sexta-feira, 29 de maio de 2015

Energia é um sector estratégico para o futuro da CPLP

7-05-2015 

 
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros considerou que o sector da energia é «estratégico» para o futuro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e desafiou os países a aprofundarem as relações económicas na lusofonia.

«A constituição de plataformas de coordenação em áreas transversais tais como energia, telecomunicações, transportes marítimos e aéreos, sector portuário ou mercados de capitais, podem ser pontos de encontro para que Governos, instituições científicas e empresas estabeleçam contactos, partilhem informações e se associem criando novas sinergias», afirmou o ministro durante uma intervenção na conferência "Português: Língua de Conhecimento", organizada pelo Diário de Notícias.

«O primeiro exemplo deste novo modelo de cooperação será experimentado muito em breve na reunião dos Ministros da Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na primeira Conferência da Energia para o Desenvolvimento da CPLP», apontou o governante, salientando as potencialidades económicas da produção energética dos países lusófonos, que considerou «um sector estratégico para o futuro da organização».

«Em 2009, 2,8 por cento da produção mundial de energia, originária de fontes fósseis e renováveis, foi assegurada por países da CPLP, no entanto, considerando as reservas comprovadas de gás e petróleo em países lusófonos, estima-se que o espaço CPLP, no seu conjunto, ocupe já hoje o 7.º lugar no ranking mundial dos produtores de hidrocarbonetos e estima-se igualmente que, em 2025, poderá vir a posicionar-se no 4.º lugar», sublinhou o governante durante o encontro que decorre esta quarta-feira, em Lisboa.

A Energia, disse, pode ser «um factor agregador de produtores e consumidores, tanto ao nível dos Estados como das Empresas, o que gera uma especial atracção relativamente à organização, despertando o interesse de alguns países que são já Observadores ou de outros que poderão vir a suscitar esse estatuto», concluiu Rui Machete.

Fonte: Lusa

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