sábado, 6 de setembro de 2014

A situação na Ucrânia e as implicações no mercado dos cereais

Setembro 04
08:37
2014

As declarações do Presidente ucraniano, proferidas no dia 30 de Agosto, depois da Cimeira que teve com o Presidente Putin, foram altamente preocupantes, ao afirmar que a Ucrânia se encontra numa encruzilhada, pois, ou sai vencedora do diferendo, ou pode haver uma guerra generalizada contra a Rússia.

Putin quer uma autonomia para as regiões controladas pelos rebeldes, o que pode ser muito complicado para o Governo de Kiev, pois essas regiões, ao tornarem-se autónomas, podem vir a vetar algumas decisões do Governo, como, por exemplo, a aproximação à Europa, o que iria provocar, seguramente, conflitos com a população ucraniana.

Esta hipótese não agrada minimamente à União Europeia e aos Estados Unidos, pois temem que Moscovo a aplique noutras zonas, se for posta em prática.

Contudo, o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, parece estar inclinado em iniciar negociações com a Rússia, o que, por um lado, não vai agradar ao povo ucraniano, mas, por outro lado, vai permitir que os agricultores terminem a colheita de cereais deste ano.

Coloca-se, no entanto, a dúvida do que é que vai acontecer para a próxima campanha, especialmente nas zonas ocupadas pelos rebeldes, sobretudo porque estas regiões precisam dos portos do Mar Negro, que se situam na Ucrânia, para exportarem, não só a produção agrícola, como também a produção industrial.

Entretanto, foi decido um cessar-fogo na região, entre a Ucrânia e a Rússia, o que levou a que o trigo tenha imediatamente descido de preço.

Preço mundial do leite cai abruptamente

Setembro 04
08:37
2014

O preço do leite em pó desceu 20% nos últimos dois leilões organizados pelo Global Dairy Trade. Esta foi a maior queda desde Agosto de 2008, onde o leite em pó desceu 12% numa sessão, só que, nessa altura, realizava-se um leilão por mês e agora realizam-se dois.

Segundo o index do Global Dairy Trade, o index para os produtos lácteos caiu 6,6%, atingindo o valor mais baixo desde Agosto de 2012 e a descida, este ano, já vai em 44%.

Outro indicador importante para o sector é o da descida do preço do coalho para fabricação de queijo, que mostra a redução da produção.

Uma das razões desta descida deve-se ao embargo russo, que tem levado os operadores atingidos a procurar avidamente situações alternativas.

A Rússia era o quarto maior importador de leite em pó.

O desespero está a instalar-se nos operadores, que esperavam grandes compras por parte da China, o que não está a acontecer. Os operadores não querem continuar a acumular stocks e, por isso, estão vendedores, mesmo a baixo preço.

A decisão da Comissão Europeia, de instituir ajudas à stockagem privada para o leite em pó, pode vir a aliviar o mercado e é uma das poucas esperanças para uma recuperação dos preços.

Fonte da imagem - moloko.lida.by

Praesidium do COPA-COGECA confronta o Comissário Ciolos


Setembro 05
12:11
2014

Na reunião extraordinária do praesidium do COPA-COGECA, o Comissário Ciolos foi confrontado com queixas e pedidos de diferentes países.

Assim, a Finlândia diz-se um dos países mais afectados, com gravíssimos problemas no sector do leite e o anúncio da abertura do mercado russo aos produtos lácteos ainda não teve quaisquer efeitos práticos.

A Polónia considerou as ajudas ao sector das frutas e legumes insuficientes e insurgiu-se contra o facto de os agricultores, que não fazem parte das organizações de produtores, serem penalizados face aos que integram essas organizações.

Portugal defendeu que a crise é meramente política, por isso, a diplomacia deve resolvê-la o mais rápido possível.

A Dinamarca pediu ajudas à stockagem para a carne de porco.

A Bégica quer restituições à exportação para os produtos abrangidos pelo mercado e o seu representante disse, mesmo, que se houver queixas de alguns países terceiros, a Comissão pode enviá-las para ele, que, em troca, ele envia as queixas e o descontentamento da opinião pública belga sobre as medidas de distribuição da fruta.

A Espanha quer alargar as ajudas no sector das frutas e legumes e defende que não deve haver diferenças entre produtores integrados em organizações de produtores e os outros.

O Comissário Ciolos respondeu que a Comissão não podia agir fora do quadro legal, pelo que teve de discriminar os agricultores que não integram as OP's. No entanto e como a pior situação é a Polónia, está a estudar uma situação com o Ministro da Agricultura polaco, de modo a resolver o problema com uma solução que pode passar por ajudas nacionais.

Em resposta, a Dinamarca disse que, de momento, não achava oportuna a implementação de ajudas à stockagem privada, mas que a Comissão estava a seguir de muito perto o mercado da carne de porco.

Sobre as restituições, voltou a frisar que não lhe parecia uma medida eficaz. Esclareceu, também, que já no último colégio de Comissários tinha frisado aos seus colegas o facto de esta crise ter como origem decisões políticas, pedindo para que haja uma acção directa da diplomacia.

Com respeito ao aumento das ajudas, disse que é difícil aumentar o orçamento existente, pelo que, neste momento, primeiro iriam usar o existente e, caso esse esgotasse, estava disposto a tentar negociar um aumento do mesmo.

Fonte da imagem - eagri.cz

Comissário Ciolos despede-se dos agricultores

Setembro 05
12:18
2014

O Comissário Ciolos, ao participar na reunião extraordinária do praesidium do COPA-COGECA, terminou as suas intervenções com palavras de adeus aos agricultores, agradecendo toda a colaboração prestada durante o seu mandato e desejando as melhores felicidades para o sector.

Prometeu, também, que o facto de não vir a ser reconduzido, não invalida que, até ao fim do seu mandato, que é no fim de Outubro, irá trabalhar com o mesmo empenho de sempre e tentar todas as soluções para amenizar os efeitos negativos do embargo russo.

Como já tínhamos noticiado, Ciolos tinha vindo a manifestar a sua vontade de continuar no lugar e contava com o apoio do governo romeno. Num volte-face político, que não sabemos explicar, o governo romeno indicou para Bruxelas, que, caso Ciolos não tivesse a pasta da agricultura, então indicavam Corinna Kretsu para o lugar de Comissária.

É sabida a grande vontade do Presidente da Comissão Jean-Claude Juncker em ter mais mulheres no colégio de Comissários e essa posição devia ter sido decisiva para este volte-face político.

O candidato mais bem colocado, neste momento, para a pasta da agricultura é o irlandês  Phil Hogan.

Fonte da imagem - rnews.ro

Simpósio Nacional de Culturas Agro-industriais


Setembro 05
08:27
2014

Irá realizar-se o Simpósio Nacional de Culturas Agro-industriais, organizado pela SCAP e APH, no dia 31 de Outubro em Évora.

Para mais informações Clique aqui.

Dia do Vinho do Porto assinalado pela primeira vez a 10 de Setembro

05-09-2014 


 
A primeira edição do Dia do Vinho do Porto, que se assinala a 10 de Setembro, faz uma homenagem aos viticultores, comerciantes e ao vinho produzido no Douro, a mais antiga e regulamentada região demarcada do mundo.
 
Foi precisamente a 10 de Setembro de 1756 que foi criada a Região Demarcada do Douro, através da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, pelo Marques de Pombal.
 
O «"Port Wine Day" (Dia do vinho do Porto) é um dia de celebração mais especial do vinho do Porto», afirmou à agência Lusa o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel de Novaes Cabral.
 
É um dia também, acrescentou, de homenagem aos produtores, comerciantes e todos os intervenientes que, ao longo da história, ajudaram a consolidar o vinho do Porto como «embaixador da região, da cidade e do país no mundo».
 
E, para esta primeira edição, o IVDP organizou um seminário, que se realiza no Porto, onde vão ser debatidos temas como os "Desafios do mercado asiático" e "O futuro da harmonização da gastronomia e vinhos".
 
Manuel Cabral salientou que o mercado asiático, desde a China, à Coreia do Sul ou outros países, «é relevante e levanta muitas expectativas».
 
Para este seminário foram convidados especialistas que conhecem bem este território e que, por isso, podem desvendar a «efectiva valia desses mercados» e qual a «melhor maneira de os abordar e aí penetrar». «Valia dos mercados e como abordar esses mercados, este é o principal objectivo deste nosso debate», sustentou o presidente do IVDP.
 
Entre os convidados destacam-se a especialista Debra Meiburg, que chega de Hong Kong e é considerada a sétima mulher mais influente no mundo dos vinhos, bem como o sommelier Ferrán Centelles.
 
Manuel Cabral disse que «ainda há muito trabalho a fazer na diversificação dos mercados» de vinho do Porto, mas também na «sustentação dos mercados tradicionais».
 
Actualmente, verifica-se uma grande concentração de vendas deste produto em países como a França, Portugal, Holanda, Bélgica, Estados Unidos da América e Grã Bretanha, os quais compram mais de 80 por cento deste vinho.
 
«Temos que encontrar novos mercados, mas é preciso também trabalhar melhor nos actuais, sobretudo encontrar formas de penetrar com os produtos de valor acrescentado, em particular as categorias especiais de vinho do Porto», frisou. O responsável salientou que as «linhas da comercialização estão em terreno positivo».
 
Entre Janeiro e Junho deste ano, foram vendidos 141 milhões de euros de vinho do Porto, mais 2,3 por cento do que em igual período do ano passado, com um aumento significativo nas categorias especiais. «Estamos no caminho da valorização do produto», salientou.
 
Vendas que se prevê que aumentem ainda mais nos últimos quatro meses do ano, período durante o qual a comercialização de vinho do Porto costuma ter um acréscimo na ordem dos 40 por cento.
 
Durante a tarde do Port Wine Day, os protagonistas são os produtores que vão dar a conhecer e a provar os melhores vinhos vintage da primeira década do século XXI. No dia a seguir, os especialistas e jornalistas que participarem no evento são convidados para uma visita ao Douro.
 
Fonte: Lusa

Douro com cartão de benefício electrónico nesta vindima

 04-09-2014 
 
O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) introduziu nesta vindima o acesso por via electrónica à autorização de produção de vinho do Porto, o antigo cartão de benefício que determina a quantidade destinada a cada viticultor.
 
A autorização de produção corresponde à quantidade que cada produtor pode beneficiar ou transformar em vinho do Porto. O total de benefício fixado para este ano é de 105 mil pipas de mosto, 550 litros cada.
 
«Os viticultores passaram a poder descarregar a sua autorização de produção directamente em sua casa», afirmou à agência Lusa o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral.
 
O acesso electrónico à autorização de produção visa «simplificar» e «acelerar» procedimentos, melhorando assim a relação entre os viticultores e o instituto público.
 
Desta forma, a informação sobre o benefício atribuído a cada produtor foi antecipada para 01 de Agosto, quando anteriormente era dada apenas no final desse mês. Ao mesmo tempo, de acordo com o responsável, reduzem-se custos e adoptam-se práticas mais amigas do ambiente.
 
Com 25 mil viticultores recenseados na Região Demarcada do Douro (RDD), eram impressas, pelo menos, 50 mil páginas em cada vindima, já que cada autorização de produção tem no mínimo duas páginas.
 
Manuel Cabral frisou que o processo está a correr bem e que, até hoje, houve 10.708 autorizações de produção descarregadas online, o que corresponde a 74.652 pipas de mosto generoso. Este valor equivale a 71 por cento do quantitativo global.
 
Ainda restam entregar mais de 23 mil autorizações de produção, as quais estão a ser impressas e irão ser distribuídas aos viticultores pelo procedimento tradicional, em carta enviada por correio.
 
Este valor revela que grande parte dos produtores do Douro possui pequenas parcelas de vinha. A realidade do território revela ainda que muitos são já idosos e possuem dificuldades no acesso às novas tecnologias de informação.
 
Precisamente por causa disso, o processo vai ser introduzido gradualmente, coexistindo a fórmula tradicional e o acesso online. Para ajudar na divulgação desta medida, o IVDP contactou com as câmaras que fazem parte da Comunidade Intermunicipal do Douro e todas as juntas de freguesia da região demarcada, algumas as quais, inclusive, se mostraram disponíveis para ajudar os mais idosos a aceder à internet.
 
Durante a época de vindimas, o IVDP intensifica também as acções de fiscalização. «A nossa fiscalização está no terreno todo o ano. Agora, as vindimas são um período de particular atenção relativamente a determinadas acções de fiscalização», frisou Manuel Cabral.
 
O objectivo é controlar a produção e circulação dos produtos do Douro, garantir o cumprimento das normas em vigor e a genuinidade das denominações de origem Douro e Porto, ou seja, atestar que estes vinhos são feitos com uvas provenientes exclusivamente da região demarcada.
 
Na vindima de 2013, o IVDP fiscalizou 236 centros de vinificação, 277 viaturas e 20 parcelas de vinha, operação que resultou em sete autos de notícia, menos dois do que em 2012.
 
O controlo foi feito em todas as fases da vindima, desde o corte das uvas ao transporte e nos centros de vinificação.
 
Este ano, o IVDP formalizou também um protocolo de colaboração com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) com vista a um trabalho conjunto na defesa e protecção das denominações de origem Douro e Porto.
 
Fonte: Lusa


Instituto Superior de Agronomia na presidência da plataforma europeia agro-alimentar

05-09-2014 
  
O programa Eureka aprovou as novas linhas programáticas para a rede estratégica dedicada ao sector agro-alimentar (EuroAgri) e indicou Portugal, através do Instituto Superior de Agronomia (ISA), para a presidência, anunciou a instituição.
 
O cargo, assumido na segunda-feira pelo ISA, da Universidade de Lisboa, tem a colaboração operacional da PortugalFoods, numa estratégia para a dinamização de projectos de investigação e desenvolvimento orientados para o mercado.
 
A escolha de Portugal teve em consideração, entre outros factores, o histórico de interacção científica com a América Latina e a proximidade com mercados em crescimento como aqueles dos países lusófonos.
 
O EuroAgri é uma plataforma operacional estratégica do Eureka, que reúne 43 países, e através da qual foram desenvolvidos alguns produtos, como saladas prontas a comer, maçãs fatiadas e prontas a comer ou a redução substancial de químicos no armazenamento de arroz, exemplos que envolveram competências portuguesas, refere um comunicado da Universidade de Lisboa.
 
Fonte: Lusa

Países da UE não conseguem travar entrada de produtos de madeira ilegal


por Ana Rita Costa
5 de Setembro - 2014
A WWF – World Wide Fund for Nature revelou esta semana que mais de um ano após a entrada em vigor da lei sobre o comércio de madeira da UE, uma investigação realizada por si confirma que muitos países da União Europeia continuam a não conseguir travar a entrada de produtos de madeira ilegal nos mercados da UE.

 
O barómetro da WWF sobre a União Europeia mostra que apenas 11 países da União Europeia adotaram até agora a legislação e as medidas nacionais consideradas "firmes o suficiente" para controlar a legalidade da madeira e dos produtos de madeira, definindo penalizações para aqueles que infringem as regras. Esses países são a Bélgica, o Chipre, a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia, a Lituânia, o Luxemburgo, os Países Baixos, Portugal, Eslovénia e Reino Unido.

De acordo com a organização ambiental, "Portugal, especificamente, apresenta um bom desempenho e tem demonstrado, desde que se faz este barómetro, melhorias claras na política de legalidade. Especificamente sobre a implementação da EUTR em Portugal, a WWF congratula-se que o regulamento tenha sido rapidamente transposto para a legislação nacional."

A WWF quer agora que a Comissão Europeia "utilize os resultados das pesquisas para colocar mais pressão sobre os governos nacionais e tomar medidas legais contra os países não compatíveis."

Anke Schulmeister, da WWF, defende que "o Banco Mundial estima que a cada dois segundos, uma área de floresta do tamanho de um campo de futebol é destruída por madeireiros ilegais em todo o mundo. É preocupante ver que, apesar duma plena consciência da UE da dimensão e impacto da exploração madeireira ilegal e da sua responsabilidade em combater este tipo de criminalidade, os países da UE ainda estão a permitir que toneladas de produtos de madeira de origem ilegal atravessem as suas fronteiras. É preciso garantir que as florestas são geridas de forma sustentável, que o ambiente e as comunidades sejam protegidos e que os mercados europeus não sejam invadidos e prejudicados por produtos ilegais de preços baixos."

Jornadas Técnicas da Feira do Porco colocam suinicultura em discussão


por Ana Rita Costa
5 de Setembro - 2014
As Jornadas Técnicas da 22ª Feira do Porco realizam-se nos próximos dias 26, 27 e 28 de setembro, em Montijo e irão colocar vários temas ligados à suinicultura em debate.

 
No dia 26 de setembro realiza-se o "Seminário FPAS – A Suinicultura no âmbito do PDR 2014/2020"que para além dos constrangimentos da produção europeia irá também debater a importância técnica e económica da mão-de-obra face às novas realidades da exploração suína, a segmentação de ciclo, a produção e maneio de efluentes e o comércio mundial de carne de porco e sua repercussão na Península Ibérica.

No dia 27 o tema em destaque será "A suinicultura portuguesa no horizonte 2020", com a abordagem de questões como o novo regime de exercício da atividade pecuária, o seguro pecuário e a nova PAC e o setor da suinicultura.

No último dia do evento haverá lugar para uma cerimónia de entrega de diplomas às empresas participantes na Feira do Porco.

Estudo acredita que metade dos países produtores serão invadidos por pragas até 2050


por Ana Rita Costa
5 de Setembro - 2014
Os principais países produtores de culturas agrícolas estarão completamente "inundados" de pragas em 2050 se a propagação se mantiver ao ritmo atual. A conclusão é de um estudo da Universidade de Exeter, que defende que daqui a 30 anos teremos que enfrentar uma "grave ameaça para a segurança alimentar mundial."

 
As pragas que afetam as diversas culturas agrícolas a nível mundial incluem fungos, bactérias, vírus, insetos, nematodes e viroses. O estudo recentemente publicado descreve os padrões e tendências de propagação de cada uma delas, utilizando bases de dados mundiais para definir os fatores de influenciam o número de países alcançados por elas.

De acordo com o estudo, as pragas que podem vir a ser as mais invasivas nos próximos anos são nematodes tropicais, cujas larvas infetam as raízes de diferentes espécies de plantas, fungos como os que causam o oídio de trigo, e o citrus tristeza vírus, que apareceu inicialmente em Espanha e Portugal e que atualmente afeta cerca de 145 países produtores de citrinos. 

Agim promove curso de aplicação de fitofarmacêuticos


por Ana Rita Costa
5 de Setembro - 2014
A Agim vai lançar um curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos, em horário pós-laboral, que se inicia a 20 de outubro nas instalações do Edifício VougaPark, em Paradela do Vouga.

 
Este curso, que terá a duração de 35 horas, destina-se a agricultores e outros interessados que apliquem ou venham a aplicar produtos fitofarmacêuticos, nomeadamente pessoas ligadas de qualquer forma à atividade agrícola.

Este curso é homologado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) e tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos agricultores ou outros aplicadores que utilizam produtos fitofarmacêuticos.

Para além da obtenção de um certificado de qualificações, o curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos possibilita ainda a obtenção de um certificado profissional de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, emitido pela DRAP, com acesso ao cartão de aplicador.

Para mais informações contacte o 234597020 ou o email angela@agim.pt.

Portugueses compram cada vez menos marcas da distribuição


ANA RUTE SILVA 05/09/2014 - 08:27
Promoções em produtos com marca de fabricante baixam preços e levam consumidores a comprar menos marcas alternativas.

 
Relação entre marcas da distribuição e marcas próprias foi apelidade de "combate da década" DANIEL ROCHA
 
São mais baratas e oferecem produtos equivalentes mas em tempos de travão no consumo não estão a conseguir ganhar quota de mercado. As marcas da distribuição (que começaram por ser de chamadas de marca branca, ou seja, sem qualquer logótipo) estão a perder quota de mercado desde 2012, e nos primeiros seis meses de 2014 recuaram dois pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2013. De acordo com o Barómetro da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), no carrinho de compra dos portugueses, 36,2% dos produtos ostentam a marca do híper ou supermercado, mas há um ano o peso era de 38,2%.

Ao mesmo tempo, as marcas de fabricante, ou seja, detidas pelas empresas de grande consumo (como a Nestlé, Unilever ou a Procter and Gamble) conseguiram crescer. Os dados da Nielsen, citados pela APED, mostram que a quota cresceu de 61,8% no primeiro semestre do ano passado, para 63,8% no mesmo período deste ano, ou seja, dois pontos percentuais. Este é um cenário bem diferente do que se verificava em 2012. Até esse ano, as marcas da distribuição estavam a ganhar terreno, conquistando sucessivamente quota de mercado. O Barómetro da APED dava conta de um peso de 37,3%%, que desceu para 35,7% em 2013.

Afinal, o que mudou? Distribuição e indústria têm explicações diferentes.

Para conseguirem conter o recuo nos gastos, provocado pela crise económica e financeira, os maiores fabricantes viram-se obrigados a reforçar as promoções oferecendo, por exemplo, dois produtos pelo preço de um, ou apostando em campanhas que apelavam ao consumo "das marcas de sempre". Os preços aproximaram-se e, na hora de comprar, os portugueses optaram pelos produtos mais reconhecidos, tendo em conta a reduzida diferença de valores. Pedro Pimentel, director-geral da Centromarca, diz que "quando a indústria é confrontada com quedas muito substanciais de vendas é a própria estrutura empresarial que fica em causa". "Isso faz com que, enquanto é possível, as empresas façam um esforço para se tornarem mais apetecíveis para o consumidor", sublinha.

Por outro lado, as cadeias de distribuição também preferem apostar em descontos nas marcas dos fornecedores, já que "os encargos com as promoções recaem nos fabricantes e não nos próprios". Pedro Pimentel diz ainda que Portugal teve, nesta matéria, uma tendência diferente dos países europeus. "Neste período, as marcas da distribuição explodiram, ao contrário do que aconteceu por cá", afirma.

Mas para a grande distribuição, a descida das marcas próprias "não tem exclusivamente a ver com a dinâmica promocional". Ana Isabel Trigo de Morais, directora-geral da APED, lembra que a evolução deste tipo de produtos tem sido "significativa". "Começaram por ser marcas brancas, depois usaram a insígnia do retalhista, em seguida criaram-se marcas de raiz e, agora, já são vendidas fora das lojas desses operadores", ilustra.

Sublinhando que um terço do mercado de bens de grande consumo pertence aos produtos da grande distribuição, Ana Isabel Morais diz que este "é um mercado dinâmico e concorrencial, que funciona construindo a melhor proposta de valor para o consumidor". "É aqui que se faz a disputa entre estas categorias de produtos", afirma, acrescentando que a variação de quotas é sinal de um "normal funcionamento do mercado". "As marcas da distribuição ganharam a confiança dos consumidores, a que se juntou um período de queda de poder de compra. Como a procura é sobretudo orientada pelo preço, neste momento, o que vimos foi uma resposta concorrencial de produtos das mesmas categorias que aconteceu não apenas no preço, mas também no reposicionamento", explica.

Esta alteração de tendência teve impactos nos principais operadores. No caso da Sonae MC (que agrupa o retalho alimentar do grupo Sonae, dono do Continente e do PÚBLICO), as marcas próprias valiam 31% nas vendas no primeiro semestre, a mesma percentagem verificada há um ano, na mesma altura. Já o grupo Jerónimo Martins, dono do Pingo Doce, admite no seu relatório e contas de 2013 que "as marcas de indústria foram o principal motor de crescimento de vendas do Pingo Doce, fortemente influenciadas pela actividade promocional da companhia". Como consequência, as vendas de marca própria reduziram o seu peso nas vendas em 3,8 pontos percentuais.

Certo é que, o cenário actual é bem diferente dos tempos pré-crise. A relação entre as marcas foi até apelidada como "o combate da década" pela agência de publicidade BBZ que, numa análise feita em 2010, concluiu que a opção entre marcas da distribuição e dos fornecedores da indústria não era apenas uma questão financeira: os carrinhos de compra enchem-se sempre de produtos das duas.

Dacian Ciolos não será o próximo comissário da Agricultura

05-09-2014 
 
No âmbito do sector agrícola da União Europeia, sabe-se já que Dacian Ciolos não repete um segundo mandato como comissário europeu da Agricultura. Cada país apresenta o seu candidato, nas é o próximo presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, quem divide as pastas através de entrevistas pessoais a cada um deles.
 
Dacian Ciolos ficou de fora, tendo a Roménia apresentado como candidata a socialista Corina Cretu, vice-presidente do Parlamento Europeu. Segundo os rumores, o governo romeno cedeu a pressões de Juncker para apresentar uma mulher de forma alcançar a paridade, e em troca, uma maior possibilidade de conseguir a desejada pasta da Política Regional.
 
Para Comissário de Agricultura já circularam alguns nomes favoritos. Um dos quais o irlandês Phil Hogan, que até Julho passado foi o ministro do Ambiente, cargo que desempenhou durante três anos.
 
Outro dos nomes avançado é o austríaco Johannes Hahn, o actual comissário de Política Regional e que voltou a ser apresentado pelo seu país, sendo pouco provável eu mantenha esta mesma pasta, que consequentemente, é o objectivo da Roménia.
 
Miguel Arias Cañete é outro possível candidato para a Agricultura devido à sua larga trajectória no sector e outras vozes apontam Cañete como comissário de I+D.
 
Tradiconalmente, em Bruxelas opta-se por comissário da Agricultura que procedentes de país que não tiveram um grande peso agrícola, para evitar possíveis conflitos de interesses. Os últimos comissários foram o austríaco Franz Fischler, de 1995 a 2004, a dinamarquesa Marian Fisher-Böel, de 2004 a 2009 e o romeno Dacian Ciolos, de 2010 a 2014.
 
Fonte: Agrodigital

Produtores de frutas e hortícolas recebem 500 mil euros da UE para compensar embargo russo


 
A União Europeia vai pagar cerca de 500 mil euros a empresas portuguesas de frutas e hortícolas para as compensar pelo embargo da Rússia aos seus produtos, um valor que poderá vir a subir, disse hoje a ministra da Agricultura.

Para minimizar o impacto do embargo russo, a Comissão Europeia aprovou um pacote financeiro de 125 milhões de euros para compensar os produtores hortícolas europeus afetados pelo embargo de um ano decretado pela Rússia.
À saída do Conselho de Ministros da Agricultura, em Bruxelas, realizado para avaliar o impacto do embargo russo no setor agrícola europeu, Assunção Cristas disse que, na primeira fase de candidaturas a apoios financeiros, as empresas portuguesas do setor de frutas e hortícolas pediram apoios, no total, de cerca de 500 mil euros.
"No primeiro impacto, são as frutas e hortícolas [as mais impactadas pelo embargo] e foram essas que se candidataram a essa ajuda, com candidaturas de cerca de meio milhão de euros", disse a ministra da Agricultura aos jornalistas, acrescentando que o valor deverá ser aprovado e que será completamente financiado pelo orçamento comunitário.
A governante disse ainda que, se for necessário, mais fases de candidaturas se seguirão.
Nestes casos, a Comissão Europeia compra aos produtores os produtos que deveriam ir para o mercado russo, retirando-os do mercado. Em Portugal, esses produtos são depois distribuídos às famílias carenciadas através do Banco Alimentar.
Também hoje, a ministra disse que o embargo da Rússia a produtos europeus poderá ter um impacto direto de até 15 milhões de euros em Portugal: "Dos 50 milhões de exportações [anuais] que temos para a Rússia, apenas 15 milhões de euros é que têm impactos, uma vez que há vários setores, como vinho e azeite, que não estão abrangidos".
Assunção Cristas lembrou, no entanto, que o impacto pode vir a ser maior, tendo em conta os efeitos indiretos, que dependem também do tempo que o embargo demorar.
Mesmo empresas portuguesas que não exportam diretamente para a Rússia, podem ver os mercados em que estão saturados com produtos de produtores que exportavam para a Rússia e que agora tentam vendê-los ali, o que terá consequências negativas no negócio.
O setor da carne de porco, disse Assunção Cristas, será um dos que poderá vir a sofrer com a saturação do mercado europeu.
"A discussão hoje entre ministros foi sobre como aproveitar os mecanismos existentes e sinalizar [à Comissão Europeia] que é preciso ter muita atenção a todos os setores, para que se vierem a ter um impacto negativo virem a ser apoiados", afirmou.
Para a ministra, minimizar o impacto desse embargo passa também por os produtores procurarem novos mercados, assim como pelos consumidores preferirem produtos portugueses.
Sobre leite e laticínios, a ministra disse que as empresas que se considerem afetadas podem recorrer às ajudas da União Europeia para a armazenagem privada, que já existem.
O embargo da Rússia a produtos europeus é a represália de Moscovo pelas sanções da União Europeia pelas violações russas da soberania da Ucrânia.
Dinheiro Digital com Lusa

«Carneiro zangado» abate drone


«Carneiro zangado» abate drone


Um carneiro na Nova Zelândia não gostou de ser filmado por um pequeno drone e acabou por abater o engenho.
«Rambro, o carneiro zangado» é protagonista de vários vídeos colocados no YouTube por um utilizador identificado como buddhanz1.
Desta feira, buddhanz1 tentou filmar o carneiro usando um pequeno drone. Quando o aparelho se aproximou demasiado, Rambro investiu e abateu-o.
Mais tarde, quando buddhanz1 tentou recuperar o aparelho também foi alvo da fúria do carneiro.

Acidentes mortais com tractores são tragédia nacional


Mas Governo não dá mostras de reconhecer a trágica situação 

Segundo dados recentes da GNR, em ano e meio, desde Janeiro de 2013 a Julho de 2014, em Portugal houve 115  mortos e 83 feridos graves em acidente com Tractores, a maior parte dos quais ocorrida durante a fase de trabalho.

O nosso País regista, assim, uma taxa insuportável, das maiores em todo o mundo, de acidentes com máquinas agrícolas (tractores) – como acontece todos os anos – de onde resultam um elevadíssimo número de mortos e de feridos graves e, também,  consequências dramáticas para os familiares dos sinistrados.

Aliás, este é um dos mais graves problemas a afectar os nossos Agricultores – aqueles que trabalham, que não são absentistas -- e a Agricultura Familiar Portuguesa e pode caracterizar-se como verdadeira tragédia nacional !

Pois o Governo - na linha aliás de Governos anteriores – parece não dar conta da extrema gravidade da situação.

Assim, à parte um ou outro "programazinho" praticamente avulso, e ao contrário daquilo que a CNA vem propondo desde há muito e desrespeitando, até, uma "resolução" (apresentada pelo PCP) aprovada por unanimidade pela Assembleia da República, o facto é que os sucessivos Governo não criaram as condições – financeiras – técnicas – institucionais – para a elaboração e execução, partilhadas pelas Organizações Agro-Rurais, de um Programa Nacional de Sensibilização e Formação Contra Acidentes com Máquinas Agrícolas, obviamente, com o objectivo de prevenir e reduzir, ao mínimo, o número e a gravidade destes acidentes. 

Um Programa Nacional de Sensibilização e Formação dos Agricultores, com incidência específica e sistemática sobre todos os conhecidos aspectos que mais convergem para a tragédia – excesso de horas seguidas de trabalho com tais máquinas – terrenos acidentados – mau estado crónico de caminhos agro-rurais – máquinas "velhas" – facilitismo em termos de segurança. 

Eis uma reclamação que a CNA mantém e acentua junto do Governo e demais Órgãos de Soberania ! 

É necessário agir para se evitar a tragédia dos acidentes graves com Tractores e outras Máquinas Agrícolas !

5 de Setembro de 2014
 A Direcção da CNA

Debate em Bruxelas: Proibição russa de importação de produtos alimentares da União Europeia

Maria Antónia Figueiredo, na qualidade de Vice-Presidente da COGECA - Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia, reuniu esta quinta-feira, 3 de Setembro de 2014, com o Comissário Europeu de Agricultura, Dacian Ciolos para debater a grave crise que existe na UE, resultante do embargo da Rússia às exportações de produtos agrícolas e agro-alimentares, tendo manifestado a necessidade urgente de uma Solidariedade Europeia para estabelecer a estabilidade do mercado, que não seja exclusivamente da PAC.

 Foi pedida uma solidariedade com outros fundos do orçamento geral da União Europeia. A Comissão tem essa responsabilidade, porque os agricultores e as suas cooperativas não têm capacidade de responder aos custos resultantes de aspectos geoestratégicos.

O Presidente da Federação Russa decidiu, em 6 de Agosto de 2014, impor um embargo, com duração de um ano, sobre os produtos agrícolas dos países que implementaram sanções financeiras contra a Rússia, na sequência da crise no leste da Ucrânia. O Primeiro Ministro russo, em 20 de Agosto de 2014, publicou nova legislação que altera a anterior.

O embargo diz respeito a produtos agrícolas e alimentares, que incluem leite, peixe, frutas e legumes e todos os tipos de carne. Ficaram excluídas deste embargo o vinho, as bebidas espirituosas e os cereais.

A União Europeia sabia que ao impor retaliações à Rússia iria ter resposta. E é a Agricultura e as suas Organizações que estão a pagar o preço elevado dessa retaliação.

As medidas tomadas para as frutas, legumes e leite, são manifestamente insuficientes. Os sectores da pecuária atingidos ainda não tiveram qualquer resposta da Comissão Europeia.

Assim, foi solicitado ao Comissário Europeu urgência na tomada de medidas adicionais para salvaguardar os agricultores e as cooperativas europeias.

Fonte:  Confagri

PJ deteve suspeito de atear mais de 50 fogos em Seia, Guarda e Nelas



Clique para aumentar


A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um homem, que já foi bombeiro e que tem o curso de sapador florestal, pela alegada autoria de mais de meia centena de incêndios florestais na região Centro.

Segundo uma nota do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, o detido, desempregado, com 25 anos, está "fortemente indiciado" da prática de várias dezenas de incêndios florestais registados nos distritos de Guarda (concelhos de Seia e Guarda) e de Viseu (concelho de Nelas).

Os incêndios ocorreram entre 2011 e a presente data, "com particular incidência no período compreendido entre os meses de Junho e Setembro do corrente ano", refere.

Fonte:  Lusa

Ministros europeus da Agricultura debatem medidas para aliviar embargo russo



Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) reúnem-se hoje à tarde, em Bruxelas, com as medidas para aliviar o impacto do embargo da Rússia a produtos europeus em agenda.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia propôs o reforço, em 30 milhões de euros, das verbas para promoção de produtos agrícolas e procura de novos mercados.

A Comissão Barroso considera ainda a possibilidade - que tem que ser aprovada pelos ministros - de adoptar medidas específicas para ajudar pequenos produtores.

Portugal estará representado pela ministra da Agricultura e das Pescas, Assunção Cristas.

A 20 de Agosto, a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse que o Governo estava preocupado com os produtores de carne afectados pelo embargo russo e que iria discutir, em Bruxelas, a possibilidade de o sector receber ajuda europeia.

Fonte:  Lusa

Embargo russo pode ter impacto direto de até 15 ME em Portugal


Impacto pode afetar sobretudo o setor de frutas e hortícolas, alerta a ministra Assunção Cristas

Por: Redacção / LF    |   2014-09-05 17:49

O embargo da Rússia a produtos europeus poderá ter um impacto direto de até 15 milhões de euros em Portugal, sobretudo no setor de frutas e hortícolas, disse esta sexta-feira a ministra da Agricultura, adiantando que foram tomadas medidas para minimizar as consequências.

«Dos 50 milhões de exportações que temos para a Rússia, apenas 15 milhões de euros é que têm impactos, uma vez que há vários setores como vinho e azeite que não estão abrangidos», disse Assunção Cristas aos jornalistas, citada pela Lusa, à saída do Conselho de Ministros da Agricultura, em Bruxelas, realizado para avaliar o impacto do embargo russo no setor agrícola europeu.

A ministra disse que o setor que vai sofrer mais o impacto é o de frutas e hortícolas, e que Bruxelas já lançou um programa para comprar esses produtos aos produtores, retirando-os do mercado. Em Portugal, esses produtos são depois distribuídos às famílias carenciadas através do Banco Alimentar, explicou.

Além disso, afirmou Assunção Cristas, há outros setores que podem sentir o impacto do embargo, como o da carne de porco, devido à saturação do mercado europeu. Como há produtores que não estão a conseguir exportar para a Rússia, tentam por os produtos noutros países europeus, onde estão as empresas portuguesas, retirando-lhes mercado.

O embargo da Rússia a produtos europeus é a represália de Moscovo pelas sanções da União Europeia pelas violações russas da soberania da Ucrânia, lembra ainda a Lusa.

IVDP quer o vinho do Porto no calendário


 
10 de setembro, 9h00, Alfândega do Porto
 
É já no dia 10 de setembro, quarta-feira, que o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto I.P. (IVDP) promove a primeira edição do Port Wine Day. Esta celebração do vinho do Porto, que o IVDP pretende que aconteça anualmente, decorre no dia em que em 1756 foi criada a primeira região demarcada e regulamentada do mundo, o Douro Vinhateiro. A iniciativa vai juntar, durante a manhã, especialistas nacionais e internacionais num seminário sobre vinhos, gastronomia e mercados e, à tarde, estes peritos encontram-se numa prova de 78 Vintages da primeira década do século XXI com 30 produtores de vinho do Porto. Debra Meiburg, Master of Wine e considerada em 2012 a 7ª mulher mais influente do mundo do vinho, e Ferrán Centelles, que foi Sommelier do prestigiado restaurante espanhol elBulli e é especialista regional de vinhos espanhóis para a Jancisrobinson.com, são os keynote speakers. O Port Wine Day decorre na Alfândega do Porto a partir das 9h00.
 
De acordo com o presidente do IVDP, "o Port Wine Day é uma homenagem ao vinho do Porto e à Região Demarcada do Douro, aos produtores, aos comerciantes e a todos os intervenientes que ao longo da história consolidam o vinho do Porto como embaixador da região, da cidade e do país. Esta é uma grande festa que celebra a denominação de origem Porto e que gostaríamos de realizar anualmente". conclui Manuel de Novaes Cabral.
 
"Desafios do mercado vinícola asiático" e "Futuro da harmonização da gastronomia e vinhos" são os temas do seminário que decorre entre as 9h00 e as 13h00, em inglês. O primeiro painel, moderado por Manuel Carvalho, jornalista do Público, reúne a Master of Wine Debra Meiburg, David Chow, fundador e CEO da distribuidora Altavis Fine Wines e premiado com o "DuPont Corporate Marketing Excellence Award" pelo seu desempenho no "China Retail Consumer Business Project," e Jordi Franch, diretor comercial da Miguel Torres, com experiência nas áreas de marketing e gestão em vários mercados.
 
O painel "Futuro da harmonização da gastronomia e vinhos" conta com Ferrán Centelles, Sommelier do conceituado restaurante espanhol elBulli entre 2000 e 2011 e especialista regional de vinhos espanhóis para a Jancisrobinson.com, Vítor Claro, produtor de vinho com a marca Dominó e empresário de restauração, Pedro Araújo, Chef Executivo no Hotel Fábrica de Chocolate em Viana do Castelo, e Sébastién Gaudard, o "Petit Prince" da pastelaria francesa. Este painel será dirigido por João Pires, Master Sommelier, um título que menos de 200 pessoas conseguiram alcançar em todo o mundo.
 
Após o seminário e durante a parte da tarde, 30 produtores terão 78 vinhos na Prova de Vinhos do Porto Vintage da primeira década do século XXI, que contará com apresentação do enólogo Bento Amaral.
 
A Região Demarcada do Douro foi criada no dia 10 de setembro de 1756 através do Alvará de Instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.

fonte: mediana

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

IFAP pagou 58 milhões de euros em agosto

por Ana Rita Costa

4 de Setembro - 2014
O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas procedeu, durante o mês de agosto, a pagamentos de cerca de 58 milhões de euros.

 
O Proder recebeu, para as Medidas de Investimento, um total de 43,6 milhões de euros, e as Medidas Transitórias receberam cerca de 5,4 milhões de euros.

O novo Regime da Vinha foi beneficiado com 3,5 milhões de euros, a Florestação de Terras Agrícolas recebeu 1,1 milhões de euros, assim como o POSEI Abastecimento, e as Pescas foram contempladas com 1,1 milhões de euros.

APED considera que primeiro semestre evidenciou sinais de deflação na economia portuguesa


A directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel Morais, considerou hoje que o primeiro semestre evidenciou sinais de deflação na economia portuguesa, sobretudo ao nível dos produtos alimentares.

"Detectámos que o que está a acontecer na economia portuguesa é um fenómeno de deflação, que se sente essencialmente ao nível dos produtos alimentares e que tem levado a uma estabilização do crescimento do volume de vendas e negócios" das empresas, disse a responsável em declarações à agência Lusa a propósito da apresentação do barómetro de vendas da APED relativo ao primeiro semestre.

De acordo com Ana Isabel Morais, este fenómeno foi "desde logo sentido no início do ano, no primeiro trimestre", com os preços do grande consumo alimentar a evidenciarem o fenómeno de deflação.

"Vamos ver como se comportam as vendas do segundo semestre e como se desenvolve o ambiente macroeconómico, que é fundamental para não deixar que se instale na economia portuguesa o fenómeno de deflação", disse.

De acordo com as conclusões do barómetro da APED, a deflação sentida sobretudo nos produtos alimentares conjugada com a aposta em diversos formatos promocionais foi a principal responsável pela estabilização do crescimento das vendas do retalho alimentar, de 0,4%.

Assim, segundo os dados da associação, o preço médio no ramo alimentar (que não inclui actividades promocionais em que o desconto incide sobre o `ticket` total) baixou 0,2% no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo de 2013.

Fonte:  Lusa

Publicação da Lei nº 74/2014 com alteração dos estatutos da Casa do Douro

Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro



Presidente da República e Governo, associados, não perdem tempo a aprovar e publicar a Lei nº 74/2014 que mais não é senão o maior "roubo" feito à Lavoura Duriense de há 40 anos para cá!

Esta Lei n.º74/2014, de 2 de Setembro, e cita-se:- "Autoriza o Governo a alterar os Estatutos da Casa do Douro aprovados pelo Decreto-Lei n.º 277/2003, de 6 de Novembro, a definir o regime de regularização das suas dívidas, bem como a criar as condições para a sua transição para uma associação de direito privado, extinguindo o actual estatuto de associação pública da Casa do Douro".

O Presidente da República, ao promulgar esta Lei, aprovou, institucionalmente, a publicação de uma autêntica "lei-roubo" da Casa do Douro e do Património da Lavoura Duriense – em especial do "stock" de Vinho do Porto – para os colocar debaixo do controlo do grande comércio de Vinho do Porto e dos Vinhos de Mesa Douro.

Esta "lei-roubo" altera, ainda, o sistema de representação dos Vitivinicultores Durienses no "Conselho Interprofissional" do IVDP.

O novo regime institucional para a nova Casa do Douro – privada – deve estar a funcionar a partir de 1 de Janeiro de 2015.
Até lá, há um "regime de transição", com obrigações várias a recaírem sobre a Direcção em funções na "actual" Casa do Douro, ainda pública.

Só a Direcção que vier a ser eleita para a "nova" Casa do Douro – privada -  poderá gerir em pleno a nova instituição.

Todavia, o Governo e a maioria "proíbem" expressamente que, mesmo a futura Casa do Douro – privada que seja – possa intervir na comercialização de vinhos. Ou seja, a futura Casa do Douro continua sem ter uma competência fundamental.

Resta saber se essa intervenção "proibida" será, apenas, para a comercialização DIRECTA de Vinhos ou se a futura Casa do Douro poderá intervir na comercialização de forma INDIRECTA, por exemplo, através da Real Companhia Velha ou através de "Agrupamentos de Produtores" de Vinhos do Porto ou do Douro.

AVIDOURO denuncia as decisões institucionais e políticas do Governo, da sua maioria parlamentar e, agora, do Presidente da República, num processo de espoliação do valioso Património da Lavoura Durienses, processo que vai contra a vontade e os interesses da Região Demarcada do Douro.

GOVERNO E MAIORIA FAZEM O MAL E A CARAMUNHA

É caso para dizer, que País é este? E, de facto, este nosso País, de que muito gostamos, está a ser (des)governado por gente que faz o mal e a caramunha para prejudicar o pequeno e médio Agricultor, o pequeno e médio Vitivinicultor.

Temos um governo cuja única medida que tomou, até agora e expressamente destinada aos pequenos e médios Agricultores, foi a das imposições fiscais desadequadas e que estão a forçar ao desaparecimento milhares de pequenos Lavradores.

Passando de novo à questão da publicação da alteração do Estatuto da Casa do Douro, que vai transformar esta numa mera Associação Privada, já muito a AVIDOURO disse, contestou e alertou para os danos que esta alteração vai provocar na vida de milhares de vitivinicultores desta Região.

Também afirmamos que esta decisão tem objectivos, já delineados e assumidos, que visam favorecer o grande comércio do sector e a CAP.

Senhores governantes:- não basta afirmarem que são democráticos! Também têm que  parece-lo ! Mas aquilo a que estamos a assistir é a um "assalto" legalizado àquilo que foi construído com sangue suor e lágrimas  por milhares de Vitivinicultores da Região:- a nossa Casa do Douro e o Património da Lavoura Duriense!

AVIDOURO, mais uma vez reclama que é necessário manter a Casa do Douro com o estatuto de Associação Pública e representativa de todos os Vitivinicultores da Região Demarcada do Douro.

Com publicação ou sem publicação desta "lei-roubo", a AVIDOURO vai continuar a lutar para que esta decisão não se venha a concretizar.

Para tal, mais uma vez apelamos à unidade de todas as Entidades da Região ligadas ao sector para que lutem em Defesa da Casa do Douro, em Defesa do Património da Lavoura Duriense, em Defesa dos milhares de Vitivinicultores da Região.

PETIÇÃO EM DEFESA DA CASA DO DOURO

Continua a decorrer em toda a Região uma Petição, lançada pela AVIDOURO em Defesa da Instituição Casa do Douro, em Defesa dos milhares de Viticultores da Região.

A AVIDOURO, não vai esmorecer a sua Luta. Sempre em Defesa do Vitivinicultores, sempre em defesa da Região Demarcada do Douro. 

“Portugal tem belíssimos produtos diferenciados”, diz ministra da Agricultura


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse ontem que Portugal tem "belíssimos produtos diferenciados", afirmando que os portugueses têm muito a ganhar na valorização dos produtos nacionais.

Durante a inauguração da Festa do Leitão à Bairrada, em Águeda, a ministra referiu que os portugueses andaram deslumbrados com tudo aquilo que vinha de fora e que era novidade e, talvez, não tivessem valorizado aquilo que era próprio da nossa terra.

"Hoje, todos nós portugueses valorizamos cada vez mais o que tem a ver com as nossas tradições, com a nossa gastronomia e com as nossas receitas e o leitão é um exemplo claro disso", referiu Assunção Cristas.

A ministra desafiou ainda os portugueses a inovar e a criar novas tradições, alegando que "daqui a muitos anos as tradições que hoje se criam darão cartas seguramente".

A 21.ª Festa do Leitão à Bairrada arrancou esta quarta-feira, com a presença de cinco restaurantes que vão vender a dose de leitão a 12,50 euros, mantendo o preço do ano passado.

Organizada pela Associação Comercial de Águeda (ACOAG) em parceria com a Câmara Municipal, a Festa tem como objetivo promover o leitão assado à Bairrada, que foi eleito uma das "Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal", em 2011.

O certame, que se realiza simultaneamente com a 17.ª mostra de Artesanato e Gastronomia de Águeda, decorre até domingo no largo 1.º de Maio, na baixa da cidade.

Este ano, a organização apresenta como novidades gastronómicas um folhado com formato e recheio de leitão e um folhado em formato de garrafa de espumante com recheio doce.

A par da gastronomia, a Festa conta ainda com um cartaz musical que inclui concertos com David Carreira (dia 03), Blind Zero (dia 04), Deolinda (dia 05) e Boss AC (dia 06).

As entradas para o certame custam três euros, com excepção do último dia, em que o preço dos bilhetes será de apenas dois euros. À hora de almoço, a entrada será gratuita.

Fonte:  Lusa

Gabinete de Apoio ao Agricultor abre esta quinta-feira em Viseu

O concelho de Viseu dispõe, a partir desta quinta-feira, de um Gabinete de Apoio ao Agricultor, que servirá para aconselhar agricultores e empresários do sector, e fomentar o empreendedorismo rural na região.

Instalado no Mercado Municipal, o gabinete é inaugurado pela Câmara de Viseu, Confederação de Agricultores de Portugal e Associação de Criadores de Gado da Beira Alta.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, explicou que "este serviço é um balcão de apoio especializado aos agricultores e terá uma missão importante no acesso de empreendedores aos instrumentos de financiamento para o desenvolvimento rural".

"A sua instalação no mercado municipal reforça a atractividade do espaço", acrescentou.

Segundo a autarquia, o Gabinete de Apoio ao Agricultor de Viseu "assegurará o apoio na procura de soluções de financiamento a empresas e empreendedores, nomeadamente no âmbito do futuro quadro de fundos comunitários".

Servirá também "de ponto de entrega de candidaturas ao Instituto de Financiamento à Agricultura e Pescas (IFAP) e ao Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promoverá a iniciativa 'Portugal sou eu' no concelho e na região".

A inauguração deste gabinete antecede a conferência "O futuro da agricultura no quadro 2014-2020", que integra o programa da Feira de São Mateus.

A conferência é organizada pelo município, em parceria com a Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva, a Associação de Criadores de Gado da Beira Alta, a Escola Superior Agrária de Viseu, a Comissão Vitivinícola da Região do Dão e a Confederação dos Agricultores de Portugal.

Fonte:  Lusa

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Área ardida nos fogos deste ano continua abaixo do mínimo histórico


RICARDO GARCIA 03/09/2014 - 12:05
Dados oficiais e estatísticas por imagens de satélite dão conta de cerca de 15 mil hectares de mato e floresta queimados.

Os incêndios deste ano consumiram cerca de 15 mil hectares de mato e floresta até 31 de Agosto, segundo o mais recente relatório nacional sobre os fogos, combinado com dados europeus de satélite. Este número mantém 2014, pelo menos por ora, como o ano com menor área ardida em Portugal desde 1980. Mas Setembro ainda é um mês de chamas.

O último relatório mensal do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), divulgado esta quarta-feira, dá conta de 6406 incêndios entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto – o menor valor dos últimos 15 anos pelo menos.

A área ardida confirmada é de 11.745 hectares. Desde 2001, só em 2008 é que até ao final de Agosto havia menos área ardida – pouco mais de 10 mil hectares. Aquele foi o ano em que os incêndios, de Janeiro a Dezembro, deixaram a menor marca na paisagem, com um total de 17.564 hectares queimados.

O relatório do ICNF chama a atenção, no entanto, para um grande incêndio ocorrido em Nisa entre 25 e 27 de Agosto, que ainda não está contabilizado nas estatísticas. Segundo o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, que regista os grandes fogos a partir de imagens de satélite, a área ardida naquela ocorrência chegou a 2869 hectares, o que eleva o total deste ano até agora para 14.614 hectares.

O clima ameno tem sido o principal responsável pelo ano positivo em termos de fogos. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Julho foi um mês frio. A temperatura média esteve 0,63oC abaixo do que é considerado normal para o mês. Choveu muito mais do que a média – foi o oitavo Julho mais chuvoso desde 1931 e o primeiro da lista desde 2001.

Agosto também foi relativamente frio, com temperaturas abaixo do normal. Resultado: houve menos 60% de incêndios e menos 87% de área ardida do que a média dos últimos dez anos para o mesmo mês.

Pasteurização a frio nos vinhos pode substituir dióxido de enxofre


3 de Setembro de 2014, por Elisabete Mendes
 
 
Dióxido de Enxofre
 
 
Com o tempo, o dióxido de enxofre (SO2) tornou-se o conservante predilecto dos vitivinicultores, uma vez que a pasteurização ficou fora de questão por destruir os componentes do vinho e, consequentemente, alterar a sua cor e sabor. No entanto, o SO2 não está livre de controvérsias, e alternativas vêm sendo analisadas em projetos da União Europeia (UE). Inadequadamente utilizado, o dióxido de enxofre pode causar alergias e asma. Por essa razão, a União Europeia exige que o SO2 seja listado no rótulo dos vinhos. Agora, porém, a UE está a financiar um novo projeto que pode tornar o uso do dióxido de enxofre desnecessário.

A pasteurização a frio foi originalmente desenvolvida para preservar as características dos sumos de fruta mas, hoje, com apoio do Stuttgart's Frauenhofer Institute, na Alemanha, está a ser testada no vinho. O método envolve a dissolução de um gás inerte sobre pressão, que depois é bruscamente reduzida.

De acordo com a investigadora Ana Lucía Vásquez-Caicedo, os próximos planos são construir uma instalação móvel, que permitirá à técnica ser testada em caves. «Enzimas oxidantes indesejadas são desactivadas, enquanto nem os ingredientes sensíveis à temperatura, nem a cor e o sabor serão alterados», explicou ela.

UE: Ciolos pode não ser o próximo Comissário para a Agricultura


Nos últimos dias foram publicadas diversas notícias dando conta que Dacian Ciolos, actual Comissário de Agricultura, já não será o candidato que a Roménia vai propor para o novo Colégio de Comissários, ainda que inicialmente tivesse sido o candidato previsto e para a mesma pasta.

Foi  publicado que seria uma candidata que será apresentada em vez de Ciolos, devido ao pedido do novo Presidente da Comissão Jean-Claude Juncker feito ao governo romeno para apresentar uma mulher. Segundo foi publicado, esta candidata iria ocupar a importante pasta da Política Regional. Paralelamente, o Comissário cessante da Política Regional, o austríaco Johannes Hahn, ocuparia a pasta da Agricultura.

Segundo a agência Mediafax, é muito provável que na próxima quinta-feira se conheça oficialmente qual é o candidato Romeno. Está previsto que Juncker faça umas declarações neste sentido. Segundo os últimos rumores, A Roménia apresentará duas candidaturas, Dacian Ciolos como primeira opção e uma mulher em segunda. Fala-se que a candidata poderia ser a socialista Corina Cretu, vice-presidente do Parlamento Europeu.

Fonte:  Agrodigital

AGROMAIS inaugura 3ª fase de investimentos em secagem e armazenagem de milho com a presença do Secretário de Estado

A AGROMAIS - Entreposto Comercial Agrícola, C.R.L. vai inaugurar, no próximo sábado, 6 de Setembro de 2014, pelas 12:00 horas, a 3ª fase dos investimentos de secagem e armazenagem de milho, nas suas instalações, situadas na Zona Industrial de Riachos. e contará com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

O investimento, orçamentado em cerca de 3 milhões de euros, foi objecto de uma candidatura ao ProDeR, já aprovada.

As obras, em curso desde o passado mês de Maio, permitirão um aumento de capacidade de armazenagem de mais 4.200 toneladas e de secagem de mais 750 toneladas/dia, para além da automatização total de circuitos e de uma significativa melhoria das condições de recepção e expedição de milho.

Os investimentos agora concluídos, dotarão estas unidades das condições adequadas para o sucessivo incremento de quantidades de milho movimentadas pela AGROMAIS, ao longo dos últimos anos, beneficiando, já na próxima campanha, um vasto conjunto de produtores de milho das respectivas áreas de influência destes centros de recepção.

A AGROMAIS, com um volume de negócios consolidado em 2014 superior a 42 milhões de euros, representa, hoje, mais de um quarto da produção nacional de milho grão, tendo comercializado, na campanha 2013/2014, quase 120.000 toneladas da produção dos agricultores seus associados.

Fonte:  Agromais

Perguntas e Respostas: o cultivo de organismos geneticamente modificados na UE


Actualmente, apenas é cultivado na UE o milho MON 810 da Monsanto, uma variedade resistente a insectos. ©BELGA_ AFP_P.HUGUEN


A UE tem uma das legislações alimentares mais rigorosas do mundo e as culturas geneticamente modificadas só são permitidas após uma avaliação profunda dos riscos. A Comissão Europeia propôs alterações às regras actuais da UE como resposta aos apelos de Estados-Membros que pretendem mais liberdade para restringir ainda mais o cultivo de OGM no seu território. Os eurodeputados da Comissão do Ambiente discutem, a 3 de Setembro, a posição do Conselho sobre esta questão. Leia para saber mais.

É permitido cultivar culturas geneticamente modificadas na UE?

Sim, mas só depois de terem sido autorizadas a nível da UE, na sequência de uma avaliação rigorosa dos riscos realizada pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). Após a autorização, os países da UE só podem proibir a utilização do produto geneticamente modificado no seu território através da utilização da chamada "cláusula de salvaguarda". Têm que justificar esta decisão, provando que os organismos geneticamente modificados podem causar danos aos seres humanos ou o meio ambiente.

Já existem OMG cultivados na UE e há algum Estado-Membro que o proíba?

Actualmente, apenas é cultivado na UE o milho MON 810 da Monsanto, uma variedade resistente a insectos. No entanto, alguns países (Áustria, Bulgária, Grécia, Alemanha, Hungria, Itália, Luxemburgo e Polónia) adoptaram cláusulas de salvaguarda para proibir o seu cultivo nos seus territórios.

Porque é que a UE quer alterar o actual sistema de autorização de produtos geneticamente modificados?

Alguns Estados-Membros pediram mais liberdade e flexibilidade para restringir ou proibir o cultivo de OGM no seu território. Em resposta, a Comissão propôs alterações às regras actuais que se encontram agora a ser discutidas pelo Parlamento e pelo Conselho.

Quando é que as novas regras entram em vigor?

Os eurodeputados adoptaram em 2011 uma opinião favorável com alterações em primeira leitura e após vários anos, o Conselho alcançou, a 12 Junho de 2014, um acordo político que permitirá que os colegisladores continuem as negociações em segunda leitura para chegar a acordo sobre um texto comum. A adopção do texto final está prevista para 2015.

Fonte:  Parlamento Europeu

Árvores compradas nos CTT vão reflorestar zonas afectadas por incêndios

A Quercus e os CTT juntaram-se para incentivar os portugueses a comprar uma árvore, que será plantada em áreas classificadas, do norte e centro, contribuindo para florestar, com espécies autóctones, várias zonas ardidas.

O projecto "Uma árvore pela floresta", hoje apresentado em Lisboa, pretende criar bosques que tenham maior resistência à propagação dos incêndios florestais, e que também amenizem o clima, promovam a biodiversidade e protejam paisagem, água e solos.

Todos são convidados a dirigir-se a uma das 210 lojas dos CTT, até 31 de Outubro, e a comprarem uma árvore por três euros, podendo escolher entre 28 espécies, como carvalho-alvarinho, carvalho-negral, sobreiro, azinheira, freixo, azevinho ou medronheiro, explica uma informação dos dois parceiros.

Fonte:  Lusa

Armazenamento de água desce em 11 bacias hidrográficas no mês de Julho

02-09-2014 
 

 
A quantidade de água armazenada nas bacias hidrográficas de Portugal continental voltou a descer em 11 delas no mês de Julho, subindo apenas em uma, anunciou o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
 
De acordo com o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, no último dia do mês de Julho, e comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se um aumento do volume armazenado numa bacia hidrográfica e uma descida em 11.
 
Já no mês de Junho, tinha sido regista a descida da quantidade de água armazenada em 11 das bacias hidrográficas do continente, tendo subido apenas em uma.
 
Das 59 albufeiras monitorizadas, 19 apresentaram disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e duas têm disponibilidades inferiores a 40 por cento do volume total.
 
Os níveis mais elevados de armazenamento de água em Abril deste ano ocorreram nas bacias do Guadiana (89,7%), Mira (85,5%), Mondego (82,9%), Oeste (83,8%), Barlavento (73,9%), Cávado (72,7%), Ave (72,2%), Tejo (71,9%), Arade (71,55), Douro (65,9%) e Lima (65,8%).
 
Segundo o SNIRH, o armazenamento de água por bacia hidrográfica apresentam-se, em Julho, superiores às médias de armazenamento nestes meses, segundo os dados registados entre 1990/91 e 2012/13, exceto nas bacias do Lima e Douro. A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.  
 
Fonte: jornali; Lusa


Adegas de Favaios e Pegarinhos em processo de fusão

 01-09-2014 
 


 
As adegas de Favaios e Pegarinhos, no concelho de Alijó, estão em processo de fusão, estando prevista já uma vindima conjunta este ano, para ganhar escala e fortalecer o cooperativismo, disse fonte das cooperativas.

Luís Barros, da Adega Cooperativa de Favaios, disse à agência Lusa que a integração das duas adegas «está bem encaminhada», considerando que este é, em princípio, um «processo irreversível».

Já nesta vindima, que se deverá iniciar lá para o dia 13 neste planalto de Alijó, os cerca de 60 a 80 sócios ativos de Pegarinhos, cuja produção equivale a cerca de 300 pipas de vinhos, deverão entregar as uvas em Favaios.

«A vantagem será congregar todos os agricultores deste que é o maior planalto do Douro, fortalecendo o cooperativismo e defender melhor os interesses dos agricultores», afirmou Luís Barros. O objectivo é ainda, acrescentou, «ganhar escala».

«Há um mercado crescente de vinhos a granel nos vinhos brancos. Pegarinhos é uma zona boa também em vinhos brancos e, por isso, temos todo o interesse, ambas as partes, nesta fusão», frisou.

A ideia de unir as cooperativas de Alijó foi lançada há uns anos, numa altura em que existiam quatro instituições no concelho: a de Favaios, Alijó, Pegarinhos e Sanfins do Douro que faliu e foi depois adquirida por uma empresa privada.

Na altura, a autarquia pagou 75 mil euros para a realização de um estudo de viabilidade económica para as adegas do concelho, mas não se chegou a um consenso relativamente ao modelo institucional de fusão.

«É um processo que já vem desde há uns anos e este ano efectivamente fomos contactados pela direcção de Pegarinhos e decidimos avançar. Esperamos que desta vez seja possível», salientou Luís Barros.

A adega de Favaios possui cerca de 600 associados e tem crescido nas exportações, que já representam entre os 25 a 30 por cento do volume de negócios. O responsável referiu ainda que aqui se prevê uma quebra de produção entre os «20 a 25 por cento» nesta vindima, devido ao clima irregular sentidos nesta Primavera/Verão.

«Foi um ano muito complicado, principalmente para a casta moscatel, com fraca nascença e bastante desavinho e esperamos que a qualidade compense tudo isto», sublinhou. O desavinho é um acidente fisiológico em que não ocorre a transformação das flores em fruto.

Os associados da cooperativa de Favaios votaram também a favor do reconhecimento como Organização de Produtores, no sector do vinho, junto do Ministério da Agricultura, um programa que concede benefícios aos agricultores e facilidade a nível de projectos, como majorações de 10 por cento.

Fonte: Lusa

Abóbora é a nova cultura da moda


por Emília Freire
2 de Setembro - 2014
A produção de abóbora na região Oeste tem vindo a crescer fortemente nos últimos anos, tendo rondado as 45 mil toneladas em 2013, e este ano deverá aumentar. A exportação ronda os 70%, mas também tem vindo a subir, com os agricultores a apostarem principalmente em novas variedades, como a Butternut e a Musquée de Provence.

 
"Nos últimos cinco anos a produção de abóbora tem vindo claramente a aumentar no concelho da Lourinhã, o que mais produz, e em toda a região Oeste", afirma o diretor-geral da Louricoop – Cooperativa de Apoio e Serviços do Concelho de Lourinhã. António Gomes adianta que "a aposta é, principalmente, em variedades diferentes, que não existiam em Portugal, como a Butternut e a Musquée de Provence e também a Okaido", que se destinam maioritariamente para exportação. Mantém-se, todavia, a produção de abóbora Menina, Gila e Carneira.

O aumento do consumo nacional, mas principalmente a possibilidade de exportar para mercados europeus, muito consumidores e deficitários, como Reino Unido e França, entre outros, levou os agricultores a apostarem neste produto.

O diretor-geral da Louricoop diz que a taxa de exportação ronda os 70%, mas a VIDA RURAL falou com dois produtores que exportam praticamente 100% da sua produção.

Intermarché vende frutas e legumes com defeito


por Ana Rita Costa
2 de Setembro - 2014
O Intermarché está a vender frutas e legumes com 'defeito' nos seus supermercados em França. O objetivo é combater o desperdício alimentar gerado pelas cadeias de distribuição que descartam alimentos quando não estes possuem a aparência considerada "ideal".

 
O programa intitulado "Les fruits & légumes Moches" permite aos clientes da retalhista comprar frutas e legumes "feios" com um desconto de 30%.

Até agora, em cada uma das lojas Intermarché em França já foram vendidas cerca de 1,2 toneladas de frutas e legumes "feios" em apenas dois dias, o que gerou um aumento de 24% no movimento dos supermercados.

Investimento de empresas inovadoras atinge em seis meses valores de 2013


RAQUEL ALMEIDA CORREIA e ANA RUTE SILVA 02/09/2014 - 07:56
No primeiro semestre, os 12 projectos que pediram o estatuto Iapmei Inovação pretendiam investir 11 milhões de euros, montante muito próximo do alcançado no ano passado. Intenção é criar 310 postos de trabalho .

 
A Converde, uma das empresas a conseguir o estatuto Iapmei Inovação, criou um fungicida biológico que pode ser usado em vinhas MANUEL ROBERTO

O número de empresas que, até ao final do primeiro semestre, aderiram ao Iapmei Inovação, um estatuto que facilita o acesso de projectos de empreendedorismo ao financiamento, atingiu quase a mesma fasquia do que em todo o ano de 2013. No total, houve 12 pedidos até Junho, com um investimento previsto de 11 milhões de euros e a expectativa de criar 310 postos de trabalho.

De acordo com o Ministério da Economia, "em 2014 e em apenas seis meses, o número de pedidos já ascende a 85,7% do total do ano anterior". Uma evolução que segue a tendência registada desde 2012, altura em que arrancaram novos fundos de investimento geridos por sociedades de capital de risco.

Nesse ano, foram registadas oito operações, com um investimento associado de 53 milhões de euros e 207 novos empregos. Em 2013, o número de pedidos subiu para 14. Embora o investimento tenha caído para 11,1 milhões, os postos de trabalho aumentaram para 334. Tendo em conta a evolução que se registou no primeiro semestre, é provável que 2014 supere a fasquia do ano passado.

O balanço do estatuto Iapmei Inovação, criado em 2006 para apoiar as Pequenas e Médias Empresas (PME) no âmbito do programa Finicia (um sistema de incentivos às empresas), aponta para um total de 37 operações aprovadas, num investimento global de 76,6 milhões (com uma média de 2,1 milhões por projecto) e apontando para a criação de 920 novos empregos, na maioria qualificados, de acordo com o Ministério da Economia. Em termos de volume de negócios, as previsões indicavam para que estes projectos atingissem um volume de negócios total de 900 milhões de euros, a grande fatia a ser gerada no exterior (808,4 milhões).

Estes dados mostram que é na região centro que se concentram os projectos com mais investimento (57 milhões), postos de trabalho (372), receitas (605,6 milhões) e volume de exportações (557,7 milhões). Seguem-se o Norte e a área de Lisboa e, por fim, o Alentejo, onde o investimento global não ultrapassou 2,8 milhões e a expectativa era criar 93 empregos. O Ministério da Economia não divulgou a repartição por sectores de actividade. O estatuto Iapmei Inovação destina-se a projectos da área da indústria, energia, construção, comércio, turismo, transportes e serviços. Regra geral, "são projectos de maturação longa que podem demorar vários anos até iniciarem a actividade comercial", refere a tutela.

Acesso mais fácil a financiamento
Uma das empresas a conseguir o estatuto IAPMEI Inovação foi a Converde que, em Janeiro do ano passado, inaugurou em Cantanhede uma fábrica para produzir um novo fungicida biológico, criado a partir do processamento da semente de tremoço. O produto ainda está à espera de autorizações legais para ser comercializado, nomeadamente, nos Estados Unidos e pode ser usado em culturas como a vinha, o tomate, morangos ou amêndoas.

Ao PÚBLICO, Mário Pinto, presidente executivo da Converde, explica que a candidatura ao estatuto foi formalizada em 2012. "O projecto apresentado ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) em 2011 previa um investimento de 25 milhões de euros, dos quais o QREN financiaria cerca de 12,5 milhões de euros e o restante (outro tanto) [seria assegurado pelos] accionistas. No final, o investimento ultrapassou os 31 milhões de euros e houve necessidade de recorrer à banca em seis milhões de euros", afirma. Com o estatuto, a empresa conseguiu acesso a financiamento do Compete, através de fundos de capital de risco. Trata-se de verbas adicionais ao projecto, numa altura em que "não era fácil obter a dívida bancária", diz Mário Pinto, também fundador da Change Partners, um dos accionistas da Converde (com 6,18% do capital). A empresa é detida maioritariamente pela CEV SA (80%).

O estatuto Iapmei Inovação é atribuído a PME mediante a apresentação de um pedido por parte de uma sociedade de capital de risco. Os critérios para a sua atribuição vão do grau de inovação dos produtos e dos processos ao impacto na economia da região ou na geração de emprego qualificado. O financiamento é repartido pelo lado privado e público, já que as capitais de risco podem enquadrar os projectos em mecanismos de incentivo do Estado, como o Compete.

Os empreendedores têm, no entanto, de garantir 15% dos capitais próprios necessários para suportar o investimento. Para estes estão previstos ganhos quando os fundos vendem as participações no projecto, sendo-lhes atribuído um montante equivalente a 15% das mais-valias geradas com o negócio, no caso de existirem.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Rendeiros da Herdade dos Machados avançam para tribunal para impedir perda de terras

O Ministério da Agricultura já notificou 16 rendeiros reformados de que considera resolvidos os contratos de arrendamento rural das parcelas do Estado que exploram na herdade e que até 31 de outubro têm de entregar as terras
A Comissão de Rendeiros da Herdade dos Machados anunciou hoje que vai interpor uma providência cautelar para tentar impedir que o Estado denuncie os contratos de arrendamento de parcelas da propriedade com reformados e lhes retire as terras.

"O nosso advogado irá com uma providência cautelar tentar fazer parar o processo. Se não conseguirmos, temos que meter um processo em tribunal" contra o Estado, disse à agência Lusa o presidente da Comissão de Rendeiros da Herdade dos Machados, Francisco Farinho.

O responsável falava à Lusa após o plenário da comissão, que decorreu hoje, em Moura, e no qual foi aprovada uma moção contra a decisão do Ministério da Agricultura de acabar com os contratos de arrendamento de parcelas da herdade que são detidas pelo Estado e exploradas por rendeiros reformados.

Através da moção, que será enviada ao primeiro-ministro, ao Presidente da República e aos grupos parlamentares, os rendeiros exigem que as denúncias dos contratos de arrendamento pelo Estado sejam "de imediato" anuladas, disse Francisco Farinho.

Os rendeiros exigem também que os contratos dos rendeiros reformados "passem de imediato para os seus herdeiros" para "assegurar a continuidade da atividade das famílias de pequenos e médios agricultores", indicou.

Segundo Francisco Farinho, a comissão de rendeiros vai pedir audiências à comissão parlamentar de agricultura e a todos os grupos parlamentares para lhes "transmitir as suas preocupações e pedir apoio".

Antes do plenário, o executivo da Câmara de Moura, de maioria CDU, reuniu-se extraordinariamente e com "caráter simbólico" em terras exploradas por rendeiros da herdade para ouvir as suas preocupações e simbolicamente "sublinhar" a sua solidariedade para com eles e a agricultura familiar, disse à Lusa o presidente do município, Santiago Macias.

Segundo o autarca, a Câmara de Moura está "totalmente disponível para este combate" e "tudo fará" para impedir a denúncia dos contratos e a retirada das terras e para permitir que os rendeiros e os seus descendentes possam continuar a atividade agrícola nas parcelas.

Na semana passada, a Câmara de Moura já tinha aprovado uma noção de apoio e solidariedade para com os rendeiros, na qual contestava a decisão do ministério e acusava o Governo de querer "pilhar sem fundamento legal" as terras aos rendeiros reformados.

Exportações de vinho verde subiram 14,2%

    
02/09/2014 15:31:35 56 Visitas   

A qualidade vai ser melhor este ano, segundo Manuel Pinheiro
Exportações de vinho verde subiram 14,2%
As exportações de vinho verde cresceram 14,2% no primeiro semestre deste ano face a igual período de 2013, disse hoje o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

A Alemanha foi o país que mais vinho verde comprou nos primeiros seis meses deste ano
Manuel Pinheiro informou que, em valor, as exportações atingiram 27,3 milhões de euros até Junho contra 23,9 no período homólogo do ano passado.

A Alemanha foi o país que mais vinho verde comprou nos primeiros seis meses deste ano, ultrapassando assim os Estados Unidos. "Este ano, o mercado alemão cresceu muito e é possível que, no fim, passe a ser o nosso maior mercado", acrescentou Manuel Pinheiro.

Dados oficiais indicam que os alemães compraram 6,9 milhões de euros de vinho verde, quase mais 40 por cento do que no mesmo período de 2013.

As vendas para os Estados Unidos subiram de 5,2 milhões de euros no ano passado para 5,8 milhões este ano.

O presidente da CVRVV realçou ainda que "as exportações estão a aumentar, mantendo-se os preços, o que é saudável".

"Mas precisamos de dar um novo passo, que é a valorização do produto", acrescentou.

Questionado sobre quais são as perspectivas para a vindima deste ano, que "abrirá lá para o dia 20", o responsável começou por referir estar à espera de uma "quantidade moderada" e recordou que as quantidades disponíveis de vinho verde estão a um nível baixo.

"Precisamos de toda a uva produzida. Já estamos há quatro anos com uma produção baixa", realçou Manuel Pinheiro, confiante por outro lado, nos resultados da reconversão de vinhas antigas que se verifica na região, que anda pelos 700 hectares por ano.

As vinhas novas têm não só "mais qualidade" como também produzem mais, destacou.

A qualidade vai ser melhor este ano, segundo Manuel Pinheiro. "Pode ser um bom ano, mas não foi fácil. Os produtores, mercê das chuvas, tiveram de fazer tratamentos maiores. Houve vários produtores que fizeram 12 tratamentos" contra o míldio e a "flavescência dourada", o que faz aumentar os seus custos, salientou.

Lusa/SOL

ONU pede urgência no combate ao aquecimento global

A chefe das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, Christiana Figueres, alertou esta terça-feira que é preciso agir rapidamente contra o aquecimento global e mencionou a perigosa situação das nações que ficam em áreas baixas do litoral do Pacífico.
Figueres afirmou, em conferência da ONU em Samoa sobre as ilhas-Estado, que o impacto da mudança climática será maior nas nações do Pacífico, apesar da sua escassa contribuição para a criação do problema.
«A mudança climática é a maior ameaça enfrentada por estas ilhas, líderes dos esforços mundiais para tratar desta questão», afirmou.
A funcionária também explicou que um nível superior do mar não apenas faz a erosão do litoral das ilhas, como também arruína o fornecimento de água pela invasão dos lençóis freáticos e inundação dos terrenos de cultivo, tornando-os estéreis.
O aquecimento também faz com que mais ciclones e tempestades atinjam as ilhas. A representante da ONU explicou que está a ser preparado um plano que prevê o pior dos cenários, no qual refugiados da mudança climática terão de ser realocados noutros países.
«São medidas extremas a que estas ilhas devem prestar atenção. É óbvio que tanto as ilhas como o resto do mundo querem manter as imigrações de refugiados num nível mínimo.»
Figueres afirmou que a situação enfrentada por estas ilhas-Estado torna ainda mais necessário avançar com o objctivo de obter um pacto que limite os gases com efeito de estufa até ao final de 2015.
A ONU quer reduzir o aquecimento global em 2ºC em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial, que, segundo os cientistas, é o nível mínimo para poder estabilizar o clima.
Figueres considerou que ainda é possível conseguir isso, mas que a porta para esta opção «se fechará em breve».
Os líderes das ilhas elevam cada vez mas o tom de voz em relação à falta de acção global quanto ao problema.
O presidente das Ilhas Seychelles, James Michel, assinalou neste encontro em Samoa que os interesses das grandes empresas dominaram o debate durante muito tempo.
«É a hora de reconhecermos a mudança climática como ela é: um crime colectivo contra a Humanidade», afirmou, alegando que as alterações climáticas «roubam das ilhas-nação o seu direito de existir».
O presidente das Ilhas Marshall, Christopher Loek, por sua vez, afirmou que as ilhas-Estado precisam de lançar uma mensagem positiva sobre o que será necessário fazer na cimeira das Nações Unidas ainda este mês, em Nova Iorque, à qual se seguirá outra em Paris, em 2015, para tentar alcançar um novo acordo climático.
«Devemos reconhecer que não há uma forma de liderança mais poderosa que a liderança através do exemplo», concluiu.

FAO adverte que ébola ameaça colheitas e aumenta preços


A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) advertiu esta terça-feira que o surto do ébola na África Ocidental, além das consequências sanitárias, ameaça as próximas colheitas e está a aumentar os preços dos alimentos.
Em comunicado, a FAO explicou que as interrupções no comércio de alimentos nos três países de África Ocidental mais afectados pelo ébola - Guiné, Libéria e Serra Leoa -, fizeram os preços ficar cada vez mais caros e os alimentos difíceis de conseguir, enquanto a escassez de mão-de-obra na agricultura ameaça seriamente a próxima temporada de colheita.
Além disso, as restrições impostas ao movimento de pessoas, para lutar contra a propagação do vírus, limitam também a circulação e comercialização de alimentos.
Perante isso, «as pessoas começaram a comprar por pânico e isto criou escassez de alimentos e fortes aumentos nos preços de alguns produtos básicos, sobretudo nos centros urbanos», acrescentou o organismo da ONU.
A FAO também lançou o alarme devido a que a principal temporada de colheita para os dois cultivos-chave na região - arroz e milho – aproxima-se e a escassez de mão-de-obra por conta das restrições de movimento e a migração para outras regiões afectarão gravemente a produção agrícola, pondo em perigo a segurança alimentar de um grande número de pessoas.
«A produção de cultivos comerciais como óleo de palma, cacau e borracha - da qual depende o sustento e os rendimentos que permitem comprar alimentos de muitas famílias - espera-se que seja gravemente afectada», acrescentou a FAO. Para aliviar esta situação, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) iniciou uma operação de emergência regional com o envio de 65 mil toneladas de alimentos destinados a 1,3 milhões de pessoas.
A FAO adverte que são «necessárias avaliações rápidas para identificar o tipo de medidas factíveis para diminuir o impacto da escassez de mão de obra durante a temporada de colheita» e a «necessidade de medidas para reactivar o comércio interno, essenciais para aliviar as restrições de oferta e diminuir o aumento de preços de alimentos».

“Portugal Sou Eu” promove apresentação pública na Semana da Dieta Mediterrânica



O ''Portugal Sou Eu'' associa-se à Semana da Dieta Mediterrânica, a convite do Município de Tavira, com a realização de uma sessão de apresentação pública no dia 3 de Setembro, às 17 horas, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira.

Como participar, quais os requisitos e procedimentos para fazer parte do programa "Portugal Sou Eu" serão os temas a abordar durante a sessão, que se dirige a empresas, artesãos e particulares que pretendam obter informações sobre os propósitos da iniciativa. No final da apresentação, todos os interessados podem ser esclarecidos através de um atendimento personalizado, que se prolongará até às 20 horas.

A menos de um ano depois da Dieta Mediterrânica ter sido reconhecida pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade, Tavira volta a acolher a Semana da Dieta Mediterrânica (de 1 a 7 de Setembro) e a II Feira da Dieta Mediterrânica, que começa a 5 e também termina no dia 7.

Dois eventos, que vão promover a gastronomia, a produção agrícola e a cultura, com um extenso programa de actividades diversas como animação, colóquios e divulgação institucional e que celebram uma das nossas mais importantes heranças culturais: a Dieta Mediterrânica.

Fonte:  JP

Caça abre com poucos coelhos e ainda menos caçadores


por Luis GodinhoHoje12 comentários


Jacinto Amaro
Jacinto Amaro Fotografia © Luis Pardal / Global Imagens
Associações de caçadores pedem a Governo para suspender taxas devido à escassez de animais. Atividade está em declínio
"Isto vai endurecer." O presidente da Federação Nacional de Caça (Fencaça), a associação mais representativa do setor, garante que os caçadores portugueses não vão ficar de braços cruzados perante o que dizem ser a falta de apoio por parte do Governo. "Só se interessam pela cobrança de taxas e de licenças aos caçadores."
Ontem, Jacinto Amaro não disparou um único tiro na abertura de mais uma época de caça a coelhos e lebres. Apesar de o calendário venatório apontar o dia 1 de setembro como o da abertura da época de caça, o facto de se tratar de uma segunda-feira e a drástica diminuição da população de coelhos em resultado de uma nova estirpe do vírus hemorrágico levou a esmagadora maioria dos caçadores portugueses a adiar a primeira ida ao campo. Os primeiros tiros serão dados no próximo fim de semana.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Estudo diz que actuais práticas agrícolas podem causar falta de alimentos em 2050

CLÁUDIA BANCALEIRO 01/09/2014 - 14:43
Investigadores recomendam "dietas mais saudáveis e equilibradas" para impedir desflorestação e perda da biodiversidade.

 
Os investigadores defendem a redução do desperdício de alimentos e o consumo de carne moderado FERNANDO VELUDO/NFACTOS

Os gases de efeito de estufa provenientes da produção de alimentos podem vir a aumentar mais de 80% se o consumo de carne e lacticínios continuar a subir como até agora. O alerta é feito por um estudo das universidades britânicas de Cambridge e de Aberdeen, publicado na revista Nature Climate Change, segundo o qual a produção de alimentos por si só pode atingir ou levar mesmo ao aumento dos níveis previstos para o total de emissões de gases de efeito de estufa dentro de 35 anos. A garantia de alimentos para toda a população mundial em 2050 pode também estar em causa.

O risco de alterações climáticas dramáticas e que se torne impossível alimentar a população mundial devido ao consumo crescente de determinados alimentos são os principais alertas do estudo. No trabalho, uma equipa de investigadores analisou dados sobre o uso do solo, aptidão agrícola das terras e de biomassa agrícola para criar um modelo que compara diferentes cenários para 2050, incluindo manter as actuais tendências de práticas agrícolas.

Com o aumento da população e a tendência crescente de optar por uma dieta mais ocidentalizada centrada no consumo de carne, torna-se impossível que os rendimentos da agricultura respondam às necessidades de alimentos dos 9600 milhões de pessoas que se prevê virem a ser a população mundial dentro de três décadas. Para responder a este problema, a solução é aumentar as áreas de cultivo.

Mas o estudo sublinha que esse caminho vai levar a que o ambiente pague um "preço elevado". "A desflorestação vai aumentar as emissões de carbono, bem como a perda de biodiversidade, e a subida da produção de gado levar a maiores níveis de metano", aponta o documento, segundo uma nota publicada nesta segunda-feira pelas universidades de Cambridge e de Aberdeen.

Os investigadores das duas universidades recomendam que se adoptem "dietas mais saudáveis e equilibradas". Por exemplo, que se consumam apenas duas porções de carne vermelha e cinco ovos por semana, bem como uma pequena quantidade de lacticínios por dia.

"Este não é um argumento vegetariano radical, é um argumento sobre consumir carne em quantidades sensíveis como parte de uma dieta saudável, equilibrada", defende o professor Keith Richards da Universidade de Cambridge, que colaborou no trabalho.

O também professor Pete Smith, um dos investigadores da Universidade de Aberdeen que elaboraram o estudo, adverte que, a "menos que façamos algumas mudanças sérias nas tendências de consumo de alimentos, teremos que descarbonizar por completo os sectores da energia e da indústria para respeitar as metas de emissões que evitam alterações climáticas perigosas". Para Pete Smith, "isso é praticamente impossível". "Temos que repensar o que comemos", propõe.

Bojana Bajzelj, da equipa de investigação do Departamento de Engenharia de Cambridge, sustenta uma solução semelhante. "Reduzir o desperdício de alimentos e moderar o consumo de carne em dietas mais equilibradas, são as opções 'sem arrependimento' essenciais".

Bajzelj afirma que "existem leis básicas da biofísica que não podemos evitar".  "A eficiência média de gado para converter ração vegetal em carne é inferior a 3%, e enquanto comemos mais carne, mais área de cultivo é criada para a produção de alimentos para os animais que fornecem carne aos seres humanos". A investigadora conclui que com o crescente consumo de carne a "conversão de plantas em alimento torna-se cada vez menos eficiente, conduzindo à expansão agrícola e libertando mais gases de efeito de estufa". "As práticas agrícolas não estão necessariamente em falha aqui - mas a nossa escolha de alimentos está", frisa.

Com base nos dados recolhidos pelo estudo, dentro de 35 anos a área cultivada terá aumentado em 42% e o uso de fertilizantes crescido 45% em relação aos níveis de 2009. Mais de um décimo das florestas tropicais do mundo vai desaparecer nas próximas décadas. A crescente desflorestação, uso de fertilizantes e as emissões de gases metano proveniente das fezes e libertação de gases intestinais do gado são "susceptíveis de levar ao aumento dos gases de efeito de estufa resultantes da produção de alimentos em quase 80%".