sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tetra Pak quer 100% de embalagens certificadas pelo FSC(R)


A Tetra Pak pretende utilizar nas suas embalagens 100% de cartão certificado pelo Forest Stewardship Council® (FSC).

Sendo um dos maiores compradores mundiais de cartão, é fundamental para a Tetra Pak garantir um fornecimento responsável e sustentável das matérias-primas provenientes das florestas. Em 2014, estima-se que sejam vendidas em Portugal mais de 484 mil embalagens com a certificação FSC, ou seja, 34% do total.

«A nossa primeira embalagem certificada com o selo FSC foi introduzida em Portugal em 2011. Desde então, muito se evoluiu rumo à certificação e a Tetra Pak tem desenvolvido uma série de acções com vista a criar uma maior consciência em torno da importância de uma gestão florestal responsável», explica Ingrid Falcão, responsável de Ambiente da Tetra Pak em Portugal, na véspera do FSC Friday, que se assinala na próxima sexta-feira, 26 de Setembro.

Desde 2008 que, na última sexta-feira do mês de Setembro, o Forest Stewardship Council promove acções com o objectivo de sensibilizar a sociedade civil para a importância de uma gestão florestal responsável e para o significado da marca FSC. Em Portugal existem cerca de 341.000 hectares de floresta certificados por esta entidade, tendo sido emitidos 20 certificados de gestão florestal e 152 certificados de cadeia de custódia.

Para contribuir para a criação de um maior conhecimento sobre a importância da gestão florestal responsável, a Tetra Pak tem promovido diversas acções de sensibilização e informação, nomeadamente através da inserção de mensagens nas suas embalagens, com bons resultados.

Um estudo promovido recentemente pela Tetra Pak em território português sobre a percepção que os consumidores têm em relação às mensagens transmitidas nas suas embalagens assinala um aumento no reconhecimento, por parte dos consumidores, da marca FSC face a 2013, revelando que 39% dos inquiridos associam o seu símbolo à gestão responsável e protecção das florestas. Por outro lado, 67% dos consumidores considera ser "muito Importante" a certificação FSC.

De acordo com o mesmo estudo, os inquiridos valorizam a presença do selo FSC nos diferentes produtos porque demonstra que a marca tem uma preocupação ambiental (67%), no entanto, apenas estão dispostos a comprar este tipo de produtos se isso não os encarecer (63%).

Em Portugal e Espanha, foram colocadas no mercado, em 2013, cerca de 7.500 milhões de embalagens e mais de 45% já apresentaram a marca FSC. Recentemente, a Tetra Pak associou-se à Kingfisher e ao IKEA numa iniciativa que pretende desenvolver uma metodologia para analisar o impacte da certificação FSC, permitindo que as empresas possam compreender o valor que obtêm por especificar a certificação FSC no cartão e na madeira nas suas políticas de compras.

Fonte:  GCI

Preços dos cereais caiem para níveis de 2010


Os preços mundiais dos cereais continuam a sua tendência de queda e atingiram, nesta semana, os níveis mais baixos desde 2010. Valores semelhantes só em Dezembro de 2008 e Julho de 2006.

Na Europa há uma boa oferta de cereais forrageiros para rações, devido à abundância de trigo francês de baixa qualidade e a boas expectativas de produção de milho, o que tem contribuído para baixar os preços, segundo Edward de Saint-Denis da empresa Plantureux & Associés. Será importante que o sector pecuário benefície desta grande quantidade de cereais forrageiros para rações.

Na Euronext, a tonelada do trigo estava cotada na terça-feira a € 153,75 para contratos para Novembro e o milho cotado a € 133,75 / t para o final de Novembro e 137,25 € / t para Janeiro.

Os operadores consideram que esta queda nos preços das cotações pode incentivar as exportações, tornando-as mais competitivas face aos países do Mar Negro.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) referiram na segunda-feira, no seu relatório de progresso de colheita, que a do milho estava apenas em 7% em comparação com uma média de 15% entre 2009 e 2013. A de soja em 3% contra 8% em média. Estimativas para as duas culturas apontam para rendimentos elevados e de excelente qualidade.

Na Bolsa de Chicago, não se verificam há mais de quatro anos (Junho 2010) estas cotações para o milho, soja e trigo.

Fonte:  Agrodigital

A festa das vindimas merece mais alegria


Baixa de produção e preços  abaixo do necessário estragam-nos a festa…

É geral a baixa de produção de Uvas comparativamente com o ano passado. Regiões há em que a quebra de produção chega a metade e noutras fica lá por perto…

As condições climatéricas adversas provocaram mais pragas e doenças na Vinha.

Os pequenos e médios Vitivinicultores estão descapitalizados e não conseguem proporcionar os tratamentos indispensáveis contra essas doenças e pragas. As fortes chuvadas, a manterem-se, prejudicam a qualidade da Uva que se apresentava com boa expectativa.   Podem acumular-se ainda mais prejuízos…

Os novos Seguros Agrícolas - já incorporados na PAC – contra o frio e certas intempéries que prejudicaram as Vinhas em várias Regiões, esses Seguros Agrícolas continuam concebidos para "segurar" as Seguradoras e não para segurar os Vitivinicultores e outros Agricultores. São Seguros bonificados, é certo, mas continuam desadequados e, por exemplo, não cobrem prejuízos abaixo de 30% de perdas por cada segurado, o que é uma fasquia muito alta (os 30% de perdas).

Entretanto, já se fala em preços das Uvas e dos Vinhos, à Produção. Mas, pelo que se vai sabendo, os Preços à Produção – em geral - andam pelos valores do ano passado, em que houve maior produção, pelo que as expectativas não são boas.

Os Preços já conhecidos variam muito, andam entre 20 e 50 cêntimos o quilo das Uvas – de boa qualidade ( na base de 12 graus) - mas são preços baixos tendo necessariamente em conta as características de cada Região Vitivinícola, incluindo os respectivos custos de produção, as variedades e castas.

E é neste contexto que também se assiste já – um pouco por todo o lado - a um incremento nos transportes de Mostos e Vinhos. Isto indicia importações e "transvases" em curso de Vinhos e Mostos vindos principalmente da vizinha Espanha.

Ou seja, a baixa na Produção Nacional está já a ser coberta pelos grandes negociantes de Vinhos, e assim se impede o aumento natural dos Preços à Produção o que, se acontecesse, ia compensar a baixa de Produção e limitaria a descida dos rendimentos da Explorações Vitivinícolas Familiares.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E GOVERNO LAVAM AS MÃOS COMO  PILATOS

IVV, Ministério da Agricultura e Governo têm que intervir !

Compete ao IVV, ao Ministério da Agricultura e ao Governo fiscalizar o (grande) comércio de Vinhos e Mostos e controlar as importações, inclusivé para impedir traficâncias que continuam impunes.

Porém, as autoridades nacionais parece que se preocupam mais em fiscalizar os pequenos Viticultores, por exemplo, quando estes transportam as suas Uvas para as Adegas…

É necessário impedir o abuso das marcas próprias (marcas brancas) por parte dos Hipermercados  que também esmagam, em baixa, os Preços à Produção Nacional.

São necessárias outras políticas públicas de apoio ao escoamento, a melhores Preços, à Produção Vitivinícola Familiar. São necessárias Linhas de Crédito Bonificado mais adequadas às necessidades reais da Produção de Uvas e Vinhos, a começar pelo apoio financeiro adequado às Adegas Cooperativas.

É necessário que o IVV deixe de canalizar tantas receitas públicas para a promoção e comercialização das "marcas" dos Vinhos das maiores empresas do sector vinícola – através da VINIPORTUGAL - e passe a apoiar, mais e melhor, a Produção Familiar de Vinho e o escoamento, a melhores Preços, dos Vinhos das Adegas Cooperativas.

Sim, é necessário "vindimar" estas más políticas agrícolas !

Sim, são  possíveis outras e melhores políticas agrícolas e de mercados !

Coimbra, 24 de Setembro de 2014

A  Direcção da  C N A

Estação Experimental em Coruche com projeto para estudar doença que afecta o milho


A evolução da primeira cultura do projeto "Sanimilho", que vigora durante oito anos, foi apresentada hoje, num "dia de campo", que contou com a presença de produtores e promotores do projecto
 Novas técnicas de produção que previnam a cefalosporiose, doença que afeta o milho, estão a ser ensaiadas em 10 hectares de terreno, em Coruche, numa das estações experimentais do Estado alvo de um acordo de parceria com produtores.

A Estação Experimental António Teixeira tem a decorrer um ensaio com 24 variedades de milho, envolvendo 12 empresas da fileira, no âmbito de um projeto aprovado no início deste ano pelo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural) e que resulta de uma parceria entre a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sogro (Anpromis), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Terramilho (agrupamento local de produtores de cereais).

A evolução da primeira cultura do projeto "Sanimilho", que vigora durante oito anos, foi apresentada hoje, num "dia de campo", que contou com a presença de produtores e promotores do projeto.

O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, apontou a investigação aplicada e a disseminação do conhecimento para os produtores como "o caminho certo" e a orientação que esteve na base das parcerias que o Governo tem vindo a promover para retomar o investimento nas estações experimentais criadas em meados do século passado em Portugal.

O presidente da Anpromis, Luís Vasconcellos e Souza, saudou o modelo de acordo encontrado com o Estado, "rápido e célere", admitindo que o projeto em curso poderá vir a permitir a instalação de um centro científico da associação, área em que esta não tem atuado.

Vasconcellos e Souza aproveitou para desafiar o Estado a "reformar o seu modelo de investigação agrária".

Nuno Vieira e Brito afirmou que está a ser criado um centro de competências, sem estruturas pesadas, mas funcionais, efetivas e eficazes.

Para o secretário de Estado, Portugal "sabe produzir bem", resultado não só do conhecimento empírico mas também do que tem sido produzido por universidades e politécnicos, havendo necessidade de promover "ou mesmo impor" um "encontro de vontades" entre as várias entidades e interessados.

O secretário-geral da Anpromis, Tiago Silva Pinto, referiu que o ensaio agora iniciado – um investimento de 80.000 euros assumido pela Anpromis com uma comparticipação de 25% do Proder - visa estudar uma doença que afeta a principal cultura de cereais do país.

Segundo Tiago Pinto, a cultura de milho ocupa 136.000 hectares em Portugal (40% da área de cereais), sendo o distrito de Santarém o de principal produção (22,6 mil hectares) e Coruche o quarto concelho do país com maior área de milho (4.300 hectares).

Nesta parceria, a Anpromis assumiu o investimento, o INIAV disponibilizou quatro investigadores para acompanharem o projeto e a Terramilho será responsável pela sensibilização junto dos agricultores, adiantou.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar não paga há 9 meses a execução dos Planos Nacionais de Saúde Animal

CONFAGRI

- COMUNICADO DE IMPRENSA -

Os laboratórios privados que executam atividade no âmbito dos Planos Nacionais de Erradicação das doenças de ruminantes não receberam ainda nenhum pagamento referente aos ensaios realizados desde Janeiro de 2014. Estes laboratórios, alguns dos quais prestam serviço para o Estado há mais de 20 anos e que foram em grande parte responsáveis pelo sucesso na execução dos planos de erradicação de doenças como a Peripneumonia dos Bovinos, vêem-se agora confrontados com gravíssimos problemas financeiros. Algumas entidades não têm já condições para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com pessoal e fornecedores e estão perto de uma situação de encerramento.

Esta situação é inadmissível, pois tanto a DGAV como a própria Secretaria de Estado confirmam a disponibilidade de verbas para pagamento destes serviços no Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais. A justificação para o não pagamento é a suposta ausência de contratos de prestação de serviços entre a DGAV e os laboratórios privados, argumento que não é razoável, pois toda a atividade realizada é registada diariamente no software do Ministério da Agricultura, Pisanet, e é mensalmente validada pelas entidades oficiais.

O encerramento dos laboratórios privados que executam ensaios no âmbito dos Planos Nacionais de Saúde poderá vir a ter consequências desastrosas para a economia nacional, pois neste momento os laboratórios estatais não têm condições para realizar em tempo útil todos os ensaios necessários. O não cumprimento dos Planos de Erradicação e Controlo de Brucelose bovina, Brucelose dos Pequenos Ruminantes e Leucose Bovina em curso, impede o trânsito animal, põe em risco as exportações de carne e produtos lácteos, bem como constitui um grave risco para a sanidade animal e para a saúde pública.

A CONFAGRI, preocupada com as consequências do possível encerramento dos laboratórios, vem solicitar que os pagamentos sejam regularizados de imediato.

Lisboa, 25 de Novembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Uma centena de hectares de hortícolas da Lourinhã destruídos pelas cheias


Cerca de cem hectares de culturas hortícolas, de um total de 500 afetados pelas cheias no concelho da Lourinhã, estão destruídos por completo, estimou a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.

 
foto CARLOS BARROSO/LUSA
Uma centena de hectares de hortícolas da Lourinhã destruídos pelas cheias
Lourinhã coberta de lama após chuva forte e transbordo do leito de um rio
 
O presidente da associação, António Gomes, disse à agência Lusa que a maior parte dos agricultores destes 500 hectares não tem seguros.

"Uns ficaram com as culturas prejudicadas, outros estavam a ser preparados para novas plantações, que já não vão ser feitas, devido ao estado dos solos, e noutros ocorreram fortes deslizamentos e arrastamentos de terras que, em alguns casos, abriram valas" nos terrenos, especificou.

Do total da área afetada, cerca de cem hectares, situados sobretudo nas várzeas do Rio Grande - freguesias de Lourinhã/Atalaia e Miragaia - são de culturas de hortícolas que estão "totalmente destruídas", desde brócolos, diferentes variedades de couves e batatas.

Devido aos danos na agricultura, o dirigente estimou que deverão chegar ao mercado menos duas a três mil toneladas, o equivalente a 5% das 60 mil toneladas de hortícolas que são produzidos em vários concelhos da região Oeste, onde se concentra a maior parte da produção nacional.

Na vinicultura, as chuvas fortes derrubaram uvas, prontas a serem vindimadas.

Também a Adega Cooperativa da Lourinhã registou estragos, ainda não contabilizados. O presidente da direção, João Pedro Catela, disse à agência Lusa que a água atingiu meio metro de altura nas naves da adega, onde permanecem a boiar cascos cheios de centenas de litros de aguardente, em processo de envelhecimento.

"É um problema em cima de tantos outros, porque surge depois de um período de seca extrema e de um inverno com chuva, que contrastou com o inverno ameno do norte da Europa. Tivemos mais dificuldades para exportar os nossos produtos dada a concorrência dos outros", explicou.

A Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) estimou que foram exportadas menos 50 mil toneladas, reduzindo o rendimento dos agricultores.

Concelho de Sabrosa acolhe Festival das Aldeias Vinhateiras no fim de semana


24-09-2014 09:43 | Economia
Fonte: Agência Lusa 
Sabrosa, 24 set (Lusa) -- A localidade de Provesende, no concelho de Sabrosa, acolhe no próximo fim de semana o Festival das Aldeias Vinhateiras, certame que vai juntar as vindimas e as tradicionais lagaradas à música e ao teatro, anunciou hoje a organização.

Provesende é uma das seis localidades durienses que integra a Rede das Aldeias Vinhateiras, apresentada em 2001, e que junta ainda Trevões, Barcos, Favaios, Ucanha e Salzedas.

Entre sábado e domingo, a aldeia do concelho de Sabrosa é a anfitriã da edição deste ano do festival que visa divulgar a localidade histórica, atrair mais visitantes e dinamizar a economia local.

Numa altura em que decorrem as vindimas na mais antiga região demarcada do mundo, o certame inclui a tradicional "Bênção do Mosto", que terá lugar na igreja matriz, bem como a entrada nos lagares para a pisa a pé das uvas.

O programa contempla, ainda, a realização do passeio "Percurso das cinco capelas", que dará a oportunidade aos participantes de pegaram nas tesouras e nos baldes e cortarem uvas na vindima na Quinta Fonte do Milho.

Durante o fim de semana será exibida a peça "A Libertação da filoxera", pelo grupo de Teatro Amador de Provesende, numa conceção de Susana Morais e Paulo Melo Veiga, e haverá ainda lugar para a música, com a atuação da artista Ana Laíns.

No festival atuam, também, ranchos folclóricos, a Roga de Provesende e outros grupos tradicionais convidados.

A rede de Aldeias Vinhateiras foi apresentada em fevereiro de 2001, com o objetivo de fixar as populações, promover a dinamização socioeconómica dos aglomerados e divulgar o potencial turístico do Douro.

Este programa era financiado pela Ação Integrada de Base Territorial (AIBT) do Douro, através da Medida 2.1 da Operação Norte (ON), que viu parte da suas verbas serem utilizadas para obras de recuperação das intempéries do inverno de 2001.

Só três anos depois as verbas foram repostas, no âmbito da Reprogramação Financeira Intercalar da ON, do III Quadro Comunitário de Apoio, tendo as obras, na maior parte das localidades, começado em 2005.

O Festival das Aldeias Vinhateiras foi lançado em 2008.

PLI // JLG

Lusa/Fim

Comitiva chinesa visitou unidades produtivas do Cadaval



O Município do Cadaval acolheu, durante a manhã de 23 de setembro, uma visita oficial da Delegação dos Quadros da Juventude do Partido Comunista da China, que lhe permitiu travar contacto com algumas das entidades de referência do setor económico local.

A delegação chinesa compôs-se de seis elementos, entre os quais o presidente da Câmara Municipal de Changzhou (Província de Jiangsu), para além de representantes de comités centrais, distrital e municipais do Partido Comunista da China (PCC).

O programa da visita iniciou-se com uma receção solene, no auditório da Câmara Municipal, que incluiu uma breve caraterização do concelho e da edilidade, efetuada pela vice-presidente Fátima Paz, a que se seguiu um momento de troca de lembranças.

Posteriormente, iniciou-se um pequeno périplo por algumas das principais entidades do setor produtivo concelhio, nomeadamente Central de Frutas do Painho, Adega Cooperativa da Vermelha e Adega Cooperativa do Cadaval.

Através da intérprete acompanhante, a comitiva colocou, ao longo da visita, diversas questões relacionadas com os produtos e as entidades que visitaram, tendo ficado agradavelmente surpreendida com o alargado tempo de conservação da Pera Rocha, bem como com o paladar do fruto ou ainda com a variedade e sabor dos vinhos produzidos.

A delegação pôde visitar as diferentes unidades (de fabrico e armazenamento) de cada entidade visitada, tendo questionado os diversos dirigentes e técnicos presentes sobre volumes de produção e de exportação, bem como funcionamento das duas adegas e central fruteira. Pôde ainda saborear a célebre Pera Rocha do Oeste e os mais distintos vinhos produzidos no Cadaval, desde os tintos até ao conhecido Vinho Leve branco e rosé.

O chefe da referida delegação oriental, Luo Qiang, destacou o interesse da China na exportação de produtos portugueses como os que teve oportunidade de conhecer, tendo em conta que Portugal é também um grande importador de produtos chineses.

Agricultores de Setúbal alertam que 90% da produção de tomate está perdida

23/9/2014, 13:03
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A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal vai pedir ajuda ao Governo para colmatar os prejuízos na produção de tomate deste ano que o mau tempo arruinou.


Produção de tomate destruída pelo mau tempo

A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) anunciou esta terça-feira que vai pedir ajuda ao Governo para fazer face aos prejuízos na produção de tomate deste ano, que está "praticamente perdida devido ao mau tempo".

"Ainda hoje vamos formalizar o pedido de reunião com a ministra da Agricultura, para que sejam encontradas medidas de compensação que nos permitam fazer face aos prejuízos, porque 90% da produção de tomate, nos concelhos do Montijo e de Palmela, está praticamente perdida", disse à agência Lusa Avelino Antunes, assessor da AADS.

"Há dezenas de toneladas de tomate em terrenos onde os produtores nem sequer conseguem entrar para fazer a apanha. E esse tomate vai apodrecer rapidamente", acrescentou.

Segundo Avelino Antunes, os prejuízos provocados pelo mau tempo afetam produtores dos dois concelhos (Montijo e Palmela), que ao longo dos últimos 20 anos têm resistido aos sucessivos aumentos dos custos de produção.

"Os custos de produção aumentaram muito, mas o preço do tomate no produtor é hoje igual ao que era há 20 anos. Não é por acaso que hoje restam apenas cerca de 30 dos 500 produtores de tomate que havia na região há cerca de 20 anos", disse.

Avelino Antunes assegurou ainda que os seguros não dão resposta às necessidades dos produtores, porque "apresentam preços incomportáveis e não cobrem grande parte dos riscos da agricultura".

A AADS promete fazer chegar ainda hoje ao Ministério da Agricultura um pedido de reunião para reclamar medidas compensatórias que permitam fazer face aos prejuízos provocados pelo mau tempo.

"Não nos venham com a desculpa de que não há dinheiro, porque, como todos sabemos, se se tratasse de uma indemnização para o setor financeiro apareciam logo todos os milhões e mais alguns", disse.

Gripe das aves: Aumentam as preocupações com uma nova estirpe da gripe no Sudeste da Ásia


Um transporte de aves de capoeira é submetido a uma inspecção de rotina pelas autoridades veterinarias na Tailandia: um exemplo de boas prácticas de biossegurança. Foto: ©FAO/Bay Ismoyo


Uma estirpe do vírus da gripe que apareceu recentemente em aves de capoeira no Sudeste Asiático chamada A (H5N6) é uma nova ameaça para a saúde animal e os meios de subsistência e deve ser acompanhada de perto, alertou ontem a FAO.

O vírus A (H5N6) foi relatado pela primeira vez pelas autoridades chinesas em aves de capoeira em Abril deste ano. Desde então, tem sido também detectada pela República Democrática Popular do Laos e pelo Vietname.

"Os vírus da gripe estão constantemente a misturarem-se e a recombinarem-se para formar novas ameaças", disse Juan Lubroth, veterinário-chefe da FAO. "No entanto, o H5N6 é particularmente alarmante porque foi encontrado em vários locais longe uns dos outros e porque é altamente patogénico, o que significa que as aves infectadas rapidamente adoecem e muitas vezes morrem no espaço de 72 horas."

A alta virulência do vírus em galinhas e gansos e a sua propagação potencial em grande parte de toda o Sudeste da Ásia leva a uma ameaça real para os modos de vida relacionados com a criação de aves. A produção avícola contribui para o rendimento de centenas de milhões pessoas na sub-região.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que trabalha com a FAO  e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar os países face ao risco de doenças humanas e animais, está a acompanhar de perto a situação .

"Uma vigilância eficaz e uma detecção precoce das doenças dos animais na sua origem são dois principais meios de reduzir o risco de propagação e garantir a segurança das trocas comerciais. A OIE incentiva os seus 180 Estados membros a honrar os seus compromissos e a notificar sem demora no sistema WAHIS qualquer surto detectado no seu território ", disse o director-geral da OIE Bernard Vallat.

Fonte:  FAO

Pires de Lima visita empresa líder na produção de folhas para saladas

Vitacress produz anualmente 5.000 toneladas de saladas 

Empresa do Grupo RAR emprega 250 pessoas em Portugal. 40% da produção destina-se à exportação para os mercados europeu e africano

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António Pires de Lima visitou empresa líder na produção de folhas para saladas


António Pires de Lima visitou ontem à tarde a sede da Vitacress Portugal, em Odemira, no Alentejo. O ministro da Economia conheceu de perto a unidade agro-industrial da multinacional portuguesa, pertencente ao Grupo RAR, que centra a sua actividade na produção, lavagem e embalamento de produtos hortícolas de IV gama, ou seja, lavados e prontos a consumir. Líder nacional e um dos principais players europeus na produção e comercialização de agrião de água, folhas para saladas, ervas aromáticas e tomate, a Vitacress produz anualmente cinco mil toneladas de saladas, 1.200 toneladas de batatas, 15,6 milhões de sacos embalados e 3,3 milhões de molhos de ervas aromáticas.

Durante a vista, Pires de Lima realçou o papel da Vitacress. "É uma empresa que por diversas vezes já havíamos querido incluir nos nossos roteiros agro-industriais". E acrescentou: "É um bom exemplo de quando se juntam a vontade empresarial de um grupo accionista português a equipas de gestão muito profissionais, com grande currículo nas áreas de consumo e produtos alimentares. E a produzir e vender não só no mercado doméstico, mas também pela Europa, numa actividade de exportação que é de realçar".

A multinacional de capital português emprega, em Portugal, cerca de 250 pessoas e registou, em 2013, um volume de negócios que rondou os 21 milhões de euros. Situada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, explora uma área total de produção de 280 hectares, aos quais se juntam 15 hectares de túneis e 13 de estufas. Além da macro-exploração que detém em Odemira, a actual sede da empresa conta ainda com uma unidade fabril em Almancil, no Algarve, e com uma unidade de produção de tomate biológico, uma das mais sofisticadas da Europa, concentrando em Portugal cerca de 45 por cento da produção total da Vitacress Ltd., grupo britânico detido pelo Grupo RAR e que concentra todas as suas operações de produtos frescos. A Vitacress Ltd. está presente no Reino Unido, Portugal e Espanha, explorando cerca de 750 hectares agrícolas e 70 hectares de estufas de vidro.

Do total da produção em Portugal, 40 por cento destina-se à exportação para vários países da Europa e África, nomeadamente para marcas de renome como El Corte Ingês, Marks&Spencer, Makro, Carrefour ou Kero. No mercado interno, o negócio é dominado através da marca própria e da produção para terceiros. A Vitacress fornece as principais cadeias de supermercados, como Continente, Pingo Doce, Lidl, Dia ou Auchan, detendo uma quota de mercado de 42 por cento.

Aposta na sustentabilidade e agricultura biológica

A Vitacress é a única empresa ibérica que apresenta produtos hortícolas lavados e prontos a comer (designados de IV gama) de origem 100 por cento biológica. Distinguida em 2009 com o selo de "Produto do Ano", a gama Bio reflecte a preocupação da marca com uma alimentação saudável e nutritiva, através da utilização das mais elevadas técnicas de cultivo e respeito pelo meio ambiente, evitando a sua contaminação e favorecendo a biodiversidade.

Neste âmbito, a Vitacress congratula-se pelo facto de 10 por cento da sua produção ser biológica e por isso inteiramente dedicada à protecção da fauna e da flora. A marca valoriza a vida selvagem nas áreas circundantes das suas quintas, cuja maioria está situada em áreas protegidas. A empresa trabalha com os ciclos da natureza: no Inverno produz em túneis; na primavera e verão faz produção em campo aberto.

A Vitacress preconiza ainda o conceito de "integração vertical", ou seja, diferencia-se por controlar todos os processos de produção e comercialização, acrescentando valor a cada fase do processo, desde a sementeira à distribuição. Em Portugal, é a única empresa do sector que produz e embala todos os seus produtos, durante todo o ano, garantindo a total rastreabilidade das suas referências.

Inovação como motor de crescimento

A Vitacress caracteriza-se, igualmente, pelo lado da vanguarda e da inovação. É disso exemplo o projecto de investigação sobre os benefícios do agrião de água no tratamento do cancro que está a levar a cabo em conjunto com o Hospital de Santa Maria. A aposta contínua na inovação de processos é também uma realidade. Recentemente, a empresa desenvolveu também uma nova máquina de colheita e equipou a sua fábrica com uma optical sorter, também desenvolvida internamente, e que tem como missão separar corpos estranhos que surgem no meio das folhas, através do sistema de sucção. Criou igualmente uma atmosfera protegida na fábrica, que permite embalar folhas cortadas, possibilitando maior diversidade e abrangência no mercado. A produção de mais de 33 variedades de folhas distintas, algumas em exclusividade, é outro dos sinais de visão da marca.

Fonte:  Central de Informação

Esporão eleito pela Wine&Spirits como uma das 100 melhores adegas do Mundo

A influente Wine&Spirits, uma das melhores publicações do mundo do sector dos vinhos, acaba de publicar o "TOP 100 Wineries of The Year", uma lista que reúne as 100 melhores adegas do mundo em 2014. O Esporão está pela primeira vez entre os escolhidos, um reconhecimento que reforça o investimento na qualidade e o forte posicionamento internacional da marca.

O Esporão, produtor de vinhos e azeites do Alentejo e Douro, integra a disputada lista das 100 melhores adegas do ano, da autoria da revista Wine&Spirits. Para esta selecção, o painel de críticos e especialistas desta publicação provou mais de 12.500 referências desde o início do ano à procura dos mais distintos vinhos para apresentar aos seus leitores.

O "TOP 100 Wineries of The Year" (TOP 100 adegas do ano) reúne apenas marcas de qualidade consistente e que tenham atingido níveis de qualidade superior e as mais altas pontuações em provas. A escolha do Esporão para esta lista é justificada pela "performance excepcional" durante os testes, conquistando assim até os mais exigentes provadores.

Para além deste reconhecimento, os vinhos do Esporão terão destaque no guia anual de compras da revista Wine&Spirits ("Best Buying Guide"), uma edição especial respeitada e seguida por milhares de consumidores em todo o mundo.

Esta foi a primeira vez que o Esporão integrou a lista das 100 melhores adegas do ano, depois de contar com a presença assídua dos seus vinhos em listas de produto. Mais uma prova do trabalho contínuo e aposta na qualidade em todas as áreas de negócio da empresa.

Fonte:  JDYoung

Estudo pode levar a mais produtividade na agricultura

Estudo pode levar a mais produtividade na agricultura

Não é qualquer cientista que escolheria passar uma manhã de Verão sobre um trémulo andaime junto a um carvalho, a 12 metros de altura, a olhar por um microscópio para perfurar uma folha com uma minúscula agulha de vidro cheia de óleo.

Mas Michael Knoblauch, biólogo da Universidade estadual de Washington, especializado em células vegetais, está prestes a concluir 20 anos de esforço para provar uma hipótese sobre como os nutrientes são transportados nas plantas.
Também está no fim de um ano sabático, passado em grande parte na floresta Harvard, um campo de pesquisa de 1.400 hectares, em Massachusetts.
Provar tal hipótese seria bem mais do que um exercício académico. Entender plenamente como as plantas funcionam – como os hidratos de carbono produzidos nas folhas circulam – poderia levar a melhorias na produtividade agrícola ou na resistência a pragas e doenças.

Assim, lá esteve ele num domingo, no topo de uma árvore, com o seu filho Jan, de 19 anos. Enquanto o jovem monitorizava no laptop a imagem do microscópio, Knoblauch mexia num dispositivo com a agulha de vidro.
A ponta de agulha de vidro é delicada e pequena, e precisa de ser fincada num tipo específico de célula. Apesar de o microscópio ficar instalado sobre um aparelho que detecta vibrações e as neutraliza, Knoblauch permanece o mais imóvel possível.
Ele e o seu filho esperavam conseguir medir pelo menos uma vez a pressão dentro dos longos tubos de células vivas, chamados floemas, que recolhem os açúcares produzidos pela fotossíntese nas folhas e distribuem-nos para frutos e raízes através dos ramos e do tronco.
A agulha de vidro funciona como um calibrador de pneus: quando a parede celular é perfurada, a pressão de água no interior comprime imediatamente o óleo na agulha.
Knoblauch usa de seguida as imagens de antes e depois para calcular a compressão e, assim, determinar a pressão.
O cientista passou mais de três anos no seu laboratório a desenvolver as agulhas, que chamada de picomedidores, pois contêm menos de 100 picolitros de óleo (seriam necessários cerca de 50 milhões de picomedidores para encher uma colher de chá).
E essa é uma das técnicas que concebeu para testar a hipótese segundo a qual o que impulsiona o fluxo de nutrientes no floema é o diferencial de pressão.
Esta hipótese foi desenvolvida em 1930 pelo fitofisiologista alemão Ernst Munch e é amplamente aceite porque faz sentido: os nutrientes devem fluir das áreas de maior pressão (as folhas, onde são adicionados os açúcares) para áreas de menor pressão (as raízes e frutas, onde os açúcares são retirados).
«Se descobrir o que a planta faz para alocar os seus recursos num período de 24 horas, pode pensar em todos os tipos de mudanças na produtividade agrícola», disse o biólogo William Lucas, especialista em plantas da Universidade da Califórnia, em Davis.
«O futuro em termos de população e de segurança alimentar reside em obtermos uma compreensão completa disso.»

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Uma em cada nove pessoas passa fome no mundo, menos 100 milhões que há 10 anos

16/9/2014, 13:45110 PARTILHAS
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A falta de alimentos ainda afeta 805 milhões, um em cada nove habitantes do planeta, segundo a ONU, mas o número de pessoas que passam fome diminui 100 milhões desde desde há dez anos.


Número de pessoas que sofrem de fome a nível mundial diminuiu mais de 100 milhões na última década

O número de pessoas que passam fome no mundo diminuiu mais de 100 milhões na última década, mas a falta de alimentos ainda afeta 805 milhões, um em cada nove habitantes do planeta, segundo a ONU.

"O número de pessoas que sofrem de fome a nível mundial diminuiu mais de 100 milhões na última década e mais de 200 milhões desde 1990-92″, lê-se no relatório sobre insegurança alimentar no mundo publicado hoje em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Esta diminuição, segundo o documento, significa que pode ser alcançado o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) de reduzir para metade o número de pessoas desnutridas em 2015, desde que "se intensifiquem os esforços".

A percentagem da população mundial a sofrer de subnutrição passou, nos últimos dez anos, de 18,7% para 11,3%. Nos países em desenvolvimento, essa percentagem passou de 23,4% para 13,5%. Até à data, segundo o relatório, 63 países em desenvolvimento alcançaram aquele objetivo e seis deverão consegui-lo em 2015.

"Isto prova que podemos vencer a guerra contra a fome. Devemos inspirar os países a seguir em frente, com o apoio da comunidade internacional", afirmam o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, o presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Kanayo F. Nwanze, e a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Ertharin Cousin.

Estes progressos assentam no entanto em profundas disparidades regionais. "O acesso aos alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram um progresso económico, especialmente em zonas do leste e sudeste da Ásia".

Em contrapartida, "persistem várias regiões e sub-regiões que estão muito atrasadas", na Ásia e na África subsaariana, onde uma em cada quatro pessoas passa fome.

As organizações sublinham a necessidade de renovar o compromisso político para o combate à fome através de ações concretas e encorajam o cumprimento do acordo alcançado na Cimeira da União Africana de junho passado, de acabar com a fome no continente até 2025.

Sublinhando que a insegurança alimentar e a subnutrição são problemas complexos que exigem soluções coordenadas, as organizações pedem aos governos que trabalhem em estreita colaboração com o setor privado e a sociedade civil.

"A erradicação da fome requer o estabelecimento de um ambiente favorável e um enfoque integrado", que inclua investimentos privados e públicos para aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às tecnologias e aos mercados.

O relatório aponta ainda a necessidade de medidas para promover o desenvolvimento rural e a proteção social dos mais vulneráveis e de programas de nutrição específicos para mães e crianças menores de cinco anos.

Previsões agrícolas apontam para maior produção de pêssego da década


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
As previsões agrícolas do INE, em 31 de agosto, apontam para a maior produção de pêssego da última década, cerca de 44 mil toneladas. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, esperam-se também boas campanhas nas pomóideas, com o rendimento unitário da pêra a aumentar 5%, face a 2013, e o da maçã a manter-se acima das 20 toneladas por hectare.

 
Em sentido oposto, o kiwi continua a ser afetado por problemas fitossanitários e fisiológicos, que têm nos últimos anos contribuído para uma redução significativa da produtividade desta cultura, prevendo-se uma diminuição de 15% face à campanha anterior. Na vinha esperam-se igualmente quebras de rendimento em praticamente todas as regiões vitivinícolas, que globalmente rondarão os 10%.

Quanto às culturas de primavera/verão, o INE aponta para alguma "apreensão" quanto aos efeitos que as condições climatéricas de setembro poderão ter na colheita do tomate para a indústria, numa altura em que apenas cerca de 50% da produção foi colhida.

No que diz respeito à produção de gado, o peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em julho de 2014 foi de 39 000 toneladas, o que corresponde a um decréscimo de 3,3% devido ao menor volume de bovinos (-18,4%) e caprinos (-21,4%). Os ovinos e suínos apresentaram aumentos de 4,9% e 1,0%, respetivamente.

A recolha de leite de vaca foi de 160,2 mil toneladas, o que representa um aumento de 5,3%.O total de produtos lácteos apresentou um acréscimo ligeiro de 0,2% devido essencialmente ao aumento dos volumes de manteiga (+8,3%), queijo de vaca (+6,9%) e leite para consumo (+0,9%) produzidos no mês em análise.

Olivum organiza evento para profissionais do setor


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
A Olivum – Associação de Olivicultores do Sul vai organizar o seu primeiro evento para profissionais, as I Jornadas Olivum. Esta iniciativa decorre em simultâneo com o II Encontro Nacional do Azeite, organização da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, no dia 23 de setembro, no Centro Cultural de Ferreira do Alentejo.

 
Nestas jornadas estarão em discussão temas como "Gestão integrada de doenças da oliveira: Antracnose e Tuberculose", "Novas variedades e compassos do olival em sebe" e " Balanço da campanha 2013/2014 e perspetivas para a nova campanha 2014/2015".

Para mais informações contacte o email olivum.sul@gmail.com.

Associação de Desenvolvimento Rural promove debate sobre desafios do PDR 2020


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
A RU.DE - Associação de Desenvolvimento Rural vai realizar no próximo dia 26 de setembro um debate sobre os "Desafios para o Desenvolvimento Rural – Perspetiva 2020 ", no auditório de A Moagem, no Fundão.

 
A sessão, que será precedida por uma visita a projetos apoiados pelo subprograma 3 do PRODER nos concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão, contará com a presença da Gestora do PRODER e Coordenadora da Comissão de Instalação do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, Patrícia Cotrim, da Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Centro, Ana Abrunhosa, da Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, do Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes e do Presidente da RU.DE – Associação de Desenvolvimento Rural, Carlos Pinto.

Este debate tem como objetivo identificar os desafios que são colocados ao desenvolvimento rural e as principais linhas orientadoras do programa de desenvolvimento rural 2014-2020 centrado no Quadro Estratégico Comum 2014-2020.

Durante a sessão serão, ainda, entregues, os últimos contratos de financiamento no âmbito da Estratégia Local de Desenvolvimento da Cova da Beira inscrita no eixo de Dinamização das Zonas Rurais do Programa de Desenvolvimento Rural – PRODER, num total de 30 projetos que representam um investimento total superior a 3,5 milhões de euros.

O encerramento da cerimónia estará a cargo de José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura.

Desafio: alimentar as cidades do futuro

AGRICULTURA
21/9/2014, 21:40
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É um dos desafios mais importantes a médio e longo prazo: alimentar as cidades do futuro. Comida fresca cultivada em casa é a proposta da CityFARM.

MIT CityFARM

As mini-hortas caseiras já são estruturas bastante populares, são pequenas (cabem numa varanda) e geralmente usadas para semear e manter, por exemplo, ervas aromáticas. Mas o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) quer dar o passo seguinte, antecipando-se ao cenário traçado pelos cientistas: o aumento da população mundial, concentrada nas grandes cidades e consequentemente problemas como a falta de espaço, a escassez de água e de comida.

A este propósito, dois dados interessantes (e assustadores): os sistemas agrícolas dos EUA consomem 80% da água doce disponível; já há países a arrendar terrenos para cultivo noutros países. O sistema tradicional de cultivo intensivo ocupa espaço e consome demasiada água para produzir alimentos que têm de ser transportados, três problemas que podem ser parcialmente resolvidos, de acordo com os estudos realizados pela CityFARM no Media Lab do MIT, com novas técnicas de cultivo chamadas aeroponia e hidroponia.

A hidroponia utiliza uma solução aquosa (reciclável) como substrato e a aeroponia leva a poupança e eficiência mais além, retirando às plantas qualquer tipo de suporte físico. Nem água nem terra, com esta técnica as plantas são presas pela base do caule e as raízes ficam expostas ao ar. Então e como é que as plantas se desenvolvem? Com soluções ricas em nutrientes pulverizadas nas folhas e nas raízes, em ambiente controlado. O resultado, segundo o CityFARM, é um consumo de água reduzido em 98% e a eliminação de químicos e pesticidas. Em suma, comida mais saudável e fresca, produzida em casa.

O sistema controla rigorosamente tudo: pH, temperatura, humidade, luz, entre uma dúzia de parâmetros. O objetivo é encontrar a "fórmula certa". Mas os especialistas não querem (nem é possível) acabar com o sistema atual, apenas torná-lo ecologicamente sustentável, dividindo parcelas, alimentar as cidades do futuro fazendo com que cada um cultive parte da sua própria comida — p.ex. tomates, pepinos, alfaces. Os cereais continuarão de ter de ser produzidos no campo, para já.

A técnica em si não é nova, aliás, José Barroso de Carvalho, um jovem agricultor de Vila Nova de Famalicão, venceu há dois anos o prémio "Projeto Mais Inovador da Europa" com morangos cultivados através de um sistema de aeroponia. Mas Caleb Harper, fundador e cientista do CityFARM explica precisamente que não são os primeiros, mas surgiram "numa altura em que a comunidade se começou a interessar no assunto e por isso é um bom momento".

As hortas comunitárias ganham popularidade e são um passo importante para a ecologia global e da cidade, mas as estruturas verticais dentro de casa também farão parte das soluções de produção. A ideia é contrariar o principio atual do "produzir ali para comer aqui, para mudar para 'produzir aqui para comer aqui", explica Caleb Harper. A The Verge entrevistou o cientista e fez um vídeo que explica bem o projeto.

A CityFARM pretende implantar-se no terreno já nos próximos seis meses. Vai funcionar em sistema aberto, ou seja, o conhecimento produzido estará acessível a todos. Só assim será possível aliviar a pressão e alimentar as cidades do futuro. Para tal, basta pensar na alimentação de uma maneira diferente.

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Algarve já produz caviar de caracol


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
O Algarve já produz caviar de caracol. Mais conhecido por caviar branco, este produto pode chegar aos 1500 euros por kg devido à sua raridade, uma vez que cada caracol produz em média cerca de quatro gramas de ovas por ano.

 
Ao Observador, Altair Joaquim, sócio-gerente da CaviarBlanc, revelou que "o nosso produto não é transformado, é puro e mantém-se puro desde a recolha até ao seu embalamento. Temos um pequeno segredo que nos permite ter o produto inalterado e quebrar o ciclo de crescimento do caracol."

Ao mesmo jornal o empresário revelou que a ideia de negócio da CaviarBlanc no Algarve surgiu há cerca de quatro anos depois do seu pai lhe ter falado de helicicultura. O projeto do português foi depois aprovado e financiado por fundos comunitários no âmbito do PRODER, o que permitiu a construção da estrutura necessária para a produção de caracóis.

O empreendedor prevê que a produção atinja os 200 kg por ano e que seja escoada nos mercados europeu e asiático, com o foco nos Emirados Árabes Unidos e em Macau.

76% dos novos lançamentos no Grande Consumo fracassam no primeiro ano


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
76% dos novos lançamentos no Grande Consumo fracassam no primeiro ano de vida. A conclusão é do Breakthrough Innovation Report, da Nielsen, que revela ainda que dois terços das novidades analisadas no mercado Europeu nem sequer ultrapassam as 10 000 unidades vendidas.

 
Segundo a Nielsen, a principal razão para o fracasso dos novos produtos "é não resolverem uma necessidade ou frustração do consumidor, cada vez mais exigente com as novidades. Os grandes inovadores fazem perguntas impossíveis", refere  Geoff Tanner, um dos executivos da Nielsen.

Segundo a consultora, para que um produto tenha sucesso deve "resolver as carências e as frustrações dos consumidores." O estudo revela, após uma análise a 12 000 produtos de grande consumo lançados desde 2011, que dois terços não chegam sequer a ultrapassar as 10 000 unidades vendidas, um volume bastante reduzido se for tido como referência um mercado como o português e o espanhol, com quase 59 milhões de potenciais consumidores.

Mas o estudo vai mais além e, ao identificar as novidades que obtêm uma maior repercussão social e mediática, o número de casos diminui substancialmente, dadas as condições que têm de cumprir: desmarcar-se claramente da concorrência, ultrapassar os dez milhões de euros em vendas no primeiro ano e manter 85% das vendas no segundo ano. Assim, apenas 24% dos produtos consegue manter as vendas durante pelo menos doze meses.

Em Portugal ardeu, em 2013, metade da área da Europa em fogos florestais


22/9/2014, 12:23
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Os incendios que deflagraram em Portugal 2013 foram responsáveis por uma área ardida equivalente à metade que ardeu em toda a União Europeia.


Os incêndios florestais portugueses foram responsáveis pela destruição de metade dos danos provocados em toda a UE
CARLOS BARROSO/LUSA

Portugal foi responsável, em 2013, por metade da área ardida em fogos florestais na União Europeia, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Comissão Europeia, em Bruxelas. De acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, no ano passado, em Portugal arderam 152.756 hectares de um total de 305.904 hectares queimados na Europa.

Segundo aquele organismo, 95% da área ardida total – 291.101 hectares – localizou-se nos cinco maiores países da região Mediterrânea: Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. O facto de o verão de 2013 ter sido mais chuvoso do que o habitual justifica, segundo o sistema de informação, uma diminuição de 34% na área ardida total, na comparação com a média dos últimos 15 anos, e de 50% em relação a 2012.

Para 2014, salvo alguma alteração drástica nos últimos meses do ano, está previsto um cenário semelhante, uma vez que o verão foi chuvoso nos países do Sul. Até agora, a área total ardida na Europa corresponde a 23% por cento da média dos últimos 15 anos e 35% da destruição causada por fogos florestais em 2013. Por outro lado, o calor registado este ano no Norte da Europa resultou em vários episódios inéditos em países como a Suécia.

Japão no foco da promoção dos vinhos portugueses


Prova anual no próximo dia 07 de Outubro no Happo-en, em Tóquio, composta por Seminário conduzido pelo único Master Sommelier português João Pires, prova com degustação de 241 vinhos nacionais e final de concurso para eleição do Melhor Sommelier Japonês de vinhos portugueses.

A primeira Prova Anual dos Vinhos de Portugal será realizada no próximo dia 07 de Outubro, em Happo-en, em Tóquio. Contará com a participação de 30 produtores nacionais, que colocarão em degustação 241 vinhos, e assinalará a estreia da aproximação dos vinhos portugueses a distribuidores, compradores, outros profissionais, jornalistas e público em geral.

A prova anual será iniciada às 12h com o Seminário sobre a diversidade dos vinhos portugueses conduzido pelo Master Sommelier João Pires, seguido pela Prova Anual de vinhos portugueses, das 13h30 às 17h. Englobará ainda a final da primeira edição do concurso para a eleição do "Wines of Portugal Japanese Sommelier of the Year", organizado pela ViniPortugal em parceria com a Japanese Sommelier Association.

A semifinal deste concurso foi realizada em 10 cidades Japonesas. Agora os 10 finalistas vêm competir a Tóquio pelo primeiro prémio, que contempla uma bolsa para formação sobre Vinhos de Portugal no valor de 4.000 euros e uma viagem a Portugal. Os quatro finalistas ganharão uma viagem a Portugal, onde terão oportunidade de conhecer as principais regiões vitivinícolas nacionais.

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, salienta a importância da realização desta Prova Anual revelando que "De acordo com alguns estudos de mercado do vinho o Japão é, juntamente com EUA, Canadá, Suécia Noruega e Finlândia, um dos mercados em que o vinho se está a tornar uma tendência dominante e, por via disso, tem tido um crescimento significativo.

O Japão possui ainda um elevado conhecimento da história de Portugal e uma consequente afinidade, para além de uma intensa cultura de vinho, com mais de 30 sommeliers, o que denuncia uma oportunidade para os Vinhos de Portugal, até pelo seu carácter gastronómico."

O Plano de Marketing da ViniPortugal para 2014, no montante de 7,5 Milhões de euros, atingirá 11 mercados internacionais estratégicos, onde serão implementadas mais de 100 acções de diferentes perfis.

Fonte:  CV&A


ANIPLA e Valorfito marcaram presença na Agroglobal 2014


A ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas e o Valorfito – Sistema de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura, participaram na Feira Agroglobal 2014, que se realizou dias 10-12 de Setembro, em Valada.

Este ano, enquadrada num stand em que, para além da Anipla e Valorfito, participou também a Groquifar, a Indústria quis dar ênfase à importância do trabalho conjunto e à relevância da actividade de cada uma das três entidades na organização do sector fitofarmacêutico e no garante da utilização correcta e segura dos produtos fitofarmacêuticos.

Para além da distribuição de informação fundamental sobre as boas práticas na utilização de PF, este ano, a árvore do logotipo da Anipla circulou por todo o recinto, oferecendo a possibilidade dos visitantes receberem uma pequena oliveira no nosso stand.

O sucesso desta iniciativa levou centenas de agricultores ao espaço da Indústria e permitiu esgotar todo o stock de oliveiras que a Anipla tinha disponível. Também aqui o Valorfito inovou com uma exposição explicativa do processo de reciclagem de materiais plásticos.

Fonte:  Anipla

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A importância das estatísticas agrícolas

OPINIÃO
ARMANDO SEVINATE PINTO 20/09/2014 - 20:45
 
Embora gostasse de estar enganado, estou convencido de que há muitos alunos de escolas superiores de agricultura que chegam ao fim dos seus cursos sem nunca terem visto de perto um exemplar das estatísticas agrícolas. No entanto, o Instituo Nacional de Estatística (INE) publica-as com regularidade e, actualmente, com bastante oportunidade. Se tal for o caso, isso só pode ser explicado pelo facto de o mesmo ter acontecido com alguns dos seus professores.

Saber de que recursos naturais dispomos, de que forma são utilizados, por quem e por quantos, com que estruturas, o que se produz, com que custos e a que preços, o que consumimos, o que importamos e/ou exportamos e muitas outras informações estatísticas, deveria fazer parte da cultura geral de todos e ser objecto de estudo por parte daqueles que têm mais obrigações de o fazer.

Bem sei que, em muitos casos, as estatísticas resultam de encadeamentos de estimativas, de operações complexas, de conceitos em permanente alteração e que, em alguns casos, têm de ser utilizadas com cuidados particulares, evitando-se querer conferir rigor analítico a resultados cujas bases são obrigatoriamente imprecisas.

Utilizarei apenas um exemplo para ilustrar a importância destas informações, através de uma breve análise das estatísticas do comércio externo de produtos alimentares de base agrícola.

Diz o Governo, e eu concordo, que, nesta área, o equilíbrio em valor entre aquilo que importamos e exportamos deve constituir um objectivo central da sua política agrícola. Dito de outra forma, sermos auto-suficientes em valor, o que é muito diferente de sermos auto-aprovisionados (conceito quantitativo, totalmente diferente, que só pode ser calculado sector a sector).

É de facto um bom objectivo! Mas será alcançável? De que maneira? Com que instrumentos de política? Exportando mais? Importando menos? Consumindo menos? Que produtos? Só a análise rigorosa do comércio externo nos poderá ajudar a ser precisos na identificação de alguns elementos de resposta a estas questões.

No quadro simples que se apresenta, constam os valores globais de importação e de exportação de produtos alimentares de origem agrícola, em 2013 e, para ambos os casos, os quatro primeiros grupos de produtos, em valor, destacando-se, em cada grupo, os dois primeiros produtos, por ordem de importância. Apesar de se tratar de um exercício rudimentar, da sua análise resulta um "mar" de conclusões preliminares, ainda que com certezas misturadas com muitas dúvidas, que só o recurso a análises complementares pode esclarecer.



A primeira conclusão é de que o nosso "calcanhar de Aquiles" se situa na área das carnes, sobretudo de bovino e de suíno, a que se seguem os cereais, sobretudo o milho e o trigo, as oleaginosas, sobretudo a soja e o girassol, e o leite e lacticínios, sobretudo os queijos, os iogurtes e outras preparações de tipo semelhante.

A segunda conclusão resulta do aprofundamento da primeira e diz-nos que o sector das carnes e do leite, associado a uma parte dos cereais e oleaginosas, necessário para a alimentação pecuária, poderá "valer" entre dois terços e três quartos do nosso défice comercial alimentar de base agrícola (cerca de 3 mil milhões de euros).

A terceira conclusão é de que somos fortes em várias produções, mas não o suficiente para compensar as fraquezas. É o caso das bebidas (vinhos e cervejas), das gorduras (óleos incluindo azeite, que equilibram as importações neste capítulo), das preparações de hortícolas (tomates e conservas de outras hortícolas) e das frutas (maças, peras e citrinos).

A quarta conclusão é de que somos fortes na maioria dos produtos oriundos do regadio e fracos em produtos que têm mais a ver com produções não regadas.

Quanto às dúvidas, a primeira e mais importante, é se, no sector alimentar, poderemos alguma vez ser auto-suficientes em valor. Embora, à partida, ache que sim, para o confirmar é necessário avaliar os nossos recursos e ver se poderemos produzir em condições de competitividade relativamente aos países de onde importamos a carne, os cereais, as oleaginosas e os lacticínios. Os resultados deste tipo de análise variam com o tempo e com um grande número de factores, entre os quais, além das questões técnicas de que resultam as produtividades físicas, da quantidade e do custo dos consumos intermédios, as taxas de câmbio também são por vezes determinantes.

Esse tipo de exame implica a determinação das razões que permitem aos exportadores estarem em condições de conquistar os nossos mercados e, também, de que maneira poderíamos fazer face às eventuais desigualdades que lhes são favoráveis.

Simultaneamente, teríamos de analisar a maneira de reforçar as nossas exportações para compensar as importações. Tratando-se basicamente de bebidas e de hortofrutícolas, será que poderemos ir além do que já vamos, sabendo que se trata de produções que necessitam de água para rega?

Naturalmente, teríamos igualmente de analisar até que ponto poderíamos produzir competitivamente quantidades superiores de muitos dos produtos que, por si só, não se traduzem em grandes valores e, por isso, não aparecem no quadro anterior, mas que em conjunto têm bastante importância.

Entre dúvidas e conclusões, creio que chegaríamos facilmente àquela que considero dever estar entre as grandes questões agrícolas do nosso tempo e à qual urge dar resposta. O que poderemos fazer com praticamente todo o território nacional, de sequeiro e sem condições de vir a ser regado? Como poderemos, ou até se queremos, viabilizar a actividade agrícola e a produção em mais de três quartos da nossa superfície agrícola?

Finalmente, pode-se sempre pôr a questão de saber se podemos consumir menos, sobretudo certos produtos que não temos em quantidade suficiente.

Em primeiro lugar, penso que, com a ajuda das grandes superfícies se poderia fazer uma significativa economia. Em segundo lugar, sem querer tirar protagonismo à minha amiga Isabel Jonet (presidente do Banco Alimentar), que se envolveu na célebre polémica dos bifes, também pergunto se poderíamos consumir menos bifes, sobretudo dos importados. É que, se o INE não cometeu nenhum erro, os residentes em Portugal consomem, per capita, 105 kg de carne por ano, o que dá a excessiva média de 289 gr por dia. Sabendo que muita gente nem condições tem para comprar carne, isso quer dizer que muitos outros passam o dia a comer carne. Não será demais? Se as contas estão certas, não terei dúvidas em assegurar que sim. É manifestamente demais e só pode fazer mal à saúde.

Estão a ver a importância das estatísticas?

Engenheiro Agrónomo (ISA)

Cidade marroquina manda arrancar oliveiras por causa de alergias


A cidade de Uchda, no nordeste de Marrocos, decidiu proibir as oliveiras devido às alergias provocadas pelo pólen e deu um prazo até ao final do ano para que todas as árvores sejam eliminadas.
As autoridades ordenaram que sejam arrancadas milhares de oliveiras, particulares ou em parques públicos, dentro do prazo referido, naquela cidade com 500.000 habitantes, informou a agência de notícias MAP.
Na Primavera, o pólen da oliveira torna-se uma das principais causas de alergia respiratória sazonal, segundo o autarca de Uchda, Omar Hijra, farmacêutico de profissão, acrescentando que a medida conta com a aprovação de boa parte dos habitantes.
As oliveiras representam 90% das árvores plantadas na cidade. As árvores arrancadas devem ser replantadas fora do perímetro da cidade, segundo ainda o decreto.

Guiné Equatorial acolhe Fórum do Agronegócio entre PALOP e Mercosul em junho



A Guiné Equatorial vai acolher em junho do próximo ano o Fórum do Agronegócio entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e o Mercosul, disse hoje à Lusa o presidente da Confederação Empresarial (CE-PALOP).

Em declarações à Lusa no final de uma visita empresarial à Guiné Equatorial, Francisco Viana revelou que "a CE-PALOP teve encontros com as associações empresariais, com as câmaras de comércio, empresários, com o Presidente da República e o primeiro-ministro, e ficámos de organizar um grande encontro na Guiné Equatorial que será um fórum do agronegócios entre os PALOP e o Mercosul, muito focado no agronegócio, onde a Guiné Equatorial tem fortes potencialidades no cacau, café, flores ornamentais e serviços de apoio à indústria petrolífera".

Portugal e Espanha, acrescentou, serão os mercados convidados para o Fórum de junho do próximo ano: "Não queremos deixar Portugal de fora, até porque é preciso mercado para esses produtos, e Portugal pode servir de plataforma para uma expansão desses produtos africanos na União Europeia", e quanto a Espanha, a razão são "as fortes relações da Guiné Equatorial com esse país".

Congresso Mundial arranca hoje em Lisboa para debater o futuro do setor

ÁGUA


O Congresso e Exposição Mundial da Água arranca hoje em Lisboa e deverá contar com a presença de 5.000 especialistas e profissionais para debater os problemas atuais do setor e a forma de enfrentar as alterações climáticas.

O encontro da Associação Internacional da Água (IWA na sigla em inglês), com o tema "Moldar o Futuro da Água", reúne agentes da área da água, empresas distribuidoras, reguladores e entidades públicas, investigadores e cientistas que estudam novas tecnologias e soluções para os diferentes problemas em todo o mundo.

A iniciativa, que termina na sexta-feira, abrange debates, ´workshops´ e uma exposição para apresentar empresas, produtos, serviços e tecnologias da área da água, sendo igualmente a oportunidade para a realização do I Forum dos Reguladores de todo o mundo, organizado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

"Agricultores não podem ser o parente pobre da sociedade"


Manuel António Correia na Festa do Pêro, aproveitou para anunciar a total recuperação da levada entre a Calheta e a Ponta do Pargo
Actualizado ontem, às 13:32
Orlando Drumond
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 Numa altura onde a água está na ordem do dia, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais anunciou, ao início da tarde, que já está "recuperada toda a levada entre a Calheta e a Ponta do Pargo", um investimento que rondou os 3,8 milhões de euros e vem beneficiar 4.800 regantes, 600 dos quais, da freguesia do extremo Oeste.

"Porque sem água não há agricultura", Manuel António Correia aproveitou o palco da Festa do Pêro, que se realiza na Ponta do Pargo, para salientar o investimento em prol de um maior aproveitamento dos recursos hídricos.

Debaixo de muito sol, assegurou ainda que o Governo está "empenhadíssimo" em melhorar as condições, não só da produção, mas também do comércio. Uma aposta para valorizar o sector, depois de ter afirmado que "os agricultores não podem ser o parente pobre da sociedade".

IFAP lança no mercado de aplicações para Smartphones a sua «APP IFAP Mobile»


Já se encontra disponível para todos os Beneficiários registados no Portal do IFAP, a "App IFAP Mobile", criada para SmartPhones em ambiente Android® e iOS®, com download gratuito.

A utilização desta aplicação permitirá fornecer informação útil aos beneficiários do IFAP, através das seguintes funcionalidades:

 Mensagens - Visualização da lista de mensagens recebidas, sendo possível avaliar a informação de detalhe de cada mensagem.

 Calendário - Apresentação de calendário mensal, com indicação de eventos, dos quais se salientam as datas dos pagamentos, previstos e efectuados, das medidas de investimento e das ajudas do Pedido Único e dos Açores.

 Pagamentos - Acesso aos resumos de movimentos financeiros relativos a ajudas e apoios, com possibilidade de descarregar o respectivo PDF.

Para utilizar esta aplicação é necessário estar registado no Portal do IFAP.

Download gratuito em:


 Fonte:  IFAP

Detectar, Medir e Valorizar a Inovação em Portugal Rural


Porque nos fazem os inovadores acreditar no Portugal Rural? Esta é a questão de partida do debate de apresentação do Roteiro da Inovação em Portugal Rural que decorrerá em Évora no próximo dia 29 de Setembro, na Universidade de Évora, pelas 14 horas.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em parceria com a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural realizam um roteiro de apresentação do livro Inovação em Portugal Rural. Detectar, Medir e Valorizar.

O roteiro surgiu no âmbito do projecto RUR@L INOV (Inovar em Meio Rural) e tem como objectivo compreender como se desencadeiam e desenvolvem os processos de inovação em organizações localizadas nas áreas rurais portuguesas. O RUR@L INOV foi financiado pelo Programa para a Rede Rural Nacional (PRRN).

Pretende-se com esta iniciativa dar a conhecer a inovação que é desenvolvida no país rural, a sua diversidade e singularidade, a fim de desvendar um "rural inesperado", onde emerge uma economia da excepcionalidade, apostada nas procuras globais, mas suportada por uma oferta dependente das especificidades locais.

Assim, torna-se fundamental alertar os agentes políticos, institucionais, económicos e sociais, bem como a sociedade em geral, para estimular e fortalecer esta economia inovadora de base territorial, criativa, movida pelo capital humano e aproveitadora dos recursos rurais, focada nas oportunidades de mercado e nas procuras da comunidade, num debate que contará com a experiência dos inovadores, a visão dos agentes políticos e institucionais e o contributo da sociedade civil.

O roteiro percorrerá Portugal continental, com apresentações e debates regionais, sendo a 3ª sessão de apresentação em Évora, Universidade de Évora, Colégio do Espírito Santo, sala 131, pelas 14 horas. 
Mais informações aqui.

Fonte:  DGADR

domingo, 21 de setembro de 2014

PAC: Irlanda estabelece medidas equivalentes para novo programa agro-ambiental

19-09-2014 


 
Para que os agricultores irlandeses de arvenses possam cumprir o requisito de diversificação de culturas na próxima política agrícola comum (PAC), o seu Governo decidiu introduzir práticas equivalentes, para os agricultores que participem no programa GLAS (novo programa agro-ambiental – Green Low Agri.-Environmental Scheme) e se comprometam a cultivar uma cobertura vegetal de Inverno nas suas terras.

Em consequência, têm que cumprir o requisito de diversificação de culturas mediante a realização de uma medida equivalente sob um programa agro-ambiental. Isto significa que alguns agricultores, que actualmente apenas semeiam uma única cultura, por exemplo, alguns produtores de cevada para malte, podem continuar a fazê-lo se cumprirem a medida equivalente no GLAS. Para isso, a administração irlandesa levará a cabo um ajuste nos seus pagamentos GLAS de forma a garantir que não haja financiamento duplicados sob os dois regimes.

No ao das áreas de especial interesse biológico, o Departamento de Agricultura estabeleceu a lista de superfícies e características elegíveis para o cumprimento do requisito de cinco por cento e aplicam-se os factores de conversão e ponderação previstos no regulamento delegado 639/2014, para a equivalência.

A irlanda decidiu ainda aplicar o direito de usar parte dos seus limites máximos nacionais para introduzir uma ajuda vinculada às proteaginosas para contrariar a forte dependência da União Europeia sobre a proteína importada para a alimentação animal.

Neste caso, o apoio será dirigido às superfícies de ervilhas; feijões e tremoços, com um pagamento por hectare de 250 euros com um limite de três milhões por ano, segundo o Boletim Exterior do Ministério da Agricultura.  

Fonte: Agrodigital

Figo é fonte de rendimento em Abreiro e motivo de uma nova feira transmontana

 19-09-2014 
  
A apanha do figo faz de Setembro um mês trabalhoso para as gentes de Abreiro, mas compensador com algumas famílias da pequena aldeia de Mirandela a arrecadarem um rendimento extra equivalente a seis meses de trabalho de um ordenado mínimo.

Abreiro tem das maiores manchas de figueiras e uma tradição nesta cultura que está apostada em mostrar na primeira feira da região dedicada ao figo e ao património agendada para sábado e domingo.

Todas as aldeias de Mirandela já tinham uma feira dedicada a um produto específico e a junta de freguesia local decidiu avançar com um evento para divulgar e rentabilizar a cultura mais carismática desta terra, como disse à Lusa o presidente José Fernandes.

O autarca estima que de Abreiro saem todos os anos, em média, entre «15 a 20 mil quilos de figo» com a venda garantida a intermédios que se deslocam à aldeia para negociarem directamente com os produtores.

Pagam dois euros por quilo. «Está mal pago» queixa-se Idalina Lima, que «há dez anos» recebe o mesmo. «Há tempos, no Porto, vi os figos a vender a seis euros o quilo», contou à Lusa. Idalina é das maiores produtoras da aldeia. A família já teve 700 figueiras, a geada «queimou umas duzentas».

Ainda assim, tem 1.500 quilos de figos e assegurado um rendimento extra de, pelo menos, três mil euros, o equivalente a mais de meio ano de trabalho a receber um salário mínimo.

O figo é uma cultura complementar a outras com mais peso nesta região, como o azeite ou a amêndoa. A importância, porém que tem na economia desta aldeia, com pouco mais de 250 habitantes, vem de tempos antigos, como recordou Idalina, que «aos 12 ou 13 anos» já «andava aos figos para o lavrador mais rico da aldeia».

A família de Idalina e outras da aldeia são agora produtoras e ocupam os dias do mês de Setembro na apanha e secagem do figo. Quando o tempo está de feição é possível fazer duas, três ou mais apanhas na mesma figueira, mas este Setembro veio chuvoso e a água «deitou os figos ao chão».

«Dá dó vê-los a apodrecer», desabafa Idalina que vai continuar na azáfama da secagem do figo porque a tradição nesta aldeia não é consumir ou vender o fruto em fresco, mas sim seco.

Depois de colhido da figueira, inicia-se, como explicou, o processo de conservação que passa pela secagem, depois os figos são escaldados em água a ferver «para matar o bicho» que pode vir a desenvolver-se nesta fruta, de seguida são abafados durante alguns dias com panos. «Depois ficam ao ar e são colocados numa caixa de papelão para começarem a criar o açúcar».

Isto porque, como explicou Idalina, aquela cobertura branca característica do figo seco «não é farinha como alguns pensam, mas o açúcar do próprio figo». Todo este trabalho garante «um suplemento, uma verba extra» nesta altura do ano.

A junta de freguesia pensou na feira também para permitir aos oito produtores que vão estar presentes no certame, venderem o figo a preços mais rentáveis do que os pagos pelos intermediários.

Fonte: Lusa