço, que detinham o exclusivo da rotulagem DOC Alvarinho, e os da restante região, que reclamaram fim desse exclusivo.

«A vantagem deste acordo para região, fundamentalmente, é que nós vamos ganhar muito valor e capacidade exportadora», sustentou Manuel Pinheiro. A sua convicção é que «as grandes empresas mais a sul, de Monção e de Melgaço, vão imediatamente aproveitar para ir lá comprar vinhos», podendo assim fazer lotes com vinhos do resto da região e valorizá-los, «o que até aqui não conseguiam».

«O mercado das uvas vai ser mais livre, porque gradualmente vai ser possível aos produtores de um ponto vender para qualquer outro», acrescentou. A CVRVV estima que, graça a este acordo, «tendo em conta a valorização actual da uvas e vinhos, a região e o país, poder aumentar o valor exportado em cerca de 30 milhões de euros nos próximos quatro anos e mais gradualmente a partir do período transitório».

Com a nova lei, os vinhos de Monção e Melgaço passarão a ter uma designação exclusiva na rotulagem, «a qual será escolhida pelos produtores locais» e protegida.

O acordo, com oito pontos, estabelece que «os vinhos de Monção e Melgaço passam a poder ser lotados com vinhos do resto da região dos vinhos verde», mantendo-se a designação da casta alvarinho.

Um lote tem que ter pelo menos 30 por cento de alvarinho para que esta casta possa ser mencionada no rótulo. «Até aqui bastava 01 por cento», refere a CVRVV. O acordo prevê ainda que «a produção de vinho verde alvarinho a partir de uvas de Monção e Melgaço só é possível dentro de 18 anos».

Foi também acordado que, «dentro de seis anos passa a ser possível produzir alvarinho fora de Monção e Melgaço», o que para a CVRVV «é um período de transição muito alargado».

Acresce que será desenvolvido um plano promocional, em Portugal e no estrangeiro, no valor de três milhões de euros e durante seis anos, para os produtores daquela sub-região. Manuel Pinheiro prevê que a primeira acção de marketing ocorra já em Julho e acrescenta que o acordo começará a ser aplicado já na próxima vindima.

O presidente da CVRVV insistiu que o acordo beneficiará muito Monção e Melgaço. «Têm belíssima uva e belíssima produção, mas não têm músculo comercial, ao contrário da Galiza», afirmou.

Referiu que o vinho verde vem aumentando as suas exportações substancialmente, mas «o alvarinho de Monção e de Melgaço praticamente não se exporta, é menos de 01 por cento das exportações».

«São de Monção e de Melgaço, hoje, os alvarinhos mais baratos de Portugal que se vêm na distribuição. Há alvarinhos daquela sub-região a menos de três euros a garrafa de 75 centilitros», disse Manuel Pinheiro.

Disse ainda que a actual situação viola a legislação comunitária. «A alternativa a não fazer esta abertura era a Comissão Europeia vir obrigar a abrir sem prazos, o que era muito pior». «Não tenho dúvida nenhuma» disso, salientou.

A Fenadegas - Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal, entretanto, felicitou o secretário de Estado da Agricultura, José Diego Albuquerque, pela publicação da portaria 152/2015.

«A forma prudente e progressiva que foi equacionada para remover a exclusividade de utilização da casta alvarinho na rotulagem dos produtos da região dos vinhos verdes permite, na nossa perspectiva, uma mais fácil adaptação às novas regras de mercado que de forma temperada se irão implementando, sem rupturas», considera a Fenadegas.

Fonte: Lusa

CE aumenta zona restringida por Peste Suína Africana

 28-05-2015 
 

Entre os meses de Março e Maio foram notificados três casos de Peste Suína Africana em Javalis na Polónia e na Estónia, situação que levou a Comissão Europeia a ampliar a zona restringida pela doença em questão.

Esta zona está submetida a medidas de controlo de saúde animal estabelecidas na regulamentação comunitária. A Comissão tomou a decisão para especificar ainda mais as medidas de controlo e impedir a propagação da Peste Suína Africana, assim como evitar perturbações desnecessárias do comércio dentro da União e impedir barreiras injustificadas ao comércio de países terceiros. Actualmente, a zona restringida inclui áreas da Estónia, Itália, Letónia, Lituânia e Polónia.

Fonte: Agrodigital

Bruxelas certifica Capão de Freamunde com Indicação Geográfica Protegida

28-05-2015 
 
 
O presidente da Associação de Criadores de Capão de Freamunde disse à Lusa que a atribuição, por Bruxelas, da denominação de "Indicação Geográfica Protegida" é a concretização de um sonho antigo.

«É uma alegria enorme. É a concretização de um sonho, porque foi sempre o nosso objectivo desde 2001», comentou Ricardo Graça quando tomou conhecimento da certificação hoje anunciada pela Comissão Europeia.

Para o dirigente que representa 63 produtores de capão, a distinção atribuída pela União Europeia reconhece a especificidade daquela iguaria e ajuda a promovê-la em todo o país e até no estrangeiro.

«É uma alavanca, porque queremos alargar horizontes para fora do país, mas não queremos massificar o capão, porque é um produto nobre», afirmou. O capão é um frango castrado antes de atingir a maturidade sexual e que se destina exclusivamente à produção de carne.

À Lusa, Ricardo Graça explicou que a certificação europeia e a nacional são importantes, porque definem um "caderno de encargos", com as regras de criação da ave, limitada ao Vale do Sousa, que todos os produtores têm de cumprir.

O capão à Freamunde é tradicionalmente comercializado em Dezembro, sobretudo no Natal, e por altura da Feira de Santa Luzia, a 13 de Dezembro, quando se realiza a semana gastronómica dedicada àquela especialidade.

Em 2014, afirmou Ricardo Graça, foram vendidos 2.800 capões, a maioria dos quais adquiridos por restaurantes. O dirigente reconheceu que o capão ainda é um produto sazonal, mas frisou haver cada vez mais pessoas a encomendar aos restaurantes a preparação da iguaria noutras alturas do ano. Segundo assinalou, há cada vez mais restaurantes do concelho de Paços de Ferreira a incluir o Capão à Freamunde nas suas ementas.

«Há restaurantes que encomendam aos produtores quase 200 capões», especificou, sublinhando, por outro lado, que os clientes da restauração têm origem em vários pontos do país.

O interesse na criação das aves, sinalizou ainda o dirigente, também está a aumentar entre os mais novos, sobretudo os filhos dos produtores tradicionais, a maioria agricultores, que se dedicavam ao capão como um complemento de rendimento. Actualmente, explicou Ricardo Graça, os mais novos já olham para o animal como um negócio com potencial económico.

Fonte: Lusa

Conservação dos Solos em destaque no Observatório do Sobreiro e da Cortiça

27-05-2015 
 

 
Realiza-se no próximo dia 29 de Maio, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, o seminário "A Lezíria – A importância da conservação dos solos".

Em debate estarão temas como "Riscos de degradação dos solos", "Salinização do solo – causas e prevenção", "Eficiência da água de rega através da modelação", "O contributo das pastagens permanentes (biodiversas) para conservação do solo" e "Os desafios da alimentação no Ano Internacional dos Solos".

O seminário contará com a participação de especialistas como Elizete Jardim, Directora da DRAP LVT, Maria Regina Menino, do INIAV, Mª da Conceição Gonçalves, do INIAV, Tiago Ramos, do Instituto Superior Técnico, Corina Carranca, do INIAV, Hélder Muteia, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) Portugal e Luís Vasconcellos e Souza, da ANPROMIS.

Fonte: Vida Rural

Ministra: Regadio pode «ajudar ao renascimento do interior»

27-05-2015 
 
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou que o regadio é o melhor instrumento para «ajudar ao renascimento do interior do país», considerando que a água permite desenvolver os territórios e, consequentemente, fixar população.

«A água é aquilo que melhor pode ajudar ao renascimento do interior do país», pois «traz a possibilidade de fazer outro tipo de agricultura e outro tipo de transformação industrial», disse a governante.

A ministra da Agricultura e do Mar falava aos jornalistas após presidir à cerimónia de inauguração do Aproveitamento Hidroagrícola de Veiros, junto à aldeia com o mesmo nome, no concelho de Estremoz, distrito de Évora.

Assunção Cristas defendeu que «a água é um ponto essencial» para Portugal, para a competitividade da agricultura e para o rendimento dos agricultores, assim como para as regiões mais quentes e secas se prepararem para as alterações climáticas.

«Dias quentes, como este, são habituais no Alentejo, mas, previsivelmente, vão ser cada vez mais habituais. Precisamos de ter água para conjugar com o solo e com a luz e poder produzir bem e em boas condições e deixar mais riqueza no nosso país», frisou.

Segundo a ministra, o projeto de Veiros, que incluiu a construção de uma barragem, de uma estação elevatória e de redes de rega e viárias, envolveu um investimento público de cerca de 25 milhões de euros, com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

Assunção Cristas referiu que o Aproveitamento Hidroagrícola de Veiros, com uma rede de rega com 15 quilómetros de extensão e capacidade para 1.114 hectares de regadio, vai beneficiar, a partir da campanha do próximo ano, agricultores de Estremoz e do concelho vizinho de Monforte, no distrito de Portalegre.

«É uma oportunidade para esta região se rejuvenescer e poder ter outro tipo de agricultura», apontou, mostrando-se satisfeita por ver a «obra concluída e pronta a regar», depois de «ter falado tantas vezes» do assunto no parlamento.

A governante aproveitou para desafiar a associação de beneficiários a organizar-se e a mobilizar os agricultores para que trabalhem em conjunto e se candidatem a projectos do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020).

Também em declarações aos jornalistas, o presidente da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega de Veiros, José Nuno Pereira, destacou a importância da entrada em funcionamento do aproveitamento hidroagrícola.

«Estamos numa zona de sequeiro tradicional, em que não se conseguem fazer culturas nenhumas e não se consegue ganhar dinheiro. Com a implementação do regadio fica tudo mais fácil», congratulou-se.

O responsável assinalou que o regadio vai «chegar a cerca de 60 agricultores», permitindo «transformar» as actuais culturas de trigo de sequeiro e olivais de pequena dimensão em pomares e produtos hortícolas.

Fonte: Lusa

Energia é um sector estratégico para o futuro da CPLP

7-05-2015 

 
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros considerou que o sector da energia é «estratégico» para o futuro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e desafiou os países a aprofundarem as relações económicas na lusofonia.

«A constituição de plataformas de coordenação em áreas transversais tais como energia, telecomunicações, transportes marítimos e aéreos, sector portuário ou mercados de capitais, podem ser pontos de encontro para que Governos, instituições científicas e empresas estabeleçam contactos, partilhem informações e se associem criando novas sinergias», afirmou o ministro durante uma intervenção na conferência "Português: Língua de Conhecimento", organizada pelo Diário de Notícias.

«O primeiro exemplo deste novo modelo de cooperação será experimentado muito em breve na reunião dos Ministros da Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na primeira Conferência da Energia para o Desenvolvimento da CPLP», apontou o governante, salientando as potencialidades económicas da produção energética dos países lusófonos, que considerou «um sector estratégico para o futuro da organização».

«Em 2009, 2,8 por cento da produção mundial de energia, originária de fontes fósseis e renováveis, foi assegurada por países da CPLP, no entanto, considerando as reservas comprovadas de gás e petróleo em países lusófonos, estima-se que o espaço CPLP, no seu conjunto, ocupe já hoje o 7.º lugar no ranking mundial dos produtores de hidrocarbonetos e estima-se igualmente que, em 2025, poderá vir a posicionar-se no 4.º lugar», sublinhou o governante durante o encontro que decorre esta quarta-feira, em Lisboa.

A Energia, disse, pode ser «um factor agregador de produtores e consumidores, tanto ao nível dos Estados como das Empresas, o que gera uma especial atracção relativamente à organização, despertando o interesse de alguns países que são já Observadores ou de outros que poderão vir a suscitar esse estatuto», concluiu Rui Machete.

Fonte: Lusa

PE apoia o aumento de produtos e alteração da distribuição dos fundos nos programas de alimentação nas escolas

 29-05-2015 
 

 
Uma alimentação saudável é um hábito que se adquire desde a infância e, por isso, a União Europeia e os Estados-membros devem fazer e gastar mais para motivar as crianças a consumirem aliementos locais e saudáveis, segundo o Parlamento Europeu.

Os eurodeputados aprovaram na quarta-feira um mandato para negociar com os países o novo programa comunitário de leite, frutas e hortícolas, que deverá destacar a educação. «Uma dieta saudável e equilibrada é fundamental para contar com uma boa saúde. No entanto, o consumo de frutas, hortícolas e leite está a diminuir na União Europeia (UE), com consequências negativas para os cidadãos. As novas regras pretendem garantir que as escolas não apenas distribuem produtos saudáveis, mas também ensinam às crianças hábitos de alimentação saudáveis», assinalou Marc Tarabella, responsável pela redacção do texto legislativo no parlamento.

Os eurodeputados também modificaram o rascunho legislativo para incorporar lacticínios cujos efeitos benéficos para a saúde das crianças estão demonstrados, como queijo, requeijão e iogurte, à lista de produtos financiados com dinheiro comunitário, sempre que não sejam aromatizados e contenham frutas adicionadas, frutos secos ou cacau e dando prioridade à produção local e regional.

Exigir aos países que destinam entre 10 a 20 por cento dos fundos comunitários recebidos para actividades educativas, para promover hábitos de alimentação saudáveis e lutar contra o desperdício alimentar. Propõem, por exemplo, visitas a explorações agrícolas e distribuição ocasional de especialidades locais, como fruta e hortícolas processadas, excepto de levam açúcar adicional, gordura, sal e potenciadores artificias de sabor, mel, azeitonas e frutos secos.

Destinar 20 milhões de euros adicionais por ano para entrega de leite e outros lacticínios, até colocar o envelope financeiro para o leite e seus derivados nos 100 milhões, enquanto para a fruta e hortícolas o orçamento anual será de 150 milhões.  

Distribuir os fundos da União Europeia de forma equitativa entre os Estados-membros, estabelecendo como dois principais critérios a percentagem de crianças entre seis e dez anos na população do país e o grau de desenvolvimento da região. O uso anterior dos fundos do programa de distribuição de leite será tido em conta durante os seis primeiros anos do novo esquema e será equilibrado com um novo mínimo de ajuda anual por criança.

Depois da aprovação das alterações pelo Parlamento Europeu, uma vez que o Conselho adopte a sua posição, o parlamento, o Conselho e a Comissão iniciam o debate sobre a versão final das normas.

Fonte: Agrodigital

ONU diz que crise económica travou o combate à fome

27-05-2015 
 

 
A crise económica travou o combate à fome, que se estima afectar 795 milhões de pessoas, segundo um relatório anual da Organização das Nações Unidas, e que registou uma redução em números globais.

De acordo com a última edição do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015", estima-se que caiu para 795 milhões o número de pessoas com fome no mundo, menos 10 milhões do que no ano passado e menos 167 milhões do que na década passada.

A situação melhorou nas regiões em desenvolvimento, onde a taxa de desnutrição, que mede a proporção de pessoas incapazes de consumir alimentos suficientes para uma vida activa e saudável, diminuiu para 12,9 por cento da população, contra 23,3 por cento há 25 anos atrás.

Ainda assim, na África Subsariana, 23,2 pontos percentuais (p.p.) dos habitantes passam forme e 24 países africanos enfrentam actualmente crises alimentares, o dobro do que em 1990, indica o estudo relatório, publicado hoje pela Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, mostrou-se optimista pelo facto de a maioria, 72 entre 129 dos países monitorizados, terem atingido a meta do Objectivo de Desenvolvimento do Milénio de reduzir para metade a prevalência de desnutrição em 2015, enquanto as regiões em desenvolvimento falharam por uma margem reduzida.

Outros 29 países terão cumprido a meta definida na Cimeira Mundial da Alimentação, em 1996, quando os governos se comprometeram a reduzir para metade o número absoluto de pessoas subnutridas até 2015.

«O quase-cumprimento das metas mostra que podemos realmente eliminar o flagelo da fome durante esta geração. Nós devemos ser a geração Fome Zero. Esse objetivo deve ser integrado em todas as intervenções políticas e no coração da nova agenda de desenvolvimento sustentável a ser criada este ano», defendeu.

Segundo o documento, a crise económica dos últimos anos travou os progressos no combate à fome, juntando-se a outras causas como desastres naturais, fenómenos meteorológicos graves, instabilidade política e conflitos civis.

O relatório nota que, ao longo dos últimos 30 anos, as crises têm evoluído de eventos catastróficos, curtos, agudos e de grande visibilidade a situações prolongadas, devido a uma combinação de factores, especialmente os desastres naturais e conflitos, com as mudanças climáticas, crises de preços e financeiras frequentemente entre os factores agravantes.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

FAO: Cada vez menos pessoas com fome no mundo

28-05-2015 
 

 
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura revelou que uma em cada nove pessoas se encontra em situação de fome, num relatório sobre o estado da insegurança alimentar no mundo em 2015.

O estudo abrangeu 129 países e mostrou que o número de pessoas em situação de fome desceu em cerca de 216 milhões, quando comparado com os dados dos anos de 1990 a 1992. Estima-se que o número total seja de 795 milhões. O objectivo continua a ser a «erradicação total da fome».

Para além da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), também participaram na elaboração do relatório o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Alimentar Mundial (PAM). Dos 129 países monitorizados, 72 atingiram um dos Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio (ODM), propostos em 2000 pelas Nações Unidas, de reduzir para metade a prevalência de desnutrição até 2015.

«O alcance das metas dos ODM para a fome demonstra que podemos eliminar este flagelo ainda durante a nossa era», afirmou José Graziano da Silva, director-geral da FAO, num comunicado no site da organização, acreditando que a erradicação da fome no mundo não é um objectivo utópico. Para o atingir, entende que tal convicção «tem de fazer parte de todas as políticas adoptadas» e que esta geração tem todas as condições para se tornar a «geração Fome Zero», em alusão ao conhecido programa brasileiro.

A FAO admite, porém, que não existe uma solução única ou perfeita para melhorar a segurança alimentar e acabar com a fome, mas aponta alguns factores que podem ajudar a atingir esse objectivo, desde que assentes em «estabilidade» e «vontade política». O desenvolvimento da produtividade agrícola, o crescimento económico inclusivo e orientado para a redução da fome e o alargamento da protecção social são os principais factores de sucesso referidos pela FAO. O relatório diz mesmo que uma protecção social eficiente previne que, actualmente, cerca de 150 milhões de pessoas caiam na extrema pobreza.

No continente asiático, os resultados são diversos. Os países do Leste e Sudeste da Ásia obtiveram uma rápida redução dos indicadores da fome, muito por causa do crescimento económico e do investimento em infra-estruturas sanitárias. Na região central sulista do continente, a diminuição dos valores foi menos acentuada, mas a FAO enfatiza os progressos na redução dos números de crianças com peso a menos ou insuficiente. Nos países do Médio Oriente, a evolução dos indicadores continua a ser lenta, influenciada pelos conflitos civis e militares que decorrem na Síria, no Iraque e no Iémen.

Os maiores progressos na redução da fome e na melhoria da segurança alimentar registam-se, segundo o relatório, na América Latina e no Caribe. Desde 1990 que a proporção de população com fome reduziu drasticamente, de 14,7 por cento para os actuais 5,5 por cento. A FAO fala num «forte compromisso político» para a diminuição da fome na região, acompanhada por um crescimento económico considerável. Também o número de crianças com peso insuficiente diminuiu.

O continente africano é aquele onde se regista a «maior prevalência de subnutrição e desnutrição no mundo». Ainda que alguns países da África-Ocidental tenham investido na produção agrícola e em infra-estruturas básicas, encontrando-se entre os que mais evoluíram a nível mundial, o continente como um todo continua a apresentar os números mais preocupantes. Segundo o relatório, uma em cada quatro pessoas da região subsariana padece de subnutrição.

A FAO revela também que a insegurança alimentar apresenta os seus valores mais problemáticos na Síria, no Iraque, no Iémen, no Mali, na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana e no Sudão do Sul.

Fonte: Público


Cooperativa Terras de Felgueiras primeira no sector agrícola com certificação de Responsabilidade Social

29-05-2015 
 

 
A responsabilidade social é a integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das organizações nas suas actividades e na sua interacção com outras partes interessadas.

A responsabilidade social é um conceito que apesar de se encontrar presente no dia-a-dia da cooperativa Terras de Felgueiras, esta não estava suficientemente consolidado. A responsabilidade social surgiu no momento em que a Cooperativa inicia a gestão das suas actividades tendo em conta as preocupações, os interesses e os benefícios das suas partes interessadas, como colaboradores, associados, fornecedores, clientes e a sociedade.

Desde a sua fundação em 1957 que a Cooperativa tem procurado ser uma organização socialmente responsável, tendo já desenvolvido um conjunto de actividades neste domínio, tais como a oferta de estágios curriculares, estágios profissionais, celebrações com os associados, como o aniversário da Cooperativa, Festa das Colheitas, palestras e colóquios, entre outras, atribuição de prémios aos seus colaboradores, recepção de uma diversidade muito grande de Instituições, Organizações, Associações entre outras múltiplas actividades.

Contudo, estas actividades foram surgindo de modo implícito e muito em virtude da proximidade que mantém com os seus associados, com os seus colaboradores e com a sociedade envolvente, bem como pelo espírito socialmente responsável da sua actual direcção.

Surge a necessidade de sistematizar e valorizar as actividades desenvolvidas no âmbito da responsabilidade social para concretizar este objectivo, assim foi implementado um sistema de gestão da responsabilidade social com base na norma portuguesa NP 4469-1:2008, obtendo a certificação no início do mês de Maio de 2015, sendo esta a 1ª Cooperativa no sector agrícola com certificação na área da responsabilidade social segundo esta norma portuguesa.

Fonte: Cooperativa Terras de Felgueiras

A 'Estória d'um Cogumelo' que nasceu num campo de ténis



29.05.2015 9h000
 
Um arquiteto de Vila Nova de Famalicão estava desempregado quando iniciou a produção do shiitake no court da casa dos pais. E resultou num negócio familiar rentável . Conheça a "Estória d' um cogumelo". Acompanhe nas próximas semanas as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO
A "Estória d' um Cogumelo" escreve-se em Vila Nova de Famalicão, a partir de um campo de ténis que deu lugar a uma agricultura familiar. Principal obreiro: Miguel Mesquita, 32 anos, arquitecto desempregado, que encontrou forma de contornar a crise e obter um rendimento extra sem desistir da profissão principal. É verdade que não teria sido possível lançar-se num negócio paralelo que é dele, do pai, da mãe e da irmã, sem o programa de apoio comunitário de desenvolvimento rural no continente (PRODER), ao qual concorreu há dois anos. Mas o toque de Midas ninguém lhe tira. Mas contemos a "Estória d' um Cogumelo"  do início.

O antes e o depois
O antes e o depois
Miguel levava o ténis a sério. Competia desde os 15 anos. Por essa razão, os pais, também amantes da modalidade, construiram um court num terreno subaproveitado junto à casa. Uma década depois, deixaram de bater bolas com a frequência de antigamente e isso levou-os a repensar aquele espaço. Queriam rentabilizá-lo e a agricultura estava no horizonte. A produção de cogumelos implicava uma área reduzida e pareceu-lhes uma hipótese interessante.

Prémio de 21 mil euros por ser jovem agricultor 
O projeto ganhou contornos sérios há três anos numa altura em que Miguel estava desempregado. Ele e os pais fizeram investigação, pesquisas na internet, estudo de mercado e formações durante um ano. Perceberam que o "espaço seria rentável".

Miguel Mesquita avançou e ganhou um prémio de jovem agricultor no valor de 21 mil euros para começar a investir. 

Fungo precisa de choques térmicos para acordar

Em cerca de 600 metros quadrados, implementaram duas estufas e têm instaladas 150 toneladas de troncos de madeira de eucalipto e carvalho. Dali nascem os shiitake (lentinula edodes). Cogumelos comestíveis com origem asiática e 100% biológicos.

A produção faz-se por inoculação de cavilhas impregnadas com o fungo. Através de pequenos furos é introduzida na madeira o micélio (semente do cogumelo), produzido em laboratório. Os troncos medem um metro com 15 centímetros de diâmetro e são dispostos em pilhas, na horizontal, dando início à incubação que fica completa ao fim de seis a sete meses. O fungo propaga-se na madeira, o que significa que é a altura do passo seguinte: o choque térmico para estimular a produção. 

Existe um sistema de rega automática para assegurar a humidade
Existe um sistema de rega automática para assegurar a humidade
Miguel explica como se faz. "Utilizamos uma marreta e batemos três vezes no tronco para vibrar e acordar o micélio. A indução deste choque fará os cogumelos nascerem. De seguida, coloca-se a madeira dentro de tanques com água, durante 24 horas. Ao fim desse período, são colocados em capela, num estrado ao alto".

Em quatro dias começam a nascer e dez dias depois está pronto a ser apanhado. Após a colheita, o tronco hiberna entre dois a três meses. A temperatura ambiente não pode estar abaixo dos 25 graus e há um sistema de rega automática para manter as condições ideais de humidade necessárias à propagação dos fungos.

O tempo de vida dos troncos não ultrapassa os três anos ou 15 ciclos de colheitas. Mas tem logo o destino assegurado: servirá para aquecer a caldeira das estufas no inverno.

O passa palavra tem sido fundamental e os clientes têm aumentando. Vendem directamente ao consumidor entre 20 a 25 quilos de cogumelos por semana e a esmagadora maioria funciona por encomendas.

Homem encontrado morto debaixo de trator

   
29/05/2015 11:27:20 24 Visitas   

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Homem encontrado morto debaixo de trator

Um homem de 60 anos foi encontrado morto, na madrugada de hoje, debaixo do trator que habitualmente manobrava, na Quinta de S. Miguel, em Sande S. Clemente, Guimarães, informou fonte dos bombeiros.

Segundo a fonte, o alerta para os bombeiros foi dado pelas 01:40, depois de o cadáver ter sido encontrado por vizinhos.

"Supomos que o acidente já teria ocorrido há algumas horas", acrescentou a fonte.

A GNR tomou conta da ocorrência.