LUSA
10/12/2013 - 20:56
A tonelagem de mercadorias movimentada nos sete principais portos do
continente aumentou 15,2% em Outubro, em relação ao mesmo mês do ano
passado.
Em comunicado, o Ministério da Economia cita o relatório mensal do
Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e afirma que "a
evolução da movimentação portuária no mês de Outubro foi marcada por
uma forte subida dos contentores em 27,1% e um elevado crescimento das
cargas embarcadas em 33,2%, em termos homólogos". Em termos de
tonelagem que circulou nos sete principais portos, registou-se um
aumento de 15,2% face ao mesmo mês de 2012
Em Outubro, o porto de Setúbal registou uma subida da carga total de
34,1% e um crescimento do movimento dos contentores de 43,4%; no porto
de Lisboa foi verificado um aumento da carga total de 32,7% e um
crescimento do movimento de contentores em 65,4%.
O Porto de Sines registou um acréscimo do movimento global de 19,4% e
uma subida dos contentores de 43,0%, na Figueira da Foz o movimento
global cresceu 14,0% e em Viana do Castelo foi verificada uma subida
nas mercadorias movimentadas na ordem de 1,2%, segundo o Ministério da
Economia.
O Ministério salienta que o mês de Outubro "detém os melhores
indicadores desde o ano 2000" em termos de carga movimentada,
movimento de contentores e número de navios que escalaram os sete
portos do continente e que, desde 2008, que os movimentos das
mercadorias e dos contentores "têm apresentado um padrão de
crescimento constante".
O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e
Comunicações, Sérgio Monteiro, afirma, citado no comunicado, que os
dados divulgados hoje representam "mais um excelente indicador da
evolução das exportações nacionais" e reflectem "o papel que os portos
têm nesse crescimento", defendendo a necessidade de serem criadas
"todas as condições" para que o sector "seja ainda mais competitivo no
contexto nacional e internacional".
http://www.publico.pt/economia/noticia/volume-de-mercadorias-movimentado-nos-portos-aumenta-152-em-outubro-1615831
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Jerónimo Martins quer agricultura em Portugal
11 de Dezembro, 2013por Ana Serafim
Grupo dono do Pingo Doce está a estudar projecto agro-alimentar em
território nacional. Na Polónia, a aposta vai para lojas franchisadas.
Proximidade. Essa será a chave para expandir a rede Biedronka que a
Jerónimo Martins (JM) tem na Polónia – o motor de crescimento do grupo
português dono do Pingo Doce. Para tal, a retalhista dominada pela
família Soares dos Santos está a estudar lojas franchisadas e de
pequena dimensão. Em Portugal, está em estudo um projecto
agro-alimentar para garantir a estabilidade do fornecimento dos
supermercados.
Numa apresentação a investidores na semana passada, a empresa
mostrou-se focada no reforço da quota de mercado. O grupo avançou que
até 2016 pretende "desenvolver um projecto no sector agro-alimentar"
para apoiar o seu negócio principal – o retalho alimentar – e proteger
as suas fontes de abastecimento em produtos frescos.
Questionada pelo SOL, a companhia adiantou que "está já em curso um
estudo sobre essa matéria. No entanto, é ainda cedo para
disponibilizar mais informação". Ainda assim, a vontade de entrar na
agricultura tem sido admitida pela cúpula da companhia.
Na Polónia, a aposta vai para uma "abordagem dupla". Nas áreas rurais,
o franchising, que já está a ser aplicado em 30 espaços no território
polaco, será um modelo a explorar. "Além das 800 novas lojas standard
que a Biedronka abrirá entre 2014 e 2016, a companhia desenvolverá
também contratos de agência com terceiras partes para operarem lojas
Biedronka nas pequenas vilas da Polónia, com uma média de 2.000
habitantes. Temos já cerca de três dezenas de lojas nesta modalidade",
detalha fonte oficial ao SOL.
Nas zonas urbanas, o desenvolvimento da cadeia de supermercados polaca
passará por ter pontos de venda menores. "A Biedronka está preparada
para flexibilizar o seu formato standard de forma a abrir lojas
significativamente mais pequenas no centro das cidades onde o espaço
disponível para construir é inexistente", continua.
Detectado o "potencial para crescer, principalmente no segmento de
proximidade", a operação na Polónia merecerá entre 60% e 70% dos 2,2
mil milhões de investimento que a JM planeia fazer nos próximos três
anos.
Além dos supermercados Biedronka, o grupo liderado por Pedro Soares
dos Santos quer expandir a Hebe, insígnia dedicada à saúde e beleza
lançada em Maio de 2011, que chegará ao final de 2013 com cerca de 100
lojas e uma facturação prevista de 60 milhões de euros. Plano para
2016: ter pelo menos 200 lojas.
Nesta geografia – onde tinha 2.245 lojas em Setembro e espera chegar
às 3.000 em 2015 – o objectivo é alcançar vendas de 12 mil milhões de
euros em 2016. Em 2012, a Biedronka representou 62% das vendas
consolidadas do grupo, contribuindo com 6,7 mil milhões de euros.
Colômbia acelerada
Também no próximo triénio a Jerónimo Martins pretende inaugurar mais
30 espaços Pingo Doce – ao ritmo de dez por ano –, fortalecer o
posicionamento do preço suportado no corte de custos e conseguir um
crescimento das vendas totais do grupo entre 12% e 15%.
A Jerónimo Martins faz ainda um balanço positivo da operação na
Colômbia, onde estreou as lojas Ara em Março. Antecipando uma
"expansão acelerada", a rede instalada na região do Eixo Cafeteiro
conta agora com 34 pontos de venda. E deverá chegar ao final do ano
com vendas de 20 milhões de euros. Até 2016, o objectivo é ter "no
mínimo" 200 lojas e operar em "pelo menos" três regiões no país.
ana.serafim@sol.pt
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=94602
Grupo dono do Pingo Doce está a estudar projecto agro-alimentar em
território nacional. Na Polónia, a aposta vai para lojas franchisadas.
Proximidade. Essa será a chave para expandir a rede Biedronka que a
Jerónimo Martins (JM) tem na Polónia – o motor de crescimento do grupo
português dono do Pingo Doce. Para tal, a retalhista dominada pela
família Soares dos Santos está a estudar lojas franchisadas e de
pequena dimensão. Em Portugal, está em estudo um projecto
agro-alimentar para garantir a estabilidade do fornecimento dos
supermercados.
Numa apresentação a investidores na semana passada, a empresa
mostrou-se focada no reforço da quota de mercado. O grupo avançou que
até 2016 pretende "desenvolver um projecto no sector agro-alimentar"
para apoiar o seu negócio principal – o retalho alimentar – e proteger
as suas fontes de abastecimento em produtos frescos.
Questionada pelo SOL, a companhia adiantou que "está já em curso um
estudo sobre essa matéria. No entanto, é ainda cedo para
disponibilizar mais informação". Ainda assim, a vontade de entrar na
agricultura tem sido admitida pela cúpula da companhia.
Na Polónia, a aposta vai para uma "abordagem dupla". Nas áreas rurais,
o franchising, que já está a ser aplicado em 30 espaços no território
polaco, será um modelo a explorar. "Além das 800 novas lojas standard
que a Biedronka abrirá entre 2014 e 2016, a companhia desenvolverá
também contratos de agência com terceiras partes para operarem lojas
Biedronka nas pequenas vilas da Polónia, com uma média de 2.000
habitantes. Temos já cerca de três dezenas de lojas nesta modalidade",
detalha fonte oficial ao SOL.
Nas zonas urbanas, o desenvolvimento da cadeia de supermercados polaca
passará por ter pontos de venda menores. "A Biedronka está preparada
para flexibilizar o seu formato standard de forma a abrir lojas
significativamente mais pequenas no centro das cidades onde o espaço
disponível para construir é inexistente", continua.
Detectado o "potencial para crescer, principalmente no segmento de
proximidade", a operação na Polónia merecerá entre 60% e 70% dos 2,2
mil milhões de investimento que a JM planeia fazer nos próximos três
anos.
Além dos supermercados Biedronka, o grupo liderado por Pedro Soares
dos Santos quer expandir a Hebe, insígnia dedicada à saúde e beleza
lançada em Maio de 2011, que chegará ao final de 2013 com cerca de 100
lojas e uma facturação prevista de 60 milhões de euros. Plano para
2016: ter pelo menos 200 lojas.
Nesta geografia – onde tinha 2.245 lojas em Setembro e espera chegar
às 3.000 em 2015 – o objectivo é alcançar vendas de 12 mil milhões de
euros em 2016. Em 2012, a Biedronka representou 62% das vendas
consolidadas do grupo, contribuindo com 6,7 mil milhões de euros.
Colômbia acelerada
Também no próximo triénio a Jerónimo Martins pretende inaugurar mais
30 espaços Pingo Doce – ao ritmo de dez por ano –, fortalecer o
posicionamento do preço suportado no corte de custos e conseguir um
crescimento das vendas totais do grupo entre 12% e 15%.
A Jerónimo Martins faz ainda um balanço positivo da operação na
Colômbia, onde estreou as lojas Ara em Março. Antecipando uma
"expansão acelerada", a rede instalada na região do Eixo Cafeteiro
conta agora com 34 pontos de venda. E deverá chegar ao final do ano
com vendas de 20 milhões de euros. Até 2016, o objectivo é ter "no
mínimo" 200 lojas e operar em "pelo menos" três regiões no país.
ana.serafim@sol.pt
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=94602
Região D´Entre Douro e Minho exige regime de excepção
BRAGA
2013-12-11
Isabel Vilhena
"Se não houver um regime de excepção para o Entre Douro e Minho nós
vamos limitar demasiado, abrangendo apenas um número muito reduzido de
agricultores se tiverem áreas mínimas de produção para apresentar
candidaturas". O alerta lançado, ontem, no Museu D.Diogo de Sousa, por
Mota Alves, presidente da ATHACA, Associação de Desenvolvimento das
Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, num seminário sobre a PAC
(Política Agrícola Comum) para o período 2014-2010 dirigido aos
agricultores da região.
Mota Alves diz que "o Minho está muito longe de poder chegar a estes
números que estão a ser discutidos pelos responsáveis do Ministério da
Agricultura em relação ao próximo quadro comunitário de apoio, que tem
que estar fechado em Portugal até finais de Fevereiro".
Segundo o responsável da associação ATHACA, não resta muito tempo aos
agricultores para sensibilizar a Ministra da Agricultura, Assunção
Cristas, no sentido de a alertar para a realidade da região D'Entre
Douro e Minho que é muito diferente de Trás-os-Montes, de parte das
Beiras, da Estremadura, e da parte sul do Ribatejo e do Alentejo, que
ultrapassam largamente as áreas mínimas exigidas. Mota Alves lembra
que o Entre Douro e Minho tem especificidades muito próprias e, por
isso, deve ter um regime de excepção.
Este ciclo de sessões informativas sobre a PAC 2014-2020, que
encerrou, ontem, em Braga, visa informar os homens da terra sobre as
principais alterações da Política Agrícola Comum, bem como a actual
abordagem 'Leader' no plano de desenvolvimento rural, onde a ATHACA
tem uma intervenção directa. E neste capítulo, Mota Alves adianta que
a nível do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) vai haver
menos dinheiro.
"No actual Quadro Comunitário de Apoio temos 10 por cento do FEDER e
prevê-se que só possamos vir a ter 5 por cento, ou seja, há um corte
de 50 por cento em relação ao FEDER". O responsável pela associação
espera que esta redução seja atenuada por uma gestão de plurifundo com
a possibilidade de poder gerir três fundos: FEDER, FEADER (Fundo
Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) e Fundo Social Europeu,
podendo, deste modo satisfazer o volume de candidaturas aprovadas que
ultrapassa uma centena, com um valor de investimento superior a 15
milhões de euros. O próximo passo será a aprovação formal pelos 28 do
pacote legislativo que contém a novas regras da PAC, aplicáveis de
2014 a 2020 e que garante verbas na ordem dos oito mil milhões de
euros a Portugal.
As quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC aprovadas pelo
Parlamento Europeu são relativas aos pagamentos directos aos
agricultores, à organização comum dos mercados, ao desenvolvimento
rural e a um regulamento horizontal sobre o financiamento, a gestão e
o acompanhamento da PAC.
O eurodeputado socialista Capoulas Santos, relator de duas das
propostas destacou entre os aspectos mais positivos para Portugal, que
perde cerca de 500 milhões de euros com a nova PAC, o aumento do
pagamento médio por hectare, a inclusão de sectores como o viticultura
nas ajudas directas, o aumento dos apoios para novos e jovens
agricultores ou o financiamento de novas infraestruturas de regadio
até 2020.
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=74666
2013-12-11
Isabel Vilhena
"Se não houver um regime de excepção para o Entre Douro e Minho nós
vamos limitar demasiado, abrangendo apenas um número muito reduzido de
agricultores se tiverem áreas mínimas de produção para apresentar
candidaturas". O alerta lançado, ontem, no Museu D.Diogo de Sousa, por
Mota Alves, presidente da ATHACA, Associação de Desenvolvimento das
Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, num seminário sobre a PAC
(Política Agrícola Comum) para o período 2014-2010 dirigido aos
agricultores da região.
Mota Alves diz que "o Minho está muito longe de poder chegar a estes
números que estão a ser discutidos pelos responsáveis do Ministério da
Agricultura em relação ao próximo quadro comunitário de apoio, que tem
que estar fechado em Portugal até finais de Fevereiro".
Segundo o responsável da associação ATHACA, não resta muito tempo aos
agricultores para sensibilizar a Ministra da Agricultura, Assunção
Cristas, no sentido de a alertar para a realidade da região D'Entre
Douro e Minho que é muito diferente de Trás-os-Montes, de parte das
Beiras, da Estremadura, e da parte sul do Ribatejo e do Alentejo, que
ultrapassam largamente as áreas mínimas exigidas. Mota Alves lembra
que o Entre Douro e Minho tem especificidades muito próprias e, por
isso, deve ter um regime de excepção.
Este ciclo de sessões informativas sobre a PAC 2014-2020, que
encerrou, ontem, em Braga, visa informar os homens da terra sobre as
principais alterações da Política Agrícola Comum, bem como a actual
abordagem 'Leader' no plano de desenvolvimento rural, onde a ATHACA
tem uma intervenção directa. E neste capítulo, Mota Alves adianta que
a nível do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) vai haver
menos dinheiro.
"No actual Quadro Comunitário de Apoio temos 10 por cento do FEDER e
prevê-se que só possamos vir a ter 5 por cento, ou seja, há um corte
de 50 por cento em relação ao FEDER". O responsável pela associação
espera que esta redução seja atenuada por uma gestão de plurifundo com
a possibilidade de poder gerir três fundos: FEDER, FEADER (Fundo
Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) e Fundo Social Europeu,
podendo, deste modo satisfazer o volume de candidaturas aprovadas que
ultrapassa uma centena, com um valor de investimento superior a 15
milhões de euros. O próximo passo será a aprovação formal pelos 28 do
pacote legislativo que contém a novas regras da PAC, aplicáveis de
2014 a 2020 e que garante verbas na ordem dos oito mil milhões de
euros a Portugal.
As quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC aprovadas pelo
Parlamento Europeu são relativas aos pagamentos directos aos
agricultores, à organização comum dos mercados, ao desenvolvimento
rural e a um regulamento horizontal sobre o financiamento, a gestão e
o acompanhamento da PAC.
O eurodeputado socialista Capoulas Santos, relator de duas das
propostas destacou entre os aspectos mais positivos para Portugal, que
perde cerca de 500 milhões de euros com a nova PAC, o aumento do
pagamento médio por hectare, a inclusão de sectores como o viticultura
nas ajudas directas, o aumento dos apoios para novos e jovens
agricultores ou o financiamento de novas infraestruturas de regadio
até 2020.
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=74666
Perspectivas Agricultura tem capacidade para crescer na Região Centro
O presidente do Conselho Empresarial do Centro (CEC), José Couto,
disse hoje que a agricultura da região "tem capacidade para crescer" e
modernizar-se.
PAÍS
Lusa
15:44 - 11 de Dezembro de 2013 | Por Lusa
O sector agropecuário da Região Centro tem atualmente condições para
"introduzir inovação e melhorar o seu valor acrescentado", declarou
José Couto à agência Lusa.
Leia também:
A actividade com o melhor salário mensal é a agricultura
PAC assegura actual dinamismo da agricultura, diz Governo
Número "elevado" de jovens na agricultura preocupa Portalegre
PUB
O presidente do CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro falava
no final da sessão de balanço do projeto in_Agri - Rede de Oficinas de
Inovação para o setor agroindustrial, o qual obteve "excelentes
resultados" e apresenta "perspetivas para o futuro", após dois anos e
meio de execução, segundo uma nota da organização.
"O facto de terem de pensar num plano de negócios mostrou-se muito
importante para algumas empresas", disse.
Algumas ações de formação do projeto in_Agri permitiram "perceber que
muitos empresários da agroindústria não têm conhecimento dos mercados
externos e dos processos ligados à exportação", enfatizou José Couto.
Na sua opinião, é necessário que os agricultores "pensem como
empresários", pois isso "traz-lhes vantagens".
"Este projeto também mostrou que há processos de organização que são
muito importantes", sublinhou o presidente do CEC.
Retomando o essencial das suas afirmações no encerramento da sessão,
José Alberto Ferreira, vice-presidente da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), assegurou à Lusa que
"dinheiro não vai faltar", entre 2014 e 2020, para "criar emprego e
riqueza para a região", incluindo no setor primário.
"Haja projetos, que o dinheiro vai existir, com certeza", referiu.
O investigador Henrique Pires dos Santos, responsável do in_Agris, fez
um balanço "extremamente positivo" do projeto, que envolve ainda as
escolas superiores agrárias de Coimbra e Castelo Branco, o Instituto
Pedro Nunes da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos de
Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS), comum a estas duas
instituições.
http://www.noticiasaominuto.com/pais/144520/agricultura-tem-capacidade-para-crescer-na-regiao-centro
disse hoje que a agricultura da região "tem capacidade para crescer" e
modernizar-se.
PAÍS
Lusa
15:44 - 11 de Dezembro de 2013 | Por Lusa
O sector agropecuário da Região Centro tem atualmente condições para
"introduzir inovação e melhorar o seu valor acrescentado", declarou
José Couto à agência Lusa.
Leia também:
A actividade com o melhor salário mensal é a agricultura
PAC assegura actual dinamismo da agricultura, diz Governo
Número "elevado" de jovens na agricultura preocupa Portalegre
PUB
O presidente do CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro falava
no final da sessão de balanço do projeto in_Agri - Rede de Oficinas de
Inovação para o setor agroindustrial, o qual obteve "excelentes
resultados" e apresenta "perspetivas para o futuro", após dois anos e
meio de execução, segundo uma nota da organização.
"O facto de terem de pensar num plano de negócios mostrou-se muito
importante para algumas empresas", disse.
Algumas ações de formação do projeto in_Agri permitiram "perceber que
muitos empresários da agroindústria não têm conhecimento dos mercados
externos e dos processos ligados à exportação", enfatizou José Couto.
Na sua opinião, é necessário que os agricultores "pensem como
empresários", pois isso "traz-lhes vantagens".
"Este projeto também mostrou que há processos de organização que são
muito importantes", sublinhou o presidente do CEC.
Retomando o essencial das suas afirmações no encerramento da sessão,
José Alberto Ferreira, vice-presidente da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), assegurou à Lusa que
"dinheiro não vai faltar", entre 2014 e 2020, para "criar emprego e
riqueza para a região", incluindo no setor primário.
"Haja projetos, que o dinheiro vai existir, com certeza", referiu.
O investigador Henrique Pires dos Santos, responsável do in_Agris, fez
um balanço "extremamente positivo" do projeto, que envolve ainda as
escolas superiores agrárias de Coimbra e Castelo Branco, o Instituto
Pedro Nunes da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos de
Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS), comum a estas duas
instituições.
http://www.noticiasaominuto.com/pais/144520/agricultura-tem-capacidade-para-crescer-na-regiao-centro
LPN conquistou 2º lugar dos Prémios CAP Communication Awards 2013
Rádio Pax - 12/12/2013 - 00:05
O projecto "Disseminação de boas práticas para a biodiversidade na
aplicação de compromissos agroambientais" conquistou o 2º lugar dos
Prémios "CAP Communication Awards 2013", na categoria "Communication
to Stakeholders"
(Comunicação com as Partes Interessadas), da Comissão Europeia
(Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural). O projecto
foi desenvolvido pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) em
parceria com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
A "Disseminação de boas práticas para a biodiversidade na aplicação de
compromissos agroambientais", tornou possível o diálogo e a troca de
conhecimentos entre os agricultores, bem como o aumento da sua
percepção sobre a importância das actividades agrícolas sobre a
conservação da biodiversidade", refere a LPN.
No âmbito deste projecto, entre outras actividades, foram realizados
workshops em cinco concelhos de Portugal, entre os quais Castro Verde,
tendo como objectivo a avaliação e a percepção das medidas
agroambientais e uma melhor compreensão das suas limitações.
Rita Alcazar, Coordenadora do Centro de Educação Ambiental do Vale
Gonçalinho - LPN Castro Verde, refere que este prémio vem reconhecer a
comunicação entre a LPN e os agricultores sobre a Política Agrícola
Comum e as medidas agroambientais.
http://www.radiopax.com/index.php?go=noticias&id=2636
O projecto "Disseminação de boas práticas para a biodiversidade na
aplicação de compromissos agroambientais" conquistou o 2º lugar dos
Prémios "CAP Communication Awards 2013", na categoria "Communication
to Stakeholders"
(Comunicação com as Partes Interessadas), da Comissão Europeia
(Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural). O projecto
foi desenvolvido pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) em
parceria com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
A "Disseminação de boas práticas para a biodiversidade na aplicação de
compromissos agroambientais", tornou possível o diálogo e a troca de
conhecimentos entre os agricultores, bem como o aumento da sua
percepção sobre a importância das actividades agrícolas sobre a
conservação da biodiversidade", refere a LPN.
No âmbito deste projecto, entre outras actividades, foram realizados
workshops em cinco concelhos de Portugal, entre os quais Castro Verde,
tendo como objectivo a avaliação e a percepção das medidas
agroambientais e uma melhor compreensão das suas limitações.
Rita Alcazar, Coordenadora do Centro de Educação Ambiental do Vale
Gonçalinho - LPN Castro Verde, refere que este prémio vem reconhecer a
comunicação entre a LPN e os agricultores sobre a Política Agrícola
Comum e as medidas agroambientais.
http://www.radiopax.com/index.php?go=noticias&id=2636
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Criada nova associação de produtores de pequenos frutos
por Ana Rita Costa10 de Dezembro - 2013
A Bfruit é a nova associação de produtores de pequenos frutos que será
lançada no próximo dia 13 de dezembro.
De acordo com a associação agora criada, em Portugal já existem cerca
de 19 hectares de amora, 234 hectares de framboesa, 32 hectares de
groselha, 211 hectares de mirtilo e a tendência é para que estas áreas
aumentem.
A Bfruit refere em comunicado que nasceu da necessidade de agrupar e
auxiliar os produtores a produzir com qualidade e em concentrar a
produção para exportarem com competitividade. A nova associação já tem
contratos de comercialização com operadores estrangeiros para
valorizar pelo menos 30% da produção nacional potencial.
A associação coloca ao dispor dos seus sócios um grupo de técnicos com
conhecimentos específicos em pequenos frutos, que lhes darão
assistência à sua exploração agrícola e delinearão a ordem de
trabalhos mensal para as operações culturais. Os associados da Bfruit
têm ainda garantida a comercialização dos seus frutos a preço do
mercado.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7785&bl=1
A Bfruit é a nova associação de produtores de pequenos frutos que será
lançada no próximo dia 13 de dezembro.
De acordo com a associação agora criada, em Portugal já existem cerca
de 19 hectares de amora, 234 hectares de framboesa, 32 hectares de
groselha, 211 hectares de mirtilo e a tendência é para que estas áreas
aumentem.
A Bfruit refere em comunicado que nasceu da necessidade de agrupar e
auxiliar os produtores a produzir com qualidade e em concentrar a
produção para exportarem com competitividade. A nova associação já tem
contratos de comercialização com operadores estrangeiros para
valorizar pelo menos 30% da produção nacional potencial.
A associação coloca ao dispor dos seus sócios um grupo de técnicos com
conhecimentos específicos em pequenos frutos, que lhes darão
assistência à sua exploração agrícola e delinearão a ordem de
trabalhos mensal para as operações culturais. Os associados da Bfruit
têm ainda garantida a comercialização dos seus frutos a preço do
mercado.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7785&bl=1
Fórum Agro Alimentar Selection Argélia 2013 termina com assinatura de protocolo de 150 milhões
por Ana Rita Costa10 de Dezembro - 2013
A Fundação AIP organizou a participação portuguesa no Fórum Agro
Alimentar Selection Argélia 2013 que terminou com a assinatura de um
protocolo para a construção de três matadouros industriais pelo Grupo
Seabra, no valor de 150 milhões de euros.
De acordo com a Fundação AIP, "a participação portuguesa no Fórum Agro
Alimentar Selection Argélia 2013 teve um balanço extremamente
positivo, com mais de 80 reuniões bilaterais entre empresas nacionais
e argelinas, a formalização de alguns investimentos e a assinatura de
um protocolo de cooperação entre a Confédération Algérienne du
Patronat (CAP) e a Fundação AIP, com vista à promoção das relações
entre empresários Portugueses e Argelinos."
O protocolo assinado pelo Grupo Seabra na Argélia compreende a
construção de três matadouros industriais chave-na-mão. A carteira de
obras do Grupo na Argélia ascende a mais de 200 milhões de euros e
dura há já três anos.
Também a empresa SousaCamp, em parceria com o Grupo Cevital, firmaram
uma parceria ao abrigo da qual irão criar uma unidade de produção de
cogumelos. A unidade deverá produzir 5000 toneladas no primeiro ano e
atingir as 25 000 toneladas de cogumelos em cinco anos. Na fase
inicial da exploração serão criados 150 postos de trabalho, que
poderão atingir os 700 em cinco anos.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7780&bl=1
A Fundação AIP organizou a participação portuguesa no Fórum Agro
Alimentar Selection Argélia 2013 que terminou com a assinatura de um
protocolo para a construção de três matadouros industriais pelo Grupo
Seabra, no valor de 150 milhões de euros.
De acordo com a Fundação AIP, "a participação portuguesa no Fórum Agro
Alimentar Selection Argélia 2013 teve um balanço extremamente
positivo, com mais de 80 reuniões bilaterais entre empresas nacionais
e argelinas, a formalização de alguns investimentos e a assinatura de
um protocolo de cooperação entre a Confédération Algérienne du
Patronat (CAP) e a Fundação AIP, com vista à promoção das relações
entre empresários Portugueses e Argelinos."
O protocolo assinado pelo Grupo Seabra na Argélia compreende a
construção de três matadouros industriais chave-na-mão. A carteira de
obras do Grupo na Argélia ascende a mais de 200 milhões de euros e
dura há já três anos.
Também a empresa SousaCamp, em parceria com o Grupo Cevital, firmaram
uma parceria ao abrigo da qual irão criar uma unidade de produção de
cogumelos. A unidade deverá produzir 5000 toneladas no primeiro ano e
atingir as 25 000 toneladas de cogumelos em cinco anos. Na fase
inicial da exploração serão criados 150 postos de trabalho, que
poderão atingir os 700 em cinco anos.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7780&bl=1
Previsões apontam para aumento da produção mundial de cereais em 2013
por Ana Rita Costa10 de Dezembro - 2013
A produção mundial de cereais vai atingir um novo recorde de cerca de
2500 milhões de toneladas em 2013. De acordo com as estimativas da
FAO, este valor supõe um aumento da produção de cereais de cerca de
8,4% em relação ao ano passado e de 6% em relação a 2011.
Estas previsões de aumento da produção mundial de cereais devem-se
sobretudo ao aumento das produções dos Estados Unidos da América, da
Rússia e da Ucrânia. O aumento global da produção de cereais deve-se
também a um aumento de 7,8% no trigo, de 12% nos cereais secundários e
de 1% no arroz.
Prevê-se ainda que as reservas mundiais de cereais aumentem até aos
572 milhões de toneladas no fim das campanhas agrícolas de 2014, o que
supõe um crescimento de 13,4%.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7783&bl=1
A produção mundial de cereais vai atingir um novo recorde de cerca de
2500 milhões de toneladas em 2013. De acordo com as estimativas da
FAO, este valor supõe um aumento da produção de cereais de cerca de
8,4% em relação ao ano passado e de 6% em relação a 2011.
Estas previsões de aumento da produção mundial de cereais devem-se
sobretudo ao aumento das produções dos Estados Unidos da América, da
Rússia e da Ucrânia. O aumento global da produção de cereais deve-se
também a um aumento de 7,8% no trigo, de 12% nos cereais secundários e
de 1% no arroz.
Prevê-se ainda que as reservas mundiais de cereais aumentem até aos
572 milhões de toneladas no fim das campanhas agrícolas de 2014, o que
supõe um crescimento de 13,4%.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7783&bl=1
Seminário “Cooperação LEADER – Balanço e Perspetivas de Futuro”
por Ana Rita Costa10 de Dezembro - 2013
Vai realizar-se no próximo dia 11 de dezembro, no Hotel Eurosol, em
Alcanena, o Seminário "Cooperação LEADER – Balanço e Perspetivas de
Futuro".
Refletir e debater sobre as perspetivas a longo prazo relativamente à
cooperação interterritorial e transnacional LEADER, no período de
programação 2014-2020, é o objetivo principal deste seminário
organizado pela Rede Rural Nacional em colaboração com a Minha Terra -
Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.
Os desafios enfrentados pelas zonas rurais, o desenvolvimento
sustentável, a competitividade da agricultura e da silvicultura, do
ambiente e da paisagem, da qualidade de vida nas zonas rurais bem como
a diversificação da atividade económica vão ser alguns dos temas em
debate neste evento.
Para mais informações sobre este seminário contacte a Rede Rural
Nacional para 218442391.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7786&bl=1
Vai realizar-se no próximo dia 11 de dezembro, no Hotel Eurosol, em
Alcanena, o Seminário "Cooperação LEADER – Balanço e Perspetivas de
Futuro".
Refletir e debater sobre as perspetivas a longo prazo relativamente à
cooperação interterritorial e transnacional LEADER, no período de
programação 2014-2020, é o objetivo principal deste seminário
organizado pela Rede Rural Nacional em colaboração com a Minha Terra -
Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.
Os desafios enfrentados pelas zonas rurais, o desenvolvimento
sustentável, a competitividade da agricultura e da silvicultura, do
ambiente e da paisagem, da qualidade de vida nas zonas rurais bem como
a diversificação da atividade económica vão ser alguns dos temas em
debate neste evento.
Para mais informações sobre este seminário contacte a Rede Rural
Nacional para 218442391.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7786&bl=1
Brasil bate recorde de produção de máquinas agrícolas
O Brasil atingiu números recorde no que respeita à produção de
máquinas agrícolas, mostrando a pujança do agronegócio na actual
economia do país.
Com efeito, até Novembro tinham sido fabricados 94 mil equipamentos
agrícolas, 20,7% a mais do que os produzidos nas fábricas brasileiras
em 2012, evolução que acompanha o crescimento da indústria automóvel.
Neste caso, e mesmo antes de o ano terminar, os fabricantes
brasileiros já tinham ultrapassado a marca de 3,1 milhões de veículos
registada em 2012, o que representava, já no final do mês passado, um
aumento de produção de 11,8%, atingindo a marca histórica de três
milhões e meio de veículos fabricados, o maior número da história da
indústria automóvel brasileira até agora.
Não foi apenas o mercado interno que impulsionou esse aumento
produtivo, as exportações tiveram um acréscimo ainda mais
significativo em 2013, situação que especialistas esperam não se
repita em 2014.
Fonte: Correio da Manhã
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/10e.htm
máquinas agrícolas, mostrando a pujança do agronegócio na actual
economia do país.
Com efeito, até Novembro tinham sido fabricados 94 mil equipamentos
agrícolas, 20,7% a mais do que os produzidos nas fábricas brasileiras
em 2012, evolução que acompanha o crescimento da indústria automóvel.
Neste caso, e mesmo antes de o ano terminar, os fabricantes
brasileiros já tinham ultrapassado a marca de 3,1 milhões de veículos
registada em 2012, o que representava, já no final do mês passado, um
aumento de produção de 11,8%, atingindo a marca histórica de três
milhões e meio de veículos fabricados, o maior número da história da
indústria automóvel brasileira até agora.
Não foi apenas o mercado interno que impulsionou esse aumento
produtivo, as exportações tiveram um acréscimo ainda mais
significativo em 2013, situação que especialistas esperam não se
repita em 2014.
Fonte: Correio da Manhã
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/10e.htm
Seminário apresenta soluções para a valorização sustentável da biomassa florestal
Balanço final do Seminário
Mais de 100 participantes debateram soluções para a resolução de
constrangimentos ligados à utilização de biomassa florestal, no
Seminário "Necessidades Energéticas Locais e Recursos da Floresta",
ocorrido no dia 05 de Dezembro de 2013.
A Euro-região Galiza e norte de Portugal constitui um espaço de
cooperação para o desenvolvimento de iniciativas comuns para o
desenvolvimento das energias renováveis.
Em conjunto, os participantes deste seminário transnacional,
concluíram que para o desenvolvimento de uma cadeia de valor ligada à
utilização sustentável de biomassa florestal será necessário informar
os cidadãos e os decisores políticos, nomeadamente os municípios,
sobre as vantagens da aplicação deste recurso, para que acolham esta
ideia e a vejam não só como uma forma de diminuição da factura
energética, mas também como uma oportunidade de criar valor nos seus
territórios e diminuir o risco de incêndio.
O estabelecimento e divulgação de exemplos concretos que sirvam de
modelo a ser replicado noutros locais, ligados a projectos de I&D para
dar resposta às necessidades locais, tanto ao nível de equipamentos
como ao nível da gestão e logística florestal foi um aspecto
identificado como prioritário.
A nível financeiro, será necessário promover a divulgação das medidas
de apoio existentes e criar novas, com financiamento suficiente para
dar resposta às necessidades crescentes como as apresentadas, por
exemplo, pelos municípios para que possam converter os seus
equipamentos, utilizando a biomassa florestal local.
Deve ser dada especial atenção à melhoria da gestão florestal em
espaços com apetência para a produção de biomassa florestal, como os
baldios e Zonas de Intervenção Florestal onde os proprietários
florestais já estão organizados, devendo estes ser o motor desta
actividade.
Concluiu-se igualmente a importância dos proprietários florestais e
dos agentes económicos manterem um diálogo construtivo e
organizarem-se no sentido de dar resposta positiva e objectiva aos
consumidores industriais, institucionais e domésticos, para que estes
tenham um maior interesse neste tipo de soluções.
Fonte: Forestis
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/10c.htm
Mais de 100 participantes debateram soluções para a resolução de
constrangimentos ligados à utilização de biomassa florestal, no
Seminário "Necessidades Energéticas Locais e Recursos da Floresta",
ocorrido no dia 05 de Dezembro de 2013.
A Euro-região Galiza e norte de Portugal constitui um espaço de
cooperação para o desenvolvimento de iniciativas comuns para o
desenvolvimento das energias renováveis.
Em conjunto, os participantes deste seminário transnacional,
concluíram que para o desenvolvimento de uma cadeia de valor ligada à
utilização sustentável de biomassa florestal será necessário informar
os cidadãos e os decisores políticos, nomeadamente os municípios,
sobre as vantagens da aplicação deste recurso, para que acolham esta
ideia e a vejam não só como uma forma de diminuição da factura
energética, mas também como uma oportunidade de criar valor nos seus
territórios e diminuir o risco de incêndio.
O estabelecimento e divulgação de exemplos concretos que sirvam de
modelo a ser replicado noutros locais, ligados a projectos de I&D para
dar resposta às necessidades locais, tanto ao nível de equipamentos
como ao nível da gestão e logística florestal foi um aspecto
identificado como prioritário.
A nível financeiro, será necessário promover a divulgação das medidas
de apoio existentes e criar novas, com financiamento suficiente para
dar resposta às necessidades crescentes como as apresentadas, por
exemplo, pelos municípios para que possam converter os seus
equipamentos, utilizando a biomassa florestal local.
Deve ser dada especial atenção à melhoria da gestão florestal em
espaços com apetência para a produção de biomassa florestal, como os
baldios e Zonas de Intervenção Florestal onde os proprietários
florestais já estão organizados, devendo estes ser o motor desta
actividade.
Concluiu-se igualmente a importância dos proprietários florestais e
dos agentes económicos manterem um diálogo construtivo e
organizarem-se no sentido de dar resposta positiva e objectiva aos
consumidores industriais, institucionais e domésticos, para que estes
tenham um maior interesse neste tipo de soluções.
Fonte: Forestis
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/10c.htm
Empresa integrada na Escola Agrária de Coimbra produz medronheiros por clonagem
09-12-2013
A Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) está a desenvolver dois
projectos de investigação sobre medronheiros, um dos quais com duas
ex-alunas que criaram uma empresa para produzir as plantas através de
clonagem.
«Existe uma procura grande de plantas melhoradas. Havia necessidade de
dar resposta e nós, como escola, não tínhamos essa capacidade», afirma
à agência Lusa Filomena Gomes, docente e investigadora da ESAC.
Durante o estágio curricular com a professora Filomena Gomes, Patrícia
Figueiredo e a sua colega Rita decidiram criar a empresa Green Clone,
tendo apresentado para o efeito uma candidatura ao Programa de
Desenvolvimento Rural (ProDer), para jovens agricultores.
A direção da ESAC concordou que a empresa das antigas alunas ficasse
em incubação na escola, onde produzem milhares de medronheiros pelo
método de clonagem de espécies silvestres, seleccionadas com a
colaboração de agricultores, tendo em conta a qualidade e a quantidade
dos frutos produzidos.
Segundo Filomena Gomes, «a escola tem vários grupos a trabalhar em
cada uma das áreas»: produção das árvores minúsculas em laboratório,
plantação, adubagem, poda, eventual rega, colheita dos frutos,
embalamento e comercialização para consumo em fresco, transformação em
aguardente e doces sem adição de açúcar, entre outras.
A edição de um «manual de boas práticas» para o fabrico de aguardente,
em colaboração a Universidade do Algarve, é outro dos objectivos dos
projectos em curso na ESAC. «A grande utilização do medronho penso que
será sempre a aguardente, mas tem outras utilizações, se produzirmos
frutos maiores», preconiza a docente Cristina Franco.
Esta especialista em fruticultura salienta que o medronho «pode ser
consumido paralelamente com o morango», com a vantagem de ser colhido
no Inverno, quando aquele é vendido «a preços proibitivos». «O nosso
primeiro cliente quis 10 mil medronheiros», revela à Lusa Patrícia
Figueiredo, da Green Clone.
A empresa tem recebido encomendas de todo o país, com destaque para o
Centro, tendo alguns compradores «projecto aprovado para a produção do
fruto em fresco», adianta a jovem empresária.
«Devidamente conhecido, o medronho pode também ser uma solução para os
nossos territórios de baixa densidade demográfica», corrobora o
biólogo Carlos Fonseca, que está a preparar várias parcelas, no
concelho de Penacova, para plantar medronheiros.
Este docente da Universidade de Aveiro participa em estudos sobre a
cultura desta espécie arbustiva e o aproveitamento dos frutos, no
âmbito de quatro projectos envolvendo também investigadores da ESAC e
da Universidade de Coimbra.
Nos 10 hectares de terreno que possui na zona de São Pedro de Alva,
vai desenvolver o seu empreendimento «em duas vertentes: uma mais
compatível com a biodiversidade local, fazendo uma intervenção mínima,
e outra com máquinas», tendo em vista a plantação de pomares de
medronhos.
«É importante demonstrar às populações que é possível ter rendimento
das terras, a partir de espécies da nossa flora, e não termos de
recorrer todos a espécies exóticas como o eucalipto», defende o
biólogo.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48180.aspx
A Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) está a desenvolver dois
projectos de investigação sobre medronheiros, um dos quais com duas
ex-alunas que criaram uma empresa para produzir as plantas através de
clonagem.
«Existe uma procura grande de plantas melhoradas. Havia necessidade de
dar resposta e nós, como escola, não tínhamos essa capacidade», afirma
à agência Lusa Filomena Gomes, docente e investigadora da ESAC.
Durante o estágio curricular com a professora Filomena Gomes, Patrícia
Figueiredo e a sua colega Rita decidiram criar a empresa Green Clone,
tendo apresentado para o efeito uma candidatura ao Programa de
Desenvolvimento Rural (ProDer), para jovens agricultores.
A direção da ESAC concordou que a empresa das antigas alunas ficasse
em incubação na escola, onde produzem milhares de medronheiros pelo
método de clonagem de espécies silvestres, seleccionadas com a
colaboração de agricultores, tendo em conta a qualidade e a quantidade
dos frutos produzidos.
Segundo Filomena Gomes, «a escola tem vários grupos a trabalhar em
cada uma das áreas»: produção das árvores minúsculas em laboratório,
plantação, adubagem, poda, eventual rega, colheita dos frutos,
embalamento e comercialização para consumo em fresco, transformação em
aguardente e doces sem adição de açúcar, entre outras.
A edição de um «manual de boas práticas» para o fabrico de aguardente,
em colaboração a Universidade do Algarve, é outro dos objectivos dos
projectos em curso na ESAC. «A grande utilização do medronho penso que
será sempre a aguardente, mas tem outras utilizações, se produzirmos
frutos maiores», preconiza a docente Cristina Franco.
Esta especialista em fruticultura salienta que o medronho «pode ser
consumido paralelamente com o morango», com a vantagem de ser colhido
no Inverno, quando aquele é vendido «a preços proibitivos». «O nosso
primeiro cliente quis 10 mil medronheiros», revela à Lusa Patrícia
Figueiredo, da Green Clone.
A empresa tem recebido encomendas de todo o país, com destaque para o
Centro, tendo alguns compradores «projecto aprovado para a produção do
fruto em fresco», adianta a jovem empresária.
«Devidamente conhecido, o medronho pode também ser uma solução para os
nossos territórios de baixa densidade demográfica», corrobora o
biólogo Carlos Fonseca, que está a preparar várias parcelas, no
concelho de Penacova, para plantar medronheiros.
Este docente da Universidade de Aveiro participa em estudos sobre a
cultura desta espécie arbustiva e o aproveitamento dos frutos, no
âmbito de quatro projectos envolvendo também investigadores da ESAC e
da Universidade de Coimbra.
Nos 10 hectares de terreno que possui na zona de São Pedro de Alva,
vai desenvolver o seu empreendimento «em duas vertentes: uma mais
compatível com a biodiversidade local, fazendo uma intervenção mínima,
e outra com máquinas», tendo em vista a plantação de pomares de
medronhos.
«É importante demonstrar às populações que é possível ter rendimento
das terras, a partir de espécies da nossa flora, e não termos de
recorrer todos a espécies exóticas como o eucalipto», defende o
biólogo.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48180.aspx
Banco de sementes para futuras gerações
BIODIVERSIDADE
Áudio Banco de sementes com mais de duas mil variedades
Associação percorre o país à procura das sementes tradicionais para
travar a perda da biodiversidade agrícola. Banco de sementes conta com
mais de duas mil variedades em vias de extinção.
09-12-2013 9:02 por Olímpia Mairos
A Associação Colher para Semear (ACPS) está a proceder a um
levantamento das mais diversas variedades de sementes, no sentido de
evitar a perda da biodiversidade agrícola em Portugal e a nível
mundial.
"Gostaríamos que as espécies de sementes tradicionais de cada região
pudessem voltar a ser comercializadas, em detrimento de espécies
híbridas que estão a circular no mercado", explica à Renascença Graça
Ribeiro, dirigente da ACPS.
Portugal é um país "rico" do ponto de vista da biodiversidade, mas
"muitas das espécies de sementes estão em vias de extinção e a cada
ano que passa muito deste património agrícola se perde", acrescenta a
responsável.
Os especialistas consideram que basta parar o cultivo de espécies
agrícolas autóctones durante quatro ou cinco anos, para se perder a
sua semente e a referência de produtos agrícolas de "excelente
qualidade alimentar".
Para precaver "a escassez deste património" que assenta na
biodiversidade agrícola de cada região, a associação tem percorrido
diversas zonas do país na recolha e catalogação de sementes em vias de
extinção. Este ano, esse trabalho está concentrado no concelho de
Vimioso, numa acção em parceria com a Associação ALDEIA.
Como exemplo de recuperação das espécies de sementes, Graça Ribeiro
salienta a cultura do chícharo, uma leguminosa que estava em vias de
extinção. "Estava associada à pobreza e agora está em franca
recuperação, dado o seu potencial alimentar", realça.
A Associação Colher para Semear tem criado um banco de sementes que
conta com mais de 2.000 variedades, oriundas de diversas regiões do
país, e elabora anualmente um catálogo para distribuir aos mais de 500
associados.
"Deste catálogo, os nossos associados escolhem um certo número de
variedades para cultivo e depois devolvem à associação parte das
colheitas das sementes, para que sejam guardadas para futuras
gerações", realça Graça Ribeiro.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=132047
Áudio Banco de sementes com mais de duas mil variedades
Associação percorre o país à procura das sementes tradicionais para
travar a perda da biodiversidade agrícola. Banco de sementes conta com
mais de duas mil variedades em vias de extinção.
09-12-2013 9:02 por Olímpia Mairos
A Associação Colher para Semear (ACPS) está a proceder a um
levantamento das mais diversas variedades de sementes, no sentido de
evitar a perda da biodiversidade agrícola em Portugal e a nível
mundial.
"Gostaríamos que as espécies de sementes tradicionais de cada região
pudessem voltar a ser comercializadas, em detrimento de espécies
híbridas que estão a circular no mercado", explica à Renascença Graça
Ribeiro, dirigente da ACPS.
Portugal é um país "rico" do ponto de vista da biodiversidade, mas
"muitas das espécies de sementes estão em vias de extinção e a cada
ano que passa muito deste património agrícola se perde", acrescenta a
responsável.
Os especialistas consideram que basta parar o cultivo de espécies
agrícolas autóctones durante quatro ou cinco anos, para se perder a
sua semente e a referência de produtos agrícolas de "excelente
qualidade alimentar".
Para precaver "a escassez deste património" que assenta na
biodiversidade agrícola de cada região, a associação tem percorrido
diversas zonas do país na recolha e catalogação de sementes em vias de
extinção. Este ano, esse trabalho está concentrado no concelho de
Vimioso, numa acção em parceria com a Associação ALDEIA.
Como exemplo de recuperação das espécies de sementes, Graça Ribeiro
salienta a cultura do chícharo, uma leguminosa que estava em vias de
extinção. "Estava associada à pobreza e agora está em franca
recuperação, dado o seu potencial alimentar", realça.
A Associação Colher para Semear tem criado um banco de sementes que
conta com mais de 2.000 variedades, oriundas de diversas regiões do
país, e elabora anualmente um catálogo para distribuir aos mais de 500
associados.
"Deste catálogo, os nossos associados escolhem um certo número de
variedades para cultivo e depois devolvem à associação parte das
colheitas das sementes, para que sejam guardadas para futuras
gerações", realça Graça Ribeiro.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=132047
A invasão que aí vem
MIGUEL ESTEVES CARDOSO
19/05/2013 - 00:00
No PÚBLICO.pt de ontem dá-se conta de uma reportagem da LUSA sobre o
protesto dos pequenos produtores da aldeia transmontana de Duas
Igrejas contra a nova lei das sementes que está quase a ser aprovada
pelo Parlamento Europeu.
Falam por todas as sementes, todas as hortas, todos os agricultores e,
sobretudo, pela economia e cultura portuguesas. A lei das sementes -
que proíbe, regulamentando, a milenária troca de sementes entre
produtores - é pior do que uma invasão francesa de Napoleão.
É uma invasão fascista que quer queimar a terra para preparar a
incursão das agro-corporações multinacionais (como a gigantesca e
sinistra Monsanto) que virão patentear as sementes que são nossas há
que séculos, obrigando-nos depois a pagar-lhes direitos de autor, só
por serem legalisticamente mais espertos. Pense-se em cada semente
como uma palavra da língua portuguesa. Na nova lei colonialista das
sementes é como obrigar os portugueses a sofrer a chatice e a despesa
de registar tudo o que dizem, burocratizando cada conversa.
Atenção: é o pior ataque à nossa cultura e economia desde que todos
nascemos. Querem empobrecer-nos e tornar-nos ainda mais pobres do que
somos, roubando-nos as nossas poucas riquezas para podermos passar a
ter de comprá-las a empresas multinacionais que se apoderaram delas,
legalmente mas sem qualquer mérito, desculpa ou escrutínio.
Revoltemo-nos. Já. Faltam poucos dias antes de ser ter tarde de mais.
E para sempre. Acorde.
http://www.publico.pt/opiniao/jornal/a-invasao-que-ai-vem-26548080
19/05/2013 - 00:00
No PÚBLICO.pt de ontem dá-se conta de uma reportagem da LUSA sobre o
protesto dos pequenos produtores da aldeia transmontana de Duas
Igrejas contra a nova lei das sementes que está quase a ser aprovada
pelo Parlamento Europeu.
Falam por todas as sementes, todas as hortas, todos os agricultores e,
sobretudo, pela economia e cultura portuguesas. A lei das sementes -
que proíbe, regulamentando, a milenária troca de sementes entre
produtores - é pior do que uma invasão francesa de Napoleão.
É uma invasão fascista que quer queimar a terra para preparar a
incursão das agro-corporações multinacionais (como a gigantesca e
sinistra Monsanto) que virão patentear as sementes que são nossas há
que séculos, obrigando-nos depois a pagar-lhes direitos de autor, só
por serem legalisticamente mais espertos. Pense-se em cada semente
como uma palavra da língua portuguesa. Na nova lei colonialista das
sementes é como obrigar os portugueses a sofrer a chatice e a despesa
de registar tudo o que dizem, burocratizando cada conversa.
Atenção: é o pior ataque à nossa cultura e economia desde que todos
nascemos. Querem empobrecer-nos e tornar-nos ainda mais pobres do que
somos, roubando-nos as nossas poucas riquezas para podermos passar a
ter de comprá-las a empresas multinacionais que se apoderaram delas,
legalmente mas sem qualquer mérito, desculpa ou escrutínio.
Revoltemo-nos. Já. Faltam poucos dias antes de ser ter tarde de mais.
E para sempre. Acorde.
http://www.publico.pt/opiniao/jornal/a-invasao-que-ai-vem-26548080
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Medronho floresce como alternativa económica nas montanhas do Centro
A plantação de medronheiros tem vindo a crescer na região Centro por
iniciativa de produtores que procuram diversificar as aplicações do
fruto, desde o fabrico de aguardente ao consumo do medronho em fresco.
Na Pampilhosa da Serra e em Oleiros, o pequeno fruto vermelho deste
arbusto ("Arbutus unedo") sempre foi colhido para fazer aguardente,
após fermentação de dois a três meses.
O medronheiro integra a vegetação autóctone de várias regiões de
Portugal, como os territórios de baixa densidade demográfica do
Centro.
Nas últimas décadas, o fabrico de aguardente medronheira prosperou,
sobretudo no Algarve. Só que o negócio passa muito pela compra do
fruto ou da massa, após fermentação, a produtores das Beiras que se
limitam a colher o medronho silvestre nas serranias de xisto.
"É uma planta que se dá bem aqui e que à partida oferece grande
rentabilidade económica, desde que seja trabalhada com alguma escala",
afirma à agência Lusa José Martins, que possui 36 hectares de
medronhal, na Pampilhosa.
Tinha sete anos quando deixou a aldeia natal, Signo Samo, acompanhando
os pais e os irmãos para Lisboa, onde ainda trabalha no ramo
imobiliário. Na década passada, decidiu dar nova utilização aos
terrenos da família.
Em 2005, um incêndio destruiu pinhais e eucaliptais na zona, o que
incentivou ainda mais a sua simpatia pelo medronheiro. "Havia
necessidade de ocupar o solo com uma cultura que não necessitasse de
muito trato", recorda.
Vizinhos e família diziam-lhe que, "sem ter grande trabalho", poderia
obter os medronhos a partir das árvores espontâneas. Mas José Martins
prefere "uma plantação organizada e limpa". Criou a empresa Lenda da
Beira para comercializar aguardente e outros "produtos com história",
como o vinho e o azeite.
Através de um projecto de jovem agricultor, apoiado pelo Estado, tem
vindo a aumentar a área de medronhal e já possui 22 mil árvores. A sua
aposta vai ser a exportação. Neste inverno, espera obter 15 toneladas
de massa e 2.500 litros de aguardente.
"Tem de haver capacidade de produção e alguma escala", explica José
Martins, que compra algum medronho a pequenos produtores e sonha
atingir 100 hectares de plantação própria.
Em Janeiro, começará a construir a sua destilaria, um projecto apoiado
pela Câmara da Pampilhosa da Serra.
A venda de frutos frescos, outra das suas apostas, está a ser estudada
pela Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), que tem vários
projectos de investigação neste domínio.
Em Oleiros, Jorge Simões também colabora com a ESAC em diversos ensaios.
Este agricultor está a efectuar a terceira colheita, numa área de 15
hectares de medronheiros, plantados há oito anos, devastada pelo fogo
em 2003.
No ano passado, obteve 30 tinas, com uma capacidade de 120 litros, de
massa, prevendo atingir as 100 unidades nesta safra. Vende toda a
produção a uma destilaria de Seia. Uma cliente de Arganil acaba de lhe
encomendar 200 quilos de medronho para compota.
Em Signo Samo, José Martins é surpreendido por um emigrante que quer
comprar-lhe ramos de medronheiro para arranjos florais. "Temos o ouro
ao pé de casa", afirma o ex-jornalista Jorge Simões, que já teve
também uma suinicultura. Mas agora, aos 72 anos, ele é um assumido
entusiasta do medronho.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/09c.htm
iniciativa de produtores que procuram diversificar as aplicações do
fruto, desde o fabrico de aguardente ao consumo do medronho em fresco.
Na Pampilhosa da Serra e em Oleiros, o pequeno fruto vermelho deste
arbusto ("Arbutus unedo") sempre foi colhido para fazer aguardente,
após fermentação de dois a três meses.
O medronheiro integra a vegetação autóctone de várias regiões de
Portugal, como os territórios de baixa densidade demográfica do
Centro.
Nas últimas décadas, o fabrico de aguardente medronheira prosperou,
sobretudo no Algarve. Só que o negócio passa muito pela compra do
fruto ou da massa, após fermentação, a produtores das Beiras que se
limitam a colher o medronho silvestre nas serranias de xisto.
"É uma planta que se dá bem aqui e que à partida oferece grande
rentabilidade económica, desde que seja trabalhada com alguma escala",
afirma à agência Lusa José Martins, que possui 36 hectares de
medronhal, na Pampilhosa.
Tinha sete anos quando deixou a aldeia natal, Signo Samo, acompanhando
os pais e os irmãos para Lisboa, onde ainda trabalha no ramo
imobiliário. Na década passada, decidiu dar nova utilização aos
terrenos da família.
Em 2005, um incêndio destruiu pinhais e eucaliptais na zona, o que
incentivou ainda mais a sua simpatia pelo medronheiro. "Havia
necessidade de ocupar o solo com uma cultura que não necessitasse de
muito trato", recorda.
Vizinhos e família diziam-lhe que, "sem ter grande trabalho", poderia
obter os medronhos a partir das árvores espontâneas. Mas José Martins
prefere "uma plantação organizada e limpa". Criou a empresa Lenda da
Beira para comercializar aguardente e outros "produtos com história",
como o vinho e o azeite.
Através de um projecto de jovem agricultor, apoiado pelo Estado, tem
vindo a aumentar a área de medronhal e já possui 22 mil árvores. A sua
aposta vai ser a exportação. Neste inverno, espera obter 15 toneladas
de massa e 2.500 litros de aguardente.
"Tem de haver capacidade de produção e alguma escala", explica José
Martins, que compra algum medronho a pequenos produtores e sonha
atingir 100 hectares de plantação própria.
Em Janeiro, começará a construir a sua destilaria, um projecto apoiado
pela Câmara da Pampilhosa da Serra.
A venda de frutos frescos, outra das suas apostas, está a ser estudada
pela Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), que tem vários
projectos de investigação neste domínio.
Em Oleiros, Jorge Simões também colabora com a ESAC em diversos ensaios.
Este agricultor está a efectuar a terceira colheita, numa área de 15
hectares de medronheiros, plantados há oito anos, devastada pelo fogo
em 2003.
No ano passado, obteve 30 tinas, com uma capacidade de 120 litros, de
massa, prevendo atingir as 100 unidades nesta safra. Vende toda a
produção a uma destilaria de Seia. Uma cliente de Arganil acaba de lhe
encomendar 200 quilos de medronho para compota.
Em Signo Samo, José Martins é surpreendido por um emigrante que quer
comprar-lhe ramos de medronheiro para arranjos florais. "Temos o ouro
ao pé de casa", afirma o ex-jornalista Jorge Simões, que já teve
também uma suinicultura. Mas agora, aos 72 anos, ele é um assumido
entusiasta do medronho.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/09c.htm
Cientistas transformam arrotos de vacas em gás natural
Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2013
Um grupo de cientistas argentinos descobriu uma forma de obter gás
natural através dos gases emitidos pelas vacas durante o processo de
digestão. O objetivo é controlar o efeito estufa do planeta e gerar
energia limpa.
Se pensava que os bovinos serviam apenas de alimento ou para a
agricultura desengane-se. Afinal as vacas também podem ser ajudar a
travar o aquecimento global do planeta.
Um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) revela que as emissões dos gases de
estufa do setor da pecuária poderiam ser reduzidos para 30% se
houvesse uma melhor utilização das tecnologias existentes.
Ao todo, os gases associados às cadeias de fornecimento de gado
representam 14,5% das emissões dos gases de efeito de estufa emitidos
para a atmosfera. As principais fontes de emissão são na produção e
processamento de alimento dos bovinos, durante a digestão feita pelos
animais e quando ocorre a decomposição.
Ren Wang, assistente do diretor geral da FAO, explica que é
"imperativo que o setor comece a trabalhar agora para alcançar as
reduções dos gases, de forma a ajudar a compensar os aumentos de
emissões globais que o crescimento da produção de gado vai acarretar".
Mas agora, um grupo de cientistas está a tentar implementar um sistema
inovador que promete revolucionar a indústria da pecuária. O Instituto
Nacional de Agricultura e Tecnologia da Argentina (INTA) desenvolveu
uma forma que permite transformar os gases de efeito de estufa
libertados pelos bovinos em gás natural.
Uma vaca é suficiente para dar energia a um frigorífico
De acordo com a Reuters, através do uso de válvulas, bombas e tubos
ligados ao estômago do animal é possível canalizar os gases digestivos
para um pequeno tanque colocado no dorso do mesmo.
Os gases, vulgarmente chamados de "arrotos", são depois processados
para separar o metano dos outros gases como o dióxido de carbono. O
metano é o principal componente do gás natural, usado na alimentação
de plantas ou no abastecimento de automóveis. "Uma vez feita a sua
compressão, é o mesmo que ter gás natural", refere Guillermo Berra,
investigador do INTA, em declarações à Reuters.
Cada cabeça de gado emite entre 250 e 300 litros de metano puro por
dia, energia suficiente para manter um frigorífico a funcionar por 24
horas.
Guillermo Berra explica ainda que, atualmente o metano como fonte de
energia não é muito prático mas se "olharmos para 2050, quando as
reservas de combustíveis fósseis estiverem com problemas, é uma
alternativa".
http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_arrotos-de-vacas-transformados-em-gas-natural_18027.html?page=0
Um grupo de cientistas argentinos descobriu uma forma de obter gás
natural através dos gases emitidos pelas vacas durante o processo de
digestão. O objetivo é controlar o efeito estufa do planeta e gerar
energia limpa.
Se pensava que os bovinos serviam apenas de alimento ou para a
agricultura desengane-se. Afinal as vacas também podem ser ajudar a
travar o aquecimento global do planeta.
Um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) revela que as emissões dos gases de
estufa do setor da pecuária poderiam ser reduzidos para 30% se
houvesse uma melhor utilização das tecnologias existentes.
Ao todo, os gases associados às cadeias de fornecimento de gado
representam 14,5% das emissões dos gases de efeito de estufa emitidos
para a atmosfera. As principais fontes de emissão são na produção e
processamento de alimento dos bovinos, durante a digestão feita pelos
animais e quando ocorre a decomposição.
Ren Wang, assistente do diretor geral da FAO, explica que é
"imperativo que o setor comece a trabalhar agora para alcançar as
reduções dos gases, de forma a ajudar a compensar os aumentos de
emissões globais que o crescimento da produção de gado vai acarretar".
Mas agora, um grupo de cientistas está a tentar implementar um sistema
inovador que promete revolucionar a indústria da pecuária. O Instituto
Nacional de Agricultura e Tecnologia da Argentina (INTA) desenvolveu
uma forma que permite transformar os gases de efeito de estufa
libertados pelos bovinos em gás natural.
Uma vaca é suficiente para dar energia a um frigorífico
De acordo com a Reuters, através do uso de válvulas, bombas e tubos
ligados ao estômago do animal é possível canalizar os gases digestivos
para um pequeno tanque colocado no dorso do mesmo.
Os gases, vulgarmente chamados de "arrotos", são depois processados
para separar o metano dos outros gases como o dióxido de carbono. O
metano é o principal componente do gás natural, usado na alimentação
de plantas ou no abastecimento de automóveis. "Uma vez feita a sua
compressão, é o mesmo que ter gás natural", refere Guillermo Berra,
investigador do INTA, em declarações à Reuters.
Cada cabeça de gado emite entre 250 e 300 litros de metano puro por
dia, energia suficiente para manter um frigorífico a funcionar por 24
horas.
Guillermo Berra explica ainda que, atualmente o metano como fonte de
energia não é muito prático mas se "olharmos para 2050, quando as
reservas de combustíveis fósseis estiverem com problemas, é uma
alternativa".
http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_arrotos-de-vacas-transformados-em-gas-natural_18027.html?page=0
Dieta Mediterrânica Portuguesa é Património Imaterial da Humanidade
A Dieta Mediterrânica Portuguesa foi classificada como Património
Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na sua última Assembleia Geral,
em Baku, no Azerbaijão.
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, na sua
qualidade de membro da Comissão Interministerial que preparou a
candidatura, vem saudar todos os intervenientes no processo que
permitiu que o nosso país volte a integrar a lista de bens do
Património Imaterial e Cultural da Humanidade, depois do fado.
Portugal, tem em Tavira a sua comunidade representativa da Dieta
mediterrânica, cujo Município, no seio da Comissão Interministerial,
teve uma ação preponderante em todo o processo de candidatura, ao
longo de dois anos e meio.
Portugal assumiu o compromisso de preservar a Dieta Mediterrânica, que
é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange
técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas,
formas de preparação, confeção e consumo dos alimentos, festividades,
convivialidade à mesa, tradições orais e expressões artísticas, pelo
que a DRAP Algarve prosseguirá, em estreita colaboração com Tavira, na
sua promoção e preservação da sua autenticidade.
Fernando Severino
Diretor Regional
DRAP Algarve
www.drapalg.min-agricultura.pt
Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na sua última Assembleia Geral,
em Baku, no Azerbaijão.
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, na sua
qualidade de membro da Comissão Interministerial que preparou a
candidatura, vem saudar todos os intervenientes no processo que
permitiu que o nosso país volte a integrar a lista de bens do
Património Imaterial e Cultural da Humanidade, depois do fado.
Portugal, tem em Tavira a sua comunidade representativa da Dieta
mediterrânica, cujo Município, no seio da Comissão Interministerial,
teve uma ação preponderante em todo o processo de candidatura, ao
longo de dois anos e meio.
Portugal assumiu o compromisso de preservar a Dieta Mediterrânica, que
é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange
técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas,
formas de preparação, confeção e consumo dos alimentos, festividades,
convivialidade à mesa, tradições orais e expressões artísticas, pelo
que a DRAP Algarve prosseguirá, em estreita colaboração com Tavira, na
sua promoção e preservação da sua autenticidade.
Fernando Severino
Diretor Regional
DRAP Algarve
www.drapalg.min-agricultura.pt
O vinho também se escreve
Só se pode gostar daquilo que se conhece, diz-se. O mundo do vinho não
foge a esta regra, portanto é salutar procurar novos vinhos e novos
produtores, provar e aprender a provar, só assim se podendo construir
um guia dentro da nossa memória que nos facilite uma decisão futura.
Divulgamos duas obras, um "Curso de Vinhos para Verdadeiros
Apreciadores", da autoria de João Afonso e um "Guia Popular de
Vinhos", da autoria de Aníbal Coutinho. Duas personagens de créditos
firmados no mundo da crítica de vinhos, habituais colaboradores na
imprensa, mas com duas características que os ligam: ambos se
apaixonaram pela actividade artística e ambos são produtores de
vinhos.
João Afonso, depois de concluir os estudos superiores na Faculdade de
Motricidade Humana enveredou pelo bailado integrando durante anos,
como primeiro bailarino, o elenco do saudoso Ballet Gulbenkian.
Abandonou a actividade para, com a mulher e os filhos, rumar às
origens (Castelo Branco) para se dedicar ao mundo do vinho e da
produção de azeite.
Quanto ao algarvio Aníbal Coutinho, depois de se licenciar em
Engenharia Civil pelo IST, voltou à universidade para estudar
Agronomia, fazendo o mestrado em Viticultura e Enologia. Canta no Coro
Gulbenkian desde 1998. Vive com a mulher e os filhos na região de
Lisboa, dedicando-se à escrita sobre vinhos, formação e
aconselhamento. Produz um vinho da Região Lisboa.
No seu guia, Aníbal Coutinho, dedica-se a divulgar vinhos cujos preços
em prateleira se situam entre os 2 e os 10 euros. É útil, porque,
dentro do escalão mais baixo, nos ajuda a descobrir vinhos bem feitos,
que dão real prazer a beber e que estão ao alcance de praticamente
todas as bolsas, e no escalão entre os 5 e os 10 euros nos guia para a
escolha de néctares mais complexos, próprios para um dia de festa para
quem não queira, ou não possa, atirar-se aos topos de gama.
Já o livro de João Afonso é muito interessante para quem queira saber
mais do que simplesmente colocar o vinho no copo. Dá dicas sobre os
vinhos portugueses, as principais castas e suas características, faz
uma abordagem à iniciação da prova. Lê-se com imenso prazer.
O Equinócio e o Solstício, dois vinhos produzidos por João Afonso e
que nascem na sua quinta na Serra de S. Mamede (zona de Portalegre)
são hoje o alvo das nossas notas de prova. São oriundos de vinhas
velhas (na sua maioria) com castas actuais e outras que já só moram na
memória dos mais antigos.
EQUINÓCIO 2011 BRANCO - 26€ As uvas das castas roupeiro, malvasia
fina, arinto cachudo, arinto galego, chasselas, salsaparrilha,
excelsior, fernão pires, moscatel galego, rabo de ovelha, tamarez,
formosa, uva rei e vale grosso. Esta mistura de castas fermentadas em
madeira deu origem a um vinho delicioso, fora do vulgar, lembrando
sabores antigos. Muito equilibrado, um verdadeiro achado. Só que
demorou um dia a revelar- -se em toda a sua plenitude.
SOLSTÍCIO 2010 TINTO - 32€ Neste vinho, a par de castas mais
conhecidas como o alicante bouschet, a trincadeira e o aragonez,
também há castas de nomes mais estranhos como corropio, grand
bouschet, moscatel hamburgo, moscatel preto ou tinta de olho branco
provenientes de cepas muito velhas. Tal como no Equinócio, este vinho
prima pela diferença. Guloso, cheio, bem estruturado, com fruta, bons
taninos e um belo final. Vale a pena prová-lo.
http://www.ionline.pt/artigos/mais-igastronomia/vinho-tambem-se-escreve/pag/-1
foge a esta regra, portanto é salutar procurar novos vinhos e novos
produtores, provar e aprender a provar, só assim se podendo construir
um guia dentro da nossa memória que nos facilite uma decisão futura.
Divulgamos duas obras, um "Curso de Vinhos para Verdadeiros
Apreciadores", da autoria de João Afonso e um "Guia Popular de
Vinhos", da autoria de Aníbal Coutinho. Duas personagens de créditos
firmados no mundo da crítica de vinhos, habituais colaboradores na
imprensa, mas com duas características que os ligam: ambos se
apaixonaram pela actividade artística e ambos são produtores de
vinhos.
João Afonso, depois de concluir os estudos superiores na Faculdade de
Motricidade Humana enveredou pelo bailado integrando durante anos,
como primeiro bailarino, o elenco do saudoso Ballet Gulbenkian.
Abandonou a actividade para, com a mulher e os filhos, rumar às
origens (Castelo Branco) para se dedicar ao mundo do vinho e da
produção de azeite.
Quanto ao algarvio Aníbal Coutinho, depois de se licenciar em
Engenharia Civil pelo IST, voltou à universidade para estudar
Agronomia, fazendo o mestrado em Viticultura e Enologia. Canta no Coro
Gulbenkian desde 1998. Vive com a mulher e os filhos na região de
Lisboa, dedicando-se à escrita sobre vinhos, formação e
aconselhamento. Produz um vinho da Região Lisboa.
No seu guia, Aníbal Coutinho, dedica-se a divulgar vinhos cujos preços
em prateleira se situam entre os 2 e os 10 euros. É útil, porque,
dentro do escalão mais baixo, nos ajuda a descobrir vinhos bem feitos,
que dão real prazer a beber e que estão ao alcance de praticamente
todas as bolsas, e no escalão entre os 5 e os 10 euros nos guia para a
escolha de néctares mais complexos, próprios para um dia de festa para
quem não queira, ou não possa, atirar-se aos topos de gama.
Já o livro de João Afonso é muito interessante para quem queira saber
mais do que simplesmente colocar o vinho no copo. Dá dicas sobre os
vinhos portugueses, as principais castas e suas características, faz
uma abordagem à iniciação da prova. Lê-se com imenso prazer.
O Equinócio e o Solstício, dois vinhos produzidos por João Afonso e
que nascem na sua quinta na Serra de S. Mamede (zona de Portalegre)
são hoje o alvo das nossas notas de prova. São oriundos de vinhas
velhas (na sua maioria) com castas actuais e outras que já só moram na
memória dos mais antigos.
EQUINÓCIO 2011 BRANCO - 26€ As uvas das castas roupeiro, malvasia
fina, arinto cachudo, arinto galego, chasselas, salsaparrilha,
excelsior, fernão pires, moscatel galego, rabo de ovelha, tamarez,
formosa, uva rei e vale grosso. Esta mistura de castas fermentadas em
madeira deu origem a um vinho delicioso, fora do vulgar, lembrando
sabores antigos. Muito equilibrado, um verdadeiro achado. Só que
demorou um dia a revelar- -se em toda a sua plenitude.
SOLSTÍCIO 2010 TINTO - 32€ Neste vinho, a par de castas mais
conhecidas como o alicante bouschet, a trincadeira e o aragonez,
também há castas de nomes mais estranhos como corropio, grand
bouschet, moscatel hamburgo, moscatel preto ou tinta de olho branco
provenientes de cepas muito velhas. Tal como no Equinócio, este vinho
prima pela diferença. Guloso, cheio, bem estruturado, com fruta, bons
taninos e um belo final. Vale a pena prová-lo.
http://www.ionline.pt/artigos/mais-igastronomia/vinho-tambem-se-escreve/pag/-1
Vital Moreira: “Embora limitado, o pacote aprovado é significativo”
CAMILO SOLDADO
07/12/2013 - 16:28
As regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) não foram alteradas
por pressão da Índia, garante. "É uma espécie de imunidade", afirma.
O presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento
Europeu, Vital Moreira, faz um balanço positivo do acordo aprovado na
9.ª Conferência Ministerial da OMC, em Bali, na Indonésia.
Chegou ao fim a maratona negocial para chegar a um acordo unânime no
encontro da OMC. O "braço de ferro" entre Índia e Estados Unidos foi
resolvido com Nova Deli a ver atendidas as principais exigências mas
"com algumas salvaguardas e condições", quem o diz é o eurodeputado
português Vital Moreira, que assegura que os termos do acordo não
foram alterados, houve apenas um "compromisso" que resultou "numa
espécie de imunidade" para o gigante asiático.
A Índia não cumpriu a regra dos 10% na segurança alimentar da OMC, mas
compromete-se a discutir uma alteração no futuro, sendo apontado um
horizonte de quatro anos. A preocupação dos Estados Unidos fica também
salvaguardada, explica Vital Moreira, uma vez que os EUA e a União
Europeia adicionaram uma cláusula que proíbe a Índia de lançar os
produtos que compra a preços subsidiados no mercado normal.
No geral, o eurodeputado considera que o pacote que representa um
"simplexaduaneiro" é "um bom acordo" que permite "ressuscitar a ronda
de Doha". Vital Moreira realça a importância de evitar o "golpe
profundo" que significaria o falhanço de mais uma ronda negocial e,
por isso, "embora limitado, o pacote aprovado é significativo". O
resoponsável realça o papel da OMC como "o mais sofisticado
instrumento de regulação do comércio global".
Depois de Índia e Estados Unidos chegarem a um entendimento, Cuba
ameaçava impedir a passagem do documento (a aprovação dos acordos na
OMC tem que ser unânime) por questões relacionadas com o embargo
norte-americano, do qual a ilha é alvo há décadas. Havana considera
que o embargo contradiz os princípios de comércio livre estipulados
pela OMC.
A situação acabou por ser ultrapassada, afirma Vital Moreira que
explica que, de facto, "a infracção [às regras da OMC] existe", tal
como noutras situações que envolvem outros países. "As relações
internacionais são feitas disto e ainda bem que, apesar destas
situações, é possível conter estes abcessos em beneficio do sistema
multilateral de comércio", comenta.
http://www.publico.pt/economia/noticia/vital-moreira-embora-limitado-o-pacote-aprovado-e-significativo-1615440
07/12/2013 - 16:28
As regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) não foram alteradas
por pressão da Índia, garante. "É uma espécie de imunidade", afirma.
O presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento
Europeu, Vital Moreira, faz um balanço positivo do acordo aprovado na
9.ª Conferência Ministerial da OMC, em Bali, na Indonésia.
Chegou ao fim a maratona negocial para chegar a um acordo unânime no
encontro da OMC. O "braço de ferro" entre Índia e Estados Unidos foi
resolvido com Nova Deli a ver atendidas as principais exigências mas
"com algumas salvaguardas e condições", quem o diz é o eurodeputado
português Vital Moreira, que assegura que os termos do acordo não
foram alterados, houve apenas um "compromisso" que resultou "numa
espécie de imunidade" para o gigante asiático.
A Índia não cumpriu a regra dos 10% na segurança alimentar da OMC, mas
compromete-se a discutir uma alteração no futuro, sendo apontado um
horizonte de quatro anos. A preocupação dos Estados Unidos fica também
salvaguardada, explica Vital Moreira, uma vez que os EUA e a União
Europeia adicionaram uma cláusula que proíbe a Índia de lançar os
produtos que compra a preços subsidiados no mercado normal.
No geral, o eurodeputado considera que o pacote que representa um
"simplexaduaneiro" é "um bom acordo" que permite "ressuscitar a ronda
de Doha". Vital Moreira realça a importância de evitar o "golpe
profundo" que significaria o falhanço de mais uma ronda negocial e,
por isso, "embora limitado, o pacote aprovado é significativo". O
resoponsável realça o papel da OMC como "o mais sofisticado
instrumento de regulação do comércio global".
Depois de Índia e Estados Unidos chegarem a um entendimento, Cuba
ameaçava impedir a passagem do documento (a aprovação dos acordos na
OMC tem que ser unânime) por questões relacionadas com o embargo
norte-americano, do qual a ilha é alvo há décadas. Havana considera
que o embargo contradiz os princípios de comércio livre estipulados
pela OMC.
A situação acabou por ser ultrapassada, afirma Vital Moreira que
explica que, de facto, "a infracção [às regras da OMC] existe", tal
como noutras situações que envolvem outros países. "As relações
internacionais são feitas disto e ainda bem que, apesar destas
situações, é possível conter estes abcessos em beneficio do sistema
multilateral de comércio", comenta.
http://www.publico.pt/economia/noticia/vital-moreira-embora-limitado-o-pacote-aprovado-e-significativo-1615440
Jóias decoradas com plantas vivas estão na moda em Portugal
HOJE às 15:58
Colares, anéis e pulseiras «vivos» são a última criação de uma marca
portuguesa que, através de uma inovadora técnica, recriou o habitat
natural das plantas em jóias que precisam até de ser regadas para a
sua conservação e que estão a ser vendidas em todo o mundo.
Após seis meses de testes e experiências, Ines Varela, de 34 anos,
nascida em Lisboa e formada em gestão de espaços ambientais, conseguiu
descobrir o «segredo», que guarda cuidadosamente e permite colocar
plantas vivas, principalmente musgo, em jóias tradicionais de metal.
«Comecei a criar essas jóias para mim mas amigos e conhecidos
começaram a pedir que começasse a vendê-las», explicou a criadora.
Inés Varela revelou que a montagem da peça é relativamente simples,
demora entre 30 minutos e uma hora, embora seja necessário elaborar
antes o desenho. Depois, é preciso esperar entre uma e duas semanas
para usá-la, porque a planta, que nasce da terra ou entre as rochas,
«deve adaptar-se ao seu novo habitat, a jóia, onde continua viva».
Segundo a criadora, o trabalho de conservação deste tipo de adorno não
é especialmente complicado, já que as plantas utilizadas podem
sobreviver até três meses sem serem regadas.
No entanto, é importante garantir que o lugar onde a jóia for guardada
respeite o processo de fotossíntese, por isso, não é recomendável
deixá-la numa caixa fechada com outros objectos, pois eles «podem
prejudicar a sua protecção vegetal». Também não é a melhor opção
conservá-la numa gaveta, já que apesar de plantas como o musgo
crescerem na sombra, também precisam de alguma luz.
A criadora desta jóia, comercializada através da marca Natural
Jewellery, vende um kit de produtos para a manutenção, formado por um
«regador de bolso» em forma de spray e um pano para secar a parte de
metal.
A empresa nasceu há apenas um mês e meio, mas a ideia de Inés Varela é
crescer fora de Portugal. A linha de produtos «Puros» já chegou ao
Brasil, Espanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e
Inglaterra.
A linha pretende homenagear a pureza da planta e, por enquanto, as
peças estão à venda por um preço que oscila entre 15 e 30 euros.
A próxima colecção, «Brilho», já está quase «madura» e inclui peças
mais glamourosas, sofisticadas e elaboradas, para a época de Natal.
O musgo é uma planta briófita, grupo que tem mais de 12 mil espécies
conhecidas distribuídas em diferentes habitats, como florestas,
montanhas e desertos.
«Em projectos ambientais, são usadas como indicador de poluição e
mudanças de sistemas climáticos», explicou Inés, que além de
empreendedora ocupa o cargo de vice-presidente da Associação
Portuguesa de Espaços Verdes.
O musgo, além disso, ocupa um papel importante nos ecossistemas, pois
permite a estabilização do solo, a fixação e germinação de sementes, e
serve de alimento e protecção para alguns animais.
As suas propriedades são conhecidas desde os tempos antigos e são
utilizadas como compressa para tratar feridos nas guerras ou como
material para elaborar produtos de higiene (fraldas, sabões e perfumes
entre eles).
Em países como Portugal, México e Espanha, o musgo também é famoso por
estar presente nos presépios de Natal.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=673612
Colares, anéis e pulseiras «vivos» são a última criação de uma marca
portuguesa que, através de uma inovadora técnica, recriou o habitat
natural das plantas em jóias que precisam até de ser regadas para a
sua conservação e que estão a ser vendidas em todo o mundo.
Após seis meses de testes e experiências, Ines Varela, de 34 anos,
nascida em Lisboa e formada em gestão de espaços ambientais, conseguiu
descobrir o «segredo», que guarda cuidadosamente e permite colocar
plantas vivas, principalmente musgo, em jóias tradicionais de metal.
«Comecei a criar essas jóias para mim mas amigos e conhecidos
começaram a pedir que começasse a vendê-las», explicou a criadora.
Inés Varela revelou que a montagem da peça é relativamente simples,
demora entre 30 minutos e uma hora, embora seja necessário elaborar
antes o desenho. Depois, é preciso esperar entre uma e duas semanas
para usá-la, porque a planta, que nasce da terra ou entre as rochas,
«deve adaptar-se ao seu novo habitat, a jóia, onde continua viva».
Segundo a criadora, o trabalho de conservação deste tipo de adorno não
é especialmente complicado, já que as plantas utilizadas podem
sobreviver até três meses sem serem regadas.
No entanto, é importante garantir que o lugar onde a jóia for guardada
respeite o processo de fotossíntese, por isso, não é recomendável
deixá-la numa caixa fechada com outros objectos, pois eles «podem
prejudicar a sua protecção vegetal». Também não é a melhor opção
conservá-la numa gaveta, já que apesar de plantas como o musgo
crescerem na sombra, também precisam de alguma luz.
A criadora desta jóia, comercializada através da marca Natural
Jewellery, vende um kit de produtos para a manutenção, formado por um
«regador de bolso» em forma de spray e um pano para secar a parte de
metal.
A empresa nasceu há apenas um mês e meio, mas a ideia de Inés Varela é
crescer fora de Portugal. A linha de produtos «Puros» já chegou ao
Brasil, Espanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e
Inglaterra.
A linha pretende homenagear a pureza da planta e, por enquanto, as
peças estão à venda por um preço que oscila entre 15 e 30 euros.
A próxima colecção, «Brilho», já está quase «madura» e inclui peças
mais glamourosas, sofisticadas e elaboradas, para a época de Natal.
O musgo é uma planta briófita, grupo que tem mais de 12 mil espécies
conhecidas distribuídas em diferentes habitats, como florestas,
montanhas e desertos.
«Em projectos ambientais, são usadas como indicador de poluição e
mudanças de sistemas climáticos», explicou Inés, que além de
empreendedora ocupa o cargo de vice-presidente da Associação
Portuguesa de Espaços Verdes.
O musgo, além disso, ocupa um papel importante nos ecossistemas, pois
permite a estabilização do solo, a fixação e germinação de sementes, e
serve de alimento e protecção para alguns animais.
As suas propriedades são conhecidas desde os tempos antigos e são
utilizadas como compressa para tratar feridos nas guerras ou como
material para elaborar produtos de higiene (fraldas, sabões e perfumes
entre eles).
Em países como Portugal, México e Espanha, o musgo também é famoso por
estar presente nos presépios de Natal.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=673612
Conferência 'A Selecção de Plantas Endémicas para Uso na Floricultura'
Actualizado há 5 horas e 8 minutos
Etiquetas
Maria João Dragovic
Irá decorrer no dia 11, entre as 14h30 e as 16h30, no auditório da
Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, uma
conferência intitulada 'A Selecção de Plantas Endémicas para Uso na
Floricultura", proferida pela engenheira Maria João Dragovic e
moderada pelo engenheiro Bernardo Melvill de Araújo, director Regional
de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Maria João Oliveira Dragovic é engenheira agrónoma com mestrado em
Agricultura e Horticultura Sustentáveis. Trabalha na área da
floricultura na Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento
Rural, prestando apoio técnico aos floricultores e efectuando
trabalhos de experimentação. Um dos trabalhos que tem vindo a
desenvolver consiste em avaliar a utilização de plantas endémicas com
potencial ornamental, tendo, recentemente, apresentado esse trabalho
no XIX Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais que
decorreu no Recife, em Outubro deste ano (21-25Out13).
A conferência irá abordar o grande potencial para uso como ornamentais
dos endemismos macaronésicos da Madeira.
As inscrições poderão ser feitas através do seguinte endereço de
correio eletrónico:info.dradr.sra@gov-madeira.pt.
http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/420606-conferencia-a-seleccao-de-plantas-endemicas-para-uso-na-floricultura
Etiquetas
Maria João Dragovic
Irá decorrer no dia 11, entre as 14h30 e as 16h30, no auditório da
Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, uma
conferência intitulada 'A Selecção de Plantas Endémicas para Uso na
Floricultura", proferida pela engenheira Maria João Dragovic e
moderada pelo engenheiro Bernardo Melvill de Araújo, director Regional
de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Maria João Oliveira Dragovic é engenheira agrónoma com mestrado em
Agricultura e Horticultura Sustentáveis. Trabalha na área da
floricultura na Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento
Rural, prestando apoio técnico aos floricultores e efectuando
trabalhos de experimentação. Um dos trabalhos que tem vindo a
desenvolver consiste em avaliar a utilização de plantas endémicas com
potencial ornamental, tendo, recentemente, apresentado esse trabalho
no XIX Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais que
decorreu no Recife, em Outubro deste ano (21-25Out13).
A conferência irá abordar o grande potencial para uso como ornamentais
dos endemismos macaronésicos da Madeira.
As inscrições poderão ser feitas através do seguinte endereço de
correio eletrónico:info.dradr.sra@gov-madeira.pt.
http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/420606-conferencia-a-seleccao-de-plantas-endemicas-para-uso-na-floricultura
O que faremos agora com a dieta mediterrânica?
ALEXANDRA PRADO COELHO
07/12/2013 - 23:09
Inscrita esta semana como Património Imaterial da Humanidade, a dieta
mediterrânica tem agora que ser estudada, inventariada, divulgada,
protegida. A quem cabe a responsabilidade de o fazer?
RUI GAUDÊNCIO
No Algarve, 42% dos jovens estão a afastar-se da Dieta Mediterrânica
Um património aberto e em expansão
A inscrição da dieta mediterrânica na lista do Património Imaterial da
UNESCO, no dia 4, abre oportunidades e cria obrigações. O que está
previsto na documentação entregue na UNESCO é que sejam tomadas
medidas de salvaguarda deste património pelos sete países envolvidos
na candidatura: Portugal, Croácia e Chipre, Espanha, Marrocos, Itália
e Grécia.
Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da
Alimentação Saudável, e que esteve envolvido na preparação da
candidatura, defende que a partir de agora se deveria avançar para
medidas muito práticas. Em primeiro lugar "a identificação de práticas
alimentares ligadas à dieta mediterrânica que estão dispersas" – ou
seja um inventário nacional do que existe realmente a nível de
produtos, técnicas de confecção, de produção, de conservação.
Jorge Queiroz, director do Museu de Tavira e coordenador da
candidatura, explica que "a realização de inventários nos países e a
existência de planos de salvaguarda" são duas das condições impostas
pela UNESCO. No caso de Portugal, existe um plano nacional de
inventário de todo o património imaterial, da responsabilidade da
secretaria de Estado da Cultura, o Museu de Tavira está a fazer esse
trabalho a nível local e outras regiões poderão tomar essa iniciativa.
Quanto ao plano de salvaguarda que envolve todos os países, está agora
a ser discutido entre os vários representantes. Não se trata apenas de
alimentação, sublinha Jorge Queiroz, mas sim de um estilo de vida.
"Não sei se isto está muito claro para as pessoas, mas o que a UNESCO
inscreve é um modelo cultural que passa pelas comunidades, pela
partilha da mesa, pelas festividades". E enumera as iniciativas de
Tavira nesse campo, desde a primeira Feira da Dieta Mediterrânica à
exposição Dieta mediterrânica: património cultural milenar.
Uma das características desta candidatura transnacional é que os
países estão representados por comunidades, e estas é que são o rosto
do projecto: Tavira por Portugal, Agros por Chipre, Brac e Hvrar pela
Croácia, Soria por Espanha, Coroni pela Grécia, Cilento por Itália, e
Chefchaouen por Marrocos. As comunidades têm a obrigação de organizar
iniciativas que dêem visibilidade à dieta mediterrânica – em Itália,
por exemplo, existe o Museu Vivo da Dieta Mediterrânica Ancel Keys, e
em Espanha a Fundação Dieta Mediterrânica, na Catalunha.
Mas a nível nacional, como é que as coisas se passam? Em geral são os
ministérios da cultura os coordenadores gerais, com excepção de
Itália, em que é o Ministério das Políticas Agrícolas. Na candidatura
portuguesa, coordenada pela Câmara Municipal de Tavira, estiveram
envolvidos vários ministérios - a Agricultura, a secretaria de Estado
da Cultura, a Saúde. Na opinião de Pedro Graça era importante que este
grupo interministerial se transformasse agora num grupo de
acompanhamento das questões ligadas à dieta mediterrânica, que precisa
de uma estratégia articulada (Jorge Queiroz esclarece que Portugal
está neste momento a debater como será feita, de agora em diante, a
coordenação a nível nacional).
Para além do inventário, é fundamental a investigação. "É importante
que haja apoio a linhas de investigação ligadas a este tema, que está
já a ser estudado com muita força em Itália, em Espanha, na Grécia. É
preciso estudar as implicações da dieta na população portuguesa,
porque há especificidades", defende Pedro Graça. "Os espanhóis estão
muito à frente nesse trabalho e estão a articulá-lo com os
norte-americanos da Califórnia, que têm muito interesse neste tema".
Outro ponto essencial é o da divulgação. Um estudo apresentado em Maio
pela Fundação Portuguesa de Cardiologia revelava que metade dos
portugueses não sabe o que é a dieta mediterrânica. Virgílio Gomes,
investigador e autor de livro sobre a história da alimentação e a
gastronomia, diz que "felizmente que Portugal aderiu ao projecto da
candidatura" (houve uma candidatura inicial em que o país não estava
envolvido), mas lembra que "a palavra dieta é confusa para muitas
pessoas e é preciso explicar que é mais uma forma de estar do que um
rigor alimentar".
Defende que se deve usar esta inscrição na lista da UNESCO para "fazer
pedagogia, explicar os benefícios e evitar algumas modernices da
cozinha rápida de hoje, ensinar as pessoas a reduzir a quantidade de
carne, e abandonar as gorduras desnecessárias", no fundo, aproximar a
nossa alimentação daquelas que são já as práticas da nouvelle cuisine,
"com o respeito pelas cozeduras exactas, a redução das gorduras" – e
usar para essa pedagogia, entre outras coisas, as escolas de hotelaria
e os refeitórios das escolas nacionais.
Maria Proença, fundadora do Centro de Artes Culinárias do Mercado de
Santa Clara, em Lisboa, e há muito tempo estudiosa das práticas
tradicionais da cozinha portuguesa, acredita que "tem sido feito um
caminho que não é muito institucional no sentido de valorizar certas
práticas, tradições, produtos", mas lamenta a falta de uma política
concertada. "Aqui no centro estamos a tratar precisamente deste
património, da história da alimentação, seria natural que alguma
entidade oficial se mostrasse interessada, já não digo que apoiasse,
mas que aparecesse nos eventos, mas não temos qualquer sinal de
interesse institucional pelo trabalho que fazemos".
http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-que-faremos-agora-com-a-dieta-mediterranica-1615426
07/12/2013 - 23:09
Inscrita esta semana como Património Imaterial da Humanidade, a dieta
mediterrânica tem agora que ser estudada, inventariada, divulgada,
protegida. A quem cabe a responsabilidade de o fazer?
RUI GAUDÊNCIO
No Algarve, 42% dos jovens estão a afastar-se da Dieta Mediterrânica
Um património aberto e em expansão
A inscrição da dieta mediterrânica na lista do Património Imaterial da
UNESCO, no dia 4, abre oportunidades e cria obrigações. O que está
previsto na documentação entregue na UNESCO é que sejam tomadas
medidas de salvaguarda deste património pelos sete países envolvidos
na candidatura: Portugal, Croácia e Chipre, Espanha, Marrocos, Itália
e Grécia.
Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da
Alimentação Saudável, e que esteve envolvido na preparação da
candidatura, defende que a partir de agora se deveria avançar para
medidas muito práticas. Em primeiro lugar "a identificação de práticas
alimentares ligadas à dieta mediterrânica que estão dispersas" – ou
seja um inventário nacional do que existe realmente a nível de
produtos, técnicas de confecção, de produção, de conservação.
Jorge Queiroz, director do Museu de Tavira e coordenador da
candidatura, explica que "a realização de inventários nos países e a
existência de planos de salvaguarda" são duas das condições impostas
pela UNESCO. No caso de Portugal, existe um plano nacional de
inventário de todo o património imaterial, da responsabilidade da
secretaria de Estado da Cultura, o Museu de Tavira está a fazer esse
trabalho a nível local e outras regiões poderão tomar essa iniciativa.
Quanto ao plano de salvaguarda que envolve todos os países, está agora
a ser discutido entre os vários representantes. Não se trata apenas de
alimentação, sublinha Jorge Queiroz, mas sim de um estilo de vida.
"Não sei se isto está muito claro para as pessoas, mas o que a UNESCO
inscreve é um modelo cultural que passa pelas comunidades, pela
partilha da mesa, pelas festividades". E enumera as iniciativas de
Tavira nesse campo, desde a primeira Feira da Dieta Mediterrânica à
exposição Dieta mediterrânica: património cultural milenar.
Uma das características desta candidatura transnacional é que os
países estão representados por comunidades, e estas é que são o rosto
do projecto: Tavira por Portugal, Agros por Chipre, Brac e Hvrar pela
Croácia, Soria por Espanha, Coroni pela Grécia, Cilento por Itália, e
Chefchaouen por Marrocos. As comunidades têm a obrigação de organizar
iniciativas que dêem visibilidade à dieta mediterrânica – em Itália,
por exemplo, existe o Museu Vivo da Dieta Mediterrânica Ancel Keys, e
em Espanha a Fundação Dieta Mediterrânica, na Catalunha.
Mas a nível nacional, como é que as coisas se passam? Em geral são os
ministérios da cultura os coordenadores gerais, com excepção de
Itália, em que é o Ministério das Políticas Agrícolas. Na candidatura
portuguesa, coordenada pela Câmara Municipal de Tavira, estiveram
envolvidos vários ministérios - a Agricultura, a secretaria de Estado
da Cultura, a Saúde. Na opinião de Pedro Graça era importante que este
grupo interministerial se transformasse agora num grupo de
acompanhamento das questões ligadas à dieta mediterrânica, que precisa
de uma estratégia articulada (Jorge Queiroz esclarece que Portugal
está neste momento a debater como será feita, de agora em diante, a
coordenação a nível nacional).
Para além do inventário, é fundamental a investigação. "É importante
que haja apoio a linhas de investigação ligadas a este tema, que está
já a ser estudado com muita força em Itália, em Espanha, na Grécia. É
preciso estudar as implicações da dieta na população portuguesa,
porque há especificidades", defende Pedro Graça. "Os espanhóis estão
muito à frente nesse trabalho e estão a articulá-lo com os
norte-americanos da Califórnia, que têm muito interesse neste tema".
Outro ponto essencial é o da divulgação. Um estudo apresentado em Maio
pela Fundação Portuguesa de Cardiologia revelava que metade dos
portugueses não sabe o que é a dieta mediterrânica. Virgílio Gomes,
investigador e autor de livro sobre a história da alimentação e a
gastronomia, diz que "felizmente que Portugal aderiu ao projecto da
candidatura" (houve uma candidatura inicial em que o país não estava
envolvido), mas lembra que "a palavra dieta é confusa para muitas
pessoas e é preciso explicar que é mais uma forma de estar do que um
rigor alimentar".
Defende que se deve usar esta inscrição na lista da UNESCO para "fazer
pedagogia, explicar os benefícios e evitar algumas modernices da
cozinha rápida de hoje, ensinar as pessoas a reduzir a quantidade de
carne, e abandonar as gorduras desnecessárias", no fundo, aproximar a
nossa alimentação daquelas que são já as práticas da nouvelle cuisine,
"com o respeito pelas cozeduras exactas, a redução das gorduras" – e
usar para essa pedagogia, entre outras coisas, as escolas de hotelaria
e os refeitórios das escolas nacionais.
Maria Proença, fundadora do Centro de Artes Culinárias do Mercado de
Santa Clara, em Lisboa, e há muito tempo estudiosa das práticas
tradicionais da cozinha portuguesa, acredita que "tem sido feito um
caminho que não é muito institucional no sentido de valorizar certas
práticas, tradições, produtos", mas lamenta a falta de uma política
concertada. "Aqui no centro estamos a tratar precisamente deste
património, da história da alimentação, seria natural que alguma
entidade oficial se mostrasse interessada, já não digo que apoiasse,
mas que aparecesse nos eventos, mas não temos qualquer sinal de
interesse institucional pelo trabalho que fazemos".
http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-que-faremos-agora-com-a-dieta-mediterranica-1615426
domingo, 8 de dezembro de 2013
OMC: Acordo global de comércio dá milhões de euros à economia mundial
O acordo alcançado na Organização Mundial de Comércio (OMC) no sábado,
em Bali, na Indonésia, estabelecendo um acordo global de comércio,
pode acrescentar 1 bilião de dólares (cerca de 730 milhões de euros) à
economia mundial, segundo várias associações empresariais citadas pela
agência Bloomberg.
O acordo alcançado pelos 159 membros da OMC pode acrescentar 1 bilião
de dólares à economia mundial, cerca de 730 mil milhões de euros,
segundo as estimativas dos apoiantes e membros das associações
empresariais mundiais, mas os ativistas humanitários que consideram
que o acordo pouco faz pelos pobres e os agricultores norte-americanos
- os maiores exportadores mundiais - mostraram pouco entusiasmo com o
acordo, segundo a avaliação da agência Bloomberg.
"O acordo de Bali com sucesso compra tempo para a OMC provar que as
conversações sobre comércio multilateral podem ser produtivas numa
base regular e de forma atempada", disse um advogado comercial em
Washington, acrescentando que "o risco é que os membros da OMC não
ataquem as questões subjacentes que têm paralisado a capacidade da
organização de responder às mudanças no ambiente empresarial no
mundo".
A OMC chegou no sábado a acordo para a aprovação de um pacote
"histórico" e global de dez acordos sobre o comércio global, pela
primeira vez na sua história.
O "pacote de Bali", um acordo de facilitação do comércio global
através da redução de barreiras comerciais - menos ambicioso do que o
desenhado há 12 anos em Doha - envolve, além do tópico da agricultura,
um pacote de ajudas a países em desenvolvimento, entre outros.
O governo português, pela voz do secretário de Estado dos Assuntos
Europeus, Bruno Maçães, destacou à Lusa que o acordo era "quase uma
condição prévia para Portugal dar o salto" nos mercados globais.
Numa altura em que Portugal está a aumentar as exportações, sobretudo
para fora da Europa, o Acordo de Facilitação do Comércio era
"fundamental", representando "quase uma condição prévia para Portugal
dar o salto para ter uma posição muito mais importante nos mercados
globais", disse o governante à agência Lusa, em Bali.
Bruno Maçães reforçou que "a burocracia alfandegária em mercados
difíceis" será combatida "com disposições muito claras" que garantam,
por exemplo, que "os bens em alfandegas têm de ser despachados no
período mais breve possível".
Estas mudanças, que permitirão a Portugal reduzir os custos de
transação em cerca de 10 por cento, deverão começar a ser visíveis
"dentro de alguns meses" nalguns mercados, dependendo da rapidez na
implementação das medidas em cada país, explicou.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=208215
em Bali, na Indonésia, estabelecendo um acordo global de comércio,
pode acrescentar 1 bilião de dólares (cerca de 730 milhões de euros) à
economia mundial, segundo várias associações empresariais citadas pela
agência Bloomberg.
O acordo alcançado pelos 159 membros da OMC pode acrescentar 1 bilião
de dólares à economia mundial, cerca de 730 mil milhões de euros,
segundo as estimativas dos apoiantes e membros das associações
empresariais mundiais, mas os ativistas humanitários que consideram
que o acordo pouco faz pelos pobres e os agricultores norte-americanos
- os maiores exportadores mundiais - mostraram pouco entusiasmo com o
acordo, segundo a avaliação da agência Bloomberg.
"O acordo de Bali com sucesso compra tempo para a OMC provar que as
conversações sobre comércio multilateral podem ser produtivas numa
base regular e de forma atempada", disse um advogado comercial em
Washington, acrescentando que "o risco é que os membros da OMC não
ataquem as questões subjacentes que têm paralisado a capacidade da
organização de responder às mudanças no ambiente empresarial no
mundo".
A OMC chegou no sábado a acordo para a aprovação de um pacote
"histórico" e global de dez acordos sobre o comércio global, pela
primeira vez na sua história.
O "pacote de Bali", um acordo de facilitação do comércio global
através da redução de barreiras comerciais - menos ambicioso do que o
desenhado há 12 anos em Doha - envolve, além do tópico da agricultura,
um pacote de ajudas a países em desenvolvimento, entre outros.
O governo português, pela voz do secretário de Estado dos Assuntos
Europeus, Bruno Maçães, destacou à Lusa que o acordo era "quase uma
condição prévia para Portugal dar o salto" nos mercados globais.
Numa altura em que Portugal está a aumentar as exportações, sobretudo
para fora da Europa, o Acordo de Facilitação do Comércio era
"fundamental", representando "quase uma condição prévia para Portugal
dar o salto para ter uma posição muito mais importante nos mercados
globais", disse o governante à agência Lusa, em Bali.
Bruno Maçães reforçou que "a burocracia alfandegária em mercados
difíceis" será combatida "com disposições muito claras" que garantam,
por exemplo, que "os bens em alfandegas têm de ser despachados no
período mais breve possível".
Estas mudanças, que permitirão a Portugal reduzir os custos de
transação em cerca de 10 por cento, deverão começar a ser visíveis
"dentro de alguns meses" nalguns mercados, dependendo da rapidez na
implementação das medidas em cada país, explicou.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=208215
Assunção Esteves louva distinção da Dieta Mediterrânica pela UNESCO
Actualizado em 5 de Dezembro, às 20:31
Lusa
Etiquetas
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, emitiu
ontem uma mensagem de louvor pela distinção da Dieta Mediterrânica
como Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, conhecida na
quarta-feira.
"É com alegria que felicito a comissão organizadora que candidatou a
Dieta Mediterrânica a Património Imaterial da Humanidade. O sucesso
junto da UNESCO ditou a entrada de Portugal no grupo de países do
Mediterrâneo cujo património alimentar, bem como as práticas que lhe
estão associadas, é reconhecido como expressão de equilíbrio e
criatividade para preservar e perpetuar", escreve Assunção Esteves.
A presidente da AR sublinha os benefícios da "herança alimentar", a
"frescura dos produtos", a base alimentar centrada nos hortícolas,
frutas, no pescado e alimentos ricos em fibra, bem como a
sustentabilidade ambiental associada.
"Este nosso património, aliado à agricultura, ao respeito pela terra,
ao papel dos mercados e de todas as artes de confecção e conservação
de alimentos, diz-nos em grande parte quem somos, contribui para que
nos descubramos comunidade, diversos Estados partilhando um modo de
vida. Tal como o 'sentar-se à mesa', esta candidatura transnacional
conjugando sete países contribuiu para a aproximação entre povos
vizinhos", refere.
Assunção Esteves felicita ainda a equipa da Câmara Municipal de Tavira
que liderou a iniciativa
http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/420073-assuncao-esteves-louva-distincao-da-dieta-mediterranica-pela-unesco
Lusa
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A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, emitiu
ontem uma mensagem de louvor pela distinção da Dieta Mediterrânica
como Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, conhecida na
quarta-feira.
"É com alegria que felicito a comissão organizadora que candidatou a
Dieta Mediterrânica a Património Imaterial da Humanidade. O sucesso
junto da UNESCO ditou a entrada de Portugal no grupo de países do
Mediterrâneo cujo património alimentar, bem como as práticas que lhe
estão associadas, é reconhecido como expressão de equilíbrio e
criatividade para preservar e perpetuar", escreve Assunção Esteves.
A presidente da AR sublinha os benefícios da "herança alimentar", a
"frescura dos produtos", a base alimentar centrada nos hortícolas,
frutas, no pescado e alimentos ricos em fibra, bem como a
sustentabilidade ambiental associada.
"Este nosso património, aliado à agricultura, ao respeito pela terra,
ao papel dos mercados e de todas as artes de confecção e conservação
de alimentos, diz-nos em grande parte quem somos, contribui para que
nos descubramos comunidade, diversos Estados partilhando um modo de
vida. Tal como o 'sentar-se à mesa', esta candidatura transnacional
conjugando sete países contribuiu para a aproximação entre povos
vizinhos", refere.
Assunção Esteves felicita ainda a equipa da Câmara Municipal de Tavira
que liderou a iniciativa
http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/420073-assuncao-esteves-louva-distincao-da-dieta-mediterranica-pela-unesco
Ranking dos seres humanos na cadeia alimentar calculado pela primeira vez
ANA GERSCHENFELD
06/12/2013 - 09:45
O nosso nível na cadeia alimentar, numa escala de 1 a 5 que vai das
plantas aos grandes predadores, é médio: 2,21. Mas está a aumentar – e
temos de travar essa subida para não esgotar os recursos do planeta.
PÚBLICO
1 / 2
O que temos nós, os seres humanos, em comum com os porcos e com umas
anchovas que vivem ao largo do Peru e do Chile? O facto de ocuparmos
mais ou menos a mesma posição que eles na cadeia alimentar global.
Esta é a conclusão de uma equipa de cientistas franceses que, pela
primeira vez, avaliou o nosso "nível trófico" – ou seja, o nosso
ranking na grande teia mundial dos alimentos. Os seus resultados foram
publicados na edição desta semana da revistaProceedings of the
National Academy of Sciences.
O nível trófico de uma espécie resume, num único número, a composição
da sua dieta. E permite perceber as relações predador-presa, bem como
o impacto de cada espécie sobre os recursos alimentares do planeta.
Embora o nível trófico da maioria das espécies terrestres e marinhas
já fosse conhecido, nunca tinha sido calculado para os seres humanos.
Foi o que fizeram agora Sylvain Bonhommeau, do Instituto Francês de
Investigação para a Exploração do Mar, e colegas. Para isso,
utilizaram os dados relativos ao consumo alimentar humano, entre 1961
e 2009, recolhidos pela Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (FAO) em 176 países.
Antes de mais, um pouco de aritmética. O cálculo do nível trófico de
uma espécie faz-se da forma seguinte. Na base da cadeia alimentar, no
nível 1, estão as plantas. Por isso, explicam os autores do artigo, o
nível trófico de uma vaca, que é um herbívoro, é igual a 2: a vaca
situa-se, no ranking alimentar, um nível acima das plantas. Já uma
espécie cuja dieta é 50% ervas e 50% carne de vaca tem um nível
trófico de 2,5: é a média dos níveis tróficos de cada um dos
componentes da sua dieta (1,5) mais 1 (por se encontrar um degrau
acima de herbívoros como a vaca). Nesta escala global dos que comem e
dos que são comidos, os maiores predadores, tais como os ursos polares
e as orcas, podem ultrapassar os 5 de nível trófico, salientam os
cientistas.
Para a espécie humana, porém, esse cálculo rende uns modestos 2,21.
Dito por outras palavras, e ao contrário do que se poderia pensar, os
seres humanos não são predadores de topo. A nossa dieta é, de facto,
bastante variada – como a dos porcos e a das anchovas peruanas (que se
alimentam de fitoplâncton e de zooplâncton). Porém, isso não significa
que o nosso impacto no ecossistema seja modesto.
"O nível trófico permite descrever o lugar que uma espécie ocupa no
ecossistema a partir do seu regime alimentar – e, de facto, nós
posicionamo-nos a um nível bastante baixo na escala alimentar", disse
ao PÚBLICO Sylvain Bonhommeau. "Mas somos tantos que isso nos conduz a
uma apropriação importante dos recursos naturais, à qual é ainda
preciso acrescentar todos os nossos outros impactos (poluição,
alteração dos habitats, etc.)." No total, escrevem os investigadores,
os humanos apropriam-se, através da produção de alimentos e do uso dos
solos, de 25% da capacidade do planeta para produzir biomassa. É de
facto aí que reside o nosso lado predador…
Variações regionais
Contudo, nem todas as partes do mundo são iguais: os investigadores
identificaram cinco grandes regiões com evoluções diferentes dos
níveis tróficos ao longo das últimas cinco décadas, que reflectem a
evolução da situação socioeconómica dos países nelas incluídos. Assim,
por exemplo, a Europa do Sul, com níveis que nos anos 1960 rondavam os
2,3 e que têm vindo a aumentar, contrasta com a Europa do Norte, com
níveis que rondaram os 2,4 até 1990 e que a seguir começaram a
diminuir (na sequência de políticas destinadas a promover dietas mais
saudáveis, devido às consequências nefastas para a saúde do excessivo
consumo de carne e de gordura animal).
Diga-se que o nível trófico de Portugal passou de pouco mais de 2,3
nos anos 1960 para acima de 2,4 em 2009 (apesar de uma nítida quebra,
no final dos anos 1970, aquando do primeiro pedido de assistência
financeira ao FMI).
Seja como for, em termos globais, o nível trófico humano global
aumentou 3% em 50 anos, implicando, dizem os cientistas, um impacto
ambiental cada vez maior do consumo alimentar humano. Ora, isso
levanta, segundo eles, a questão de saber qual o nível trófico a não
ultrapassar para conseguirmos gerir os recursos alimentares de forma
sustentável – a etapa seguinte deste trabalho.
"A seguir, vamos tentar relacionar o nível trófico com a produção
primária necessária para alimentar a população humana", salienta
Bonhommeau. "Dessa forma, poderemos desenvolver vários cenários e
estimar quais os recursos, em cada um deles, necessários para
satisfazer as nossas necessidades."
Os cientistas ainda não têm números precisos, mas Bonhommeau arrisca
uma previsão: "Por enquanto, o nosso nível trófico global é de 2,2,
mas os estudos dos nutricionistas mostram que estamos a convergir para
uma dieta que contém cerca de 35% de nutrientes de origem animal
(carne, gordura, peixe). Isso traduzir-se-ia num nível trófico próximo
dos 2,4. Ora, o nosso estudo mostra que, precisamente acima deste
último valor, a esperança de vida diminui devido às doenças causadas
por uma alimentação demasiado rica em gorduras e proteínas animais."
Talvez seja esse, de facto, o limite a não ultrapassar em caso algum.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cientistas-calcularam-ranking-dos-seres-humanos-na-cadeia-alimentar-1615179#/0
06/12/2013 - 09:45
O nosso nível na cadeia alimentar, numa escala de 1 a 5 que vai das
plantas aos grandes predadores, é médio: 2,21. Mas está a aumentar – e
temos de travar essa subida para não esgotar os recursos do planeta.
PÚBLICO
1 / 2
O que temos nós, os seres humanos, em comum com os porcos e com umas
anchovas que vivem ao largo do Peru e do Chile? O facto de ocuparmos
mais ou menos a mesma posição que eles na cadeia alimentar global.
Esta é a conclusão de uma equipa de cientistas franceses que, pela
primeira vez, avaliou o nosso "nível trófico" – ou seja, o nosso
ranking na grande teia mundial dos alimentos. Os seus resultados foram
publicados na edição desta semana da revistaProceedings of the
National Academy of Sciences.
O nível trófico de uma espécie resume, num único número, a composição
da sua dieta. E permite perceber as relações predador-presa, bem como
o impacto de cada espécie sobre os recursos alimentares do planeta.
Embora o nível trófico da maioria das espécies terrestres e marinhas
já fosse conhecido, nunca tinha sido calculado para os seres humanos.
Foi o que fizeram agora Sylvain Bonhommeau, do Instituto Francês de
Investigação para a Exploração do Mar, e colegas. Para isso,
utilizaram os dados relativos ao consumo alimentar humano, entre 1961
e 2009, recolhidos pela Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (FAO) em 176 países.
Antes de mais, um pouco de aritmética. O cálculo do nível trófico de
uma espécie faz-se da forma seguinte. Na base da cadeia alimentar, no
nível 1, estão as plantas. Por isso, explicam os autores do artigo, o
nível trófico de uma vaca, que é um herbívoro, é igual a 2: a vaca
situa-se, no ranking alimentar, um nível acima das plantas. Já uma
espécie cuja dieta é 50% ervas e 50% carne de vaca tem um nível
trófico de 2,5: é a média dos níveis tróficos de cada um dos
componentes da sua dieta (1,5) mais 1 (por se encontrar um degrau
acima de herbívoros como a vaca). Nesta escala global dos que comem e
dos que são comidos, os maiores predadores, tais como os ursos polares
e as orcas, podem ultrapassar os 5 de nível trófico, salientam os
cientistas.
Para a espécie humana, porém, esse cálculo rende uns modestos 2,21.
Dito por outras palavras, e ao contrário do que se poderia pensar, os
seres humanos não são predadores de topo. A nossa dieta é, de facto,
bastante variada – como a dos porcos e a das anchovas peruanas (que se
alimentam de fitoplâncton e de zooplâncton). Porém, isso não significa
que o nosso impacto no ecossistema seja modesto.
"O nível trófico permite descrever o lugar que uma espécie ocupa no
ecossistema a partir do seu regime alimentar – e, de facto, nós
posicionamo-nos a um nível bastante baixo na escala alimentar", disse
ao PÚBLICO Sylvain Bonhommeau. "Mas somos tantos que isso nos conduz a
uma apropriação importante dos recursos naturais, à qual é ainda
preciso acrescentar todos os nossos outros impactos (poluição,
alteração dos habitats, etc.)." No total, escrevem os investigadores,
os humanos apropriam-se, através da produção de alimentos e do uso dos
solos, de 25% da capacidade do planeta para produzir biomassa. É de
facto aí que reside o nosso lado predador…
Variações regionais
Contudo, nem todas as partes do mundo são iguais: os investigadores
identificaram cinco grandes regiões com evoluções diferentes dos
níveis tróficos ao longo das últimas cinco décadas, que reflectem a
evolução da situação socioeconómica dos países nelas incluídos. Assim,
por exemplo, a Europa do Sul, com níveis que nos anos 1960 rondavam os
2,3 e que têm vindo a aumentar, contrasta com a Europa do Norte, com
níveis que rondaram os 2,4 até 1990 e que a seguir começaram a
diminuir (na sequência de políticas destinadas a promover dietas mais
saudáveis, devido às consequências nefastas para a saúde do excessivo
consumo de carne e de gordura animal).
Diga-se que o nível trófico de Portugal passou de pouco mais de 2,3
nos anos 1960 para acima de 2,4 em 2009 (apesar de uma nítida quebra,
no final dos anos 1970, aquando do primeiro pedido de assistência
financeira ao FMI).
Seja como for, em termos globais, o nível trófico humano global
aumentou 3% em 50 anos, implicando, dizem os cientistas, um impacto
ambiental cada vez maior do consumo alimentar humano. Ora, isso
levanta, segundo eles, a questão de saber qual o nível trófico a não
ultrapassar para conseguirmos gerir os recursos alimentares de forma
sustentável – a etapa seguinte deste trabalho.
"A seguir, vamos tentar relacionar o nível trófico com a produção
primária necessária para alimentar a população humana", salienta
Bonhommeau. "Dessa forma, poderemos desenvolver vários cenários e
estimar quais os recursos, em cada um deles, necessários para
satisfazer as nossas necessidades."
Os cientistas ainda não têm números precisos, mas Bonhommeau arrisca
uma previsão: "Por enquanto, o nosso nível trófico global é de 2,2,
mas os estudos dos nutricionistas mostram que estamos a convergir para
uma dieta que contém cerca de 35% de nutrientes de origem animal
(carne, gordura, peixe). Isso traduzir-se-ia num nível trófico próximo
dos 2,4. Ora, o nosso estudo mostra que, precisamente acima deste
último valor, a esperança de vida diminui devido às doenças causadas
por uma alimentação demasiado rica em gorduras e proteínas animais."
Talvez seja esse, de facto, o limite a não ultrapassar em caso algum.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cientistas-calcularam-ranking-dos-seres-humanos-na-cadeia-alimentar-1615179#/0
Ausência de acordo na OMC é preferível à "distorção" dos preços na agricultura
CAMILO SOLDADO e COM LUSA
05/12/2013 - 21:13
Delegação portuguesa na conferência ministerial da Organização Mundial
do Comércio (OMC), em Bali (Indonésia), defende que os países não
podem "cair na tentação de ter acordo a qualquer custo".
No penúltimo dia da conferência de Bali, o secretário de Estado
Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, citado pela Lusa, defendeu
que "o acordo tem de ser viável para as partes, mas equilibrado e
construtivo para um mundo de comércio mais livre e mais equilibrado".
Também em Bali, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno
Maçães, avisou, na sessão plenária da conferência que decorreu na
quinta-feira que, se não houver acordo, "haverá um retrocesso e todos
os esforços feitos até agora serão anulados". Bruno Maçães realçou
que, para Portugal, "um acordo ambicioso e justo é uma absoluta
prioridade".
No entanto, aludindo à posição indiana, Leonardo Mathias, citado pela
Lusa, advertiu que não se pode "encontrar regimes de excepção para um
país sobre uma matéria, senão os acordos vão passar a ser regimes de
excepção para tudo e mais alguma coisa". "Tanto Portugal como a União
Europeia consideram que não deve haver distorções no mercado e para
Portugal é importante o mercado do arroz, por exemplo, e outros
mercados dos cereais, que obviamente estão inseridos no âmbito mais
lato da Política Agrícola Comum, mas que não deixam de ser relevantes
se houver uma possível distorção", avisou o secretário de Estado.
Ainda assim, Leonardo Mathias destacou que o "pacote de Bali" é
positivo para Portugal, porque implica uma redução dos custos de
transacção na ordem dos 10%.
Na quinta-feira, em conferência de imprensa o ministro do Comércio e
Indústria Índia, Anand Sharma, reforçou o aviso que tinha deixado na
sessão plenária da OMC no dia anterior, quando afirmou que a questão
da segurança alimentar "não é negociável".
Em declarações ao PÚBLICO, na terça-feira, antes de as sessões
plenárias terem início, o presidente da comissão de comércio
internacional do Parlamento Europeu, Vital Moreira apontava para uma
"hipótese de 50% de sucesso de um acordo". Na quarta-feira, depois da
intervenção de Sharma na sessão plenária, segundo a Lusa, Vital
Moreira revia em baixa as previsões para a "80% de hipóteses de
falhanço".
O secretário de Estado Adjunto e da Economia, afirmou que Portugal
está "sensibilizado" as questão relacionadas com a agricultura
levantadas pela Índia, mas destacou que "quanto mais liberalizado for
o comércio, mais terão a ganhar as economias em desenvolvimento".
Segundo a agência Lusa, a delegação portuguesa em Bali, composta por
Leonardo Mathias e por Bruno Maçães, encontrou-se com responsáveis de
Singapura, Angola, Arábia Saudita, Peru, Israel, Brasil e Indonésia.
O encontro entre os 160 membros da OMC (a adesão do Iémen foi aprovada
na quinta-feira) termina na sexta e não há acordo há vista. A
manter-se o cenário, a OMC falha em fechar o ciclo da ronda negocial
de Doha, iniciado em 2001.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ausencia-de-acordo-na-omc-e-preferivel-a-distorcao-dos-precos-na-agricultura-1615237
05/12/2013 - 21:13
Delegação portuguesa na conferência ministerial da Organização Mundial
do Comércio (OMC), em Bali (Indonésia), defende que os países não
podem "cair na tentação de ter acordo a qualquer custo".
No penúltimo dia da conferência de Bali, o secretário de Estado
Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, citado pela Lusa, defendeu
que "o acordo tem de ser viável para as partes, mas equilibrado e
construtivo para um mundo de comércio mais livre e mais equilibrado".
Também em Bali, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno
Maçães, avisou, na sessão plenária da conferência que decorreu na
quinta-feira que, se não houver acordo, "haverá um retrocesso e todos
os esforços feitos até agora serão anulados". Bruno Maçães realçou
que, para Portugal, "um acordo ambicioso e justo é uma absoluta
prioridade".
No entanto, aludindo à posição indiana, Leonardo Mathias, citado pela
Lusa, advertiu que não se pode "encontrar regimes de excepção para um
país sobre uma matéria, senão os acordos vão passar a ser regimes de
excepção para tudo e mais alguma coisa". "Tanto Portugal como a União
Europeia consideram que não deve haver distorções no mercado e para
Portugal é importante o mercado do arroz, por exemplo, e outros
mercados dos cereais, que obviamente estão inseridos no âmbito mais
lato da Política Agrícola Comum, mas que não deixam de ser relevantes
se houver uma possível distorção", avisou o secretário de Estado.
Ainda assim, Leonardo Mathias destacou que o "pacote de Bali" é
positivo para Portugal, porque implica uma redução dos custos de
transacção na ordem dos 10%.
Na quinta-feira, em conferência de imprensa o ministro do Comércio e
Indústria Índia, Anand Sharma, reforçou o aviso que tinha deixado na
sessão plenária da OMC no dia anterior, quando afirmou que a questão
da segurança alimentar "não é negociável".
Em declarações ao PÚBLICO, na terça-feira, antes de as sessões
plenárias terem início, o presidente da comissão de comércio
internacional do Parlamento Europeu, Vital Moreira apontava para uma
"hipótese de 50% de sucesso de um acordo". Na quarta-feira, depois da
intervenção de Sharma na sessão plenária, segundo a Lusa, Vital
Moreira revia em baixa as previsões para a "80% de hipóteses de
falhanço".
O secretário de Estado Adjunto e da Economia, afirmou que Portugal
está "sensibilizado" as questão relacionadas com a agricultura
levantadas pela Índia, mas destacou que "quanto mais liberalizado for
o comércio, mais terão a ganhar as economias em desenvolvimento".
Segundo a agência Lusa, a delegação portuguesa em Bali, composta por
Leonardo Mathias e por Bruno Maçães, encontrou-se com responsáveis de
Singapura, Angola, Arábia Saudita, Peru, Israel, Brasil e Indonésia.
O encontro entre os 160 membros da OMC (a adesão do Iémen foi aprovada
na quinta-feira) termina na sexta e não há acordo há vista. A
manter-se o cenário, a OMC falha em fechar o ciclo da ronda negocial
de Doha, iniciado em 2001.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ausencia-de-acordo-na-omc-e-preferivel-a-distorcao-dos-precos-na-agricultura-1615237
OMC: Avanços e desilusões
JOSÉ MANUEL ROCHA
07/12/2013 - 19:20
Em Bali, interrompeu-se o impasse em que tinham caído as negociações
do chamado ciclo de Doha (Qatar), iniciado há 12 anos sem resultados
palpáveis na liberalização do comércio mundial.
A entrada de uma nova liderança parece que fez bem à Organização
Mundial do Comércio (OMC), que parecia condenada a uma certa
irrelevância.
O recém-eleito secretário-geral, o brasileiro Roberto Azevedo,
empenhou-se a fundo em conseguir resultados na conferência que
terminou na madrugada de sábado, em Bali, na Indonésia. E
conseguiu-os. São poucos, mas permitem que se interrompa, pelo menos,
o ciclo de decrepitude em que parecia ter caído a organização,
praticamente reduzida a uma espécie de tribunal que julga os "crimes"
comerciais cometidos pelos 159 países que a compõem.
O que se conseguiu em Bali foi, essencialmente, um compromisso para
acabar com os obstáculos logísticos e administrativos que são
frequentemente levantados nas fronteiras, a reafirmação do princípio
do fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas e um
compromisso para uma maior abertura dos mercados dos países ricos aos
produtos das nações mais pobres.
Isto é importante, mas os pontos mais delicados ficaram fora da sala
de reuniões e esses são os que mais constrangem um fluxo normal do
comércio entre os países. Desde logo, as tarifas aduaneiras, em que
continua a revelar-se impossível estabelecer uma pauta normativa que
constitua obrigação para todos e assim acabe com os fenómenos de
proteccionismo. Depois, os subsídios à produção, nomeadamente
agrícola, terreno no qual Estados Unidos e Europa muito reclamam,
esquecendo os generosos apoios que concedem aos seus agricultores,
apesar de muitas vezes sob a capa de inspiradoras intenções, como a
protecção ambiental e o bem estar animal ou ajuda alimentar a
populações estrangeiras.
Em Bali, interrompeu-se o impasse em que tinham caído as negociações
do chamado ciclo de Doha (Qatar), iniciado há 12 anos sem resultados
palpáveis na liberalização do comércio mundial. Mas o tempo perdido
pode ser difícil de recuperar. Durante mais de uma década, países e
blocos de estados foram estabelecendo as suas próprias regras
bilaterais de convivência comercial que não serão atiradas ao mar com
um simples gesto.
http://www.publico.pt/economia/noticia/omc-avancos-e-desilusoes-1615477
07/12/2013 - 19:20
Em Bali, interrompeu-se o impasse em que tinham caído as negociações
do chamado ciclo de Doha (Qatar), iniciado há 12 anos sem resultados
palpáveis na liberalização do comércio mundial.
A entrada de uma nova liderança parece que fez bem à Organização
Mundial do Comércio (OMC), que parecia condenada a uma certa
irrelevância.
O recém-eleito secretário-geral, o brasileiro Roberto Azevedo,
empenhou-se a fundo em conseguir resultados na conferência que
terminou na madrugada de sábado, em Bali, na Indonésia. E
conseguiu-os. São poucos, mas permitem que se interrompa, pelo menos,
o ciclo de decrepitude em que parecia ter caído a organização,
praticamente reduzida a uma espécie de tribunal que julga os "crimes"
comerciais cometidos pelos 159 países que a compõem.
O que se conseguiu em Bali foi, essencialmente, um compromisso para
acabar com os obstáculos logísticos e administrativos que são
frequentemente levantados nas fronteiras, a reafirmação do princípio
do fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas e um
compromisso para uma maior abertura dos mercados dos países ricos aos
produtos das nações mais pobres.
Isto é importante, mas os pontos mais delicados ficaram fora da sala
de reuniões e esses são os que mais constrangem um fluxo normal do
comércio entre os países. Desde logo, as tarifas aduaneiras, em que
continua a revelar-se impossível estabelecer uma pauta normativa que
constitua obrigação para todos e assim acabe com os fenómenos de
proteccionismo. Depois, os subsídios à produção, nomeadamente
agrícola, terreno no qual Estados Unidos e Europa muito reclamam,
esquecendo os generosos apoios que concedem aos seus agricultores,
apesar de muitas vezes sob a capa de inspiradoras intenções, como a
protecção ambiental e o bem estar animal ou ajuda alimentar a
populações estrangeiras.
Em Bali, interrompeu-se o impasse em que tinham caído as negociações
do chamado ciclo de Doha (Qatar), iniciado há 12 anos sem resultados
palpáveis na liberalização do comércio mundial. Mas o tempo perdido
pode ser difícil de recuperar. Durante mais de uma década, países e
blocos de estados foram estabelecendo as suas próprias regras
bilaterais de convivência comercial que não serão atiradas ao mar com
um simples gesto.
http://www.publico.pt/economia/noticia/omc-avancos-e-desilusoes-1615477
Azeitona: campanha decorre segundo expectativas da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos
________________________________
Completa-se hoje o primeiro mês do início da campanha olivícola
2013/2014, na Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos. Para já, e
segundo Francisco Gil, gerente da empresa, a campanha está a decorrer
segundo as expectativas iniciais. O responsável explicou que, até ao
momento já foram entregues 10 milhões de quilos de azeitona de boa
qualidade. Caso não hajam nenhuns imprevistos, a Cooperativa espera
alcançar resultados semelhantes aos de há dois anos atrás.
http://www.radioplanicie.com/gestao/noticias/index_noticias.php?noticia=8963
Completa-se hoje o primeiro mês do início da campanha olivícola
2013/2014, na Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos. Para já, e
segundo Francisco Gil, gerente da empresa, a campanha está a decorrer
segundo as expectativas iniciais. O responsável explicou que, até ao
momento já foram entregues 10 milhões de quilos de azeitona de boa
qualidade. Caso não hajam nenhuns imprevistos, a Cooperativa espera
alcançar resultados semelhantes aos de há dois anos atrás.
http://www.radioplanicie.com/gestao/noticias/index_noticias.php?noticia=8963
PRODER apoia 24 projectos no Douro Superior
Torre de Moncorvo
» 1,2 milhões de euros impulsionam desenvolvimento rural em quatro
municípios durienses
Mais de 600 mil euros foram atribuídos pelo PRODER a 24 projectos no
Douro Superior. O investimento total é de um milhão e 200 mil euros.
Na cerimónia de entrega dos contratos de financiamento, na passada
quarta-feira, a gestora do programa salientou o dinamismo dos
empresários da região no sector agrícola. "Este é um financiamento que
é transversal para a dinamização das zonas rurais, parte do
investimento agrícola que é muito forte nesta região sobretudo no
sector da fruta, do vinho e do mel pois há centenas de jovens a
instalar-se", refere Gabriela Ventura, acrescentando que "em
complemento deste investimento aparecem depois outras actividades
muito criadoras de postos de trabalho".
Os empresários contemplados com este apoio realçam que sem o
financiamento seria mais complicado ou até mesmo impossível
concretizar os projectos. "Neste momento era impossível e isto caba
por ser um incentivo e uma mais-valia para mim e para a terra",
considera Maria Beatriz. "Sem o apoio é sempre mais difícil, embora
também não seja solução para todos os males. Espero conseguir
aproveitar este apoio para contrariar outros males e tornar aspectos
negativos em aspectos positivos", refere António Andrês.
Desenvolver agricultura
O presidente da Associação de Desenvolvimento do Douro Superior diz
que este dinheiro vem ajudar a desenvolver a agricultura da região.
"Serve para desenvolver a agricultura da região e tudo o que se faça a
favor destes concelhos é tudo bem-vindo. Estes apoios são fundamentais
porque a agricultura tem de ser ajudada e se assim não fosse muitos
projectos ficavam pelo caminho", afirma Dinis Cordeiro.
Caixa
Museu da Cera inaugurado em Felgueiras
No mesmo dia foi ainda inaugurado na aldeia de Felgueiras, Torre de
Moncorvo, o Museu da Cera, único na Europa. O antigo lagar foi
recuperado e transformado em local memória, num projecto financiado
pelo PRODER.
O presidente da Junta de Freguesia explica que "aqui pode ver-se todo
o processo de fabrico da cera, desde a recolha da matéria-prima que
era retirada de colemias, passava depois para cera virgem e depois
compactada em pães de cera". Depois "os cereeiros transformavam-na em
suas casas, em velas para igrejas", acrescenta Adriano Martins,
salientando que estas velas "eram vendidas em todo o país e abastecia
grande parte do Nordeste Transmontano".
Na década de 60 chegaram a ser 30 os cereeiros nesta freguesia. Hoje
há apenas dois.
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=501&id=19558&idSeccao=4473&Action=noticia
» 1,2 milhões de euros impulsionam desenvolvimento rural em quatro
municípios durienses
Mais de 600 mil euros foram atribuídos pelo PRODER a 24 projectos no
Douro Superior. O investimento total é de um milhão e 200 mil euros.
Na cerimónia de entrega dos contratos de financiamento, na passada
quarta-feira, a gestora do programa salientou o dinamismo dos
empresários da região no sector agrícola. "Este é um financiamento que
é transversal para a dinamização das zonas rurais, parte do
investimento agrícola que é muito forte nesta região sobretudo no
sector da fruta, do vinho e do mel pois há centenas de jovens a
instalar-se", refere Gabriela Ventura, acrescentando que "em
complemento deste investimento aparecem depois outras actividades
muito criadoras de postos de trabalho".
Os empresários contemplados com este apoio realçam que sem o
financiamento seria mais complicado ou até mesmo impossível
concretizar os projectos. "Neste momento era impossível e isto caba
por ser um incentivo e uma mais-valia para mim e para a terra",
considera Maria Beatriz. "Sem o apoio é sempre mais difícil, embora
também não seja solução para todos os males. Espero conseguir
aproveitar este apoio para contrariar outros males e tornar aspectos
negativos em aspectos positivos", refere António Andrês.
Desenvolver agricultura
O presidente da Associação de Desenvolvimento do Douro Superior diz
que este dinheiro vem ajudar a desenvolver a agricultura da região.
"Serve para desenvolver a agricultura da região e tudo o que se faça a
favor destes concelhos é tudo bem-vindo. Estes apoios são fundamentais
porque a agricultura tem de ser ajudada e se assim não fosse muitos
projectos ficavam pelo caminho", afirma Dinis Cordeiro.
Caixa
Museu da Cera inaugurado em Felgueiras
No mesmo dia foi ainda inaugurado na aldeia de Felgueiras, Torre de
Moncorvo, o Museu da Cera, único na Europa. O antigo lagar foi
recuperado e transformado em local memória, num projecto financiado
pelo PRODER.
O presidente da Junta de Freguesia explica que "aqui pode ver-se todo
o processo de fabrico da cera, desde a recolha da matéria-prima que
era retirada de colemias, passava depois para cera virgem e depois
compactada em pães de cera". Depois "os cereeiros transformavam-na em
suas casas, em velas para igrejas", acrescenta Adriano Martins,
salientando que estas velas "eram vendidas em todo o país e abastecia
grande parte do Nordeste Transmontano".
Na década de 60 chegaram a ser 30 os cereeiros nesta freguesia. Hoje
há apenas dois.
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=501&id=19558&idSeccao=4473&Action=noticia
Universidade lança doutoramento para melhorar alimentos
VILA REAL
por Lusa, publicado por ABF03 dezembro 20134 comentários
A Universidade de Vila Real lança hoje as candidaturas de um curso de
doutoramento internacional "inédito" que visa desenvolver cadeias de
produção sustentáveis e melhorar a qualidade dos alimentos hortícolas,
anunciou fonte da instituição.
O doutoramento "Cadeias de Produção Agrícola -- da mesa ao campo -
AgriChains" é uma iniciativa do Centro de Investigação e de
Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
"Vem preencher uma lacuna a nível mundial, com uma abordagem
completamente nova em relação às cadeias de produção agrícola: é o
consumidor final que decide quais as características dos produtos que
pretende, mediante a intervenção em todo o processo de produção",
explicou, em comunicado, o diretor do curso, Eduardo Rosa.
Este processo passa pelo cultivo, crescimento, colheita, processamento e venda.
Os doutorandos terão formação específica em cada etapa do processo de
produção agrícola e acesso às grandes empresas do setor e às opiniões
dos consumidores, numa estratégia de conteúdos programáticos
integrados no próprio curso e de promoção de emprego, com seminários,
conferências e até estágios e projetos de investigação nessas mesmas
empresas.
Neste curso, cada aluno vai ter um acompanhamento personalizado.
"Vamos atribuir um tutor a cada estudante, assim que seja aceite no
nosso programa. O tutor vai conceder apoio pessoal e académico e terá
também um papel fundamental na seleção do orientador de dissertação do
doutorando", sustentou Eduardo Rosa.
Este doutoramento resulta de uma parceria entre o CITAB, o Centro de
Química de Vila Real (CQVR), a Universidade do Minho, (UMinho) a
Universidade de Wageningen (Holanda) e a Universidade Politécnica de
Valência (Espanha).
O AgriChains tem duração de quatro anos e inclui um programa de
mobilidade pelas quatro universidades parceiras.
Segundo Eduardo Rosa, estas "são instituições com excelente reputação
na investigação que desenvolvem no setor primário". O curso concede
ainda oito bolsas por ano, financiadas pela Fundação para a Ciência e
Tecnologia que suportam, além das propinas, deslocações e estadias
fora de Portugal.
As candidaturas decorrem no sítio de Internet www.agrichains.utad.pt
até 31 de dezembro, para a primeira edição do programa (2014-2017),
que tem início no primeiro trimestre de 2014.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3566413&page=-1
por Lusa, publicado por ABF03 dezembro 20134 comentários
A Universidade de Vila Real lança hoje as candidaturas de um curso de
doutoramento internacional "inédito" que visa desenvolver cadeias de
produção sustentáveis e melhorar a qualidade dos alimentos hortícolas,
anunciou fonte da instituição.
O doutoramento "Cadeias de Produção Agrícola -- da mesa ao campo -
AgriChains" é uma iniciativa do Centro de Investigação e de
Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
"Vem preencher uma lacuna a nível mundial, com uma abordagem
completamente nova em relação às cadeias de produção agrícola: é o
consumidor final que decide quais as características dos produtos que
pretende, mediante a intervenção em todo o processo de produção",
explicou, em comunicado, o diretor do curso, Eduardo Rosa.
Este processo passa pelo cultivo, crescimento, colheita, processamento e venda.
Os doutorandos terão formação específica em cada etapa do processo de
produção agrícola e acesso às grandes empresas do setor e às opiniões
dos consumidores, numa estratégia de conteúdos programáticos
integrados no próprio curso e de promoção de emprego, com seminários,
conferências e até estágios e projetos de investigação nessas mesmas
empresas.
Neste curso, cada aluno vai ter um acompanhamento personalizado.
"Vamos atribuir um tutor a cada estudante, assim que seja aceite no
nosso programa. O tutor vai conceder apoio pessoal e académico e terá
também um papel fundamental na seleção do orientador de dissertação do
doutorando", sustentou Eduardo Rosa.
Este doutoramento resulta de uma parceria entre o CITAB, o Centro de
Química de Vila Real (CQVR), a Universidade do Minho, (UMinho) a
Universidade de Wageningen (Holanda) e a Universidade Politécnica de
Valência (Espanha).
O AgriChains tem duração de quatro anos e inclui um programa de
mobilidade pelas quatro universidades parceiras.
Segundo Eduardo Rosa, estas "são instituições com excelente reputação
na investigação que desenvolvem no setor primário". O curso concede
ainda oito bolsas por ano, financiadas pela Fundação para a Ciência e
Tecnologia que suportam, além das propinas, deslocações e estadias
fora de Portugal.
As candidaturas decorrem no sítio de Internet www.agrichains.utad.pt
até 31 de dezembro, para a primeira edição do programa (2014-2017),
que tem início no primeiro trimestre de 2014.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3566413&page=-1
Órgão agrícola chinês acalma expectativas sobre reforma
Reformas não devem chegar a dar carta branca às empresas comerciais
para comprar terras e devem focar mais na criação de fazendas
familiares maiores
Agricultura: a China revelou no mês passado seu mais ousado plano de
reforma agrária em décadas, permitindo oficialmente que terras
agrícolas de propriedade coletiva
Pequim - As novas reformas rurais na China não devem chegar a dar
carta branca às empresas comerciais para comprar terras e devem focar
mais na criação de fazendasfamiliares maiores, disse o principal órgão
agrícola do país em comentários publicados nesta quinta-feira.
A China revelou no mês passado seu mais ousado plano de reforma
agrária em décadas, permitindo oficialmente que terras agrícolas de
propriedade coletiva, um legado da economia planejada, possam ser
transferidas, alugadas ou agrupadas, mas as autoridades pediram
cautela, dizendo aos governos locais para não "agir apressadamente".
O chefe do grupo de trabalho do Partido Comunista para assuntos
rurais, Chen Xiwen, disse ao jornal oficial Diário do Povo que as
reformas agrárias tinha sido "mal interpretadas", e que "pré-condições
e restrições claras" irão guiar a reorganização.
A prioridade para o país mais populoso do mundo é garantir terras
suficientes e mão de obra rural para manter a segurança alimentar,
após décadas de expansão industrial e um êxodo dos trabalhadores
rurais para as cidades.
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/orgao-agricola-chines-acalma-expectativas-sobre-reforma
para comprar terras e devem focar mais na criação de fazendas
familiares maiores
Agricultura: a China revelou no mês passado seu mais ousado plano de
reforma agrária em décadas, permitindo oficialmente que terras
agrícolas de propriedade coletiva
Pequim - As novas reformas rurais na China não devem chegar a dar
carta branca às empresas comerciais para comprar terras e devem focar
mais na criação de fazendasfamiliares maiores, disse o principal órgão
agrícola do país em comentários publicados nesta quinta-feira.
A China revelou no mês passado seu mais ousado plano de reforma
agrária em décadas, permitindo oficialmente que terras agrícolas de
propriedade coletiva, um legado da economia planejada, possam ser
transferidas, alugadas ou agrupadas, mas as autoridades pediram
cautela, dizendo aos governos locais para não "agir apressadamente".
O chefe do grupo de trabalho do Partido Comunista para assuntos
rurais, Chen Xiwen, disse ao jornal oficial Diário do Povo que as
reformas agrárias tinha sido "mal interpretadas", e que "pré-condições
e restrições claras" irão guiar a reorganização.
A prioridade para o país mais populoso do mundo é garantir terras
suficientes e mão de obra rural para manter a segurança alimentar,
após décadas de expansão industrial e um êxodo dos trabalhadores
rurais para as cidades.
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/orgao-agricola-chines-acalma-expectativas-sobre-reforma
Acordo da OMC era «condição prévia para Portugal dar o salto»
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, destacou
que o acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovado esta
manhã em Bali, na Indonésia, era «quase uma condição prévia para
Portugal dar o salto» nos mercados globais.
Numa altura em que Portugal está a aumentar as exportações, sobretudo
para fora da Europa, o Acordo de Facilitação do Comércio era
"fundamental", representando "quase uma condição prévia para Portugal
dar o salto para ter uma posição muito mais importante nos mercados
globais", disse o governante à agência Lusa.
Bruno Maçães reforçou que "a burocracia alfandegária em mercados
difíceis" será combatida "com disposições muito claras" que garantem,
por exemplo, que "os bens em alfandegas têm de ser despachados no
período mais breve possível".
Estas mudanças, que permitirão a Portugal reduzir os custos de
transação em cerca de 10 por cento, deverão começar a ser visíveis
"dentro de alguns meses" nalguns mercados, dependendo da rapidez na
implementação das medidas em cada país, explicou.
Bruno Maçães sublinhou que o 'pacote de Bali' abre as portas a "uma
nova era do comércio internacional" e permitirá ainda o combate ao
desemprego em Portugal, algo que, na sua visão, passa por um aumento
das exportações, sobretudo para fora da União Europeia.
O secretário de Estado frisou que Portugal, "tal como a totalidade dos
países da União Europeia", sai "muito satisfeito" da ilha de Bali,
sobretudo por garantir que a OMC "prospera e continua a ser um fórum
privilegiado para discutir e decidir questões de comércio
internacional", algo "muito importante para países como Portugal".
O primeiro acordo da OMC, formada em 1995, era visto como decisivo
para o futuro da organização, mas só durante a última madrugada, após
quatro dias de intensa discussão em Bali precedidos por dez semanas de
negociações em Genebra, é que a Índia, líder dos 46 países em
desenvolvimento do "G33", e os Estados Unidos se entenderam.
O 'pacote de Bali' determina que não serão aplicadas sanções à Índia e
a outros países em desenvolvimento que ultrapassem os 10% de
subvenções à agricultura, até que se chegue a uma solução permanente
sobre o assunto, algo que deverá acontecer na 11.ª conferência
ministerial da OMC, prevista para daqui a quatro anos.
Em contrapartida, estes países ficam sujeitos a salvaguardas para
impedir que os seus programas de segurança alimentar distorçam os
preços dos produtos agrícolas no mercado, algo que também preocupava
Portugal.
Além disso, esta medida aplicar-se-á apenas aos programas existentes e
não àqueles que vierem a ser criados, o que, segundo o secretário de
Estado dos Assuntos Europeus, "era uma causa de preocupação".
Após alcançado um acordo entre a Índia e os Estados Unidos, já a altas
horas da madrugada, Cuba, com a solidariedade da Venezuela, Bolívia e
Nicarágua - os países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba)
-, rejeitou o documento, levantando a questão do embargo comercial
norte-americano ao país.
Segundo Bruno Maçães, esta questão "teve de ser alvo de discussões
cuidadosas" e terminou com uma formulação nas conclusões da
conferência que reafirma o princípio da não-discriminação, que faz
parte do legado da OMC.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=208186
que o acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovado esta
manhã em Bali, na Indonésia, era «quase uma condição prévia para
Portugal dar o salto» nos mercados globais.
Numa altura em que Portugal está a aumentar as exportações, sobretudo
para fora da Europa, o Acordo de Facilitação do Comércio era
"fundamental", representando "quase uma condição prévia para Portugal
dar o salto para ter uma posição muito mais importante nos mercados
globais", disse o governante à agência Lusa.
Bruno Maçães reforçou que "a burocracia alfandegária em mercados
difíceis" será combatida "com disposições muito claras" que garantem,
por exemplo, que "os bens em alfandegas têm de ser despachados no
período mais breve possível".
Estas mudanças, que permitirão a Portugal reduzir os custos de
transação em cerca de 10 por cento, deverão começar a ser visíveis
"dentro de alguns meses" nalguns mercados, dependendo da rapidez na
implementação das medidas em cada país, explicou.
Bruno Maçães sublinhou que o 'pacote de Bali' abre as portas a "uma
nova era do comércio internacional" e permitirá ainda o combate ao
desemprego em Portugal, algo que, na sua visão, passa por um aumento
das exportações, sobretudo para fora da União Europeia.
O secretário de Estado frisou que Portugal, "tal como a totalidade dos
países da União Europeia", sai "muito satisfeito" da ilha de Bali,
sobretudo por garantir que a OMC "prospera e continua a ser um fórum
privilegiado para discutir e decidir questões de comércio
internacional", algo "muito importante para países como Portugal".
O primeiro acordo da OMC, formada em 1995, era visto como decisivo
para o futuro da organização, mas só durante a última madrugada, após
quatro dias de intensa discussão em Bali precedidos por dez semanas de
negociações em Genebra, é que a Índia, líder dos 46 países em
desenvolvimento do "G33", e os Estados Unidos se entenderam.
O 'pacote de Bali' determina que não serão aplicadas sanções à Índia e
a outros países em desenvolvimento que ultrapassem os 10% de
subvenções à agricultura, até que se chegue a uma solução permanente
sobre o assunto, algo que deverá acontecer na 11.ª conferência
ministerial da OMC, prevista para daqui a quatro anos.
Em contrapartida, estes países ficam sujeitos a salvaguardas para
impedir que os seus programas de segurança alimentar distorçam os
preços dos produtos agrícolas no mercado, algo que também preocupava
Portugal.
Além disso, esta medida aplicar-se-á apenas aos programas existentes e
não àqueles que vierem a ser criados, o que, segundo o secretário de
Estado dos Assuntos Europeus, "era uma causa de preocupação".
Após alcançado um acordo entre a Índia e os Estados Unidos, já a altas
horas da madrugada, Cuba, com a solidariedade da Venezuela, Bolívia e
Nicarágua - os países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba)
-, rejeitou o documento, levantando a questão do embargo comercial
norte-americano ao país.
Segundo Bruno Maçães, esta questão "teve de ser alvo de discussões
cuidadosas" e terminou com uma formulação nas conclusões da
conferência que reafirma o princípio da não-discriminação, que faz
parte do legado da OMC.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=208186
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