sábado, 28 de maio de 2016

A agricultura não merece business angels?

 O melhor sistema que avalia concursos é nacional mas, na verdade, ninguém quer saber. 

27.05.2016 01:45 

Um tipo abre um suplemento de economia e encontra inúmeras páginas sobre conceitos modernos como startup, lean startup, pré-seed e afins. Lemos os textos e ficamos com a ideia de que foram escritos por um Zeinal Bava nos tempos em que pregava a sua sapiência aos patetas cá da pátria (já agora, onde andará o homem?).

 Agora, curioso é que 99% dos projetos startup são dedicados a tecnologias de informação e áreas misteriosas que nascem num dia e morrem três meses depois. Para o mundo rural, nadinha. 

E eu conheço meia dúzia de projetos que mereciam apoios financeiros por parte de business angels. Por exemplo, um que cruza o mundo agrícola com informática é um software de gestão de avaliação de concursos criado por Eduardo Abade, homem que é uma barra em vinho do Porto. 

Nos concursos mundiais, os jurados classificam os vinhos em folhas de papel, somam diferentes parcelas à mão e passam ao presidente da mesa para confirmar as contas com uma calculadora, à laia de merceeiro. Ora, Eduardo Abade criou, há anos, um sistema informático em que o provador só tem de mexer o cursor de um lado para o outro, sendo os resultados atribuídos em tempo real. Poupa-se muito tempo e a qualidade dos resultados melhora imenso. 

Camaradas meus estrangeiros dizem que o sistema do Eduardo Abade devia ser usado em todo o mundo. Ele, que é de uma humildade tremenda, fica pela Régua e encolhe os ombros. Se Eduardo Abade fosse francês, o seu programa seria obrigatório a nível internacional. De maneira que se houver por aí um business angel interessado em levar o software do Eduardo Abade para o mundo, ligue-me, que eu passo os contactos. E juro que não cobro comissões.

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