sábado, 17 de maio de 2014

Álvaro Mendonça é o novo Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária


por Sónia Ramalho
15 de Maio - 2014
Álvaro Mendonça Iniciou hoje funções como Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária, substituindo no cargo Maria Teresa Villa de Brito.

 
Na Proposta de Designação para o cargo de Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária – Procedimento Concursal Nº 252_CRESAP_181_11/13, datado de 6 de março de 2014, o júri apresentou ao membro do Governo, nos termos do nº 6 do art.º 19 da lei 64/2011, de 22 de dezembro, três candidatos: Álvaro Luís Pegado Lemos de Mendonça, Maria José Marques Pinto e Miguel Ângelo da Costa Lemos Fernandes.

Álvaro Mendonça é licenciado em Medicina Veterinária, Doutor em Ciências Veterinárias e exerceu funções de Professor-adjunto no Instituto Politécnico de Bragança – Escola Superior Agrária de Bragança.

Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras, Álvaro Mendonça terminou o curso de Medicina Veterinária em 1982, na Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, com média final de 15 valores. Frequentou o curso de mestrado em Ciência e Engenharia dos Alimentos da Universidade Técnica de Lisboa, no ano letivo de 1989-1990, tendo concluído a parte curricular com a média de 16 valores. Concluiu o doutoramento em Ciências Agrárias, área de Medicina Veterinária, em 2003, com a classificação de Aprovado com distinção e louvor.

Professor-adjunto, com nomeação definitiva, desde 1999, na Escola Superior Agrária de Bragança, onde é responsável pelo grupo de disciplinas de Tecnologia dos Produtos de Origem Animal; foi vice-presidente do conselho científico da Escola Superior Agrária de Bragança entre outubro de 1999 e maio de 2000.

Exerceu as funções de diretor do curso de Engenharia Agronómica, ramo de Zootecnia, de 2002 a 2005. Exerceu as funções de coordenador do Departamento de Zootecnia de 2002 a 2005.

Publicou trabalhos e apresentou posters em diversas reuniões científicas em áreas ligadas à sanidade animal, segurança alimentar e análise sensorial.

Descartada possibilidade de caso de vaca louca no Brasil



O caso de ocorrência da proteína da doença das vacas loucas numa fazenda do Mato Grosso, no Brasil, foi considerado um caso atípico pelo laboratório de Weybridge, do Reino Unido, que considerou segura a carne bovina brasileira.
O caso em questão foi descoberto em abril deste ano pelo Laboratório Agropecuário em Pernambuco, instituição brasileira de referência para o diagnóstico de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, nome científico para a doença das vacas loucas.
Na sequência, o tecido nervoso do animal, abatido em março, foi enviado ao laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), no Reino Unido.
Após os exames, o laboratório considerou o caso uma ocorrência "atípica" da proteína EEB, que ocorre de forma "esporádica e espontânea", sem relação com a ingestão de alimentos contaminados.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença degenerativa não-transmissível que afeta o sistema nervoso central dos animais a partir de uma proteína infectante conhecida como "príon".
No caso da EBB clássica, o gado adquire a proteína a partir de alimentos contaminados, o que deve ser combatido tendo em conta a facilidade da transmissão para outros animais.
Já no caso da EBB atípica, o "príon" é ligeiramente diferente e normalmente surge em animais mais velhos e não apresenta perigo de transmissão. O caso atípico é uma manifestação rara da doença, cujas causas ainda não foram totalmente esclarecidas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a corpo do animal com EBB atípico foi incinerado e "nenhum de seus produtos ingressaram na cadeia alimentar".
As autoridades brasileiras garantem ainda que todas as propriedades por onde o animal havia circulado foram avaliadas sem qualquer constatação de outros casos entre os animais dessa fazenda.
As embaixadas brasileiras em países importadores de carne bovina do país foram colocadas à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.
Diário Digital com Lusa

Conferência "Agricultura de Precisão" na UTAD

CONFERÊNCIA "AGRICULTURA DE PRECISÃO" NA UTAD
12 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

Na continuidade do Ciclo de Conferências do Departamento de Agronomia (DAgro) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), aquela universidade irá realizar a Conferência "Agricultura de Precisão", organizada por Fernando Augusto dos Santos, docente-investigador do DAgro.

A Conferência "Agricultura de Precisão" realizar-se-á no dia 23 de maio de 2014 , pelas 14.30 horas, no Auditório das Ciências Agrárias da UTAD.

A agricultura de precisão (AP) é uma técnica baseada na aplicação dos fatores de produção e na execução das operações culturais, de acordo com a variabilidade do meio. Esta técnica permite gerir diferenciadamente áreas com caraterísticas distintas, em vez de as considerar como um todo, evitando-se, assim, a aplicação de uma taxa única de fatores e a execução das operações culturais de uma forma uniforme. Com esta metodologia evitam-se as sobre e sub aplicações dos fatores de produção nas diferentes partes homogéneas de uma parcela tratando-se assim o meio de acordo com as suas especificidades.

Cada vez mais a Agricultura de Precisão é considerada como um sistema de gestão da produção agrícola tendo como objetivo principal a otimização dos sistemas de produção em função da variabilidade espacial da produção.

A participação é gratuita não necessitando de qualquer inscrição.

Para mais informações clique aqui: http://agrotec.pt/?attachment_id=8611

CDU vê PS inquieto e condena aprovação da reforma da PAC

POLÍTICA

«O que inquietará o PS? Não deveria estar mais preocupado em combater as políticas do Governo?», questionou João Ferreira

Por: Redacção / EC    |   2014-05-12 16:00

A Coligação Democrática Unitária (CDU) descreveu o maior partido da oposição, PS, como inquieto e «mais preocupado com a alternância do que com uma verdadeira alternativa», condenando a aprovação em Bruxelas da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

«Criticámos a decisão do Governo de aceitar uma reforma da Política Agrícola Comum que é ruinosa para o nosso país, mas o PS esteve lá a aprová-la também. Estamos aqui numa iniciativa com agricultores e é importante dizer que PS, PSD e CDS votaram essa reforma juntos», disse o eurodeputado comunista e recandidato João Ferreira.

O cabeça de lista da coligação que junta ainda «Verdes» e Intervenção Democrática ao PCP reuniu-se, esta segunda-feira, com responsáveis da Confederação Nacional da Agricultura, em Coimbra.

«O que inquietará o PS? Não deveria estar mais preocupado em combater as políticas do Governo que nos trouxeram à situação desastrosa em que se encontra agora o país?», questionou, relativamente a declarações por parte dos socialistas que incitaram CDU e Bloco de Esquerda a lutar contra a maioria PSD/CDS-PP em vez de escolherem o «partido rosa» como alvo.

João Ferreira adiantou uma explicação: «Creio ser visível e claro que há, neste momento, em torno da CDU e suas propostas um reconhecimento de que, de facto, há aqui uma força que é diferente daqueles que têm sido todos iguais nos últimos anos. Isso, eventualmente, inquietará aqueles que estarão mais interessados numa alternância, numa dança de cadeiras, do que numa verdadeira alternativa».

O também vereador da Câmara Municipal de Lisboa considerou a nova reforma da PAC «prejudicial porque desmantela quaisquer instrumentos de regulação da produção ainda existentes, nomeadamente as quotas leiteiras».

«É uma reforma desastrosa para Portugal porque mantém desigualdades inaceitáveis na distribuição das verbas da PAC entre países. Há, pelo menos, 20 anos que se fala numa convergência nos pagamentos entre países. Essa convergência voltou a ser adiada até 2030. Os agricultores portugueses continuam a ter de competir num mercado livre e desregulado com produtores que recebem duas ou três vezes mais os pagamentos por hectare», lamentou.

Ministra da Agricultura e Governo tratam agricultores como “indigentes”, acusa dirigente da CNA


MARIA LOPES 12/05/2014 - 22:05
CDU reuniu em Coimbra com CNA, teceu críticas às opções socialistas para o sector e propôs quotas obrigatórias para a produção nacional no comércio.

 
João Ferreira teve um encontro com a CNA MIGUEL MANSO
 
Um dirigente da CNA – Confederação Nacional da Agricultura acusou esta segunda-feira a ministra da Agricultura e o Governo de tratarem a "grande parte dos agricultores portugueses, especialmente os pequenos agricultores como se fossem indigentes".

João Dinis, que recebeu esta segunda-feira à tarde a delegação da CDU encabeçada pelo candidato João Ferreira, e com o qual admitiu ter "uma afinidade grande nas preocupações", acusou Assunção Cristas de "não ser ministra da Agricultura de Portugal". E apontou: "Ela comporta-se como um agente ao serviço do grande agro-negócio, das grandes multinacionais, incluindo da manipulação genética. Nesse contexto, das grandes explorações que nem sequer pagam impostos em Portugal, é que a senhora ministra se sente bem."

Em contraponto a esta política que beneficia os grandes interesses, a ministra e a equipa de Passos Coelho "estão a querer impor aos agricultores, em especial aos pequenos agricultores, que tenham que pagar ainda mais impostos com as novas imposições fiscais e permitem simultaneamente que as grandes empresas, as grandes celuloses, as grandes empresas de importação e exportação, o qrande agro-negócio, venham apanhar os apoios públicos em Portugal e degradar os nossos recursos naturais"

É neste contexto, acrescenta João Dinis, que a ministra "se porta como peixe na água. Ela gosta é do grande agro-negócio, da grande agro-indústria. As dezenas e dezenas de milhares de agricultores familiares, na cabeça da sra. ministra eles são é indigentes. Este Governo e esta ministra tratam a grande parte dos agricultores portugueses, especialmente os pequenos agricultores como se fossem indigentes."

Quotas para a produção nacional, pede a CDU
Admitindo "afinidade grande entre as preocupações e posições da CNA e o candidato da CDU", João Dinis identificou ideias comuns sobre "defesa e promoção da agricultura familiar portuguesa, da soberania alimentar, da qualidade alimentar e no combate a estas políticas agrícolas (…) que estão a dar cabo da agricultura familiar portuguesa, a arruinar cada vez mais o mundo rural e a atirar Portugal para um défice agro-alimentar bastante perigoso".

O candidato da CDU, João Ferreira, disse que um dos pontos da agenda com a CNA foi precisamente a PAC, que trouxe medidas já confirmadas como "ruinosas para a agricultura nacional". Por exemplo, a abolição definitiva das quotas, em especial das quotas leiteiras, poderá gerar "uma situação liquidatária do sector a nível nacional, um encharcamento de produção estrangeira no mercado nacional a preços verdadeiramente ruinosos para os nossos agricultores".

Estas condições poderão ainda degenerar numa "completa desregulação dos mercados" se a isto se somarem os acordos de livre comércio "que o PS e os partidos do Governo já disseram defender", avisou João Ferreira, reforçando a aliança entre socialistas, centristas e sociais-democratas.

O candidato aproveitou para enumerar algumas propostas da CDU "distintivas" e "inovadoras", como a instauração de um princípio de preferência da produção nacional sobre a produção importada, sobretudo em países como Portugal, que enfrentam défices no plano agro-alimentar; ou a instauração de quotas de comercialização obrigatória de produção nacional; ou a convergência nos pagamentos da PAC iguais para todos os países.

Quantos projectos de jovens vão sobreviver?
Segundo o dirigente da CNA, o país está a ser sujeito "às importações sem controlo e isso contribui para a falta de escoamento, para a baixa dos preços da produção nacional, para a ruina das explorações familiares, para o aumento do défice da balança de pagamentos agro-alimentar".

A confederação irá reunir com candidatos de outras listas, que também deverão ouvir o discurso crítico de João Dinis. "Os agricultores têm todas as razões para pensar bem na vida, para pensarem a quem têm entregue o seu voto nas sucessivas eleições e o que tem acontecido à sua vida e deixarem de entregar o voto a quem os tem enganado."

Questionado pelo PÚBLICO, João Dinis mostrou ter grandes dúvidas sobre o panorama aparentemente bom que o Governo tem apresentado sobre a aposta na agricultura. É um facto que tem mais jovens a candidatarem-se a projectos na agricultura devido ao aumento do desemprego noutros sectores e devido aos incentivos de arranque, diz o dirigente. O problema é o depois.

ANEFA questiona medida do governo para limpeza da floresta

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente



"A nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas"

Após o anúncio de ontem, dando conta do protocolo assinado pelo Governo para a limpeza de florestas recorrendo a desempregados e a beneficiários do subsídio de reinserção social, a ANEFA não poderia de deixar de manifestar a sua preocupação por mais esta "acção mediática" que em muito pouco beneficiará a floresta.

Sendo a ANEFA a única associação que representa os que fazem floresta, na verdadeira acepção da palavra, desde o projeto, ao viveirista, ao preparador de terreno, plantador e à exploração florestal, é com alguma apreensão que voltamos a olhar para esta questão, anteriormente tão debatida.

A ANEFA não considera impróprio o trabalho comunitário, que envolva a sociedade nos problemas da nossa floresta, pois sendo esta um bem comum, é por todos desejável que esta seja valorizada e preservada. No entanto, as acções de limpeza florestal requerem meios e equipamentos específicos, e formação adequada e exigida por lei, que está deste modo a ser subvalorizada.

Resta saber se estas equipas vão ser acompanhadas e por quem, e quanto dinheiro se gastará a equipa-las com o EPI´s necessários…

Não é a primeira vez que este Governo tenta "fazer parecer" que qualquer pessoa pode trabalhar no sector florestal, o que demonstra alguma falta de consideração por quem nele labora. Se a floresta é um dos maiores sectores exportadores do nosso país, é porque há empresas com pessoas especializadas e com formação académica para o fazer, e que utilizam as tecnologias mais recentes que existem por todo o mundo.

Ainda sobre o anúncio ontem avançado, que refere que "três ministros assinaram um protocolo que dá emprego de curta duração a mais de duas mil pessoas", o chamado "Trabalho Social pelas florestas que permite acelerar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho", a Direcção da ANEFA considera que este revela um desconhecimento profundo do sector florestal, pretendendo saber que estruturas vão depois "absorver" estes dois mil novos trabalhadores e em que condições. A ANEFA questiona ainda onde e com que "regras" será efectuado este trabalho, uma vez que este não deve entrar em concorrência com as empresas especializadas neste sector.

Não podemos esquecer que as PME`s do sector florestal são responsáveis pela criação de postos de trabalho no mundo rural, colmatando o êxodo das populações, pela consolidação de investimento duradouro e pela geração e perduração de riqueza privada, sendo esse um factor preponderante para a economia portuguesa.

Parece-nos ainda estranho que as empresas há muito que não tenham este tipo de trabalho, por falta de capacidade de investimento, se vejam agora ultrapassadas por um protocolo assinado, envolvendo pessoal não especializado. Será que vamos depois enviar o pessoal especializado para o desemprego??!!!

Seria legítimo questionarmos como se sentiria a classe política se agora, enquanto contribuintes, substituíssemos os governantes pelos desempregados, na óptica de "acelerar o seu regresso ao mercado de trabalho"… já o nosso Primeiro-ministro dizia que o desemprego pode ser visto como uma nova oportunidade para mudar de vida…

Todos os esforços em prol do sector florestal são válidos, mas de facto "a nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas".

Incêndios florestais em debate no Parlamento

ACRESCIMO

Foi ontem, 13 de maio, aprovado por unanimidade, em sessão plenária no Parlamento, o projeto de resolução apresentado pelo Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído por iniciativa da Presidente da Assembleia da República.

Numa análise generalista, o projeto em si e o resultado da sua votação evidenciam duas potenciais vicissitudes. Uma delas pode ser fatal, a outra é historicamente negativa.

A que é potencialmente fatal resulta da abordagem realizada, aparentemente muito centrada do acessório e demasiadamente pouco no essencial. É notória a persistência de uma abordagem pela consequência, pouco pela causa.

Os incêndios florestais são uma das consequências, especialmente no que à sua propagação respeita, da inviabilidade do negócio florestal em parte significativa do território nacional, caso das regiões onde predomina o minifúndio, as de produção lenhosa e com impacto significativo ao nível do êxodo rural.

Num país em que 98% das superfícies florestais são detidas por privados, negócio, rendimento e mercados são conceitos que não podem estar ausente, ou têm de ter peso preponderante na problemática dos incêndios florestais.
A que é historicamente negativa decorre do resultado da votação.

As questões que às florestas respeitam não são aparentemente ideologicamente fraturantes. O facto, à primeira vista positivo, pode contudo não ser benéfico no plano executivo.

A aprovação por unanimidade de projetos ou de diplomas no Parlamento, respeitantes à problemática florestal, nem sempre tem a consequência desejada ao nível da sua concretização ou implementação.

O caso flagrante decorre do processo de aprovação e posterior regulamentação da Lei de Bases da Política Florestal, Lei n.º 33/96, de 17 de agosto. Poderia ser um caso irrelevante, todavia não o é. Esta lei, decretada pela Assembleia da República, passados quase 18 anos continua por regulamentar em múltiplos domínios, seja ao nível dos seus objetivos, seja ao nível das medidas e dos instrumentos de política florestal, isto para nem citar as ações com caráter prioritário.

Numa análise mais específica, as citações às Forças Armadas, aos Canadairs, são repetições do passado e que nada contribuem para a resolução do problema, quanto muito são paliativos.

Já as recomendações com impacto nos rendimentos dos proprietários florestais, na abertura de novos mercados e na reorganização da Administração, com a centralização numa única entidade dos pelouros da prevenção e do combate, parecem centrar-se no essencial desta problemática.

Lisboa, 14 de maio de 2014

Ministro aponta redução de ignições como prioridade no combate aos fogos



O ministro da Administração Interna garantiu hoje que Portugal está preparado para época de incêndios, mas que o fundamental é reduzir as ignições que, em 2013, atingiram 400 por dia.

Em Braga, à margem de uma acção no âmbito da Capital Jovem da Segurança Rodoviária, Miguel Macedo realçou que reforço de meios financeiros e aéreos para a época de incêndios que se aproxima.

"Estamos preparados no quadro do dispositivo que temos. Quando temos, como tivemos o ano passado, dias com 400 ignições, evidentemente qualquer país tem dificuldades em lidar com essa realidade", alertou.

Assim, o ministro apontou uma prioridade para esta época de fogos: "Reduzir as ignições é que é fundamental. Quando se tem 400 ignições num dia temos o dispositivo dispersos por muitas coisas".

Macedo garantiu ainda que "não há redução" de meios nem de vigilância, antes pelo contrário.

"Há reforço de meios financeiros, cerca de 6 milhões mais do que aquilo que gastamos o ano passado inicialmente", apontou, relembrando que o dispositivo para este ano já foi apresentado.

"Vai haver mais meios aéreos, vai haver também constituição de mais equipas de bombeiros, num total de 250, que vão estar em permanência no combate aos incêndios florestais", disse.

Fonte:  Lusa

Incêndios florestais: Grupo de trabalho recomenda mais qualificação no combate

O grupo de trabalho da Assembleia da República sobre incêndios florestais recomendou "mais qualificação", no dispositivo de combate, e defendeu "maior coordenação" de comando, "em função do risco".

O deputado do PS Miguel Freitas, relator do Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, vincou a necessidade de "uma maior racionalidade do sistema e maior estabilidade e qualificação no dispositivo de combate".

O socialista salientou que o grupo de trabalho, que reuniu os contributos de deputados de todos os partidos com assento parlamentar, defendeu ainda que se "deve concentrar numa única autoridade" a prevenção e o combate aos incêndios florestais, que, no ano passado, provocaram dez mortos, entre os quais oito bombeiros.

Miguel Freitas frisou ainda que os deputados recomendam também "uma maior racionalidade" no combate aos incêndios florestais, apontando que é preciso "mais estabilidade, desde logo, e assegurar uma estrutura orgânica".

No debate do plenário da Assembleia da República, o deputado salientou que o grupo de trabalho sugere que se devam evitar "as rotações da direcção e do comando" da Autoridade Nacional de Protecção Civil, de forma a "garantir estabilidade" e "criar um sistema que permita maior resposta".

"Para que o dispositivo de combate aos incêndios florestais tenha mais estabilidade, é necessária a componente profissional", disse.

O grupo de trabalho propôs igualmente a criação de "uma carreira de gestor de emergência" e sublinhou a importância da "prevenção" e dos meios aéreos, além de recomendar que é preciso "uma autoridade única", que congregue a prevenção e o combate aos incêndios florestais.

O Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar, será submetido a votação hoje como projecto de resolução da Assembleia da República.

Fonte:  Lusa

Ministra da Agricultura garante mais 3ME para prevenção de incêndios florestais


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu hoje mais três milhões de euros de dotação para o Fundo Florestal Permanente, verba que permitirá contribuir para a prevenção de incêndios florestais.

Assunção Cristas disse no plenário do parlamento, no debate do Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, que o acréscimo da verba permitirá que "o Exército esteja no terreno para limpar a mata".

A governante também notou que o montante possibilitará "reequipar as equipas de sapadores", que, até 2020, deverão atingir o meio milhar.

A ministra anunciou ainda que, este ano, "está-se a trabalhar em dez novas equipas de sapadores" e que "mais estão previstas no próximo quadro financeiro".

O plenário debate hoje o Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, que resulta de um trabalho de cinco meses de deputados de todos os partidos com assento parlamentar.

O relatório será votado hoje no plenário como projecto de resolução da Assembleia da República.

Em 2013, os incêndios florestais provocaram dez mortos, entre os quais oito elementos de corporações de bombeiros.

Fonte:  Lusa

Vinhos históricos de Colares são postos à prova em Seteais



Os Vinhos Históricos de Colares, pertencentes à região vitivinícola de Lisboa, vão ser postos à prova na próxima terça-feira, dia 20 de Maio, pelas 13h00, no Tivoli Palácio de Seteais.

O objectivo é dar a conhecer aos portugueses estes vinhos produzidos há mais de mil anos, mas que são desconhecidos do grande público.

"Os portugueses não bebem vinhos históricos porque não os conhecem. Em Portugal temos vários exemplos, mas Lisboa é a região com mais vinhos históricos – Colares, Encostas d'Aire e mesmo o Carcavelos", afirma Vasco d'Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

Os Vinhos de Colares apresentam características únicas, tais como o facto de as videiras serem plantadas de 'pé-franco'.

"As videiras que dão origem a estes vinhos de Colares, são plantadas sem serem enxertadas. Isto já de si é único e raríssimo. As videiras são plantadas em terrenos de areia, por vezes, nos 8 metros de profundidade, para ficarem 'unhadas' na argila subjacente. Para além disso, estas vinhas são conduzidas em sistema rastejante, havendo necessidade de 'levantar os pontões', na altura em que começam a aparecer os cachos", explica o presidente.

Para que os roedores não ataquem os cachos, os produtores espalham cabelo humano no «chão de areia», o que definitivamente afasta coelhos, entre outros.

Os vinhos brancos desta Denominação de Origem Controlada (DOC) são produzidos, de forma recomendada, a partir da casta Malvasia, enquanto que os tintos são produzidos a partir da casta Ramisco.

Os principais mercados destes vinhos, que se situam num segmento de preço alto e cuja produção é de cerca de 50 mil garrafas por ano, são o inglês, americano e os hotéis e restauração de luxo (HORECA) portugueses.

Durante a manhã, cada produtor de Colares DOC presente, irá dar a conhecer, entre outros vinhos, as suas novas colheitas, num total de mais de 20 referências para prova.

O 'III Almoço de Colares' será, também ele, harmonizado com os vinhos históricos desta região, numa sessão organizada pela cadeia Tivoli, proprietária do conhecido Hotel de Seteais, e que conta com o apoio da CVR Lisboa e da Câmara Municipal de Sintra.

Fonte:  PressMedia

João Ferreira (CDU): «Portugal foi empobrecido» na agricultura e investigação

15-05-2014 às 12:331

João Ferreira (CDU): «Portugal foi empobrecido» na agricultura e investigação


«Portugal não é um país pobre, foi empobrecido pelas decisões, muitas tomadas em Bruxelas», defendeu esta quinta-feira o eurodeputado da CDU após uma visita a instalações da Universidade de Évora, onde defendeu a revisão da Política Agrícola Comum (PAC).
João Ferreira visitou a antiga herdade da Mitra, onde estão instalados os ramos de veterinária, zootecnia, engenharia agrária e agronomia (fitotecnia) daquela instituição eborense e apelou também ao reforço na investigação científica.
«Temos recursos e o enorme potencial que temos pode contribuir para tirar o país do buraco em que o meteram. Portugal não é um país pobre, foi empobrecido pelas decisões, muitas tomadas em Bruxelas, como a PAC e a sua revisão. Há que fazer uma profunda modificação, reconhecendo as especificidades de cada Estado-membro em termos de produção e quotas e acabar com as desigualdades», afirmou o recandidato comunista.
O também vereador da Câmara Municipal de Lisboa manifestou-se contra o acordo de livre comércio com os Estados Unidos, uma vez que considera tratar-se de mais um «duro golpe» para os produtores portugueses.
A comitiva da CDU visitou o hospital veterinário local, ficando a conhecer laboratórios, consultórios e até o bloco operatório, com uma das salas a funcionar em pleno na intervenção cirúrgica a um cão.
Antes, João Ferreira reuniu-se com os responsáveis do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAN), que congrega mais de 200 investigadores, embora apenas 87 tenham um vínculo efetivo à instituição.
Os dirigentes do ICAAN lamentaram a exiguidade do financiamento através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e explicaram tratar-se apenas de um «apoio basal» e que o grosso dos fundos que permitem a investigação nas diversas áreas chega, em grande parte, através de concursos europeus ou de mecenato por parte de grandes empresas e também pela prestação de serviços, nomeadamente de veterinários.
O ICAAN lançou recentemente um «Livro Verde do Montado» - o ecossistema típico do Alentejo, com sobreiros e também azinheiras - e planeia, juntamente com instituições espanholas, vir a lançar uma Estratégia Ibérica do Montado, algo que João Ferreira se comprometeu a apoiar caso venha a ser reeleito.
Diário Digital/Lusa

Regiões vitivinícolas pedem que EUA renuncie ao uso de indicações geográficas europeias


14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

A Assembleia das Regiões Vitivinicolas (AREV) na sua 22ª reunião plenária acordou por unanimidade uma resolução com o acordo de livre comércio EUA-UE.

A AREV solicitou a Comissão Europeia e os negociadores do setor vitivinícola que redijam a assinatura do acordo para a obtenção:

- da renúncia definitiva dos EUA em utilizar, quer sobre o seu mercado interno quer no externo, as 17 indicações geográficas europeias, chamadas "semigenéricas", ainda que acompanhadas por expressões como "do género", "do tipo". As indicações são: Burgundy, Chabalis, Champagne, Chianti, Claret, Haut-Sauterne, Hock, Madeira, Málaga, Marsala, Moselle, Porto, Retsina, Rhine, Sauterne, Jerez e Tokaj;

- a renúncia definitiva pro parte dos EUA a utilizar, quer no mercado interno quer externo as menções tradicionais europeias seguintes: château, classic, clos, cream, crusted/crusting, fine, late bottled vintage, noble, ruby, superior, sur lie, tawny, vintage e vintage character;

- obrigação para os EUA de garantir o respeito das práticas enológicas reconhecidas pela Organização Internacional da Videira e do Vinho (OIV) para todos os vinhos exportados para o mercado europeu.

- isenção de certificado de homologação da etiqueta (COLA) para os vinhos europeus;


- reconhecimento do "vino biológico" europeu em virtude dos Regulamentos (CE) Nº 834/2007 e 889/2008

Na reunião plenária saiu reeleito como presidente Jean-Paul Bachy.



Prémios inovação Crédito Agrícola - Agricultura, Agro-Industria e Florestal

PRÉMIOS INOVAÇÃO CRÉDITO AGRÍCOLA – AGRICULTURA, AGRO-INDÚSTRIA E FLORESTA
14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

A Rede INOVAR e o Crédito Agrícola encontram-se a dinamizar em parceria um conjunto de iniciativas de promoção à inovação nos setores agrícola, alimentar e florestal nacionais, entre as quais os "Prémios Inovação Crédito Agrícola – Agricultura, Agro-Indústria e Floresta". Este é um concurso público que tem como objetivo selecionar, divulgar e premiar projetos inovadores nestes setores.

As inscrições podem ser realizadas até ao dia 10 de junho e submetidas no website da iniciativa: www.premioinovacao.pt/

EUA destronam França como maior consumidor de vinha 2013


14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

Consumo mundial de vinho: a recuperação tarda em manifestar-se
vinho

O consumo mundial de vinho em 2013 situa-se nos 238,7 milhões de hectolitros, uma descida de 2,5 milhões de hl. relativamente a 2012.

Nos países tradicionalmente produtores regista-se uma descida no consumo em França, Itália e Espanha.

Na China, o rápido aumento no consumo dos últimos anos teve uma quebra repentina, regredindo 3,8% entre 2012 e 2013.

Neste contexto, os EUA destacaram-se com 29,1 milhões de hl. de vinho consumidos (excluindo vermute e vinhos especiais), e convertem-se em 2013 no primeiro mercado interno mundial relativamente ao volume.

Os principais países da América do Sul (Argentina, Chile e Brasil), África do Sul e Roménia registam um aumento do seu consumo de vinho relativamente a 2012.

Tendências mundiais do comércio de vinho:

A descida da produção em 2012 é em parte responsável pela diminuição do volume exportado em 2013: – 2,2%. Não obstante, o valor das transações mundiais aumentou 1,5% em 2013, chegando a 25,7 milhões de euros.

Os vinhos engarrafados e vinhos espumantes representam a grande maioria do comércio mundial em valor: 71% para os vinhos tranquilos (18,3 milhares de milhões de euros) e 17% para vinhos espumantes (4,3 milhares de milhões de euros).

2014: Baixa produção de vinho no hemisfério sul:

Globalmente, as primeiras estimativas de produção de vinho no hemisfério sul preveem em 2014 uma redução de aproximadamente 10% relativamente a 2013.

PAC devia valorizar preocupações sobre a água

14-05-2014 
 


 
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) revela que a União Europeia apenas conseguiu integrar parcialmente os objectivos da política da água na política agrícola comum (PAC).
 
Os auditores destacaram insuficiências nos instrumentos utilizados actualmente para integrar as preocupações sobre a água na PAC, concretamente, a condicionalidade e o desenvolvimento rural, e assinalaram atrasos e deficiências na aplicação da Directiva Quadro da Água.
 
A PAC representa cerca de menos de 40 por cento do orçamento da União Europeia (UE), mais de 50 mil milhões de euros para 2014, e através desta política a UE tenta influenciar as práticas agrícolas que afectam a água.
 
Os auditores da UE examinaram se os objectivos da política da água comunitária são reflectidos na PAC de forma adequada e eficaz, tanto no que diz respeito à estratégia como na execução. Os mesmos constataram que a condicionalidade e o financiamento do desenvolvimento rural teve, até à data, um impacto positivo a favor dos objectivos políticos para melhorar a quantidade e qualidade da água, mas trata-se de instrumentos limitados em relação às ambições políticas da PAC e as metas mais ambiciosas perseguidas pelos correspondentes regulamentos para o período 2014-2020.
 
O Tribunal de Contas concluiu ainda que não existem conhecimentos suficientes, à escala das instituições da UE e dos Estados-membros, das pressões às quais se vê submetida a água pelas actividades agrícolas, nem na forma como evoluem essas pressões.
 
Assim, o Tribunal de Contas Europeu recomenda que a Comissão Europeia proponha as alterações necessárias dos actuais instrumentos, como a condicionalidade e desenvolvimento rural, ou, no caso, novos instrumentos que permitam alcançar as metas mais ambiciosas da integração dos objectivos da política da água na PAC.
 
O TCE aconselha ainda que os Estados-membros corrigem as insuficiências assinaladas no que diz respeito à condicionalidade e que utilizam melhor o financiamento destinado ao desenvolvimento rural de forma a cumprir satisfatoriamente os objectivos da política da água; que a CE e os países membros remedeiem os atrasos na aplicação da Directiva Quadro da Água e melhorem a qualidade dos seus planos hidrográficos através de definição de medidas específicas suficientemente claras e concretas no plano operativo.
 
Por último, o TCE indica que a Comissão deveria assegurar, tendo em conta a sua informação que, no mínimo, permita medir a evolução das pressões submetidas à água pelas práticas agrícolas e os próprios Estados-membros deverem proporcionar dados sobre a água com maior prontidão, fiabilidade e coerência.
 
Fonte. Agrodigital

Azeite Gallo com 150 ME em vendas em 2013

16-05-2014 
 


 
O azeite Gallo atingiu, em 2013, um volume de vendas de 150 milhões de euros e vai manter este ano o ritmo de crescimento nos dois dígitos, anunciou a administração.
 
O director geral da Gallo WorldWide (GWW), Pedro Cruz, promoveu uma visita guiada à fábrica Victor Guedes, em Abrantes, propriedade da empresa, para a apresentação do balanço do último ano de actividade da marca de azeite português, tendo sublinhado que é a terceira marca mais vendida no mundo, sendo líder de vendas em Portugal, no Brasil, na Venezuela e em Angola.
 
«Desde 2012 que a Gallo é a 3.ª maior marca de azeite, apenas suplantada por uma marca italiana e uma outra espanhola, em termos de venda a nível mundial», disse Pedro Cruz, tendo feito notar que a Gallo exporta actualmente para 47 países, sendo o Brasil o principal destinatário dos azeites engarrafados em Abrantes, país onde detém 33 por cento da quota de mercado.
 
Brasil, Venezuela, Angola e Portugal são hoje alguns dos principais mercados de consumo dos azeites Gallo, afirmou o gestor, tendo assinalado um «crescimento muito forte em África, com Angola a subir à razão de dois dígitos», e ainda um crescimento significativo das vendas em «parte da Ásia e Europa».
 
A fábrica de azeites Gallo inaugurou em Maio de 2013 uma nova linha de produção para reforçar a sua presença nos mercados internacionais, tendo investido oito milhões de euros na modernização.
 
A fábrica labora actualmente com um processo global robotizado ao nível do enchimento, roscagem, selagem, rotulagem e embalagem, e apresenta um volume de produção de 17 mil garrafas por hora e 120 toneladas de azeite por dia.
 
«As instalações são modernas e dão-nos garantias de resposta às necessidades do presente e do futuro», frisou Pedro Cruz, tendo feito notar que «a matriz de filosofia da empresa e do seu desenvolvimento assentam no saber fazer azeite, aqui produzido de forma ancestral e na visão do fundador da Gallo», o empresário Victor Guedes, que no ano 1860 já ali desenvolvia actividade industrial a partir das oliveiras, das azeitonas e do azeite.
 
Com 190 trabalhadores, a GWW tem a sua fábrica em Abrantes e escritórios em Lisboa, São Paulo (Brasil) e Xangai (China), e exporta por via marítima 75 por cento das cerca de 40 mil toneladas de azeite produzidas anualmente, sendo que os restantes 25 por cento se destinam ao mercado interno.
 
Registada em 1919, a marca Gallo apresentou um volume de facturação de 130 milhões de euros em 2012 (90 milhões de euros em 2011), tendo o seu director geral perspectivado para este ano «continuar a subir à razão de dois dígitos, mantendo a tendência de crescimento em mercados nacionais e internacionais».
 
Fonte: Lusa

UE: Conselho de Agricultura de Maio 2014


A reunião do Conselho Agricultura e Pescas de Maio de 2014 terá lugar em Bruxelas em 19 de Maio de 2014. A Comissão será representada pelo Comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural , Dacian Ciolos, e pelo Comissário da Saúde, Tonio Borg.

Será dada uma conferência de imprensa no período da tarde, no final da reunião. Os debates públicos e a conferência de imprensa podem ser seguidos em vídeo.

Saúde

Fundo Europeu para as «utilizações menores» de produtos fitofarmacêuticos

A Comissão apresentará o seu relatório sobre a criação de um fundo europeu para as «utilizações menores» de produtos fitofarmacêuticos. Usos «menores» de pesticidas são utilizações em culturas de nicho, ou seja, culturas que são cultivadas numa área relativamente limitada (incluindo a maioria das hortícolas, frutas, viveiros e flores). Enquanto as «utilizações menores» são de alto valor económico para os agricultores, são porém, geralmente de baixo interesse económico para a indústria dos agro-pesticidas. O objectivo do relatório sobre «utilizações menores», portanto, foi o de fornecer informações sobre a situação em aplicações menores como relatado pelos Estados-Membros e organizações de partes interessadas; apresentar a estratégia contida no Regulamento (CE) n º 1107/2009 no que diz respeito aos usos menores; e também apresentar as possibilidades de acção consideradas no estudo preliminar, financiado pela Comissão.

Outros assuntos

Saúde

• Perda de alimentos e desperdício de alimentos: Informação dos Países Baixos e Suécia
• Protecção dos animais durante o transporte: Informação dos Países Baixos e Suécia
• Mancha Preta dos Citrinos: Informação da Delegação Espanhola
Agricultura

• As delegações italiana, francesa e húngara vão apresentar uma nota sobre o projecto de orientações da Comissão para os auxílios estatais no sector agrícola e florestal e nas áreas rurais 2014-2020
• A delegação holandesa irá informar os participantes sobre o andamento da Aliança para uma Agricultura inteligente quanto ao Clima
• A delegação austríaca irá informar os participantes sobre a Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Rural , realizada em Wildschönau , Tirol, em 09 de Maio de 2014
Fonte:  Conselho UE e Europa

Tornado de mosquitos no Ribatejo acaba como foto do dia da NASA


MARTA LOURENÇO 15/05/2014 - 18:52
Fenómeno foi captado por fotógrafa portuguesa na área da Lezíria Grande.

 
O tornado de mosquitos no Ribatejo registado pela fotógrafa portuguesa ANA FILIPA SCARPA

Desta vez, não estava de máquina em punho. Ana Filipa Scarpa até já se preparava para abandonar o local onde estava na zona da Lezíria Grande, área perto de Vila Franca de Xira, e arrumar o material fotográfico quando se deparou com um tornado… de mosquitos. Ainda assim, conseguiu imortalizar o momento numa fotografia que agora corre mundo, depois de a agência espacial norte-americana NASA a ter escolhido como "fotografia do dia".

A história mais parece um episódio de caça-tornados. É mesmo caso para dizer que, a 9 de Março, Ana Filipa Scarpa estava no local certo, à hora certa. Esta fotógrafa de 54 anos tinha aproveitado o dia para fotografar esta zona pantanosa do Ribatejo, acompanhada pelo marido, mas nunca pensou que a ida àquele local, já tão habitual para si, lhe ia valer uma imagem que seria divulgada no site Earth Science Picture of the Day, da NASA, e na página de Facebook da agência espacial.

"Eu estava a fotografar no local e, quando vinha para casa e já estava a guardar as coisas no carro, olhei em frente e vi uma espécie de um tornado. Pensei: 'Ai que giro, vem aí um tornado!' E fiquei à espera para ver o que era", conta ao PÚBLICO a fotógrafa. "Nunca tinha passado por uma situação destas. Percebi que tenho muita calma em situações de risco. Não sabia o que era e não me fui embora. Afinal, até sou corajosa", diz, entre risos.

Mas Ana Filipa Scarpa estranhou uma coisa: aquele tornado não se mexia. Decidiu aproximar-se, até ficar a 400 metros de distância. "Meti-me no carro para ir ao encontro do tornado. Foi aí que percebi que aquilo eram mosquitos", relata. "Não sei quantos seriam, mas vi milhões e milhões de mosquitos. Era muito interessante. Foi realmente uma experiência gira."

Quando se aproximava, e depois já no local, vários mosquitos entraram-lhe no carro, mesmo com as janelas fechadas: "Nem sei por onde é que eles entraram, mas parecia quase um filme de terror."

É raro em Portugal depararmo-nos com um fenómeno deste género, principalmente com a forma de tornado. A concentração de mosquitos teria atingido uma altura de 300 metros, segundo a NASA. "Ao olhar para o fim da sua rua e ver uma coisa que parece uma nuvem em forma de funil deve ser horrível. Afinal, o suposto funil, cuja imagem foi captada na Lezíria Grande, em Vila Franca de Xira, Portugal, não era realmente uma nuvem nem tinha a forma de funil", lê-se no site da NASA. "Nem era sequer perigoso. Eram insectos unicamente."

O fenómeno ainda durou "alguns instantes", como diz a fotógrafa portuguesa, permitindo-lhe tirar várias fotografias. Mas não teve tempo de trocar a lente da máquina fotográfica ou montar o tripé. "Ainda deu para estar relaxada a fazer as fotografias."

"Como hei-de dizer? É simpático"
Que insectos eram aqueles? Na realidade, não se sabe bem. Ana Filipa Scarpa diz que apenas viu "mosquitos, melgas ou melgas, mosquitos".

Agora, este tornado de mosquitos vagueia como fotografia por todo o lado. A fotógrafa é que tomou a iniciativa de a publicar no site Earth Science Picture of the Day. Depois, alguém da agência espacial dos Estados Unidos a quis destacar nesse site da NASA e entrou em contacto directo com ela. "É muito bom a minha fotografia estar na NASA e as pessoas acharem-na interessante. Como hei-de dizer? É simpático."

Mas se a existência desta fotografia, noticiada pelo Correio da Manhã, foi uma "questão de sorte" para Ana Filipa Scarpa, muitos dos seus trabalhos fotográficos implicam esforço e já foram distinguidos com vários prémios portugueses e internacionais. Sem trabalho certo, e com um  curso em pintura de azulejos, o que ela faz é "fotografia para poder concorrer aos concursos que têm alguma credibilidade".

Notícia corrigida às 15h30 de 16 de Maio de 2014: Lezíria Grande é uma área no Ribatejo e não uma povoação.

Texto editado por Teresa Firmino

EUROPEIAS 2014 “Subsídio-dependência” estrangula agricultura portuguesa


Áudio PAC estrangula agricultura portuguesa
Jovem agricultor olha para a Política Agrícola Comum e considera que o sector está estagnado. "Eles dão-nos a semente, nós tínhamos de a saber tratar e não comê-la". 15-05-2014 8:59 por Olímpia Mairos

Rui Lagoa, de 35 anos, herdou dos pais e avós o 'bichinho' da agricultura e, por isso, licenciou-se em engenharia agrícola. Actualmente investe na produção de frutos vermelhos: mirtilo, framboesa, morango e groselha. 

Para se instalar em Covelo, Vila Pouca de Aguiar, o jovem agricultor contou com o financiamento na União Europeia."O financiamento foi de 60%" e "se não tivesse este apoio", não teria "concretizado o projecto", que requereu um investimento de 115 mil euros. 

Apesar de ter sido apoiado por fundos, Rui Lagoa discorda de grande parte das políticas europeias e considera mesmo que estão a "estrangular" o sector. "Não concordo com os subsídios que estão a ser dados, com o arranque das vinhas e pomares, com a estagnação de toda a nossa agricultura", afirma, denunciando os malefícios dos subsídios que são dados para não produzir. 

"Moro no vale de Aguiar. É um vale imenso com terrenos de reserva agrícola. Só há 8% no nosso país. Mas ninguém tem acesso aos terrenos porque estão a ser dados aos agricultores 300 euros por cada hectare ao ano para deixarem os terrenos de velho, para que tudo fique parado e não se produza", conta. 

Segundo o jovem agricultor, a estagnação da agricultura deve-se ao comodismo português e aos interesses dos grandes produtores da Europa. 

"Eles dão-nos a semente, nós tínhamos de a saber tratar e não comê-la - e é o que estamos a fazer, porque nos contentamos com um 'subsídiozinho' pequenino", acrescentando que "também é do interesse dos grandes da Europa a nossa estagnação porque, assim, ficamos totalmente dependentes deles para comprar cereal, batata e tudo aquilo que comemos". 

Para inverter a situação e tornar a agricultura portuguesa competitiva, o agricultor defende o fim da 'subsídio-dependência' e a alteração da Política Agrícola Comum (PAC ).

Portugal tem condições para ser competitivo 
Rui Lagoa afirma que Portugal tem condições para ser competitivo em termos agrícolas e aponta como exemplo a produção de alho. 

"É comprado nos mercados a cinco euros o quilo. Um hectare de alhos pode dar 10 toneladas - são 50 mil euros", refere, salientando que estão "com 300 euros por hectare/ano para não produzir. Ficam os agricultores contentinhos, compram um jipe ou uma pick-up e não deixam que os jovens trabalhem".

"O segredo para sair desta crise é termos uma boa agricultura e uma boa política agrícola", frisa. 

Este jovem agricultor em Covelo, Vila Pouca de Aguiar. Em 2013 começou a produzir mirtilo, framboesa, morango e groselha e ainda transforma os frutos em compotas, licores e chás. No ano passado já vendeu alguma da sua colheita para a Holanda e procura agora novos espaços, como lojas gourmet, onde possa comercializar os seus produtos. 

Esta reportagem integra a série "A Europa Vista Daqui", publicada pela Renascença antes das eleições europeias. Acompanhe a campanha eleitoral, as entrevistas da Renascença e a opinião de especialistas na secção "Europeias 2014".

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Direito de resposta - "Comunicado sobre a Reforma da PAC"



A Agro.ges enviou hoje um comunicado sobre uma ferramenta que a CONSULAI desenvolveu e disponibilizou no âmbito da reforma da PAC.

Este comunicado, que coloca em causa o rigor e a credibilidade do nosso trabalho, obriga-nos a prestar dois esclarecimentos:

1. Como foi referido aquando da divulgação da nossa ferramenta, a informação utilizada é a que está disponível à data de Abril de 2014, sendo do conhecimento de todos que ainda existem opções nacionais que não estão definidas. Não é possível, com base na informação que está publicada e a que todos têm acesso, ter resultados certos ou errados. Na informação que enviámos dizemos explicitamente que a ferramenta disponibilizada será atualizada quando estes dados estiverem disponíveis. Divulgar esta ferramenta no dia em que terminam as candidaturas ao Pagamento Único não é "estranho", é propositado. Não pretendíamos que a ferramenta servisse nesta fase para apoiar a tomada de quaisquer tipo de decisões, porque estas decisões já estariam necessariamente tomadas. Quando a informação for disponibilizada publicamente, e for do conhecimento de todos, lançaremos uma nova versão que poderá então servir esse propósito.

2. A CONSULAI existe há mais de 10 anos e tem mais de 500 clientes, trabalhando, com a maior parte destes, há muitos anos. Os que nos conhecem bem, sabem que o RIGOR é um dos valores que colocamos em tudo o que fazemos. Os que nos conhecem melhor, sabem que não tivemos outra opção que não responder (de forma tão objetiva quanto possível) ao comunicado que foi feito pela Agro.ges, justamente porque foi colocado em causa um dos nossos principais valores. Em mais de 10 anos nunca comentámos ou questionámos o trabalho dos nossos concorrentes. Fazemos sempre o melhor que podemos e é por isso que temos vindo a crescer e a reforçar a credibilidade do nosso trabalho.

Em caso algum voltaremos a tocar neste assunto.

Cordialmente,

Pedro Miguel Santos
Director-Geral

McDonald's já tem ketchup produzido em Portugal

Serão 1000 toneladas de ketchup que a Italagro vai fornecer à multinacional este ano, correspondentes a cerca de um milhão de euros

McDonalds
Italagro fornece os 139 restaurantes
D.R.
14/05/2014 | 16:24 | Dinheiro Vivo
A Italagro, empresa do Grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) é o novo fornecedor nacional de ketchup da McDonald's Portugal. A nova parceria foi apresentada esta quarta-feira num evento que contou com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, mas o grupo já é fornecedor desde março.
"Temos um sector [agrícola] vivo, dinâmico, a crescer, e a procurar novas formas de se mostrar e de se afirmar. E aqui, o que vemos é uma boa relação entre a produção, no caso de tomate, entre a agro-indústria, e agora com a restauração, com a McDonald's, onde todos os pacotinhos de Ketchup serão portugueses, com tomate das nossas terras e dos nossos agricultores", disse a ministra à agência Lusa, frisando que "este é um sinal muito positivo".
Serão 1000 toneladas de ketchup que a Italagro vai fornecer à multinacional este ano, o que corresponde a cerca de um milhão de euros. A Italagro tem sede em Castanheira do Ribatejo e o tomate fresco provém de 240 produtores nacionais. A empresa portuguesa desenvolveu exclusivamente para a McDonald's uma nova linha de produção deste molho, o que implicou a criação de 24 novos postos de trabalho. 

Leia também: Camiões do McDonalds vão ser os primeiros a andar a gás natural
Um dos compromissos da McDonald's, que tem 139 restaurantes no país, é o apoio aos produtores portugueses para o desenvolvimento da economia e da agricultura do país e já trabalha com 30 fornecedores nacionais, que representam mais de um terço das compras realizadas pela empresa em Portugal.
"Neste momento o ketchup será para todos os restaurantes portugueses mas, a prazo, até pode ser para todos os restaurantes europeus ou, quem sabe, do mundo porque é possível depois encetarmos essa exportação", referiu a ministra da Agricultura e do Mar.
O diretor-geral da McDonald's Portugal salientou que o contrato representa uma janela aberta para outros negócios.
"A McDonald's quando certifica um fornecedor para trabalhar num determinado mercado, este fica imediatamente qualificado para poder trabalhar noutros mercados. Portanto, existe aqui a possibilidade, e nós vamos trabalhar para que isso aconteça, desta empresa nacional, que nos vai fornecer o Ketchup, a Italagro, de poder fornecer outros mercados num futuro próximo", assumiu Mário Barbosa.
O presidente da HIT destacou o facto de esta parceria, além do encaixe financeiro e da criação de postos de trabalho, vir a permitir a expansão da Italagro.
"Isto abre-nos a porta para começarmos a expandir a empresa e a fornecer outros países a partir de Portugal. Portanto é um potencial grande", afirmou Martin Stilwell.
O grupo HIT tem duas fábricas de transformação de tomate em Portugal e processa mais de 300 mil toneladas de tomate por ano, exportando quase toda a sua produção para outros países da Europa, assim como para o Médio e Extremo Oriente.

Toshiba vai vender legumes orgânicos produzidos em fábrica


Toshiba vai vender legumes orgânicos produzidos em fábrica


O conglomerado industrial japonês Toshiba, conhecido pelos seus aparelhos electrónicos e reactores nucleares, anunciou uma nova actividade: a venda de legumes produzidos numa fábrica.
«Vamos dar uma nova dimensão à nossa divisão de atenção sanitária», anunciou a Toshiba em comunicado.
O conglomerado vai produzir legumes sem pesticidas ou outras substâncias químicas numa fábrica totalmente asséptica, mas gerida por dispositivos electrónicos.
Especializada, entre outras coisas, em equipamento médico, e a administrar um hospital próprio em Tóquio, a Toshiba diz querer contribuir para a saúde das pessoas. Segundo a empresa, este objectivo passa pelo consumo de comida saudável, que pode ser produzida na fábrica sob certas condições tecnológicas.
Por isso, a Toshiba está a trabalhar numa fábrica abandonada na periferia de Tóquio para dotá-la de «sistemas especiais de iluminação fluorescente, optimizados para o crescimento das plantas, um ar condicionado que mantém sempre a mesma temperatura e um nível de umidade constante, um dispositivo de vigilância do estado físico das plantas e equipamentos esterilizados para a embalagem dos produtos».
A delicada gestão desta fábrica será efectuada com meios similares aos empregues nas fábricas de semicondutores, outra especialidade do ecléctico conglomerado japonês.
«Ao minimizar o contacto dos produtos com as partículas, é possível prolongar a sua conservação em bom estado», destacou a Toshiba.
Numa superfície industrial de cerca de 2.000 metros quadrados, o grupo produzirá o equivalente a 3 milhões de saladas por ano e fornecerá alface, espinafre e outros legumes para supermercados e restaurantes.
A Toshiba prevê cultivar, em função da procura, produtos com características particulares, por exemplo com forte conteúdo de vitamina C.
O grupo não é o primeiro japonês especializado em electrónica a interessar-se nas «fábricas de legumes».
A Panasonic e a Fujitsu têm «explorações agrícolas» deste tipo, criadas há pouco no município de Fukushima (nordeste), onde parte da população prefere os legumes produzidos em espaços fechados aos cultivados no campo, por medo de estarem contaminadas pela radioactividade da central destruída no terremoto de Março de 2011.

Conservação teve "passos positivos", mas defesa contra fogos tem de melhorar


O presidente da Liga de Protecção da Natureza defendeu hoje que "foram dados passos positivos" na conservação da biodiversidade, como o ordenamento do território, mas disse ser urgente melhorar a defesa da floresta autóctone, com a prevenção de fogos.

Quando questionado acerca do que é mais urgente tratar na defesa da biodiversidade, Tito Rosa referiu "a protecção das florestas autóctones, nomeadamente com o sistema de gestão florestal e silvicultura preventiva, [ou] protecção de fogos".

"Ainda se investe relativamente pouco na prevenção", disse à agência Lusa o presidente da Liga de Protecção da Natureza (LPN), acrescentando que "é um investimento caro porque exige fundamentalmente mão de obra".

Fonte:  Lusa

AGROGES: COMUNICADO

COMUNICADO

Desde há vários anos que a AGRO.GES, Sociedade de Estudos e Projectos, Lda., tem vindo a desenvolver, de forma contínua e aprofundada, uma aplicação informática de simulação dos impactos nas explorações agrícolas das diferentes opções de reforma da PAC.

A partir de Janeiro de 2014, a AGRO.GES disponibilizou um serviço aos agricultores que simula, com rigor, com base nos pressupostos já conhecidos, os impactos da reforma da PAC nas suas explorações, ao mesmo tempo que os aconselha sobre a forma de atenuar eventuais perdas ou de obter ganhos antes da candidatura ao Pagamento Único (PU) de 2014, cujo prazo terminou ontem, dia 15.05.2014. Com uma remuneração bastante moderada pelos serviços prestados, a AGRO.GES proporcionou este serviço a várias dezenas de agricultores.

Ontem, exactamente no mesmo dia em que encerraram as candidaturas dos agricultores, a CONSULAI enviou um e-mail a centenas de agricultores e organizações informando-os de que terá desenvolvido "uma ferramenta que prevê o impacto do novo sistema decorrente da reforma da PAC até 2019", ferramenta essa que seria "disponibilizada de forma gratuita a todos aqueles que a descarregassem" no site daquela empresa de serviços, informando também os eventuais interessados de que deveriam entrar em contacto com a referida empresa no caso de pretenderem uma análise mais detalhada do impacto da reforma.

A AGRO.GES não pretende, de forma nenhuma, hostilizar a empresa CONSULAI, até porque muitos dos colaboradores de ambas as empresas são colegas, se conhecem, são amigos e se respeitam. Contudo, não pode deixar de comunicar a todos os interessados o seguinte:

1. Os resultados obtidos, de forma gratuita, pela aplicação desenvolvida pela CONSULAI, são diferentes dos obtidos pelo serviço prestado pela AGRO.GES, que é pago pelos interessados.

2. Essas diferenças resultam de vários erros de análise e de concepção por nós identificados após uma análise aprofundada da aplicação da CONSULAI, os quais têm implicações muito significativas na quantificação dos respectivos impactos.

3. A AGRO.GES não pode, infelizmente, deixar de divulgar esta informação, pois, se não o fizesse, tornaria legitima a generalização de uma opinião errada entre os agricultores de que o erro de concepção seria da AGRO.GES que, ainda por cima, se remuneraria por esse serviço.

4. Naturalmente que, se a AGRO.GES não tivesse encontrado imediatamente alguns desses erros, nada diria, ainda que pudesse considerar estranha a divulgação da informação da CONSULAI, pela sua oportunidade.

Cascais, 16 de Maio de 2014

A Direcção da AGRO.GES

Portugueses desafiados a cumprir 20 metas até 2020 para melhorar a sua saúde alimentar


TELMA ALVES 15/05/2014 - 09:13

O projecto chama-se Movimento2020 e promete trazer transformação, crescimento e mudança à mesa e à vida das famílias portuguesas. A meta final, que resume todos os objectivos, é o aumento da felicidade para os que aceitarem o desafio.

 
Comer fruta é uma das recomendações ENRIC VIVES-RUBIO
 
 
É clara a "necessidade de uma mudança nos sectores público, privado, social-cooperativo e no próprio cidadão" disse ao PÚBLICO Rute Borrego, presidente da Assembleia Geral da APD, referindo-se ao paradigma da saúde alimentar em Portugal. O projecto Movimento 2020, com duração prevista de seis anos, contempla, para esse efeito, formações em centros de saúde, hospitais e escolas, palestras, aconselhamento dos profissionais de saúde e pretende mesmo levar estas questões a discussão na Assembleia da República. Isto porque "os 20 desafios foram construídos com base em evidências científicas e de acordo com o plano do Governo para a saúde e as recomendações da Organização Mundial de Saúde".

Os 20 objectivos incluem orientações alimentares para os cidadãos em geral, como o aumento do consumo de peixe fruta e legumes, mas têm também pontos dedicados especificamente às grávidas, crianças e jovens. "Queremos aumentar as food skills [competências alimentares] das nossas crianças e jovens para que possam chegar ao supermercado ou mesmo ao restaurante e saber o que é melhor pedir", explica Rute Borrego. Nas 20 metas para 2020 não são esquecidos os conselhos para a população idosa – cada vez mais representativa da pirâmide etária portuguesa – o alerta para a necessidade de combater o desperdício alimentar, a aposta na actividade física e a recuperação da dieta mediterrânica.  Essenciais são, para Rute Borrego, os desafios que dizem especificamente respeito aos centros e profissionais de saúde uma vez que, de acordo com a dietista, "existe ainda uma grande escassez de nutricionistas e especialistas em saúde alimentar nos cuidados primários" do Serviço Nacional de Saúde.

Para monitorizar os avanços no cumprimento dos 20 objectivos, foi criado um conselho executivo composto por sete elementos, especialistas nas áreas da saúde, educação, gastronomia, desporto, agricultura, restauração/responsabilidade social, dietética e nutrição. Está prevista uma avaliação de dois em dois anos que estes profissionais se responsabilizam a fazer, em parceria com diversas instituições, empresas, organizações e indústrias e com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.

A meta final do Movimento 2020, que acaba por resumir todos os objectivos anteriores, é o aumento do nível de felicidade dos portugueses. "Acreditamos que a felicidade está intimamente relacionada com a saúde alimentar", diz Rute Borrego. A correcção de hábitos alimentares errados, a prática de exercício físico, a educação para a vida saudável, entre muitos outros, são factores essenciais para que o indivíduo se possa sentir bem, satisfeito e, consequentemente mais feliz. O cumprimento destes objectivos permitirá também prevenir e evitar doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes e obesidade que, de acordo com a OMS, são as grandes "epidemias" do séc. XXI.

O Movimento2020 é apresentado esta quinta-feira no Hotel Inspira Santa Maria, em Lisboa, pelas 10h30. O evento conta com a presença da presidente da APD, Zélia Santos, da secretária-geral, Raquel Ferreira e do secretário de estado adjunto do Ministério da Saúde, Fernando Leal da Costa. Todos os interessados podem acompanhar o projecto e seguir os desafios na página oficial do movimento ou através das redes sociais.

Texto editado por Andrea Cunha Freitas

Vinhos: Quinta dos Murças Reserva 2010, Douro do Esporão



Nascido nas vinhas velhas da Quinta dos Murças, propriedade do Esporão no Douro, o Quinta dos Murças Reserva revela o seu carácter duriense, num vinho equilibrado e complexo, sedutor e autêntico.

O Esporão, produtor de vinhos e azeites, apresenta o Quinta dos Murças Reserva 2010, a terceira colheita do vinho topo de gama produzido na sua propriedade na região demarcada do Douro. Quando adquiriu a Quinta dos Murças no Cima Corgo, em 2008, o Esporão tinha claro o objectivo de produzir vinhos verdadeiramente durienses no carácter, obtendo toda a virilidade e vigor do Douro, sem os excessos de calor e maturação que por vezes se sentem nas regiões mais quentes.

Na Quinta dos Murças, o Esporão procura aliar a tradição dos métodos ancestrais do Douro, com as técnicas modernas de vinificação e, acima de tudo, preservar os métodos de produção biológica, procurando eliminar a utilização de herbicidas e reduzir o consumo de energia e água.

O Quinta dos Murças Reserva resulta da colheita manual e rigorosa selecção das melhores uvas das vinhas velhas, situadas entre os 100 e os 300m, plantadas com castas tradicionais do Douro como a Tinta Roriz, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Touriga Nacional, Touriga Francesa e Sousão. A vinificação é feita em lagares de granito, com recurso à tradicional pisa a pé. A prensagem é feita numa antiga prensa vertical. Após a fermentação em lagares, o vinho estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e americano, seguindo-se estágio prolongado em garrafa.

Segundo os enólogos David Baverstocke Luís Patrão, "a colheita de 2010 caracterizou-se pela primavera chuvosa seguida de um Verão longo e temperado que permitiram a maturação ideal e consistente das uvas e a produção de um vinho de grande qualidade."

Herdando o nome da sua origem, este vinho traduz todo o potencial das vinhas velhas da Quinta dos Murças para a produção de vinhos equilibrados e complexos, sedutores e autênticos, de grande elegância e poder de envelhecimento.

O aroma é fresco, evidenciando a presença dos frutos vermelhos, envolvidos em subtis notas de fumo. No palato, desvenda toda a sua expressividade e concentração de fruta, revelando subtis notas de tosta. O final é longo e fresco, fazendo prever uma notável longevidade em garrafa.

A qualidade dos vinhos Reserva da Quinta dos Murças tem vindo a cativar apreciadores nacionais e internacionais, como comprovam a recente atribuição de 93 pontos à colheita anterior (colheita 2009), pela prestigiada revista norte-americana Wine Enthusiast, ou a 5ª posição alcançada com a colheita 2008, no painel de prova de vinhos do Douro feita pela revista inglesa Decanter, entre 228 vinhos provados.

Quinta dos Murças Reserva 2010 
P.V.P. 22,00 €

Fonte:  JDYoung

CONSULAI desenvolve ferramenta que prevê o impacto do novo sistema decorrente da reforma PAC até 2019


Dada a importância dos pagamentos directos em grande parte das explorações agrícolas em Portugal, a empresa CONSULAI desenvolveu uma ferramenta de apoio que permite prever o impacto do novo sistema decorrente da reforma da PAC até 2019. Esta ferramenta é disponibilizada de forma gratuita a todos aqueles que a descarreguem em www.consulai.com.

Segundo a CONSULAI este ficheiro foi feito com base na informação disponível à data da sua elaboração (Abril/2014), sendo que ainda existem algumas opções nacionais que podem alterar as bases desta ferramenta. Estas opções serão formalmente comunicadas à Comissão até 1 de Agosto.

Aquando da revisão das opções nacionais, esta ferramenta será actualizada em conformidade, garante a empresa.

Faça aqui o download do ficheiro.

Fonte:  Consulai

Nova versão do 'agrozapp' - o sistema de informação sobre factores de produção para a agricultura



O agrozapp é uma aplicação que permite a todos os agentes agrícolas (profissionais ou amadores) a pesquisa de informações sobre factores de produção para a agricultura, nomeadamente produtos fitofarmacêuticos e nesta nova versão, fertilizantes / adubos.

O agrozapp lança agora um novo website a segunda versão da aplicação. Esta permite a pesquisa de mais e diferentes informações e também uma interacção mais facilitada.

A nova versão da aplicação possibilita a pesquisa de adubos e fertilizantes, além dos produtos fitofarmacêuticos e apresenta um novo filtro que permite a apresentação de resultados mais precisos, mais rapidamente. Além disso, o site terá novas áreas, nomeadamente de notícias e instruções detalhadas de utilização da aplicação.

O agrozapp é um sistema de informação sobre fatores de produção para a agricultura que agrega todos os produtos fitofarmacêuticos, adubos e fertilizantes comercializados e autorizados em Portugal.

É uma solução multiplataforma com um motor de busca avançado que permite fazer pesquisas cruzadas, por vários critérios, com sugestões a partir de 3 letras.

Num futuro próximo, pretende-se que a pesquisa se alargue a sementes e produtos para a agricultura biológica.

O agrozapp é desenvolvido pela empresa Impactwave, que presta serviços de consultoria digital, estando neste momento com grande enfoque no sector agrícola.

Fonte:  Impactwave

2º Seminário Internacional "Investir no Potencial Agrícola do Alqueva"



O Banco Espírito Santo e a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. promoveram a organização do 2º Seminário Internacional "Investir no potencial agrícola do Alqueva – Agroindústria e distribuição como alavancas da criação de valor nos produtos agrícolas", que terá lugar no Museu do Oriente, em Lisboa, no dia 21 de Maio, entre as 9h00 e as 13h00.

Este evento, que contará com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, visa identificar oportunidades para investir no potencial agrícola do Alqueva, de forma a criar valor aos produtos agrícolas em toda a sua fileira, desde a produção à venda ao consumidor final, juntando para tal agricultores, proprietários de terrenos agrícolas, investidores internacionais e empresários ligados ao sector.

Programa do Seminário:

9h00   Recepção dos convidados

9h30   Keynote Speaker
Wolfgang Braunstein, Consultor especialista em Organizações de Produtores
10h15 1ª Mesa Redonda – Alqueva: Factores críticos de sucesso para o futuro

Wolfgang Braunstein
Ricardo Salgado, CEO do BES
José Salema, EDIA
Moderador: Helena Garrido, Jornal de Negócios

11h00 Coffee Break

11h30 2ª Mesa Redonda – A cadeia de criação de valor dos produtos

Luís Mesquita Dias, Vitacress
Mauro Cardoso, Monliz
Luís Vasconcellos e Souza, Agromais
Moderador: Helena Garrido, Jornal de Negócios

12h30 Encerramento: Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar

13h00 Almoço

Fonte:  LPM Comunicação

Mais de 600 incêndios na primeira quinzena de Maio


Mais de 600 incêndios florestais foram registados na primeira quinzena de Maio, tendo sido combatidos por mais de cinco mil bombeiros, de acordo com dados disponíveis na página da Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Entre os dias 01 e 14 de Maio, a ANPC registou 625 incêndios, que foram combatidos por 5.558 bombeiros, com o apoio de 1.656 veículos.

O dia com maior número de incêndios ocorridos na primeira quinzena de Maio foi na quarta-feira (14 de Maio), tendo sido contabilizados 108 incêndios, que envolveram 975 bombeiros, com o auxílio de 292 veículos.

A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, começa hoje e envolve no terreno 5.175 operacionais, 1.251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia.

Os dados constam do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que refere ainda que os meios aéreos não serão disponibilizados logo no início da fase Bravo.

O dispositivo é reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos relativamente ao ano passado e terá um custo de 85 milhões de euros.

A partir de hoje, o combate a incêndios contará com oito meios aéreos, sendo que outros cinco serão disponibilizados a 01 de Junho, 17 a partir de dia 15 de Junho e os restantes quatro no dia 20 de Junho, segundo disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Durante a fase Bravo estão operacionais 512 equipas de vigilância terrestre, 315 equipas de vigilância e ataque inicial e 681 equipas de combate, segundo os dados disponibilizados pelo DECIF.

À fase Bravo – que termina a 30 de Junho – sucede a fase Delta, considerada a mais crítica em incêndios, que decorre entre 01 de Julho e 30 de Setembro.

As várias fases no âmbito do combate a incêndios são: Alfa (01 de janeiro a 14 de Maio), Bravo (15 de Maio a 30 de Junho), Charlie (01 de Julho a 30 de Setembro), Delta (entre 01 e 31 de Outubro) e Echo (01 de Novembro a 31 de Dezembro).

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo ao ano passado revela que 130 pessoas foram detidas em 2013 pelo crime de incêndio, mais 34 do que em 2012, e 48 ficaram em prisão preventiva.

Fonte:  Lusa

Milho Pipoca – uma inovação para o mercado



Susana Covão

A Agromais é a organização de produtores que mais milho comercializa em Portugal: em 2013 comercializou cerca de 120 mil ton, sendo destinado maioritariamente para a alimentação animal.

A ZON Lusomundo Cinemas, que consome bastante milho para pipocas, importa todo o milho ao mercado externo por falta de oferta nacional. Quiseram mudar este paradigma e sinalizar que querem dar prioridade à produção nacional, estando assim mais próximos do fornecedor, racionalizando custos e contribuindo para a redução da pegada de carbono da sua operação.

O desafio foi-nos colocado e a Agromais, dando corpo ao grande espirito de inovação da organização associado a uma estratégia de diversificação da produção e de mercados, juntou parceiros e criou-se uma equipa para, de forma muito pragmática, aprender a produzir este novo produto, orientando-o para o mercado.

A Agromais (www.agromais.pt), enquanto organização de produtores com uma estrutura de secagem e armazenamento de cereais, com uma equipa técnica qualificada e com elevado know-how na produção de milho, assume o papel de líder de projeto.

A Agrotejo (www.agrotejo.pt) contribui com a caracterização dos locais, de toda a monitorização de parâmetros técnicos e, assume uma importante componente de divulgação dos resultados, quer a nível regional (Norte do Alentejo) quer a nível nacional.

Foi importante juntar à parceria uma estrutura com experiência na transformação de ideias em produto – a Consulai (www.consulai.com) – e a componente de avaliação físico-química e morfológica dos grãos e a sua adequação às exigências dos consumidores - a Prosense (www.prosense.com.pt/).

Com uma oportunidade identificada e uma equipa de excelência, identificaram-se as necessidades e avançaram-se com ensaios de produção de milho pipoca, para que possamos perceber produtividades, problemas fitossanitários, adaptação de variedades, melhores práticas agrícolas, entre outras. Obviamente, que sem termos produtores que acreditam em nós e estão dispostos a arriscar, estes projetos nunca se concretizariam.

Estamos a meio do percurso, mas os resultados demonstram que estamos no bom caminho. Sem a parceria criada, e sem os nossos produtores, era difícil ter feito tanta coisa em tão pouco tempo. Mas quem nos conhece sabe que a AGROMAIS é isto mesmo!

Susana Covão 
Coordenadora Técnica de Cereais 
AGROMAIS – Entreposto Comercial Agrícola, C.R.L.  

Publicado em 16/05/2014

Indústria do tomate precisa de cinco a sete anos para se adaptar ao acordo transatlântico


O presidente do grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) defendeu esta quarta-feira um prazo entre cinco a sete anos para que a indústria do tomate se adapte à realidade competitiva prevista no acordo transatlântico.

A Associação dos Industriais de Tomate já manifestou publicamente receio pelo impacto da abolição das taxas alfandegárias que estão a ser negociadas no âmbito do acordo comercial entre União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA), designado por Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, que abrange vários sectores industriais.

«É sempre difícil prever quanto tempo é que a indústria do tomate precisa para se adaptar, porque a investigação na área agrícola é complexa em termos de tempo. Nós só temos uma campanha por ano e portanto não conseguimos ter resultados de uma forma mais constante e não conseguimos acelerar o ritmo normal das coisas. Portanto, eu acho que dois a três anos são pouco, provavelmente entre cinco a sete anos», defendeu Martin Stilwell.

O responsável falava à agência Lusa, após a formalização do contrato entre a McDonald's e a Italagro, empresa sediada no concelho de Vila Franca de Xira e que pertence ao grupo HIT, para o fornecimento de mil toneladas de ketchup aos restaurantes da multinacional espalhados pelo país até ao final do ano.

Para o presidente do HIT, os potenciais riscos do acordo comercial entre a UE e os EUA para a indústria de tomate portuguesa e mesmo europeia prendem-se com a possibilidade de a parceria poder vir a eliminar as barreiras alfandegárias das exportações dos EUA que, segundo Martin Stilwell, têm uma dimensão que lhes dá uma competitividade enorme.

«O que precisamos é de tempo para colmatar a diferença competitiva entre a Europa e os EUA. Por isso, tivemos a iniciativa do centro de competências do tomate, que se desenha essencialmente para identificarmos as diferenças, e depois encontramos soluções para deixar de existir essa diferença. O que estamos a pedir, o que gostaríamos de conseguir era que tivéssemos o tempo suficiente para nos adaptarmos a uma nova situação competitiva», sublinhou o presidente do HIT.

A ministra da Agricultura, que marcou presença na celebração do contrato entre a McDonald's e a Italagro, referiu que está a acompanhar o processo, o qual classificou de «relevante» para a Europa e para os Estados Unidos.

«Temos de acompanhar todos os detalhes para todos os produtos e identificar os produtos que são sensíveis. Em relação ao sector do tomate, é um sector altamente competitivo e sofisticado na sua parte de agro-indústria. Já foi formalizada a criação de um centro de competências para o tomate que visa precisamente tornarmo-nos mais competitivos, nomeadamente nessa relação com a Califórnia, que é o primeiro a nível mundial em competitividade e Portugal é o segundo», afirmou Assunção Cristas.

Para a ministra o objectivo futuro está traçado. «Queremos cada vez mais nos aproximar daquilo que são os números da Califórnia, e para isso temos de trabalhar, investigar e melhorar ainda mais aquilo que é já uma excelente fileira em Portugal», vincou Assunção Cristas.

Em Março, o secretário-geral da Associação dos Industriais de Tomate (AIT) afirmou que a aplicação da parceria vai implicar o fim das taxas alfandegárias sobre as importações de produtos provenientes dos EUA para a Europa, actualmente de 14,4 por cento, uma medida considerada pelo próprio de «problemática».

Miguel Cambezes acrescentou que a abolição das taxas «é verdadeiramente um convite a que a indústria americana, mais propriamente a indústria californiana, ponha o seu enfoque estratégico na Europa».

Fonte:  Lusa

Sector agrícola nacional está vivo, dinâmico e a crescer


O contrato celebrado entre a empresa Italagro e a McDonald's, para o fornecimento de mil toneladas de ketchup, prova que o sector agrícola nacional está vivo, dinâmico e a crescer, afirmou ontem a ministra da Agricultura.

A parceria, formalizada ontem nas instalações da Italagro - fábrica que pertence grupo HIT (Holding da Indústria Transformadora do Tomate) -, sediada em Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, prevê abastecer a totalidade de Ketchup usado nos restaurantes da multinacional em Portugal durante este ano, num negócio de cerca de um milhão de euros.

"Temos um sector [agrícola] vivo, dinâmico, a crescer, e a procurar novas formas de se mostrar e de se afirmar. E aqui, o que vemos é uma boa relação entre a produção, no caso de tomate, entre a agroindústria, e agora com a restauração, com a McDonald's, onde todos os pacotinhos de Ketchup serão portugueses, com tomate das nossas terras e dos nossos agricultores", disse a ministra.

Assunção Cristas frisou ainda, em declarações à agência Lusa após visitar uma plantação de tomate e uma linha de produção da Italagro, que esta parceria "é um sinal muito positivo".

A ministra defendeu que é preciso criar alianças fortes entre a agricultura e a agroindústria, e destacou a parceira da Italagro e da McDonald's para a área da restauração.

A governante elogiou a postura da multinacional que tem vindo a apostar em produtos nacionais, dando como exemplo as cebolas que saem do Alqueva para toda a Europa, ou a carne de porco ou de vaca que é utilizada nos restaurantes nacionais da empresa.

"Neste momento o Ketchup será para todos os restaurantes portugueses, mas, a prazo, até pode ser para todos os restaurantes europeus ou quem sabe do mundo, porque é possível depois encetarmos essa exportação", referiu Assunção Cristas.

O director-geral da McDonald's Portugal salientou que o contrato representa uma janela aberta para novos negócios.

"A McDonald's quando certifica um fornecedor para trabalhar num determinado mercado, este fica imediatamente qualificado para poder trabalhar noutros mercados. Portanto, existe aqui a possibilidade, e nós vamos trabalhar para que isso aconteça, desta empresa nacional, que nos vai fornecer o Ketchup, a Italagro, de poder fornecer outros mercados num futuro próximo", assumiu Mário Barbosa.

O responsável acrescenta que a empresa é actualmente abastecida por 30 fornecedores portugueses, o que representa 35% do total dos fornecedores. O objectivo nos próximos anos, segundo Mário Barbosa, é que esse valor chegue aos 50%.

O presidente da HIT destacou o facto de esta parceria, além do encaixe financeiro e da criação de postos de trabalho, vir a permitir a expansão da Italagro.

"Isto abre-nos a porta para começarmos a expandir a empresa e a fornecer outros países a partir de Portugal. Portanto é um potencial grande", afirmou Martin Stilwell.

O contrato hoje celebrado implica a compra de 4.500 toneladas de tomate fresco, proveniente de 240 produtores nacionais e a criação de 24 postos de trabalho directos e indirectos para esta linha de produção específica.

O grupo HIT fornece Ketchup à Mcdonald´s Portugal desde Março deste ano.

Este grupo tem duas fábricas de transformação de tomate em Portugal, onde processa mais de 300 mil toneladas de tomate por ano, e exporta quase toda a produção para a Europa e para o Médio e Extremo Oriente.

Fonte:  Lusa

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fogos em áreas protegidas menos vigiados


Publicado em 2014-05-13
ALFREDO MAIA
 
 
Fogos em áreas protegidas menos vigiados
 
O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas tem menos 32 equipas e menos 163 elementos de vigilância e primeira intervenção em incêndios nas áreas protegidas. Só a Peneda-Gerês perde 108 homens.

A conclusão resulta da comparação dos dados sobre os meios do ICNF associados às áreas protegidas constantes nos dispositivos especiais de combate aos incêndios florestais (DECIF) deste ano e dos anos anteriores.

Analisando-se os meios disponibilizados pelo ICNF na fase "Charlie" - a de maior perigo, de 1 de julho a 30 de setembro - verifica-se que este ano há 48 equipas de vigilância da natureza e primeira intervenção com 181 elementos, associadas "às matas nacionais e áreas protegidas".

Em 2011, 2012 e 2013, só para as áreas protegidas (excluindo as matas nacionais), o ICNF indicou 58 equipas e 238 elementos, incluindo sapadores florestais. Em contrapartida, os meios alocados em 2014 diretamente àqueles espaços são 26 equipas e 75 vigilantes da natureza (não há sapadores) - menos 32 equipas e 163 operacionais.

Vinhos: Master Classes reforçam o conhecimento de especialistas internacionais



Promovidos no âmbito do Concurso Vinhos de Portugal nos dias 13, 14 e 15 de Maio, no IVV, em Lisboa

Os jurados do Concurso Vinhos de Portugal foram convidados a participar em três Master Classes, promovidos pela ViniPortugal com o apoio da Revista de Vinhos. Serão realizados nos dias 13, 14 e 15 de Maio, pelas 17h, na Sala da Embaixada do Vinho, na sede do IVV, na Rua Mouzinho da Silveira nº 5 em Lisboa.

Os Master Classes "Castas Brancas", "Castas Tintas" e "Vinhas Velhas" terão o objectivo de aprofundar o conhecimento dos jurados, nomeadamente dos 25 especialistas internacionais, sobre os Vinhos de Portugal, designadamente ao nível da especificidade e história dos Vinhos de Portugal e a evolução positiva e a capacidade de envelhecimento, destacando bons exemplos.

Programa:

Dia 13 - "Castas Brancas". Nuno Oliveira Garcia promoverá uma visita guiada pelas variedades de castas brancas nacionais
Dia 14 - "Castas Tintas". Luis Antunes realçará a variedade de castas tintas
Dia 15 – "Vinhas Velhas". João Paulo Martins enaltecerá a magia das vinhas velhas
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, salienta «Se em 2013 os temas escolhidos foram "A Magia do Alvarinho", "A Elegância e Potência da Touriga Nacional" ou "Grandes Tintos Velhos" a edição de 2014, não será menos interessante nem menos pedagógica "Castas Brancas", "Castas Tintas" e "Vinhas Velhas". Para estes Master Classes a Revista de Vinhos seleccionou um vasta gama de vinhos especiais que serão disponibilizados pelas empresas que inscreveram vinhos no Concurso.»

Fonte:  CV&A


Vinhos do Tejo atingem resultado recorde no Concurso Mundial de Bruxelas



A Região Tejo registou, também, o melhor resultado de sempre no International Wine Challenge

Os vinhos da região do Tejo atingiram um resultado recorde no Concurso Mundial de Bruxelas, um dos mais prestigiados a nível internacional e que premiou cerca de 300 vinhos portugueses.

Das 39 medalhas ganhas pelos vinhos certificados pela Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo), 2 foram de grande ouro, 10 de ouro e 27 de prata.

Ao todo foram 18 os produtores distinguidos neste concurso, composto por um júri internacional de especialistas do sector, muitos deles provenientes de mercados estratégicos para a região vitivinícola do Tejo, como é o caso dos EUA, Brasil, Rússia ou China.

De destacar as duas medalhas de grande ouro ganhas pelos produtores Vale do Armo, com o vinho Vale do Armo Reserva 2011, e pela Sociedade Agro Alimentar da Mascata, com o Quinta do Côro Reserva 2012.

"Estamos muito satisfeitos com estes resultados. Vencemos mais do dobro das medalhas que tínhamos ganho em 2013 neste concurso, o que só mostra o reconhecimento que os nossos vinhos têm tido internacionalmente, o que, por sua vez, se tem vindo a refletir nos nossos resultados de exportação", afirma João Silvestre, Diretor-Geral da CVR Tejo.

Também no International Wine Challenge, os produtores do Tejo foram bem sucedidos, arrecadando, um total de 29 de medalhas, 6 de prata e 23 de bronze, mais 7 do que as que tinham conquistado em 2013.

Para além das medalhas de prata e bronze ganhas pelos produtores do Tejo, foram, ainda, 26 os vinhos da região que foram distinguidos com commended.

Fonte:  PressMedia

Cavem aqui, não cavem daqui mas vão praxar para outro lado! *


Carlos Neves

1. Cavem aqui, não cavem daqui!

No início de Março, o Presidente da República desafiou os jovens portugueses a tentarem uma "experiência na agricultura" como alternativa ao desemprego e à emigração, salientando que a agricultura pode mesmo ajudar Portugal a ter uma recuperação económica mais rápida. "Precisamos de convencer mais jovens que esta pode ser uma atividade rentável e que em lugar de irem para o estrangeiro para tentarem encontrar um emprego, podem, eventualmente, beneficiando dos apoios que agora serão reforçados (...), fazer uma experiência na agricultura" (…) O presidente mostrou-se ainda confiante de que o setor pode ajudar a "reduzir o endividamento" do País e ser uma mais-valia para aumentar as exportações.

No seguimento desta notícia da agência lusa veiculada por vários jornais, o "Correio da Manhã" colocou uma sondagem on-line: Concorda com as declarações de Cavaco? Apenas 28% dos leitores concordaram, a opinião dos restantes 72% estendeu-se pelas caixas de comentários dos vários jornais que me escuso de reproduzir e comentar, mas que, com naturais desvios de uma sondagem profissional, revelam que o "povo" não está convencido da "onda agrícola" que recentemente foi adotada pelas nossas elites. Elites que também estranharam quando o Presidente falou de agricultura no discurso do 10 de Junho, mas que agora já se converteram. Por exemplo, os banqueiros já dizem que não querem emprestar mais dinheiro para apartamentos, agora quem apoiar o investimento na agricultura. Pelo contrário, para o povo, pelo menos para o que opina nas redes sociais e caixas de comentários, a agricultura ainda não está na moda. Esse é o povo que preferiu trocar a agricultura pelo trabalho das 9 às 5, mesmo que a receber a miséria do salário mínimo; Que mandou os filhos estudar para fugir da agricultura e que procura ainda hoje um emprego longe do trabalho duro da "lavoura". Sim, a agricultura foi escravatura, foi dura, mal paga, desvalorizada. Ainda é, por vezes. Mas o progresso trouxe ao agricultor qualidade de vida que tirou a muitos setores, a começar pelos funcionários públicos. Portanto, não tenham medo que os vossos filhos ou netos avancem para empresários agrícolas: o sucesso é possível; Não tenham vergonha que sejam trabalhadores agrícolas: podem ser bem pagos para fazer um trabalho útil e honrado.

2. Vão praxar para outro lado!

Ouvi na TSF uma reportagem sobre os serviços da proteção civil de uma Câmara do Algarve (talvez Loulé, não fixei) que percorriam os montes alertando os habitantes para limpar o terreno em volta das casas de modo a prevenir os incêndios de verão. "E dinhêro"? – Foi a resposta em jeito de pergunta, no doce sotaque algarvio de uma idosa com 98 anos. A magra reforma não dava para pagar a limpeza do mato. Ainda cuidava das favas na horta mas já não tinha forças para cortar mato.

A pergunta ficou sem resposta e o noticiário continuou com outras desgraças do mundo mas eu lembrei-me da reportagem da TVI que passara no dia anterior sobre as vítimas da praia do Meco e da "alegada praxe" que a provocou. E das outras notícias que passaram sobre praxes mais ou menos violentas, mais ou menos humilhantes ou absurdas, com mais ou menos rebolar no estrume (praxes de agronomia) mas alegadamente "integradoras". Pois é. Acabou-se com a "tropa" e afinal a malta gosta de sofrer.

Adiante. Liguei as duas notícias. A estudantada quer então integrar-se, sofrer e viver experiências radicais? Deixemos então a justiça (?) tratar dos alegados crimes que os jornalistas vão dissecando em reportagens regulares servidas à hora da novela e pensemos nas praxes do próximo ano, para não voltar a chorar sobre o leite derramado.

Proponho o seguinte: Uma comissão composta pelos "Doutores", "Duxes", mais os "honoris-dux", "veteranos", etc, vai até à câmara municipal ou outro local equivalente (bombeiros?) e pergunta onde há habitações em risco de incêndio a precisar de limpeza. Depois, penduram as capas e batina, vestem o fato-macaco, pegam numa enxada (a proteção civil ou os bombeiros podem emprestar e supervisionar), sobem à serras com os caloiros e limpam alguma coisa. Pode ser um dia por semana. Pode ser só uma semana. Pode ser só um dia por ano. Pode ser só uma hora. Experimentem, vão cansar-se mas sentir-se bem por fazer alguma coisa útil numa "experiência radical".

Era isso que eu queria dizer às comissões de praxe: Em vez de brincarem às máfias para organizarem humilhações que colocam em risco de vila a caloirada, organizem-se para fazer alguma coisa útil. Poupam-se vidas na praia no inverno e vidas na serra no Verão. Aproveitem a ideia e desculpem lá se estou azedo, mas há coisas que revoltam.

PS1 – Em caso de alergia ao pólen ou poeiras também se podem fazer coisas úteis na cidade.

PS2 – Ajudar nas limpezas não tem de ser exclusivo de praxados e/ou esperar pelo próximo ano letivo. Quem for capaz de se organizar para ajudar, avance!

Carlos Neves

(*) Este artigo foi publicado na edição de Maio da Revista "Mundo Rural".

Publicado em 14/05/2014