domingo, 9 de agosto de 2015

Portugueses ajudam a combater grande incêndio na Extremadura espanhola


PÚBLICO 08/08/2015 - 11:59 (actualizado às 17:51)
Fogo já consumiu 6500 hectares na Serra da Gata, contígua à portuguesa Malcata.

Bombeiros de Castelo Branco estão a ajudar ao combate a um incêndio na Serra da Gata, contígua à portuguesa Malcata, que já atinge 6500 hectares e obrigou a retirar das suas casas em várias povoações 1500 pessoas e também a evacuar três parques de campismo.

Foram retiradas pessoas das localidades de Acebo e Perales del Puerto, que foram levados para a cidade de Cáceres e para Moraleja. Antes tinham sido já evacuados cerca de 1000 pessoas da povoação de Hoyos, explica o El Mundo.

"Nesta altura os habitantes de Perales triplicam. Este fim-de-semana celebra-se a festa do emigrante e vem muita gente de fora", disse ao El País Ilsa Foj, funcionária da câmara de Perales del Puerto, enquanto via passar vários autotanques da Unidade Militar de Emergência.

Os autarcas locais levantam suspeitas de fogo posto, diz o El País. "Tudo parece indicar a mão do homem por trás destes incêndios", afirmou o presidente da Junta da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, referindo-se aos cinco fogos florestais que se registaram naquela zona este Verão. "A Serra da Gata não está mais seca do que o resto da Extremadura", frisou.

As chamas acenderam-se na quarta-feira, mas continuavam descontroladas neste sábado. O vento forte, de direcções desencontradas, tem dificultado o combate. O fumo cobre localidades a dezenas de quilómetros dali, onde está tudo nublado por causa do incêndio. As chamas estão a consumir sobretudo pinheiros e oliveiras, diz o El País.

Para além dos reforços portugueses, de Castelo Branco, há bombeiros da Andaluzia e de Castela e Leão a ajudar ao combate às chamas.

Espanha está a viver um período de grande risco de incêndios florestais, devido à conjugação de altas temperaturas – Julho foi o mês mais quente desde que há registo em Espanha, com uma temperatura média de 26,5 graus Celsius – e um nível de humidade relativa muito baixo. "Junho foi um mês mais quente do que o normal e Julho foi excepcional. Juntando a isso a escassez de chuva, provavelmente estamos perante os valores de risco de incêndio florestal mais extremos dos últimos anos", disse ao El Mundo Antonio Mestre, chefe da área de climatologia da Agência Estatal de Meteorologia.

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