quarta-feira, 19 de março de 2014

Quercus acusa o Ministério da Agricultura de querer cobrir o país de eucaliptos


Arlinda Brandão
19 Mar, 2014, 17:53 / atualizado em 19 Mar, 2014, 17:53

Em causa a proposta de desenvolvimento rural 2014-2020.
Os ambientalistas exigem a retirada da intenção de financiar a plantação de espécies de crescimento rápido a 40% a fundo perdido e censuram uma medida que consideram um contrasenso face ao objetivo de diminuir os incêndios florestais.

A Quercus não entende como, por um lado, se pretende reduzir os fogos florestais e, ao mesmo tempo, se dá incentivos para a plantação de eucaliptos.

EDIA promove visitas a infraestruturas de Alqueva no âmbito da Feira da Água



Integrando o programa da Feira da Água, a decorrer em Beja de 21 a 23 de Março, a EDIA vai promover duas visitas a infraestruturas de Alqueva assinalando desta forma o primeiro dia da feira, dia 21, dia consignado a este Projecto.

Esta iniciativa, realizada em parceria com a organização da feira, Câmara Municipal de Beja e ACOS, terá lugar às 11:30h e às 14:30h da próxima sexta-feira, e é dirigida ao público em geral.

A visita consta de uma deslocação a Trigaches, local onde serão visitadas as seguintes infraestruturas:

· Canal da Rede Primária Alvito/Pisão

· Central Mini Hídrica do Pisão

· Barragem do Pisão

· Estação Elevatória do Pisão

No decurso da visita serão dadas explicações sobre a função de cada infraestrutura enquadradas no projecto de Alqueva.

As inscrições são limitadas ao número de lugares vagos no autocarro e podem ser efectuadas no Secretariado da Feira.

A partida e a chegada do autocarro serão junto à entrada principal da feira, no Parque de Feiras e Exposições de Beja.

A EDIA faz-se representar neste certame com o pavilhão “Alqueva, uma nova terra de água” e com uma exposição de Cartoons sobre Alqueva, da autoria de Carlos Rico e Luis Afonso, publicados no Diário do Alentejo ao longo dos anos.

Fonte:  EDIA

Meia centena de produtores de vinhos do Porto e do Douro numa "montra para o mundo" | ProWein 2014

 


IVDP promove vinhos do Porto e do Douro na que é considerada a maior feira do mundo no setor

 

Meia centena de produtores de vinhos do Porto e do Douro numa “montra para o mundo”

 

23 a 25 de março, Messe Düsseldorf, Alemanha

 

O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) renova a sua aposta na ProWein e leva ao certame 48 produtores da Região Demarcada do Douro (RDD) à procura de novas oportunidades de negócio. Considerada a maior e mais importante feira de vinhos do mundo, a ProWein vai já na sua 20ª edição e decorre em Düsseldorf, na Alemanha, de 23 a 25 de março. São esperados mais de 45 mil compradores, vindos dos mais diversos pontos do globo. O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, descreve que os objetivos desta aposta passam por “solidificar mercados onde os vinhos do Porto e do Douro já têm um desempenho interessante e avaliar novas oportunidades noutros países como, por exemplo, os asiáticos, cuja presença é potenciada na sequência da ProWein realizada na China em novembro do ano passado”. “Estar na ProWein, é estar numa montra para o mundo em contínua interação. Tirando partido do excelente desempenho no ano passado do Vintage 2011, a mais recente declaração Vintage, vamos apostar na força das categorias especiais para promover os vinhos da RDD”, conclui o presidente.

 

É no espaço de 259 metros quadrados do IVDP que os produtores vão dar a conhecer e a provar os seus vinhos. No espaço da ViniPortugal, o IVDP promove três provas de vinho do Porto e duas provas de vinhos do Douro, dinamizadas pelo especialista alemão da World of Port, Axel Probst. “Tipos de vinho do Porto”, “Tawny Jewels” e “Vintage 2011” são os temas de cada uma das provas de vinho do Porto, e as provas de vinhos do Douro intitulam-se "Os magníficos vinhos do Douro".

 

Desde a primeira edição, em 1994, a ProWein aumentou em 15 vezes o número de expositores, conta com 30 vezes mais visitantes e seis vezes mais países, num espaço 18 vezes maior. De 1994 a 2013, passaram pela ProWein 50.511 expositores e 496.270 visitantes.


 


www.mediana.pt

 


terça-feira, 18 de março de 2014

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural inaugura Adutor de Pedrógão e Barragem de São Pedro


Vai ser inaugurada no próximo dia 22 de Março, sábado, dia mundial da água, pelas 10:30 h, a Barragem de São Pedro e o Adutor de Pedrógão, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva.

O Adutor de Pedrógão / Margem Direita, com cerca de 8 500 metros de extensão, liga o reservatório de Pedrógão à Barragem de São Pedro, localizada perto de Baleizão.

A barragem de São Pedro, com 24 metros de altura máxima, tem um coroamento com 753 metros de extensão com 7 metros de largura e cria uma albufeira com uma capacidade de 10 milhões e 800 mil metros cúbicos. Como órgãos de exploração e segurança dispõe de circuitos de entrada, tomada de água e caudal ecológico e de descargas de superfície e de fundo.

O circuito de entrada, aquele que permite receber a água desde o reservatório de Pedrógão, irá ser aberto durante a cerimónia, assinalando desta forma a conclusão dos trabalhos e operacionalização das infraestruturas.

A barragem de São Pedro será a responsável pela adução de água a três importantes blocos de Rega do Sub Sistema de Pedrógão, nomeadamente os blocos de São Matias, São Pedro / Baleizão e Baleizão / Quintos, equipados com duas estações Elevatórias e totalizando cerca de 20 mil hectares.

A barragem de S. Pedro e adutor de Pedrógão / Margem Direita representaram um investimento de 20.986.000,00 €, cofinanciados em  17.487.000,00 €  pelo Fundo de Coesão, programa POVT, Programa Operacional de Valorização do Território. 

Estas duas infraestruturas integram o circuito hidráulico de Pedrógão / Margem Direita do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

Exportações de derivados de carne aumentaram mais de 20% em 2013


Espanha foi a origem da maior parte das importações (mais de 60%), seguindo-se a Alemanha e a França
As exportações de produtos derivados de carne aumentaram 20,5% em 2013, atingindo os 135 milhões de euros, com Angola a representar mais de 70% do total, segundo um estudo da consultora Informa D&B.

O valor da produção deste setor situou-se nos 945 milhões de euros em 2013 (+0,5%), tendo o défice da balança comercial sido reduzido de 61 milhões de euros em 2010 para 19 milhões de euros em 2013.

O número de empresas decresceu de forma significativa em 2012, ano em que foram contabilizadas 399 empresas, -4,5% do que no ano anterior, e cerca de 6.300 trabalhadores, face aos 7.000 empregados do setor em 2011.

Angola absorveu mais de70% das exportações de derivados de carne, enquanto Espanha ocupou a segunda posição, com uma quota de 7,5% nos dez primeiros meses de 2013.

Espanha foi a origem da maior parte das importações (mais de 60%), seguindo-se a Alemanha e a França.

As importações de derivados de carne cresceram 6,2% entre 2012 e 2013.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Agricultores da Guarda recolhem assinaturas em feiras contra alterações fiscais



A Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG) inicia uma recolha de assinaturas em feiras da região, na terça-feira, em Celorico da Beira, para contestação das alterações fiscais do setor que podem levar ao abandono da atividade.

"Já temos muitas centenas de assinaturas, mas amanhã [terça-feira], vamos começar a recolher assinaturas em feiras, iniciando essa fase em Celorico da Beira. Na quarta-feira, estaremos em Seia, na quinta-feira em Gouveia e na sexta-feira em Trancoso", disse hoje à agência Lusa António Machado, presidente da ADAG.
Segundo o responsável, a ADAG vai marcar presença no recinto do mercado de Celorico da Beira, a partir das 09:00, para recolher assinaturas e para informar e sensibilizar os agricultores daquele concelho para as implicações originadas pelas alterações fiscais previstas pelo Governo.
O novo regime declarativo obriga à inscrição de todos os agricultores com atividade comercial, ficando isentos de IVA os que têm um volume de negócios anual inferior a 10 mil euros, lembrou o responsável.
A ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, anunciou que os agricultores com rendimentos ou ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) inferiores a 1.670 euros não têm de se inscrever na Segurança Social, nem entregar declaração de IRS, embora se mantenha a obrigatoriedade de se inscreverem nas Finanças, mas a decisão não agrada à ADAG que apela à reforma da lei por representar "o fim da agricultura familiar".
"No distrito da Guarda, em concelhos como Trancoso, Aguiar da Beira, Pinhel ou Figueira de Castelo Rodrigo, 80% dos agricultores são reformados por invalidez. Se se fossem coletar nas Finanças, perdiam automaticamente o direito à reforma", alertou António Machado.
Referiu que a agricultura praticada no distrito da Guarda está "em risco" com a nova lei que "generaliza o país, quando o país não é todo igual".
"Ou reformam a lei ou o interior acaba totalmente. Se querem acabar com a população do interior na totalidade, então é levarem esta lei para a frente", alerta o presidente da ADAG.
O responsável apela ao Governo, uma vez mais, que "tenha em conta que o interior não é igual ao litoral nem ao sul do país".
"Acabem também, de uma vez por todas, de dar dinheiro a quem nada produz na agricultura. Nós importamos produtos que não eram necessários importar. Importamos, por exemplo, 60 por cento das batatas que consumimos, quando no distrito da Guarda se cultivavam milhares de toneladas", lembrou António Machado.
A recolha de assinaturas que a ADAG vai realizar em Celorico da Beira e em outras feiras da região está inserida no âmbito da jornada de protesto marcada para o mês de abril em Lisboa, contra as recentes imposições fiscais sobre os pequenos e médios agricultores.
Dinheiro Digital com Lusa

Livro "Os Asininos no Distrito de Bragança", de Armando Aníbal Marins, já está disponível


Posted on 17 de Março de 2014 | Leave a comment
osasininosO novo livro de Armando Aníbal Martins, “Os Asininos no Distrito de Bragança”, é editado pela Agrobook (do Grupo Publindústria) e está disponível a 5€, clicando aqui.

O mundo, afinal, não é ocupado por inteiro pelos chamados, um tanto ambiguamente, espertos. Os burros sabem o caminho.

Este livro apresenta uma abordagem do asinino que, partindo do facto de se atribuírem a este animal, convencionalmente, serviços menores, muita teimosia e «burrice», desmonta esse ponto de vista com argumentos que procuram convencer o leitor a posicionar-se, na matéria em causa, de modo diferente. Inclui também dados estatísticos bastante exaustivos no que aos concelhos e povoações do distrito de Bragança diz respeito.

Agricultores de 20 países da UE defenderam em Sevilha o carácter sustentável, inovador e estratégico do Setor Agrícola


Posted on 17 de Março de 2014 | Leave a comment

Mais de 300 agricultores de 20 países da União Europeia participaram nas jornadas da Conferência Europeia organizada pela ASAJA, em Sevilha. O principal resultado a retirar destas jornadas é a defesa do caráter sustentável, inovador e estratégico que tem a atividade agrícola na Europa, e apostam também no reforço da PAC, que garante alimentos saudáveis e de qualidade a preços razoáveis, contribui para preservar o meio ambiente e a biodiversidade, combate as alterações climáticas e mantém o emprego nas áreas rurais.

Esta Conferência, organizada sob a temática “A nova PAC 2014-2020: Futuro para os agricultores, futuro para a sociedade” pôs fim a um ano de atividades organizadas pela ASAJA – Sevilha, com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a União de Agricultores e Ganadeirows de Navarra (UAGN), o Comité de Organizações Profissionais Agrárias e Cooperativas Agrárias da União Europeia (COPA-Cogeca), entre outras entidades, com o objetivo de dar a conhecer a PAC e os benefícios que esta atividade traz a todos os cidadãos europeus.

As decisões nacionais de implementação da PAC vão perfilar até 2020 e os agricultores necessitam da segurança jurídica necessária para planificar a sua atividade. Foi neste contexto que os participantes e organizações membros do Comité de Organizações Profissionais Agrárias (COPA) presentes na Conferência de Sevilha elaboraram a declaração final deste ciclo de conferências.

Os principais enfoques da declaração são:

O setor agrário defende e aposta numa PAC que continue a ser Politica, Agrária e Comum. Este novo modelo da reforma deverá colocar-se ao serviço daqueles que são verdadeiramente agricultores e ganadeiros, proporcionar instrumentos para melhorar a competitividade e valorizar a contribuição da PAC para o meio ambiente e a sustentabilidade. Os agricultores europeus ainda não perderam a esperança de que algum dia se possa articular um sistema menos complexo, menos burocrático e mais simples.

Num mundo globalizado, a política comercial deve ser coerente com a PAC e com o modelo agrícola em vigor na UE. A UE conta com uma balança comercial agrícola positiva de 12.6 mil milhões de euros mas o comércio não pode ser um fim em si mesmo, mas sim um instrumento para conseguir um desenvolvimento equilibrado dos territórios europeus. Os acordos comerciais que a UE está a negociar atualmente (E.U.A., Japão, Canadá, países do sul do Mediterrâneo…) não podem contribuir para consolidar fora da fronteira da UE aquilo que não é permitido dentro do território. Os agricultores europeus não temem o comercio nem a eliminação de fronteiras, estando conscientes das oportunidades proporcionadas, reclamam apenas regras uniformes que evitem a concorrência desleal e não reduzam a confiança do consumidor europeu no sistema.

As explorações da UE necessitam da inovação e das novas tecnologias para poderem modernizar-se, otimizar o uso dos recursos naturais e melhorar a produtividade. A nova Associação Europeia para a Inovação deve centrar-se nas necessidades reais da atividade agrária, apoiar as iniciativas dos agricultores e aumentar a competitividade das explorações europeias.

Os agricultores europeus continuam a lutar para conseguir um preço justo para os seus produtos. Assim, é necessário um sistema que vá mais além do que os códigos voluntários de boas práticas e se baseie numa legislação europeia e em mecanismos de aplicação apropriados. Alguns Estados Membros têm já uma legislação na matéria, pelo que a UE deve recuperar a liderança e apostar em iniciativas mais ambiciosas que permitam equilibrar a cadeia alimentar, proíbam práticas desleias e abusivas e consolidem um mecanismo de controlo e sanção eficaz.

A PAC é hoje um instrumento de beneficia a sociedade. O êxodo rural e as alterações no modo de vida dos cidadãos deixaram-nos progressivamente mais longe da atividade agrária e da realidade rural. Hoje, mais do que nunca, os agricultores europeus desejam reforçar a sua relação com os consumidores para que se valorize a atividade agrária e a sua vertente económica, social e ambiental.

Cadaval: 13ª Semana da Floresta inspira-se na Biodiversidade de Montejunto


A 13ª Semana da Floresta volta a ter como cenário o património natural da serra de Montejunto, constituindo uma iniciativa anual da Câmara Municipal do Cadaval que tem por base o Dia Mundial da Árvore e da Floresta, assinalado a 21 de Marco.

Este ano a actividade lúdico-pedagógica tem por base um percurso temático de explicação da Estação da Biodiversidade de Montejunto, a realização de alguns jogos ou desafios e, por fim, a plantação de uma árvore, com vista a dar continuidade ao processo de reflorestação da serra do Montejunto.

O circuito da iniciativa decorrerá, mais precisamente, em redor do Centro de Interpretação Ambiental, situado na referida serra.

A rota iniciar-se-á com a recepção escalonada aos diferentes grupos de crianças, momento em que cada grupo visionará, no Centro de Interpretação Ambiental, um pequeno documentário no âmbito da biodiversidade.

Numa segunda fase, os diferentes grupos estudantis seguirão, acompanhados pelo guia do percurso, percorrendo os oito pontos do trajecto, deparando-se, pelo caminho, com alguns desafios a superar, tais como um puzzle gigante, uma actividade de olfacto, outra de tacto e ainda uma caça ao tesouro.

A seguir, as crianças irão participar na plantação de uma pequena árvore, junto à Casa da Eira, na serra de Montejunto, com o apoio dos sapadores da APAS Floresta, entidade que cede, também, as pequenas árvores para realização desta ação.

No final, o grupo receberá, da parte do município, um diploma de participação bem como um pequeno brinde de lembrança.

Quanto à calendarização prevista, de 20 a 25 de Marco sobem à serra os alunos do 1.º ciclo do concelho; de 26 a 28 Marco, é a vez das crianças dos jar dins de infancies e, por ultimo, dia 31 de Marco, avançam os estudantes do 5.º ano de escolaridade.

Refira-se que a Estação da Biodiversidade de Montejunto trata-se de um percurso pedestre circular, de 1,8 Km, com oito painéis dispersos ao longo do caminho, onde pode consultar-se informação sobre a diversidade biológica existente naquela serra. Os painéis funcionam como uma espécie de guia de campo, onde constam imagens e comentários sobre plantas e animais comuns que podem ser observados naquela Área de Paisagem Protegida.

Fonte:  CMC

Federação de Regantes alerta para os custos da factura energética e reivindica tarifário competitivo e justo

FENAREG

Agricultores pagam por um serviço que não utilizam fora da época de rega 


A Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) alerta para o aumento dos custos energéticos que se tem agravado nos últimos anos e que podem por em risco a competitividade da agricultura de regadio em Portugal. Só no último ano, o aumento das tarifas eléctricas foi de 68%, sendo esmagador para a actividade na qual o custo energético chega a representar 70% do custo da água de rega.

A FENAREG reclama um tarifário justo pois os contratos de potência são desajustados ao sector da agricultura, devido à sazonalidade da actividade. Mesmo que não utilizem energia fora da época de rega (entre os meses de Outubro a Abril) os agricultores são obrigados a contratar para todo o ano a potência mais elevada que permita o funcionamento do seu sistema de rega.

Noutros países europeus os contratos de energia atendem à sazonalidade da actividade agrícola e de outros sectores.

Em Portugal, o Governo só abriu à industria esta possibilidade, na legislação que publicou em julho de 2013. A FENAREG exige que as mesmas condições sejam alargadas à agricultura e reivindica condições de tarifa eléctrica para os agricultores portugueses iguais aos de outros países da União Europeia, como França, onde além do pagamento justo pela electricidade, se recebem os mais elevados pagamentos da PAC.

A FENAREG apresentou o assunto à Sra. Ministra da Agricultura e ao Sr. Ministro da Economia.

Coruche, 17 de Março de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Fim dos grupos consultivos agrícolas em Bruxelas

Março 10
13:24
2014

Os grupos consultivos vão acabar em 1 de Julho próximo, sendo substituídos por grupos de reflexão civil.

Os grupos consultivos eram constituídos maioritariamente por produtores agrícolas e englobavam, também, todos os outros sectores da fileira alimentar e eram extremamente úteis para que as fileiras dos diferentes sectores agrícolas pudessem discutir com a Comissão os seus problemas e apresentar propostas para o futuro.

Agora e por decisão do Comissário Ciolos, vão ser substituídos pelos grupos de reflexão civil, onde vão ter acesso as organizações não-governamentais (ONG) do meio ambiente,do  bem-estar animal e todas as outras.

Esta decisão recolheu grande apoio junto das ONG’s, cujo entusiasmo é tão grande que já reivindicaram 50% dos lugares para si. Existe, no entanto, grande apreensão pela parte dos operadores da fileira, que temem que estas reuniões deixem de servir para discutir os reais problemas dos sectores e se passe a discutir o “sexo dos anjos”.

Tudo está muito confuso, pois ainda ninguém sabe ao certo como vão funcionar estes grupos de reflexão civil e qual a sua composição.

Esta preocupação foi também transmitida ao Comissário Ciolos, numa carta assinada por doze organizações profissionais agrícolas, Jovens agricultores (CEJA), comércio agro-alimentar (CELCAA), fabricante de máquinas agrícolas (CEMA), proprietários florestais (CEPF), comércio de cereais (COCEREAL), COPA-COGECA, protecção das culturas (ECPA), proprietários agrícolas (ELO), fabricantes de rações (FEFAC), sector dos adubos (Fertilizers Europe), sanidade animal (IFAH) e indústria alimentar (Food Drink Europe).

Nesta carta é manifestada a preocupação de querer ouvir menos os profissionais da fileira em detrimento de grupos de lobby, que por vezes só se representam a eles próprios. É também dito que é uma injustiça algumas dessas ONG’s receberem subsídios comunitários, enquanto as organizações profissionais agrícolas vivem das cotizações dos agricultores.

Esta situação é tanto mais grave, no sentido que mostra os problemas cada vez maiores que o sector agrícola atravessa, com condicionalismos impostos por grupos de pressão, que, na maioria dos casos, não representam a vontade dos consumidores, mas sim de alguns lunáticos, desfasados da realidade e que se querem fazer notar.

Mais de 100 amostras de todo o mundo no Concurso de Azeite Ovibeja

Júri internacional reúne-se em Beja a 20 e 21 de Março 



Mais países participantes e mais amostras. Este é o resultado da adesão ao IV Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja que recebeu mais de 100 amostras de azeite provenientes de produtores de todo o mundo. Além dos habituais países concorrentes, como Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Chile, Argentina, este ano foram entregues amostras para concurso provenientes do Uruguai, da Eslovénia, de Israel, entre outros.

O Concurso Prémio Ovibeja é já uma referência a nível internacional e a prová-lo está o facto de estar classificado como o 2º com maior notoriedade, entre os principais 19 concursos internacionais, no ranking dos “50 Melhores Azeites do Mundo”, imediatamente a seguir ao concurso Mário Solinas, do Conselho Oleícola Internacional (COI). Para seleccionar os melhores entre os melhores o Júri do Concurso vai reunir-se em Beja – no Hotel Vila Galé - nos próximos dias 20 e 21 de Março. Composto por 40 provadores altamente qualificados e credenciados pelo COI, metade dos elementos são portugueses e a outra metade de outros países concorrentes. O presidente do Júri é José Gouveia, professor catedrático jubilado do Instituto Superior de Agronomia, reconhecido como um dos maiores especialistas em azeites a nível mundial.

Os azeites vão ser classificados em 4 categorias de acordo com o tipo e intensidade: Frutado Maduro, Frutado Verde Ligeiro, Frutado Verde Médio e Frutado Intenso. Os prémios vão ser entregues na Ovibeja, a 3 de Maio, dia dedicado especialmente ao sector do azeite. A cerimónia de entrega dos prémios vai contar com a presença de várias entidades oficiais portuguesas e internacionais, de entre as quais se contam embaixadas de vários países participantes no concurso.

Os melhores azeites das mais diversas geografias do mundo vão ser dados a conhecer aos visitantes da Ovibeja que podem prová-los – em primeira mão – no Pavilhão Sabor Alentejo, entre os dias 30 de Abril e 04 de Maio.

E sabor a Alentejo é o que tem a maioria dos azeites produzidos em Portugal. A campanha deste ano ascendeu a 627 milhões de toneladas de azeitona que representarão uma produção a rondar as 90 mil toneladas de azeite, sendo que cerca de 70 por cento serão provenientes do Alentejo.

Promover e reforçar a qualidade dos azeites portugueses e a sua posição no mercado exportador são alguns dos objectivos do IV Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra, da responsabilidade da Ovibeja e da Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal.

Fonte:  ACOS

Fim das quotas leiteiras em debate



A AJADP, Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto (www.ajadp.net) e a APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal (www.aprolep.pt), organizam no próximo dia 20 de Março, pelas 14h30, no Auditório da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, um seminário subordinado ao tema: “PREPARAR O FIM DAS QUOTAS LEITEIRAS”.

A sessão de abertura do evento será presidida por Manuel Cardoso, Diretor Regional de Agricultura do Norte. O enquadramento da produção de leite na nova PAC 2014-2020 estará também em discussão e o tema será apresentado por um Técnico do GPP – Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e do Mar.

A Eurodeputada Maria do Céu Patrão Neves fará, por sua vez, uma intervenção sobre “Preparar o fim das Quotas Leiteiras”. Na última parte do seminário haverá espaço para intervenção do público e debate dos temas apresentados.
Este seminário visa despertar a fileira do leite em Portugal para a necessidade de preparar a entrada em vigor de novas regras políticas e económicas, no âmbito da nova PAC, e do fim anunciado das quotas leiteiras.

“Há uma apreensão enorme por parte dos produtores, pois o fim das quotas poderá ser catastrófico quando o mercado internacional deixar de absorver todo o leite produzido na Europa. Vários países europeus estão já com a produção de leite acima da quota de produção e prepararam-se para produzir muito mais, após o fim das quotas leiteiras a 31 de Março de 2015”, afirma Joaquim Costa, presidente da AJADP.

“Neste momento as importações da China favorecem uma fase positiva no mercado internacional, que não tem beneficiado os produtores portugueses da mesma forma que os colegas do Norte da Europa, a receber preços superiores, mas quando a crise voltar será para todos e será pior para os países que não se prepararem”, considera Carlos Neves, presidente da APROLEP.

Esta iniciativa é apoiada pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende e pela Cooperativa Agrícola de Vila do Conde.


Sete medidas para promover a agricultura familiar

Março 11
12:17
2014

A Coordenação Europeia Via Campesina (sindicato de esquerda dos pequenos agricultores europeus) realizou a sua assembleia-geral nos dias 3 e 4 de Março, em Evenstad (Noruega) e as conclusões traduziram-se num apelo aos governos e às instituições europeias no sentido de se comprometerem com um programa de sete medidas, que irão permitir a manutenção, na Europa, de uma agricultura familiar. Isto passa-se num momento em que a crise económica tornou mais atractivos os investimentos no sector agrícola, favorecendo a concentração das terras e as mono-culturas em grande escala, assim como o desenvolvimento da pecuária industrial em detrimento dos pequenos produtores.

Entre as principais reivindicações, encontram-se:

- Suspensão imediata das negociações para um acordo de livre comércio com os EUA

- Utilizar as últimas arbitragens da Política Agrícola Comum (PAC) para favorecer os pequenos produtores

- Reconhecer os direitos dos produtores a produzirem, reproduzirem e comercializarem as suas sementes ou, ainda, proteger as produções locais e os circuitos de comercialização de proximidade

Baixa da produção de laranja no Algarve


Março 10
12:23
2014

A produção de Inverno da laranja do Algarve deve registar uma queda de 10 a 20%, em relação ao ano passado, devido às condições atmosféricas deste Inverno, em que se registou uma humidade muito acima do normal.

Estas condições anormais fazem baixar a qualidade do produto e potenciam o aparecimento de doenças, obrigando os agricultores a investirem em mais tratamentos fitossanitários.

Devido a esta situação, a produção da Primavera vai seguramente ser afectada, prevendo-se quebras na ordem dos 10%.

A laranja da colheita de Inverno tem, normalmente, uma valorização, pois cerca de 50% é exportada para países como a França, a Alemanha, a Suíça e a Polónia, que nesta altura do ano não têm produção deste fruto.

A situação para os produtores algarvios não é nada fácil, pois já em 2013, na campanha de Verão, tinham tido uma forte quebra na produção, devido à onda de calor no período da floração, que impediu a normal evolução da laranja.

Começou a contagem decrescente para a Feira da Água

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Rádio Pax - 17/03/2014 - 00:08

Começou a contagem decrescente para a Feira da Água  

    
Beja acolhe, a partir da próxima sexta-feira, a primeira edição da Feira da Água.  

A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Beja, a ACOS - Agricultores do Sul e a Alentejo XXI.

“Conhecer as novas tecnologias e culturas agrícolas, criar dinâmica empresarial, estimular a cooperação e promover a atividade económica associada à agricultura e ao turismo, com vista ao desenvolvimento sustentável do concelho” são os desígnios da Feira segundo os organizadores.

Marcam o certame colóquios, exposições e venda de equipamentos e serviços associados à temática, espaços de degustação e de apreciação da gastronomia regional, música e animação, bem como diversas actividades lúdicas e de sensibilização para a importância deste limitado recurso natural.

Manuel Oliveira, vereador da Câmara de Beja, realça que têm presença confirma uma centena de expositores. O número supera as expectativas dos organizadores.

O certame tem lugar no Parque de Feiras e Exposições de Beja.

domingo, 16 de março de 2014

PROGRAMA VITIS - CAMPANHA 2014-2015


Março 10
09:57
2014

O prazo para apresentação das candidaturas ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha (VITIS) foi prorrogado pelo IVV, I.P., considerando a necessária adaptação pelos viticultores à nova plataforma informática que desmaterializou o procedimento de submissão destas candidaturas.

Assim, de acordo com a Portaria n.º 357/2013, de 10 de dezembro, que permite a prorrogação do prazo, a data limite para a receção de candidaturas ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha é excecionalmente alterada para 24 de março de 2014.


Requerimento para exclusÃo de enquadramento no regime dos trabalhadores independentes


Março 14
09:54
2014

Os agricultores que pretendam apresentar o requerimento para exclusão do regime dos trabalhadores independentes devem seguir os procedimentos previstos na nota informativa disponibilizada no sítio da Segurança Social utilizando para o efeito o modelo RV1027-DGSS.

A comunicação dos valores dos subsídios ou subvenções, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), será efetuada pelo IFAP diretamente à Segurança Social, após entrega dos formulários (modelo RV1027-DGSS) nas Organizações de Agricultores ou nos Serviços da Segurança Social.

Informamos, ainda, que estão abrangidos por esta medida os agricultores que tenham reiniciado a atividade nas Finanças e que recebam subsídios ou subvenções no âmbito da PAC, de montante anual inferior a quatro vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) (1.676,88€), e que não tenham quaisquer outros rendimentos suscetíveis de os enquadrar no regime dos trabalhadores independentes (Despacho n.º 2764/2014).

Laboratório de Ensaio de Sementes (LES)

Março 10
10:12
2014

O Laboratório de Ensaio de Sementes (LES), Divisão de Variedades e Sementes da Direção de Serviços de Sanidade Vegetal (DSSV), acreditado desde 2001 pela Associação Internacional de Ensaio de Sementes (ISTA), foi auditado no final de 2013, visando a manutenção da sua acreditação e o alargamento do âmbito da mesma.

Como resultado desta Auditoria, o Comité Executivo da ISTA aprovou a renovação da acreditação por um período de 3 anos, assim como o alargamento do âmbito da acreditação para os testes em misturas de sementes.

O LES é o único laboratório nacional acreditado para a amostragem de semente e realização de testes e ensaios em sementes, com  vista à certificação de sementes e à emissão de Certificados Internacionais.

Aumenta a produção do azeite Oliveira da Serra


Março 12
12:46
2014

A Sovena, empresa do grupo Nutrinveste e dona da marca Oliveira da Serra, produziu, no ano passado, 12 mil toneladas de azeite, ou seja, 15% da produção nacional, o que representa um aumento muito considerável em relação a 2012, onde produziu 7,6 mil toneladas.

O ano de 2013 foi recorde de produção em Portugal e os 10.000 hectares de olival da Sovena produziram 80.000 toneladas, ou seja, mais 38% que em 2012.

A marca Oliveira da Serra é actualmente líder de mercado, com 18,3% de quota, tendo ultrapassado a Gallo da Unilever Gerónimo Martins.

Grande parte das vendas do grupo são feitas no estrangeiro, exportando para mais de setenta países e a estratégia é para crescer cada vez mais, pois o potencial é muito grande. Por exemplo, nos Estados Unidos, que são o principal cliente, o consumo per capita de azeite é de 1 lt, enquanto na Europa é de 8 lt. Outro mercado que vai ser explorado é o da China, com a instalação de uma equipa comercial.

A estratégia do grupo não passa neste momento por aumentar a área agrícola, pois o investimento é muito grande e Portugal já produz azeitona de muita boa qualidade, mas sim consolidar as vendas e impor a marca a nível mundial.

Plano de desenvolvimento rural 2020


Março 14
12:48
2014

Foi apresentada a primeira versão do Plano de Desenvolvimento Rural 2020, pelo Gabinete de Planeamento e Políticas,

Para consulta do documento clique aqui.

SEGURO DE COLHEITAS CAMPANHA 2014


Março 14
09:41
2014

Foi publicada a Portaria n.º 65/2014, de 12 de março que estabelece o novo regime de Seguro de Colheitas e da Compensação de Sinistralidade, integrados no Sistema Integrado de Proteção Contra as Aleatoriedades Climáticas (SIPAC).

Com o novo regime pretende-se que o seguro de colheitas chegue a todas as produções existentes no território continental, assegurando-se, simultaneamente, a sua sustentabilidade financeira. Assim, serão disponibilizados dois tipos de produtos: um seguro horizontal que abrange todas as culturas no território continental, e seguros especiais dirigidos especificamente a determinadas produções e regiões. Em 2014 vigoram seguros especiais dirigidos às Pomoídeas no Interior Norte e à cultura do Tomate para Indústria.

Este regime vigora para os contratos de seguro celebrados a partir de 01/01/2014.

Para mais informações consulte o Comunicado da Secretaria de Estado da Agricultura.

Vinhos portugueses vão ter papel de destaque no primeiro evento dos jornais Público e Globo


Março 13
13:05
2014

O Público e o Globo vão organizar uma iniciativa inédita no Rio de Janeiro, denominada Rio Vinhos Portugal, que vai reunir entre 40 a 50 produtores nacionais de vinhos, num mercado que terá lugar no Palácio de São Clemente, naquela cidade brasileira.

O evento, que tem o apoio da Viniportugal, vai realizar-se entre 23 e 25 de Maio e são esperados mais de 5000 visitantes.

Além do mercado, vão ser realizadas provas de vinhos orientadas por críticos portugueses e sessões para profissionais, com provas orientadas para restaurantes e bares. Serão apresentados vinhos de mesa da nova geração de enólogos portugueses, bem como vinhos da Madeira e do Porto.

Esta iniciativa pretende apresentar os nossos vinhos a um grande mercado potencial, mas muito difícil de entrar, pois as taxas aduaneiras impostas aos vinhos europeus são muito altas, o que retira competitividade face a vinhos sul-americanos.

Alunos do superior privado vão criar fundo de emergência para combater abandono escolar


Para aumentar a empregabilidade dos diplomados, Joel Pereira quer criar uma plataforma que promova a aproximação de empresas, instituições de ensino e alunos
 A Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo, que elegeu esta semana novo presidente, quer combater o abandono escolar e aumentar a empregabilidade dos diplomados, propondo-se, para já, a criar um fundo de emergência para combater as desistências.

Joel Pereira, eleito no início desta semana como novo presidente da Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo (FNESPC), e que estará à frente da organização estudantil durante um ano, disse à Lusa que tem como “bandeiras para o mandato” o combate ao abandono escolar no superior, motivado pelas dificuldades financeiras, e aumentar a taxa de empregabilidade entre os estudantes, ajudando, desta forma, a combater a emigração de jovens qualificados.

Do Governo e das instituições de ensino superior, o novo presidente da FNESPC espera “políticas e medidas preventivas”, mas do lado dos estudantes, Joel Pereira disse querer mobilizar as associações que os representam para em breve ter disponível um “fundo de emergência”.

“Pretendemos criar um fundo de ação social de emergência para apoiar os estudantes e evitar que saiam do ensino”, disse.

O dirigente estudantil sugeriu ainda uma alteração do modelo de apoio aos alunos, referindo exemplos vindos do norte da Europa, os se apoia diretamente os estudantes, a quem se atribui uma verba anual que passam a ter a responsabilidade de gerir, à semelhança da entrega de um ‘voucher’ ou de um ‘cheque-ensino’.

Para aumentar a empregabilidade dos diplomados, Joel Pereira quer criar uma plataforma que promova a aproximação de empresas, instituições de ensino e alunos, motivando contactos que se traduzam em contratos de trabalho, e não apenas em estágios.

A FNESPC está também preocupada com a avaliação da qualidade dos cursos superiores privados, pedindo “mais rigor” à A3ES, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

Joel Pereira afirmou que a agência “não trata de igual forma o ensino privado e o ensino público”, defendendo que deve maior cuidado na avaliação dos cursos ministrados em instituições públicas.

O presidente da FNESPC quer ainda que a federação tenha lugar no conselho consultivo da A3ES, um órgão de aconselhamento para garantia da qualidade do ensino superior.

O dirigente estudantil entende ainda que há cursos superiores que devem encerrar, por terem poucos alunos e “defraudarem as expectativas dos estudantes”, uma vez que não têm acolhimento no mercado de trabalho.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Governo francês proíbe venda e cultivo de milho transgénico da Monsanto


O Ministério da Agricultura francês proibiu no sábado a venda, uso e cultivo de milho geneticamente modificado da norte-americana Monsanto (MON 810), a única variedade atualmente autorizada na União Europeia.

O governo francês, que mantém que as culturas geneticamente modificadas apresentam riscos ambientais, tem tentado aplicar uma nova proibição ao milho depois de um tribunal de alta instância ter travado medidas similares duas vezes anteriormente.

A decisão está programada para evitar qualquer sementeira de milho transgênico por parte dos agricultores antes de um projeto de lei que será debatido em 10 de abril, para proibir a plantação de OGM.

Santarém acolhe concursos para promover produção nacional de qualidade

14-03-2014 
 


 
O Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) realiza, a partir da próxima semana, em Santarém, diversas competições que visam estimular a produção nacional de qualidade, tema que vai dominar a edição deste ano da Feira Nacional da Agricultura.

Em colaboração com a Qualifica, na terça-feira terão lugar os primeiros concursos dos vários previstos, estes dedicados à Doçaria Conventual Portuguesa e aos Licores Conventuais Tradicionais Portugueses, estando marcado para dia 21 o concurso nacional de Enchidos, Ensacados e Presuntos Tradicionais Portugueses com Nomes Qualificados.

Além do estímulo à produção de qualidade, estes concursos visam «dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo e promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores», afirma o CNEMA em comunicado.

O 3.º Concurso Nacional de Pães, Broas, Folares e Bôlas Tradicionais Portugueses, o 3.º Concurso Nacional de Doçaria Tradicional Popular Portuguesa e o 3.º Concurso Nacional de Conservas de Pescado Tradicionais Portuguesas efetuam-se a 25, 26 e 31 de Março, respectivamente, adianta.

Outras competições estão previstas para Abril, Maio e Dezembro, sendo que todos os premiados serão distinguidos com peças de artesanato em barro, da autoria da artesã Celina Bispo, personalizadas para cada um dos concursos, numa parceria do CNEMA com entidades como o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e a Qualifica.

Os concursos decorrem no âmbito do Salão Prazer de Provar, uma das vertentes da Feira Nacional da Agricultura, que este ano se realiza entre os dias 07 e 15 de Junho, em Santarém.

O Salão Prazer de Provar procura «reunir e promover no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros bens alimentares, e dar a conhecer aos visitantes produtos de qualidade, mas que muitas vezes o consumidor não encontra facilmente».

O evento inclui ainda o 8.º Salão Nacional do Azeite, o 7.º Salão Nacional da Alimentação e o 9.º Festival Nacional do Vinho, e, este ano, a “Padaria da Feira”, a “Mercearia da Feira”, as “Demonstrações de Cozinha ao Vivo”, mostras e degustações de produtos, harmonizações entre Vinhos/Azeites e Iguarias, entre outras actividades.

Fonte: Lusa

Possível aumento da alimentação de gado

 14-03-2014 
 

 
Os preços dos cereais mantiveram-se ao longo de 2013, o que se tem revelado no preço das rações e, por sua vez, com efeito positivo na pecuária.

Contudo, parece que esta situação pode vir a mudar. A desfavorável meteorologia no Brasil coma situação sócio-política na Ucrânia está a gerar tensões na oferta e a impulsionar a subida de preços da proteína, como a soja, e da energia, do trigo.

As matérias-primas utilizadas na alimentação animal são directamente influenciadas por esta situação e não parece que vá haver um ponto de mudança nos próximos meses.

A organização de cooperativas agro-alimentares de França, a Coop de France, alertou sobre esta questão e também acerca do impacto que teria na pecuária. Para além disso, lançou um alerta à distribuição para que tenha em conta a actual conjuntura nas negociações comerciais para os produtos animais.

Fonte: Agrodigital

Máquina transforma água em vinho em três dias


por Ana Rita Costa
10 de Março - 2014
Uma startup norte-americana vai lançar no mercado uma máquina que vai permitir transformar água em vinho em apenas três dias.

 
Batizada The Miracle Machine, com um pouco de água, alguns ingredientes e três dias para fermentação, a máquina faz vinho, utilizando uma tecnologia de fermentação acelerada para acelerar o processo de produção.

A máquina cria ainda um ambiente controlado para as fases de fermentação com recurso a uma câmara de fermentação própria e a vários sensores.

Os criadores querem vender esta inovação a 499 dólares com a oferta de uma aplicação para smartphone que para além de permitir escolher entre seis opções de vinho permite acompanhar o processo de fermentação.

"Lei das sementes" rejeitada


por Ana Rita Costa
11 de Março - 2014
O Parlamento Europeu rejeitou a proposta da Comissão Europeia sobre a produção e a disponibilização no mercado de material de reprodução vegetal, conhecida como a "Lei das sementes". 

 
“Deficiências na avaliação do impacto” por parte da Comissão e a “criação de encargos administrativos desnecessários para os Estados-Membros e agricultores” foram os motivos apontados para o chumbo da proposta.

Devido à sua ampla variedade, o material de reprodução vegetal é atualmente regulamentado por 12 diretivas que permitem adaptar as regras a cada caso específico. Entre os aspetos que suscitaram maior apreensão para os eurodeputados incluem-se a decisão de substituir as 12 diretivas atuais por um regulamento único e o não cumprimento de objetivos em matéria de simplificação, de inovação e de resolução de questões relacionadas com os recursos fitogenéticos.

O Parlamento Europeu considerou também que a avaliação de impacto que acompanha a proposta da Comissão Europeia “está desatualizada” e “não trata devidamente a questão das suas repercussões nas pequenas e microempresas da UE.”

Galp Frota Business dá descontos no combustível a empresas do sector agrícola


por Ana Rita Costa
13 de Março - 2014
A Galp Energia lançou o Galp Frota Business Agrícola, um cartão que permite às empresas do sector agrícola com frotas de pequena e média dimensão acederem a descontos adicionais na aquisição de combustíveis.

 
Este cartão atribui descontos imediatos entre os 4 e os 6 cêntimos por litro no gasóleo agrícola, enquanto nos combustíveis rodoviários atribui os mesmos descontos do Galp Frota Business.

Até fevereiro já tinham sido emitidos cerca de meio milhão de cartões e vendidos mais de 130 milhões de litros de combustível que usufruíram de descontos Galp Frota Business.

Diploma acusado de eucaliptizar... confusão ou enganação?




Paulo Pimenta de Castro

 Num recente artigo de opinião, publicado no Diário de Notícias a 3 de fevereiro último, com o título “Diploma acusado de eucaliptizar... que grande confusão”, foi feita alusão à iniciativa “Plataforma pela Floresta”. Esta foi subscrita a 21 de janeiro por 20 organizações e 15 personalidades, com o objetivo de requerer a revogação do Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho, o diploma que veio alterar o regime de licenciamento das (re)florestações com eucalipto.

 No referenciado artigo de opinião, pretendeu-se descentrar os considerados enunciados pela “Plataforma pela Floresta”. Argumenta o crítico da “Plataforma pela Floresta” que o diploma contestado não passa de um mero diploma de fomento florestal, não tendo como fim abarcar outras questões que lhe são apontadas. Importa todavia ter em conta que as críticas apontadas ao DL 96/2013 se centram numa abordagem política, não técnica.

A aposta em novos investimentos, sem um enquadramento num todo de ciclo florestal, tem suscitado péssimos resultados nas últimas décadas. Logo, uma aposta política no fomento florestal sem enquadrar os problemas da gestão florestal e da concorrência imperfeita nos mercados, que a condiciona, torna esta iniciativa do governo num ato avulso, extemporâneo, mesmo irresponsável se atendermos aos seus impactes ao nível dos incêndios florestais. O mesmo pode ainda ser classificado como opaco, já que surge sob condicionamento público manifestado por um grupo empresarial, e até como unidirecional, já que a este dirige benesses.

Portanto, mais do que numa abordagem técnica, o DL 96/2013 tem de ser centrado numa abordagem política, leia-se de política florestal, de política de ordenamento do território, de política de desenvolvimento rural, de política de concorrência, de política económica, do conceito de sustentabilidade e dos princípios de responsabilidade social e ambiental. Neste domínio, o DL 96/2013 protagoniza um verdadeiro ato fraturante, o que aliás está bem visível se atendermos à lista de subscritores da “Plataforma pela Floresta” e pelos mais diversos motivos.

No artigo de opinião, numa análise aliás antes avançada pelo secretário de Estado das Florestas, o DL 96/2013 aparece com a justificativa da desburocratização. Será assim?

Importa, em primeiro lugar, não confundir desburocratização com simplicismo ou a proteção de negócios fora das salutares regras de funcionamento dos mercados. Se por um lado o DL 96/2013 vem simplificar as regras de investimento com eucalipto, por outro vem impor regras às demais espécies florestais, às autóctones, coisa que antes não ocorria.

Afinal, desburocratiza ou burocratiza? Depende pois do ponto de vista: Para a fileira da pasta celulósica e do papel, desburocratiza e isso é que parece importar. Tende a aumentar a oferta de rolaria, logo influenciará os custos de abastecimento.

Por outro lado, se o governo vê condições para suportar esta cultura, a do eucalipto, porquê centrá-la exclusivamente num único produto, a produção de rolaria para pasta celulósica? Porque não fomenta a utilização desta espécie para outros usos de maior valor acrescentado, ou para a redução a nossa dependência energética? Bom, talvez esta iniciativa governamental vise agentes empresariais em concreto.

Na leitura do artigo de opinião, aparece depois o argumento da “selva legislativa”.

O DL 96/2013 não se vem inserir numa área antes desregulamentada, muito pelo contrário Assim, tudo leva a crer que o conceito de “selva legislativa” não se consubstancie na ausência de regulamentação anterior.

Será por existir regulamentação a mais? Isto claro, segundo alguns agentes económicos. Bom, no caso talvez se entenda o conceito e a similitude entre desburocratizar e simplificar o negócio dalguns.

Será pela incapacidade política em fazer cumprir a legislação nacional que antes regulamentava os investimentos com recurso a espécies de rápido crescimento? Se for esta a ideia subjacente à dita “selva legislativa”, a da caducidade de diplomas legais por incumprimento generalizado, o que nos garante que o DL 96/2013 não terá o mesmo destino? Houve reforço das estruturas de fiscalização? Não creio. Assim, no artigo em análise, o alegado “dano marginal” facilmente poderá progredir para dano generalizado. Em todo o caso, saem premiados os infratores, já o Estado claudica.

Por último, é feita uma alusão aos subscritores da “Plataforma pela Floresta”. Aqui, é falso que entre os seus subscritores não constem organizações de produtores. Elas estão lá e de forma bem visível, logo ao nível de uma organização de 3.º grau. Mais, entre os subscritores da “Plataforma pela Floresta” está uma associação industrial, a que representa a fileira silvo-industrial que mais contribui para a economia, para as exportações e para o emprego no setor florestal.

Mas vamos às outras, às organizações não setoriais. Alguém acredita que os negócios florestais se restringem a produtores e industriais? Erro crasso! Infelizmente, todo a Sociedade, representada nas mais variadas organizações cívicas, é chamada a intervir nos encargos económicos, ambientais e sociais decorrentes de uma política florestal definida à medida. Têm por isso as demais organizações toda a legitimidade de abordar assuntos de política florestal.

As temáticas florestas não são restritas a “clubes”.

Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Silvicultor
Presidente da Direção da Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal
Ex-secretário geral da Federação dos Produtores Florestais de Portugal
Ex-secretário geral da Associação Nacional das Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente
Ex-presidente da Direção do Conselho da Fileira Florestal Portuguesa

Publicado em 15/03/2014

Regras europeias impõem cortes drásticos no uso de pesticidas


MANUEL CARVALHO 15/03/2014 - 12:19
Práticas da protecção integrada são obrigatórias desde Janeiro na agricultura, o que limita o uso de pesticidas e herbicidas a situações extremas. Boas notícias para o ambiente e para a saúde humana

 
há alguns sistemas de agricultura, como a viticultura, nos quais o uso de químicos é elevado DANIEL ROCHA (ARQUIVO)
 
O tempo das grandes pulverizações de pesticidas com recurso a aviões entrou definitivamente no capítulo da memória. Em Portugal pelo menos. Por força de legislação europeia que remonta a 2009, os agricultores nacionais foram obrigados a adoptar práticas de protecção integrada nas suas explorações a partir do dia 1 de Janeiro de 2014. Ou seja, só poderão aplicar pesticidas químicos quando estiver em causa um comprovado “prejuízo económico” resultante do ataque de insectos, fungos ou ácaros.

Depois de duas décadas de evolução nas práticas agrícolas em favor de uma maior sustentabilidade, esta nova etapa é uma boa notícia para o ambiente e para os consumidores. Os agricultores têm pela frente novos desafios, mas nada que preocupe as autoridades. “Temos cada vez mais respostas tecnológicas capazes de superar as restrições no uso de fitofármacos”, diz Francisco Gomes da Silva, secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

Há dois anos que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, DGAV, preparava as mudanças estreadas no princípio do ano. Um grupo de trabalho tratou de definir um programa de acção, com medidas de formação e de acompanhamento, com iniciativas de prevenção, com a qualificação de profissionais capazes de saber quando e como aplicar pesticidas ou herbicidas, com a criação de uma rede de vendedores autorizados destes produtos. Pelo meio, centenas de marcas de fitofármacos mais perigosos foram retirados do mercado. “Fizemos acções um pouco por todo o país e a mensagem tem passado”, diz Maria Teresa Villa de Brito, directora-geral da Alimentação e Veterinária. Com mais dificuldades junto da população agrícola e com menos índice de formação profissional (22% não têm qualquer nível de instrução), mas com sucesso garantido junto da nova vaga de jovens que chegaram à agricultura.

À partida, Portugal não apresentava um índice de utilização de pesticidas acima dos valores médios da União Europeia. “Nós não tínhamos propriamente um problema antes da aplicação desta vaga de legislação europeia”, confirma Maria Teresa Villa de Brito. Mas, não havendo notícia de fortes índices de contaminação química de solos ou de cursos de água, há alguns sistemas de agricultura nos quais o uso de químicos é elevado. Na viticultura, por exemplo. Ou nas áreas de milho de regadio, nas quais a combinação entre o calor e a humidade faz aumentar o perigo de fungos e de bactérias e a necessidade do combate químico. Ou ainda na ausência de invernos rigorosos, que permitem a desinfecção dos solos. “Mas não é verdade que tenhamos problemas sanitários superiores aos europeus”, garante Francisco Gomes da Silva. Das 865 amostras de produtos vegetais fiscalizadas em 2011 para verificação do nível de resíduos de fitofármacos, apenas 2.3% apresentavam valores acima dos prescritos na lei.

Transição lenta e natural
Essa condição permitiu que a transição do uso livre de pesticidas para o sistema condicionado da protecção integrada se fizesse sem dramas. Pelo menos ao nível da agricultura profissional, ou da grande agricultura, das zonas agrárias mais desenvolvidas. Junto dos pequenos agricultores das zonas mais remotas, o conceito de protecção integrada continua a ser uma realidade distante. Aí, o hábito de décadas que consiste em combater os problemas nas culturas com recurso aos químicos limita a adopção da protecção integrada. “São conceitos vagos para muitos agricultores, por vezes eles não têm consciência”, admite Cláudia Gonçalves, técnica da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) responsável pelo acompanhamento da área do Ambiente, que inclui a promoção de Modos de Produção Sustentável. Em culturas como a da vinha, o uso de enxofre (o fungicida de longe mais utilizado na agricultura portuguesas) repete-se de geração em geração, e não é de um momento para outro que a noção de prevenção ou a definição de um limiar de perdas “economicamente inaceitáveis” entra nesta equação.

Na maior parte dos casos, porém, a transição fez-se de forma lenta e natural. A reforma da Política Agrícola Comum europeia de 1992 começou a equacionar as primeiras fórmulas de estímulo da protecção e produção integrada, criando as “medidas agro-ambientais” baseadas em práticas amigas da extensificação das culturas e na redução de uso de produtos químicos. Aos poucos, os valores de uma prática agrícola mais amiga do ambiente foram ganhando raízes. “Após as medidas agro-ambientais os agricultores começaram a adoptar voluntariamente a protecção integrada”, diz Cláudia Gonçalves. Nos últimos anos, as autoridades registaram um recuo nítido no consumo de fitofármacos em Portugal, que passaram de um total de 17 mil toneladas em 2007 para cerca de 14 mil toneladas em 2011. Esse valor deverá reduzir-se já este ano.

Uma empresa agrícola como a Sogrape, que produz vinho no Douro, no Alentejo, na região do Vinho Verde e no Dão é um exemplo dessa mudança. Nos seus extensos vinhedos não só se adoptaram as práticas da protecção integrada como da produção integrada, “o que implica um cuidado especial em todas as operações de produção, desde o uso do solo, da água, etc.”, diz António Graça, responsável pela área de Investigação e Desenvolvimento da Sogrape e director da Advid, uma associação profissional que há décadas promove a protecção integrada no vale do Douro. Esta opção, para lá da sua valia ambiental, justifica-se também por uma razão de natureza económica. “O custo dos fitofármacos é elevado e o seu uso deve ser feito apenas em momentos especiais”, quando a severidade dos ataques põe em causa a viabilidade económica de uma colheita, diz António Graça.

Lógica de prevenção
Deixando os pesticidas para operações de último recurso, os produtores ficam mais dependentes de operações de monitorização da evolução da população de agentes danosos e do seu controlo. O Plano de Acção da DGAV prevê várias destas acções para evitar a necessidade do último recurso – o ataque fitofármaco. “É fundamental desenvolvermos uma lógica de controlo, de prevenção”, diz Maria Teresa Villa de Brito. No Douro, a ADVID tem por exemplo uma rede de captura de insectos que causam danos nas videiras que lhe permite estabelecer a dimensão da sua população. Cláudia Gonçalves dá conta de outras operações já usadas pelos agricultores em Portugal: largada de auxiliares (insectos criados em biofábricas que são inimigos naturais dos infestantes), lançamento de hormonas que provocam confusão sexual e, no caso das ervas daninhas, a solarização, que consiste na cobertura do solo com um plástico preto para destruir fundos e nemátodos. “Todos os anos aprendemos coisas novas”, diz a propósito António Graça.

Apesar de todas estas técnicas, há momentos do ano em que a coincidência de períodos de calor com altos índices de humidade torna o recurso aos fitofármacos inevitável. E a redução do número de produtos disponíveis no mercado (dos 907 existentes em 2012, resistiam no ano passado apenas 220) pode trazer problemas para Portugal. “Na Europa há condições climáticas distintas, os problemas fitossanitários entre nós são muitas vezes específicos. Isso pode significar que as mudanças de regras na Europa possam ter impacte real nos agricultores portugueses”, diz Francisco Gomes da Silva. Alguns dos produtos banidos podem ser irrelevantes na Holanda, por exemplo, mas importantes para atacar pragas em Portugal.

“Somos muito pequenos, e a nossa dimensão de mercado não instiga as grandes empresas a desenvolver substâncias activas específicas para os nossos problemas”, diz Francisco Gomes da Silva. O secretário de Estado, que tem uma profunda ligação à produção, recorda o caso de uma larva que atacava a pele da batata para a qual não havia antídoto em Portugal. “Lá conseguimos uma resposta, mas a dúvida é se pode haver uma situação em que as respostas cheguem tarde de mais”, acrescenta. A directora geral da Alimentação e Veterinária lembra que, se houver necessidade comprovada, é possível pedir a inclusão de um determinado fitofármaco na lista oficial aprovada, após consulta e autorização da Comissão Europeia.

Internacionalmente há mais de meio século que se discutem os danos dos pesticidas no solo, nos lençóis freáticos, no ar ou na contaminação de tecidos de espécies vegetais e animais. Em 1962 a obra da bióloga Rachel Carson, “Primavera Silenciosa”, alertava já para os danos do DDT no meio-ambiente. Mas só depois dos anos 1990 é que se começou a perceber toda a extensão dos perigos dos fitofármacos. A sua resistência ao tempo (entre 22 e 30 anos no caso do DDT), a sua capacidade de viajar para zonas muito distantes do lugar de aplicação (foram descobertos vestígios de pesticidas na fauna marinha do Pólo Norte), o seu poder de destruição dos ecossistemas, como aconteceu nas ilhas de Guadalupe e de Martinica após décadas de aplicação intensiva de químicos na cultura da banana levaram os governos dos Estados Unidos e da União Europeia (e de outros países desenvolvidos) a adoptar medidas restritivas ao seu uso. A obrigatoriedade de recurso à protecção integrada é mais um passo nesse caminho.