terça-feira, 15 de outubro de 2013

Gado português tem de ser vendido através de Espanha

Não há acordos bilaterais com países de língua árabe.

14 de Outubro, 08h24
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Por:J.F.S.



Os criadores nacionais de gado que querem exportar para países de
língua árabe têm de vender primeiro a Espanha por não existirem
acordos bilaterais entre Portugal e esses países.

De acordo com José Guedes, criador português, tem-se sentido um
aumento da procura de países como o Líbano e a Argélia, mas tem de
"passar tudo por Espanha", porque "não podem vir cá comprar
diretamente" devido à falta de acordos. Também Luís Veríssimo,
exportador português, conta ao CM que teve um cliente árabe que
"queria comprar 5000 novilhos, mas não pude vender".

O Ministério da Agricultura afirmou que Portugal está à espera de
resposta "a várias propostas que se efetuaram junto de alguns países
árabes", sem revelar quais.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/gado-portugues-tem-de-ser-vendido-atraves-de-espanha

Política Agrícola Comum europeia: Cuidar das nossas raízes

A Comissão Europeia lançou hoje uma campanha de comunicação que visa a
sensibilização da importância da agricultura na nossa vida quotidiana
- e o papel que a Política Agrícola Comum (PAC ) desempenha no apoio a
ela.

O Comissário para agricultura, Dacian Ciolos, disse: "Esta campanha é
uma oportunidade para destacar como estão presentes os frutos do
trabalho dos agricultores na nossa vida quotidiana. Por trás dos
alimentos que comemos, das roupas que vestimos, da paisagem que
desfrutamos, está muitas vezes o duro trabalho de um agricultor.

Após as negociações políticas sobre a reforma da PAC, esperamos
mostrar como essa política verdadeiramente Europeia continuará a
desempenhar um papel importante no futuro, não só no fornecimento de
alimentos, mas também na manutenção dos nossos recursos naturais e
preservação de uma vida rural vibrante - e que faz sentido recompensar
os agricultores por esses benefícios mais amplos que oferecem à
sociedade".

Com o 'slogan' da nova PAC "Cuidando das nossas raízes", a campanha
será progressivamente desenvolvida ao longo de 2013-2014 em todos os
Estados-membro da UE, com eventos, material audio-visual e publicações
on-line.

Fonte: Europa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/10/14f.htm

Política florestal – interesses e estratégias

OPINIÃO

________________________________

Paulo Pimenta de Castro

Portugal é um país de estratégias caricatas. Em tempo de crise
económica e de carência de apoio externo, o país vê-se na contingência
de reforçar as suas exportações, as de produtos de base florestal
incluídas. Todavia, no que às exportações de produtos de base
florestal respeita a estratégia seguida é obtusa.

Pela análise das estatísticas oficiais, as exportações de produtos de
base florestal têm efetivamente crescido em valor bruto. Todavia, este
crescimento em valor bruto poderá não corresponder necessariamente a
um saldo positivo em termos de valor líquido.

Neste último, deve atender-se ao declínio progressivo do rendimento
empresarial líquido na silvicultura, à depreciação dos recursos
naturais, com relevo para a decorrente dos incêndios florestais, estes
últimos também uma consequência de um problema de mercado no que à sua
propagação respeita, e à consequente desvalorização económica, social
e ambiental do Território.

Deve atender-se igualmente à preferência pelas importações face à
valorização do mercado interno, sobretudo nos produtos lenhosos.
Valorização que se deveria basear em parcerias estratégicas entre a
produção e a indústria.

Face à imperiosa necessidade de reforçar as exportações a curto e
médio prazo, no caso concreto dos produtos de base florestal, mais
especificamente nos de base lenhosa, faria sentido que o governo
privilegia-se os povoamentos florestais em fase final ou intermédia do
seu ciclo produtivo, ou seja, os que estão em condições de mais
rapidamente fornecer matéria-prima à indústria. Verifica-se contudo
que, a estratégia do governo neste domínio se consubstancia no reforço
das verbas de combate aos incêndios florestais, não na sua prevenção
(leia-se a prevenção baseada no desenvolvimento rural e na regulação
de mercados, ou seja, nas pessoas e no negócio sustentado e
sustentável).

Em contrapartida, a aposta do governo evidencia-se no fomento da
florestação. Fomento esse desprovido de medidas acessórias e
fundamentais de reforço do apoio técnico e comercial à gestão
florestal. Isto para além de essenciais medidas de acompanhamento dos
mercados, muito concentrados e com fortes evidências de concorrência
imperfeita.

Eis que surge assim o Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho, que
entrará em vigor esta semana.

Esta aberração politica, para além de poder contribuir para o fomento
dos incêndios florestais, não assegurada que está a gestão futura dos
novos povoamentos, parece inserir-se num contexto de servilismo de
Estado a interesses feudais.

Regista-se, a propósito, a coincidência temporal entre o início da
discussão pública do diploma legal e a manifestação, igualmente
pública, de vontades (não desmentida) da Portucel Soporcel, com
exigência de mais disponibilidade (que não qualidade) de madeira de
eucalipto.


Fonte: Jornal I, edição de 15 de maio de 2012.

Madeira essa que pretende obter estrategicamente de terceiros, de
centenas de milhares de famílias, mas a quem impõe os preços de compra
e os principais riscos deste negócio silvo-industrial.


Fonte: Boletim Estatístico 2011. CELPA, 2012.

Possuindo Portugal a 5.ª maior área de eucalipto do mundo, a aposta em
quantidade sem garantias de gestão florestal não augura bons
resultados aos cidadãos e aos contribuintes em particular, já que são
estes que suportam os elevados custos económicos, sociais e ambientais
dos incêndios florestais.

O protecionismo de Estado a interesses industriais, no caso concreto
do eucalipto para pasta celulósica, pode igualmente avaliar-se pela
não aposta dos governos em fomentar alternativas ao uso da madeira
desta essência florestal.

A produção de madeira de eucalipto para serração é já hoje uma
realidade aqui bem próxima, seja para a construção civil, seja para
mobiliário. Esta aposta poderia reduzir os custos com as importações
de madeira pela indústria de serração.

Por outro lado, não se vê sinal de fomento (sustentável) da produção
de biomassa dedicada, com base no eucalipto, designadamente com vista
à redução das importações de combustíveis fósseis. Ou mesmo para
garantir a sustentabilidade de outras fileiras industriais (p.e., de
pellets energéticas). Neste último domínio, por vontade própria, o
Estado desperdiça a oportunidade de utilizar verbas das ajudas diretas
(1.º pilar) da Política Agrícola Comum, ao contrário do que acontece,
por exemplo, em França (Taillis à Curte Rotation).

Mas, será este protecionismo caraterístico da Situação? Nem por
sombras, na Oposição é possível constatar, num programa eleitoral de
2011, a aposta "na floresta irrigada em zonas de regadio
subaproveitadas, para a garantia do aumento da matéria-prima para a
indústria da madeira e da pasta de papel". Curiosamente, evidencia-se
constantemente a aposta na quantidade. Já no que à qualidade diz
respeito, constata-se que a produtividade média nacional remonta a
valores anteriormente registados, em 1928.

Do lado das organizações de proprietários florestais apoiantes desta
estratégia governamental de fomento florestal, concretamente as
atuantes em regiões de minifúndio, seria interessante
disponibilizarem, para defesa dos interesses dos seus associados, as
"folhas de cultura" para o eucalipto, onde ficasse demonstrado a
rentabilidade do negócio em unidades de gestão inferiores a 5
hectares, por exemplo. Generosamente, até se pode duplicar a área para
os 10 hectares. Isto, claro está, assegurando uma adequada gestão
florestal ao longo da revolução (para as várias rotações), o que não
passa apenas pela aplicação de princípios técnicos florestais, mas
também de métodos comerciais. Concretamente, que incorpore, no extremo
inferior, uma adequada instalação, as operações silvícolas mínimas
definidas legalmente, bem como a remoção final de cepos e uma
estratégia comercial de escoamento das produções. Assim sim, suportam
seriamente a sua aposta.

Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Florestal
Presidente da Acréscimo – Associação de Promoção do Investimento Florestal

Publicado em 15/10/2013

http://www.agroportal.pt/a/2013/pcastro7.htm

Trabalhadores explorados produzem sumo de laranja para a Europa

Publicado às 00.39



foto PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS

14 2 0

A maior parte do sumo de laranja consumido na União Europeia é
fabricada no Brasil por trabalhadores em condições de exploração e
abusos, afirmaram, na segunda-feira, membros de organizações
não-governamentais a deputados do Parlamento Europeu.

Entre os presentes na delegação estava Marcio Bortolucci, advogado que
representa mais de 500 trabalhadores brasileiros das plantações
afetadas, e Cicera Couto, apresentada como uma das vítimas e que
sofreu danos na coluna.

As empresas Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus, que
controlam 85% da produção mundial de sumo de laranja, combinam os
preços entre elas e favorecem uma exploração do trabalho que infringe
os padrões europeus, afirmaram os representantes das ONG, citados pela
agência Efe.

Os denunciantes referiram especificamente quatro distribuidores
alemães, já que 80% dos sumos consumidos no país são produzidos no
Brasil: Lidl e Aldi, também existentes em Portugal, e Edeka e Rewe.

O objetivo das organizações na visita a Bruxelas é consciencializar os
consumidores europeus sobre as condições de produção dos sumos que
bebem.

AS ONG pedem que os políticos criem uma regulação para combater a
exploração e investiguem o suposto cartel no Brasil, além de sugerirem
a nomeação de um defensor público para fiscalizar os abusos.

Os representantes das ONG afirmaram que os deputados se comprometeram
a analisar a situação, segundo a Efe.

O grupo reúne-se esta terça-feira, em Bruxelas, com a eurodeputada
socialista portuguesa Ana Gomes, com a também portuguesa Maria do Céu
Patrão Neves, e com o maltês David Casa e o irlandês Guy Mittchell, os
três do Partido Popular Europeu.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3476559&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A maravilhosa gordura em que somos mestres

O azeite faz parte da alimentação dos portugueses desde sempre. É uma
tradição que todos os povos que aqui habitaram foram deixando através
dos séculos. É utilizado na alimentação, obviamente, mas a título de
curiosidade refira-se que já foi utilizado como arma de guerra (nos
cercos às fortificações os sitiados lançavam caldeirões de azeite a
ferver), foi utilizado (e talvez ainda seja) como medicamento na cura
de feridas, ingerido como anti--veneno, e na cosmética para hidratar a
pele. Durante muitos anos, provavelmente ainda será, o azeite de pior
qualidade era usado no fabrico de sabões. É um produto de larga e
muito proveitosa utilização. Hoje, fiquemo-nos pelo azeite enquanto
produto alimentar, para ser comido ou para preservar alimentos quando
não havia frigoríficos. Era em azeite que se conservavam queijos,
tomate, peças de carne cozinhadas ou enchidos.

Em Portugal só são permitidos quatro tipos de azeite: virgem extra,
com uma acidez inferior ou igual a 0,8%; virgem, com uma acidez
inferior ou igual a 2%; azeite, com acidez inferior ou igual a 1% e
que contém azeite refinado e azeite virgem (indicado para cozinhar) e
refinado, com acidez inferior ou igual a 0,5%, o mais pobre e também
indicado para cozinhar. Para comer em cru prefira sempre azeite virgem
extra ou azeite virgem. É mais aromático e tem um sabor mais
requintado. Se puder, não tenha só um em casa, tipo faz-tudo. Porque
utilizar azeite virgem extra para refogado ou para fritar é um
desperdício, tal como utilizar um refinado para o prato é perder o
melhor das suas sensações. Deixamos algumas notas de prova de azeites
de quinta, sempre com garantia de origem e de qualidade. Os azeites
não são todos iguais: vá cheirando, provando (em torradas, ou bebendo
um pouco), até se fixar nos que mais goste.

QUINTA DO CRASTO SELECTION (0,5L) - 11 EUROS O azeite Premium Extra
Virgem é elaborado com azeitonas das variedades cobrançosa, madural e
negrinha de freixo provenientes de olivais da quinta com oliveiras com
mais de 100 anos. Não há rega nem aplicação de fitofármacos ou adubos
de síntese e é apenas efectuada uma poda ligeira de dois em dois anos.
Cor amarela esverdeada (indica apenas o grau de maturação da azeitona,
neste caso apanhada antes da sobrematuração), aroma com notas de maçã
e amêndoa. Na boca revela-se muito frutado, levemente doce, com um
leve picante. Um grande azeite para ser comido no pão ou a temperar
saladas muito frescas.

GRANDES QUINTAS (0,5L) - 7 EUROS Azeite de Trás--os-Montes, é
proveniente de azeitonas das variedades verdeal, madural e negrinha.
Aroma a azeitona fresca com notas de tomate (característica de muitos
azeites de Trás-os-Montes). Na boca é muito elegante, com um toque
verde, picante e um final de azeitonas maduras. Bom em pratos de
peixes e hortaliças e não só.

CABRIZ (0,5L) - 5 EUROS Feito das variedades galega e cobrançosa. Cor
amarelo carregado, sinal de que as azeitonas estavam bem maduras
quando colhidas. Aroma intenso com frutado maduro e nuances de tomate
fresco verde. Na boca, mostra-se picante, com um ligeiro toque de
amargo. No final de boca deixa uma doçura frutada, bem persistente.
Indicado para tempero no prato. A acidez máxima é de 0,7%.

ADEGA DE BORBA (0,5L) - 4 EUROS Feito só de azeitonas da variedade
galega. O aroma não é muito intenso. É um azeite quente na boca, com
notas especiadas, envolvente e espesso e uma leve sugestão de urze,
tojo e esteva, e um final amendoado, adocicado com ligeiro picante.
Apropriado para barrar torradas, e para o prato, no bacalhau, peixe,
carnes, legumes e saladas.

ADEGA DO MOUCHÃO - 12 EUROS Outro azeite alentejano feito apenas de
azeitonas da variedade galega. Cor amarela ouro com notas aromáticas
de azeitona bem madura, maçã verde e damasco. Na boca tem notas suaves
agridoces e um ligeiro picante no final. Indicado para um leque
alargado de usos, desde barrar o pão até ao tempero de saladas e ao
uso no prato.



Leia mais no blogue À Lei da Rolha em ionline.pt

http://www.ionline.pt/artigos/mais-liv/maravilhosa-gordura-somos-mestres

Campanha «Papel por Alimentos» ultrapassa as 5 mil toneladas

Por Sandra Gonçalves

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A campanha «Papel por Alimentos», lançada em Dezembro de 2011 pelos
Bancos Alimentares acabou de ultrapassar as 5 mil toneladas de papel
recolhido, cujo valor monetário, de cerca de 500 milhões de euros, foi
convertido em 203 mil litros de leite, 143 mil latas de salsichas, 142
mil latas de atum, 54 mil litros de óleo e 16 mil litros de azeite.


A campanha, desenvolvida em parceria com a Quima, empresa de recolha e
recuperação de desperdícios, tem como objectivo incentivar a população
a trocar papel usado por alimentos. Por cada tonelada de papel
recolhido, são entregues o equivalente a 100 euros em alimentos de
diversa natureza, de acordo com a Federação Portuguesa dos Bancos
Alimentares.

Para Isabel Jonet, presidente desta federação, «o sucesso desta
campanha mede-se pela sua grande capacidade de mostrar que um produto
que parece não ter qualquer valor, e que vai quase sempre para o lixo
depois de utilizado, pode ser convertido em alimentos».

A campanha integra-se num ideal mais vasto de sensibilização para a
importância do papel de cada pessoa na sociedade e para a
possibilidade de recuperar e reutilizar coisas que parecem não ter
valor.

Pretende envolver as instituições que diariamente se abastecem nos
Bancos Alimentares e os voluntários que colaboram, mas também todas as
pessoas e entidades que se queiram associar, nomeadamente a
administração pública e local.

Esta campanha tem permitido incentivar o voluntariado, desde logo
porque todo o papel recolhido tem de ser depositado pelos doadores nas
instalações do Banco Alimentar Contra a Fome da sua região.


A campanha tem também uma ambição de mudança de mentalidades e
atitudes. Para o efeito, foram produzidos pela Copidata toalhetes de
refeição, através dos quais se pretende difundir a ideia de que é
possível ser solidário se se tiver atenção à possibilidade de doar ou
reciclar bens que, à primeira vista, parecem não ter valor, neste caso
o papel já utilizado. Para chegar aos mais jovens, foram colocados
toalhetes de refeição precisamente com esta mensagem em cantinas de
universidades e escolas.


Mais informações em Banco Alimentar Contra a Fome:
91 900 02 63
21 364 96 55
http://www.bancoalimentar.pt/

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=661874

Ambientalistas desconfiam da política agrícola da União Europeia

(Vídeo)

Publicado: 2013-10-14 10:42:50 | Actualizado: 2013-10-14 10:42:50

Por: RTP Açores
A União Europeia quer controlar a troca de sementes de cultivo.

A Gê-Questa entende que os interesses das empresas multinacionais
estão a sobrepor-se e a estrangular as culturas tradicionais.

A associação ambientalista assinalou o dia pelo direito à liberdade
das sementes com uma feira de troca de produtos biológicos.

O iniciativa decorreu no Forte de São Mateus, arredores de Angra do
Heroísmo, contando com a participação de quarenta produtores
biológicos.

Telejornal, RTP/Açores

http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=33967&visual=3&layout=10&tm=10

Produção de azeite em Portugal cai 23% em 2012/2013

LUSA

11/10/2013 - 18:03

As projecções para 2013/2014 apontam para uma produção mundial de três
milhões de toneladas, ou seja, mais 20% do que em 2012/2013.



A produção de azeite em Portugal deverá ter caído 23% na campanha
2012/2013, acompanhando uma quebra de 26% a nível mundial, segundo
dados do Conselho Oleícola Internacional (COI) divulgados no mais
recente boletim da organização difundido nesta sexta-feira.

No entanto, de acordo com os dados do COI, as projecções para
2013/2014 apontam para uma produção mundial de três milhões de
toneladas, representando um crescimento de 20% face à temporada de
2012/2013, que também se deverá fazer sentir em Portugal, a par da
Espanha os únicos produtores de azeite da União Europeia para os quais
está previsto um crescimento.

"A produção [da temporada de 2012/2013] é mais baixa em geral nos
países produtores da União Europeia. A nível individual, apresenta uma
queda de 62% em Espanha, causada pelas condições climatéricas
adversas, e de 23% em Portugal, contrastando com uma subida de 22% na
Grécia e de 9% em Itália", acrescenta o documento do COI.

Segundo aquele órgão internacional, a informação relativa a 2013/2014,
que aponta para uma produção de três milhões de toneladas, é ainda
muito precoce para ser encarada como "sólida", aguardando-se por novos
dados em Novembro.

Porém, as estimativas para os países-membros do conselho indicam que
será Espanha a assistir a um maior crescimento em 2013/2014, "assim
recuperando da queda sentida na temporada prévia", enquanto no resto
dos países produtores da União Europeia se prevê que a produção se
mantenha estável, excepto em Portugal onde deverá crescer, e na
Grécia, onde se espera que seja mais baixa "como resultado das altas
temperaturas e ventos quentes deste verão".

De acordo com dados disponibilizados pela Casa do Azeite tendo o COI
por fonte, a produção prevista de azeite em Portugal na campanha de
2012/2013 deverá ser de 69 mil toneladas, abaixo das 76 mil da
campanha anterior.

http://www.publico.pt/economia/noticia/producao-de-azeite-em-portugal-cai-23-em-20122013-1608846

Jornada técnica sobre o tema “A rede temática FITORREGA”

DIVULGAÇÃO - EVENTOS

A DRAP Algarve está a desenvolver, em parceria com diferentes
Entidades e tendo como Entidade Gestora a DGAV (Direção Geral de
Alimentação e Veterinária), um projeto PRODER - Ação 4.2.2 - Redes
Temáticas de Informação e Divulgação, denominado "FITORREGA – Projeto
n.º 14352.

A rede FITORREGA pretende suportar uma rede de gestão de informação e
conhecimento tendo como objetivo final, para além de promover a
circulação de informação entre os parceiros da rede, orientar os
técnicos e agricultores no sentido de praticarem formas de proteção
mais racionais e gerirem melhor os recursos, em particular a água, de
acordo com os princípios de proteção e produção integradas.

Esta rede temática pretende ser uma plataforma privilegiada do
conhecimento no âmbito da rega e da fitossanidade, e constituir um
instrumento fundamental na divulgação dos princípios gerais da
proteção integrada, pedra basilar da Diretiva do Uso Sustentável dos
Pesticidas (Diretiva 2009/128/CE, de 21 de outubro).

Nesse sentido, vai realizar-se no próximo dia 24, uma jornada técnica
sobre o tema "A rede temática FITORREGA", com inicio às 14 horas. A
sessão decorrerá no auditório da DRAP no Patacão.

PROGRAMA

14:00 Sessão de abertura – Diretor Regional da DRAP Algarve e Diretor
– Geral da DGAV

14:15 Apresentação do projeto FITORREGA (Eng.ª Miriam Cavaco – DGAV)

PAINEL I - FITOSSANIDADE

Moderador: Eng.º J. Entrudo Fernandes (DRAP Algarve)

14:30 Uma nova praga na framboesa Drosophila susukii (Matsumura)
(Eng.ª Margarida Franco - LUSOMORANGO)

14:45 Novas pragas na cultura dos citrinos (Prof. José Carlos Franco /
Mestre Vera Zina – ISA)

15:00 Contributo para o controlo do Fogo bacteriano na Região Centro
(Eng.ª Vanda Batista – DRAPC)

15: 15 Intervalo

Painel II – AVISOS AGRÍCOLAS

Moderador: Eng.ª Miriam Cavaco – DGAV

15:45 A Estação de Avisos do Algarve (Eng.º Celestino Soares DRAP Algarve)

16:00 A importância da meteorologia na Agricultura de Regadio (Eng.ª
Marta Santos - COTR)

16:15 Apresentação da plataforma FITORREGA (Eng.ª Sofia Rodrigues AGRICIÊNCIA)

16:45 Debate

17:30 Encerramento da jornada técnica (Diretor Regional da DRAP
Algarve e Diretora – Geral da DGAV)

fonte: drapalg.mamaot.pt

Agricultura é valor seguro ao qual só falta mais organização

2013.10.14 (00:00) Açores
Nos Açores, é difícil produzir em quantidade e com rentabilidade, os
transportes dificultam a exportação e o preço é, normalmente, elevado.
Mas que o produto agrícola açoriano é bom e tem um grande potencial de
marca, disso quase ninguém duvida.

Por isso, mais do que apoios, que até se deverão manter mesmo em tempo
de crise financeira, o que falta neste momento ao setor agrícola nos
Açores é uma maior organização interprofissional, um organismo - como
o Centro do Leite e Laticínios que há anos não sai do papel, com este
ou outro nome - que consiga juntar à mesma mesa sem posições radicais
ou estanques a produção, a indústria e até a distribuição.

Isto para, não só rentabilizar melhor toda a cadeia, desde a extração
do leite da vaca até ao momento em que é servido à mesa do consumidor
final, por exemplo, como também para reunir esforços visando a sempre
difícil abertura de portas para a exportação.

Esta foi uma das ideias mais transversais saídas da quarta conferência
- de um ciclo de seis - organizada ontem pelo Açoriano Oriental na
Universidade dos Açores, em Ponta Delgada e que teve como tema a
Agricultura no Horizonte 2025. Uma ideia defendida desde logo pelo
primeiro orador e consultor da conferência, Fernando Lopes, da
Universidade dos Açores, que deu à sala onde estavam presentes muitas
caras conhecidas ligadas ao setor agrícola nos Açores uma visão geral
da agricultura na Região.

Mas como a agricultura e, sobretudo, a formação dos preços, não vive
sem apoios e porque o novo POSEI no horizonte 2014/2020 - que garante
sensivelmente a mesma verba do último Quadro Comunitário de Apoio,
cerca de 77 milhões de euros/ano para os Açores - vai entrar em
discussão pública, o secretário regional dos Recursos Naturais, Luís
Neto Viveiros, lançou também ontem um apelo à ampla participação de
todo o setor agrícola nesse debate.

Isto para que a regulamentação do POSEI, dos produtos que serão
apoiados e das verbas a atribuir a cada um deles seja o mais
consensual e participada possível. Na intervenção com que abriu a
conferência do AçorianoOriental, Luís Neto Viveiros começou por
salientar a importância deste debate que agora se lança porque serão
as decisões políticas que agora se irão tomar que serão determinantes
para os próximos sete anos do setor agrícola nos Açores, um setor que,
salientou, tem resistido bem à crise e tem conseguido ter na Região um
crescimento sustentável. Um crescimento que, no entender do secretário
regional, terá de ser apoiado agora e cada vez mais na vertente da
inovação e da manutenção da qualidade ambiental da agricultura
açoriana.

Logo a seguir, Fernando Lopes lembrou que, desde a década de 1960, os
Açores perderam muita da população diretamente ligada à agricultura,
embora as explorações tenham hoje muito mais produção do que tinham
antigamente. No entanto, salienta, por cada jovem agricultor, há hoje
seis a sete agricultores com mais de 55 anos, em explorações
essencialmente familiares. A 'pirâmide agrícola' açoriana está assim,
alerta Fernando Lopes, com 'pés de barro'.

Outro problema, para o professor da Universidade dos Açores e que já
foi secretário regional da Agricultura, é o da falta de formação no
setor agrícola - feita essencialmente de pais para filhos nas
explorações - e que, apesar dos esforços que têm sido feitos, ainda é
hoje em dia um dos setores de atividade onde mais se nota o abandono
escolar. "O futuro está comprometido", alertou Fernando Lopes, que não
deixou de apontar ao dedo à própria Universidade dos Açores, cujo
Departamento de Ciência Agrárias, no seu entender, nunca conseguiu
formar os quadros de que a Região tanto necessita, embora tenha
formado muitas pessoas para a Administração Regional ou para o ensino.
Contudo, a maioria destes técnicos não enveredou pela carreira de
empresário agrícola. E apelou a uma maior oferta de ensino
profissional nessa área.

A fechar o período da manhã, João Lança, presidente do Instituto de
Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), fez um historial das várias
reformas da Política Agrícola Comum (PAC) nos últimos 20 anos, para
lembrar como é difícil fazer previsões neste setor perante um quadro
legislativo europeu que se tem pautado por uma grande instabilidade.
As reformas sucederam-se: cinco reformas entre 1992 até se chegar ao
ponto em que estamos. Nos Açores, o Poseima, primeiro e o Posei,
depois, impediram sempre que algumas reformas mais polémicas na
agricultura europeia chegassem à Região. E num cenário de manutenção
do envelope financeira para o próximo Quadro Comunitário de Apoio,
João Lança alertou, tal como já o havia feito Luís Neto Viveiros, para
a importância de se aproveitar a discussão pública do Posei, que agora
se vai abrir, para definir bem as prioridades para o futuro.

E quer João Lança, quer Fernando Lopes, foram da opinião que não deve
partir do Governo a definição das prioridades, mas sim daquilo que os
mercados estão a pedir e do que os agricultores entenderem que lhes
pode trazer maior rentabilidade e futuro. Isto porque a mudança do
modelo agrícola açoriano não se pode fazer somente com um decreto. Uma
das questões faladas durante os períodos de debate da conferência, foi
a do papel das cooperativas, com bastante força em São Miguel e
Terceira e com dificuldades, sobretudo financeiras, nas restantes
ilhas. Foi lembrada a importância da opção política de manter
cooperativas em ilhas pequenas quando, de outra forma, o setor não se
organizaria e falou-se também da possibilidade de uma maior
responsabilização dos agricultores nas cooperativas, através do
investimento de capital próprio, que trave o recursos sistemático à
banca, cujos encargos agora 'asfixiam' financeiramente as
cooperativas.

À tarde, a conferência teve dois painéis: o primeiro sobre os setores
não tradicionais e o segundo sobre os setores tradicionais. Fernando
Sieuve de Menezes, presidente da cooperativa Fruter, falou da
exploração dos setores hortícola e frutícola nos Açores e de um outro
produto da diversificação agrícola - as flores - como um exemplo de
sucesso na exportação mas, precisamente nessa área, apresentou a sua
maior crítica: os transportes marítimos e aéreos são caros e
desadequados a quem exporta produtos agrícolas nos Açores, fazendo com
que o produto chegue caro ao destino e com que, por vezes, se percam
mesmo alguns negócios. E voltou a afirmar a necessidade de haver um
avião cargueiro nos Açores.

Cargueiro que, como alertou o orador seguinte, Paulo Neves,
diretor-geral da INSCO, a empresa que gere as lojas Continente nos
Açores, tanto pode abrir as portas à exportação açoriana, como tornar
a Região ainda mais vulnerável às importações, porque os aviões não
regressarão vazios aos Açores. Dando a visão da grande distribuição,
Paulo Neves lembrou que muitas coisas mudaram desde 2008 nos hábitos
dos consumidores e que hoje, mais do que nunca, o que conta é o fator
preço: "não pagamos mais pelo que não precisamos de pagar", afirmou.
Paulo Neves alertou os produtores açorianos para a necessidade de
terem boas políticas de preços - porque a qualidade do produto
açoriano não vende só por si - e afirmou que, se por um lado, ainda só
26 por cento das compras da INSCO são de produtos agrícolas regionais,
com tendência para aumentar desde que se criou o Clube dos Produtores
há, por outro lado, 74 por cento de compras que o mercado de
consumidores açoriano absorve e que podem ser preenchidas pelos
produtores regionais, logo que apresentem um produto mais competitivo.

No painel dedicado aos setores tradicionais, Eugénio Câmara deu a
visão de um jovem agricultor sobre o futuro da produção de leite nos
Açores. E traçou o modelo do que entende ser a exploração agrícola do
futuro na Região: uma exploração emparcelada, com cerca de 60 vacas em
pastoreio permanente (para salientar o caráter 'verde' da agricultura
açoriana) recorrendo ao suplemento alimentar apenas no necessário, com
melhor gestão, genética e maquinaria adaptada ao maneio de cada
exploração e mantendo o espírito familiar.

Por fim, falou Pedro Pimentel, diretor geral da CentroMarca, que
durante muitos anos esteve na Associação Nacional dos Industriais da
Laticínios, conhecendo, por isso, muito bem os Açores. Pedro Pimentel
afirmou que a carne, os laticínios, o peixe e as conservas são
produtos açorianos com valor acrescentado em qualquer mercado - estão
mesmo em alta nos mercados internacionais - podendo assegurar um
futuro auspicioso à agricultura açoriana. Lembrou que exportar é
difícil e, por isso, apelou à união de esforços nos Açores, concluindo
que o turismo pode ser um fator importante na divulgação dos produtos
açorianos. Ou seja, trazendo as pessoas a prová-los nos Açores, em vez
de se levar os produtos açorianos aos seus países de origem.

FONTE: Açoriano Oriental

http://www.anilact.pt/informacao-74/8344-agricultura-e-valor-seguro-ao-qual-so-falta-mais-organizacao

Dão deverá ter vinhos para responder às necessidades do mercado, apesar da chuva

Foto: Nuno Andeade Ferreira / LUSA

A Região Demarcada do Dão deverá este ano produzir vinhos que vão
responder às necessidades do mercado, em qualidade e quantidade,
apesar dos dias de chuva contínuos que afectaram as vindimas na semana
passada.

A convicção é de Carlos Silva, enólogo da União das Adegas
Cooperativas da Região Demarcada do Dão (UDACA), que representa cerca
de dez mil produtores.

Carlos Silva - que tem acompanhado as vindimas quer no terreno, quer
nas adegas - explicou à agência Lusa que, antes da chuva, terão sido
vinificadas 30% das uvas e "houve produtores que conseguiram
excelentes vinhos brancos e tintos".

Os dias de chuva constante fizeram temer o pior mas, segundo o
enólogo, "não há nenhuma uva que chegue e tenha que se deitar fora,
são todas uvas aproveitáveis".

"Não vou dizer que serão vinhos brilhantes. Houve uvas que foram
vinificadas dois/três dias depois da chuva e estavam óptimas e outras
mais medianas, mas não é vinho para estragar", acrescentou.

Com a melhoria gradual do tempo nos últimos dias, "a uva encontra-se a
recuperar e a ficar mais seca" e Carlos Silva está convencido de que
vão ser conseguidos "vinhos interessantes", um pouco à semelhança do
que aconteceu em 2002, quando também choveu bastante na altura das
vindimas.

"A chuva baixa o grau, a cor e a estrutura dos vinhos. Agora, a
videira está a recuperar dessa hidratação excessiva e a voltar aos
níveis de concentração de açúcares mais normais", explicou.

Neste âmbito, e apesar de a vindima no Dão se ir prolongar quase até
ao fim do mês, o enólogo está convencido de que haverá vinho com
qualidade "para segurar boas marcas" e em quantidade para "os vinhos
mais regulares".

"Estava tudo a preparar-se para ser um excelente ano, não fosse a
chuva, que vai diminuir um bocadinho a qualidade em relação ao que era
esperado. Mas não é nenhum drama", garantiu.

A Região Demarcada do Dão tem cerca de 20.000 hectares de vinhas,
distribuídas por 60.000 explorações.

Num ano considerado normal, a produção de vinho ronda os 50 milhões de
litros, dos quais 40 a 50 por cento são susceptíveis de obter a
Denominação de Origem.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/10/14c.htm

VISITA A EXPLORAÇÕES EM AGRICULTURA BIOLÓGICA | 19 de Outubro de 2013

DIVULGAÇÃO - EVENTOS


VISITA A EXPLORAÇÕES EM AGRICULTURA BIOLÓGICA | 19 de Outubro de 2013

Com o objetivo de dar a conhecer várias perspectivas da produção agrícola em modo biológico e promover o contacto entre produtores ou potenciais produtores biológicos, a NATURALFA vai realizar, no próximo dia 19 de Outubro, uma visita a várias explorações certificadas em agricultura biológica.

Assim sendo, selecionamos um conjunto de explorações entre V. N. de Famalicão e Ponte de Lima, nas quais os participantes terão a oportunidade de conhecer a realidade de cada uma das explorações, partilhar experiências com os produtores / preparadores de produtos biológicos provenientes dessas explorações e adquirir conhecimentos sobre o modo de produção e as culturas/animais a visitar.

As explorações que vamos visitar são diversificadas e como tal, poderemos contactar com a produção de diversos produtos: cogumelos, plantas aromáticas e medicinais, hortícolas, frutícolas, frangos e produtos transformados.

Os interessados, poderão consultar o programa em anexo e inscrever-se através do link: http://pt.surveymonkey.com/s/5VR29DS

A participação tem um custo associado de 30€* para clientes da NATURALFA e 40€* para restantes participantes. O valor a cobrar corresponde aos custos de transporte e almoço, que estão incluídos. No caso dos clientes da NATURALFA, poderão levar até 2 acompanhantes pelo mesmo valor (30€*/pessoa).

*Valor com IVA incluído

PROGRAMA

07h30 Saída do Freixo, Porto (entrada de participantes)
08h00 Paragem em Cruz, V. N. Famalicão (entrada de participantes)
08h15 Visita a exploração de COGUMELOS: José Miguel Mesquita (Cruz, V. N. Famalicão)
09h30 Visita a empresa de PREPARAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO de produtos biológicos: Hands on Earth (São Pedro de Oliveira, Braga)
11h30 Visita a exploração de PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS (inclui viveiro de propagação de plantas): Pedro Gil Almeida (Bastuços, Barcelos)
13h00 ALMOÇO: Restaurante Manjar das Estrelas
14h00 Visita a exploração de HOTÍCOLAS E FRUTEIRAS: Ondina Miranda (Roriz, Barcelos)
16h30 Visita a exploração de FRANGOS: Lúcia Lopes (Ponte de Lima)
18h30 Regresso
19h00 Cruz, V. N. Famalicão
19h30 Chegada ao Porto


Passos diz que investimento no sector agrícola aumentou e exportações cresceram – verdade?

CONFIRMAÇÃO DE FACTOS

10 Outubro 2013, 14:07 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

Verdadeiro ou falso? O Negócios confronta declarações de Passos Coelho
com factos.


De um modo geral, a agricultura em Portugal tem recuperado de muitos
anos de desinvestimento (…) o investimento que foi feito na área da
agricultura e em toda a área agro-industrial tem sido extremamente
produtivo: aumentámos consideravelmente as nossas exportações na área
agrícola e conseguimos um rendimento e um crescimento do rendimento
agrícola que não compara com aquilo que foram as três décadas
anteriores.

No que toca ao investimento, Passos tem razão sobre a aceleração da
execução do Programa de Desenvolvimento Rural, que gere os recursos
financeiros comunitários de apoio à agricultura desde 2007 e até 2014.
Estamos agora nos 66%, com 3,9 mil milhões de euros de apoio público e
6,7 mil milhões de investimento total. Até 2011, o ProDer não avançou
de 30% de taxa de execução, muito à conta da construção do próprio
programa da autoria de Jaime Silva, que Fernando Serrano (2009/2011) e
Assunção Cristas (desde 2011) tentaram "corrigir".

Nas exportações, o sector regista o dobro do crescimento que a média
total das vendas externas. Os últimos números do INE apontam para um
crescimento de 3,1% no trimestre terminado em Agosto, face a igual
período do ano anterior, versos uma média global de 2,3%.

Mas na evolução do VAB no PIB o desempenho foi "negativo para a
agricultura", disse ainda esta semana o especialista Francisco
Avillez. Houve "uma redução muito significativa da superfície agrícola
cultivada", a qual "muita foi compensada por ganhos de produtividade",
acrescentou.

Citando o INE, em 1986, ano em que Portugal aderiu formalmente à CEE e
à Política Agrícola Comum (PAC), o peso do Valor Acrescentado Bruto
(VAB) da agricultura no PIB era de 6,5%, face a 1,3%, 26 anos depois.
A produtividade, contudo, medida em unidades de trabalho por ano, mais
que duplicou no mesmo período.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/passos_diz_que_investimento_no_sector_agricola_aumentou_e_exportacoes_cresceram__verdade.html

De banqueiro a empresário agrícola

Como ter sucesso na Agricultura (IV)


Pedro Líbano Monteiro dedicou a sua carreira à banca, tendo sido
administrador do BCP e fundador do Banco Primus, que vendeu em 2008.
Depois disso, rumou a Serpa, para tomar conta da sociedade agrícola
dos oito irmãos Líbano Monteiro. A quarta história de sucesso na
agricultura portuguesa (entre dez) que a Exame contou na edição de
setembro.
Joana Madeira Pereira
13:18 Segunda feira, 7 de outubro de 2013



Pedro Líbano Monteiro, 60 anos, ex-banqueiro com passagens pelo BPA,
administração do BCP e fundador do banco Primus (que vendeu em 2008),
respondeu ao repto do pai, hoje com 92 anos: pegar nas terras da
família e tratar de as pôr a render.

Em 2009 assumiu a gestão da Sagri, a sociedade agrícola da família, e
um ano mais tarde foi viver para Serpa, de segunda a quinta-feira,
para dar a volta a uma propriedade com mais de 800 hectares. As suas
produções principais são os cereais, olivais e a uva. Também cria
gado.

"A Sagri é uma empresa e, como qualquer uma, ainda que agrícola, o que
faz tem de ser bem feito e com qualidade, para que os nossos clientes
valorizem aquilo que estão a pagar", argumenta o ex-banqueiro,
acrescentando: "Sempre criei e desenvolvi negócios. E há coisas que
não mudam na gestão: aqui, como na banca, o objetivo é aumentar as
receitas e lucros por unidade de trabalho. Mas a agricultura tem
muitos fatores que nos fogem ao controlo e isso muda um pouco a
gestão. Quando cá cheguei, as pessoas falavam dos perigos dos
imponderáveis, do clima e das intempéries, dizendo: 'Não conseguimos
programar as coisas.' Para mim é o contrário: precisamente pelos
imprevistos, devemos planear muito mais", esclarece.

Por agora, a Sagri é autossuficiente. Em 2015, depois de concretizada
grande parte dos investimentos que Pedro Líbano Monteiro está a
supervisionar, o agora empresário agrícola espera faturar 2,5 milhões
de euros.


http://expresso.sapo.pt/de-banqueiro-a-empresario-agricola=f833960#ixzz2hgZwZMhE

Explorações agrícolas no distrito de Beja recorrem a mão-de-obra clandestina romena

CARLOS DIAS

04/10/2013 - 21:23

Autoridade para as Condições de Trabalho detectou pagamentos de
salários abaixo do ordenado mínimo nacional em várias herdades
fiscalizadas.

As empresas recebiam 35 euros, mais IVA, por cada trabalhador PAULO RICCA

As brigadas da Autoridade para as Condições de trabalho (ACT)
identificaram vários casos de trabalho clandestino nas vindimas no
distrito de Beja. Nas herdades dos Pelados e da Mingorra, localizadas
na Freguesia de Trindade, no concelho de Beja, e na herdade Grande, no
concelho da Vidigueira, os trabalhadores envolvidos na vindima "eram
todos clandestinos" e, tal como as entidades empregadoras, eram de
nacionalidade romena. Estas últimas são empresas unipessoais de
responsabilidade limitada e registadas em Portugal.

Confrontada com o aumento de práticas irregulares de trabalho não
declarado e clandestino e com níveis salariais abaixo do ordenado
mínimo nacional, a delegação do Litoral e Baixo Alentejo ACT realizou,
nos dias 17 e 19 de Setembro, várias acções inspectivas há recolha de
uva no Baixo Alentejo.

A ACT confirmou que a retribuição dos contratos de prestação de
serviços celebrados entre os empregadores e as sociedades
proprietárias das vinhas era de 35 euros, mais IVA, por trabalhador e
por dia de trabalho.

A entidade inspectiva esclarece que sendo o ordenado mínimo em vigor
para a agricultura de 500 euros mensais, os 35 euros que as empresas
proprietárias das explorações agrícolas pagam aos prestadores de
serviço por dia de trabalho por trabalhador, "não é suficiente para
cumprir com os encargos que o empregador tem com cada um dos
trabalhadores".

A legislação em vigor determina que a entidade prestadora de serviços
é obrigada a pagar o ordenado do trabalhador, as férias e subsídio de
férias, subsídio de natal e compensações proporcionais à duração do
contrato, e ainda encargos com a segurança social, seguro de acidentes
de trabalho, exames médicos, deslocações de e para o local de
trabalho.

A organização distrital do PCP de Beja pronunciou-se recentemente
sobre as condições de trabalho a que são sujeitos os trabalhadores
romenos no Alentejo, seja nas vindimas, seja na apanha da azeitona,
criticando o "recurso generalizado a imigrantes, quantas vezes,
contratados através de empresas de trabalho temporário". Nestas
empresas, as situações de irregularidade "são mais difíceis de aferir
e a tendência para incumprimentos é maior do que na contratação
directa", afirmaram, reconhecendo que as irregularidades com
trabalhadores imigrantes " não é matéria de fácil intervenção".

Daí o número de casos de "coacção" que as entidades prestadoras de
serviço exercem sobre quem contratam no seu país de origem (a Roménia)
tornando recorrente "retenção de documentos" de identificação dos
trabalhadores imigrantes, e "atraso de pagamentos" de salários alertam
os comunistas, criticando o Estado português por "aceitar impostos
pagos por imigrantes ilegais."

A ACT esclarece que está a realizar, "em parceria com o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras e outras entidades públicas", um conjunto de
acções inspectivas no sector agrícola, "visando a prevenção do
trabalho não declarado e dissimulado e o tráfico de seres humanos".

Para acabar com "fenómenos de incumprimento e de ilegalidade têm vindo
a evoluir no sentido de uma cada vez maior desregulação", a ACT
"convida" as empresas do sector agrícola a terem um "especial cuidado"
na contratação dos seus prestadores de serviços, evitando os que não
estão declarados à administração fiscal, à administração do trabalho e
à segurança social.

http://www.publico.pt/local/noticia/exploracoes-agricolas-no-distrito-de-beja-recorrem-a-maodeobra-clandestina-romena-1608127

Fio agrícola e vinho português imunes ao "shutdown" norte-americano

03 Outubro 2013, 16:53 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

A instabilidade orçamental e política não assusta, para já, as
empresas portuguesas com representação directa do outro lado do
Atlântico. É o caso da Cotesi, que soma três empresas e 200
trabalhadores nos Estados Unidos, ou da Sogevinus, que tem lá uma
filial e uma distribuidora para os vinhos do Porto e Douro.

Em declarações ao Negócios, a gestora de Recursos Humanos da Cotesi
garantiu que a maior produtora mundial de fio agrícola ainda não
sentiu nem prevê "impactos significativos" no curto prazo, decorrentes
do encerramento de serviços estatais nos Estados Unidos, onde tem três
empresas (duas produtoras em Salt Lake, Utah, e uma distribuidora em
Kansas City) e emprega 200 dos perto de mil trabalhadores do grupo.



"Esperamos que, tal como em épocas anteriores, esta situação não se
prolongue por muito tempo. Poderá ter implicações na economia interna
dos EUA, nomeadamente ao nível dos trabalhadores do Estado, mas não
acreditamos que se prolongue por forma a comprometer
significativamente a actividade operacional das nossas empresas assim
como as relações comerciais" de Portugal com a maior economia do
mundo, apontou Paula Moreira.



O mercado norte-americano pesa cerca de 50% nos 170 milhões de euros
de facturação consolidada da Cotesi, que pertence ao grupo Violas e
tem sede em Vila Nova de Gaia, pelo que a responsável crê que "terá de
haver cedências" do lado democrata e republicano no congresso. Isto
porque, "se tal não acontecer, estaremos perante uma eventual situação
de quebra no consumo e perda acentuada em Wall Street, algo que todos
querem evitar e daí a responsabilidade acrescida de os congressistas e
o governo terem de se entender".



"Aqui a economia não está tão dependente do Estado"



Também a gestora comercial da Sogevinus nos Estados Unidos, Sandra
Marques, nega "impactos significativos" com a paralisação de perto de
um milhão de trabalhadores associados a muitos serviços administrados
por Washington. "Tudo tem decorrido dentro da normalidade,
inclusivamente ao nível da alfândega. Aliás, ao contrário do que se
passa em Portugal, em que se sentem verdadeiramente os efeitos de uma
paralisação nos serviços públicos, aqui a economia não está tão
dependente dos serviços estatais, pelo que a actividade económica flui
com normalidade", resumiu.



Com representação directa e estrutura própria nos EUA desde 2008 – com
a "Sogevinus Fines Wines USA Inc." – e posterior abertura de um
distribuidor próprio – a "Wine in Motion", a gestora residente naquele
mercado sublinhou que a empresa proprietária das marcas Calém, Barros,
Burmester e Kopke é "capaz de manter a sua actividade independente dos
serviços públicos do país".



"A não ser que surjam bloqueios relevantes e duradouros na alfândega
decorrentes da suspensão de serviços públicos", salvaguardou Sandra
Marques. Os Estados Unidos são actualmente o quarto maior mercado para
a Sogevinus, em termos de volume de vendas, e o mais relevante fora da
Europa.



Mas se o mundo das empresas mantém o optimismo, os alertas sobre os
impactos macroeconómicos do impasse norte-americano são vários,
chegados de diversos protagonistas. Esta quinta-feira, a
directora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse que o impasse em
torno do tecto da dívida nos EUA "pode prejudicar a economia global",
enquanto o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, alertou
também para "o risco prolongado do bloqueio do orçamento" do país.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/fio_agricola_e_vinho_portugues_imunes_ao_shutdown_norte_americano.html

Exportações de vinho verde com recorde de mais de 40 ME em 2013a

Será "o melhor ano de sempre" nas exportações do vinho minhoto,
representando crescimento de 12% a 15% face a 2012


Vinho verde bate recordes em 2013
José Mota
13/10/2013 | 11:59 | Dinheiro Vivo

As exportações de vinho verde deverão ultrapassar os 40 milhões de
euros em 2013, cerca de 39% da faturação total, disse hoje à Lusa o
presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes
(CVRVV).

Estes resultados, assegura Manuel Pinheiro, representam o "melhor ano
de sempre" em termos de exportações de vinho verde, o que face aos
resultados de 2012 será um crescimento "entre 12 e 15%".

"É um ano recorde de exportações. Vamos fechar com mais de 40 milhões
de euros de exportações", sublinhou o presidente da CVRVV.

As vendas nacionais, fruto das dificuldades económicas no país,
apresentaram quebras superiores a 5%, pelo que a prioridade dos
produtores concentrou-se este ano no estrangeiro.

"Sobretudo para mercados como os Estados Unidos da América, Canadá e
Alemanha. As economias mais fortes ajudaram-nos a compensar as
dificuldades do mercado nacional", explicou Manuel Pinheiro.

A produção de vinho verde distribui-se atualmente por 48 concelhos do
noroeste de Portugal, envolvendo mais de 22.000 produtores e várias
castas.

"Diria que 2013 foi um ano muito bom para os produtores de vinho verde
que investiram nos mercados externos e nas suas marcas, e um ano muito
difícil para aqueles, se calhar alguns mais pequenos, que estão presos
no mercado nacional e até no regional à sua volta", reconheceu ainda.

Segundo o presidente da CVRVV, a procura de vinho verde este ano foi
tal que alguns produtores chegaram mesmo a interromper o fornecimento,
por rotura do produto armazenada, enquanto aguardam a vindima deste
ano.

O cenário de exportações repete-se na Casa Agrícola Compostela, em que
o mercado externo representa já cerca de 20% dos 150 mil litros de
vinho verde ali produzidos a cada vindima.

"Sentimos também, um bocadinho à semelhança dos produtores da região e
do país, que temos de crescer para o exterior. Temos já dificuldades
em escoar o vinho, porque o mercado interno começa a ficar saturado",
explicou à Lusa enólogo Horácio Vieira.

Em plena época de vindimas, este pequeno produtor de Vila Nova de
Famalicão chega a tratar entre 27 a 30 toneladas de uva por dia,
provenientes de uma área de cultivo de 38 hectares. Países como
Alemanha, Polónia, França e Japão são os mais representativos nas
contas dos destinos de exportação da Casa Agrícola Compostela, mas
Brasil e Angola estão também na lista de mercados-alvo para o vinho
das próximas campanhas.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO283185.html?page=0

Histórica comerciante de vinhos americana faz documentário sobre Vinho do Porto

Autora de filmes sobre as regiões de Borgonha e de Champagne esteve no
Porto para produzir documentário sobre o Vale do Douro



Vale do Douro em documentário
D.R.
13/10/2013 | 12:11 | Dinheiro Vivo

Uma das mais destacadas comerciantes de vinhos europeus nos Estados
Unidos, Martine Saunier, está a produzir um documentário sobre o Vale
do Douro, depois de ter feito outros dois sobre as regiões de Borgonha
e Champagne.

Martine Saunier, que esteve no Porto em setembro, para a projeção de
"A year in Burgundy" [Um ano na Borgonha], durante o festival Douro
Film Harvest, é um nome de referência no universo dos vinhos por,
enquanto importadora, ter sido responsável pela introdução de
importantes vinhos franceses nos Estados Unidos, como Chateau Rayas e
Henri Jayer.

Mas ultimamente, Martine Saunier, que no início do ano vendeu o
negócio que fundou há 33 anos, tem-se dedicado aos documentários sobre
algumas das regiões vinícolas mais famosas do mundo.

Para além de figurar como guia, foi produtora e consultora de "A year
in Burgundy", tendo feito o mesmo para "A year in Champagne", que está
a ultimar a sua produção, e agora desempenha o mesmo papel num filme
sobre o Douro, ainda em fase de recolha de imagens.

"Venho visitando Portugal, isto é Vila Nova de Gaia e o vale Douro, há
muitos anos e achei que era um país tão espetacular com o seu vinho,
especialmente o vinho de mesa que tem vindo a crescer em qualidade,
que me pareceu fazia todo o sentido tê-lo num filme", afirmou à
agência Lusa.

Os filmes são realizados por David Kennard, documentarista que
trabalhou durante 25 anos na BBC e que realizou e produziu mais de 100
documentários, entre eles "Cosmos", com Carl Sagan, "2001: HAL's
Legacy", "Wine for the confused" ou "Surviving Setember 11th: The
story of one New York family".

Foi ele que um dia foi ter com Martine Saunier dizendo-lhe que ela era
"a pessoa certa" para fazer um documentário sobre a Borgonha. Nascida
na região, aquela que a conhecida crítica de vinhos Jancis Robinson
classificou de "importadora extraordinária", considerou que era um
desafio interessante após mais de 40 anos a comercializar vinhos.

Faltavam meio milhão de dólares que acabaram por surgir na figura de
Todd Ruppert, CEO da empresa de investimentos T Rowe Price, que foi
ocasionalmente apresentado a Martine Saunier por ser um apreciador dos
seus vinhos.

"Eu perguntei se ele conhecia alguém que estivesse interessado em
patrocinar um filme sobre a Borgonha comigo e ele respondeu, claro que
conheço pessoas, eu mesmo estaria interessado", lembrou.

Foi Todd Ruppert que entusiasmado com o primeiro documentário, que
segue sete pequenos produtores de Borgonha durante um ano, quis mais
um sobre a região de Champagne mas foi Martine Saunier quem sugeriu o
filme sobre o Douro.

A sua relação à região, lembrou, começou em 1985 quando James
Suckling, antigo critico e editor da Wine Spectator escreveu um livro
sobre vinho do Porto e a contactou dizendo-me "que devia representar o
vinho do Porto" e ela respondeu "que não sabia nada sobre o assunto,
mas ele insistiu".

A sua relação começou com os vinhos da Quinta de la Rosa e voltou a
ser James Suckling a indicar-lhe Dirk Niepoort. "Tem sido uma
experiência exultante, porque eu trabalho com ele vai para 14 anos e o
aumento das vendas tem sido fantástico e ele é um fantástico
produtor", afirma.

Dirk Niepoort tem sido um dos guias para o documentário que inclui
também retratos de produtores como os Symington, Quinta das Vageiras,
Ramos Pinto mas também de pequenas quintas.

Para Martine Saunier o vinho do Porto vive momentos complicados,
nomeadamente os Vintage "porque hoje ninguém compra para o futuro, as
pessoas não têm espaço e os restaurantes não têm dinheiro". Por outro
lado considera que os Tawny e os Colheita, que ao contrário dos
Vintage, não têm de ser bebidos mal se abre a garrafa, "estão a ter
muita saída".

A histórica importadora, que começou a trabalhar quando ainda não
havia escanções nos restaurantes, acha que Portugal continua a ter
muito futuro como país produtor, devido à riqueza do seu "terroir", o
contrário da massificação, por exemplo, dos países da América Latina.

A evolução do vinho Verde é apontada por esta especialista como um
exemplo entusiasmante de como é possível a ultrapassar a dificuldade,
ainda existente, do mercado mundial identificar claramente um vinho de
mesa como distintivo de uma região portuguesa.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO283188.html?page=0

Adega de Portalegre aumenta este ano produção de vinho

Aumento para 800 mil quilos de uvas entregues ainda fica aquém das
necessidades contratuais e de mercado, mas revelam evolução



Há um vinho alentejano chamado Eusébio
D.R.
13/10/2013 | 12:07 | Dinheiro Vivo

A Adega Cooperativa de Portalegre espera este ano um aumento na
produção de vinho, em relação a 2012, na sequência da entrada de "mais
de 800 mil" quilos de uva, disse hoje a diretora da empresa.

Fernanda Dias explicou à agência Lusa que, este ano, houve uma
"recuperação" na produção de uva, em comparação com os 600 mil quilos
da campanha de 2012, embora seja um resultado "aquém" das necessidades
contratuais e de mercado.

"De qualquer maneira, acaba por ser positivo em relação ao ano
passado. Nota-se alguma recuperação, mas também pela interiorização
dos cooperadores da importância que é a existência da adega e da
valorização das uvas da região", disse.

Indicando que só no Alentejo existem "mais de três mil marcas de
vinhos", a diretora da Adega Cooperativa de Portalegre lamentou que o
mercado esteja atualmente "esmagado".

Segundo Fernanda Dias, o volume de negócio anual da empresa situa-se
nos "2,5 milhões de euros" e as exportações representam "20%" da
faturação.

A Adega Cooperativa de Portalegre, que está a apostar na entrada nos
mercados alemão e chinês, exporta os seus produtos para vários países
europeus, como França, Inglaterra e Suíça, além de Angola e
Moçambique.

Com oito sub-regiões vitivinícolas (Portalegre, Borba, Redondo,
Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura, Évora e Granja/Amareleja), o
Alentejo, que possui 22 mil hectares de vinha, exporta os seus vinhos
para os quatro cantos do mundo, sendo Angola, Brasil, Estados Unidos e
Canadá alguns dos principais mercados.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO283187.html

UM: Dia mundial da alimentação assinalado com recolha de alimentos e combate ao desperdício

ENSINO

2013-10-12


Dinamizado pelo Departamento Alimentar dos Serviços de Ação Social da
Universidade do Minho (DA-SASUM), o Dia Mundial da Alimentação será
assinalado na UMinho, no próximo dia 16 de outubro, com duas ações
distintas: Recolha de Alimentos a decorrer nos dias 15 e 16 e uma
Campanha de luta contra o desperdício alimentar com início a 16, mas
que se estenderá ao longo do ano.

Tendo em consideração a situação de carência alimentar em que muitos
vivem, os SASUM convidam a comunidade académica a participar nas ações
e a ajudar os que mais precisam.

A primeira ação, sob o tema "Um dia com o Banco Alimentar" convoca
toda a comunidade a participar numa campanha de recolha de alimentos,
nos dias 15 e 16 de outubro. Durante estes dois dias, os produtos
alimentares poderão ser depositados nos bares da universidade, sendo
posteriormente agregados no átrio do CP2 e organizados em cabazes pelo
Banco Alimentar contra Fome de Braga, que demonstrará, deste modo, o
trabalho que é feito diariamente nesta instituição.

Com o mesmo intuito, também o Departamento Desportivo dos SASUM em
cooperação com AAUM, promovem no dia 14, a campanha "Perca um Quilo".
A ação pretende que os participantes troquem exercício por alimentos,
ou seja, durante o dia as pessoas podem usar as instalações
gratuitamente para fazer exercício, tendo para isso apenas de
contribuir com um produto alimentar que consta da listagem para o
cabaz.

Dependendo do sucesso da recolha de alimentos, os cabazes poderão ser
entregues a duas instituições que prestam auxílio às famílias
carenciadas: o Centro Social e Cultural de Santo Adrião (Braga) e o
Lar de Santo António (Guimarães).

Bens alimentares e quantidades necessárias para completar um cabaz:
301 sacos de arroz; 398 embalagens de massa; 597 pacotes de bolachas;
1990 litros de leite; 114 pacotes de cereais; 80 embalagens de
farinha; 100 sacos de leguminosas secas; 758 latas de leguminosas em
conserva; 559 latas de salsichas;1317 latas de peixe de conserva;100
garrafas de azeite; 100 garrafas de óleo;100 embalagens de açúcar.

A segunda ação, de caráter inédito, apela à mudança de atitude perante
o desperdício. Sabendo que a Universidade do Minho gera, mensalmente,
cerca de 4 toneladas de resíduos alimentares e que uma parte
significativa destes resíduos resulta do desperdício dos tabuleiros,
os SASUM lançam um desafio à comunidade académica, um "movimento" de
luta contra o desperdício alimentar. A intenção é que cada um leve no
tabuleiro apenas a quantidade de comida que irá ingerir, evitando o
desperdício. Os alimentos que sobram no tabuleiro são resíduos; os
alimentos que sobram antes de serem servidos, são possíveis refeições
a encaminhar para cantinas sociais de IPSS's de Braga e Guimarães.

Este "movimento" de sensibilização inicia no dia 16 de outubro e
estender-se-á ao longo do ano com diferentes iniciativas.

http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=73226

Biocombustível permite à Prio entrar nas exportações

Prio



António Freitas de Sousa
14/10/13 00:05


Para além de todos os procedimentos, a Prio tem ainda que cumprir as
normas da BP

A produção de biocombustíveis - cuja mistura com os combustíveis
fósseis é agora obrigatória por lei - permitiu à Prio abrir uma porta
às exportações. E, com a procura crescente deste tipo de combustíveis
a nível internacional, é possível que a produtora e distribuidora de
combustíveis venha a aumentar as suas exportações. Mas, segundo
explicou João Fernando Rocha, administrador da Prio, a produção de
biocombustíveis é apenas uma das áreas de interesse do grupo.

http://economico.sapo.pt/noticias/biocombustivel-permite-a-prio-entrar-nas-exportacoes_179264.html

Fábrica de rações fechada por uso de substâncias proibidas

Mais de quatro toneladas de rações para animais apreendidas pela ASAE

Por: tvi24 / MM | 2013-10-11 12:08

Uma fábrica de rações da Abrigada, Alenquer, foi encerrada pela
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), por suspeitas de
usar substâncias proibidas em rações para animais, disse esta
sexta-feira fonte da ASAE.

Fonte oficial da ASAE confirmou à agência Lusa que foram apreendidas
mais de quatro toneladas de rações para animais «por suspeita de
conterem substâncias proibidas».

Por se tratar de crime, a ASAE solicitou a suspensão da indústria,
«por falta de licenciamento e de higiene».

A suspensão da atividade da fábrica e a apreensão da ração para
animais resultou de uma inspeção da ASAE realizada no local, na
terça-feira.

A Lusa tentou obter esclarecimentos por parte da empresa mas até ao
fim da manhã tal não foi possível.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/asae-racoes-fabrica-alenquer-tvi24/1498253-4071.html

Proprietários agrícolas admitem abandonar apanha de alfarroba por causa dos impostos

A obrigatoriedade de inscrição de atividade para a venda de alfarroba
está a levar pequenos produtores a ponderarem o abandono da atividade

28/09/2013 | 16:09 | Dinheiro Vivo

A obrigatoriedade de inscrição de atividade nas Finanças para a venda
de pequenas quantidades de alfarroba está a levar pequenos produtores
a ponderarem o abandono da atividade, confirmou à Lusa o gestor do
Agrupamento de Alfarroba e Amêndoa do Algarve.

"Temos recebido bastantes reclamações e pedidos de informações porque
as pessoas têm alguma dificuldade em compreender o que se passa e as
exigências impostas", explicou José Filipe, gestor daquele agrupamento
com 500 associados do Algarve.

Em causa está o decreto-lei n.º 197/2012, que estipula que todas as
pessoas que façam uma venda tenham de ter atividade registada nas
Finanças e declarar todas as vendas. Os prazos de inscrição tinham
inicialmente sido apontados para março deste ano, mas foram
prolongados para 31 de outubro.

Admitindo que as novas regras não criam dificuldades aos grandes
produtores, que já fazem as suas declarações de atividade normalmente,
José Filipe disse que o problema está nos pequenos agricultores, com
pequenos terrenos e que anualmente obtêm rendimentos entre os 500 e os
1.500 euros.

José Matos é um dos produtores que admite abandonar a terra devido ao
facto de os gastos de produção ultrapassarem os lucros, sendo que 15
quilos de alfarroba rendem atualmente ao produtor cerca de 4,50 euros.

"Aumentaram as contribuições, temos de pagar o trator para limpar o
terreno, temos de tratar a terra... Ando aqui a trabalhar de borla
porque já não dá para as despesas", disse à Lusa o produtor, de 58
anos, quando se preparava para vender alfarroba a um armazenista.
Segundo José Filipe, quase 70% dos associados do agrupamento que gere
têm mais de 64 anos, são reformados e encaram a atividade como um
complemento da reforma.

No caso da atividade agrícola, o responsável explicou que os
agricultores têm de ter um livro de faturas reconhecido pelas
Finanças, têm de passar fatura sempre que realizam uma venda, no mês
seguinte têm de declarar as vendas no portal das Finanças e depois
voltam a declarar os valores faturados nas declarações de IRS (imposto
sobre o rendimento singular).

Ao Agrupamento de Alfarroba e Amêndoa do Algarve chegam pessoas que
temem cortes nas reformas e outras que temem o corte no subsídio de
desemprego por se dedicarem a uma das atividades mais tradicionais do
interior algarvio.

Apesar de não acreditar que o abandono por parte dos pequenos
produtores possa colocar em risco a atividade no Algarve, José Filipe
admitiu que haverá uma diminuição da produção comercializada.

Proprietário de uma empresa familiar de trituração e exportação de
alfarroba com 60 anos de atividade, Desidério Oliveira confirmou à
Lusa o desalento dos pequenos produtores de alfarroba: "Hoje em dia, a
maior parte das pessoas que apanha alfarrobas já tem mais de 60 anos,
alguns têm 80 e são pessoas que apanham pouca quantidade, entre os 120
e os 200 quilos" constatou.

"As pessoas que arranjam quantidades pequenas estão desanimadas e
alguns pensam que se calhar ainda têm de pagar IRS ou que vão perder
as reformas", explicou o comerciante, referindo que os pequenos
produtores são responsáveis por cerca de 40% da alfarroba que
comercializa.

Estes, disse, "estão muito desapontados e dizem que não se vão
inscrever porque não vale a pena".

O desalento aumenta porque é somado à vaga de roubo de alfarroba com
que muitos produtores se deparam e a ao ano de fraca produção.

Para muitos, a apanha da alfarroba é uma bolha de oxigénio para o
orçamento familiar, comentou Desidério Oliveira, recordando que
algumas pessoas apanham alguns sacos e vão vender de imediato.
Desde o início de 2013 que o Agrupamento de Alfarroba e Amêndoa do
Algarve tem enviado sugestões e pedidos de alteração da lei para o
caso dos pequenos produtores, mas até hoje não obteve qualquer
resposta por parte das entidades competentes.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO280405.html?page=0

Alvarinho mais antigo completou 75 anos

A "mais antiga empresa a engarrafar alvarinho no país" completou, este
domingo, 75 anos. A Vinhos de Monção assinalou a data juntando
ex-funcionários, enólogos e entidades oficiais para uma "foda de
Monção", o típico cabrito assado no forno, regado com "Cêpa Vélha", a
marca mais conhecida da empresa.


foto DR
José Rodrigues, o filho Miguel e a mãe Aurora


"Não ando nas adegas dos outros, mas não acredito que haja alguém a
produzir vinho como nós", advogou José Carlos Rodrigues, gerente da
empresa. "Não usamos aromas, não usamos enzimas. É um vinho mais seco
e ligeiramente mais ácido" que a generalidade das 50 marcas de
Alvarinho no mercado.

O "Cêpa Vélha" é um "vinho artesanal, fermentado em cubas de madeira,
algumas do tempo da formação da empresa", em 1938, conta José Carlos
Rodrigues.

As diferenças estão, também, na garrafa: a tira de ráfia, entre a
cápsula, no tradicional alumínio, e o rótulo; e a rolha de cortiça
compacta. "É tudo feito à mão", explica o gerente, que é sobrinho-neto
de um dos fundadores, José Carlos Alves.

Com vinhas em Riba de Mouro, produz entre 7500 e 10 mil litros, de
"Cêpa Vélha" por ano. "Também compramos uvas a pequenos produtores".
Pequenas quantidades, na ordem dos 600 a mil quilos, mas que fazem a
diferença. "Acrescentam diversidade.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Mon%E7%E3o&Option=Interior&content_id=3473836

Os mercados essenciais para os vinhos portugueses

ViniPortugal


Irina Marcelino
13/10/13 11:14


Um estudo encomendado pela ViniPortugal analisa quatro dos mercados
com maior potencial para os vinhos portugueses.

s exportações de vinhos portugueses para o mundo voltaram a bater
recordes em 2012. O valor atingido foi de 706 milhões de euros, mais
50 milhões que no ano anterior. O primeiro semestre deste ano augura
um ano positivo, também. O valor das vendas ao exterior tinham
atingido, até Julho, os 379 milhões de euros, mais 14 milhões do que
em período homólogo do ano anterior.

Angola, Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, Reino Unido,
Canadá, Brasil, China (incluindo Hong Kong e Macau) e os países
nórdicos são os países que na última década se destacaram na compra de
vinhos portugueses. "Se tivermos em conta as exportações de Vinho do
Porto mercados como a França, Bélgica e Holanda ganham grande
relevância. No entanto a França, e também a Espanha, são mercados de
destino de vinhos de menor valor acrescentado", explica Jorge
Monteiro, presidente da ViniPortugal, associação interprofissional do
sector vitivinícola que tem como objectivo promover e valorizar a
marca Wines of Portugal.

Angola é hoje o segundo maior cliente de vinhos portugueses, atrás de
França. Nos últimos anos conseguiu quadruplicar em volume e
sextuplicar em valor as importações deste produto. Os mercados alemão
e brasileiro cresceram a taxas anuais bastante elevadas, "sendo o
vinho do Porto o grande responsável por estes resultados", lembra
Jorge Monteiro, que destaca ainda os destinos China, Macau e Hong Kong
que, apesar do valor um pouco mais baixo, "tiveram também uma evolução
interessante".

Com o objectivo de promover os vinhos portugueses a nível
internacional, a ViniPortugal definiu como estratégicos 11 mercados -
10 internacionais e, claro, Portugal. Estados Unidos, Brasil, Reino
Unido, Angola, Alemanha, Canadá, Países Nórdicos (Suécia, Noruega,
Finlândia ) e China (incluindo Hong Kong e Macau) são os países
escolhidos pela associaçãopara promover os vinhos portugueses.

Também este ano, a ViniPortugal encomendou um estudo à consultora Wine
Intelligence sobre quatro dos mercados com maior potencial para os
vinhos portugueses: "o estudo da Wine Intelligence identifica a China
e Brasil, dentro dos mercados emergentes, com potencial de
crescimento, nos quais o vinho tem experimentado um crescimento
rápido, a partir de uma base relativamente baixa. Mas o crescimento da
sua importância vai depender sempre do crescimento das suas
economias", considera o presidente da ViniPortugal. "Já os mercados
dos EUA e Canadá são também mercados em crescimento, mas nos quais o
vinho se tornou já um produto de moda. Os EUA em 2012 transformaram-se
no maior importador mundial de vinho, em valor de importações". Em
cada um destes países foi analisado o tipo de consumidores existentes,
os que estão em ascensão e as suas preferências. Também foram
analisadas as vantagens e desvantagens que os vinhos portugueses têm
nestes países.

Uma das principais conclusões é que o segmento de mercado composto por
pessoas com "alto envolvimento com vinho está em clara expansão nestes
mercados. Este aspecto reforça a nossa aposta, uma vez que este é
claramente o target da marca Vinhos de Portugal/Wines of Portugal. A
Wine Intelligence destaca os EUA e o Canadá como mercado altamente
atractivos para os vinhos portugueses, dando também grande relevância
à ligação cultural entre o nosso país e o Brasil, que nos permite um
posicionamento ímpar num mercado, onde há ainda muito a explorar",
resume Jorge Monteiro.

Por outro lado, "o estudo aconselha os vinhos portugueses a
diferenciarem-se pela proposta única que oferecem, devendo potenciar o
conhecimento e a notoriedade das suas marcas e castas únicas nos
principais mercados", resume Jorge Monteiro, que destaca ainda o
"elogio" feito "à melhoria na qualidade e na adaptação das marcas ao
mercado, que contrasta com a dispersão de esforços reconhecida".

Juan Park, consultor da Wine Intelligence, considera mesmo que "se um
país trabalhar em conjunto a sua mensagem, será muito mais fácil
comunicá-la. Portugal tem uma variedade incrível de vinhos que se
forem apresentados de forma correcta, serão muito interessantes para
os consumidores". Ao Diário Económico, o especialista lembrou que os
vinhos portugueses ainda têm uma mensagem algo "complexa", mas que
quando "lhes é dada a oportunidade de se explicarem, são muitíssimo
interesantes, de grande valor e únicos. São bastante apreciados por
críticos e especialistas por causa da sua diversidade". Mas não só. As
qualidades únicas são também uma vantagem dos vinhos portugueses. É o
caso do "baixo teor de álcool do vinho verde". No entanto, para se
explicar toda esta variedade nomeadamente em novos mercados é preciso
saber explicá-la bem e clarificar a mensagem que se pretende passar.

Angola
Vinhos portugueses lideram nos vinhos engarrafados
Angola é o primeiro mercado de exportação para os vinhos portugueses,
com uma quota de 67,5%, no qual os vinhos de Portugal ainda encontram
oportunidade de valorização. A ViniPortugal definiu um investimento de
cerca 400 mil euros com o objectivo de potenciar um crescimento dos
vinhos portugueses em 19% em valor num período de três anos. Angola
tem-se afirmado enquanto destino dos vinhos nacionais, com um
crescimento significativo nas vendas. A maior dificuldade deste
mercado prende-se com a falta de 'know-how' e pessoal qualificado na
área de vinhos.

Brasil
Imagem dos vinhos portugueses é positiva
Continua a ser um dos principais mercados para os vinhos portugueses,
pois tem vindo a apresentar uma elevada taxa de crescimento das
exportações. No entanto em 2012 assistiu-se a uma estagnação. Os
vinhos portugueses conseguiram um posicionamento alto no mercado
brasileiro e Portugal é o quarto fornecedor deste produto no Brasil.
Além disso, o vinho português tem um preço médio alto e uma conotação
muito positiva neste mercado. O estudo da Wine Intelligence assinala a
forte penetração dos vinhos de Portugal no Brasil e um positivo
conhecimento de Portugal enquanto produtor de vinho.

Canadá
Consumidores jovens devem ser mais trabalhados
O mercado canadiano é muito atractivo para os vinhos portugueses.
Cerca de 66,4% dos vinhos consumidos neste país são importados, sendo
o Québec, Ontário e a British Columbia os maiores consumidores.
Portugal tem uma quota de mercado de 3,43%. O Canadá afirmou-se como o
melhor mercado em termos de preço médio nos dez mercados estratégicos.
De acordo com o estudo da Wine Intelligence, os vinhos de Portugal têm
tido um desenvolvimento positivo no mercado canadiano, que aprecia
vinhos do antigo mundo. A faixa jovem dos consumidores canadianos
poderá ser melhor explorada.

China
Exportações de vinhos em 2012 cresceram 25%
Afigura-se como o quinto principal mercado dos vinhos nacionais fora
do espaço europeu. A China é um dos alvos prioritários da produção
nacional. Englobando Hong Kong e Macau, este mercado representa quase
20 milhões de euros em valor para as exportações nacionais. Em 2012
assistiu-se a um crescimento de quase 25% no valor das exportações de
vinhos portugueses para este mercado, à custa da subida do preço
médio. O investimento e o dinamismo dos produtores portugueses no
mercado chinês e de Macau influenciaram o crescimento do interesse
deste mercado na produção nacional.

Estados Unidos América
Crescimento de 40% nas exportações até 2014
Os EUA são um mercado com elevado potencial de oportunidade e
crescimento para as exportações da produção nacional. Posiciona-se
actualmente como o quarto principal destino das exportações de vinho
português, tendo crescido pouco mais que 8% em valor em 2012. É o alvo
do maior investimento da promoção internacional de vinho português, no
valor de dois milhões de euros, pois é um dos mais importantes
mercados de exportação para os vinhos nacionais. Até 2014 espera-se um
crescimento de 40%. É interessante registar a forma positiva como os
vinhos portugueses têm sido acolhidos pela crítica especializada.

(artigo publicado no Suplemento Quem é quem nos Vinhos com a edição do
Diário Económico de 8 de Outubro)

http://economico.sapo.pt/noticias/os-mercados-essenciais-para-os-vinhos-portugueses_178915.html

Noventa mil pessoas vindimam 75 milhões de litros de vinho verde até final do mês

1



Da produção total esperada para a vindima iniciada em Setembro, a
grande parte corresponde a vinho branco. Cerca de 10 milhões de litros
serão de tinto, além de dois a três milhões de vinho rosado

Perto de 90 mil pessoas estão envolvidas até final deste mês nas
vindimas do vinho verde, cuja produção de 2013 deverá cifrar-se em 75
milhões de litros, um crescimento de 15% face ao ano anterior.

Os números foram avançados à Lusa pelo presidente da Comissão de
Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, que
estima um volume de negócios, este ano, superior a 90 milhões de
euros.

Da produção total esperada para a vindima iniciada em setembro, a
grande parte corresponde a vinho branco. Cerca de 10 milhões de litros
serão de tinto, além de dois a três milhões de vinho rosado.

A vindima deste ano, explicou o responsável, representará um
crescimento de 15% face à anterior, provocado por um ano de "clima
mais favorável" e pela crescente entrada em produção de vinhas novas,
ao ritmo de 700 hectares por ano.

"As vinhas mais antigas produzem cerca de quatro a cinco toneladas [de
uva] por hectare, enquanto as vinhas novas dobram essa produção.
Começamos a ter uma uva de boa produção e melhor qualidade", explicou
Manuel Pinheiro.

A produção de vinho verde distribui-se atualmente por 48 concelhos do
noroeste de Portugal, envolvendo mais de 22.000 produtores. No
entanto, nos 40 a 45 dias em que decorrem as vindimas, a atividade
chega a envolver a contratação temporária de até 90 mil pessoas. "O
vinho verde está muito integrado na sociedade, gera postos de trabalho
e promove o desenvolvimento da região", sustenta o presidente da
CVRVV.

A azáfama das vindimas é por estes dias bem visível junto à adega de
Ponte de Lima, com cerca de 2.000 produtores a entregarem diariamente
mil pipas, cada uma com 700 quilogramas de uva. É por isso é habitual
formarem-se longas filas à porta, por vezes até de madrugada como
admite a diretora daquela adega.

"As filas são boas porque é um sinal de vitalidade da adega. Mas são
maiores às sextas-feiras e aos sábados porque muitos sócios vindimam
com os familiares e os amigos nesses dias", explicou à Lusa Maria
Celeste Patrocínio.

A capacidade instalada nesta adega, para toda a campanha, é de 11,5
milhões de litros de vinho, entre os produtos principais, como
loureiro, tinto e vinhão. Apesar de alguma instabilidade no clima em
2013, cujas chuvas de setembro até obrigaram à interrupção das
vindimas em Ponte de Lima, a responsável garante que será uma boa
campanha, em qualidade e quantidade.

"Em 2011 tivemos uma produção de cerca de seis milhões de litros de
vinho verde e no ano passado registamos uma quebra enorme, de mais de
50%. Mas em 2013 a vindima está a correr muito bem e deveremos voltar
a estar aos níveis de há dois anos", apontou.

Tal como na adega de Ponte de Lima, a campanha de 2013 dos vinhos
verdes, segundo Manuel Pinheiro, será de "boa qualidade" e os
primeiros vinhos serão colocados à venda entre dezembro deste ano e
março de 2014, mantendo características comuns às várias castas, como
o baixo teor alcoólico e o aroma frutado.

"É um vinho mais fresco, que não pesa demasiado no álcool.
Equilibra-se bem com a gastronomia do nosso tempo", remata o
presidente da CVRVV.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela Agência Lusa*

http://www.ionline.pt/artigos/mais-igastronomia/noventa-mil-pessoas-vindimam-75-milhoes-litros-vinho-verde-final-mes

Começam as vindimas do verde, exportações devem crescer

Foto: confrariadovinhoverde.com



Mário Galego13 Out, 2013, 11:25 / atualizado em 13 Out, 2013, 12:03

Mãos na uva, perto de 90 mil pessoas estão envolvidas, até final deste
mês, nas vindimas do vinho verde.

A produção deste ano deverá rondar os 75 milhões de litros, um
crescimento de 15% face ao ano anterior.

Números foram avançados pelo presidente da Comissão de Viticultura da
Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, que espera este ano
um volume de negócios superior a 90 milhões de euros.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=687515&tm=6&layout=123&visual=61