sábado, 4 de outubro de 2014

Secretário de Estado das Florestas demite-se do cargo

RICARDO GARCIA e ANA FERNANDES 02/10/2014 - 19:03
Ministério da Agricultura fala em razões "de ordem estritamente pessoal".

 
Francisco Gomes da Silva MIGUEL MANSO
 

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, demitiu-se do cargo esta quinta-feira, por razões "de ordem estritamente pessoal", segundo o Ministério da Agricultura e do Mar.

A Presidência da República confirmou a exoneração "a seu pedido", cerca das 19h. Por ora, não será nomeado um novo secretário de Estado.

Com 51 anos, Gomes da Silva tinha substituído Daniel Campelo no cargo no início de 2013, numa remodelação governamental em que saíram seis secretários de Estado e entraram sete. Antes, em 2011 e 2012, já tinha sido assessor de Assunção Cristas, quando esta tutelava o mega-ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.

Em Julho de 2013, Cristas perdeu o ambiente para o ministro Jorge Moreira da Silva, mantendo ambos a tutela bicéfala do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, uma situação que não agradava a Gomes da Silva.

Professor no Instituto Superior de Agronomia e consultor na Agroges, uma empresa de estudos e projectos na área da agricultura, Gomes da Silva já teria manifestado, antes do Verão, o desejo de deixar o Governo.

Numa nota citada pela Lusa, o Ministério da Agricultura e do Mar refere que Gomes da Silva pediu a exoneração "por motivos de ordem estritamente pessoal". A ministra Assunção Cristas, diz a nota, "lamenta a decisão e salienta as qualidades pessoais, humanas e profissionais" do secretário de Estado.

"Ao longo deste período de colaboração intensa, posso destacar a enorme qualidade profissional e a excelência do trabalho do professor Francisco Gomes da Silva. A área das Florestas e o Desenvolvimento Rural são áreas fundamentais para o nosso país e continuarão certamente a estar na linha da frente do ministério por mim dirigido", refere Assunção Cristas na nota.

Por ora, as funções desempenhadas por Gomes da Silva serão assumidas pela ministra e pelos restantes secretários de Estado – do Mar, da Agricultura, e da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar. Será provavelmente a própria ministra Assunção Cristas a tomar conta da pasta, para a qual é possível que já não seja escolhido um novo secretário de Estado.

Numa entrevista ao PÚBLICO, em Março passado, Gomes da Silva defendeu as vantagens da Bolsa de Terras, mostrou a sua crença na capacidade de o país atingir a auto-suficiência alimentar em 2020 e defendeu a nova lei de arborização e rearborização, negando que seja um estímulo à eucaliptização do país.

Secretário de estado das Florestas alega razão "pessoais" para deixar governo

A pasta de Gomes da Silva será assumida "internamente" no ministério da Agricultura.
Um ano e oito meses depois de ter tomado posse, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, foi ontem exonerado a seu pedido, de acordo com informação publicada na página da Presidência da República. Exoneração que foi pedida "por motivos de ordem estritamente pessoal", salientou a ministra da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, em nota oficial onde diz que "lamenta a decisão". 

O Governo enfrenta agora uma baixa quando se inicia a recta final da legislatura. As funções que até ontem foram asseguradas por Gomes da Silva "serão assumidas internamente" pela ministra Assunção Cristas, e restantes secretários de Estado, segundo a mesma nota oficial. 

Francisco Gomes da Silva tinha tomado posse a 1 de Fevereiro de 2013 tendo substituído Daniel Campelo no mesmo dia em que foram nomeados pelo Governo outros seis secretários de Estado. Antes de ter tomado posse era, desde 2011, assessor da ministra Assunção Cristas. Gomes da Silva foi também professor (a partir de 1987) no Instituto Superior de Agronomia (ISA), onde se doutorou em 1998, tendo a sua área de investigação incidido sobretudo na economia agrária.

Com a saída de Francisco Gomes da Silva, a equipa de Cristas fica reduzida a três secretários de Estado: José Diogo Albuquerque (Agricultura), Manuel Pinto de Abreu (Mar) e Nuno Vieira e Brito (Alimentação e Investigação Agroalimentar). Gomes da Silva é defensor da competitividade do sector agrícola e da aposta no regadio, tendo vários trabalhos publicados na área do desenvolvimento rural. "A área das florestas e do desenvolvimento rural são áreas fundamentais para o nosso país e continuarão certamente a estar na linha da frente do ministério por mim dirigido", garante Assunção Cristas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Encontro “Agricultura Familiar e Comercialização de Proximidade”



A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, organiza nos dias 10 e 11 de Outubro, em Vila Verde, um encontro sobre "Agricultura Familiar e Comercialização de Proximidade", evento que abrangerá um conjunto de actividades (colóquio, visitas, tertúlia…) que pretendem promover a troca de experiências, partilha de informações e boas-práticas entre produtores, consumidores, técnicos e outros agentes económicos e sociais interessados na temática dos circuitos curtos agro-alimentares.

Uma das temáticas em destaque será a iniciativa PROVE, que desde 2004 tem promovido a aproximação entre os pequenos produtores agrícolas e consumidores, por forma a quebrar as barreiras impostas pelos vários circuitos de distribuição dominantes, contando actualmente com 16 associações de desenvolvimento local que cooperam entre si para a dinamização em Portugal desta metodologia de comercialização de proximidade, as quais aproveitarão este evento para se juntarem de forma informal no seu IV Encontro Nacional.

Este encontro realiza-se no Alto Cávado, território constituído pelos concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde, no qual a metodologia PROVE vem sendo implementada pela ATAHCA desde 2012. O evento decorrerá durante a maior feira anual agrícola desta região, a denominada "Festa das Colheitas" em Vila Verde, local de encontro entre agricultores e público em geral e onde se promovem as potencialidades agrícolas, gastronomia, turismo rural e as tradições do mundo rural. As diversas actividades previstas neste evento irão decorrer conforme o programa seguinte, no recinto desta feira, em algumas explorações agrícolas do território e no núcleo PROVE de Braga e englobam um colóquio, visitas técnicas temáticas, tertúlias e um mercado de produtos locais.

Fonte:  ATAHCA


Comissão de Agricultura e Mar aprova requerimento do GPPS para audição Ministra da Agricultura e do Mar sobre o embargo russo aos produtos agroalimentares europeus



A Comissão de Agricultura e Mar aprovou por unanimidade um requerimento do Grupo Parlamentar do PS a solicitar uma audição com carater de urgência para fazer um ponto da situação do impacto que tem o embargo russo às exportações europeias na agricultura portuguesa, qual a estratégia do Governo e qual o balanço das medidas excecionais avançadas junto das empresas nacionais.

Os socialistas, na voz do seu coordenador, o deputado Miguel Freitas, consideram que esta é uma matéria que deve ser acompanhada pelo Parlamento tendo em conta a importância do mercado russo nas exportações e no mercado europeu de produtos agrícolas.

Miguel Freitas realça que para além dos impactos diretos do embargo russo, que afetam principalmente os setores da fruticultura e da carne (nomeadamente a suinicultura), existem impactos indiretos provocados por perturbações no mercado interno, por via da instabilidade e redução dos preços e que devem ser tidos em conta e devidamente acompanhados. Um dos setores mais afetados pelos impactos indiretos é setor leiteiro, em que os grandes produtores de leite europeus, impedidos de exportar para a Rússia, colocam os seus produtos no mercado europeu a preços muito baixos, afirma o deputado socialista.

A doença da piriculariose está a destruir a cultura do arroz

APOR - Associação Portuguesa dos Orizicultores


A Produção de Arroz no Baixo-Mondego e também no Vale do Vouga está a ser afectada gravemente por uma doença chamada Piriculariose ; a verdadeira dimensão da situação só agora está a ser constatada aquando do início das colheitas, sendo a região do Vale do Pranto e do Arunca as regiões mais afectada devido a ser uma Zona mais baixa.

A incidência desta doença agravou-se bastante nos últimos 3 anos, sendo este ano o mais grave em termos de prejuízos.

Tendo a maioria dos produtores do Vale do Pranto e Arunca ( uma área com cerca de 4.000 hectares de arroz) percas na ordem dos 30%, há agricultores com 50% e 60% de prejuízo, havendo muitas searas que não pagam a ceifa.

Nesse sentido uma delegação da APOR - Associação dos Orizicultores Portugueses irá ser recebida em audiência na próxima Quinta-Feira dia 2 de Outubro, pelas 10H00, na Direcção Regional de Agricultura e Pescas em Coimbra na Av. Fernão de Magalhães, no sentido de dar conta da situação, e da tomada de medidas em relação a este problema.

Região centro captou 1.648 jovens agricultores em seis anos

29-09-2014 
 
 
A região centro captou, nos últimos seis anos, 1.648 jovens agricultores, 232 dos quais instalados na Cova da Beira, revelou Manuel Sequeira, delegado regional de Castelo Branco da Direcção Regional de Agricultura e Pesca do Centro (DRAPC).

«Relativamente ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) que decorreu entre 2007 e 20013], o número de jovens agricultores instalados na Cova da Beira foi no total de 232. Isso representa 14,07 por cento do número de jovens agricultores que se instalaram na zona centro. Ou seja, a zona centro fixou 1.648 jovens agricultores», disse.

Manuel Sequeira falava durante uma sessão de esclarecimento subordinada ao tema dos "Desafios para o Desenvolvimento Rural, realizada no Fundão, pela RUDE - Associação de Desenvolvimento Rural que abarca os concelhos da denominada Cova da Beira, ou seja, de Belmonte, Covilhã e Fundão.

Durante a sessão, este responsável também admitiu que os jovens agricultores captados não são ainda suficientes para resolver uma das «fragilidades» do mundo rural, designadamente a do envelhecimento dos agricultores.

«Uma das fragilidades que temos de combater é a idade média dos agricultores que é bastante elevada, 63 anos. Além disso, só dois por cento dos jovens agricultores é tem menos de 35 anos e 74 por cento têm apenas o ensino básico ou menos», sublinhou para explicar a necessidade de rejuvenescimento do sector.

Manuel Sequeira revelou mesmo que essa será uma das «áreas prioritárias» do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2014/20120), isto a par do «aumento da capacidade de inovação, da criação de conhecimento no sector agro-florestal, da modernização das explorações, através do investimento na transformação e comercialização e da aposta em áreas de regadio».

Sobre esse ponto em concreto, Manuel Sequeira recordou que na região há um grande «potencial» e «muita superfície para onde crescer», já que o Regadio da Cova da Beira, empreendimento que demorou mais de 50 anos a concretizar, abrange 12.360 hectares e área de cultura regadas na Cova da Beira é apenas de cerca de 3.300 hectares.

Presente no encontro, Patrícia Cotrim, gestora do PRODER, também deu conta de que na zona centro e no âmbito deste programa foram aprovadas «5.300 candidaturas, que deram origem a 7.500 postos de trabalho, o que corresponde 1,5 postos de trabalho por cada uma das candidaturas».

Fonte: Lusa

Produtos alimentares levam índice de vendas a retalho a aumentar 1,3% em agosto - INE


O índice de vendas no comércio a retalho aumentou 1,3% em agosto em relação ao mesmo período de 2013, impulsionado pela venda de produtos alimentares, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em agosto, os índices de emprego, do número de horas trabalhadas - ajustadas de efeitos de calendário - recuaram 0,1% e 1,5% face ao homólogo, respetivamente, enquanto as remunerações cresceram 0,3% no mesmo período.

Segundo o gabinete estatístico, o índice de volume de negócios no comércio a retalho passou de uma variação homóloga de 1,0% em julho para 1,3% em agosto, impulsionado pela venda de produtos alimentares, que "ao passar de uma taxa de variação homóloga de -1,4% em julho para -0,4% em agosto, foi determinante na aceleração do índice total".

Acidente de trator faz dois mortos em Vinhais



Um acidente com um trator agrícola causou hoje dois mortos numa aldeia de Vinhais, distrito de Bragança, informou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

O veículo terá capotado num terreno agrícola da aldeia de Sobreiró de Cima e quando os meios de socorro chegaram ao local as vítimas, dois homens, estavam já cadáveres, segundo contou à Lusa o comandante do CDOS, Noel Afonso.

As vítimas são dois homens com 44 e 74 anos, de acordo ainda com a fonte.

Bruxelas adota novas medidas para enfrentar embargo russo a frutas e legumes


A Comissão Europeia adotou hoje um novo programa de medidas urgentes de mercado, no valor de 165 milhões de euros, para fazer face ao embargo russo às importações de frutas e vegetais frescos da União Europeia (UE).

O novo esquema de ajuda aos produtores de frutas e legumes destina-se a retirar excedentes do mercado e soma-se a um primeiro programa de apoio, no valor de 125 milhões de euros, anunciado em agosto e suspenso em setembro por se ter esgotado a verba.

O programa hoje apresentado pretende ser mais bem dirigido, incluindo um anexo que identifica os bens alimentares elegíveis, em quatro categorias, para os 12 países que exportam frutas e legumes para a Rússia, incluindo Portugal.

Agência Lusa

Seminário “Angola: Pequena Agricultura e Desenvolvimento Rural”


Auditório da Lagoa Branca - Instituto Superior de Agronomia
23 de outubro de 2014

Este seminário é organizado no âmbito do encerramento do Projeto de Apoio ao Programa de
Desenvolvimento Agrícola e Rural (PAPDAR), uma parceria entre Portugal e Angola, e
pretende promover uma reflexão em torno da pequena agricultura e do papel que lhe é
atribuído nas políticas de desenvolvimento rural.

Conta com a participação de especialistas internacionais nesta área, que debaterão temas tais como a pequena agricultura, a segurança alimentar e o desenvolvimento rural, as políticas de
desenvolvimento rural em Angola: balanço e perspetivas, os agricultores, as
comunidades rurais e o desenvolvimento rural ou a globalização, o ambiente e o
desenvolvimento rural nos países do Sul.

O debate destas temáticas toma particular relevância no Ano Internacional da Agricultura
Familiar, uma vez que qualquer estratégia de apoio à cooperação para o desenvolvimento
sustentado nos países em desenvolvimento tem de ser alicerçado na educação e no
desenvolvimento rural e da agricultura, área em que o Instituto Superior de Agronomia (ISA)
tem uma vasta experiência desde a sua criação, em 1910, sobretudo com os países Africanos.
Neste sentido, foi constituído o Centro de Estudos Tropicais para o Desenvolvimento do
Instituto Superior de Agronomia (CENTROP/ISA) (http://www.centrop.org/), reconhecido
como ONGD, cujos objetivos principais são a promoção e apoio ao desenvolvimento
sustentável em regiões tropicais através da participação em projetos de desenvolvimento, da
investigação científica, da realização de estudos sobre Agricultura e o Desenvolvimento Rural, e da
divulgação de temas e ações de formação relacionadas com o desenvolvimento técnico, económico e social.

Em Angola, após um longo período marcado pela guerra, tornou-se claro que o papel do
Estado na agricultura e no mundo rural é fundamental em países com uma população
maioritariamente rural e largamente dependente da importação de bens de consumo
alimentar, pelo que, uma vez atingida a estabilidade interna, a intervenção pública em Angola se
centrou no desenvolvimento do mundo rural e, em particular, no combate à pobreza em
meio rural e na melhoria das condições de vida das populações camponesas.
Neste contexto, em 2005, o Instituto de Desenvolvimento Agrário de Angola (IDA), lançou
o Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural (PEDR), com os objetivos globais de
"contribuir para a redução da pobreza de uma grande parte das famílias camponesas e para a
integração efectiva das comunidades rurais no desenvolvimento económico e social do País".

No âmbito deste Programa, foi criada uma parceria entre Portugal (CENTROP/ISA) e Angola
(IDA/MINAGRI), materializada no Projeto de Apoio ao Programa de Desenvolvimento
Agrícola e Rural (PAPDAR), uma iniciativa financiada pelo Camões, Instituto da Cooperação e da
Língua, IP-Portugal.

O objetivo global do projeto foi "contribuir para dar à população camponesa um lugar
central nas políticas públicas de Angola", assegurando, por um lado, um desenho mais
adequado nos planos económico, tecnológico, das questões do género e da sustentabilidade
ambiental e institucional das ações desenvolvidas junto dessas populações e, por outro, que essas ações viessem a ser executadas por um corpo técnico sensibilizado à questão camponesa.

Este objetivo foi claramente atingido e a experiência acumulada no âmbito do PAPDAR, quer
por Portugal, quer por Angola, pode, e pretende, sustentar, quer a definição de políticas públicas
para o desenvolvimento rural, quer de políticas de cooperação entre os dois países,
consubstanciando-se, assim, este Seminário, como um ponto de alavancagem para tal, tendo
em conta o papel privilegiado que as Universidades devem desempenhar neste processo.


Inscrições até 17 de outubro de 2014, aqui.


Conferência do Prémio Agricultura 2014 dedicada ao tema " Inovação na Agricultura".

Conferência do Prémio Agricultura 2014 será realizada no dia 14 de Outubro (16h30-18h30), em Faro, dedicada ao tema " Inovação na Agricultura".
 
A conferência será no Auditório Verde da Universidade do Algarve (Edifício 8, Piso -1, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 8500-139 Faro).
 
As inscrições são gratuitas e devem ser efectuadas através do site da iniciativa: www.premioagricultura.pt 
 
Paralelamente está em curso candidatura ao Prémio Agricultura.
  
A capacidade da sala é de cerca de 180 lugares.

Anpromis revitaliza Estação Experimental António Teixeira



No âmbito da sua política de crescimento, inovação e apoio à fileira do milho, a Anpromis leva a cabo um projecto de investigação na Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, onde se encontra a decorrer um ensaio com 24 variedades de milho. O projeto aprovado no início deste ano pelo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural) resulta de uma parceria entre a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Terramilho (agrupamento local de produtores de cereais).

 

Os primeiros resultados do projecto SaniMilho foram apresentados no passado dia 24, numa cerimónia que contou com a presença dos vários parceiros e do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.

O projecto que terá a duração de 8 anos avança agora com o estudo do Chephalosporium maydis e das novas técnicas de produção capazes de prevenir esta doença que afeta o milho com perdas substanciais para os produtores.

Com uma área de 10 hectares dedicada á investigação e um investimento de 80.000 euros assumido pela Anpromis com uma comparticipação de 25% do Proder, este é um projecto que conta com o apoio técnico do INIAV, que disponibilizou quatro investigadores para acompanharem o projeto, e da Terramilho que terá um importante papel no diálogo com os agricultores da região que constitui o quarto concelho do país com maior área de milho (4.300 hectares).

O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, apontou a investigação aplicada e a disseminação do conhecimento para os produtores como "o caminho certo" sendo esta a opinião partilhada por Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis que, apesar de reconhecer a rapidez e celeridade do presente modelo de acordo encontrado com o Estado, considera ser importante reformar os modelos de investigação agrária. «É fundamental apoiar tecnicamente os nossos associados de forma a garantir a sua constante competitividade. Como tal, pretendemos fazer deste local um verdadeiro centro científico onde se estude os principais problemas que afectam a cultura do milho no nosso país e onde possam ser ministrados acções de formação e encontros com especialistas nacionais e internacionais» acrescenta Luís Vasconcellos e Souza

ANPROMIS

Seminários "Gerir o Risco na Internacionalização – Foco no Produto Alimentar"

A SGS irá realizar o ciclo de seminários "Gerir o Risco na Internacionalização – Foco no Produto Alimentar", em 10 regiões de Portugal, incluindo a Região Autónoma dos Açores, dirigido aos produtores primários, industriais, comerciantes e traders de produtos alimentares. 

O seminário tem como objetivo partilhar informação relevante para os agentes económicos que pretendam exportar produtos alimentares, de forma a reduzir os riscos associados à internacionalização. 

O primeiro seminário irá realizar-se durante a 3.ª edição da INTERGAL, no auditório da ExpoSalão Batalha, no dia 07 de outubro, pelas 14h. 

Para mais informações consulte o programa detalhado em: http://internacionalizacaoalimentar.wordpress.com/

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Semana do Mundo Rural mostra potencialidades da agricultura

BRAGA
2014-09-30visitas (276)comentários (0)

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Marlene Cerqueira
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Braga é a terceira cidade do país, mas é também um concelho com uma forte componente rural que o Município de Braga quer enaltecer e também potenciar como oportunidade para aqueles que buscam o primeiro emprego ou novas oportunidades laborais. 

A exaltação do mundo rural decorre desde ontem e até domingo, com um vasto programa que integrará a feira à moda antiga, evento que já se realizava na Arcada por ocasião das comemorações do Dia do Turismo.

"O que fizemos foi integrar essa feira à moda antiga numa semana dedicada ao mundo rural. Integramos também no programa o cortejo etnográfico, uma iniciativa que queremos reavivar e para a qual desafiamos todas as freguesias a participarem e mostrarem as suas tradições, as suas culturas", explicou Altino Bessa, vereador do pelouro que organiza esta primeira edição da Semana do Mundo Rural. 
A feira à moda antiga passa a realizar-se na Praça do Pópulo.

O programa contempla um vasto leque de seminários e palestras, momentos que Altino Bessa espera que sejam aproveitados por aqueles que pretendem lançar mão às potencialidades da agricultura. Potencialidades que ganham protagonismo depois de nos últimos anos o sector ter sido renegado para segundo plano em detrimento da indústria e serviços. 

Exemplo disso é sector do vinho. Há cerca de dez anos produziam-se no concelho de Braga mais de um milhão de litros de vinho, neste momento são produzidos pouco mais de 40 mil. Os números mostram que houve um abandono desta actividade que representa para o país mais de 300 milhões de euros em exportações. "Esta foi uma actividade que outros conselhos conseguiram aproveitar e que nós agora também queremos agarrar", frisou Altino Bessa, em declarações ao 'Correio do Minho'.

Nesta Semana do Mundo Rural o Município de Braga regista a colaboração de diversas entidades, entre as quais a Direcção Regional de Agricultura. Altino Bessa real ça que será esta entidade a operacionalizar o novo PDR — Programa de Desenvolvimento Rural, que vai substituir o PRODER já em fase de conclusão. 

"Queremos fazer uma aproximação entre o município e a Direcção Regional para trabalharmos em parceria e dar as ferramentas necessárias aqueles que querem olhar para a actividade agrícola como uma oportunidade", rematou o vereador do Ambiente, Energia e Desenvolvimento Rural.

Programa marcado por seminários e a animação

'Organizações de produtores e medidas de apoio' foi o tema do seminário que ontem marcou o arranque desta Semana do Mundo Rural, no GNRation.
O dia de hoje é dedicado à agricultura biológica com visitas a explorações, uma sessão sobre 'A Agricultura Biológica no Minho' (15 horas) e outra sobre 'Agricultura Biológica e Micologia' (21.30 horas), ambas no GNRation.

Amanhã, a água está em destaque. No auditório da Agere realiza-se, às 9 horas, uma sessão sobre 'Preservação de linhas de água', iniciativa dirigida a técnicos e autarcas. À noite decorre a palestra 'Nós e os Rios', na Biblioteca Craveiro da Silva.

A feira à moda antiga arranca quinta-feira, dia em que se realiza um seminário sobre 'Rede de conhecimento das tecnologias agrícolas da região norte', às 14.30 horas, na AIMinho.
No sábado, destaque para um seminário sobre a vespa velutina (vulgarmente designada de asiática), um problema que assola a região. Só no concelho de Braga, disse Altino Bessa, já foram destruídos mais de cem ninhos, mas a praga continua a preocupar.

A animação será uma constante durante o fim-de-semana, com 'showcooking' e actuações de grupos de musica tradicional do concelho, sendo ainda de destacar o concurso da melhor broa de milho, a desfolhada, no sábado às 16.30 horas, e o cortejo etnográfico das freguesias, domingo, às 14.30 horas.

A Bairrada anima-se com o 2.º encontro de vinhos e sabores


A região da Bairrada vai voltar a animar-se com a segunda edição do Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014 (EVS-B), este ano a ter lugar entre 3 e 5 de Outubro.

Depois do inegável sucesso da primeira edição, há cerca de um ano, a Região de Turismo do Centro de Portugal, a Comissão Vitivinícola da Bairrada e o Município de Anadia voltam a contar com a produção da Revista de Vinhos e com o apoio da Rota da Bairrada e do Instituto da Vinha e do Vinho para levar a cabo este evento que vai voltar ao Centro de Alto Rendimento - Velódromo de Sangalhos, na Anadia.

Com o objectivo de potenciar as fileiras da vinha, do vinho, da gastronomia e do turismo da região da grande Bairrada, o EVS Bairrada 2014 vai ser palco da exposição de produtores de vinhos e sabores da região com degustação livre, provas comentadas por especialistas da Revista de Vinhos (entre 10 e 25 euros) e jantares temáticos (35 euros). O Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada é a novidade deste ano, tendo lugar na sexta-feira e os resultados anunciados durante o evento.

O Velódromo de Sangalhos vai reunir uma mostra de produtos, de onde se destacam os espumantes, os vinhos (tintos, brancos e rosés), as aguardentes, as águas, o leitão da Bairrada, o pão da Mealhada, os ovos moles de Aveiro, os amores da Curia, as queijadas de Águeda, o folar de Vale de Ílhavo, entre muitos outros. Vai ainda haver espaço para a divulgação da oferta turística: enoturismo, turismo termal, hotelaria e restauração.

A entrada na feira é gratuita, sendo que a prova de vinhos implica a compra de um copo, no valor de 3,5 euros, com oferta de porta-copos. Na sexta está aberta das 5 da tarde às 10 da noite, no sábado das 3 da tarde também às 10 da noite, abrindo no domingo à mesmo hora mas fechando às 8 da noite.

Para ver o programa detalhado pode consultar o site www.revistadevinhos.pt

Agricultores da Nazaré com milhares de euros de prejuízos devido a queda de granizo

As culturas "ficaram completamente destruídas" na sequência do temporal que se abateu sobre a freguesia ao final da tarde sábado

Vários hectares de culturas agrícolas do Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, foram destruídas pela queda de granizo, divulgou hoje a junta de freguesia, estimando que os prejuízos ascendam a milhares de euros.

"Há dezenas de médios e pequenos produtores afetados com prejuízos que ainda estamos a contabilizar mas que serão na ordem dos milhares de euros", disse hoje à Lusa o presidente da Junta de Valado dos Frades, Rui Marques.

As culturas "ficaram completamente destruídas" na sequência do temporal que se abateu sobre a freguesia ao final da tarde sábado mas, segundo o autarca, "só ontem [domingo] os agricultores se aperceberam da dimensão dos estragos".

O levantamento efetuado pela junta de freguesia e pela câmara da Nazaré aponta para "várias parcelas de culturas inviabilizadas", já que "apesar de a tempestade não ter durado muito tempo, o granizo foi tocado a vento e deixou hortícolas e frutas completamente furadas como se tivessem sido alvo de um ataque de metralhadora".

Em causa estão sobretudo pomares de maçã e plantações de batata, nabo, alho francês, couve lombarda e coração de boi, "algumas no ciclo final de maturação e outras em pleno desenvolvimento, cuja comercialização não vai ser possível", explicou.

De acordo com o autarca, a junta e a câmara pretendem agora reunir-se com as associações de produtores "para enviar às entidades do Ministério da Agricultura um levantamento exato da dimensão dos estragos e averiguar das hipóteses de estes agricultores usufruírem de algum apoio para minimizar as perdas".

Tanto mais que, acrescenta, "a grande maioria são agricultores de minifúndio que nem sequer têm seguro de culturas que cubra este tipo de fenómenos climatéricos".

Num comunicado conjunto, a câmara e junta manifestaram hoje preocupação pela situação dos agricultores da freguesia, que consideram estar "a atravessar grandes dificuldades, consequência do elevado custo dos fatores de produção e da baixa de valor de mercado" dos produtos destinados quer ao mercado nacional quer à exportação.

Alterações climáticas foram responsáveis pelas ondas de calor em 2013 - estudo



As ondas de calor que ocorreram em 2013 na Ásia, Europa e Austrália foram causadas pelas alterações climáticas provocadas pelo Homem, mas nem todos os acontecimentos extremos podem ser associados ao aquecimento global, revelou um estudo hoje divulgado.

Um total de 16 eventos extremos, incluindo chuva, inundações, secas e tempestades, foram analisados no relatório anual, designado "Explaining Extreme Events of 2013 from a Climate Perspective" (Explicação dos Acontecimentos Extremos de 2013 de uma Perspetiva Climática"), publicado no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana.

Os eventos escolhidos não representam a totalidade do ano, mas sim os que tiveram maior impacto e suscitaram o interesse dos cientistas, especifica-se no relatório, compilado por 92 cientistas de todo o mundo, que foi sujeito à análise de outros cientistas antes de ser publicado, processo designado em Português por apreciação por pares ('peer review', em Inglês).

Agência Lusa

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Noruega acolhe promoção de vinhos de Portugal


SEGUNDA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2014
 
. Prova Anual, em Oslo, a 13 de Outubro
 
Para promover os vinhos portugueses neste importante mercado nórdico, a ViniPortugal organiza a Prova Anual no próximo dia 13 de Outubro, no Hotel Continental, em Oslo, com início pelas 12h. Participam nesta prova cerca de 38 produtores que colocarão em degustação vinhos nacionais procurando conquistar a distribuição, importadores, jornalistas, Monopólio e Wine Clubs.
 
Um Master Class para cerca de 30 profissionais com o objectivo de reforçar a componente educacional junto deste mercado, precederá a Prova Anual realizando-se uma hora antes do evento,
 
A Prova deste ano em Oslo pretende potenciar a identificação de novas oportunidades de negócio para os produtores de vinho nacionais, reforçando o conhecimento e notoriedade neste mercado. 
 
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, destaca que "Torna-se importante promover uma açcão âncora de promoção dos Vinhos de Portugal neste mercado, dando continuidade ao trabalho anteriormente efectuado. A Prova Anual constitui uma importante montra para os vinhos portugueses neste mercado interessante e desafiante, no qual devido à existência de monopólios no retalho, controlados e administrados pelo Estado, o vinho, tal como as bebidas alcoólicas, enfrentam maiores limitações à promoção." 

Carta Aberta da CNA: mais tragédias a marcarem a tragédia mais geral dos acidentes mortais com tractores.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA
Coimbra, 26 Setembro 2014

Exmo Senhor Presidente da República
Exmo Senhor Primeiro-Ministro
Exma Senhora Ministra da Agricultura e Mar
Exmo Senhor Presidente da Comissão de Agricultura e Mar
Aos Grupos Parlamentares
À Opinião Pública

Assunto:- mais tragédias a marcarem a tragédia mais geral dos acidentes mortais com tractores.

Excelências:

Na sequência de nossa anterior comunicação, agora se envia "notícias" de mais acidentes mortais com tractores.

 Não pretendemos exacerbar sentimentos. Todavia, principalmente um destes casos – destas tragédias – é demonstrativo:

 - Morre um Jovem Agricultor (que também era Técnico ligado ao Sector).
 - Outro Agricultor (o avô) fica ferido.
 - Fica uma Jovem viúva e uma Criança órfã que vão ter de enfrentar a vida e o futuro em circunstâncias penosas, após a tragédia.
 - Fica seriamente comprometida uma promissora exploração agrícola familiar, após mais um trágico acidente com um tractor…a juntar a tantos mais !
- A mesma folha de jornal (Diário Coimbra) dá ainda conta de outro acidente mortal com tractor.
Não, não se pode vir agora "argumentar" que os três sinistrados, destas duas "notícias", estavam "sob o efeito do álcool"...

Excelências:

- Para quando as providências Institucionais que já deveriam ter sido tomadas há muito ?
- NÃO! NÃO É UMA "FATALIDADE" MORRER-SE NUM ACIDENTE DE TRACTOR !
- ASSIM VENHAM – DO GOVERNO EM ESPECIAL – AS MEDIDAS PREVENTIVAS PARA SE EVITAR A TRAGÉDIA !
Com os melhores cumprimentos

Pel' A Direcção da CNA

 ( João Dinis )

Nota: anexa-se a notícia destas tragédias

Fundos Europeus financiam investigação contra incêndios


Um sensor com capacidade para detectar as primeiras chamas de um incêndio em ambiente florestal: é este o projecto em desenvolvimento no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto apoiado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e cofinanciado pelo ON.2 – Programa Operacional do Norte.

Agora só falta desenvolver o sensor-piloto para que esta nova tecnologia possa começar a ser utilizada na prevenção contra incêndios.

E se existisse um sensor que detetasse as primeiras sinais de um incêndio florestal e emitisse um alerta a tempo de evitar o pior? Para já é só um projecto-piloto mas pode em breve tornar-se uma realidade ao serviço da prevenção contra incêndios florestais. A tecnologia integra lentes que captam infravermelhos a quilómetros de distância e foi criada pela Flicks, uma empresa incubada no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Agora pode transformar-se num instrumento fundamental na prevenção a um flagelo bem conhecido de Portugal, em especial nos meses quentes de verão. Só em 2013 arderam mais de 140 mil hectares de floresta.

"O projecto, vencedor de vários concursos internacionais, beneficiou também da investigação de uma tese de mestrado de Engenharia do Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, que permitiu identificar o que está a ser realizado mundialmente ao nível da prevenção e combate aos incêndios", explica Marina Machado, responsável de desenvolvimento de negócio da Flicks.

Integrada na incubadora de empresas do UPTEC, a equipa da Flicks desenvolveu assim um protótipo daquilo que poderá ser "uma tecnologia inteligente de monitorização florestal, com lentes que filtram radiações infravermelhas a cerca de 14 quilómetros de distância", continua a responsável. Realizado com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e dos serviços da Protecção de Civil do Porto e de Viana do Castelo, este estudo serve assim de base a um projecto piloto que necessita agora de cerca de 50 mil euros para passar da fase laboratorial para o desenvolvimento.

"Foi fundamental termos trabalhado no ambiente do UPTEC, onde estivemos integrados no programa de aceleração, com acesso a várias formações e conhecimento que contribuíram para criar este projecto. Agora é só descolar", acrescenta Marina Machado.

O UPTEC está em funcionamento há sete anos, foi apoiado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional desde o anterior período de programação (2000-2006) e é cofinanciado pelo ON.2 – Programa Operacional Regional do Norte em 15,4 milhões de euros. Acolhe actualmente mais de 185 projectos empresariais e gerou cerca de 1500 empregos.

"Os primeiros sete anos foram fantásticos em termos de crescimento, agora arranca uma nova fase em que a aposta é na excelência do serviço, no apoio à sofisticação dos modelos de negócio", afirma Carlos Brito, director do UPTEC.

O UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto venceu o prémio europeu RegioStars 2013 na categoria 'Crescimento Inteligente'.

Fonte:  Compete

Montante adicional de € 165.000.000 para apoiar o mercado de frutas e hortícolas perecíveis

Comissão Europeia

 Comunicado de imprensa


A Comissão Europeia adoptou hoje um novo programa de medidas de emergência para as frutas e produtos hortícolas perecíveis, como resultado do embargo russo às importações de certos produtos agrícolas da UE. Podendo atingir 165 milhões de euros, o novo dispositivo oferece apoio à retirada do mercado de volumes excedentários e acresce ao programa de um máximo de € 125.000.000 para frutas e hortícolas anunciado no dia 18 de Agosto. Este foi suspenso em Setembro porque se viu, na sequência de pedidos provisórios, que a totalidade do orçamento já havia sido solicitado. Para melhorar as intervenções, o novo dispositivo inclui um anexo que detalha os volumes elegíveis nos diferentes Estados-Membros, bem como os valores específicos por categoria de produto. Esses volumes são baseados nos volumes de exportação dos últimos três anos no mesmo período, líquido de montantes relativos a volumes que já foram objecto de uma candidatura no âmbito do primeiro dispositivo de € 125 milhões. O novo programa prevê também pela primeira vez laranjas, tangerinas e clementinas.

No momento da confirmação do programa, o Sr. Ciolos, Comissário da Agricultura, disse hoje: «Estou satisfeito que a Comissão seja capaz de mobilizar um adicional de € 165.000.000 para aliviar a pressão comercial imposta aos produtores de frutas e hortícolas, como resultado do embargo russo. Este programa será mais segmentado do que o dispositivo original, mesmo que ainda tenha alguma flexibilidade nos quatro grupos de produtos. Estas medidas de apoio ao mercado vão dar uma ajuda de curto prazo.»

Contexto

Como no programa anterior, este regime prevê o apoio da UE para as retiradas do mercado para distribuição gratuita (financiados pela UE a 100%), ou retiradas para fins não alimentares (por exemplo, compostagem), em que a taxa de intervenção da UE é inferior. Da mesma forma, a colheita verde ou a não colheita são também soluções possíveis, para um nível de apoio ainda um pouco menor. Como antes, as medidas também estarão disponíveis para os produtores que não pertencem a organizações de produtores, mas o nível de financiamento da União Europeia é maior para os membros destas associações (75% do montante previsto para os membros, 50 % para os demais), os fundos operacionais das organizações de produtores podem, eventualmente, conceder um suplemento (25%).

O novo programa, que será executado até o final do ano, inclui um anexo que especifica os volumes divididos em quatro categorias de produtos para os 12 países que, em média, de 2011 a 2013, exportaram a maior parte das suas frutas e hortícolas para a Rússia durante o período de Setembro a Dezembro (Setembro a Março para algumas frutas).

Os quatro grupos de produtos são: maçãs e pêras (total de 181.000 t); citrinos: laranjas, tangerinas e clementinas (total de 96.090 t); Outros produtos hortícolas: cenouras, pepinos, pimentos e tomate (44.300 t); Outras frutas: kiwi, ameixas e uvas de mesa (total de 76.895 t). Uma série de produtos abrangidos pelas medidas anteriores - repolho, couve-flor, bróculos couve-flor, cogumelos e bagas - não são abrangidos.

Além desses volumes específicos, os 28 Estados-Membros terão, cada um, uma reserva adicional de 3.000 toneladas para a remoção dos produtos listados neste programa, bem como couve-flor, couve e cogumelos, podendo os Estados-Membros priorizar determinados produtos.

Em resposta ao embargo russo de 7 de Agosto, sobre as importações de determinados produtos agrícolas provenientes da UE (e dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Noruega), a Comissão Europeia tomou medidas de apoio ao mercado de pêssegos e nectarinas (€ 33 milhões), frutas e produtos hortícolas perecíveis (125 milhões de dólares) e concedeu uma ajuda à armazenagem privada de manteiga, leite em pó desnatado e queijos, e um montante adicional de € 30 milhões para programas de promoção.  

A iniciativa de hoje é um novo regulamento delegado estabelecido pela Comissão por sua própria autoridade, sem que a aprovação pelos Estados-Membros ou do Parlamento Europeu seja necessária. No entanto, a Comissão consultou peritos dos Estados no que diz respeito a certas regras quando redigiu o texto.

Para mais informações sobre a resposta da Comissão à crise russa, ver http://ec.europa.eu/agriculture/russian-import-ban/index_en.htm (em Inglês).

Empresa aderente ao “Portugal Sou Eu” distinguida em Paris


Gumelo vence prémio na categoria frutas e produtos hortícolas 

A Gumelo, empresa aderente ao programa "Portugal Sou Eu", irá receber, no dia 20 de Outubro, na capital francesa, o prémio "SIAL Innovation 2014" para a categoria frutas e produtos hortícolas, no âmbito da participação colectiva de empresas nacionais que a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal vai promover na SIAL PARIS.

Localizada em Almeirim, a Gumelo é uma empresa que produz, desde 2012, cogumelos, utilizando a borra de café como substracto. Os produtos da Gumelo são Portugal Sou Eu.

A SIAL, que se realiza na capital francesa, de 19 a 23 de Outubro, celebra este ano o seu 50º aniversário, sendo considerada uma das feiras mais importantes do sector da alimentação a nível mundial. Para a edição deste ano são esperados mais de 6.000 expositores e 150.000 visitantes de 200 países.

Para a CAP, que organiza a participação das empresas nacionais na SIAL, no âmbito do programa de apoio à internacionalização da fileira agroalimentar, "este prémio revela a potencialidade das empresas portuguesas no que toca à inovação e à forma de explorar com sucesso novas ideias".

Fonte:  JPereira

Agroglobal: da Rússia a Vila do Conde, passando por Argivai

Carlos Neves

Agroglobal é o nome de uma feira agrícola que decorreu entre 10 e 12 de Setembro no Cartaxo, em Valada do Ribatejo. Começou por ser a "Feira do milho" e passou a "Agroglobal" para abordar muitas outras grandes culturas. É uma excelente feira, que tive o gosto de visitar apesar da chuva que enlameou um relvado magnífico e impediu as demonstrações de maquinaria agrícola dos primeiros dias. Mas chamo-a aqui sobretudo para lhe pedir emprestado o nome para este artigo, porque o "mundo agro" é cada vez mais global, com os preços agrícolas a depender dos leilões na internetde produtos lácteos da Fonterra na Nova Zelândia ou da Bolsa dos contratos futuros de cereais em Chicago.

Um mundo "agroglobal" em que a crise na Ucrânia provocou um embargo russo aos produtos agrícolas europeus, em resposta às sanções da União Europeia à Rússia. Acontece que em 2013, entre as exportações europeias de produtos lácteos, a Rússia representava 33%  do queijo e 32% da manteiga; De Portugal havia também alguma exportação e perspetivas positivas para o futuro, embora os valores não sejam significativos. O perigo poderá vir indiretamente, como um dominó, se países tradicionalmente exportadores como Polónia, Alemanha ou Holanda, em desespero, decidirem despejar a qualquer preço algum leite sobrante do seu mercado para o mercado Ibérico. É certo que a União Europeia já concedeu alguns apoios para frutas, hortícolas e também para armazenagem de produtos lácteos, mas vozes avisadas disseram que os valores estão desatualizados e são insuficientes. Sendo um perigo, a baixa do preço ao produtor não é uma fatalidade, por vários motivos: porque já estamos muito abaixo da média comunitária, porque a nossa indústria pode e deve procurar outras oportunidades de exportação e porque o consumidor português prefere nacional, se formos capazes de comunicar bem a nossa mensagem.

Neste contexto de instabilidade "agro-global"temos de privilegiar os "circuitos curtos" do "mercado local". Por isso foi importante a realização de mais uma feira "Portugal Rural", a feira de atividades agrícolas de Vila do Conde. Mantendo as atividades que atraem e encantam pequenos e graúdos (exposição de animais, mostra de ordenha, exibições de cães, equitação, prova de BTT, etc), os stands das empresas agrícolas e associadas, teve como tema principal "O leite como produto agrícola e como alimento com variadas utilizações", sendo sintomático o caso da fábrica de chocolates imperial, também presente, que consome por ano 2,5 milhões de litros de leite para o fabrico do seu "chocolate de leite"). Presente também com um excelente stand esteve pela primeira vez a Lactogal, a promover o leite e produtos lácteos de forma pedagógica e com brindes para as crianças. Leite que os visitantes podiam depois comprar na "leitaria" da cooperativa, bem como outros produtos agrícolas no "mercado rural". A cereja em cima do bolo foi o stand temático, cuidadosamente preparado para mostrar a história do leite no concelho, a evolução da alimentação dos animais, da ordenha, da recolha e transformação e a "queijaria", onde todos os dias foi possível ver o fabrico artesanal e provar o queijo fresco. Enfim, foi mais edição para comunicar o trabalho agrícola e cativar os consumidores para o consumo do nosso leite e de outros produtos agrícolas locais.

Foi também importante o sucesso da "Agro-semana" realizada alguns dias antes no Espaço AGROS, em Argivai, Fronteira da Póvoa de Varzim com Vila do Conde. Importante pela apresentação de equipamentos e fatores de produção para os agricultores e produtores de leite, pela apresentação dos produtos locais da região nos stands cooperativos, pelo concurso regional da raça frísia, mas sobretudo por todo o conjunto de atividades que em clima de festa uniram os produtores em torno de um organização que estava distante e abriram um espaço que custou muito caro ao setor mas, já que está feito, deve ser utilizado por quem produziu e produz o "leite" que pagou a obra. Neste momento presente de geopolítica instável ou num futuro próximo sem quotas leiteiras, face ao perigo de oportunistas importarem leite para a indústria ou distribuição, é importante que os agricultores participem na gestão e usufruam dos seus espaços para que a União faça a força na defesa da sua atividade, do seu produto e de um rendimento digno através de um preço justo pago pelo leite produzido.

Carlos Neves

“Cool” também é coisa fria, senhora Ministra da Agricultura…



João Dinis

Há dias, no meio de uma reunião com jovens ligados ao CDS-PP, a Senhora Ministra da Agricultura resolveu extravasar a sua juvenilidade e usou de algum "calão" de gíria para embelezar a sua propaganda. Terá então afirmado que as políticas agrícolas estão "cool" (!..) em Portugal. E empolgada pelo ambiente, também ele certamente "cool", dessa mesma reunião partidária, anunciou publicamente, e pela primeira vez, que o novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) – alcunhado de "20-20" – vai abrir as respectivas candidaturas em meados de Novembro próximo.

Bem, ainda estamos para ver, preto no branco, como é que isso vai ser…

Mas aquilo que agora queremos destacar é o óbvio abuso da sua posição de Ministra pois o anúncio, assim feito pela primeira vez, privilegiou uma reunião com jovens do CDS/PP - partido ao qual a Senhora Ministra pertence - em detrimento ou mesmo em desrespeito pela informação em primeiro lugar devida a Órgãos de Soberania e  a Organizações Agrícolas.

Portanto, a Senhora Ministra da Agricultura não esteve nada "cool" do ponto de vista das suas responsabilidades democráticas e institucionais.

Porém, o pior de tudo é a senhora Ministra continuar a querer ignorar a dura realidade da Agricultura Familiar e do nosso Mundo Rural.  A Senhora Ministra da Agricultura só vê com um olho, o olho da grande agro-indústria e do grande agro-negócio. Mas até neste campo já não enxerga muito bem pois também não vê as dificuldades de alguns sectores da agro-indústria nacional – mesmo da mais estruturada - perante a "ditadura" comercial do grande agro-negócio. E o cego mais cego é aquele que não quer ver…Mas voltando nós à Agricultura Familiar, o contexto mantém-se "assassino" para pequenas e médias Explorações Agro-Familiares.

Com:

-- Novo surto geral de baixa de preços à Produção Nacional, inclusivé em Produções "jovens" e ditas "alternativas"; redução da Produção Nacional ( como por exemplo acontece com o Leite e com as Uvas nesta Vindima); Factores de Produção com os respectivos custos a manterem-se a níveis especulativos em que a especulação Fiscal imposta por sucessivos governos é das maiores estre as maiores; falta de controlo eficaz sobre as Importações de Bens Agro-Alimentares; ataques legislativos sem precedentes contra os Baldios enquanto propriedade comunitária, contra a Casa do Douro e o Património da Lavoura Duriense, contra a propriedade privada dos Pequenos e Médios Agricultores.

É um verdadeiro  "assalto " !

Então, o acima citada afloramento juvenil da Senhora Ministra – o "cool" – também significa "FRIO".

Sim, têm sido (muito) frias as políticas agrícolas e de mercados que nos são aplicadas contra a nossas vontade. São assim engendradas para servir os interesses multinacionais da grande agro-indústria e do grande agro-negócio em manifesto prejuízo da Agricultura Familiar e da qualidade da nossa alimentação mais comum. Até quando ?

Compete-nos continuar a luta por outras e melhores políticas capazes de nos aquecer o estômago e a alma. E a carteira também com a melhoria dos rendimentos das Explorações Agrícolas Familiares !

29 Setembro – 2014

João Dinis

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Indústria alimentar: 10 empresas que controlam (quase) tudo o que comemos


22 DE SETEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

O site "Food for Thought" reuniu as 10 principais empresas que controlam o mundo da alimentação, tendo por base o relatório de 2013, da Oxfam International. O relatório é fruto de uma investigação às políticas de funcionamento adotadas pelas empresas alimentares, ou seja, ao impacto das mesmas nas condições de trabalho dos funcionários, no meio ambiente, nas dietas, nos fornecedores, etc. Disponibilizando informações como as receitas de cada empresa e o seu lucro líquido, o site decidiu reunir informações base sobre cada uma delas.

Numa entrevista, o diretor do departamento de sector privado da Oxfam, nos EUA, discutiu o impacto que essas 10 empresas têm no mundo. "Se olhar para o sistema global alimentar (…) apenas um punhado de empresas pode ditar as escolhas alimentares, os fornecedores e a variedade de consumidores", disse Chris Jochnick.

1º – Associated British Foods

Com sede em Londres, a Associated British Foods consiste numa empresa multinacional de produção de alimentos, que tem marcado presença em mais de 46 países. Com receitas a rondar 15.8 mil milhões de euros a divisão de alimentação da empresa é considerada a maior do mundo. Esta opera fábricas de açúcar, vende produtos alimentares a clientes diretos, assim como, a indústrias, e fabrica produtos de consumo, como o chá Twinings e o óleo Mazola. Dona de marcas como a Primark, Ovomaltine e a Fleischmann, o lucro da multinacional é de 628 milhões de euros.

2º – Coca-Cola

Com lucros de 6.4 mil milhões de euros, a Coca-Cola está entre as marcas mais valiosas e famosas do mundo. No total, as vendas da coca-cola, ou seja, as receitas, chegaram aos 35.2 mil milhões de euros. Ao longo dos anos a marca tem apostado em inovar, e também, em apoiar diversas causas. Nomeadamente, a desigualdade feminina. Esta tem proporcionado trabalhos igualitários a mulheres que trabalham em fábricas de produção.

3º – Grupo Danone

Sendo a maior vendedora mundial de produtos lácteos, a empresa Francesa tem receitas de quase 22 mil milhões de euros. No que diz respeito ao mercado de vendas o seu maior consumidor é a Rússia, seguida da França, dos EUA e da Indonésia. Para além da venda deste tipo de produtos, a Danone está entre os maiores vendedores mundiais de produtos para bebés no início de vida assim como de águas engarrafadas. Os lucros do grupo rondam 1.5 mil milhões de euros.

4º – General Mills

Betty Crocker, Green Giant e Pillsbury são algumas das marcas mais conhecidas nos EUA que pertencem à General Mills. Com receitas que chegam quase aos 13.5 mil milhões de euros, a empresa teve das pontuações mais baixas por parte da Oxfam no que diz respeito às suas políticas referentes às alterações climáticas. Recentemente a General Mills anunciou algumas iniciativas que visam a redução de emissões de gases que causam o efeito de estufa, e uma maior transparência nos negócios com os fornecedores. Os lucros da empresa são de 1.3 mil milhões de euros.

5º – Kellogg Company

A Kellogg Company diz respeito a uma multinacional americana produtora de cereais como o "Frosted Flakes". Contudo, em comparação com as principais empresas de alimentos esta é a que regista, em termos de receitas, os valores mais baixos – 11.1 mil milhões de euros. Sendo uma das principais empresas produtoras de cereais do mundo e a segunda maior produtora de biscoitos, esta possuiu um grande número de marcas bem conhecidas, como a Keebler e a Pingles. Ao todo, a empresa produz mais de 1 600 alimentos diferentes comercializados em mais de 180 países. Os lucros chegam aos 1.3 mil milhões de euros. Apesar das baixas qualificações por parte da Oxfarm, a Kellogg pretende reduzir as emissões de gases.

6º – Mars Incorporated

Mars Incorporated é uma fabricante mundial de doces, rações para animais e outros produtos alimentares. Pertencendo à família Mars, esta diz respeito a uma mas maiores corporações privativas dos EUA. Com receitas a rondar 24.8 mil milhões de euros, a empresa é proprietária de algumas das marcas de chocolate mais populares do mundo: M&Ms, Milky Way, Snickers e Twix. Atualmente a Mars é a maior compradora de cacau do mundo. Contudo, os seus lucros não são conhecidos. Relativamente às suas políticas ambientais e de fornecedores, a empresa regista as pontuações mais baixas por parte da Oxfam.

7º – Mondelez Internacional

No ano de 2012 a Kraft Foods foi dividida em duas empresas independentes, a Kraft Foods Group e a Mondelez. Enquanto que o grupo Kraft Foods ficou com as marcas norte-americanas de supermercado, a Mondelez lançou-se nas marcas de doces, ou seja, a Cadbury, a Nabisco, a Oreo, a Trident, entre muitas outras. As receitas da empresa são de 26.5 mil milhões de euros, e os lucros 2.9 mil milhões. De acordo com a Oxfam, a Mondelez recebeu notas baixas relativamente às suas politicas face aos fornecedores e trabalhadores, assim como, questões ambientais.

8º – Nestlé

Das 10 principais empresas no mundo dos alimentos, a Nestlé consiste na maior com mais de 77.9 mil milhões de euros em receitas. Esta é, também, a empresa com melhor avaliação no que diz respeito às políticas adotadas. No relatório de 2013, a Oxfam destacou os esforços da Nestlé aquando da descoberta de abusos trabalhistas na cadeia de fornecimento de cacau na Costa do Marfim. Esta recebeu a pontuação mais alta relativamente à transparência de negócios, uso de água, e questões climatéricas. O lucro da empresa é de 8.4 mil milhões de euros.

9º – PepsiCo

A empresa PepsiCo – para além de possuir marcas de refrigerantes, como a Pepsi, Mountain Dew e Gatorade – controla marcas de alimentos como a Doritos, Quaker e Tostitos. Com receitas que chegam aos 49.9 mil milhões de euros, a PepsiCo representa uma das maiores anunciantes do mundo, pois a Pepsi é uma mas marcas mais valiosas. Apesar de ter um lucro de 5 mil milhões de euros, a empresa recebeu uma pontuação relativamente baixa em pelo menos uma área, por parte da Oxfam. Essa área consiste na responsabilidade de a empresa produzir produtos mais saudáveis.

10º – Unilever Group

Com sede na Holanda, os produtos da Unilever dizem respeito a alimentos e bebidas, tento também uma vertente ligada a produtos de uso pessoal. Com receitas de 51.5 mil milhões de euros, a empresa é proprietária de marcas como a Lipton, Bem&Jerry, Hellmann, entre outras. Dada a sua preocupação no que diz respeito a questões politicas relacionadas com o meio ambiente, trabalhadores e fornecedores, a Unilever Group registou a melhores classificações pela Oxfam. Com exceção da Nestlé, que na sua classificação global ficou no pódio das 10 empresas. O lucro da empresa é de 5 mil milhões de euros.

FONTE: Visão (via Anilact).

domingo, 28 de setembro de 2014

Pastel de nata com bolota dá primeiros passos no Alandroal

ÉVORA
por Sérgio Major, agência LusaHoje14 comentários

Rui Coelho, pasteleiro há mais de 40 anos, criou nova iguaria
Rui Coelho, pasteleiro há mais de 40 anos, criou nova iguaria Fotografia © Nuno Veiga/Lusa
Quase todas as pastelarias do país confecionam os tradicionais pastéis de nata, mas, na vila alentejana de Alandroal, um pasteleiro decidiu dar um "toque regional" à iguaria e introduziu farinha de bolota na receita.
O pastel de nata de bolota foi desenvolvido por Rui Coelho, pasteleiro há mais de 40 anos, e está a ser comercializado há cerca de três semanas na sua pastelaria, no centro de Alandroal, no distrito de Évora.
Numa cozinha, a poucos metros da pastelaria, o também empresário conta à agência Lusa que a ideia surgiu "há já alguns anos", devido à abundância do fruto da azinheira na região, e que a receita até já "estava mais ou menos criada, só faltava testar".
"Quis criar um produto do Alentejo, da nossa zona, onde há muita bolota, que só se dava aos animais", refere o pasteleiro, lembrando que, há uns anos, "fazia-se pão de bolota e até bolos de bolota".
"Ainda há quem tenha receitas", assinala.
Rui Coelho diz que a bolota encontra-se com facilidade na zona, mas que não foi fácil descobrir quem a transformasse em farinha, tendo desafiado "uma pessoa amiga" que já produzia de castanha a utilizar o mesmo processo com a bolota.
"Experimentei três ou quatro vezes para chegar à melhorar textura e dei a provar aos clientes", que aprovaram a experiência, realça, indicando que a farinha da bolota "não faz um creme tão espesso" e que foi necessário alterar o "ponto de açúcar".
O pasteleiro explica que a confeção do pastel de nata de bolota "não tem segredos" e revela que a alteração mais significativa na receita passa por colocar farinha de bolota no recheio em vez da farinha de trigo.
"As pessoas estão a gostar e acho que é um produto que tem pernas para andar", afirma Rui Coelho, ressalvando que, ainda assim, "há pessoas que não querem provar", por ser confecionado com bolota.
Mas, "quem prova fica fã", afiança.
Os clientes aprovam o pastel de nata de bolota e até há quem prefira a nova especialidade. O mais difícil é explicar as sensações quando se come.
"Só mesmo provando para saber as diferenças, porque não consigo explicar os sabores em si, mas é diferente do que estamos habituados e é bom", diz Luísa Pinto.
Ao lado, Nídia Clareu, outra cliente, também não sabe explicar a diferença entre o tradicional pastel de nata e o "novo" de bolota, mas diz: "É muito bom. Para mim, melhor".
Não foi a primeira vez que Rui Coelho se aventurou na criação de novos bolos ou doces. O pasteleiro tem outras "criações", como a delícia de bolota, o Pêro Rodrigues (com amêndoa) e o pastel de chícharo (leguminosa de origem árabe).

Ananás dos Açores está 'mais doce'

    
27/09/2014 11:23:47 542 Visitas   
O ananás dos Açores, produzido de forma biológica, está este ano "mais doce" devido à temperatura elevada registada no arquipélago, disse o presidente da Cooperativa Profrutos, que apesar das dificuldades acredita na sobrevivência desta cultura centenária.

"A qualidade foi bastante melhor este ano, dado que as temperaturas durante boa parte do ano foram mais elevadas. Acabou por trazer ao ananás um grau de doçura maior do que era habitual", afirmou Rui Pacheco, em declarações à Lusa, acrescentando que tradicionalmente o fruto estava associado a maior acidez.

O fruto rei nos Açores é cultivado em estufas, essencialmente nos concelhos de Ponta Delgada e Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, sendo que a produção anual é "cada vez menor" e atinge, actualmente, pouco mais de mil toneladas.

Apesar do "excelente ano" e dos "maiores cuidados dos produtores com o fruto", Rui Pacheco referiu que a exportação do ananás dos Açores corresponde, presentemente, a "quantidades diminutas", sem precisar números.

Além do consumo interno, os principais mercados do ananás açoriano são o nacional e o designado "mercado da saudade", sobretudo Estados Unidos da América e Canadá, onde residem muitos emigrantes açorianos.

O ananás de São Miguel é originário da América do Sul e Central, tendo sido introduzido no arquipélago como planta ornamental em meados do século XIX, enquanto as primeiras explorações de carácter comercial surgiram em 1864.
A produção do ananás desde a toca até ao fruto pronto a colher leva cerca de dois anos.

O presidente da Cooperativa Profrutos recordou que o ananás dos Açores, que sobrevive com apoios à produção da União Europeia, tem como grande concorrente o abacaxi, que é vendido no mercado "bem mais barato".

No Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores (INOVA) estão em curso vários estudos para melhorar e reduzir custos de produção do ananás, cujos resultados Rui Pacheco não acredita que venham a ser implementados, porque em "qualquer investimento desta natureza o retorno não se consegue em poucos anos".

"Devia era haver apoios para a manutenção [das estufas existentes], o que sai da lógica dos economistas, que dizem que a manutenção deverá sair do resultado da exploração", afirmou Rui Pacheco, para quem a produção de ananás nos Açores merecia uma atenção especial, pois, caso contrário, "vai desaparecendo".

Segundo explicou, a manutenção das estufas, feitas em madeira e vidro, "é muito cara", exigindo pinturas exteriores de dois em dois anos e, no interior, de quatro em quatro.

"É uma cultura mais do que centenária. É um ex-libris aqui da ilha. Já não irá atingir o auge ou aquelas quantidades de outrora, mas julgo que continuará a ter um certo espaço comercial", disse o presidente da Cooperativa Profrutos.

Este ano, em Novembro, comemoram-se os 150 anos do início da exportação do ananás dos Açores, para a Inglaterra.

Lusa/SOL

Produtores de tomate querem reunir-se com ministra

26.09.2014  17:07

Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate quer sensibilizar a governante para a situação dos associados.
A Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate (APPT) quer reunir-se com a ministra da Agricultura para a sensibilizar para os elevados custos dos seguros e o preço baixo pago à produção, disse o presidente da instituição.

Segundo o presidente da APPT, cerca de 30% da produção de tomate está ainda na terra e, a prosseguirem as chuvadas, como se espera de novo no fim de semana, perspetiva-se que muito fique por apanhar. "Setembro é um mês forte na apanha e quase não se colheu nada devido às chuvas constantes que caem desde 6 de setembro", disse, adiantando que são cerca de 400 mil toneladas de tomate as que se encontram ainda em 4500 dos perto de 17 mil hectares plantados na região, o que poderá originar um prejuízo estimado em 30 milhões de euros.

Amândio de Freitas, que esta sexta-feira acompanhou jornalistas numa visita aos campos de tomate do Ribatejo, destinada a mostrar o que ainda está por apanhar devido às chuvas que têm caído desde 6 de setembro, disse que muitos produtores não fizeram seguros devido ao seu elevado custo.

FAO quer segurança alimentar «no centro dos esforços» no combate às alterações climáticas


O diretor geral da FAO considerou hoje que a segurança alimentar «deve estar no centro dos esforços» no combate às alterações climáticas e defendeu a adoção de sistemas alimentares sustentáveis para reduzir a fome no mundo.
Discursando na Cimeira do Clima nas Nações Unidas, José Graziano da Silva assinalou que não se pode apelar para desenvolvimento sustentável quando «a fome ainda esbulha mais de 800 mil pessoas da oportunidade para levar uma vida decente«»
Um relatório da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), recentemente lançado, indica que o número de pessoas a passar fome crónica foi reduzido em 100 milhões na última década, mas, «hoje, 805 milhões de pessoas ainda passam sem o suficiente para comer em uma base regular».
Diário Digital / Lusa

Empresa aproveita resíduos da colheita de arroz para fabricar pneus

A Goodyear está a aproveitar os resíduos da casca de arroz, enviados normalmente para as lixeiras, como material para fabricar pneus eficientes, revelou a empresa. Assim, a companhia anunciou esta quarta-feira que utilizará as cinzas produzidas pela queima da casca de arroz para produzir electricidade, assim como uma fonte ecológica de sílica para a produção dos seus pneus.

 
Durante os últimos anos, a Goodyear tem testado a sílica derivada da cinza de casca de arroz no seu Centro de Inovação e descobriu que o seu resultado no desempenho do pneu é igual ao de sílica proveniente de fontes tradicionais. A empresa, entretanto, está a negociar com potenciais fornecedores a compra de sílica proveniente da cinza de casca de arroz para utilizar na produção dos seus pneus.
 
«A utilização de cinza de casca de arroz proporcionará à Goodyear uma fonte alternativa de sílica, reduzindo simultaneamente a quantidade de casca de arroz enviada para as lixeiras», declarou Joseph Zekoski, director técnico. «Esta acção ilustra, uma vez mais, o compromisso da Goodyear para com a inovação e protecção do ambiente.»
 
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, mais de 700 milhões de toneladas de arroz são colhidos anualmente em todo o mundo, e a eliminação da casca de arroz constitui um desafio ambiental. Na sequência disto, a casca de arroz é frequentemente queimada para produzir electricidade e reduzir a quantidade de resíduos enviados para as lixeiras.
 
A sílica é misturada com borracha nos rastos de pneus para aumentar a força da borracha e ajudar a reduzir a resistência ao rolamento e, por conseguinte, melhorar a eficiência do combustível. A sua utilização pode igualmente ter um impacto positivo na tracção de um pneu sobre o piso molhado.
 
«Os esforços de inovação da Goodyear estão concentrados na produção de pneus mais ecológicos – quer nos seus materiais, quer no seu desempenho e no processo de produção», declarou Zekoski. «Por exemplo, continuamos a explorar maneiras para aumentar a eficiência dos pneus em termos de consumo de combustível. Esforçamo-nos para ajudar os consumidores a manter o melhor funcionamento dos seus pneus, através de inovações como a tecnologia de manutenção do ar (AMT - Air Maintenance Technology), que permite manter a pressão do pneu e estamos a analisar recursos renováveis, incluindo óleo de soja, para substituir nos pneus os materiais à base de petróleo.»
 
Para mais informações visite o site http://www.goodyear.com/responsibility.

EUA: Seattle vai multar quem desperdiçar comida


A cidade de Seattle, no noroeste dos Estados Unidos, criou uma lei para multar residentes e estabelecimentos comerciais por desperdiçar comida.
Segundo as novas regras, as famílias serão multadas em 1 dólar se os seus caixotes de lixo contiverem mais de 10% de restos de comida, enquanto que estabelecimentos comerciais e prédios residenciais pagarão 50 dólares.
A cidade já recicla 56% de seu lixo, mas quer aumentar a taxa para 60% até 2015.
Seattle, no Estado de Washington, é a segunda cidade americana depois de São Francisco a tornar obrigatória a compostagem como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A compostagem é o processo de decomposição do lixo em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura.
Até 40% da comida nos EUA é desperdiçada, segundo um relatório do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais.
Apenas 5% dos restos de alimentos são submetidos à compostagem, segundo a Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).
A cidade vai começar a emitir avisos a partir de 1 de Janeiro de 2015 e a multar clientes após 1 de Julho, prevê a lei, que foi aprovada por unanimidade.