segunda-feira, 12 de maio de 2014

Desempregados e beneficiários do RSI vão vigiar e limpar florestas

Medida foi anunciada esta segunda-feira por Pedro Mota Soares e conta com meio milhão de euros atribuídos pelo IEFP


Vigilância ajudará a prevenir incêndios
D.R.
12/05/2014 | 14:25 | Dinheiro Vivo
O governo vai colocar os desempregados e os beneficiários do Rendimento Social de Inserção a limpar e vigiar as florestas do País. O protocolo foi assinado esta segunda-feira e conta com 550 ações de prevenção de incêndio, reflorestação e vigilância das florestas do País.
De acordo com o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, o protocolo "Trabalho Social pelas florestas" permite acelerar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho. 
Ao todo serão chamados 2000 desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção que deverão, assim, ter um papel ativo para a proteção ambiental, especialmente durante o verão. A maior parte dos projetos (77%) contemplados no protocolo prevê isso mesmo, a prevenção de incêndios e minimização dos seus efeitos.
"Quanto mais estiver integrado o cidadão, mais facilidade terá em criar um conjunto de redes de ligação e oportunidades que venham a surgir no mercado de trabalho", afirmou esta manhã Mota Soares.
A iniciativa contará com um total de meio milhão de euros alocado pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e com a participação das Câmaras Municipais, que foram as entidades promotoras de 340 projetos aprovados (62%). Além disso, o Ministério da Solidariedade vai trabalhar em cooperação com a Administração Interna, Agricultura e Mar. 
"Estamos aqui no coração das ações de prevenção que tem uma importância grande na altura mais crítica dos fogos, uma vez que contribui, se não elimina, de uma forma significativa os efeitos e as consequências dos fogos florestais", defendeu Miguel Macedo durante a cerimónia.  
Por seu lado, Assunção Cristas afirmou que a iniciativa "mostra que é possível" criar uma rede por todo o país que ajude "a criar uma cultura de colaboração ativa" com soluções que permitam "valorizar a floresta".

1 comentário:

Anónimo disse...

Finalmente uma atitude racional e inteligente.
Faltaria, quanto a mim, integrar essa ação numa fileira sequencial em que os restos vegetais originados na limpeza e proteção das florestas tivessem um fim útil e valorizado comercialmente, com incentivo de ganhos sobre a produção de pellets ou outros subprodutos que ocorram dessa ação em benefício dos envolvidos.
Lembro aqui que nem todos os resíduos florestais terão o mesmo rendimento industrial resultando em pellets com suficiente energia embutida. Ervas secas, capim e outros substratos podem substituir plásticos negros ou fumados usados como combate ás ervas daninhas em cobertura morta durante uma colheita, seguindo então para compostagem, quando o seu envelhecimento o sugira em transformação de sua energia em nutrição através de biodigestor produzindo também o biogás.
De lembrar que, estes serviços também podem ser feitos por prisioneiros com penas reduzidas para quem colabore com a correção dos erros cometidos. Quantos foram presos e condenados por incendiarem florestas?
Estarão ganhando alimentação e bons tratos ás custas do erário público? Então deem-se lhes oportunidades de dignamente colaborarem com a sociedade.

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