domingo, 5 de agosto de 2018

Caçadores vão ser envolvidos na prevenção dos incêndios


Em cada uma das cinco mil zonas de caça haverá um grupo de caçadores responsáveis por comunicar directamente com as autoridades. "Trata-se de termos mais olhos a vigiar a floresta", disse ministro da Agricultura.

LUSA 1 de Agosto de 2018, 20:30 Partilhar notícia

Os caçadores vão estar envolvidos este Verão na prevenção dos incêndios, através de um programa governamental assinado nesta quarta-feira com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e que abrange cinco mil zonas de caça.

O programa "Cada Caçador, Um Vigilante" foi oficializado numa cerimónia que decorreu no concelho de Benavente, no distrito de Santarém, presidida pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

Ministro da Administração Interna apela à população para evitar comportamentos de risco
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Com a assinatura deste protocolo, em cada uma das cinco mil zonas de caça existentes em Portugal haverá um grupo de caçadores (identificados com coletes e com um autocolante) responsáveis por comunicar directamente com as autoridades, em caso de avistarem qualquer situação suspeita que possa pôr em causa a segurança da floresta.

No final do encontro, em declarações aos jornalistas, o governante sublinhou que este protocolo, assinado com as três principais associações de caça, pretende envolver os caçadores na vigilância das florestas portuguesas e na comunicação às autoridades de eventuais situações de risco.

Identificados pelo número de telefone
"Trata-se de termos mais olhos a vigiar a floresta por forma a tentar prevenir ou detectar incêndios na sua fase nascente. Pretendemos desta forma integrá-los [caçadores] de forma organizada no sistema de prevenção contra incêndios, uma vez que vão ser identificados os seus números de telefone e uma vez ligado o 112 são dados como um contacto credível, o que dispensa uma série de confirmações", explicou Capoulas Santos?.

O governante referiu que os caçadores "têm uma presença no território constante" e que, por isso, "são conhecedores do que se passa", podendo assumir o papel de "guardiões da natureza".


"Isto é um reconhecimento. Este protocolo dá-nos mais responsabilidades sobre esta matéria. É o culminar do reconhecimento do que temos feito, mas é também mais uma obrigação", apontou o presidente da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), Jacinto Amaro.

Além da Fencaça, participam igualmente neste projecto representantes da Associação Nacional de Proprietários Rurais (ANPC) e da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP).

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