quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Adegas de Favaios e Pegarinhos em processo de fusão

 01-09-2014 
 


 
As adegas de Favaios e Pegarinhos, no concelho de Alijó, estão em processo de fusão, estando prevista já uma vindima conjunta este ano, para ganhar escala e fortalecer o cooperativismo, disse fonte das cooperativas.

Luís Barros, da Adega Cooperativa de Favaios, disse à agência Lusa que a integração das duas adegas «está bem encaminhada», considerando que este é, em princípio, um «processo irreversível».

Já nesta vindima, que se deverá iniciar lá para o dia 13 neste planalto de Alijó, os cerca de 60 a 80 sócios ativos de Pegarinhos, cuja produção equivale a cerca de 300 pipas de vinhos, deverão entregar as uvas em Favaios.

«A vantagem será congregar todos os agricultores deste que é o maior planalto do Douro, fortalecendo o cooperativismo e defender melhor os interesses dos agricultores», afirmou Luís Barros. O objectivo é ainda, acrescentou, «ganhar escala».

«Há um mercado crescente de vinhos a granel nos vinhos brancos. Pegarinhos é uma zona boa também em vinhos brancos e, por isso, temos todo o interesse, ambas as partes, nesta fusão», frisou.

A ideia de unir as cooperativas de Alijó foi lançada há uns anos, numa altura em que existiam quatro instituições no concelho: a de Favaios, Alijó, Pegarinhos e Sanfins do Douro que faliu e foi depois adquirida por uma empresa privada.

Na altura, a autarquia pagou 75 mil euros para a realização de um estudo de viabilidade económica para as adegas do concelho, mas não se chegou a um consenso relativamente ao modelo institucional de fusão.

«É um processo que já vem desde há uns anos e este ano efectivamente fomos contactados pela direcção de Pegarinhos e decidimos avançar. Esperamos que desta vez seja possível», salientou Luís Barros.

A adega de Favaios possui cerca de 600 associados e tem crescido nas exportações, que já representam entre os 25 a 30 por cento do volume de negócios. O responsável referiu ainda que aqui se prevê uma quebra de produção entre os «20 a 25 por cento» nesta vindima, devido ao clima irregular sentidos nesta Primavera/Verão.

«Foi um ano muito complicado, principalmente para a casta moscatel, com fraca nascença e bastante desavinho e esperamos que a qualidade compense tudo isto», sublinhou. O desavinho é um acidente fisiológico em que não ocorre a transformação das flores em fruto.

Os associados da cooperativa de Favaios votaram também a favor do reconhecimento como Organização de Produtores, no sector do vinho, junto do Ministério da Agricultura, um programa que concede benefícios aos agricultores e facilidade a nível de projectos, como majorações de 10 por cento.

Fonte: Lusa

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