sábado, 24 de dezembro de 2016

Clara Aguilera: «Principal desafio da agricultura para 2017 é criar uma norma europeia que elimine os desiquilíbrios da cadeia alimentar»

20-12-2016 
 


 
A vice-presidente da comissão de Agricultura no Parlamento Europeu, Clara Aguilera, identificou, entre os principais desafios que aguardam a agricultura comunitária para 2017, a criação de uma normativa europeia que elimine o desequilíbrio actual que afecta a cadeia alimentar.

A eurodeputada insistiu no facto de que já «todas as análises foram feitas», que é o momento de com o diagnóstico na mão, o Parlamento Europeia, a Comissão e o Conselho começarem a trabalhar numa norma europeia que elimine a desigualdade na cadeia alimentar, protegendo os elos mais fracos, que se encontram fundamentalmente na produção.

Na opinião de Clara Aguilera, 2017 será um ano no qual o futuro da Política Agrícola Comum (PAC) estará muito em debate, para além do horizonte 2020. Entre os principais debates relacionados com a agricultura e pesca para o próximo semestre de 2017 na União Europeia (UE), Aguileira destacou a revisão do quadro financeiro plurianual, que suscita inquietude no Parlamento Europeia em relação com os recursos a dirigir à política agrícola comunitária, tal como o regulamento Omnibus, que vai alterar 15 normativas que incidem nos quatro regulamentos da política agrícola.

Contra o critério da simplificação que defende o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, no regulamento Omnibus, Aguilera anunciou que «os socialistas querem ir mais além, porque, mais do que o planeado pela Comissão, com o qual estamos de acordo, é uma boa oportunidade para avançar na reforma de alguns mecanismos de gestão dos mercados que não foram cometidos na reforma anterior».

Por último, a vice-presidente referiu a necessidade de incorporar os jovens na actividade agrícola. «Dos 22 milhões de agricultores europeus, apenas sies por cento é menor de 35 anos, o que demonstra um problema de envelhecimento muito preocupante, sobretudo se a isto juntar-se o abandono das terras e a mudança de uso destas». «As medidas adoptadas na reforma da PAC não estão a resultar», declarou Aguilera, apontando a necessidade de incluir medidas que tornem mais atractiva e rentável a actividade agrícola para os/as jovens».

Fonte: Agrodigital

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