sábado, 6 de setembro de 2014

Praesidium do COPA-COGECA confronta o Comissário Ciolos


Setembro 05
12:11
2014

Na reunião extraordinária do praesidium do COPA-COGECA, o Comissário Ciolos foi confrontado com queixas e pedidos de diferentes países.

Assim, a Finlândia diz-se um dos países mais afectados, com gravíssimos problemas no sector do leite e o anúncio da abertura do mercado russo aos produtos lácteos ainda não teve quaisquer efeitos práticos.

A Polónia considerou as ajudas ao sector das frutas e legumes insuficientes e insurgiu-se contra o facto de os agricultores, que não fazem parte das organizações de produtores, serem penalizados face aos que integram essas organizações.

Portugal defendeu que a crise é meramente política, por isso, a diplomacia deve resolvê-la o mais rápido possível.

A Dinamarca pediu ajudas à stockagem para a carne de porco.

A Bégica quer restituições à exportação para os produtos abrangidos pelo mercado e o seu representante disse, mesmo, que se houver queixas de alguns países terceiros, a Comissão pode enviá-las para ele, que, em troca, ele envia as queixas e o descontentamento da opinião pública belga sobre as medidas de distribuição da fruta.

A Espanha quer alargar as ajudas no sector das frutas e legumes e defende que não deve haver diferenças entre produtores integrados em organizações de produtores e os outros.

O Comissário Ciolos respondeu que a Comissão não podia agir fora do quadro legal, pelo que teve de discriminar os agricultores que não integram as OP's. No entanto e como a pior situação é a Polónia, está a estudar uma situação com o Ministro da Agricultura polaco, de modo a resolver o problema com uma solução que pode passar por ajudas nacionais.

Em resposta, a Dinamarca disse que, de momento, não achava oportuna a implementação de ajudas à stockagem privada, mas que a Comissão estava a seguir de muito perto o mercado da carne de porco.

Sobre as restituições, voltou a frisar que não lhe parecia uma medida eficaz. Esclareceu, também, que já no último colégio de Comissários tinha frisado aos seus colegas o facto de esta crise ter como origem decisões políticas, pedindo para que haja uma acção directa da diplomacia.

Com respeito ao aumento das ajudas, disse que é difícil aumentar o orçamento existente, pelo que, neste momento, primeiro iriam usar o existente e, caso esse esgotasse, estava disposto a tentar negociar um aumento do mesmo.

Fonte da imagem - eagri.cz

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