sexta-feira, 13 de março de 2015

FAO quer ajudar agricultores familiares africanos


por Ana Rita Costa
13 de Março - 2015
 
A FAO está a liderar uma parceria que abarca cinco países africanos e que tem como objetivo ensinar de que forma é que os Governos podem adquirir alimentos para instituições públicas, como escolas, diretamente a pequenos agricultores familiares. 

Intitulado 'Comprar aos africanos para África' (PAA África), o programa ajuda a promover a produção agrícola local enquanto melhora os meios de vida e a nutrição e está a ser implementado pela Etiópia, Malawi, Moçambique, Níger e Senegal, com a liderança técnica da FAO e do Programa Alimentar Mundial (PAM).

"Já no seu terceiro ano, o programa está a conseguir resultados promissores", explica a FAO que indica também que nos países em desenvolvimento a compra de produtos aos agricultores familiares pode contribuir para os esforços do Governo no combate à pobreza rural.

"As compras públicas aos produtores locais acrescentam valor aos mercados locais ao integrar os pequenos agricultores familiares e ao canalizar a procura – neste caso, pelas escolas – para a sua produção, contribuindo para a segurança alimentar e para a diversidade alimentar", refere Florance Tartanac, da Divisão de infraestrutura rural e agro-indústria da FAO.

Por exemplo, no Níger, o Governo decidiu focar-se nos agricultores familiares para aumentar a reserva nacional de cereais, criando uma quota de 10% para as compras locais a organizações de pequenos agricultores.

Da mesma forma, o Governo pode focar-se nos agricultores familiares locais para abastecer parte da procura alimentar de outras instituições públicas, como escolas e hospitais.

Até agora, os cerca de 5500 agricultores familiares de pequena escala que participaram no programa PAA África foram capazes de aumentar a sua produtividade em 115%, o que se deve, sobretudo, a melhoria do acesso a sementes e fertilizantes e ao uso de novas técnicas agrícolas adquiridas nas formações do programa PAA África.

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