sexta-feira, 29 de maio de 2015

Viticultores ganham voz com nova gestão da Casa do Douro

27-05-2015 
  
O secretário de Estado da Agricultura afirmou que a selecção da nova associação de direito privado da Casa do Douro (CD) resolve o problema da falta de representatividade dos viticultores que ganham alguém que lhes dê voz.

O Ministério da Agricultura e do Mar designou a Federação Renovação do Douro (FRD) como a associação de direito privado que sucede à associação pública da CD, com sede no Peso da Régua.

«Mais importante que resolver o problema da dívida, processo que está em curso, era resolver o problema da falta de representatividade dos viticultores da Região Demarcada do Douro», disse, em comunicado, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

De acordo com o governante, a região tem agora uma associação de direito privado e de inscrição facultativa que representa em termos associativos a maioria dos viticultores durienses e da área de vinha da região.

A associação que apresentou uma maior representatividade em termos de viticultores e de área de vinha explorada foi a FRD com 29,30 por cento da representatividade da Região Demarcada do Douro.

José Diogo Albuquerque explicou que a FRD vai poder usar a sede, bem como o nome CD, se assim o entender, e fica habilitada a participar no Conselho Interprofissional no qual terá 60 por cento de representação mínima.

Com a selecção da FRD foi possível concluir este processo a tempo do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) constituir o novo Conselho Interprofissional que será agora composto exclusivamente por associações privadas, até três, em representação dos viticultores durienses, sendo que a FRD terá direito a pelo menos 60 por cento dos delegados no Conselho Interprofissional.

É este órgão, que funciona dentro do IVDP, que discute e aprova o «benefício do vinho do Porto», ou seja a quantidade máxima autorizada de vinho do Porto a produzir em cada campanha.

«Estão assim reunidas todas as condições para que os viticultores sejam bem representados e tenham quem lhes dê voz, tendo ao seu dispor uma associação que esteja realmente focada no que são os seus problemas e as suas necessidades», afirmou José Diogo Albuquerque.

Após a extinção da dimensão pública da CD a 31 de Dezembro de 2014, o Governo abriu emJjaneiro um concurso dirigido às organizações de direito privado e sem fins lucrativo interessadas em ficar com a gestão da instituição duriense. As duas candidaturas submetidas ao concurso foram apresentadas pela FRD e a Associação dos Lavradores Durienses (ALD).

Fonte: Lusa

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