domingo, 21 de novembro de 2010

Agricultura corta nas empresas tuteladas e quer vender herdades


O ministério da Agricultura vai cortar nos custos das empresas que tutela como aDocapesca, Companhia das Lezírias e EDIA, mas espera também obter receitas vendendo terrenos e prédios rústicos.

Vítor Andrade (www.expresso.pt)com Lusa
17:59 Quarta feira, 17 de Novembro de 2010
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O corte de 15% nos custos operacionais do setor empresarial 
do Estado que o ministério das Finanças determinou na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 vai ser concretizado também nas empresas sob a alçada do ministério da Agricultura, mas ainda não se sabe quanto é que o Estado vai poupar.

O Expresso apurou que há já uma lista de várias herdades estatais espalhadas por todo o país que irão ser vendidas. No entanto essa lista ainda vai ser entregue ao Ministério das Finanças que irá proceder à respectiva avaliação pecuniária para posterior alienação.

Companhia das Lezírias continua no Estado 


A Companhia das Lezírias, a maior herdade do Estado, situada no Ribatejo, está fora da lista de vendas possíveis que o Ministério da Agricultura vai entregar às Finanças.

O ministro da Agricultura, António Serrano, que hoje esteve na Assembleia da República para responder às dúvidas dos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, disse à Lusa que estas empresas devem entregar as suas propostas de corte "nos próximos dias".

Gestalqueva é extinta 


A proposta do OE 2011 extingue também a Gestalqueva, um organismo participado pela EDIA (Empresa de Infra-Estruturas e Desenvolvimento do Alqueva) e sete municípios alentejanos, e cuja participação estatal, segundo o ministro, já não se justifica.

"O que esta extinção envolve é uma redução do capital social, não se justifica que uma empresa pública tenha uma participação nessa empresa face à sua natureza e actividade. Será uma decisão da assembleia-geral dessa entidade que terá uma proposta da EDIA para a sua extinção", declarou António Serrano.

A proposta do OE2011 estabelece também a reestruturação dos serviços desconcentrados da Direção Geral de Veterinária (DGV) e da Autoridade Florestal Nacional (AFN), mas desconhece-se como vai ser concretizado este processo.

"Está a ser analisado para ver de que forma pode ser feito sem comprometer a autoridade de comando e controlo no caso da DGV, não pode haver divergências em matéria sanitária", adiantou o ministro.

Aumento da eficiência 


António Serrano acrescentou que esta reestruturação não envolve "uma poupança de recursos financeiros significativos", e que se trata sobretudo de "uma medida tomada numa lógica do aumento da eficiência".

Fonte do ministério da Agricultura, adiantou ainda que em 2011 se prevê continuar a "alienar terrenos e prédios rústicos, estando a decorrer atualmente o período de avaliação", para poder definir os preços.

Em 2010, a alienação do património pertencente ao ministério da Agricultura rendeu 31 milhões de euros aos cofres do Estado, entre casas florestais, terrenos e instalações desativadas do Instituto da Vinha e do Vinho e edifícios do IROMA (Instituto Regulador e Orientador dos Mercados Agrícolas) e do IFAP, em Lisboa, que foi vendido por 20 milhões de euros. 


http://aeiou.expresso.pt/agricultura-corta-nas-empresas-tuteladas-e-quer-vender-herdades=f615809

Agricultura: Manipulação de alimentos é tecnologia segura


manipulação genética de plantas é uma tecnologia segura e a maioria dos receios em relação aos transgénicos é infundada e sem sustentação científica.

Lusa
16:49 Terça feira, 16 de Novembro de 2010
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Agricultura: Manipulação de alimentos é tecnologia segura

Quem o afirma é o investigador da Universidade de Coimbra 
Jorge Canhoto numa publicação dedicada em tema.

Em "Biotecnologia Vegetal -- da Clonagem de Plantas à Transformação Genética", o autor, docente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), procura explicar como é feita a clonagem de plantas e o uso dos transgénicos.

"Os receios são, na maioria dos casos, infundados, sem sustentação de natureza científica. A manipulação genética de plantas é uma tecnologia atual que permite a obtenção de uma grande diversidade de características, que vão desde a possibilidade de resistência a insetos ou herbicidas até à produção de compostos químicos de interesse industrial", sustenta Jorge Canhoto, citado numa nota de imprensa da FCTUC.

Em declarações à agência Lusa, justificou os receios veiculados por ser uma tecnologia ainda nova, com origem nos anos 80 do século passado, e ainda pouco difundida na Europa.

Referiu que a agricultura a partir de plantas geneticamente manipuladas já é feita em larga escala em países como os EUA, Brasil e Canadá, e "tanto quanto se sabe são tão seguras como as outras" e "não são conhecidos problemas para a saúde pública nem ambientais".

Em dez capítulos, a obra publicada pela Imprensa da Universidade de Coimbra explica as técnicas de clonagem de plantas, no sentido de melhorar as suas características, tendo em conta a finalidade, seja para a alimentação ou para a obtenção de novos compostos químicos para a indústria farmacêutica.

Alude ainda às linhas de investigação no domínio da biotecnologia vegetal, entre as quais o desenvolvimento de embriões sem intervenção da reprodução sexuada, uma tecnologia já utilizada para a clonagem de muitas espécies de interesse comercial, como acontece nos Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul com algumas espécies florestais, lê-se na mesma nota de imprensa.

Estes embriões -- acrescenta - podem também ser usados na produção das chamadas "sementes artificiais", uma tecnologia promissora que, embora ainda não seja uma realidade na agricultura, dentro de alguns anos poderá vir a ser utilizada para a propagação de algumas espécies que em condições naturais não produzem semente, como acontece com alguns híbridos.

No livro é ainda abordada a formação de plantas com origem nos grãos de pólen, o equivalente à obtenção de animais com origem apenas em espermatozóides. Estas plantas, denominadas haplóides, são de grande interesse na agricultura e têm servido de base a programas de melhoramento com vista à obtenção de variedades de plantas mais produtivas, realça a FCTUC.

Jorge Canhoto disse à agência Lusa que o primeiro objetivo da obra foi disponibilizar aos alunos que estudam a biotecnologia um manual, que ainda não estava disponível.  


http://aeiou.expresso.pt/agricultura-manipulacao-de-alimentos-e-tecnologia-segura=f615575

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Agricultura: Rastreios realizados em viveiros de citrinos do Algarve detetam dois casos de Vírus da Tristeza, diz Direcção Regional


2010-11-17

Faro, 17 Nov (Lusa) - A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) realizou análises em "várias dezenas" de viveiros de citrinos na região e detetou dois casos de infeção pelo Vírus da Tristeza nos Citrinos, tendo ordenado a destruição desses lotes.

"A DRAPALG tem feito rastreios à doença e em 2010 direcionou-os para os viveiros, de forma a impedir a comercialização de plantas afetadas. Foram analisadas várias dezenas de viveiros e, embora ainda não tenhamos todos os resultados apurados, há dois casos detetados", disse à Lusa Celestino Soares, engenheiro da direção regional.

A mesma fonte precisou que "as plantas e lotes afetados foram arrancados e destruídos para evitar a disseminação da doença nos campos", mas frisou que "estes resultados não são muito diferentes dos verificados em anos anteriores".


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1713099

Subida de preços ameaça provocar nova crise alimentar

FAO alerta para agravamento da situação nos últimos meses


17.11.2010 - 18:14 Por João Manuel Rocha

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 A subida de preço dos alimentos nos últimos meses pode provocar problemas de abastecimento em 2011 e, a menos que as colheitas aumentem significativamente no próximo ano, o mundo deve preparar-se para tempos difíceis.
O mundo deve preparar-se para tempos difíceisO mundo deve preparar-se para tempos difíceis (Desmond Boylan/Reuters)

O alerta é da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, no seu relatório bianual sobre perspectivas alimentares. O custo das importações de comida pode ultrapassar este ano o bilião (um milhão de milhões) de dólares, devido ao brusco aumento de preços face a 2009.

O índice FAO Food Price subiu 34 pontos entre Junho, data da divulgação do anterior relatório, e Outubro, quando registava uma média de 197 pontos, apenas 16 abaixo do pico de 2008. A factura alimentar dos países mais pobres deve subir este ano 11 por cento, valor estimado em 20 por cento para países com baixo rendimento e défice alimentar.

O aumento de preços deve-se a diferentes factores, o mais importante dos quais foram as más colheitas de alguns produtores-chave, designadamente estados da antiga União Soviética, o que vai implicar uma redução de stocks e levar a dificuldades no abastecimento.

A subida começou por se fazer sentir no mercado de cereais, mais acentuadamente no trigo e na cevada, em Agosto, devido a condições climatéricas desfavoráveis que levaram a que as previsões de crescimento de 1,2 por cento na produção, adiantadas em Junho, dessem lugar a um cenário de queda de dois por cento.

As estimativas da FAO são de que os stocks de cereais caiam sete por cento, com baixa mais acentuada na cevada, 35 por cento, milho, 12 por cento, e trigo, dez por cento. Só nas reservas de arroz se espera uma subida, da ordem dos seis por cento. O enfraquecimento do dólar ajuda também a explicar a subida de preços, uma vez que a maior parte das transacções é feita nessa moeda.

A FAO espera que as reservas, actualmente maiores do que na crise de 2007

2008, designadamente de arroz e farinha de milho, alimentos de primeira necessidade em muitos países vulneráveis, permitam enfrentar melhor o problema, mas isso não a impede de estar preocupada com o efeito dos aumentos. A apreensão estende-se aos próximos anos, devido à previsível diminuição de reservas. "Tendo em conta a expectativa de quebra geral de stocks, a dimensão das colheitas dos próximos anos será um dado crítico para a estabilidade", refere.

A expectativa é de que em resposta à subida de preços os agricultores alarguem as áreas de cultivo, o que pode não apenas fazer face às necessidades mais imediatas como permitir repor stocks. Mas os cereais não são as únicas culturas atraentes para os agricultores – produtos como a soja, o açúcar e o algodão registaram também aumentos de preços –, o que "pode limitar as plantações a níveis insuficientes para aliviar o aperto", diz a FAO.

Neste quadro, assinala a organização, os consumidores podem ter que resignar-se a pagar "preços mais elevados pelos alimentos".


http://www.publico.pt/Mundo/subida-de-precos-ameaca-provocar-nova-crise-alimentar_1466723

Agricultores reticentes sobre reforma da PAC


Hoje

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) defendem uma alteração nas regras de cálculo dos subsídios comunitários pós-2013 que permita "incentivar" a agricultura mediterrânica, mas duvidam que haja condições políticas para desviar fundos dos países mais beneficiados pela Política Agrícola Comum (PAC), como a França e a Alemanha.

"Foram reatadas negociações entre a UE e os países do Mercosul, que são grandes produtores e concorrem directamente connosco no vinho, produtos hortícolas e frutícolas, para perceber que o núcleo duro da política agrícola não se irá alterar", diz João Dinis, presidente da CNA.

A Comissão Europeia divulgou ontem uma comunicação que serve de base à discussão sobre a reforma da PAC, na qual defende que o futuro sistema de pagamentos directos aos agricultores "não pode basear-se em períodos de referência históricos, devendo antes ser ligado a critérios objectivos".

Em discussão estão três opções. A primeira visa introduzir uma "maior equidade" na distribuição de pagamentos directos entre os Estados membros, mas mantendo inalterado o actual sistema.

A segunda prevê a criação de uma "taxa base" de apoio ao rendimento, complementada com subsídios adicionais para protecção do ambiente, compensação de condicionantes naturais específicas e introdução de um novo regime para pequenas explorações.

A terceira opção propõe a eliminação progressiva dos pagamentos directos na sua forma actual e criação de incentivos à salvaguarda de bens públicos ambientais.

Estas opções têm em comum que o sistema de pagamentos directos "não poderá basear-se em períodos de referência históricos, mas estar ligado a critérios objectivos". "Actualmente prevêem-se regras distintas para a UE-15 e a UE-12, o que não pode continuar após 2013"", diz o comissário da agricultura, apostado em tornar a PAC "mais ecológica, justa, eficiente e eficaz".

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1714599

terça-feira, 7 de julho de 2009

Agricultura é sector que «está a resistir mais à crise»

From the page Dinheiro Digital:

sábado, 4 de Julho de 2009 | 15:29
Agricultura é sector que «está a resistir mais à crise»

O sector da Agricultura «é o que está a resistir mais à crise», afirmou à Lusa o ministro Jaime Silva, após uma visita a uma empresa de produção de saladas embaladas, em Almancil.

Dando o exemplo concreto da empresa que acabara de visitar, o ministro da Agricultura explicou que a Vitacress «apesar da forte crise em Espanha, conseguiu aumentar as exportações em 22 por cento».

Jaime Silva fez uma visita às várias propriedades da empresa situadas em plena zona nobre do turismo algarvio, encostadas à Quinta do Lago.

O Agrião, que é plantado em enormes tanques e precisa de crescer num ambiente semi-aquático, é depois sujeito a um apertado controlo de qualidade e embalado em sacos de plástico, pronto-a-comer. A Vitacress, que pertence ao grupo RAR (sediado no Porto), com um volume de negócio anual na ordem dos 800 milhões de euros, produz anualmente mil toneladas de agrião, quase totalmente para os mercados ibérico e britânico.