quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Indentificadas centenas de novas castas em Espanha

19 Fevereiro, 2015 12:39 | Revista de Vinhos


Os resultados de um estudo liderado pela Comunidade de Madrid surpreenderam a comunidade vitivinícola do país vizinho: a Espanha poderá ter mais do dobro das castas autóctones até agora reconhecidas. Até agora – reporta o diário "El Mundo" – estavam identificadas 235, número que subirá para 536 se forem oficializadas as conclusões do trabalho levado a cabo por 25 centros de investigação e mais de 70 investigadores.

O trabalho implicou a análise de 1763 amostras e incluiu centenas de comparações de perfis de DNA. Todas as amostras foram comparadas umas com as outras, nomeadamente com as Comunidades vizinhas, de forma a evitar redundâncias. Foi a primeira vez que as 17 Comunidades espanholas se juntaram num trabalho deste tipo, o que permite antever um consenso alargado na conservação dos recursos genéticos da vinha em Espanha.

Com cerca de um milhão de hectares, a Espanha detém a maior área de vinha do mundo e é o terceiro maior produtor do planeta. 

Sogrape ganha no velho mundo e esmorece no novo mundo


Angola, Portugal e Reino Unido são os mercados em que a venda dos vinhos da Sogrape registam maior crescimento.

 
Abílio Ferreira |
11:22 Quinta feira, 19 de fevereiro de 2015

Nem sempre se pode ter o melhor de dois mundos. No caso da Sogrape, líder português no sector dos vinhos, conta com o melhor do velho mundo, mas no novo mundo o negócio esmorece.

E, por isso, é hora de regressar às origens e valorizar regiões ibéricos, como Douro, Rioja ou Verdes, perante o desempenho menos estimulante das marcas do novo mundo, depois da aposta na produção de vinhos na Argentina, Chile e Nova Zelândia.

Angola e Reino Unido prosperam 
Em 2014, a Sogrape registou desempenhos favoráveis nos dois mercados ibéricos - em Espanha conta com a empresa Lan, em Rioja. Do lado das perdas, estiveram os mercados do novo mundo e as segundas marcas das categorias em que opera.

Os mercados que revelaram maior prosperidade foram Portugal (+ 12%) Angola (+15%) Reino Unido (+11% e ainda EUA (+4%). 
O contributo da empresa argentina (Finca Flichman), sofrendo com a inflação no país e desvalorização da moeda , reduziu-se em  23%.

Já as perdas nos mercados francês (-31%) e belga (-16%) decorrem da estratégia adotada, no negócio do vinho do Porto, de negligenciar o segmento mais barato e os fornecimentos para marcas dos próprios distribuidores locais.

A lógica da Sogrape é de priorizar os mercados com preço médio mais elevado e  segmento premium, investindo nas marcas Sandeman, Ferreira e Ofley.No consolidado, a faturação  subiu 1,5%, em linha com o crescimento do mercado mundial do vinho, ficando nos 205 milhões de euros.

Angola não se ressente da crise 
Esta realidade levou a Sogrape a concentrar energias em quatro mercados - Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, de entre os 120 em que opera.

Apesar da evolução favorável (representa 12 milhões de euros),  Angola não figura ainda na lista de mercados prioritários. Com uma distribuidora própria, o grupo não se ressente por enquanto da crise de divisas que afeta o pais e os fornecimentos decorrem ao ritmo habitual. 

Por marcas, o Mateus Rosé é que mais fatura (14% do total), tendo o Reino Unido como principal mercado. Em 2014, revelou uma notável vitalidade, subindo 8%. Mas, a marca que mais cresceu foi a Casa Ferreirinha (+23%), uma marca que acolhe 12 vinhos do Douro distintos, entre os quais o Barca Velha. A Gazela (vinho verde) faz jus ao nome (+4%).

Fernando da Cunha Guedes, presidente executivo da Sogrape, nota que a nova focalização de marcas e mercados "visa reforçar vantagens competitivas e ganhar rentabilidade e relevância", e obedece a uma lógica "de valorizar as marcas que impulsiona a criação de valor, sem excluir nenhuma das que figuram no atual portefólio" 


Alemanha quer avançar com as negociações com o Mercosul

Fevereiro 18
09:15
2015

Durante uma visita ao Brasil, o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão exprimiu  a vontade do seu governo em ver avançar o mais rapidamente possível as negociações UE-Mercosul.

Estas negociações tiveram início em 2000, mas têm tido períodos de paragem, pelo que, ao fim de 15 anos, ainda não se chegou a nenhum consenso.

Ultimamente, o problema tem estado mais do lado do Mercosul, com os países que o constituem (Brasil, Uruguai, Argentina, Venezuela e Paraguai) a não se entenderem entre si, de modo a apresentarem propostas concretas para as negociações.

Neste momento, existem problemas com a Argentina e a Venezuela, que não estão muito interessadas num possível acordo. Do lado brasileiro, foi mostrado grande interesse num acordo e afirmam que estão à espera de propostas por parte da Comissão Europeia.

O grande bloqueio no acordo tem sido os produtos agrícolas, sendo o Mercosul bastante ofensivo para o mercado europeu.

Curiosamente, a União Europeia tem tentado a acreditação dos matadouros europeus de carne de porco para exportar para o Brasil e as autoridades daquele país tardam em enviar técnicos para realizar as inspecções.

François Hollande lança apelo aos agricultores

Fevereiro 18
09:18
2015

Pouco antes de abrirem as portas da Feira da Agricultura de Paris, o Presidente francês François Hollande lança um apelo aos agricultores franceses, para que se empenhem no caminho da agro ecologia, com uma agricultura mais competitiva e menos consumidora em energia e pesticidas.

Segundo François Hollande, não se pode avançar sem conciliar a economia com a ecologia e o grande desafio é utilizar a ciência e a tecnologia, para valorizar os recursos naturais e usar menos produtos nocivos, sendo esta a verdadeira definição de agro ecologia.

É a primeira vez que o Presidente toma a peito este tema, reconhecendo que os agricultores têm vindo a desenvolver grandes esforços, no sentido de proteger o meio-ambiente. Afirmou que as boas técnicas de produção deviam ser defendidas, para uma agricultura mais competitiva, mas menos consumidora de energia e pesticidas.

Foi, também, referida a construção da barragem de Sivens, que tem uma forte oposição dos ecologistas, mas que vai avançar, pois é imprescindível para a irrigação dos campos da zona.

Paris vai receber este ano de 2015 a Cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climatéricas, o que justifica este discurso.

E agora, como vamos vender o hambúrguer-proveta?

ALEXANDRA PRADO COELHO 17/02/2015 - 07:42

Mark Post, o "pai" do hambúrguer in vitro, esteve em Lisboa no encontro Tought for Food, e, com humor, discutiu com estudantes universitários vindos de todo o mundo as melhores formas de pôr à venda aquilo a que alguns chamaram "yuck". Dentro de seis, sete anos, a carne artificial estará nos supermercados, disse ao PÚBLICO.


Mark Post mostra o primeiro hambúrger criado em laboratório, apresentado em Londres em 3013

Como é que se vende uma coisa que ninguém parece particularmente interessado em comer? Esta é a grande questão, neste momento, para Mark Post, o criador do hambúrguer feito "in vitro", num laboratório, a partir de células estaminais de vaca. Perante um grupo de jovens de diferentes nacionalidades reunidos em Lisboa no último fim-de-semana para a cimeira Thought for Food, o cientista lançou a pergunta que o tem andado a obcecar: "Quantos de vocês comeriam este hambúrguer?" Quase todos (com excepção de dois) levantaram o braço. Encorajador?

No final, o PÚBLICO conversou com Mark Post, professor na Universidade de Maastricht, na Holanda, e perguntou-se se tinha ficado surpreendido com o número de pessoas dispostas a arriscar. "Sim, de certa forma fiquei. Mas este era um grupo jovem e com espírito de aventura. De qualquer forma, foi um número maior do que habitualmente acontece."

O "workshop" de Mark Post chamava-se "Como vender 'yuck'?" – uma brincadeira com a expressão usada por alguns jornalistas (que, sublinhou, nunca provaram o hambúrguer) para descrever esta carne, apresentada pela primeira vez publicamente em Londres em Agosto de 2013. Nessa apresentação confirmou-se que o hambúrguer parece carne e sabe a carne – Post mostra uma imagem das pessoas que o provaram e diz, sorrindo, que "ainda estão vivas". Mesmo assim, muita gente continua a responder à pergunta de Post dizendo que não está disposta a experimentar porque "não é natural".

"A verdade é que depois do lançamento em Londres, as reacções críticas ou negativas foram reduzidas", diz o cientista holandês. "A recepção foi tão boa quanto poderíamos esperar." Nos quase dois anos que decorreram entretanto, a abertura à ideia tem vindo gradualmente a aumentar. Mas não chegou ainda o momento de colocar esta carne à venda, e Post tem andado a pensar sobre a melhor forma de o fazer. Por isso, aproveitou o "workshop" de Lisboa para discutir mais uma vez o seu problema com jovens universitários que se apresentam como "inovadores" e que querem trabalhar em projectos que ajudem a alimentar o mundo em 2050, quando a população atingir os nove mil milhões.

Uma das duas pessoas que dizem que não estão dispostas a experimentar argumenta que "é desconhecido" e pode "não ser seguro". "Humm, isso é interessante", comenta Post, enquanto vai escrevendo os argumentos num quadro. "Diz que não é natural. O hambúrguer que compra no supermercado é natural?" "Não sei", responde a mulher, "é o que sinto neste momento". O cientista abana a cabeça, como quem diz que compreende. "Expressa-o como um sentimento, uma emoção. 'Yuck' é também isso. E claro que todos têm direito às suas emoções."

Relembra que o que está por detrás deste esforço de criar carne de forma artificial é a constatação de que a forma como se produz carne hoje em dia no mundo não é sustentável – e sê-lo-á ainda menos quando, como se prevê, o consumo aumentar muito em países como a China. "São precisos 50 mil litros de água para produzir um quilo de carne", afirma. Quando entrou no laboratório decidido a fazer um bife a partir de células estaminais extraídas do músculo de vacas, Mark Post não estava à procura de uma alternativa à carne. "Eu gosto de carne, e quero continuar a comer carne. É por isso que faço isto."

Na conversa com o PÚBLICO diz não ter dúvidas de que o hambúrguer feito no laboratório vai ser uma realidade dentro de alguns anos. "Não sou um vidente mas sou um optimista, e não tenho dúvidas de que acabará por acontecer, talvez daqui a seis, sete anos."

No início será um produto de luxo? (quando foi apresentado calculou-se que os seus 140 gramas custavam cerca de 250 mil euros). "Provavelmente sim, mas nos dois, três anos seguintes o preço começará a baixar muito rapidamente." E não receia que, depois de um primeiro momento em que toda a gente vai querer provar por curiosidade, o interesse desapareça e todos voltem a consumir carne normal? "Claro que muito depende das primeiras experiências, mas se for muito saboroso e valer a pena…"

No laboratório, Mark Post e a sua equipa estão a trabalhar para isso. "Temos mais flexibilidade [do que na carne normal] porque controlamos algumas variáveis com as quais podemos jogar para melhorar o sabor ou o valor nutricional. Podemos aumentar ou reduzir a quantidade de gordura, acrescentar fibras." Ainda não decidiu se vai por esse caminho, enriquecendo o hambúrguer com ómega 3 ou outros componentes. "Algumas pessoas aconselham-me a valorizar os benefícios em termos de saúde como estratégia de marketing, mas é mais complicado a nível de regulamentação e pode ter um efeito contrário. Provavelmente, o melhor será esperar que haja uma aceitação primeiro, e depois jogar o trunfo da saúde."

O futuro da pecuário em debate na 7ª edição das jornadas veterinários em Évora

O FUTURO DA PECUÁRIA EM DEBATE NA 7ª EDIÇÃO DAS JORNADAS VETERINÁRIAS EM ÉVORA
HVME
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME), em parceria com a Equimuralha, realiza nos próximos dias 6 e 7 de Março a 7ª edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora. As inscrições já se encontram abertas na página www.hvetmuralha.pt ou através do 266 771758.
Estas Jornadas apresentam um conjunto de seminários e workshops que se realizam no Évora Hotel e que, ao longo destes dois dias, irão abordar diversas questões acerca de ruminantes e equinos tendo em vista a melhoria da produtividade, de forma sustentável, dos sectores e contribuindo para o desenvolvimento rural. São ainda uma oportunidade para que investigadores, técnicos e outros profissionais dos sectores possam partilhar ideias, analisar e discutir o estado atual do conhecimento e das perspetivas futuras.
Na vertente dos ruminantes, o primeiro dia está subordinado ao tema "Enfrentar o Futuro da Pecuária: desafios e oportunidades" e culmina com uma mesa redonda, ao final da tarde, com diversas associações de bovinos (Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; Associação de Criadores de Bovinos Raça Alentejana; Associação de Criadores de Limousines; Associação Portuguesa de Criadores de Bovinos Raça Charolesa; Aberdeen Angus Portugal) para debater as diferentes oportunidades e desafios da evolução genética na produção de carne de bovinos em raças autóctones e exóticas. Durante todo o dia serão vários os oradores nacionais e internacionais que partilharão as suas experiências e conhecimentos, como é o caso do engenheiro agrónomo brasileiro Alcides Torres Júnior, Presidente da Associação dos Profissionais para a Pecuária Sustentável, que irá ministrar uma palestra intitulada "De Produtor a Empresário," ou do especialista espanhol em bovinos de carne, o Dr. Iñaki Espinoza, que irá apresentar a perspetiva espanhola na otimização da produtividade em bovinos de carne. A nova Política Agrícola Comum e novas oportunidades de financiamento europeu são também temas em destaque na sala dedicada aos ruminantes.
No segundo dia, o programa propõe seminários que se debruçam sobre questões que vão da inseminação até à eficiência e monotorização da produção, passando pelo bem-estar animal. Destinados apenas a médicos veterinários, vão-se realizar workshops como o de "Gestão de clientes e comunicação eficiente em medicina veterinária" ou o "Workshop Hipra: Curso Prático de diagnóstico de SRB em vitelos: da necrópsia à toracoscopia", orientado pelo Dr. Iñaki Espinoza.
As Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora destinam-se à comunidade em geral, a produtores, criadores, proprietários de animais de produção e cavalos, mas também a médicos veterinários e estudantes. Na sua última edição teve uma participação que superou os 400 participantes, consolidando-se como um evento de importância nacional.
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) e a Equimuralha são duas entidades de referência na região e entendem que para além dos serviços médico-veterinários que prestam à comunidade, devem ter um papel mais interventivo na sociedade ao nível pedagógico, nomeadamente através do desenvolvimento de diversas ações de formação.
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) iniciou a sua atividade há 15 anos, na sequência de uma parceria entre três médicos veterinários. Em 2008 inaugurou as suas novas instalações, que incluem uma moderna área hospitalar para animais de companhia, uma área de animais de produção com cinco brigadas em serviço ambulatório, um laboratório clínico de apoio aos vários setores, uma área de apoio administrativo e uma área de formação. O Núcleo de Reprodução e Fertilidade e o Núcleo de Formação e Desenvolvimento, onde se inclui a realização das Jornadas, desenvolvidos recentemente, contribuem para a diversificação e prestação de serviços de excelência.
Considerado um projeto inovador na área da prestação de serviços veterinários diferenciados, o HVME engloba serviços de elevada qualidade a animais de companhia, animais de produção, animais silvestres e de zoo, e equinos, sendo os últimos prestados em exclusividade através de uma parceria com a Equimuralha.
A Equimuralha é uma empresa prestadora de serviços médico-veterinários especializada em equinos, a qual funciona em parceria com o HVME. Com serviços de reconhecida qualidade, a Equimuralha tem um corpo clínico constituído por dois médicos veterinários com internato realizado nos EUA em medicina e cirurgia de equinos, formação específica em patologias locomotoras no CIRALE em França, e várias publicações em revistas internacionais. É também já uma referência nacional em medicina estomatológica e dentária Equimuralha e colabora regularmente com a Universidade de Évora na docência aos alunos finalistas de medicina veterinária. Realiza as suas consultas em regime ambulatório para cujo efeito dispõe de equipamento espacializado, tal como radiologia computorizada e ecografia.
A equipa do HVME e da Equimuralha conta atualmente com um corpo clínico de 15 médicos veterinários, 5 enfermeiros veterinários e 3 auxiliares de veterinária, e com o apoio de uma área administrativa constituída por uma gestora, 3 administrativos e 4 recepcionistas.
Para consultar o programa das jornadas veja no site www.hvetmuralha.pt.
Contacto para inscrição nas Jornadas:
Telefone: 266 771758

Uso de fertilizantes vai superar os 200 milhões de toneladas em 2018


Terça, 17 Fevereiro 2015 13:46 tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte


O uso mundial de fertilizantes poderá aumentar acima dos 200,5 milhões de toneladas em 2018, cerca de mais 25% que o registado em 2008.

O consumo mundial de fertilizantes crescerá cerca de 1,85 até 2018, segundo informação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), sobre tendências e perspetivas mundiais dos fertilizantes para 2018.

Ao mesmo tempo, «a capacidade global de produção de fertilizantes, produtos intermediários e matérias-primas continuará a aumentar», de acordo com o estudo.

À medida que o potencial para produzir fertilizantes supere a utilização, o equilíbrio potencial mundial, um termo técnico que mede a quantidade disponível sobre a procura real, vai crescer para o nitrogénio, fosfato e potássio, os três principais fertilizantes do solo.

A utilização mundial de nitrogénio, com diferença entre o elemento básico e os fertilizantes, prevê-se que aumente cerca de 1,4%por ano até 2018, enquanto o uso de fosfato crescerá cerca 2,2% e cerca de 2,6% o de potássio.

Em comparação, estima-se que a oferta desses três importantes elementos cresça 3,7, 2,7 e 4,2 por cento por ano, respetivamente.

Fonte: Agrodigital

7ª Edição ADVID homenageia Michael Symington e atribui prémio a Investigadores da FCUP


16 Fev 2015 < Início < Notícias
A ADVID instituiu, desde 2007, um prémio anual para atrair investigadores de diversas áreas científicas para as especificidades técnicas, culturais e sociais da vitivinicultura da Região Demarcada do Douro
Em 2014 a partir de uma selecção de trabalhos feita pela Direcção da ADVID o Júri do Prémio decidiu atribuir o Prémio ADVID 2014 - Michael Symington, ao trabalho: "Different Phenolic Compounds Activate Distinct Human Bitter Taste Receptors"
Este trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - FCUP (Victor Freitas, Susana Soares e Nuno Mateus) e do Instituto Alemão de Nutrição Humana (Susann Kohl, Sophie Thalmann e Wolfgang Meyerhof), tendo como objectivo o estudo dos compostos responsáveis pela sensação de amargor e adstringência, aspectos dos mais discutidos e complexos em enologia.
Em cada ano o prémio homenageia uma personalidade marcante no desenvolvimento da Região do Douro. Em 2014 homenageia o Sr. Michael Symington, nascido no Porto em 1925, uma das principais figuras da família Symington, a qual se dedica há várias gerações ao Vinho do Porto e à Região do Douro, sendo a maior empresa familiar do sector.
"Michael Symington mostrou sempre perseverança na defesa do Douro, dos seus vinhos e suas gentes, juntamente com a sua mulher Elizabeth receberam no Douro inúmeras visitas do ramo dos vinhos e jornalistas, levando o Douro a todas as partes do mundo", explica nota enviada às redacções.
O valor do Prémio é de 5.000€ e a cerimónia de atribuição decorrerá na Assembleia Geral da ADVID,em Abril de 2015.

BOVINOS - INFORMAÇÃO RESIDENTE NA BD SNIRA




O IFAP disponibilizou informação estatística atualizada relativa aos animais da espécie Bovina, residente na base de dados do SNIRA, em 31.12.2013, 30.06.2014 e 31.12.2014.

Esta informação pode ser consultada no menu Estatísticas do portal do IFAP.

Viseu cria fundo de microcrédito para desenvolver a agricultura


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
O Conselho Estratégico de Viseu pretende desenvolver o sector agrícola do concelho através da criação de incentivos à fixação de jovens agricultores nas freguesias.

 
O objetivo do município é criar um fundo de microcrédito para desenvolver a agricultura do concelho.

"Com este documento, Viseu assume a sua ruralidade, admitindo que este sector pode ajudar a desenvolver a parte urbana do concelho, e está preparado para avançar com candidaturas ao Portugal 2020 - o próximo quadro comunitário de apoios", explicou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.

UE não vai criar mais medidas de apoio aos hortofrutícolas


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
A Comissão Europeia já fez saber que não vai introduzir mais medidas de apoio ao mercado no sector das frutas e legumes, um dos sectores mais afetados pelo embargo russo.

 
Aquela entidade considera que já pôs em marcha as medidas necessárias para apoiar o mercado e deposita agora fé no acordo de Minsk, uma vez que um cessar-fogo na Ucrânia pode permitir à União Europeia aliviar as sanções contra a Rússia, que, por seu lado, pode ter condições para levantar progressivamente o embargo.

A Comissão Europeia justifica esta decisão com o facto da extensão das ajudas ao primeiro semestre de 2015 ter permitido a retirada do mercado de 203 000 toneladas de frutas e 92 600 toneladas de legumes.

Mercado mundial de produtos biológicos continua a crescer


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
O mercado mundial de produtos biológicos cresceu 10% em 2013. De acordo com dados da Federação Internacional da Agricultura Biológica e do Instituto para a Investigação da Agricultura Biológica, as superfícies agrícolas utilizadas para a agricultura biológica cresceram cerca de 15% durante este período.

 
Em 2013 estavam certificados para a agricultura biológica 43,1 milhões de hectares, face aos 37,5 em 2012. Os países com maiores áreas biológicas são a Austrália, com 17 milhões de hectares, a Argentina, com 3,2 milhões de hectares, e os Estados Unidos da América, com 2,2 milhões de hectares. Neste momento, 40% das áreas biológicas estão na Oceânia, 27% na Europa e 15% na América Latina.

Para além disso, em todo o mundo, mais de dois milhões de pessoas trabalham no sector. Destas, 650 000 são na Índia, 189 610 no Uganda e 169 703 no México.

No que diz respeito ao volume de negócios, a agricultura biológica representa mil milhões de euros, sendo que o maior consumidor são os Estados Unidos da América, com 24,3 mil milhões, seguidos da Alemanha, com 7,6 mil milhões e de França, com 4,4 mil milhões.

Acréscimo alerta para declínio do peso da floresta na economia nacional


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
A Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal emitiu um comunicado onde defende que "as florestas e o setor florestal português têm sido vítimas de um declínio progressivo." Segundo a associação, o peso do setor florestal na economia, no emprego e no território era de 3,0% do PIB em 2000, valor que caiu para os 1,2% atuais.

 
"A desflorestação (perda de área florestal) é uma realidade mensurada oficialmente e em contra ciclo com a União Europeia. O abandono da gestão florestal, por manipulação dos mercados, é crescente. A proteção dos ecossistemas florestais está cada vez mais comprometida, com os incêndios, mas também pelo descontrolo no combate a pragas e a doenças. Com as alterações climáticas, os riscos acrescem substancialmente", explica a associação em comunicado.

Recentemente, o governo anunciou a sua aposta no desenvolvimento florestal, através da procura de meios para incentivar os agricultores a investir no setor e da aposta em alterações fiscais, a entrar em vigor em 2016 e 2017, no novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) e nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Nas alterações fiscais, a incidência ocorrerá em sede de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) e no Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

Apesar destas medidas, a Acréscimo refere que "todas estas apostas já foram ensaiadas no passado recente e sem alteração positiva. No IMI e no IMT, os resultados foram insignificantes, até porque é de difícil aplicação sem a conclusão do cadastro rústico (prometido para a atual legislatura). Bom seria uma adequação do Código do IRS à atividade florestal, a par do que já está em vigor no IRC para as florestas industriais, sabendo-se que a esmagadora maioria dos proprietários de florestas são pessoas singulares", conclui a organização.

Cidade Europeia do Vinho 2015 inicia-se este fim-de-semana em Reguengos de Monsaraz


FEV 17MADEIRAREGUENGOS DE MONSARAZPOR GERSON INGRÊS

 
REGUENGOS DE MONSARAZ – A partir do dia 21 de fevereiro Reguengos de Monsaraz será a Cidade Europeia do Vinho 2015, sucedendo a Jerez de La Frontera (Espanha). Esta distinção foi atribuída pela RECEVIN – Rede Europeia de Cidades do Vinho, que integra cidades da Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Portugal conhecidas pela qualidade da sua produção de vinho.

O programa de eventos tem início na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, pelas 11h, com a receção às comitivas no Salão Nobre dos Paços do Município, que pelas 17h vão visitar os enoturismos da Ervideira e da CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Às 21h, no Auditório Municipal, realiza-se o espetáculo inaugural, que integra o concerto de estreia da Orquestra de Câmara do Alentejo, o Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, o Coro Polifónico Eborae Mvusica e o Coral Públia Hortênsia de Castro.

No sábado, pelas 10h, na Biblioteca Municipal, inicia-se a reunião do Conselho de Administração da RECEVIN. Às 11h30 as comitivas vão visitar os enoturismos do Esporão e da Granacer.

Pelas 15h, o Salão Nobre dos Paços do Município vai receber os atos oficiais da Cidade Europeia do Vinho 2015 e será assinado o convénio entre o Município de Reguengos de Monsaraz, a RECEVIN e as anteriores Cidades Europeias do Vinho, nomeadamente Palmela (Portugal), Marsala (Itália) e Jerez de La Frontera (Espanha). Às 16h30, no Palácio Rojão, decorre a inauguração do espaço Vinho com Arte, um local para exposição, promoção, venda e provas de vinhos do concelho, que integrará a atuação do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz.

Reguengos de Monsaraz vai brindar à Cidade Europeia do Vinho pelas 17h30, na Praça da Liberdade, numa celebração que terá também música e degustação de produtos regionais. À noite, a partir das 21h, no Pavilhão Multiusos do Parque de Feiras e Exposições, realiza-se a Gala da Cidade Europeia do Vinho, que marcará o arranque oficial com a entrega da bandeira com a distinção de "Cidade Europeia do Vinho 2015" pela RECEVIN à Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

Neste espetáculo vão juntar-se três expressões musicais classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, nomeadamente o Cante Alentejano, o Fado e o Flamenco. Em palco vão estar o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Nayara & Ballet Flamenco de Sevilla e os fadistas António Pinto Basto, Teresa Tapadas e Gustavo Pinto Basto.

A Cidade Europeia do Vinho vai organizar durante o ano, entre outros eventos, a 1ª ViniReguengos, o Simpósio Europeu de Confrarias Enogastronómicas, o Congresso da Vinha e do Vinho, o Colóquio "Prospeção em Larga Escala e Conservação da Diversidade das Castas de Videira em Portugal", a Festa do Cante que integrará a conferência "Vozes Plurais Presenças Coletivas: Memória, Participação e Poéticas", passeios de barco no Lago Alqueva com provas de vinho, Mercado Esporão Slow Food Alto Alentejo, fins de semana temáticos em restaurantes e observações astronómicas noturnas com provas de vinho. A promoção dos eventos e dos vinhos do concelho será efetuada em feiras como a Bolsa de Turismo de Lisboa, ExpoVinis Brasil, ForumVini Munique e London Wine Fair, na ANA – Aeroportos de Portugal e em ações de formação em Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Suíça.

A Floresta Portuguesa vai ser o tema central da 52ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo

by João Baptista on 18 de Fevereiro de 2015 em Últimas

A Floresta Portuguesa é o tema central da 52ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo, evento que decorre Centro Nacional de Exposições, em Santarém, entre os dias 6 e 14 de junho.

Ao longo de nove dias os visitantes vão conhecer o mundo agrícola português em todas as suas vertentes: maquinaria, equipamentos, serviços, factores de produção e, os produtos agro-alimentares que resultam das melhores e mais avançadas técnicas  e práticas agrícolas.

O debate dos principais temas da actualidade agrícola   estarão também presentes no ciclo de conferência "Conversas de Agricultura" que irão continuar a ser um importante pólo de atracção pelo grande número de colóquios e seminários realizados. Nas três últimas edições cerca de 6.000 profissionais participaram nestas iniciativas.

O evento volta a integrar o Salão Prazer de Provar que reúne no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros, e que contemplará várias iniciativas especialmente pensadas para juntar produtores, consumidores e profissionais. Em simultâneo, decorrerá a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, promovida pelo Nersant, e a Lusoflora de Verão – Exposição e Venda de Flores e Plantas de Portugal, organizada pela APPFN.

A Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo, apresenta-se, assim, como um espaço privilegiado de contactos e negócios, além de ser uma oportunidade para as empresas promoverem os seus produtos ou os seus serviços.

ENTRADAS

Bilhete Simples: 7,00 €  (Permite uma única entrada)

Cadernetas de 10 Bilhetes: 45,00 € (Cada bilhete permite uma única entrada. À venda até 5 de junho)

Livre-Trânsito: 20,00 € (O Livre – Trânsito permite visitar a feira a qualquer hora e várias vezes por dia)

Dia 8 de Junho: Entrada Gratuita

Todos os Dias: Entrada gratuita para crianças até aos 11 anos (inclusive)

Parque de Estacionamento: Gratuito

Nota: O Bilhete Simples, o Livre – Trânsito e as Cadernetas de Bilhetes permitem o acesso à Feira Nacional de Agricultura e aos espectáculos

Assunção Cristas: “Há muita gente a querer investir” em negócios agrícolas

18/2/2015, 21:40

Com foco nos jovens agricultores e a preparar legislação para apoiar mercados de proximidade e produção local, a ministra da Agricultura e do Mar avançou que não existe falta de investimento no setor.


Ministra diz que os jovens empresários agrícolas estão mais sofisticados
NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA


A ministra da Agricultura e do Mar disse esta quarta-feira que não sente que haja falta de investimento privado no setor agrícola, em Portugal. "Há muita gente a querer investir e vemos a banca interessada. As críticas que ouvia há três anos – de que era difícil obter financiamento bancário – já não ouço", disse Assunção Cristas ao Observador, à margem de uma conferência na AESE – Escola de Direção e Negócios.

A ministra explicou, durante a conferência que integrava uma sessão do GAIN – Programa de Direção de Empresas Agrícolas e Agroindustriais, que a prioridade do Governo era apoiar os jovens agricultores, agora com mais habilitações do que aquele que era o típico agricultor português, antes com 63 anos e quarto ano de escolaridade.

"Neste mandato, instalaram-se 5.596 jovens agricultores, pessoas que foram buscar os vários instrumentos que têm ao seu dispor" para lançar os seus próprios negócios, avançou a ministra, acrescentando que por cada empresa que encerra no país, nascem 6,7 novas empresas.

"Discriminamos favoravelmente os jovens agricultores. Utilizamos a maior flexibilização que as normas europeias nos permitem", para apoiá-los, referiu.

O Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), para apoiar jovens agricultores (entre 18 e 40 anos) vai abrir candidaturas a 20 de fevereiro. De acordo com a ministra, o programa comporta um prémio à instalação, a fundo perdido, que pode variar entre 15 mil e 31,5 mil euros. "Além disso, há uma majoração, um apoio ao investimento em concreto que, tipicamente, será de 50%, mas que pode ser mais se o jovem pertencer a uma organização de produtores, por exemplo", disse. Para poderem receber este apoio, os jovens têm de fazer um investimento mínimo na casa dos 55 mil euros.

"A medida está pensada para dar o incentivo máximo, garantindo, no entanto, que o jovem agricultor tem de pôr sempre uma parte do seu dinheiro, 10%. É uma maneira de termos também o compromisso do próprio jovem, de que se vai empenhar no projeto", explica ao Observador.

Além desta medida, o Governo está a trabalhar num diploma ligado aos mercados de proximidade, ou seja, aquele em que há uma venda direta do produtor ao consumidor. A nova legislação pretende, por um lado, simplificar medidas e, por outro, ajudar à venda direta.

"Há gente que vive da terra e que nem isso está a conseguir fazer. É preciso dar reposta a estas situações. Estamos a trabalhar em legislação que possa apoiar os projetos de proximidade. Se, por um lado, temos um mundo globalizado, também temos outro que valoriza a produção local. E temos de permitir que as pessoas deem resposta a estas duas situações", referiu.

Outro dos enfoques do Ministério passa por dar espaço aos pequenos produtores. Mas Assunção Cristas alerta: é preciso que se saibam organizar e concentrarem-se de forma a poderem ganhar escala, juntos. "Não é preciso as pessoas perderem a sua identidade, mas devem perceber que há estratégias para que sejam mais bem-sucedidas", disse, acrescentando que "não vale a pena querer transformar a realidade do país, se essa realidade é valiosa".

Assunção Cristas referiu ainda que o país está a assistir a uma transformação no setor: se por um lado o número de pessoas empregadas é menor, por outro, há cada vez mais empreendedores. "A atividade agrícola tem-se vindo a transformar. Tem menos empregados, mas mais empresas, mais jovens agricultores e mais sofisticados", referiu.

Exportações de cevada da UE podem alcançar recorde

17-02-2015 
 

 
As exportações de cevada comunitária seguem a um bom ritmo, apesar na última semana os certificados de exportação terem baixado em relação à semana anterior.

Na semana 33 da campanha de 01 de Julho de 2014 a 30 de Junho, foram solicitados certificados de exportação por 142 mil toneladas frente às 310 mil da semana 32. No entanto, nas primeiras 33 semanas da campanha o total exportado assinalou 5.546.078 toneladas.

Para esta campanha 2014/2015 espera-se que as exportações possam alcançar um valor recorde de oito milhões de toneladas devido à boa procura de cevada forrageira na China e na Arábia Saudita e de cevada para cerveja, também na China. Desta forma seria ultrapassado o recorde da campanha, na qual foram exportadas 5,7 milhões de toneladas.

Fonte: Agrodigital


Doenças provocam quebra de 20 por cento na produção de azeitona para azeite

18-02-2015 
 

 
Os problemas fitossanitários que afectaram os olivais tradicionais vão provocar uma redução de 20 por cento na produção de azeitona para azeite, cuja qualidade deve ser também inferior ao normal, estimou o Instituto Nacional de Estatística.

Nas previsões agrícolas divulgadas esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta que a actual campanha oleícola se deve fixar nas 507 mil toneladas, 634 mil na anterior campanha, ficando ainda assim cinco por cento acima da média dos últimos cinco anos.

A quebra de produção nos olivais intensivos, sujeitos a práticas culturais e cuidados fitossanitários mais adequados, foi menor do que a verificada nos olivais tradicionais, destaca o INE.

A qualidade do azeite produzido foi também afectada pelas condições deficientes de uma parte considerável das azeitonas recebidas nos lagares, ficando a proporção de azeite virgem extra obtido abaixo do normal. Já a área de cereais de Inverno deve manter-se face à campanha anterior.

As baixas temperaturas de Dezembro e Janeiro, apesar de terem retardado a germinação e crescimento dos cereais semeados nesses meses, beneficiaram o desenvolvimento dos já instalados, perspectivando-se um aumento de produtividade nestas culturas, que na aveia deve rondar os 15 por cento.

Anexo: INE - Previsões Agrícolas (31 de Janeiro de 2015)  

Fonte: Lusa


Presidente da República condecora sete personalidades da vitivinicultura

18-02-2015 
  
O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar esta quarta-feira, no Porto, sete personalidades ligadas à vitivinicultura, recebendo Paul Symington o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

À agência Lusa, a Presidência da República antecipou os sete nomes ligados ao sector do vinho que vão ser agraciados na cerimónia de condecoração que decorre às 19:30 horas, no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Porto.

Paul Symington, da Symington Family Estates, vai ser condecorado por Cavaco Silva Grande-Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

Álvaro Castro (Quinta da Pellada), Anselmo Mendes (Alvarinho), Dirk Niepoort (Niepoort) e Jorge Dias (Gran Cruz Porto) serão agraciados com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

O grau de Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola, será atribuído pelo Presidente da República a Olga Martins (Lavradores da Feitoria) e Sandra Tavares da Silva (Quinta do Vale D. Maria).

Fonte: Lusa

Plano nacional para recursos genéticos vegetais pronto este mês

16-02-2015 
 

 
O plano estratégico nacional para os recursos genéticos vegetais, que visa a conservação das espécies e a valorização económica da actividade agrícola, estará pronto até ao final deste mês.

O anúncio foi feito por Ana Maria Barata, responsável do Banco Português de Germoplasma Vegetal do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, durante uma visita do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Brito.

O governante afirmou que aquele plano estratégico irá beneficiar, desde logo, os agricultores portugueses, que terão acesso a recursos genéticos que lhes darão a possibilidade de porem no mercado produtos inovadores e diferenciados, logo mais competitivos.

«A nossa agricultura não é de quantidade, mas sim de qualidade. Deve apostar no tradicional. Para isso, precisamos dos nossos recursos genéticos, que são diferenciados», referiu Nuno Brito.

Ana Maria Barata garantiu que o plano estratégico estará pronto ainda este mês, pondo «todo o país a trabalhar em prol da conservação dos recursos genéticos». Instalado em Braga desde 1977, o Banco Português de Germoplasma Vegetal já realizou 115 missões de colheita, essencialmente no país, estando actualmente ali conservadas mais de 100 espécies, num total de 44.752 unidades. São, sobretudo, espécies para a alimentação e a agricultura.

«A nossa ambição é sermos um centro de competências de recursos genéticos em Portugal», afirmou Ana Barata. Quem efectuar «levantamentos» naquele banco tem de assumir que vai multiplicar as sementes, para assegurar a sobrevivência das espécies. «Os recursos genéticos vegetais são muito importantes, sobretudo neste momento tão complicado de alterações climáticas», disse ainda Nuno Brito.

Fonte: Lusa

Cooperativa Fonterra abre fábrica na Europa

 18-02-2015 
  
A cooperativa neozelandesa Fonterra já tem uma fábrica na Europa. Em conjunto com a empresa holandesa A-Ware Foods, abriu as suas primeiras instalações europeias na localidade holandesa de Heerenveen.

A nova fábrica, que ocupa 16 mil metros quadrados e emprega 50 pessoas, será dedicada à produção de ingredientes de lacticínios para nutrição infantil, prevendo uma produção de cinco mil toneladas de soro de leite e 25 mil toneladas de lactose por ano.

A Fonterra não quer perder o caminho para o mercado chinês, em especial de leites infantis, pelo que decidiu instalar-se na Europa para poder competir melhor.

Fonte: Agrodigital

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Secretário de Estado tranquiliza produtores de queijo Serra da Estrela sobre utilização de cardo


Posted by Claudia Trindade


O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Viera de Brito, tranquilizou hoje os produtores de queijo Serra da Estrela sobre a utilização do cardo na produção daquele produto tradicional.

Durante uma visita à feira do queijo de Seia o governante foi questionado pelos produtores e pelo presidente da autarquia sobre a diretiva europeia que determina que seja apresentado um pedido de autorização para o uso de qualquer enzima em produtos alimentares, como é o caso do cardo, utilizado na confeção do queijo tradicional daquela região.

"Entregamos no dia 24 de fevereiro próximo, o dossier na Comissão Europeia no sentido de que toda a parte analítica do cardo, que é importante não só para o queijo Serra da Estrela mas também para todos os outros queijos tradicionais, possa continuar a ser utilizado", disse hoje à agência Lusa o governante.

Segundo Nuno Viera de Brito, a diretiva comunitária obrigava a uma caraterização das enzimas, até 11 de março, assegurando que Portugal irá entregar o dossier "antes do prazo".

"Vamos entregar no dia 24, vai ser analisado, mas obviamente que temos estado a fazer [o processo] em companhia com a Comissão Europeia e, portanto, sim, [os produtores] podem estar tranquilizados e continuar a produzir bem o nosso queijo da Serra", afirmou.

O governante falou do assunto após o presidente da câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo, ter dito que a possibilidade de o cardo deixar de ser utilizado no fabrico do queijo era um cenário "ridículo", porque colocava em causa a sua produção pelos métodos ancestrais.

A garantia do secretário de Estado tranquilizou os produtores de queijo e também a Associação de Artesãos da Serra da Estrela que tem cerca de 700 associados nos vários setores, sendo cerca de 70 produtores de queijo.

"Estamos muitos mais descansados" disse à Lusa o seu presidente, João Amaral.

A indicação da entrega do dossier em Bruxelas, "garante que a questão não cai em saco roto" e merece a atenção do Governo, acrescentou.

"A acontecer prescindirmos do cardo para produzir o queijo da Serra da Estrela era estarmos a viciar o jogo, era estarmos a viciar o produto e era estarmos a dar indicação àquelas pessoas que mantêm os saberes sobre esta matéria, que não vale a pena preservar tradições porque a inovação ultrapassa de forma errada aquilo que é a tradição", declarou.

O produtor de queijo Pedro Gomes disse acreditar "que todas as entidades estão a fazer todo o esforço para tipificar" a enzima do cardo.

"Não deixaremos nunca de produzir queijo Serra da Estrela sem o cardo, que é o terceiro ingrediente fundamental, para além do leite e do sal, e, estou certo que o assunto será ultrapassado sem qualquer problema", concluiu.

Já o produtor Élio Silva referiu que o cardo "é essencial" para a produção do queijo, por isso ficou "mais descansado" após ouvir as declarações do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A mais recente "fotografia" da agricultura



Armando Sevinate Pinto

15/02/2015 - 11:40

Dados do INE mostram que Portugal perdeu 40.800 explorações agrícolas em cinco anos.


Foi há pouco tempo publicado pelo INE o resultado da mais recente "fotografia" do sector agrícola português, na sequência do "Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas", realizado em 2013. Este Inquérito, obrigatório entre recenseamentos gerais que se realizam de dez em dez anos, é a primeira operação censitária após o Recenseamento Geral Agrícola de 2009.

Ficou-se a saber que, em 2013, havia 264 000 explorações agrícolas em Portugal. Menos 40.800 do que em 2009, ainda que a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) tenha continuado a ser de cerca de 3,6 milhões de hectares (39,5% do território nacional). A dimensão média das explorações passou, assim, de 12 para 13,8 hectares, em quatro anos.

A dimensão média permanece regionalmente muito heterogénea, variando de um mínimo de 6,5 ha de SAU/ exploração, no Norte e Centro, a um máximo de 56,9 ha, no Alentejo, se não contarmos com o caso especial da Madeira em que é de 0,4 ha por exploração.

A SAU continua muito concentrada uma vez que, um pouco mais de 1000 explorações com mais de 500 ha de SAU, gerem mais de um milhão de ha, enquanto que 191.000 explorações (72% do número total), com menos de 5 ha, são responsáveis, apenas, por 340 000 ha (9,4% da SAU total).

Desde 2009, as explorações que deixaram a actividade foram quase exclusivamente de pequena e muito pequena dimensão, com áreas inferiores a 5 ha, sobretudo nas regiões de Lisboa e do Centro. O número de produtores singulares decresceu quase 15% enquanto que o número de sociedades agrícolas aumentou 47% e exploram 1/3 da SAU nacional, detendo praticamente o mesmo número de animais do que os produtores singulares.

A ocupação cultural da SAU sofreu, apenas, pequenas oscilações. A estrutura de base manteve-se muito aproximada da apurada em 2009, com cerca de 50% de pastagens permanentes (1), 30% de terras aráveis (2) e 20% de culturas permanentes (3). A área de terras aráveis decresceu 6,2%, em especial no que se refere aos cereais de Outono/Inverno, ao contrário do que aconteceu com as culturas permanentes e com as pastagens permanentes, cuja área aumentou, ainda que moderadamente.

Curiosamente e desmentindo uma opinião que, erradamente, se tem generalizado entre os portugueses, a "Superfície Agrícola Não Utilizada" (4), que em 2009 se estimava ser de 128.000 ha, sofreu uma redução de 21%, (27.000 ha) passando a representar apenas 2,7% da SAU total, quando atingia 3,5% em 2009 e 5,3% em 1999.

Quanto à "Dimensão Económica das Explorações", o INE confirmou que se mantêm as tendências de crescimento mas que continuam a existir grandes assimetrias. Para aferir esta dimensão e para a repartir por classes o INE utiliza o " Valor da Produção Padrão Total (VPPT) e concluiu que a média deste indicador atingiu 17.100 euros por exploração, o que representa um crescimento de 12,5% relativamente a 2009.

O Inquérito revela que as grandes unidades de produção (mais de 100.000 euros de VPPT), apesar de representarem apenas 3,3 % do número total das explorações, produzem anualmente 58% do VPPT nacional. Em contrapartida, mais de ¾ das explorações são muito pequenas, geram valores inferiores a 8000 euros e contribuem, apenas, para 11% do VPPT nacional.

A "Orientação Técnico/económica da Explorações" revela uma crescente especialização da agricultura. Em 70% das explorações, mais de 2/3 do seu rendimento provem exclusivamente de uma única actividade. São as explorações pecuárias as que apresentam maior dimensão económica, seguidas da horticultura e da floricultura.

Por outro lado, constata-se que a produção padrão de cada hectare regado é cerca de sete vezes superior à produção em condições de sequeiro. Em comparação com a União Europeia, verificou-se que a dimensão económica média das explorações nacionais apenas atinge 2/3 do valor alcançado na UE a 28, sendo que a produtividade da mão-de-obra nacional (14.000 euros por unidade de trabalho anual) fica a menos de metade da média europeia (31000), revelando, a partir deste indicador, um elemento negativo importante da nossa competitividade.

Os dirigentes das explorações portuguesas são comparativamente mais velhos do que na UE, uma vez que mais de metade tem mais de 65 anos, enquanto que na UE este indicador não ultrapassa os 30%.

Também se concluiu pelo inquérito que a população agrícola familiar, formada pelo produtor e pelos membros do seu agregado doméstico, quer tenham ou não trabalhado na exploração, é constituída por 674.000 indivíduos (6,5% da população total residente em Portugal).

Por outro lado, dos agregados domésticos dos produtores, apenas 6,2% declararam que o seu rendimento resultava exclusivamente da actividade na exploração agrícola, enquanto que, em 81% dos casos, os rendimentos provinham maioritariamente de origens exteriores às explorações. Praticamente 2/3 dos agregados declararam receber pensões de reforma, o que está naturalmente relacionado com a idade avançada da população agrícola, cujo índice de envelhecimento médio é cinco vezes superior ao da população não agrícola.

Uma interpretação pessoal dos resultados deste inquérito permite-me concluir que se verifica uma evolução estrutural na agricultura portuguesa, quase sempre no bom sentido. Maiores explorações, mais empresas, menos agricultores mas mais produtivos. Contudo, essa evolução é, não só, excessivamente lenta como muito insuficiente para nos permitir globalmente (em todos os sectores e regiões) enfrentar a concorrência global a que actualmente estamos submetidos.

Dito isto, é bom esclarecer que estivemos a falar essencialmente de médias. Como é evidente, as médias mascaram muito a realidade agrícola nacional que ainda é profundamente heterogénea, como ficou demonstrado pelos resultados expostos por este inquérito.

Temos hoje uma agricultura muito polarizada. Por um lado, uma agricultura que já tem muita influência, com poucos agricultores dispondo de estruturas produtivas favoráveis (áreas, regadio, aparelhos produtivos), moderna, profissionalizada, desenvolvida, competitiva e cada vez mais especializada, com resultados económicos significativamente superiores à média. Por outro lado, uma agricultura, ainda fortemente camponesa, com um elevadíssimo número de pequenos e muito pequenos agricultores, muito envelhecidos, pouco qualificados e auferindo de rendimentos baixíssimos que só tornam possível a sua sobrevivência, ainda assim bastante penosa, porque são complementados com outros rendimentos, designadamente reformas, com origem fora das explorações agrícolas. São duas realidades muito distintas, mas que são frequentemente amalgamadas dificultando qualquer tipo de análise útil e séria, bem como a apreensão pública da realidade agrícola nacional e, infelizmente, muitas vezes, uma acção política esclarecida.

_____________________________________________

(1) Terras de pastagem que ocupam o solo por períodos superiores a 5 anos

(2) Terras de culturas temporárias, de sementeiras anuais, ou com intervalos que não excedam 5 anos, incluindo, por isso, os pousios.

(3) Culturas, como os pomares, os olivais e as vinhas que ocupam o solo durante largos períodos e dão origem a repetidas colheitas, excluindo-se as pastagens permanentes

(4) Segundo a definição do INE, trata-se de superfícies agrícolas anteriormente utilizadas mas que deixaram de o ser, por razões económicas, sociais ou outras.

________________________________________________

Engenheiro agrónomo (ISA)

Consumo de cerveja atinge mínimos dos últimos 24 anos



Ana Rute Silva

13/02/2015 - 07:26

Cada português bebeu em média 46 litros em 2014, quantidade que não era registada desde o início de 1990.

O consumo de cerveja atingiu, em 2014, o valor mais baixo dos últimos 24 anos. De acordo com a Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), os portugueses beberam, em média, 46 litros desta bebida, quantidade que não era registada desde, pelo menos, o início de 1990.

Dados compilados pelo PÚBLICO mostram que, depois de anos de crescimento até 2006, o consumo de cerveja tem caído de forma quase continuada. Passou de 61 litros há 12 anos para os actuais 46. Entre 2010 e 2011 (ano em que a troika chegou a Portugal), a descida chegou a ser de 10%.

Com um cenário difícil no mercado interno, os produtores de cerveja, com cinco fábricas em território nacional, exportaram mais 4,6% em 2014, num total que ultrapassou os dois milhões de hectolitros. As vendas para o estrangeiro cresceram mais do que a produção total, que aumentou 0,7% face a 2013.

O Verão, com pouco calor, foi determinante para estes resultados e só o turismo deu uma ajuda às vendas de cerveja na restauração. Aliás, esta foi a maior novidade: o canal horeca (hotéis, restaurantes e cafés) foi mais procurado do que os hipers e supermercados para a compra desta bebida e aumentou a sua quota de 63 para 64%. "Pela primeira vez em anos o canal horeca ganhou peso face ao canal alimentar. Demonstrou mais resiliência quando comparado com o sector alimentar", destacou João Abecasis, presidente da APCV. Os turistas que visitaram Lisboa, Porto e Algarve ajudaram a este crescimento, num contexto de deflação.

Mas o assunto que irá dominar a agenda, em 2015, é a "discriminação fiscal" de que o sector diz ser alvo em comparação com o vinho. A associação vai avançar com uma queixa em Bruxelas contra o Governo porque, apesar das reuniões com o Executivo, "nada foi feito". "Não temos sido ouvidos. Mesmo que tenhamos sido escutados e recebidos, nada foi feito", disse João Abecasis. Recorde-se que António Pires de Lima, ministro da Economia, liderou a Unicer (dona da Super Bock) durante sete anos e foi também presidente da APCV. Nessa qualidade, sempre criticou o tratamento fiscal diferenciado da cerveja face ao vinho.

O Orçamento do Estado de 2015 agravou a tributação sobre a cerveja, em 3%, em sede de Imposto Especial de Consumo (IEC), "o dobro da inflação esperada". Este agravamento é superior ao que se verificou em 2012 e 21013, na ordem de 1%. Já o vinho está isento de IEC.

Sem querer comentar a decisão de Angola de limitar as importações desta bebida (a par de outras dezenas de produtos), o presidente da APCV disse que "os associados têm demonstrado trabalho e dedicação, para procurar crescimento onde este vai existir", disse. Os impactos só serão comentados pelas empresas individualmente. 

Clientes estrangeiros pressionam produtores de frutas e legumes a aumentar produção


Ana Rute Silva (em Berlim)

08/02/2015 - 12:24

Portugal depende da importação de alimentos para se abastecer, mas para as empresas a prioridade é o comércio internacional. Em 2015, há quem tenha planos para quintuplicar a área agrícola.

Portugal continua a importar mais produtos hortícolas do que os que exporta NFACTOS/FERNANDO VELUDO

 
Os produtores de frutas e legumes vão aumentar as áreas de produção em 2015 para responder aos pedidos de clientes estrangeiros. A expansão do terreno para cultivo chega, em alguns casos, a quintuplicar e há planos de investimento na produção de mirtilo, cebola, alhos ou uvas. Apesar de Portugal depender do estrangeiro para se abastecer de produtos agrícolas e alimentares, por esta altura, a prioridade das empresas é mesmo exportar.

"Este ano queremos aumentar a organização de produtores em área. Neste momento temos 50 hectares e devemos chegar aos 250. O objectivo é ter 300 hectares de produção em 2016, já com novas variedades para responder às necessidades de exportação", diz Mário Rodrigues, director da Frutalmente, que junta nove produtores e factura 3,5 milhões de euros. Apenas 5% da produção é vendida ao estrangeiro (na maioria figo fresco) e a intenção é captar novos clientes. A Frutalmente está, por isso, a apostar em produtos que conseguem ser colhidos ao longo de todo o ano e variedades selecionadas apenas para exportar, como a uva red globe ou sem grainha.

Os planos do gigante norte-americano Driscoll's, maior produtor mundial de frutos vermelhos, também são ambiciosos. Tem uma estratégia de expansão para os próximos cinco anos que, nas palavras de Nuno Simões, responsável pelo negócio no Sul da Europa, "vai afirmar o país como uma das principais unidades de negócio". Cerca de um terço das framboesas produzidas em Espanha, Marrocos e Portugal vêm do território nacional e a intenção é fazer do país "uma das geografias mais relevantes também no mirtilo".

Assim, a multinacional americana  - que detém 25% da Lusomorango, uma organização de produtores de pequenos frutos - quer aumentar a área dedicada a este fruto dos actuais 30 hectares para 60 hectares. O valor do investimento varia, mas pode chegar aos 30 mil euros por hectare. Uma vez mais, a fruta abastece sobretudo o estrangeiro (Norte da Europa). A empresa factura 35 milhões de euros e contribuiu, segundo Nuno Simões, com 50 milhões de euros para as exportações nacionais, valor que inclui não só as vendas da Lusomorango, como as restantes parcerias que a multinacional tem em Portugal.


Outro gigante da agricultura, a Vitacress, tem planos para aumentar em 50% a área agrícola nas ervas aromáticas produzidas em estufa. Luís Mesquitas Dias, director-geral, sublinha que o investimento servirá para responder aos pedidos de clientes estrangeiros já que, em Portugal, o produto sem sido desvalorizado pelos consumidores, habituados a receber de graça salsa e coentros nos mercados tradicionais.

Também para Carlos Ferreira, responsável pela Hortomelão, o maior produtor de melões da Península Ibérica, 2015 será um ano de aumento de área agrícola, entre 5 a 6%. "É para responder a um pedido de um cliente. Temos contratos feitos", adiantou ao PÚBLICO, durante a Fruit Logistica. A organização, com 40 produtores e uma facturação de 13,5 milhões, exporta 30% do que produz, mas não quer "vender a toda a gente". "A ideia é crescer na exportação com novos clientes e mercados novos", sublinha.

Resta saber se os vários investimentos programados terão impacto no número de explorações que existem em Portugal e na área agrícola utilizada. Em 2013, havia 264.419 explorações, menos 4% em comparação com 2007. Já a superfície utilizada para produzir cresceu 5% no mesmo período para 3,6 milhões de hectares, segundo os dados publicados pela Pordata.

Dependência alimentar
Esta semana na Fruit Logistica, em Berlim, onde o mundo se abastece de fruta e legumes, as empresas portuguesas quiseram mostrar que já possuem capacidade de produção para responder aos pedidos de quantidade e qualidade. As atenções viram-se para fora de portas: os portugueses travaram a fundo nos gastos, mesmo em produtos alimentares, e os preços esmagados no retalho tornaram o negócio no mercado interno menos atractivo. Além disso, desta forma, diversifica-se o risco, ganha-se dimensão e há cada vez mais organizações a apostar na produção directa no estrangeiro, para conseguir vender frutas durante o ano inteiro.

Cá dentro, a realidade é outra. Nas prateleiras dos supermercados há produtos frescos de concorrentes europeus e, apesar dos esforços de comunicação e dos cartazes junto das bancas de legumes com a bandeira nacional, os portugueses continuam a queixar-se da abundância de fruta estrangeira.

Os dados disponíveis do INE para o ano completo de 2013 mostram que Portugal agravou a sua dependência alimentar. O saldo da balança comercial de produtos agrícolas e agro-alimentares piorou 39 milhões de euros face a 2012. Já em 2014, entre Janeiro e Novembro – e considerando apenas as frutas e legumes – regista-se uma melhoria, com as importações a somarem pouco mais de mil milhões de euros, uma redução de 3,7% em comparação com 2013. As exportações aumentaram para 996 milhões de euros, o que significa que compramos quase tanto ao exterior como vendemos.

Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, associação que representa o sector, admite que o foco tem sido o mercado externo, dado o contexto de crise e a redução de preços, problema "que ainda não está muito melhor". Contudo, já lançou o repto ao Governo para estimular o consumo interno, através de campanhas de divulgação dos benefícios da fruta e dos legumes.

Em Riachos, Torres Novas, a Agromais vê na produção de alho e cebola uma oportunidade para equilibrar a balança comercial. No caso do alho, a dependência do exterior é enorme e a organização com 1200 associados e um volume de negócio perto dos 50 milhões de euros, espera aumentar a área de produção na ordem dos 20% este ano.

"A importação de alho é de quase 90% o que significa que a margem de crescimento é gigantesca", diz Jorge Durão Neves, director-geral. A Agromais – que produz 30% do milho nacional – acredita que ainda demorará tempo até Portugal ter mais alho nacional. O trabalho feito na cebola "demorou anos" e o grau de auto-aprovisionamento é de 35 a 40%, continua o responsável, acrescentando que a estratégia tem sido apostar na qualidade das variedades e conseguir produzir o ano inteiro.

Cogumelos que nascem das árvores
Numa feira por onde passam mais de 60 mil visitantes, a diferenciação é tudo. E os cogumelos que nascem das árvores da Organic Nature não deixaram Ricardo Lopes respirar. O engenheiro florestal que desenhou o plano de negócios e criou a Woodi, marca que quis dar aos shiitake, não teve um minuto de descanso durante os três dias da Fruit Logistica, em Berlim. Foi a primeira vez que esteve presente no certame e, para Portugal, leva dezenas de novos contactos de clientes para reforçar os que já tem em França, Holanda, Reino Unido e Holanda.

Os cogumelos portugueses que são produzidos pelo método tradicional (através da madeira morta, como se faz no Japão, Coreia e China) são a "conclusão de um trabalho de vários anos". A Organic Nature gere seis mil hectares de floresta e quis explorar os recursos naturais que tinha à mão. Apesar de o shiitake ser o segundo cogumelo mais consumido no mundo, os Woodi são biológicos, nascem de carvalhos e eucaliptos, o que os torna apetecíveis para os restaurantes de luxo europeus. Os preços podem ir de sete a 14 euros o quilo. "Criámos uma rede de 60 produtores para termos capacidade para exportar e dar resposta aos contactos", diz Ricardo Lopes, que começou a pensar o negócio há seis anos.

Perto da banca da Organic Nature, a Torriba mostrava os seus "tomates berry" e caixas transparentes com amendoins. A organização de produtores é conhecida pelo tomate para a indústria, mas tem vindo a diversificar produtos. Desde 2011, tem uma parceria com a Matutano para a produção deste aperitivo e o ano de 2015 será "a prova de fogo". "Se tivermos um Verão normal para a variedade conseguir o seu potencial, teremos resultados positivos", diz Rodrigo Vinagre, director da Torriba.

A organização já chegou a ter 300 hectares dedicados ao amendoim, mas também teve 75 hectares ou 130, como em 2014. "Há um grupo de produtores desde o primeiro ano e com resultados consistentes. As margens são semelhantes às do milho e o investimento é menor que nos hortícolas. Além disso, o produtor sabe o preço que vai receber antes de semear", sublinha.

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Notícia corrigida: A Lusomorango não é subsidiária da Driscoll's como se referiu. A multinacional americana tem 25% de participação nesta organização de produtores.

Portucel alvo de investigação nos EUA por suspeitas de dumping

A empresa diz ter argumentos para garantir que nunca adotou esse tipo de práticas


Diogo da Silveira, CEO da Portucel
D.R.
13/02/2015 | 16:08 |  Dinheiro Vivo
A Portucel está a ser alvo de uma investigação preliminar pelo Departamento do Comércio norte-americano, por ser suspeita da prática de dumping (venda abaixo do preço de custo) na comercialização de papel não revestido fabricado em Portugal, adianta o Diário Económico.
Fonte oficial da empresa disse a esse jornal que a Portucel considera ter argumentos para garantir que o grupo nunca adotou esse tipo de práticas, caso o processo de avance.
Segundo o Económico, foi o sindicato norte-americano do sector e de fabricantes de papel que terá denunciado a prática, que visa ainda a Austrália, o Brasil, a China e a Indonésia.
Também o Ministério da Economia acredita não ter existido prática de dumping e que os investimentos do sector papeleiro não deverão estar em risco.
As autoridades norte-americanas vão pronunciar-se até 9 de março e, se houver indícios razoáveis de dumping, as investigações continuarão e haverá novas decisões em junho.

Revista de Vinhos elegeu ‘Os Melhores do Ano 2014’ no vinho e na gastronomia

Prémios de 'Excelência' e 'Especiais' subiram ao pódio  
 
·       Em cerimónia que reuniu mais de 900 pessoas na Alfândega do Porto

 

A Revista de Vinhos premiou ontem 'Os Melhores do Ano 2014' no sector do vinho e da gastronomia em Portugal. Entre 'Prémios de Excelência' e 'Prémios Especiais' foram cinquenta os galardões entregues no palco da 18.º edição dos já conhecidos como "Óscares do Vinho", evento que este ano teve lugar no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega, no Porto. Ainda nos vinhos, foram 169 os que conquistaram a distinção de 'Melhor de Portugal' e 624 os que viram o seu selo de 'Boa Compra' em 2014 transformado em diploma.

 

Se os 'Prémios Especiais' distinguiram pessoas, projectos, empresas e entidades do sector do vinho e da gastronomia, os 'Prémios de Excelência' elegeram os trinta vinhos mais aplaudidos pelo painel de provadores da Revista de Vinhos, publicação para apreciadores exigentes e que este ano está a celebrar o seu 25.º aniversário. A cada ano, enfrentam a dura tarefa de selecionar, entre as mais de 2000 notas de prova, aquelas que justificam a escolha final dos 30 'Prémios de Excelência'. Uma distinção que, para além de uma avaliação superlativa, exige consenso entre os jurados. Este ano, a lista é mais variada do que em 2013: o lote dos trinta magníficos de 2014 inclui dezanove tintos, quatro brancos, quatro vinhos do Porto, um espumante, um Moscatel e um Madeira. A qualidade está por todo o lado.

 

Dezanove categorias e vinte troféus: foi este o saldo dos 'Prémios Especiais' de 2014. Peter Bright, nos vinhos, e José Avillez, na comida, foram os grandes nomes da noite, ao receberem respectivamente os prémios de Senhor do Vinho e Gastronomia "David Lopes Ramos". Peter Bright é australiano, mas foi em Portugal que decidiu assentar arraiais e, nos anos 80, na então chamada "João Pires" (que viria a dar origem à Bacalhôa), apontou caminhos que ajudaram a moldar a moderna enologia portuguesa. Bem mais tarde, criou os seus projectos enológicos pessoais: Fiúza & Bright, no Ribatejo, e as Terras de Alter, no Alto Alentejo. Em ambos, mostra o seu "dedo" e intuição para produzir vinhos de grande qualidade que são do agrado do público, quem que para isso tenham de ser caros e inacessíveis. José Avillez, que tem arrecadado inúmeros distinções nos últimos tempos – com destaque para a recente conquista da segunda estrela Michelin – é um visionário, que reúne talento, vontade, paixão, competência, ambição e rigor. Este prémio visa reconhecer o excepcional cozinheiro que é, mas também a sua vertente de profissional da restauração, com incrível capacidade de gestão, motivacional, ousadia empresarial, ambição e até pressa de fazer as coisas acontecer.

 

Nos produtores, o Douro esteve em destaque, com a João Nicolau de Almeida & Filhos a arrecadar o troféu de produtor revelação e a Wine & Soul, da dupla Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges, a ser considerado produtor do ano. Ambos projectos com uma forte vertente familiar. O primeiro nasceu como um incontrolável impulso genético, ou não corresse vinho nas veias de João Nicolau de Almeida e dos seus filhos Mafalda, João e Mateus. Ao lado da Wine & Soul esteve O Abrigo da Passarela, também eleito como produtor do ano.

 

Identidade e Carácter é um titulo que cai que nem ginjas na Quinta do Ameal. Pedro Araújo decidiu em finais de 90 apostar numa única casta para fazer tudo o que fosse possível a partir dela: o Loureiro do Ameal avançou sempre na direcção da qualidade com carácter. Ainda na arte de fazer vinho, foram dois os enólogos distinguidos perante uma plateia de mais de 900 pessoas: Osvaldo Amado e José Manuel Sousa Soares. Produzir bem, em quantidade e com estilos que sejam do agrado dos consumidores são os pressupostos inerentes ao trabalho de Osvaldo Amado, enólogo que faz vinho em todo o país, deixando neles a sua marca. Sousa Soares destacou-se por romper com a tradição, arriscando novos caminhos na Gran Cruz, que tem hoje um portefólio bem mais rico do que tinha, com Porto Colheita, Vintage e L.B.V. de grande qualidade.

 

Depois de em 2013 a enóloga Filipa Tomaz da Costa ter sido eleita enóloga do ano, no que toca aos vinhos generosos, é agora a vez da empresa onde trabalha – Bacalhôa Vinhos de Portugal – ser eleita a empresa do ano: em 2014 foram lançados vinhos que impressionaram em diversos segmentos de preço. 2014 foi um ano de aclamação generalizada da Symington Family Estates, o que lhe valeu o galardão da melhor empresa de vinhos generosos. O lançamento do "super tawny" Ne Oublie foi um acontecimento marcado a letras de ouro na história da empresa, que em muito contribuiu para esta distinção. No que toca à Cooperativa do Ano, o prémio foi para a região do Tejo, com a eleição da Adega do Cartaxo, que tem vindo a ganhar a batalha da qualidade dos seus vinhos – com forte aposta nos tintos –, procurando impor de novo o nome da 'capital do vinho', mas agora com uma conotação bem diferente.

 

O prémio de Viticultura foi, uma vez mais, dado à equipa da The Fladgate Partnership – em 2000 foi atribuído a António Magalhães –, pelo trabalho de modernidade que procura descodificar a viticultura genuína do vale do Douro, no sentido da melhoria do presente, mas sobretudo na consolidação do futuro.  A Bairrada começa hoje a ser vista como uma região renovada, que está "a dar cartas" sem trair a sua forte identidade. Um feito para o qual em muito tem contribuído o papel e trabalho da Comissão Vitivinícola da Bairrada, eleita como a melhor Organização Vitivinícola de 2014.

 

A equipa da Revista de Vinhos visita e "inspecciona" anualmente doze unidades de enoturismo. Em 2014 foi a Casa de Mateus, em Vila Real, a que mais pontos reuniu: 19,5 no total. Um lugar idílico e de peregrinação, onde a cultura e a história têm os pés bem assentes na terra, mas o vinho não é descurado.

 

Os prémios para melhor Loja Gourmet, Wine Bar e Garrafeira foram geograficamente distribuídos de Norte a Sul do país, tendo, respectivamente, sido arrecadados pela Casa Gourmet, em Guimarães, o Wine Bar Dux, Petiscos & Vinhos, em Coimbra, e a Garrafeira Soares, com 15 lojas no Algarve. Para a região mais a Sul do país foi também o "troféu" de melhor Restaurante de 2014, entregue ao São Gabriel, em Almancil. Aqui habita uma cozinha complexa, harmoniosa e de extraordinária beleza, criada pelas mãos do chefe Leonel Pereira, que acaba de recuperar a merecida estrela Michelin para este espaço. No que toca ao Restaurante de Cozinha Tradicional Portuguesa, destaque para o Elvira, em Braga, onde a qualidade de uma comida assente em receituários familiares é irrevogável.

 

Foi ainda premiada a Campanha Publicitária aos fungicidas da família Luna (Bayer), uma campanha que apostou no humor. Com uma mensagem desconcertante, subverte os códigos habituais da comunicação deste tipo de produtos.

 
RV OMA 2014 :: Prémio de Excelência – Lista dos 30 Vinhos

 

Vértice Douro Espumante Pinot Noir rosé 2006
Vértice - Caves Transmontanas
Parcela Única Vinho Verde Alvarinho branco 2012
Anselmo Mendes Vinhos
Quinta de Soalheiro Vinho Verde Alvarinho Reserva branco 2012
Vinusoalleirus
Antónia Adelaide Ferreira Douro tinto 2011
Sogrape Vinhos
Chryseia Douro tinto 2012
Prats & Symington
CV Douro tinto 2012
Lemos & Van Zeller
Quinta da Gaivosa Douro tinto 2009
Alves de Sousa
Quinta da Manoella Vinhas Velhas Douro tinto 2012
Wine & Soul
Quinta da Touriga Chã Douro tinto 2012
Jorge Rosas
Quinta do Monte Xisto Douro tinto 2012
João Nicolau de Almeida & Filhos
Carlos Lucas "20 Anos" Dão tinto 2012
Magnum Vinhos
Carrocel Dão tinto 2011
Quinta da Pellada - Álvaro Castro
Quinta da Vegia Superior Dão tinto 2007
Casa de Cello / Quinta da Vegia 
Campolargo Bairrada branco 2011
Manuel dos Santos Campolargo
Luís Pato Vinha Barrosa Bairrada tinto 2011
Luís Pato
Pai Abel Bairrada branco 2012
Mário Sérgio Alves Nuno
1836 DoTejo Grande Reserva tinto 2012
Companhia das Lezírias
Esporão Private Selection Alentejo Garrafeira tinto 2011
Esporão
Incógnito Reg. Alentejano tinto 2011
Cortes de Cima
Marquês de Borba Alentejo Reserva tinto 2012
J. Portugal Ramos Vinhos
Mouchão Reg. Alentejano tinto 2007
Vinhos da Cavaca Dourada
Quinta do Mouro "Rótulo Dourado"Reg. Alentejano tinto 2009
Miguel Louro - Quinta do Mouro
Siza Reg. Alentejano tinto 2009
Adega Mayor
T Quinta da Terrugem Alentejo tinto 2011
Aliança - Vinhos de Portugal
Andresen Porto White 40 anos
J.H. Andresen
Quinta da Romaneira 40 year old Tawny Port
Sociedade Agrícola da Romaneira
Quinta do Noval Porto Vintage 2012
Quinta do Noval - Vinhos
Quinta do Vesúvio Porto Vintage 2012
Symington Family Estates
Alambre Moscatel de Setúbal 40 anos
José Maria da Fonseca Vinhos
Blandy's Madeira Frasqueira Malvasia 1988
Blandy's Wine Lodge
 

RV OMA 2014 :: Prémios Especiais

Campanha Publicitária :: Bayer (Produto Luna)
Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa :: Elvira (Braga)
Restaurante :: São Gabriel (Almancil)
Prémio Gastronomia David Lopes Ramos :: José Avillez
Loja Gourmet :: Casa Gourmet (Guimarães)
Garrafeira :: Garrafeira Soares (Algarve)
Wine Bar :: Dux, Petiscos & Vinhos (Coimbra)
Enoturismo :: Casa de Mateus (Vila Real)
Organização Vitivinícola :: Comissão Vitivinícola da Bairrada
Viticultura :: The Fladgate Partnership
Adega Cooperativa :: Adega Cooperativa do Cartaxo
Produtor Revelação do Ano :: João Nicolau de Almeida & Filhos (Douro)
Produtor (2) :: O Abrigo da Passarela + Wine & Soul
Empresa Vinhos Generosos :: Symington Family Estates
Empresa :: Bacalhôa Vinhos de Portugal
Identidade e Carácter :: Quinta do Ameal
Enólogo Vinhos Generosos :: José Manuel Sousa Soares (Porto Cruz)
Enólogo :: Osvaldo Amado
Senhor do Vinho :: Peter Bright

PS: Ministra da Agricultura está deslumbrada «pelo que é grande e pelo que é bonito»


O deputado socialista Miguel Freitas criticou hoje a ministra da Agricultura por ter «um deslumbramento pelo que é bom e pelo que é bonito», penalizando os pequenos agricultores no acesso aos fundos comunitários.
Em causa estão as regras do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), que privilegiam os agricultores agrupados em Organizações de Produtores (OP) e a concentração da oferta, o que foi contestado hoje no parlamento pelos socialistas.
"Há claramente um deslumbramento por aquilo que é grande, a ideia de que organização é o mesmo que concentração", disse Miguel Freitas, sublinhando que o objetivo de concentração "penaliza as regiões dos pequenos agricultores e do minifúndio" e cria desigualdade nos acessos ao PDR 2020, "que foi construído para beneficiar agricultores que estejam agrupados em OP com prejuízo do setor cooperativo".
Miguel Freitas considerou que a redução do défice agroalimentar "é uma boa notícia" e mostra "dinamismo do setor exportador", mas lamentou que a ministra da Agricultura, que está a ser ouvida na Comissão de Agricultura e Mar, tenha omitido outros indicadores, como a redução de 64 mil postos de trabalho na agricultura e a quebra de 3% no rendimento dos agricultores.
Na resposta, Assunção Cristas assumiu-se "fascinada com o grande e o bonito" que foi a presença de Portugal como país convidado da Fruit Logistica, a maior feira mundial de frutas e legumes, que decorreu na semana passada em Berlim, mas declarou-se também "deslumbrada" com "o bom e o bonito" da produção local em Vinhais, que visitou no fim de semana.
"Orgulho-me do trabalho dos produtores, cá dentro e lá fora", vincou.
Defendeu, por outro lado, que a "agricultura está em transformação profunda e estrutural" e acrescentou que há menos assalariados agrícolas porque há mais mecanização, apontando ainda o crescimento da instalação de jovens agricultores, que superou os 5 mil.
A ministra lembrou que o índice de concentração da oferta é muito inferior à média europeia, o que suscita preocupação, e adiantou que o diploma que vai regular o funcionamento das OP está ainda em fase de consulta pública.
Assunção Cristas disse ainda que reconhece a importância da pequena agricultura e da dinamização do mundo rural e acrescentou que o Governo que integra foi o primeiro a instituir o regime da pequena agricultura no 1.º pilar da PAC (Política Agrícola Comum).
Diário Digital com Lusa

Reserva de Direitos de Plantação


13 Fev 2015 < Início < Destaques

Foi publicado no dia 11 de fevereiro o despacho normativo 5/2015 que estabelece as regras para a atribuição de direitos de plantação a partir da reserva.
Estando criadas as condições para a distribuição da área de vinha existente na Reserva de Direitos de Plantação no território do continente, foram fixados pelo Despacho Normativo n.º 5/2015, de 11 de fevereiro, os critérios de elegibilidade e de prioridade a observar na distribuição destes direitos.
Salienta-se que estas candidaturas devem ser submetidas com todos os elementos necessários à sua análise, nomeadamente os documentos que comprovam a titularidade ou a possibilidade de utilizar os prédios rústicos onde se pretende realizar a plantação de vinha.
Acresce referir que estes direitos devem ser utilizados pelos seus titulares até ao final do seu prazo de validade, 31-07-2017, usufruindo da possibilidade de serem associados a uma candidatura ao programa VITIS.
Aceda aqui ao formulário de candidatura.

IVV: Certificado de Origem


13 Fev 2015 < Início < Destaques

No seguimento da Nota Informativa IVV nº 1/2015 a partir de 29 de janeiro a emissão de Certificados de Origem (CO) para produtos de origem vitivinícola são exclusivamente da competência do IVV e das entidades certificadoras do sector, nos moldes definidos no DL nº 190/2014.
As regras para os pedidos  e emissão podem ser consultadas em Manual de Procedimentos  - Emissão de Certificados de Origem
Alerta-se para a necessidade dos Pedidos serem submetidos com antecedência, para possibilitar eventuais controlos da mercadoria antes da expedição.
A submissão dos Pedidos é efetuada:
junto das entidades certificadoras (para as EC com aplicações próprias para a emissão de CO);
no SIvv (área Declarações): nos restantes casos.
De salientar que a submissão de Pedidos de Certificados de Origem de produtos engarrafados/embalados pressupõem validação prévia dos rótulos:
Para produtos com DO e IG: pelas respetivas entidades certificadoras
Para produtos sem DO e IG: pelo IVV.

Parlamento Europeu dividido sobre a rotulagem da carne

Fevereiro 12
13:55
2015

A maior parte dos partidos representados no Parlamento Europeu são favoráveis a uma rotulagem da carne que compõe os produtos transformados com a identificação do seu país de origem. O problema continua a ser os custos desta rotulagem.

Enquanto a identificação da carne fresca é relativamente fácil de fazer, a identificação do país de origem das carnes que constituem um hambúrguer, uma lasanha ou uma moussaca, assevera-se muito difícil e, também, muito dispendiosa.

A Comissão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança Alimentar votou, em Janeiro, uma moção que previa esta etiquetagem para os produtos transformados, mas esta decisão não recolheu consenso no plenário de Estrasburgo.

Considerando que os consumidores têm o direito de ter a melhor informação possível, alguns eurodeputados manifestaram-se sobre a necessidade de um estudo mais aprofundado dos custos desta etiquetagem. Os primeiros estudos preliminares apontam para um aumento de preço de 25% a 50%, dependendo do tipo de produto, mas os eurodeputados franceses contestaram estes números.

Os eurodeputados que são contra esta etiquetagem argumentam que a última situação que os consumidores querem aceitar é uma subida de preços. Sendo assim, nada foi resolvido, tendo sido decidido que a Comissão devia preparar um nova proposta de legislação sobre a etiquetagem.

Produtos importados estão a desaparecer de supermercados angolanos


     
Carlos Ramos Carlos Ramos | 14/02/2015 11:26:05 2247 Visitas   

Produtos importados estão a desaparecer de supermercados angolanos

A redução de importações decretada por Angola para combater a queda do preço do petróleo está a ter efeitos em Luanda. Em algumas grandes superfícies da capital angolana há produtos importados, como bebidas e artigos de higiene íntima, que estão a desaparecer das prateleiras.

O SOL foi a vários supermercados e notou, essencialmente, a falta de bebidas portuguesas. Gerentes e responsáveis pelas compras nesses estabelecimentos confirmaram que vários produtos já escasseiam nos armazéns - e antecipam que alguns produtos angolanos sofram uma grande subida de preços, prejudicando o consumidor final. No sector das bebidas há já marcas angolanas que aproveitaram a subida das águas importadas para alterarem o valor do seu produto.

Também a restauração sofre com a crise do dólar - nomeadamente espaços de luxo e especializados. Alguns gerentes desses espaços de Luanda afirmaram ao SOL: "Não tivemos alternativa senão aumentar os preços". Os produtos que ainda se encontram em stock nos importadores, segundo os restauradores, "só estão a ser vendidos aos restaurantes que não têm dívidas com eles".

No que diz respeito ao mercado informal, os preços de venda de produtos alimentares dispararam. No mercado de São Paulo, por exemplo, o valor de um frango inteiro quase triplicou. Um quilo de açúcar passou de 100 para 150 kwanzas (84 cêntimos para 1,26 euros). Uma caixa de 10 quilos de entrecosto, que custava entre 21 e 27 euros, está agora a 59 euros. Ainda no mercado informal, e devido à falta de divisas, o preço de venda de 100 dólares varia agora entre 17.500 e 18.500 kwanzas, quando a cotação oficial é de 10.500 kwanzas.

Contentores para Angola retidos no Porto de Lisboa