MARIANA OLIVEIRA
26/08/2013 - 00:00
Aconteceu em 2007, em 2010 e repetiu-se no ano passado. Já houve três
anos em que ardeu proporcionalmente mais nas Zonas de Intervenção
Florestal (ZIF) do que no resto do país. Os dados são do Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e mostram que estas
estruturas, que congregam várias propriedades com o objectivo de fazer
uma gestão conjunta da floresta, não estão a cumprir um dos seus
principais objectivos.
Em 2012, por exemplo, nos quase 847 mil hectares integrados nas ZIF
arderam perto de 12 mil hectares, o que significa uma taxa de 1,41%.
Contudo, nesse ano em Portugal continental esta percentagem era de
1,18%, o que significa que em proporção ardeu menos. A situação
repetiu-se em 2010 e 2007, tendo acontecido o inverso em 2008, 2009 e
2011.
Os dados fazem parte de uma apresentação feita por uma responsável do
ICNF no encontro nacional de ZIF, em Abril. E, apesar de o número de
ZIF constituídas e da sua área terem cumprido as metas definidas pelo
Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, até os serviços
florestais reconhecem que há problemas no seu funcionamento.
"Embora esta medida de política possa ser considerada como um êxito,
dado terem sido criadas 162 ZIF, as quais cobrem cerca de 848 mil
hectares do território, têm intervenção de 57 organizações de
produtores florestais e sete empresas privadas e envolvem cerca de 21
mil proprietários ou produtores florestais que a elas aderiram,
reconhece-se que a grande maioria das ZIF tem tido um funcionamento
deficiente", lê-se num memorando do ICNF, que faz a síntese do
encontro.
Inês Mariano, da Aflomação, uma entidade que gere cinco ZIF no
concelho de Mação, não fica surpreendida com o facto de haver anos em
que proporcionalmente arde mais nestas áreas, que deveriam estar a
fazer uma gestão activa da floresta. "No minifúndio, ser área ZIF ou
não é igual, apenas tem mais papel associado. Mais planos, muitos
planos, mas no terreno vai dar ao mesmo", lamenta Inês Mariano.
A engenheira florestal conta que conseguiram contactar à volta de 5000
proprietários que aderiram às ZIF de Mação. "Mas depois o Estado
falhou. Não há dinheiro e os apoios existentes para os proprietários
individuais são quase os mesmos que estão à disposição de quem integra
as ZIF", refere. Inês Mariano nota que não se está a fazer gestão
florestal, apenas alguns projectos de defesa da floresta contra
incêndios que ajudam a retirar algum do combustível existente na
floresta. "São acções pontuais que não têm grande impacto."
Por isso, apesar do imenso trabalho, às vezes, sente que está a atirar
tempo fora. "Em 2003, arderam 20 mil hectares no concelho de Mação.
Muito trabalho foi feito, mas se houver um incêndio pode voltar a
arder o mesmo."
João Soares, ex-secretário de Estado das Florestas, esteve envolvido
no lançamento das ZIF e explica que no início foram criadas como áreas
de condomínio. "Como num condomínio urbano, em que os vários
proprietários ficam obrigados a regras mínimas", resume.
Mais tarde evoluiu-se para um modelo em que as entidades gestoras das
ZIF podiam intervir directamente nos espaços florestais. "Mas como não
possuem personalidade jurídica estão impedidas de concretizar uma
coisa tão simples como comprar e vender bens", precisa o
ex-governante. E concluiu: "Há uma falha entre a ambição e a
possibilidade legal."
O acesso aos fundos públicos, como o Proder ou o Fundo Florestal
Permanente, são outro problema. "Como factor limitante do bom
funcionamento foi indicada a falta de financiamento, nomeadamente do
Fundo Florestal Permanente. A exigência de garantias bancárias por
parte do Proder foi também referida como sendo um obstáculo ao
financiamento de projectos, em particular nas regiões do minifúndio",
reconhece o memorando do ICNF.
As candidaturas ao Proder até ultrapassam as verbas disponíveis, mas
muitas ficam pelo caminho. "Foram apresentadas 411 candidaturas de
entidades gestoras de ZIF, e aprovadas 219, com um apoio orçamentado
em 51 milhões de euros. Porém, a execução, à data, é de apenas cinco
milhões de euros", resumia o ICNF, em Abril.
Luciano Lourenço, o professor universitário que dirigiu a extinta
Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais, diz que as ZIF
"existem, mas não estão a cumprir os objectivos". O investigador
sublinha que "muitas estão criadas no papel mas não têm substância" e
acabam reféns de numa lógica ocasional, que não assegura uma gestão
efectiva dos espaços. "Tem-se limitado a concorrer a fundos que lhes
permitem assegurar alguns projectos de limpeza de povoamentos e
criação de faixas de gestão", critica. E remata: "Tem havido um
desinvestimento contínuo e sistemático na floresta, que na década de
1970 e 80 era rentável."
http://www.publico.pt/portugal/jornal/zonas-de-intervencao-florestal-arderam-mais-do-que-o-resto-do-pais-em-2007-2010-e-2012-27004110
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Estado gasta quase quatro vezes mais no combate do que na prevenção dos fogos
MARIANA OLIVEIRA
26/08/2013 - 00:00
Especialistas lamentam que não haja "vasos comunicantes" entre
prevenção e combate A prevenção dos fogos é "invisível" e, por isso,
tende a ser esquecida DATO DARASELIA
Governo prevê gastar 74 milhões de euros no combate aos fogos e apenas
20 milhões na prevenção. Para os especialistas, maior aposta na
prevenção permitiria diminuir a despesa e aumentar a eficácia
O Estado gasta quase quatro vezes mais no combate aos incêndios
florestais do que na prevenção. A Autoridade Nacional da Protecção
Civil (ANPC) indica que este ano o dispositivo de combate aos fogos
tem um custo previsto de 74 milhões de euros, enquanto o Ministério da
Agricultura e do Mar estima que vai gastar perto de 20 milhões na
prevenção estrutural.
Somados, são 94 milhões de euros atribuídos aos incêndios florestais,
79% dos quais destinados ao combate e apenas 21% à prevenção.
Esta proporção pode vir a pender ainda mais para o dispositivo de
combate, já que, alerta a ANPC, o valor previsto para este ano "está
sempre sujeito a alguns ajustamentos tendo em conta, essencialmente, o
peso associado às despesas extraordinárias".
O ano passado, a situação não foi muito diferente, tendo o dispositivo
de combate custado 75 milhões de euros e a prevenção estrutural 18
milhões. Isto significa que 81% da verba foi gasta no combate contra
19% na prevenção.
O relatório anual relativo aos incêndios de 2012, um documento do
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e da ANPC,
explica as parcelas incluídas nos 18 milhões de euros. A maior fatia
(10,6 milhões de euros) destinou-se a financiar parcialmente as 278
equipas de sapadores florestais (1390 elementos) e os Grupos de
Análise e Uso do Fogo (GAUF).
Nas infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios foram
gastos perto de 3,8 milhões de euros, que incluem a beneficiação de
pontos de água, a manutenção da rede viária florestal e a execução de
faixas de gestão de combustível. Para a comparticipação dos gabinetes
florestais das autarquias foram destinados 3,19 milhões, tendo ainda
sido atribuídos 400 mil euros a acções de sensibilização.
Francisco Rego, antigo director-geral dos recursos florestais, lamenta
a discrepância de gastos e defende um maior equilíbrio na distribuição
de verbas entre a prevenção e o combate. Mas, acima de tudo, o
professor do Instituto Superior de Agronomia realça que é necessário
articular as duas estruturas para que as medidas se tornem mais
eficazes. "Não há vasos comunicantes entre o sistema de prevenção e o
de combate. São estruturas muito separadas", sublinha. E exemplifica:
"A abertura de faixas de combustíveis deve ser feita tendo em conta os
acessos que permitem realizar o combate. Mas isso nem sempre
acontece."
O professor universitário lembra que os GAUF tinham esse objectivo,
trazendo mais conhecimento para o combate aos grandes fogos, e lamenta
que os grupos tenham sido praticamente desmantelados. "O que existe
são umas equipas montadas à ultima hora só para se dizer que não se
acabou com isto", diz Francisco Rego.
Desde 2011 que estes grupos sofreram uma mudança radical de
funcionamento, tendo-se reduzido o número de equipas e também alterado
a sua composição. Estas passaram a contar com menos técnicos
florestais especializados na análise do comportamento do fogo e no seu
uso para combater incêndios.
Pedro Carrilho, técnico florestal na Tapada de Mafra, não se
surpreende com a discrepância de gastos. "A gestão florestal e a
prevenção é um trabalho mais difícil que não tem tanta visibilidade",
justifica. E acrescenta: "Não há muita gente que queira trabalhar na
floresta. Não é bem pago, nem valorizado socialmente." O engenheiro
lamenta, por exemplo, a míngua no novo Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas. "Nos serviços florestais existe um técnico
por distrito que não tem mais ninguém abaixo de si."
Francisco Rego não contesta a fusão entre o Instituto de Conservação
da Natureza e a Autoridade Florestal Nacional, mas lamenta que os
fogos tenham sido menorizados na nova estrutura. "Antes havia uma
direcção autónoma para tratar desta área, agora ela está integrada com
as doenças florestais", critica. O antigo director-geral dos recursos
florestais considera que esta desvalorização resulta ironicamente do
sucesso das medidas tomadas após os anos trágicos de 2003 e 2005.
"Quando há um relativo sucesso, assiste-se a um desinvestimento no
problema como se ele tivesse desaparecido. Por isso é que ele se torna
cíclico", acredita.
Paulo Fernandes, professor do Departamento de Ciências Florestais da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), defende que a
proporção de gastos está invertida: "Devia-se gastar muito mais na
prevenção. E a longo prazo isso iria permitir gastar menos no
combate." O universitário atribuiu o pouco investimento na floresta à
invisibilidade deste trabalho e diz que, por isso, é mais fácil
apostar no combate. "A área florestal é extensa. As intervenções
significam um esforço imenso. É um trabalho que nunca acaba e que é
preciso manter continuamente."
Como Francisco Rego, o docente da UTAD considera que há uma separação
das estruturas de combate e da prevenção que não faz sentido. "Muitas
vezes, o combate não sabe tirar partido da prevenção, usando, por
exemplo, zonas com menos combustível que foram sujeitas a acções de
fogo controlado", exemplifica. Paulo Fernandes sustenta que "os
bombeiros se limitam a esperar pelo fogo na estrada", tendo muita
renitência em intervir no espaço florestal o que torna inúteis muitas
infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios.
http://www.publico.pt/incendios-florestais/jornal/estado-gasta-quase-quatro-vezes-mais-no-combate-do-que-na-prevencao-dos-fogos-27004091
26/08/2013 - 00:00
Especialistas lamentam que não haja "vasos comunicantes" entre
prevenção e combate A prevenção dos fogos é "invisível" e, por isso,
tende a ser esquecida DATO DARASELIA
Governo prevê gastar 74 milhões de euros no combate aos fogos e apenas
20 milhões na prevenção. Para os especialistas, maior aposta na
prevenção permitiria diminuir a despesa e aumentar a eficácia
O Estado gasta quase quatro vezes mais no combate aos incêndios
florestais do que na prevenção. A Autoridade Nacional da Protecção
Civil (ANPC) indica que este ano o dispositivo de combate aos fogos
tem um custo previsto de 74 milhões de euros, enquanto o Ministério da
Agricultura e do Mar estima que vai gastar perto de 20 milhões na
prevenção estrutural.
Somados, são 94 milhões de euros atribuídos aos incêndios florestais,
79% dos quais destinados ao combate e apenas 21% à prevenção.
Esta proporção pode vir a pender ainda mais para o dispositivo de
combate, já que, alerta a ANPC, o valor previsto para este ano "está
sempre sujeito a alguns ajustamentos tendo em conta, essencialmente, o
peso associado às despesas extraordinárias".
O ano passado, a situação não foi muito diferente, tendo o dispositivo
de combate custado 75 milhões de euros e a prevenção estrutural 18
milhões. Isto significa que 81% da verba foi gasta no combate contra
19% na prevenção.
O relatório anual relativo aos incêndios de 2012, um documento do
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e da ANPC,
explica as parcelas incluídas nos 18 milhões de euros. A maior fatia
(10,6 milhões de euros) destinou-se a financiar parcialmente as 278
equipas de sapadores florestais (1390 elementos) e os Grupos de
Análise e Uso do Fogo (GAUF).
Nas infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios foram
gastos perto de 3,8 milhões de euros, que incluem a beneficiação de
pontos de água, a manutenção da rede viária florestal e a execução de
faixas de gestão de combustível. Para a comparticipação dos gabinetes
florestais das autarquias foram destinados 3,19 milhões, tendo ainda
sido atribuídos 400 mil euros a acções de sensibilização.
Francisco Rego, antigo director-geral dos recursos florestais, lamenta
a discrepância de gastos e defende um maior equilíbrio na distribuição
de verbas entre a prevenção e o combate. Mas, acima de tudo, o
professor do Instituto Superior de Agronomia realça que é necessário
articular as duas estruturas para que as medidas se tornem mais
eficazes. "Não há vasos comunicantes entre o sistema de prevenção e o
de combate. São estruturas muito separadas", sublinha. E exemplifica:
"A abertura de faixas de combustíveis deve ser feita tendo em conta os
acessos que permitem realizar o combate. Mas isso nem sempre
acontece."
O professor universitário lembra que os GAUF tinham esse objectivo,
trazendo mais conhecimento para o combate aos grandes fogos, e lamenta
que os grupos tenham sido praticamente desmantelados. "O que existe
são umas equipas montadas à ultima hora só para se dizer que não se
acabou com isto", diz Francisco Rego.
Desde 2011 que estes grupos sofreram uma mudança radical de
funcionamento, tendo-se reduzido o número de equipas e também alterado
a sua composição. Estas passaram a contar com menos técnicos
florestais especializados na análise do comportamento do fogo e no seu
uso para combater incêndios.
Pedro Carrilho, técnico florestal na Tapada de Mafra, não se
surpreende com a discrepância de gastos. "A gestão florestal e a
prevenção é um trabalho mais difícil que não tem tanta visibilidade",
justifica. E acrescenta: "Não há muita gente que queira trabalhar na
floresta. Não é bem pago, nem valorizado socialmente." O engenheiro
lamenta, por exemplo, a míngua no novo Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas. "Nos serviços florestais existe um técnico
por distrito que não tem mais ninguém abaixo de si."
Francisco Rego não contesta a fusão entre o Instituto de Conservação
da Natureza e a Autoridade Florestal Nacional, mas lamenta que os
fogos tenham sido menorizados na nova estrutura. "Antes havia uma
direcção autónoma para tratar desta área, agora ela está integrada com
as doenças florestais", critica. O antigo director-geral dos recursos
florestais considera que esta desvalorização resulta ironicamente do
sucesso das medidas tomadas após os anos trágicos de 2003 e 2005.
"Quando há um relativo sucesso, assiste-se a um desinvestimento no
problema como se ele tivesse desaparecido. Por isso é que ele se torna
cíclico", acredita.
Paulo Fernandes, professor do Departamento de Ciências Florestais da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), defende que a
proporção de gastos está invertida: "Devia-se gastar muito mais na
prevenção. E a longo prazo isso iria permitir gastar menos no
combate." O universitário atribuiu o pouco investimento na floresta à
invisibilidade deste trabalho e diz que, por isso, é mais fácil
apostar no combate. "A área florestal é extensa. As intervenções
significam um esforço imenso. É um trabalho que nunca acaba e que é
preciso manter continuamente."
Como Francisco Rego, o docente da UTAD considera que há uma separação
das estruturas de combate e da prevenção que não faz sentido. "Muitas
vezes, o combate não sabe tirar partido da prevenção, usando, por
exemplo, zonas com menos combustível que foram sujeitas a acções de
fogo controlado", exemplifica. Paulo Fernandes sustenta que "os
bombeiros se limitam a esperar pelo fogo na estrada", tendo muita
renitência em intervir no espaço florestal o que torna inúteis muitas
infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios.
http://www.publico.pt/incendios-florestais/jornal/estado-gasta-quase-quatro-vezes-mais-no-combate-do-que-na-prevencao-dos-fogos-27004091
Incêndios: Confederação da Agricultura exige ao Governo celeridade nas indemnizações
Actualizado ontem, às 17:12
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exigiu hoje ao Governo um
"levantamento criterioso dos prejuízos que atingem severamente" os
agricultores, produtores florestais e população em geral na sequência
dos incêndios e pediu celeridade na atribuição de indemnizações.
Em comunicado, a CNA refere que a ruína da agricultura familiar, a
ausência de prevenção e as falhas no ordenamento florestal são as
causas apontadas para os incêndios que têm atingido Portugal neste
verão.
"É necessário outro governo" capaz de alterar a situação, apela a CNA,
exigindo ainda "outras e melhores políticas agroflorestais".
As indemnizações, diz ainda esta confederação, devem ser pagas com a
"maior urgência".
"Tudo isto são consequências das políticas agrícolas e florestais
verdadeiramente pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de
interesses económicos ilícitos", sublinha a CNA.
Para esta confederação, "continua-se a gastar no combate quase quatro
vezes mais o que não se gasta em prevenção".
"Agora, às más políticas agroflorestais, o Governo junta as imposições
fiscais sobre a lavoura que vão provocar ainda mais abandono da
actividade agrícola".
A CNA recorda também que "as chamas destroem teres e haveres enquanto
as populações desesperam. Os bombeiros andam exaustos e,
lamentavelmente, alguns perdem a vida. As corporações de bombeiros
perdem viaturas, equipamentos e ficam sem recursos financeiros".
"Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate aos incêndios têm
uma 'vista panorâmica' do inferno enquanto despejam os baldes e
tanques cá para baixo. As televisões mostram, em directo e em
diferido, reportagens alucinantes do 'espectáculo'! Os governantes
falam, falam e, para desviar as atenções do essencial, centram-se nas
detenções dos suspeitos de fogo posto".
http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/403245-incendios-confederacao-da-agricultura-exige-ao-governo-celeridade-nas-indemn
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exigiu hoje ao Governo um
"levantamento criterioso dos prejuízos que atingem severamente" os
agricultores, produtores florestais e população em geral na sequência
dos incêndios e pediu celeridade na atribuição de indemnizações.
Em comunicado, a CNA refere que a ruína da agricultura familiar, a
ausência de prevenção e as falhas no ordenamento florestal são as
causas apontadas para os incêndios que têm atingido Portugal neste
verão.
"É necessário outro governo" capaz de alterar a situação, apela a CNA,
exigindo ainda "outras e melhores políticas agroflorestais".
As indemnizações, diz ainda esta confederação, devem ser pagas com a
"maior urgência".
"Tudo isto são consequências das políticas agrícolas e florestais
verdadeiramente pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de
interesses económicos ilícitos", sublinha a CNA.
Para esta confederação, "continua-se a gastar no combate quase quatro
vezes mais o que não se gasta em prevenção".
"Agora, às más políticas agroflorestais, o Governo junta as imposições
fiscais sobre a lavoura que vão provocar ainda mais abandono da
actividade agrícola".
A CNA recorda também que "as chamas destroem teres e haveres enquanto
as populações desesperam. Os bombeiros andam exaustos e,
lamentavelmente, alguns perdem a vida. As corporações de bombeiros
perdem viaturas, equipamentos e ficam sem recursos financeiros".
"Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate aos incêndios têm
uma 'vista panorâmica' do inferno enquanto despejam os baldes e
tanques cá para baixo. As televisões mostram, em directo e em
diferido, reportagens alucinantes do 'espectáculo'! Os governantes
falam, falam e, para desviar as atenções do essencial, centram-se nas
detenções dos suspeitos de fogo posto".
http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/403245-incendios-confederacao-da-agricultura-exige-ao-governo-celeridade-nas-indemn
Morreu bombeiro do Estoril ferido no incêndio do Caramulo
Publicado hoje às 06:31
O bombeiro Bernardo Figueiredo, ferido durante o incêndio na Serra do
Caramulo na passada quinta-feira, morreu esta madrugada.
Carlos Coelho, comandante dos Bombeiros Voluntários do Estoril disse à
agência Lusa que Bernardo Figueiredo não resistiu aos ferimentos e que
faleceu cerca da 01:00 de hoje.
Bernardo Figueiredo tinha 23 anos e pertencia aos bombeiros
voluntários há cerca de cinco anos, acrescentou ainda Carlos Coelho.
O corpo do jovem bombeiro está no hospital de São João, no Porto, para
onde foi transferido após ter ficado ferido na quinta-feira no fogo na
Serra do Caramulo.
Bernardo Figueiredo estava no mesmo grupo de Rita Pereira, a bombeira
de Alcabideche que também morreu no combate ao incêndio.
Dois outros bombeiros ficaram ainda feridos no mesmo fogo, mas sem
gravidade tendo sido transferidos para hospitais da sua área de
residência.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3389025
O bombeiro Bernardo Figueiredo, ferido durante o incêndio na Serra do
Caramulo na passada quinta-feira, morreu esta madrugada.
Carlos Coelho, comandante dos Bombeiros Voluntários do Estoril disse à
agência Lusa que Bernardo Figueiredo não resistiu aos ferimentos e que
faleceu cerca da 01:00 de hoje.
Bernardo Figueiredo tinha 23 anos e pertencia aos bombeiros
voluntários há cerca de cinco anos, acrescentou ainda Carlos Coelho.
O corpo do jovem bombeiro está no hospital de São João, no Porto, para
onde foi transferido após ter ficado ferido na quinta-feira no fogo na
Serra do Caramulo.
Bernardo Figueiredo estava no mesmo grupo de Rita Pereira, a bombeira
de Alcabideche que também morreu no combate ao incêndio.
Dois outros bombeiros ficaram ainda feridos no mesmo fogo, mas sem
gravidade tendo sido transferidos para hospitais da sua área de
residência.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3389025
Agricultores exigem celeridade nas indemnizações devido a incêndios
26 de Agosto, 2013
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exigiu hoje ao Governo um
"levantamento criterioso dos prejuízos que atingem severamente" os
agricultores, produtores florestais e população em geral na sequência
dos incêndios e pediu celeridade na atribuição de indemnizações.
Em comunicado, a CNA refere que a ruína da agricultura familiar, a
ausência de prevenção e as falhas no ordenamento florestal são as
causas apontadas para os incêndios que têm atingido Portugal neste
verão.
"É necessário outro governo" capaz de alterar a situação, apela a CNA,
exigindo ainda "outras e melhores políticas agro-florestais".
As indemnizações, diz ainda esta confederação, devem ser pagas com a
"maior urgência".
"Tudo isto são consequências das políticas agrícolas e florestais
verdadeiramente pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de
interesses económicos ilícitos", sublinha a CNA.
Para esta confederação, "continua-se a gastar no combate quase quatro
vezes mais o que não se gasta em prevenção".
"Agora, às más políticas agro-florestais, o Governo junta as
imposições fiscais sobre a lavoura que vão provocar ainda mais
abandono da actividade agrícola".
A CNA recorda também que "as chamas destroem teres e haveres enquanto
as populações desesperam. Os bombeiros andam exaustos e,
lamentavelmente, alguns perdem a vida. As corporações de bombeiros
perdem viaturas, equipamentos e ficam sem recursos financeiros".
"Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate aos incêndios têm
uma 'vista panorâmica' do inferno enquanto despejam os baldes e
tanques cá para baixo. As televisões mostram, em directo e em
diferido, reportagens alucinantes do 'espectáculo'! Os governantes
falam, falam e, para desviar as atenções do essencial, centram-se nas
detenções dos suspeitos de fogo posto".
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=83156
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exigiu hoje ao Governo um
"levantamento criterioso dos prejuízos que atingem severamente" os
agricultores, produtores florestais e população em geral na sequência
dos incêndios e pediu celeridade na atribuição de indemnizações.
Em comunicado, a CNA refere que a ruína da agricultura familiar, a
ausência de prevenção e as falhas no ordenamento florestal são as
causas apontadas para os incêndios que têm atingido Portugal neste
verão.
"É necessário outro governo" capaz de alterar a situação, apela a CNA,
exigindo ainda "outras e melhores políticas agro-florestais".
As indemnizações, diz ainda esta confederação, devem ser pagas com a
"maior urgência".
"Tudo isto são consequências das políticas agrícolas e florestais
verdadeiramente pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de
interesses económicos ilícitos", sublinha a CNA.
Para esta confederação, "continua-se a gastar no combate quase quatro
vezes mais o que não se gasta em prevenção".
"Agora, às más políticas agro-florestais, o Governo junta as
imposições fiscais sobre a lavoura que vão provocar ainda mais
abandono da actividade agrícola".
A CNA recorda também que "as chamas destroem teres e haveres enquanto
as populações desesperam. Os bombeiros andam exaustos e,
lamentavelmente, alguns perdem a vida. As corporações de bombeiros
perdem viaturas, equipamentos e ficam sem recursos financeiros".
"Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate aos incêndios têm
uma 'vista panorâmica' do inferno enquanto despejam os baldes e
tanques cá para baixo. As televisões mostram, em directo e em
diferido, reportagens alucinantes do 'espectáculo'! Os governantes
falam, falam e, para desviar as atenções do essencial, centram-se nas
detenções dos suspeitos de fogo posto".
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=83156
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Recapturado em Viana o segundo touro em fuga desde Maio
ANDREA CRUZ
26/08/2013 - 13:00
Em Aveiro a S.O.S Equinos continua sem rasto do "Marreta", o touro que
foi adquirido pela associação em Viana, com dinheiro de uma campanha
lançada nas redes sociais.
Chegaram a ser usadas vacas para atrair os touros, em Maio, mas sem
sucesso NUNO ALEXANDRE MENDES
Viana do Castelo
Depois de três meses e meio a andar em liberdade pelos montes de Viana
do Castelo, o segundo touro que fugiu de uma quinta em Perre, em Maio
passado, foi capturado, na madrugada desta segunda-feira, depois de
atraído a um estábulo com outros animais
Em Aveiro, a S.O.S Equinos lançou, no fim-de-semana, nova operação de
busca para tentar encontrar o outro touro protagonista desta história,
o "Marreta", mas nem sinal do animal. João Paulo Jacinto, o
responsável da associação garantiu ao PÚBLICO que não vai desistir de
procurar o touro.
A história de sobrevivência do Marreta, aquando da primeira fuga, em
Viana, fez sucesso nas redes sociais e permitiu reunir a verba
necessária para a compra do animal. O negócio foi concretizado no
final de Junho, através de um pagamento de 1.378 euros ao
proprietário. O animal foi depois para Aveiro, mas voltou a fugir.
Criador de gado durante mais de 50 anos, Manuel Farinhoto confessou
esta segunda-feira que já não tinha esperança de reaver o segundo
touro mas, admitiu, nos últimos dias, a confiança reacendeu face às
notícias que davam conta da presença do animal nas redondezas. "Foi
avistado durante a noite, dentro de algumas propriedades", explicou,
admitindo que o animal "estaria cansado e a querer companhia".
A estratégia foi montada e resultou esta madrugada, quando o animal
entrou num quintal onde existe um estábulo. Terá sido a presença de
gado que terá atraído o touro de raça galega com mais de 500 quilos.
"Fizemos-lhe uma espera. Abrimos as portas do estábulo e com o cheiro
do gado, apesar de desconfiado, acabou por entrar e conseguimos
apanhá-lo", adiantou Manuel Farinhoto.
O animal já voltou entretanto ao estábulo onde foi criado cerca das
03h30 mas agora muito mais agressivo. "Está muito agitado, está uma
fera autêntica. Tenho medo que fuja outra vez porque está muito
selvagem. Para além de estar preso na boxe ainda tive que o prender
com cordas", adiantou.
Manuel Farinhoto manifestou-se disponível para vender o animal ao
movimento criado no facebook, "Touros em Fuga" para que possa viver em
liberdade mas não descartou a possibilidade do seu destino ser o
talho. "Não posso tê-lo aqui muito tempo porque está muito bravo. Está
muito crescido e tem boa carne. Vou ter que resolver rapidamente",
sustentou o homem que já tinha estabelecido que estes dois touros
seriam os últimos que criaria. Com 66 anos de idade decidiu abandonar
a criação e dedicar-se à produção de vinho.
Em Aveiro, para onde seguiu em Julho o Marreta, para as instalações da
S.O.S Equinos, na Palhaça, a "esperança é a última a morrer" apesar de
nesta altura não ser conhecida a sua localização. João Paulo Jacinto
adiantou ao PÚBLICO que o animal deverá estar a cerca de quatro a
cinco quilómetros das instalações da associação. O problema é que se
trata de uma zona extensa e de densa vegetação. "São bastantes
hectares de terreno e, mato muito denso", adiantou.
O Marreta e o outro touro recuperado na madrugada desta segunda-feira
em Viana, fugiram a 6 de Maio da quinta Manuel Farinhoto que criou
"centenas" de animais sem que nunca lhe tivesse acontecido situação
semelhante. A fuga ocorreu precisamente quando estavam a ser
encaminhados para o camião que os conduziria ao matadouro.Tinham como
destino final um talho de Ponte de Lima.
O "Marreta", o mais agressivo conseguiu libertar-se das cordas que o
puxavam para o interior do camião. No meio da confusão, o outro touro,
que até já estava no camião, também conseguiu fugir, campo fora e
montes acima. Seis dias depois de andar à solta pelos montes de
Outeiro, o "Marreta", acabou por ser capturado por populares.
Regressou ao estábulo de Manuel Farinhoto a 12 de Maio para recuperar
das mazelas provocadas pela densa vegetação dos montes e, para voltar
a ser vendido.
No entanto, a história de "sobrevivência" do animal não parou de somar
apoios nas redes sociais. Foi mesmo criada uma página "Touros em
Fuga", com mais de três mil seguidores que, em parceria com a S.O.S
Equinos conseguiu reunir a verba necessária à compra do animal. O
negócio foi concretizado no final de Junho, através de um pagamento de
1.378 euros ao proprietário. A 17 de Julho voltou a fugir e não mais
foi avistado.
http://www.publico.pt/local/noticia/recapturado-em-viana-o-segundo-touro-em-fuga-desde-maio-1604016
26/08/2013 - 13:00
Em Aveiro a S.O.S Equinos continua sem rasto do "Marreta", o touro que
foi adquirido pela associação em Viana, com dinheiro de uma campanha
lançada nas redes sociais.
Chegaram a ser usadas vacas para atrair os touros, em Maio, mas sem
sucesso NUNO ALEXANDRE MENDES
Viana do Castelo
Depois de três meses e meio a andar em liberdade pelos montes de Viana
do Castelo, o segundo touro que fugiu de uma quinta em Perre, em Maio
passado, foi capturado, na madrugada desta segunda-feira, depois de
atraído a um estábulo com outros animais
Em Aveiro, a S.O.S Equinos lançou, no fim-de-semana, nova operação de
busca para tentar encontrar o outro touro protagonista desta história,
o "Marreta", mas nem sinal do animal. João Paulo Jacinto, o
responsável da associação garantiu ao PÚBLICO que não vai desistir de
procurar o touro.
A história de sobrevivência do Marreta, aquando da primeira fuga, em
Viana, fez sucesso nas redes sociais e permitiu reunir a verba
necessária para a compra do animal. O negócio foi concretizado no
final de Junho, através de um pagamento de 1.378 euros ao
proprietário. O animal foi depois para Aveiro, mas voltou a fugir.
Criador de gado durante mais de 50 anos, Manuel Farinhoto confessou
esta segunda-feira que já não tinha esperança de reaver o segundo
touro mas, admitiu, nos últimos dias, a confiança reacendeu face às
notícias que davam conta da presença do animal nas redondezas. "Foi
avistado durante a noite, dentro de algumas propriedades", explicou,
admitindo que o animal "estaria cansado e a querer companhia".
A estratégia foi montada e resultou esta madrugada, quando o animal
entrou num quintal onde existe um estábulo. Terá sido a presença de
gado que terá atraído o touro de raça galega com mais de 500 quilos.
"Fizemos-lhe uma espera. Abrimos as portas do estábulo e com o cheiro
do gado, apesar de desconfiado, acabou por entrar e conseguimos
apanhá-lo", adiantou Manuel Farinhoto.
O animal já voltou entretanto ao estábulo onde foi criado cerca das
03h30 mas agora muito mais agressivo. "Está muito agitado, está uma
fera autêntica. Tenho medo que fuja outra vez porque está muito
selvagem. Para além de estar preso na boxe ainda tive que o prender
com cordas", adiantou.
Manuel Farinhoto manifestou-se disponível para vender o animal ao
movimento criado no facebook, "Touros em Fuga" para que possa viver em
liberdade mas não descartou a possibilidade do seu destino ser o
talho. "Não posso tê-lo aqui muito tempo porque está muito bravo. Está
muito crescido e tem boa carne. Vou ter que resolver rapidamente",
sustentou o homem que já tinha estabelecido que estes dois touros
seriam os últimos que criaria. Com 66 anos de idade decidiu abandonar
a criação e dedicar-se à produção de vinho.
Em Aveiro, para onde seguiu em Julho o Marreta, para as instalações da
S.O.S Equinos, na Palhaça, a "esperança é a última a morrer" apesar de
nesta altura não ser conhecida a sua localização. João Paulo Jacinto
adiantou ao PÚBLICO que o animal deverá estar a cerca de quatro a
cinco quilómetros das instalações da associação. O problema é que se
trata de uma zona extensa e de densa vegetação. "São bastantes
hectares de terreno e, mato muito denso", adiantou.
O Marreta e o outro touro recuperado na madrugada desta segunda-feira
em Viana, fugiram a 6 de Maio da quinta Manuel Farinhoto que criou
"centenas" de animais sem que nunca lhe tivesse acontecido situação
semelhante. A fuga ocorreu precisamente quando estavam a ser
encaminhados para o camião que os conduziria ao matadouro.Tinham como
destino final um talho de Ponte de Lima.
O "Marreta", o mais agressivo conseguiu libertar-se das cordas que o
puxavam para o interior do camião. No meio da confusão, o outro touro,
que até já estava no camião, também conseguiu fugir, campo fora e
montes acima. Seis dias depois de andar à solta pelos montes de
Outeiro, o "Marreta", acabou por ser capturado por populares.
Regressou ao estábulo de Manuel Farinhoto a 12 de Maio para recuperar
das mazelas provocadas pela densa vegetação dos montes e, para voltar
a ser vendido.
No entanto, a história de "sobrevivência" do animal não parou de somar
apoios nas redes sociais. Foi mesmo criada uma página "Touros em
Fuga", com mais de três mil seguidores que, em parceria com a S.O.S
Equinos conseguiu reunir a verba necessária à compra do animal. O
negócio foi concretizado no final de Junho, através de um pagamento de
1.378 euros ao proprietário. A 17 de Julho voltou a fugir e não mais
foi avistado.
http://www.publico.pt/local/noticia/recapturado-em-viana-o-segundo-touro-em-fuga-desde-maio-1604016
Faturas: viticultores temem confusão
Há novas obrigações fiscais na próxima vindima
Por: tvi24 / CPS | 2013-08-26 12:51
Os viticultores do Douro temem «a confusão» na próxima vindima devido
às novas obrigações fiscais e à obrigatoriedade de passarem faturas,
mas a Direção Regional de Agricultura do Norte (DRAPN) garante que
todos os problemas vão ser paulatinamente resolvidos.
«Está tudo muito confuso ainda. Há viticultores que se coletaram e há
outros que não se foram coletar. Foi feito um prorrogamento do prazo
até finais de outubro e as vindimas vão decorrer neste período»,
afirmou hoje à agência Lusa Berta Santos, dirigente da Associação dos
Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO).
Todos os agricultores com atividade comercial vão passar a ser
obrigados a declarar o início de atividade. Têm ainda de passar fatura
de todas as transações comerciais.
Por exemplo, no Douro e em plena vindima, os pequenos e médios
viticultores entregam as suas uvas nas adegas cooperativas e empresas
privadas.
«Qualquer pessoa que se colete, à partida, tem que passar uma fatura e
passar uma fatura com que preço? Nós sabemos que quando se entregam as
uvas não há preços fixados», questionou Berta Santos.
Para a dirigente estas obrigações «vêm complicar a já complicada vida
dos produtores durienses».
«Vivem-se situações muito, muito, complicadas aqui na Região Demarcada
do Douro. Há gente que quer comprar os livros para os filhos e não tem
dinheiro para o fazer e, depois, ainda ficam sujeitos a estas
situações», sublinhou.
Por isso mesmo, a AVIDOURO reclama a suspensão imediata das novas
regras para os pequenos e médios viticultores, muitos dos quais a
única atividade comercial que têm é a venda de uvas.
Manuel Cardoso, diretor da DRAPN, reconheceu um «desajustamento» neste
processo que afeta sobretudo os pequenos viticultores, muitos dos
quais «ainda não cumpriram sequer com a sua inscrição nas Finanças».
E se, em alguns casos as próprias empresas que compram as uvas já
estão preparadas para, ao fazerem o registo de entrada das uvas,
fazerem também a emissão da fatura eletrónica em nome do produtor que
lhas entrega.
Em outros casos, só no momento em que for processado o pagamento e em
que houver necessidade de emitir o respetivo recibo é que se levanta o
problema de ter de haver previamente a fatura.
«Calculo que, em qualquer momento entre setembro e fevereiro, período
em que as uvas são entregues e acabam por ser pagas, se vai levantar
esse problema para alguns agricultores», salientou.
Nessa altura, acrescentou, «é necessário que toda a gente tenha em dia
os seus papéis para que as entidades que comprarem as uvas possam
pagá-las, legalmente falando, aos respetivos agricultores».
No entanto, segundo o responsável, estas questões estão a
«paulatinamente resolvidas pelas diferentes entidades».
Manuel Cardoso acredita ainda que o «sistema se possa vir a simplificar».
«Vamos estudar as sugestões que nos têm sido feitas por algumas
associações e encaminhá-las devidamente para a nossa tutela, no
sentido de fazer com que isto dentro de alguns meses esteja perfeito»,
sublinhou.
Já em relação às guias de transporte, Manuel Cardoso referiu que os
produtores que transportem as próprias uvas, tanto para as adegas ou
empresas, estão dispensados da apresentação deste documento.
Para esta vindima prevê-se um aumento da produção na ordem dos 10 a
15% na região norte, com exceção para a zona de Trás-os-Montes.
http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/faturas-viticultores-vindima/1483320-6377.html
Por: tvi24 / CPS | 2013-08-26 12:51
Os viticultores do Douro temem «a confusão» na próxima vindima devido
às novas obrigações fiscais e à obrigatoriedade de passarem faturas,
mas a Direção Regional de Agricultura do Norte (DRAPN) garante que
todos os problemas vão ser paulatinamente resolvidos.
«Está tudo muito confuso ainda. Há viticultores que se coletaram e há
outros que não se foram coletar. Foi feito um prorrogamento do prazo
até finais de outubro e as vindimas vão decorrer neste período»,
afirmou hoje à agência Lusa Berta Santos, dirigente da Associação dos
Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO).
Todos os agricultores com atividade comercial vão passar a ser
obrigados a declarar o início de atividade. Têm ainda de passar fatura
de todas as transações comerciais.
Por exemplo, no Douro e em plena vindima, os pequenos e médios
viticultores entregam as suas uvas nas adegas cooperativas e empresas
privadas.
«Qualquer pessoa que se colete, à partida, tem que passar uma fatura e
passar uma fatura com que preço? Nós sabemos que quando se entregam as
uvas não há preços fixados», questionou Berta Santos.
Para a dirigente estas obrigações «vêm complicar a já complicada vida
dos produtores durienses».
«Vivem-se situações muito, muito, complicadas aqui na Região Demarcada
do Douro. Há gente que quer comprar os livros para os filhos e não tem
dinheiro para o fazer e, depois, ainda ficam sujeitos a estas
situações», sublinhou.
Por isso mesmo, a AVIDOURO reclama a suspensão imediata das novas
regras para os pequenos e médios viticultores, muitos dos quais a
única atividade comercial que têm é a venda de uvas.
Manuel Cardoso, diretor da DRAPN, reconheceu um «desajustamento» neste
processo que afeta sobretudo os pequenos viticultores, muitos dos
quais «ainda não cumpriram sequer com a sua inscrição nas Finanças».
E se, em alguns casos as próprias empresas que compram as uvas já
estão preparadas para, ao fazerem o registo de entrada das uvas,
fazerem também a emissão da fatura eletrónica em nome do produtor que
lhas entrega.
Em outros casos, só no momento em que for processado o pagamento e em
que houver necessidade de emitir o respetivo recibo é que se levanta o
problema de ter de haver previamente a fatura.
«Calculo que, em qualquer momento entre setembro e fevereiro, período
em que as uvas são entregues e acabam por ser pagas, se vai levantar
esse problema para alguns agricultores», salientou.
Nessa altura, acrescentou, «é necessário que toda a gente tenha em dia
os seus papéis para que as entidades que comprarem as uvas possam
pagá-las, legalmente falando, aos respetivos agricultores».
No entanto, segundo o responsável, estas questões estão a
«paulatinamente resolvidas pelas diferentes entidades».
Manuel Cardoso acredita ainda que o «sistema se possa vir a simplificar».
«Vamos estudar as sugestões que nos têm sido feitas por algumas
associações e encaminhá-las devidamente para a nossa tutela, no
sentido de fazer com que isto dentro de alguns meses esteja perfeito»,
sublinhou.
Já em relação às guias de transporte, Manuel Cardoso referiu que os
produtores que transportem as próprias uvas, tanto para as adegas ou
empresas, estão dispensados da apresentação deste documento.
Para esta vindima prevê-se um aumento da produção na ordem dos 10 a
15% na região norte, com exceção para a zona de Trás-os-Montes.
http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/faturas-viticultores-vindima/1483320-6377.html
Estado gasta mais a combater incêndios do que na prevenção
26 Agosto 2013, 08:59 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
O Estado gasta quatro vezes mais a combater fogos do que na sua prevenção.
O combate aos incêndios custa quatro vezes mais do que a sua
prevenção. De acordo com dados do jornal "Público", a Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC) tem um dispositivo para o combate
aos incêndios com custo previsto de 74 milhões de euros.
Já o Ministério da Agricultura e Mar estima gastar perto de 20 milhões
na prevenção estrutural.
São 94 milhões de euros no total, mas 79% vão para o combate e 21%
para a prevenção.
Já em 2012, o combate absorveu 75 milhões de euros e a prevenção
estrutural 18 milhões de euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ambiente/detalhe/estado_gasta_mais_a_combater_incendios_do_que_na_prevencao.html
O Estado gasta quatro vezes mais a combater fogos do que na sua prevenção.
O combate aos incêndios custa quatro vezes mais do que a sua
prevenção. De acordo com dados do jornal "Público", a Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC) tem um dispositivo para o combate
aos incêndios com custo previsto de 74 milhões de euros.
Já o Ministério da Agricultura e Mar estima gastar perto de 20 milhões
na prevenção estrutural.
São 94 milhões de euros no total, mas 79% vão para o combate e 21%
para a prevenção.
Já em 2012, o combate absorveu 75 milhões de euros e a prevenção
estrutural 18 milhões de euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ambiente/detalhe/estado_gasta_mais_a_combater_incendios_do_que_na_prevencao.html
Incêndios: Recorde de fogos de 2005 vai ser batido em Amarante -- proteção civil
Lusa
16:07 Segunda feira, 26 de agosto de 2013
Amarante, 26 ago (Lusa) - A proteção civil de Amarante receia que a
área ardida este ano no concelho venha a ultrapassar os 2.600 hectares
de 2005, um dos piores anos de sempre, admitiu à Lusa o vereador
Hélder Ferreira.
"De certeza que se vai bater esse recorde", alertou o responsável pela
proteção civil municipal.
Apesar da sucessão de incêndios que tem destruído, nas últimas
semanas, muitas centenas de hectares de mata, em Amarante, o vereador,
disse acreditar que "o pior esteja para vir".
http://expresso.sapo.pt/incendios-recorde-de-fogos-de-2005-vai-ser-batido-em-amarante-protecao-civil=f827467
16:07 Segunda feira, 26 de agosto de 2013
Amarante, 26 ago (Lusa) - A proteção civil de Amarante receia que a
área ardida este ano no concelho venha a ultrapassar os 2.600 hectares
de 2005, um dos piores anos de sempre, admitiu à Lusa o vereador
Hélder Ferreira.
"De certeza que se vai bater esse recorde", alertou o responsável pela
proteção civil municipal.
Apesar da sucessão de incêndios que tem destruído, nas últimas
semanas, muitas centenas de hectares de mata, em Amarante, o vereador,
disse acreditar que "o pior esteja para vir".
http://expresso.sapo.pt/incendios-recorde-de-fogos-de-2005-vai-ser-batido-em-amarante-protecao-civil=f827467
Os incêndios florestais e as políticas "pirómanas"
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA
Assim que se conjugam condições climáticas mais propícias, aí temos os
incêndios florestais com o seu cortejo de destruição e tragédias.
As chamas destroem teres e haveres enquanto as Populações desesperam.
Os Bombeiros andam exaustos e, lamentavelmente, alguns perdem a vida.
As Corporações de Bombeiros perdem viaturas, equipamentos e ficam sem
recursos financeiros. Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate
aos incêndios têm uma "vista panorâmica" do inferno enquanto despejam
os baldes e tanques cá para baixo. As televisões mostram e remostram,
em directo e em diferido, reportagens alucinantes do "espectáculo" !
Os governantes falam, falam e, para desviar as atenções do essencial,
centram-se nas detenções dos suspeitos de fogo posto…
RUÍNA DA AGRICULTURA FAMILIAR - FALTA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS - -
ATRASOS, ERROS E FALHAS GRAVES NO ORDENAMENTO FLORESTAL –
Eis o conjunto das principais causas que determinam o mau estado geral
da floresta portuguesa onde um qualquer acidente ou imprudência podem
ter a "potência" de uma bomba de napalm !... Tudo isto são
consequências das políticas agrícolas e florestais verdadeiramente
"pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de interesses
económicos ilícitos.
Más políticas Agro-Florestais aplicadas por sucessivos governos ao
longo de muitos anos. Com a ruína da Agricultura Familiar e o êxodo
das Populações Rurais; com a falta de prevenção de incêndios
florestais de forma sistemática e organizada; com a ausência de
ordenamento florestal de que apenas tira proveito a floresta
industrial (monocultura) de espécies de crescimento rápido.
Continua-se a gastar no combate quase 4 vezes mais o que não se gasta
em prevenção.
Agora, às más políticas agro-florestais o governo junta as imposições
fiscais sobre a Lavoura que vão provocar ainda mais abandono da
actividade agrícola.
O GOVERNO DEVE INDEMNIZAR POPULAÇÕES PELOS PREJUÍZOS!
A CNA reclama ao governo o levantamento criterioso dos prejuízos
(culturas, gado, alfaias, equipamento, habitações, entre outros) que
atingem severamente os Agricultores, os Produtores Florestais e a
População em geral para atribuir indemnizações a serem pagas com a
maior urgência.
SIM ! SÃO NECESSÁRIAS OUTRAS E MELHORES POLÍTICAS AGRO-FLORESTAIS !
SIM ! É NECESSÁRIO OUTRO GOVERNO CAPAZ DE AS DEFINIR E APLICAR !
Coimbra, 26 de Agosto de 2013 // A Direcção Nacional da C N A
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/26b.htm
Assim que se conjugam condições climáticas mais propícias, aí temos os
incêndios florestais com o seu cortejo de destruição e tragédias.
As chamas destroem teres e haveres enquanto as Populações desesperam.
Os Bombeiros andam exaustos e, lamentavelmente, alguns perdem a vida.
As Corporações de Bombeiros perdem viaturas, equipamentos e ficam sem
recursos financeiros. Por cima, os pilotos dos meios aéreos de combate
aos incêndios têm uma "vista panorâmica" do inferno enquanto despejam
os baldes e tanques cá para baixo. As televisões mostram e remostram,
em directo e em diferido, reportagens alucinantes do "espectáculo" !
Os governantes falam, falam e, para desviar as atenções do essencial,
centram-se nas detenções dos suspeitos de fogo posto…
RUÍNA DA AGRICULTURA FAMILIAR - FALTA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS - -
ATRASOS, ERROS E FALHAS GRAVES NO ORDENAMENTO FLORESTAL –
Eis o conjunto das principais causas que determinam o mau estado geral
da floresta portuguesa onde um qualquer acidente ou imprudência podem
ter a "potência" de uma bomba de napalm !... Tudo isto são
consequências das políticas agrícolas e florestais verdadeiramente
"pirómanas! A estas, podemos ainda juntar motivações de interesses
económicos ilícitos.
Más políticas Agro-Florestais aplicadas por sucessivos governos ao
longo de muitos anos. Com a ruína da Agricultura Familiar e o êxodo
das Populações Rurais; com a falta de prevenção de incêndios
florestais de forma sistemática e organizada; com a ausência de
ordenamento florestal de que apenas tira proveito a floresta
industrial (monocultura) de espécies de crescimento rápido.
Continua-se a gastar no combate quase 4 vezes mais o que não se gasta
em prevenção.
Agora, às más políticas agro-florestais o governo junta as imposições
fiscais sobre a Lavoura que vão provocar ainda mais abandono da
actividade agrícola.
O GOVERNO DEVE INDEMNIZAR POPULAÇÕES PELOS PREJUÍZOS!
A CNA reclama ao governo o levantamento criterioso dos prejuízos
(culturas, gado, alfaias, equipamento, habitações, entre outros) que
atingem severamente os Agricultores, os Produtores Florestais e a
População em geral para atribuir indemnizações a serem pagas com a
maior urgência.
SIM ! SÃO NECESSÁRIAS OUTRAS E MELHORES POLÍTICAS AGRO-FLORESTAIS !
SIM ! É NECESSÁRIO OUTRO GOVERNO CAPAZ DE AS DEFINIR E APLICAR !
Coimbra, 26 de Agosto de 2013 // A Direcção Nacional da C N A
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/26b.htm
Mais de mil bombeiros combatem chamas em Portugal continental
MARISA SOARES e LUSA
25/08/2013 - 08:26
(actualizado às 16:46)
Incêndio na Serra do Caramulo foi dominado durante a noite, mas
reactivou-se ao início da manhã, pela segunda vez.
Bombeiros combatiam 25 incêndios em curso às 8h DATO DARASELIA
Incêndio em Góis queimou mais de 1200 hectares
Prisão preventiva para idoso de Vinhais apanhado em flagrante delito
Parque de campismo e hotel da Covilhã evacuados
Chamas no "pulmão do Caramulo" não dão tréguas aos bombeiros
É mais um dia de intenso trabalho para os bombeiros. Mais de mil
operacionais estavam às 14 horas deste domingo a combater as chamas em
nove incêndios em Portugal continental, segundo a Autoridade Nacional
de Protecção Civil.
O incêndio na serra do Caramulo, distrito de Viseu, mantém-se activo
com duas frentes estando a ser combatido por 366 homens ajudados por
101 viaturas operacionais, dois helicópteros bombardeiros e quatro
aviões bombardeiros.
Este fogo - que já provocou a morte de uma jovem bombeira de
Alcabideche e feriu com gravidade outro elemento da corporação do
Estoril, que se encontra internado na unidade de queimados do Hospital
de S. João, no Porto, com "prognóstico muito reservado" - começou às
00h25 de quarta-feira e já foi dado como dominado por duas vezes: uma
na sexta-feira de manhã, mas reacendeu-se à tarde, e outra na
madrugada deste domingo, às 0h47. No entanto, por volta das 6h, as
chamas voltaram a fugir ao controlo dos bombeiros.
Um outro incêndio com três frentes activas na localidade de São Pedro
da Veiga de Lila está a mobilizar 185 bombeiros, 50 veículos
operacionais, um helicóptero e dois aviões.
Na localidade de Ervedal, concelho de Oliveira do Hospital e distrito
de Coimbra, o incêndio que deflagrou às 10h12 deste domingo está a
mobilizar 215 bombeiros apoiados por 41 veículos operacionais e dois
helicópteros bombardeiro.
No distrito de Viana do Castelo, a Protecção Civil destaca o fogo que
lavra na localidade Sra. Boa Morte Correlhã, concelho de Ponte Lima.
Às 14 horas estavam a combater este incêndio 125 bombeiros e 36
veículos operacionais.
Durante o dia de sábado, a Protecção Civil detectou 266 incêndios
florestais e de mato, cujas operações envolveram 4987 bombeiros e 1317
veículos operacionais.
No sábado à tarde, a Protecção Civil subiu para laranja o nível de
alerta do Sistema Integrado de Operações de Socorro e do Dispositivo
Especial de Combate a Incêndios Florestais para todos os distritos.
Este nível de alerta vigora desde as 8h deste domingo até às 20h de
terça-feira.
A decisão prende-se com as previsões meteorológicas, explica a
Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) em comunicado. Estão
previstos para este período temperaturas máximas a oscilar entre os 30
e os 35 graus em todo o território, humidade relativa muito abaixo dos
20%, ventos moderados a fortes (entre 30 a 40 quilómetros por hora) em
especial nas regiões fronteira entre o litoral e o interior. Estas
condições são favoráveis à ocorrência e progressão dos incêndios
florestais.
http://www.publico.pt/local/noticia/viana-do-castelo-viseu-e-vila-real-sao-os-distritos-mais-fustigados-pelas-chamas-1603935
25/08/2013 - 08:26
(actualizado às 16:46)
Incêndio na Serra do Caramulo foi dominado durante a noite, mas
reactivou-se ao início da manhã, pela segunda vez.
Bombeiros combatiam 25 incêndios em curso às 8h DATO DARASELIA
Incêndio em Góis queimou mais de 1200 hectares
Prisão preventiva para idoso de Vinhais apanhado em flagrante delito
Parque de campismo e hotel da Covilhã evacuados
Chamas no "pulmão do Caramulo" não dão tréguas aos bombeiros
É mais um dia de intenso trabalho para os bombeiros. Mais de mil
operacionais estavam às 14 horas deste domingo a combater as chamas em
nove incêndios em Portugal continental, segundo a Autoridade Nacional
de Protecção Civil.
O incêndio na serra do Caramulo, distrito de Viseu, mantém-se activo
com duas frentes estando a ser combatido por 366 homens ajudados por
101 viaturas operacionais, dois helicópteros bombardeiros e quatro
aviões bombardeiros.
Este fogo - que já provocou a morte de uma jovem bombeira de
Alcabideche e feriu com gravidade outro elemento da corporação do
Estoril, que se encontra internado na unidade de queimados do Hospital
de S. João, no Porto, com "prognóstico muito reservado" - começou às
00h25 de quarta-feira e já foi dado como dominado por duas vezes: uma
na sexta-feira de manhã, mas reacendeu-se à tarde, e outra na
madrugada deste domingo, às 0h47. No entanto, por volta das 6h, as
chamas voltaram a fugir ao controlo dos bombeiros.
Um outro incêndio com três frentes activas na localidade de São Pedro
da Veiga de Lila está a mobilizar 185 bombeiros, 50 veículos
operacionais, um helicóptero e dois aviões.
Na localidade de Ervedal, concelho de Oliveira do Hospital e distrito
de Coimbra, o incêndio que deflagrou às 10h12 deste domingo está a
mobilizar 215 bombeiros apoiados por 41 veículos operacionais e dois
helicópteros bombardeiro.
No distrito de Viana do Castelo, a Protecção Civil destaca o fogo que
lavra na localidade Sra. Boa Morte Correlhã, concelho de Ponte Lima.
Às 14 horas estavam a combater este incêndio 125 bombeiros e 36
veículos operacionais.
Durante o dia de sábado, a Protecção Civil detectou 266 incêndios
florestais e de mato, cujas operações envolveram 4987 bombeiros e 1317
veículos operacionais.
No sábado à tarde, a Protecção Civil subiu para laranja o nível de
alerta do Sistema Integrado de Operações de Socorro e do Dispositivo
Especial de Combate a Incêndios Florestais para todos os distritos.
Este nível de alerta vigora desde as 8h deste domingo até às 20h de
terça-feira.
A decisão prende-se com as previsões meteorológicas, explica a
Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) em comunicado. Estão
previstos para este período temperaturas máximas a oscilar entre os 30
e os 35 graus em todo o território, humidade relativa muito abaixo dos
20%, ventos moderados a fortes (entre 30 a 40 quilómetros por hora) em
especial nas regiões fronteira entre o litoral e o interior. Estas
condições são favoráveis à ocorrência e progressão dos incêndios
florestais.
http://www.publico.pt/local/noticia/viana-do-castelo-viseu-e-vila-real-sao-os-distritos-mais-fustigados-pelas-chamas-1603935
O milho
9 de Agosto de 2013
Miguel Mota
Mais uma prova das grandes potencialidades da agricultura portuguesa é
a recente notícia sobre o grande aumento da produção de milho na zona
do Alqueva. Há várias décadas, um dos artigos que publiquei com o ante
título "Tesouros ocultos" referia-se ao milho, quando era muito
escassa a utilização dos milhos híbridos, que apenas ocupava 1% da
área com essa cultura. A produção unitária de milho nessa pequena
parte da área total era muito mais alta que na restante, tornando a
cultura mais económica.
Embora eu esteja hoje bastante longe desses problemas e talvez seja
desnecessário o que vou dizer, permitam-me algumas considerações sobre
a cultura do milho. Há muitos anos ouvi um dito que penso merecer
atenção. Dizia que a melhor economia em relação ao milho era vendê-lo
em sacos de couro. Queriam dizer que, em vez de esperar pela maturação
do grão, era melhor colhe-lo no óptimo do seu valor nutricional e
armazena-lo em silos, para alimento de animais, nomeadamente bovinos,
que muito apreciam esse tipo de silagem.
É necessário não esquecer que as altas produções agora obtidas –
chegam às 20t/ha – exigem elevados níveis de fertilização do solo, em
que é importantíssima a matéria orgânica. Aliás, como se sabe, uma
exploração agrícola equilibrada deve ter,além da produção vegetal, uma
boa produção pecuária. Portanto, uma rotação, em que o milho alterne
com pastagens ou forragens para corte, em que entrem leguminosas,
permite alimentar os animais e manter ou melhorar o nível de
fertilidade do solo.
Os estrumes produzidos abundantemente por bovinos leiteiros ou para
carne devem ser utilizados na produção de biogás (que em nada reduz o
seu valor fertilizante),uma forma de energia que Portugal tem
soberanamente ignorado, que bem poderia poupar importações e para a
qual já várias vezes chamei a atenção.Casos pontuais, como este e
variados outros, mostram bem o que poderia ser a agricultura
portuguesa e a muito maior diferença que causaria nas nossas pobres
economia e finanças.
Posted by Clube dos Pensadores
http://clubedospensadores.blogspot.pt/2013/08/o-milho.html
Miguel Mota
Mais uma prova das grandes potencialidades da agricultura portuguesa é
a recente notícia sobre o grande aumento da produção de milho na zona
do Alqueva. Há várias décadas, um dos artigos que publiquei com o ante
título "Tesouros ocultos" referia-se ao milho, quando era muito
escassa a utilização dos milhos híbridos, que apenas ocupava 1% da
área com essa cultura. A produção unitária de milho nessa pequena
parte da área total era muito mais alta que na restante, tornando a
cultura mais económica.
Embora eu esteja hoje bastante longe desses problemas e talvez seja
desnecessário o que vou dizer, permitam-me algumas considerações sobre
a cultura do milho. Há muitos anos ouvi um dito que penso merecer
atenção. Dizia que a melhor economia em relação ao milho era vendê-lo
em sacos de couro. Queriam dizer que, em vez de esperar pela maturação
do grão, era melhor colhe-lo no óptimo do seu valor nutricional e
armazena-lo em silos, para alimento de animais, nomeadamente bovinos,
que muito apreciam esse tipo de silagem.
É necessário não esquecer que as altas produções agora obtidas –
chegam às 20t/ha – exigem elevados níveis de fertilização do solo, em
que é importantíssima a matéria orgânica. Aliás, como se sabe, uma
exploração agrícola equilibrada deve ter,além da produção vegetal, uma
boa produção pecuária. Portanto, uma rotação, em que o milho alterne
com pastagens ou forragens para corte, em que entrem leguminosas,
permite alimentar os animais e manter ou melhorar o nível de
fertilidade do solo.
Os estrumes produzidos abundantemente por bovinos leiteiros ou para
carne devem ser utilizados na produção de biogás (que em nada reduz o
seu valor fertilizante),uma forma de energia que Portugal tem
soberanamente ignorado, que bem poderia poupar importações e para a
qual já várias vezes chamei a atenção.Casos pontuais, como este e
variados outros, mostram bem o que poderia ser a agricultura
portuguesa e a muito maior diferença que causaria nas nossas pobres
economia e finanças.
Posted by Clube dos Pensadores
http://clubedospensadores.blogspot.pt/2013/08/o-milho.html
Condolências aos bombeiros enchem Facebook de Cavaco
PORTUGUESES DEIXAM MENSAGENS
por Patrícia ViegasHoje12 comentários
"As minhas condolências aos familiares dos bombeiros falecidos". Esta
é a frase que várias pessoas têm estado a deixar na página de Facebook
do Presidente da República, Cavaco Silva, como forma de assinalar o
facto de o chefe do Estado português ter lamentado a morte do
economista António Borges mas nada ter dito em relação à morte da
bombeira Ana Rita Pereira, que na semana passada perdeu a vida no
combate ao incêndio do Caramulo, aos 24 anos,
Tais comentários estão a ser deixados no último post que foi feito por
Cavaco Silva na sua página do Facebook, o qual data de 31 de julho e
consiste numa mensagem de felicitações ao ciclista Rui Costa e ao
maratonista Carlos Sá, que consquistaram, respetivamente, importantes
vitórias no Tour e na corrida Badwater.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3387546
por Patrícia ViegasHoje12 comentários
"As minhas condolências aos familiares dos bombeiros falecidos". Esta
é a frase que várias pessoas têm estado a deixar na página de Facebook
do Presidente da República, Cavaco Silva, como forma de assinalar o
facto de o chefe do Estado português ter lamentado a morte do
economista António Borges mas nada ter dito em relação à morte da
bombeira Ana Rita Pereira, que na semana passada perdeu a vida no
combate ao incêndio do Caramulo, aos 24 anos,
Tais comentários estão a ser deixados no último post que foi feito por
Cavaco Silva na sua página do Facebook, o qual data de 31 de julho e
consiste numa mensagem de felicitações ao ciclista Rui Costa e ao
maratonista Carlos Sá, que consquistaram, respetivamente, importantes
vitórias no Tour e na corrida Badwater.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3387546
Pastor detido por ter provocado três incêndios
Publicado em 2013-08-24
, actualizado em 2013-08-24
GLÓRIA LOPES
Um pastor de 68 anos, de Vinhais, vai ficar a aguardar julgamento em
prisão preventiva depois de ter sido detido em flagrante a atear um
incêndio florestal perto da localidade de Brito de Baixo, naquele
concelho.
O homem foi ouvido este sábado no Tribunal de Miranda do Douro, depois
de ter sido detido pela GNR na tarde de sexta- feira, sendo suspeito
de ter ateado vários incêndios na localidade de Brito de Baixo,
freguesia de Vilar de Peregrinos, no concelho de Vinhais.
A detenção foi efectuada por militares do posto da GNR de Rebordelo,
que apuraram que o homem se deslocava numa viatura e que ia ateando
fogos por onde passava com recurso a um isqueiro que usavam para fazer
ignições directamente na vegetação.
Após a detenção o pastor acabou por confessar a autoria de três
incêndios na zona de Brito de Baixo.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3385861
, actualizado em 2013-08-24
GLÓRIA LOPES
Um pastor de 68 anos, de Vinhais, vai ficar a aguardar julgamento em
prisão preventiva depois de ter sido detido em flagrante a atear um
incêndio florestal perto da localidade de Brito de Baixo, naquele
concelho.
O homem foi ouvido este sábado no Tribunal de Miranda do Douro, depois
de ter sido detido pela GNR na tarde de sexta- feira, sendo suspeito
de ter ateado vários incêndios na localidade de Brito de Baixo,
freguesia de Vilar de Peregrinos, no concelho de Vinhais.
A detenção foi efectuada por militares do posto da GNR de Rebordelo,
que apuraram que o homem se deslocava numa viatura e que ia ateando
fogos por onde passava com recurso a um isqueiro que usavam para fazer
ignições directamente na vegetação.
Após a detenção o pastor acabou por confessar a autoria de três
incêndios na zona de Brito de Baixo.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3385861
Dois novos aviões anfíbios «nos próximos dias»
O Governo está a ultimar a contratação de mais dois aviões anfíbios,
de combate aos incêndios.
As declarações de Carlos Guerra em direto no noticiário das 8h00
O adjunto das operações nacionais da Autoridade Nacional de Proteção
Civil, Carlos Guerra, confirmou à TSF que o procedimento
administrativo que levará à contratação dos dois aviões está no fim e
que «dentro de dias» esses aviões são esperados no terreno.
Estes dois aviões irão juntar-se aos quatro já em funcionamento.
Carlos Guerra explicou que «as condições meteorológicas desfavoráveis»
obrigaram a dar este passo, previsto no plano de combate aos
incêndios.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3387558
de combate aos incêndios.
As declarações de Carlos Guerra em direto no noticiário das 8h00
O adjunto das operações nacionais da Autoridade Nacional de Proteção
Civil, Carlos Guerra, confirmou à TSF que o procedimento
administrativo que levará à contratação dos dois aviões está no fim e
que «dentro de dias» esses aviões são esperados no terreno.
Estes dois aviões irão juntar-se aos quatro já em funcionamento.
Carlos Guerra explicou que «as condições meteorológicas desfavoráveis»
obrigaram a dar este passo, previsto no plano de combate aos
incêndios.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3387558
domingo, 25 de agosto de 2013
António Costa critica o Ministério da Agricultura pela falta de prevenção no combate aos incêndios
Elsa Ferreira25 Ago, 2013, 13:29 / atualizado em 25 Ago, 2013, 13:30
Na qualidade de antigo ministro da Administração Interna, António
Costa acusa o governo de nada ter feito na prevenção dos incêndios
assinalando que o trabalho no âmbito da reestruturação da floresta é
nulo. Destaca o trabalho dos bombeiros e das forças de segurança, "um
esforço extraordinário que só dará frutos quando o Ministério da
Agricultura efetuar o que é necessário na floresta portuguesa,
enquanto isso não suceder mais ano menos ano, as calamidades vão
acontecer", salienta António Costa.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=675849&tm=8&layout=123&visual=61
Na qualidade de antigo ministro da Administração Interna, António
Costa acusa o governo de nada ter feito na prevenção dos incêndios
assinalando que o trabalho no âmbito da reestruturação da floresta é
nulo. Destaca o trabalho dos bombeiros e das forças de segurança, "um
esforço extraordinário que só dará frutos quando o Ministério da
Agricultura efetuar o que é necessário na floresta portuguesa,
enquanto isso não suceder mais ano menos ano, as calamidades vão
acontecer", salienta António Costa.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=675849&tm=8&layout=123&visual=61
ViniPortugal e comerciantes lutam para recuperar costume do vinho a copo
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo aplicado pela agência Lusa
http://www.ionline.pt/artigos/boa-vida-igastronomia/viniportugal-comerciantes-lutam-recuperar-costume-vinho-copo
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.
Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.
Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".
A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.
O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.
"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".
Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".
Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".
Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.
Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".
Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.
"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".
Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.
Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.
"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo aplicado pela agência Lusa
http://www.ionline.pt/artigos/boa-vida-igastronomia/viniportugal-comerciantes-lutam-recuperar-costume-vinho-copo
Um novo modelo de ajudas públicas à agricultura
Opinião: José Martino
______________________________________________________________________
Das centenas
de milhões de
euros de fundos
comunitários
enviados para o
sector agrícola,
muito pouco
serviu para criar
riqueza e emprego
Numa altura em que estamos a negociar o novo Quadro Comunitário de
Apoio 2014/2020, proponho dar o meu contributo para que as ajudas
públicas ao investimento na agricultura possam traduzir-se num real
benefício para a economia real e para os agricultores.
Há dias, neste jornal, o ex-ministro da Agricultura Arlindo Cunha
escrevia um artigo em que suscitava a questão da instalação de jovens
agricultores e enunciava algumas propostas para que a taxa de sucesso
destes projectos pudesse ser maximizada, aumentando a eficiência na
utilização de verbas públicas.
Este é um ponto central: a instalação de jovens agricultores. Duvido
que o número de jovens agricultores que se instalam por mês seja o
critério mais eficaz para avaliar o sucesso das ajudas públicas.
Desde logo, é baixíssimo o número de jovens que se dedicam à
agricultura, por comparação com a média europeia. A taxa dos que se
mantêm em actividade ao fim de cinco anos é um indicador relevante,
mas tem de ser compaginada com o volume de negócios, a rentabilidade,
o emprego criado.
É preciso, desde já, colocar o dedo na ferida: o sistema de ajudas
públicas à agricultura que vigorou nos últimos 20 anos tem de ser
radicalmente alterado. Das centenas de milhões de euros de fundos
comunitários enviados para o sector agrícola, muito pouco serviu para
criar riqueza e emprego.
Um novo sistema precisa-se para incrementar a produção nacional com
vista a contribuir para a auto-suficiência alimentar, valorizando a
internacionalização como forma de aumentar o rendimento dos
agricultores.
Nos últimos anos, a agricultura portuguesa recebeu cerca de 600
milhões de euros/ano de fundos comunitários. Apesar disso, o
rendimento líquido dos agricultores tem decrescido.
Então, que novo modelo implementar?
A primeira medida seria separar as ajudas destinadas aos jovens
agricultores e às empresas (agricultura de mercado) do que é
canalizado para a produção de bens públicos (agricultura de
subsistência). Não faz sentido apoiar todo o tipo de projectos de
investimento.
Alguém sabe qual foi a distribuição por sectores das ajudas públicas
ao investimento? Aqui vai: 46,1% máquinas e equipamentos; 10,7%
plantações; 8,9% melhoramentos fundiários; 7,1% animais.
Esta pirâmide tem de ser invertida. A aquisição de máquinas e
equipamentos não deve ser apoiada ou deve ter um tecto máximo de 20%
do total elegível. Há subutilização das máquinas e equipamentos, bens
importados que não geram riqueza que contrabalance a saída de divisas.
Deve-se promover as economias de escala. O Proder [Programa de
Desenvolvimento Rural] tem de ter como objectivo promover o
investimento em explorações com superfície igual ou superior às
economias de escala (dimensão da exploração que promove os custos mais
baixos). Exemplo, dimensão que tira partido da mão-deobra a tempo
inteiro: na cultura do mirtilo ou do kiwi, quatro hectares é a
superfície mínima que justifica uma unidade de mão-de-obra a tempo
inteiro; no entanto, o Proder aceitou projectos que se rentabilizavam
com um hectare e 3/4 hectares, respectivamente. Pelo indicado,
facilmente se concluirá que o Proder estará a promover, a médio/longo
prazo, dimensões desajustadas para o mirtilo e mais sustentáveis para
o kiwi.
Face ao actual drama do desemprego, os apoios ao investimento via
Proder devem privilegiar as explorações que contratem trabalhadores a
tempo inteiro. Posso afiançar que em pequenas explorações há franca
melhoria dos resultados se existir trabalho a tempo inteiro, sobretudo
se se tratar de fruticultura, vinha, etc., sectores em que a
especialização da mão-de-obra permite fazer a operação certa na hora
certa — ou seja, fazê-la na melhor oportunidade técnica (com o mesmo
custo consegue-se um melhor resultado).
Por outro lado, os investimentos mínimos elegíveis deveriam ser 150 mil euros.
Só assim se promovem as economias de escala. Nestes casos, era
necessário abrir linhas de crédito, através da Caixa Geral de
Depósitos (CGD), para permitir que micro e pequenos agricultores se
possam transformar em médios empresários agrícolas.
Uma outra alteração ao sistema de ajudas ao investimento diz respeito
ao seu modelo. Sou de opinião que devia tratar-se de um modelo misto,
com a atribuição de incentivos reembolsáveis e incentivos não
reembolsáveis. Os primeiros deveriam cobrir entre 85% e 100% do
investimento e estes últimos devem atingir, no mínimo, 30% do total
das ajudas.
Este montante destina-se a cobrir o risco da actividade agrícola. O
prazo para devolução dos incentivos reembolsáveis deve estar em linha
com a curva de produção esperada ao longo do tempo para que o
reembolso não comprometa a viabilidade do investimento. Exemplo:
mirtilos (entre o 5.º e o 10.º ano); kiwis: (entre o 5.º e o 12.º
ano).
Tão importante, e às vezes mais, como ter um projecto que garantiu
financiamento, é ter uma linha de acesso ao crédito de apoio à
tesouraria, que vigore desde a concretização do investimento até à
estabilização da tesouraria.
A taxa de juro, neste caso, deve ter em conta o facto de este crédito
se destinar a microempresários que não têm poder negocial junto das
instituições bancária. Defendo, por isso, que o papel principal tem de
caber à CGD, por ser um banco público. Evita-se, assim, um disparar
dos custos com o crédito, que gerariam custos de produção
incompatíveis com o rendimento gerado pela actividade.
Na minha opinião, as instalações de jovens agricultores deveriam ser
realizadas em empresas, sendo obrigatória uma participação minoritária
de um capital de risco. Acresce que a instalação dos jovens
agricultores deve prever um ano de estágio na actividade escolhida,
com provas públicas no final do estágio para avaliar e garantir as
competências do jovem empresário. O estágio deve preceder a
apresentação do projecto, findo o qual o projecto será aprovado.
Não seria mais eficaz um modelo de candidaturas contratualizado entre
o Estado e a agro-indústria, as entidades de comercialização, as
organizações de produtores e, posteriormente, estas entidades
contratualizariam com os produtores as ajudas ao investimento?
O próximo envelope financeiro de Bruxelas tem de ser gerido com máximo
rigor. Nada pode ser como antes. Por isso, sublinho, deve
privilegiar-se um modelo que, em lugar de apoiar todo o tipo de
agricultor ou potencial agricultor, primeiro promova competências e
depois atribua as ajudas.
______________________________________________________________________
Consultor, engenheiro agrónomo e empresário agrícola
http://www.publico.pt/opiniao/jornal/um-novo-modelo-de-ajudas-publicas-a-agricultura-26940809
______________________________________________________________________
Das centenas
de milhões de
euros de fundos
comunitários
enviados para o
sector agrícola,
muito pouco
serviu para criar
riqueza e emprego
Numa altura em que estamos a negociar o novo Quadro Comunitário de
Apoio 2014/2020, proponho dar o meu contributo para que as ajudas
públicas ao investimento na agricultura possam traduzir-se num real
benefício para a economia real e para os agricultores.
Há dias, neste jornal, o ex-ministro da Agricultura Arlindo Cunha
escrevia um artigo em que suscitava a questão da instalação de jovens
agricultores e enunciava algumas propostas para que a taxa de sucesso
destes projectos pudesse ser maximizada, aumentando a eficiência na
utilização de verbas públicas.
Este é um ponto central: a instalação de jovens agricultores. Duvido
que o número de jovens agricultores que se instalam por mês seja o
critério mais eficaz para avaliar o sucesso das ajudas públicas.
Desde logo, é baixíssimo o número de jovens que se dedicam à
agricultura, por comparação com a média europeia. A taxa dos que se
mantêm em actividade ao fim de cinco anos é um indicador relevante,
mas tem de ser compaginada com o volume de negócios, a rentabilidade,
o emprego criado.
É preciso, desde já, colocar o dedo na ferida: o sistema de ajudas
públicas à agricultura que vigorou nos últimos 20 anos tem de ser
radicalmente alterado. Das centenas de milhões de euros de fundos
comunitários enviados para o sector agrícola, muito pouco serviu para
criar riqueza e emprego.
Um novo sistema precisa-se para incrementar a produção nacional com
vista a contribuir para a auto-suficiência alimentar, valorizando a
internacionalização como forma de aumentar o rendimento dos
agricultores.
Nos últimos anos, a agricultura portuguesa recebeu cerca de 600
milhões de euros/ano de fundos comunitários. Apesar disso, o
rendimento líquido dos agricultores tem decrescido.
Então, que novo modelo implementar?
A primeira medida seria separar as ajudas destinadas aos jovens
agricultores e às empresas (agricultura de mercado) do que é
canalizado para a produção de bens públicos (agricultura de
subsistência). Não faz sentido apoiar todo o tipo de projectos de
investimento.
Alguém sabe qual foi a distribuição por sectores das ajudas públicas
ao investimento? Aqui vai: 46,1% máquinas e equipamentos; 10,7%
plantações; 8,9% melhoramentos fundiários; 7,1% animais.
Esta pirâmide tem de ser invertida. A aquisição de máquinas e
equipamentos não deve ser apoiada ou deve ter um tecto máximo de 20%
do total elegível. Há subutilização das máquinas e equipamentos, bens
importados que não geram riqueza que contrabalance a saída de divisas.
Deve-se promover as economias de escala. O Proder [Programa de
Desenvolvimento Rural] tem de ter como objectivo promover o
investimento em explorações com superfície igual ou superior às
economias de escala (dimensão da exploração que promove os custos mais
baixos). Exemplo, dimensão que tira partido da mão-deobra a tempo
inteiro: na cultura do mirtilo ou do kiwi, quatro hectares é a
superfície mínima que justifica uma unidade de mão-de-obra a tempo
inteiro; no entanto, o Proder aceitou projectos que se rentabilizavam
com um hectare e 3/4 hectares, respectivamente. Pelo indicado,
facilmente se concluirá que o Proder estará a promover, a médio/longo
prazo, dimensões desajustadas para o mirtilo e mais sustentáveis para
o kiwi.
Face ao actual drama do desemprego, os apoios ao investimento via
Proder devem privilegiar as explorações que contratem trabalhadores a
tempo inteiro. Posso afiançar que em pequenas explorações há franca
melhoria dos resultados se existir trabalho a tempo inteiro, sobretudo
se se tratar de fruticultura, vinha, etc., sectores em que a
especialização da mão-de-obra permite fazer a operação certa na hora
certa — ou seja, fazê-la na melhor oportunidade técnica (com o mesmo
custo consegue-se um melhor resultado).
Por outro lado, os investimentos mínimos elegíveis deveriam ser 150 mil euros.
Só assim se promovem as economias de escala. Nestes casos, era
necessário abrir linhas de crédito, através da Caixa Geral de
Depósitos (CGD), para permitir que micro e pequenos agricultores se
possam transformar em médios empresários agrícolas.
Uma outra alteração ao sistema de ajudas ao investimento diz respeito
ao seu modelo. Sou de opinião que devia tratar-se de um modelo misto,
com a atribuição de incentivos reembolsáveis e incentivos não
reembolsáveis. Os primeiros deveriam cobrir entre 85% e 100% do
investimento e estes últimos devem atingir, no mínimo, 30% do total
das ajudas.
Este montante destina-se a cobrir o risco da actividade agrícola. O
prazo para devolução dos incentivos reembolsáveis deve estar em linha
com a curva de produção esperada ao longo do tempo para que o
reembolso não comprometa a viabilidade do investimento. Exemplo:
mirtilos (entre o 5.º e o 10.º ano); kiwis: (entre o 5.º e o 12.º
ano).
Tão importante, e às vezes mais, como ter um projecto que garantiu
financiamento, é ter uma linha de acesso ao crédito de apoio à
tesouraria, que vigore desde a concretização do investimento até à
estabilização da tesouraria.
A taxa de juro, neste caso, deve ter em conta o facto de este crédito
se destinar a microempresários que não têm poder negocial junto das
instituições bancária. Defendo, por isso, que o papel principal tem de
caber à CGD, por ser um banco público. Evita-se, assim, um disparar
dos custos com o crédito, que gerariam custos de produção
incompatíveis com o rendimento gerado pela actividade.
Na minha opinião, as instalações de jovens agricultores deveriam ser
realizadas em empresas, sendo obrigatória uma participação minoritária
de um capital de risco. Acresce que a instalação dos jovens
agricultores deve prever um ano de estágio na actividade escolhida,
com provas públicas no final do estágio para avaliar e garantir as
competências do jovem empresário. O estágio deve preceder a
apresentação do projecto, findo o qual o projecto será aprovado.
Não seria mais eficaz um modelo de candidaturas contratualizado entre
o Estado e a agro-indústria, as entidades de comercialização, as
organizações de produtores e, posteriormente, estas entidades
contratualizariam com os produtores as ajudas ao investimento?
O próximo envelope financeiro de Bruxelas tem de ser gerido com máximo
rigor. Nada pode ser como antes. Por isso, sublinho, deve
privilegiar-se um modelo que, em lugar de apoiar todo o tipo de
agricultor ou potencial agricultor, primeiro promova competências e
depois atribua as ajudas.
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Consultor, engenheiro agrónomo e empresário agrícola
http://www.publico.pt/opiniao/jornal/um-novo-modelo-de-ajudas-publicas-a-agricultura-26940809
Provar Portugal na maior garrafa do mundo
Por Pedro Garcias
12.08.2013
"Boeira Portugal in a Bottle" arrancou em Gaia. São mais de 60 lojas
de vinho, artesanato ou gastronomia. E uma garrafa em fibra de vidro
de dimensões colossais, candidata ao Guinness: está em construção e
deverá estar terminada em Setembro, recebendo em Novembro provas do
Berlim Wine Trophy.
Em 1999, dez amigos já com muita vida vivida juntaram-se e compraram a
Quinta da Boeira, uma propriedade com cerca de três hectares situada
mesmo no centro de Vila Nova de Gaia e que se desenvolve em torno de
um palacete do início do século XIX . O grupo reúne gente de várias
profissões, desde um padre a empresários do vinho, professores e
médicos. A ideia inicial era "proteger a propriedade e o seu arvoredo
da loucura imobiliária da altura", relembra Albino Jorge,
administrador da Fladgate Partnership (detentora das marcas Taylor"s,
Croft e Fonseca) e um dos accionistas da Quinta da Boeira.
Os dez amigos começaram por adaptar o espaço para a realização de
casamentos, de modo a darem alguma sustentação ao investimento; depois
recuperaram o palacete e os jardins anexos. Agora querem transformar a
quinta numa nova atracção turística para quem visita o Porto e Gaia,
com o projecto Boeira Portugal in a bottle, que foi inaugurado sábado
(10 de Agosto). De futuro, pretendem construir um hotel de charme,
cumprindo um programa que poderá envolver no total cerca de 38 milhões
de euros.
Boeira Portugal in a bottle é uma iniciativa que pretende literalmente
dar a provar os vinhos das principais regiões portugueses a partir do
interior de uma gigantesca garrafa em fibra de vidro. As dimensões são
formidáveis: 32 metros de comprimento e 9,5 metros de diâmetro. A
garrafa ficará deitada, assumindo mais ou menos as mesmas proporções
do palacete, e terá capacidade para acolher mais de 50 pessoas. O
interior irá ser decorado com motivos alusivos ao Douro, Dão, Vinhos
Verdes e Alentejo, as quatro regiões seleccionadas para servirem de
montra do Portugal vinícola, e os visitantes poderão provar vinhos e
iguarias de cada uma das regiões.
Por agora, só é possível visitar as mais de 60 lojas de vinhos,
gastronomia e artesanato português que foram instaladas nos jardins da
Quinta da Boeira (cedidas a produtores em troca apenas do pagamento
dos custos de condomínio), almoçar no restaurante da propriedade e
assistir a um ou outro espectáculo musical. A garrafa, em construção
há quase meio ano, só deverá estar terminada no próximo mês de
Setembro. Apreciando o esqueleto e o estaleiro montado já se consegue
ter uma ideia do que está em causa, embora uma simples imagem em 3D
seja suficiente. Há cerca de 15 dias, Albino Jorge aproveitou o jantar
de gala da Berlim Wine Trophy para mostrar algumas imagens virtuais da
garrafa e arrancou da plateia sonoras reacções de espanto e admiração.
Albino Jorge e mais dois accionistas foram à capital alemã assinar um
protocolo de colaboração com a organização da Berlim Wine Trophy, para
realizar o concurso em Vila Nova de Gaia, nas instalações da Quinta da
Boeira. O evento decorrerá no próximo mês de Novembro e vai trazer a
Portugal milhares de vinhos e mais de uma centena de provadores de
todo o mundo.
O Berlim Wine Trophy tem duas edições anuais: uma no Inverno e outra
no Verão. Não é o concurso mais importante do sector, mas tem vindo a
ganhar notoriedade, beneficiando do patrocínio da Organização
Internacional da Vinha e do Vinho. À semelhança do que acontece com o
Concurso Mundial de Bruxelas, a competição começou a estender-se
também a outros países. Um mês antes da prova em Vila Nova de Gaia, o
Berlim Wine Trophy vai estar na cidade de Daejeon, na Coreia do Sul.
Em Portugal, será uma estreia. Chegou a haver negociações para
realizar o concurso em Lisboa, mas os promotores da Quinta da Boeira
conseguiram "desviá-lo" para Gaia, tirando partido da histórica
ligação da cidade ao vinho do Porto e usando como trunfo a garrafa
gigante, que poderá transformar-se num novo ícone da cidade. Hoje, os
turistas que visitam Gaia fazem-no para olhar o Porto desde a outra
margem e conhecer o fantástico mundo das caves de vinho do Porto. A
maior parte não passa da zona ribeirinha. "A nossa ideia é atrair esse
fluxo turístico também até à cota alta da cidade [onde se situa a
Quinta da Boeira]", sublinha Albino Jorge.
Uma garrafa para o Guinness
A garrafa gigante que está a ser construída na Quinta da Boeira, em
Vila Nova de Gaia, esteve para ser uma coisa diferente. A ideia
inicial dos promotores do projecto era erguer uma pirâmide de garrafas
com capacidade suficiente para acolher provas de vinhos no seu
interior. Mas a execução era complicada: seria necessário colar, uma a
uma, 60 mil garrafas de 0,75 cl. Foi então que surgiu a ideia de, em
vez de 60 mil garrafas, construir apenas uma em fibra de vidro.
Aparentemente, o desafio é ainda mais ousado, mas o custo e o modelo
de construção são mais vantajosos. Quando estiver concluída, não
haverá nada igual no mundo. A garrafa que mais se lhe aproxima e que
os promotores do projecto conheçam mede "apenas" seis metros, cerca de
cinco vezes menos. A candidatura para entrar no Guinness, o livro dos
recordes, já começou a ser preparada.
___
A Fugas viajou a Berlim a convite da Quinta da Boeira
http://fugas.publico.pt/Vinhos/323862_provar-portugal-na-maior-garrafa-do-mundo
12.08.2013
"Boeira Portugal in a Bottle" arrancou em Gaia. São mais de 60 lojas
de vinho, artesanato ou gastronomia. E uma garrafa em fibra de vidro
de dimensões colossais, candidata ao Guinness: está em construção e
deverá estar terminada em Setembro, recebendo em Novembro provas do
Berlim Wine Trophy.
Em 1999, dez amigos já com muita vida vivida juntaram-se e compraram a
Quinta da Boeira, uma propriedade com cerca de três hectares situada
mesmo no centro de Vila Nova de Gaia e que se desenvolve em torno de
um palacete do início do século XIX . O grupo reúne gente de várias
profissões, desde um padre a empresários do vinho, professores e
médicos. A ideia inicial era "proteger a propriedade e o seu arvoredo
da loucura imobiliária da altura", relembra Albino Jorge,
administrador da Fladgate Partnership (detentora das marcas Taylor"s,
Croft e Fonseca) e um dos accionistas da Quinta da Boeira.
Os dez amigos começaram por adaptar o espaço para a realização de
casamentos, de modo a darem alguma sustentação ao investimento; depois
recuperaram o palacete e os jardins anexos. Agora querem transformar a
quinta numa nova atracção turística para quem visita o Porto e Gaia,
com o projecto Boeira Portugal in a bottle, que foi inaugurado sábado
(10 de Agosto). De futuro, pretendem construir um hotel de charme,
cumprindo um programa que poderá envolver no total cerca de 38 milhões
de euros.
Boeira Portugal in a bottle é uma iniciativa que pretende literalmente
dar a provar os vinhos das principais regiões portugueses a partir do
interior de uma gigantesca garrafa em fibra de vidro. As dimensões são
formidáveis: 32 metros de comprimento e 9,5 metros de diâmetro. A
garrafa ficará deitada, assumindo mais ou menos as mesmas proporções
do palacete, e terá capacidade para acolher mais de 50 pessoas. O
interior irá ser decorado com motivos alusivos ao Douro, Dão, Vinhos
Verdes e Alentejo, as quatro regiões seleccionadas para servirem de
montra do Portugal vinícola, e os visitantes poderão provar vinhos e
iguarias de cada uma das regiões.
Por agora, só é possível visitar as mais de 60 lojas de vinhos,
gastronomia e artesanato português que foram instaladas nos jardins da
Quinta da Boeira (cedidas a produtores em troca apenas do pagamento
dos custos de condomínio), almoçar no restaurante da propriedade e
assistir a um ou outro espectáculo musical. A garrafa, em construção
há quase meio ano, só deverá estar terminada no próximo mês de
Setembro. Apreciando o esqueleto e o estaleiro montado já se consegue
ter uma ideia do que está em causa, embora uma simples imagem em 3D
seja suficiente. Há cerca de 15 dias, Albino Jorge aproveitou o jantar
de gala da Berlim Wine Trophy para mostrar algumas imagens virtuais da
garrafa e arrancou da plateia sonoras reacções de espanto e admiração.
Albino Jorge e mais dois accionistas foram à capital alemã assinar um
protocolo de colaboração com a organização da Berlim Wine Trophy, para
realizar o concurso em Vila Nova de Gaia, nas instalações da Quinta da
Boeira. O evento decorrerá no próximo mês de Novembro e vai trazer a
Portugal milhares de vinhos e mais de uma centena de provadores de
todo o mundo.
O Berlim Wine Trophy tem duas edições anuais: uma no Inverno e outra
no Verão. Não é o concurso mais importante do sector, mas tem vindo a
ganhar notoriedade, beneficiando do patrocínio da Organização
Internacional da Vinha e do Vinho. À semelhança do que acontece com o
Concurso Mundial de Bruxelas, a competição começou a estender-se
também a outros países. Um mês antes da prova em Vila Nova de Gaia, o
Berlim Wine Trophy vai estar na cidade de Daejeon, na Coreia do Sul.
Em Portugal, será uma estreia. Chegou a haver negociações para
realizar o concurso em Lisboa, mas os promotores da Quinta da Boeira
conseguiram "desviá-lo" para Gaia, tirando partido da histórica
ligação da cidade ao vinho do Porto e usando como trunfo a garrafa
gigante, que poderá transformar-se num novo ícone da cidade. Hoje, os
turistas que visitam Gaia fazem-no para olhar o Porto desde a outra
margem e conhecer o fantástico mundo das caves de vinho do Porto. A
maior parte não passa da zona ribeirinha. "A nossa ideia é atrair esse
fluxo turístico também até à cota alta da cidade [onde se situa a
Quinta da Boeira]", sublinha Albino Jorge.
Uma garrafa para o Guinness
A garrafa gigante que está a ser construída na Quinta da Boeira, em
Vila Nova de Gaia, esteve para ser uma coisa diferente. A ideia
inicial dos promotores do projecto era erguer uma pirâmide de garrafas
com capacidade suficiente para acolher provas de vinhos no seu
interior. Mas a execução era complicada: seria necessário colar, uma a
uma, 60 mil garrafas de 0,75 cl. Foi então que surgiu a ideia de, em
vez de 60 mil garrafas, construir apenas uma em fibra de vidro.
Aparentemente, o desafio é ainda mais ousado, mas o custo e o modelo
de construção são mais vantajosos. Quando estiver concluída, não
haverá nada igual no mundo. A garrafa que mais se lhe aproxima e que
os promotores do projecto conheçam mede "apenas" seis metros, cerca de
cinco vezes menos. A candidatura para entrar no Guinness, o livro dos
recordes, já começou a ser preparada.
___
A Fugas viajou a Berlim a convite da Quinta da Boeira
http://fugas.publico.pt/Vinhos/323862_provar-portugal-na-maior-garrafa-do-mundo
Mar de gente no funeral de bombeira
GINA PEREIRA
foto SARA MATOS/GLOBAL IMAGENS
1077 4 3
"Foi para salvar. Morreu". Era este sentimento de consternação que
dominava as muitas centenas de pessoas que, este sábado à tarde,
participaram no funeral de Ana Rita Pereira, a bombeira de 24 anos dos
Voluntários de Alcabideche, Cascais, que morreu quinta-feira no
combate a um fogo na serra do Caramulo, Tondela, e que deixa uma filha
de quatro anos.
Bombeiros de várias corporações da região de Lisboa (Sintra, Cascais,
Estoril, Amadora, Colares, Montelavar e Póvoa de Santo Adrião, entre
outros) juntaram-se numa formatura que acompanhou, a pé, ao som da
fanfarra, o percurso de cerca de 30 minutos entre o quartel e o
cemitério. E que foi acompanhado por uma enorme moldura humana, em que
se integrava o ministro da Administração Interna e o presidente da
Câmara de Cascais.
À passagem pela porta principal do quartel, depois de várias salvas de
palmas, o cortejo parou e a sirene tocou. O pai, que a levou para os
bombeiros, saiu do carro e, de capacete nas mãos, não conseguiu suster
as lágrimas. Ali, até a sirene chorou.
O corpo de Ana Rita Pereira, de 24 anos, auxiliar de acção médica no
serviço de medicina do Hospital de Cascais, esteve desde sexta-feira à
tarde em câmara ardente no quartel dos Bombeiros de Alcabideche onde,
este sábado, se realizou uma missa de corpo presente.
O cortejo fúnebre, a pé, começou com uma forte salva de palmas com
destino ao cemitério de Alcabideche e prolongou-se por cerca de 30
minutos, ao som de uma fanfarra, e com várias manifestações de pesar
pelo caminho.
No final da cerimónia, Jaime Marta Soares, presidente da Liga de
Bombeiros Portugueses (LPB), lamentou a morte de mais um bombeiro
(este ano, esta foi a terceira morte no combate a fogos florestais),
num ano que está a ser "muito difícil e muito complicado".
"Infelizmente o homem muitas vezes não é capaz de superar as forças da
natureza e vai perecendo assim, de forma complicada e dramática. Mas
são os ossos do ofício dos bombeiros que estão envolvidos nestas
situações", disse, aos jornalistas, refutando as críticas ontem
ouvidas de falta de formação dos bombeiros voluntários para combaterem
fogos florestais.
"isso é pura mentira e especulação", disse, garantindo que "hoje os
bombeiros portugueses são dos melhores bombeiros do mundo no combate
aos fogos florestais" e atribuindo os acidentes que se têm verificado
este ano "às contingências do clima, às taxas altíssimas de calor,
baixa humidade mas, acima de tudo, a uma floresta desordenada e
abandonada".
O presidente da Liga volta a apontar o dedo ao Ministério da
Agricultura e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
"que têm obrigação de definir estratégias para que a floresta
portuguesa seja diferente" e ao Estado por não dar o exemplo e ter a
sua floresta "maltratada". "Ai sim há desleixo e negligência", disse.
O presidente da Liga garante que não irá faltar apoio à família desta
bombeira, que deixa uma filha de quatro anos. Enquanto o seguro da
Câmara Municipal de Cascais não for acionado, o responsável garante
que o Fundo de Protecção Social dos Bombeiros suportará as despesas
necessárias. "Não deixaremos um minuto sequer as pessoas ficarem em
dificuldades", disse.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3385958
foto SARA MATOS/GLOBAL IMAGENS
1077 4 3
"Foi para salvar. Morreu". Era este sentimento de consternação que
dominava as muitas centenas de pessoas que, este sábado à tarde,
participaram no funeral de Ana Rita Pereira, a bombeira de 24 anos dos
Voluntários de Alcabideche, Cascais, que morreu quinta-feira no
combate a um fogo na serra do Caramulo, Tondela, e que deixa uma filha
de quatro anos.
Bombeiros de várias corporações da região de Lisboa (Sintra, Cascais,
Estoril, Amadora, Colares, Montelavar e Póvoa de Santo Adrião, entre
outros) juntaram-se numa formatura que acompanhou, a pé, ao som da
fanfarra, o percurso de cerca de 30 minutos entre o quartel e o
cemitério. E que foi acompanhado por uma enorme moldura humana, em que
se integrava o ministro da Administração Interna e o presidente da
Câmara de Cascais.
À passagem pela porta principal do quartel, depois de várias salvas de
palmas, o cortejo parou e a sirene tocou. O pai, que a levou para os
bombeiros, saiu do carro e, de capacete nas mãos, não conseguiu suster
as lágrimas. Ali, até a sirene chorou.
O corpo de Ana Rita Pereira, de 24 anos, auxiliar de acção médica no
serviço de medicina do Hospital de Cascais, esteve desde sexta-feira à
tarde em câmara ardente no quartel dos Bombeiros de Alcabideche onde,
este sábado, se realizou uma missa de corpo presente.
O cortejo fúnebre, a pé, começou com uma forte salva de palmas com
destino ao cemitério de Alcabideche e prolongou-se por cerca de 30
minutos, ao som de uma fanfarra, e com várias manifestações de pesar
pelo caminho.
No final da cerimónia, Jaime Marta Soares, presidente da Liga de
Bombeiros Portugueses (LPB), lamentou a morte de mais um bombeiro
(este ano, esta foi a terceira morte no combate a fogos florestais),
num ano que está a ser "muito difícil e muito complicado".
"Infelizmente o homem muitas vezes não é capaz de superar as forças da
natureza e vai perecendo assim, de forma complicada e dramática. Mas
são os ossos do ofício dos bombeiros que estão envolvidos nestas
situações", disse, aos jornalistas, refutando as críticas ontem
ouvidas de falta de formação dos bombeiros voluntários para combaterem
fogos florestais.
"isso é pura mentira e especulação", disse, garantindo que "hoje os
bombeiros portugueses são dos melhores bombeiros do mundo no combate
aos fogos florestais" e atribuindo os acidentes que se têm verificado
este ano "às contingências do clima, às taxas altíssimas de calor,
baixa humidade mas, acima de tudo, a uma floresta desordenada e
abandonada".
O presidente da Liga volta a apontar o dedo ao Ministério da
Agricultura e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
"que têm obrigação de definir estratégias para que a floresta
portuguesa seja diferente" e ao Estado por não dar o exemplo e ter a
sua floresta "maltratada". "Ai sim há desleixo e negligência", disse.
O presidente da Liga garante que não irá faltar apoio à família desta
bombeira, que deixa uma filha de quatro anos. Enquanto o seguro da
Câmara Municipal de Cascais não for acionado, o responsável garante
que o Fundo de Protecção Social dos Bombeiros suportará as despesas
necessárias. "Não deixaremos um minuto sequer as pessoas ficarem em
dificuldades", disse.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3385958
Governo estuda gestão de recolha de matos nas dunas de Ovar
O Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, pinhal criado com o objetivo
de fixar as dunas e impedir o avanço das areias para o interior, é
gerido pelo ICNF
O Governo vai definir a melhor forma de gerir a recolha de matos em
Ovar para manter o equilíbrio entre o avanço das dunas e o perímetro
florestal, revelou hoje o Ministério da Agricultura e Mar.
O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) "está a
estudar a melhor forma de gestão da recolha de matos para que, em
conjunto com a associação de agricultores da região se definam locais,
procedimentos e períodos que salvaguardem o equilibro entre o avanço
das dunas e este perímetro florestal", refere o Ministério, em
resposta a uma questão da agência Lusa.
Na sexta-feira, os agricultores de Ovar exigiram o levantamento da
proibição que, desde os temporais do passado inverno, os impede de
recolherem secos nas matas locais, o que proporcionava cama aos
animais, garantia adubos naturais e prevenia incêndios.
O alerta foi dado pela Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro
numa conferência de imprensa em que o presidente da instituição,
Albino Silva, garantiu que o problema se "arrasta há vários meses sem
necessidade disso", porque a proibição era motivada pelo risco de
queda de árvores durante a fase de extremo mau tempo e agora essa
questão já não se coloca.
O Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, pinhal criado com o objetivo
de fixar as dunas e impedir o avanço das areias para o interior, é
gerido pelo ICNF.
Depois do temporal de janeiro, que afetou a frente marítima entre Ovar
e a Marinha Grande, foi determinada a interdição do acesso ao
Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.
"Dada a extensão dos estragos, era importante salvaguardar a segurança
de pessoas e bens, enquanto se promovia a remoção do arvoredo,
tendo-se assegurado a sua consequente alienação, em hastas públicas",
refere o Ministério liderado por Assunção Cristas.
Durante os trabalhos, os técnicos constataram "ser necessário
implementar uma melhor gestão da recolha de matos, que garantisse o
frágil equilíbrio" deste ecossistema.
O Ministério acrescenta que "estes matos representam uma importante
fonte de nutrientes, especialmente em solos pobres".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/governo-estuda-gestao-recolha-matos-nas-dunas-ovar
de fixar as dunas e impedir o avanço das areias para o interior, é
gerido pelo ICNF
O Governo vai definir a melhor forma de gerir a recolha de matos em
Ovar para manter o equilíbrio entre o avanço das dunas e o perímetro
florestal, revelou hoje o Ministério da Agricultura e Mar.
O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) "está a
estudar a melhor forma de gestão da recolha de matos para que, em
conjunto com a associação de agricultores da região se definam locais,
procedimentos e períodos que salvaguardem o equilibro entre o avanço
das dunas e este perímetro florestal", refere o Ministério, em
resposta a uma questão da agência Lusa.
Na sexta-feira, os agricultores de Ovar exigiram o levantamento da
proibição que, desde os temporais do passado inverno, os impede de
recolherem secos nas matas locais, o que proporcionava cama aos
animais, garantia adubos naturais e prevenia incêndios.
O alerta foi dado pela Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro
numa conferência de imprensa em que o presidente da instituição,
Albino Silva, garantiu que o problema se "arrasta há vários meses sem
necessidade disso", porque a proibição era motivada pelo risco de
queda de árvores durante a fase de extremo mau tempo e agora essa
questão já não se coloca.
O Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, pinhal criado com o objetivo
de fixar as dunas e impedir o avanço das areias para o interior, é
gerido pelo ICNF.
Depois do temporal de janeiro, que afetou a frente marítima entre Ovar
e a Marinha Grande, foi determinada a interdição do acesso ao
Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.
"Dada a extensão dos estragos, era importante salvaguardar a segurança
de pessoas e bens, enquanto se promovia a remoção do arvoredo,
tendo-se assegurado a sua consequente alienação, em hastas públicas",
refere o Ministério liderado por Assunção Cristas.
Durante os trabalhos, os técnicos constataram "ser necessário
implementar uma melhor gestão da recolha de matos, que garantisse o
frágil equilíbrio" deste ecossistema.
O Ministério acrescenta que "estes matos representam uma importante
fonte de nutrientes, especialmente em solos pobres".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/governo-estuda-gestao-recolha-matos-nas-dunas-ovar
"Governo dará resposta ao quadro legal da concorrência"
Pires de Lima
Económico com Lusa
23/08/13 18:21
O ministro da Economia adiantou hoje, em Penafiel, que o Governo, até
Outubro, "dará resposta" ao novo quadro legal sobre concorrência.
O governante disse que a legislação está a ser preparada em conjunto
pelos ministérios da Agricultura e da Economia, admitindo estar
"preocupado com o papel do Estado como regulador". "Até Outubro iremos
dar resposta a esta problemática", prometeu.
António Pires de Lima, que discursava na abertura da 34ª edição da
Feira Agrícola do Vale do Sousa, Agrival, respondia ao pedido feito
antes por Manuel dos Santos Gomes, presidente da Confagri, no sentido
de ser regulado "o poder negocial dos operadores da grande
distribuição".
O dirigente daquela confederação nacional que representa as
cooperativas agrícolas defendera, no seu discurso, que se impõe um
diploma legal para "impedir as vendas com prejuízo e as alterações
unilaterais de contratos" e "promover a livre e saudável
concorrência".
"Se isso não for feito, está comprometida a sustentabilidade do
sector", alertou.
Sobre a matéria, o ministro admitiu que "os temas da regulação são
fundamentais", frisando, a propósito, que já está resolvido "o
problema de liderança" da Autoridade da Concorrência para que "o país
tenha um saudável registo de concorrência".
António Pires de Lima referia-se à escolha de António Júlio Ferreira
Gomes para a presidência daquela autoridade, revelando que a posse do
novo responsável ocorrerá no dia 16 de Setembro.
"Trata-se de uma personalidade independente, com energia e
experiência", frisou, enquanto lembrava que António Júlio Ferreira
Gomes foi director do departamento de concentrações fusões e
aquisições da Autoridade da Concorrência.
De acordo com o ministro, "há uma margem importante ao nível do
combate às práticas restritivas" de sectores protegidos.
http://economico.sapo.pt/noticias/governo-dara-resposta-ao-quadro-legal-da-concorrencia_175866.html
Económico com Lusa
23/08/13 18:21
O ministro da Economia adiantou hoje, em Penafiel, que o Governo, até
Outubro, "dará resposta" ao novo quadro legal sobre concorrência.
O governante disse que a legislação está a ser preparada em conjunto
pelos ministérios da Agricultura e da Economia, admitindo estar
"preocupado com o papel do Estado como regulador". "Até Outubro iremos
dar resposta a esta problemática", prometeu.
António Pires de Lima, que discursava na abertura da 34ª edição da
Feira Agrícola do Vale do Sousa, Agrival, respondia ao pedido feito
antes por Manuel dos Santos Gomes, presidente da Confagri, no sentido
de ser regulado "o poder negocial dos operadores da grande
distribuição".
O dirigente daquela confederação nacional que representa as
cooperativas agrícolas defendera, no seu discurso, que se impõe um
diploma legal para "impedir as vendas com prejuízo e as alterações
unilaterais de contratos" e "promover a livre e saudável
concorrência".
"Se isso não for feito, está comprometida a sustentabilidade do
sector", alertou.
Sobre a matéria, o ministro admitiu que "os temas da regulação são
fundamentais", frisando, a propósito, que já está resolvido "o
problema de liderança" da Autoridade da Concorrência para que "o país
tenha um saudável registo de concorrência".
António Pires de Lima referia-se à escolha de António Júlio Ferreira
Gomes para a presidência daquela autoridade, revelando que a posse do
novo responsável ocorrerá no dia 16 de Setembro.
"Trata-se de uma personalidade independente, com energia e
experiência", frisou, enquanto lembrava que António Júlio Ferreira
Gomes foi director do departamento de concentrações fusões e
aquisições da Autoridade da Concorrência.
De acordo com o ministro, "há uma margem importante ao nível do
combate às práticas restritivas" de sectores protegidos.
http://economico.sapo.pt/noticias/governo-dara-resposta-ao-quadro-legal-da-concorrencia_175866.html
Incêndios: Polícia Judiciária já identificou e deteve 37 pessoas este ano
Lusa
12:58 Sexta feira, 23 de agosto de 2013
Mangualde, 23 ago (Lusa) -- A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje em
comunicado já ter detido e identificado, este ano, 37 pessoas pela
autoria do crime de incêndio florestal.
O comunicado da PJ, que divulga estes números anuncia igualmente duas
novas detenções, referentes a dois homens, presumíveis autores de
vários crimes de incêndio florestal, ocorridos muito recentemente no
concelho de Mangualde, distrito de Viseu.
"No primeiro caso trata-se de um suspeito de 44 anos, solteiro,
agricultor, e que, agindo num quadro impulsivo e de atração pelo fogo,
na madrugada do dia 13 de agosto, com um isqueiro, ateou um incêndio
numa densa zona florestal povoada de mato, pinheiros e eucaliptos,
junto ao 'estradão' que liga as aldeias de Almeidinha e Casal de Cima,
atingindo também povoamento de carvalhos e zona agrícola, causando uma
área ardida de cerca de 70 hectares e significativos prejuízos
patrimoniais e ambientais", explica o mesmo comunicado.
http://expresso.sapo.pt/incendios-policia-judiciaria-ja-identificou-e-deteve-37-pessoas-este-ano=f827074
12:58 Sexta feira, 23 de agosto de 2013
Mangualde, 23 ago (Lusa) -- A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje em
comunicado já ter detido e identificado, este ano, 37 pessoas pela
autoria do crime de incêndio florestal.
O comunicado da PJ, que divulga estes números anuncia igualmente duas
novas detenções, referentes a dois homens, presumíveis autores de
vários crimes de incêndio florestal, ocorridos muito recentemente no
concelho de Mangualde, distrito de Viseu.
"No primeiro caso trata-se de um suspeito de 44 anos, solteiro,
agricultor, e que, agindo num quadro impulsivo e de atração pelo fogo,
na madrugada do dia 13 de agosto, com um isqueiro, ateou um incêndio
numa densa zona florestal povoada de mato, pinheiros e eucaliptos,
junto ao 'estradão' que liga as aldeias de Almeidinha e Casal de Cima,
atingindo também povoamento de carvalhos e zona agrícola, causando uma
área ardida de cerca de 70 hectares e significativos prejuízos
patrimoniais e ambientais", explica o mesmo comunicado.
http://expresso.sapo.pt/incendios-policia-judiciaria-ja-identificou-e-deteve-37-pessoas-este-ano=f827074
Agricultores de Ovar querem levantamento da proibição de recolha de matos
Lusa
12:31 Sexta feira, 23 de agosto de 2013
Ovar, 23 ago (lusa) - Os agricultores de Ovar exigiram hoje que o
Governo levante a proibição que, desde os temporais do passado
inverno, os impede de recolherem secos nas matas locais, o que
proporcionava cama aos animais, garantia adubos naturais e prevenia
incêndios.
O alerta foi dado pela Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro
(ALDA) numa conferência de imprensa em que o presidente da instituição
garantiu que o problema se "arrasta há vários meses sem necessidade
disso", porque a proibição era motivada pelo risco de queda de árvores
durante a fase de extremo mau tempo e agora essa questão já não se
coloca.
"Isto demonstra uma total falta de respeito do Governo, do Ministério
e do Instituto de Conservação da Floresta pelos agricultores de Ovar",
defende Albino Silva. "Já em abril nos queixámos do mesmo, estamos
sempre a lembrá-los disto e até hoje a tutela ainda não levantou a
proibição".
http://expresso.sapo.pt/agricultores-de-ovar-querem-levantamento-da-proibicao-de-recolha-de-matos=f827068
12:31 Sexta feira, 23 de agosto de 2013
Ovar, 23 ago (lusa) - Os agricultores de Ovar exigiram hoje que o
Governo levante a proibição que, desde os temporais do passado
inverno, os impede de recolherem secos nas matas locais, o que
proporcionava cama aos animais, garantia adubos naturais e prevenia
incêndios.
O alerta foi dado pela Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro
(ALDA) numa conferência de imprensa em que o presidente da instituição
garantiu que o problema se "arrasta há vários meses sem necessidade
disso", porque a proibição era motivada pelo risco de queda de árvores
durante a fase de extremo mau tempo e agora essa questão já não se
coloca.
"Isto demonstra uma total falta de respeito do Governo, do Ministério
e do Instituto de Conservação da Floresta pelos agricultores de Ovar",
defende Albino Silva. "Já em abril nos queixámos do mesmo, estamos
sempre a lembrá-los disto e até hoje a tutela ainda não levantou a
proibição".
http://expresso.sapo.pt/agricultores-de-ovar-querem-levantamento-da-proibicao-de-recolha-de-matos=f827068
Presidente da Escola de Bombeiros critica ausência de política florestal
Publicado em 2013-08-23
110 0 0
O presidente da Escola Nacional de Bombeiros afirmou, esta
sexta-feira, que a "ausência de uma política florestal" é a grande
responsável pelos fogos que lavram em Portugal, garantindo que todos
os bombeiros recebem formação para combaterem incêndios florestais.
foto RUI DA CRUZ / GLOBAL IMAGENS
Bombeiros consternados após morte de colega
"A grande responsabilidade de toda esta situação é a ausência de uma
política florestal e o abandono da floresta portuguesa", afirmou José
Ferreira, em declarações à agência Lusa.
Só na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)
registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4047 operacionais,
com o auxílio de 1085 veículos.
O presidente da Escola Nacional de Bombeiros recordou que, "aqui há
uns anos, nos grandes incêndios de 2003, se dizia que esses grandes
incêndios poderiam constituir uma boa oportunidade para o país para
fazer uma política florestal". No entanto, referiu, "passaram dez anos
e tudo continua igual".
Na quinta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
considerou que os incêndios que lavram no país desde domingo, são, em
parte, uma inevitabilidade. "É, em parte, uma inevitabilidade, dado o
estado de abandono em que está uma grande parte da floresta
portuguesa", defendeu o governante.
José Ferreira diz que "não se pode continuar a insistir na questão dos
bombeiros [eventual falta de formação para combaterem fogos
florestais]", considerando que o que é necessário é "inverter o rumo
para uma situação de prevenção, alteração da política florestal deste
país".
De acordo com o presidente da Escola Nacional de Bombeiros, qualquer
"bombeiro (profissional ou voluntário) tem obrigatoriedade de, ao
longo da sua carreira - quando ingressa como bombeiro de 3.ª, quando
sobe a bombeiro de 1.ª ou quando sobe ao posto de chefe - fazer
formação na área de combate a incêndios florestais".
José Ferreira sublinhou que, durante o período de maio/junho, a Escola
organizou pela primeira vez "um curso especial para quadros de
comando, para os incêndios de maior dimensão, um curso intensíssimo
durante uma semana, com treino no terreno e com simulações de treino
noturno".
Desde o início do ano, três bombeiros morreram e 34 ficaram feridos no
combate a incêndios.
O caso mais recente ocorreu, na quinta-feira, na Serra do Caramulo,
distrito de Viseu, onde uma bombeira morreu e outros seis ficaram
feridos, estando um deles internado no Hospital de São João, no Porto,
com "prognóstico muito reservado".
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3384096&page=-1
110 0 0
O presidente da Escola Nacional de Bombeiros afirmou, esta
sexta-feira, que a "ausência de uma política florestal" é a grande
responsável pelos fogos que lavram em Portugal, garantindo que todos
os bombeiros recebem formação para combaterem incêndios florestais.
foto RUI DA CRUZ / GLOBAL IMAGENS
Bombeiros consternados após morte de colega
"A grande responsabilidade de toda esta situação é a ausência de uma
política florestal e o abandono da floresta portuguesa", afirmou José
Ferreira, em declarações à agência Lusa.
Só na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)
registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4047 operacionais,
com o auxílio de 1085 veículos.
O presidente da Escola Nacional de Bombeiros recordou que, "aqui há
uns anos, nos grandes incêndios de 2003, se dizia que esses grandes
incêndios poderiam constituir uma boa oportunidade para o país para
fazer uma política florestal". No entanto, referiu, "passaram dez anos
e tudo continua igual".
Na quinta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
considerou que os incêndios que lavram no país desde domingo, são, em
parte, uma inevitabilidade. "É, em parte, uma inevitabilidade, dado o
estado de abandono em que está uma grande parte da floresta
portuguesa", defendeu o governante.
José Ferreira diz que "não se pode continuar a insistir na questão dos
bombeiros [eventual falta de formação para combaterem fogos
florestais]", considerando que o que é necessário é "inverter o rumo
para uma situação de prevenção, alteração da política florestal deste
país".
De acordo com o presidente da Escola Nacional de Bombeiros, qualquer
"bombeiro (profissional ou voluntário) tem obrigatoriedade de, ao
longo da sua carreira - quando ingressa como bombeiro de 3.ª, quando
sobe a bombeiro de 1.ª ou quando sobe ao posto de chefe - fazer
formação na área de combate a incêndios florestais".
José Ferreira sublinhou que, durante o período de maio/junho, a Escola
organizou pela primeira vez "um curso especial para quadros de
comando, para os incêndios de maior dimensão, um curso intensíssimo
durante uma semana, com treino no terreno e com simulações de treino
noturno".
Desde o início do ano, três bombeiros morreram e 34 ficaram feridos no
combate a incêndios.
O caso mais recente ocorreu, na quinta-feira, na Serra do Caramulo,
distrito de Viseu, onde uma bombeira morreu e outros seis ficaram
feridos, estando um deles internado no Hospital de São João, no Porto,
com "prognóstico muito reservado".
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3384096&page=-1
Fogos, bombeiros e agricultura
OPINIÃO MANUEL TAVARES
Publicado ontem
Esta é a época do ano em que o espaço público é dominado pelo debate
em torno das circunstâncias em que ocorrem os grandes incêndios
florestais, como se tal praga pudesse ser resumida a um jogo de forças
entre pirómanos e bombeiros. Fosse esse jogo o único em causa e talvez
pudéssemos resolver ou até erradicar a praga, oferecendo mais homens,
mais equipamento, mais qualificações, mais condições apelativas para
os nossos soldados da paz.
Infelizmente, a praga não se pode resumir a tal binómio, porque o eixo
do mal reside na desertificação das terras agrícolas, que deixaram de
constituir garantia de ganha-pão e por isso foram sendo abandonadas,
deixando de ser limpas de todo. Eis o que pode transformar a mais
pequena faúlha em gigantesco incêndio.
Em boa verdade, com ou sem pirómanos, as terras ardem muito mais
facilmente quando não estão ordenadas segundo a partilha lógica das
serventias industrial, pecuária e agrícola, ou seja, entre zonas de
floresta, mato, sequeiro e regadio, cuidadosamente separadas por
galerias e corta-fogos que interrompem a propagação das chamas e
facilitam o acesso aos bombeiros.
E também falta cartografia. Não saber, como geralmente não sabemos,
onde está a biomassa (o combustível do fogo) é como atirar bombeiros
às chamas.
Mas houvesse ordenamento rural e certamente que não estaríamos a
discutir, ano após ano, a dimensão e formato do dispositivo nacional
de combate aos incêndios, particularmente nesta época em que as
condições climatéricas mais os propiciam.
Parece, pois, que, sendo o abandono das terras a causa central do
elevado número de grandes incêndios, deveríamos falar de políticas
agrícolas. Tanto mais que o défice da nossa balança alimentar anda na
casa dos quatro mil milhões de euros e um dos problemas que a crise e
a troika nos trouxeram para resolvermos é o de tentar colmatar o nosso
défice estrutural substituindo o mais possível importações em setores
de atividade nos quais tenhamos condições de o fazer.
Ora, para obter uma inversão de atitude no setor agrícola, parece
óbvio que não chegarão proclamações civilizacionais como as das
vantagens ecológicas para as gerações futuras de um regresso à mãe
natureza. Simplesmente porque ninguém plantará uma nogueira, um
castanheiro, ou um carvalho, sabendo que dessa árvore só tirará
rendibilidade daqui a dezenas de anos, quando ela tiver crescido o
suficiente para poder servir de matéria-prima à nossa importante e
qualificadíssima indústria de mobiliário.
Se tudo se resumir à iniciativa privada, ninguém terá força, anímica
sequer, para plantar uma nogueira que só daqui a 80 anos lhe
rendibilizará o investimento. E, no entanto, somos o país da Europa
que mais importa madeira.
http://www.jn.pt/opiniao/default.aspx?content_id=3385183
Publicado ontem
Esta é a época do ano em que o espaço público é dominado pelo debate
em torno das circunstâncias em que ocorrem os grandes incêndios
florestais, como se tal praga pudesse ser resumida a um jogo de forças
entre pirómanos e bombeiros. Fosse esse jogo o único em causa e talvez
pudéssemos resolver ou até erradicar a praga, oferecendo mais homens,
mais equipamento, mais qualificações, mais condições apelativas para
os nossos soldados da paz.
Infelizmente, a praga não se pode resumir a tal binómio, porque o eixo
do mal reside na desertificação das terras agrícolas, que deixaram de
constituir garantia de ganha-pão e por isso foram sendo abandonadas,
deixando de ser limpas de todo. Eis o que pode transformar a mais
pequena faúlha em gigantesco incêndio.
Em boa verdade, com ou sem pirómanos, as terras ardem muito mais
facilmente quando não estão ordenadas segundo a partilha lógica das
serventias industrial, pecuária e agrícola, ou seja, entre zonas de
floresta, mato, sequeiro e regadio, cuidadosamente separadas por
galerias e corta-fogos que interrompem a propagação das chamas e
facilitam o acesso aos bombeiros.
E também falta cartografia. Não saber, como geralmente não sabemos,
onde está a biomassa (o combustível do fogo) é como atirar bombeiros
às chamas.
Mas houvesse ordenamento rural e certamente que não estaríamos a
discutir, ano após ano, a dimensão e formato do dispositivo nacional
de combate aos incêndios, particularmente nesta época em que as
condições climatéricas mais os propiciam.
Parece, pois, que, sendo o abandono das terras a causa central do
elevado número de grandes incêndios, deveríamos falar de políticas
agrícolas. Tanto mais que o défice da nossa balança alimentar anda na
casa dos quatro mil milhões de euros e um dos problemas que a crise e
a troika nos trouxeram para resolvermos é o de tentar colmatar o nosso
défice estrutural substituindo o mais possível importações em setores
de atividade nos quais tenhamos condições de o fazer.
Ora, para obter uma inversão de atitude no setor agrícola, parece
óbvio que não chegarão proclamações civilizacionais como as das
vantagens ecológicas para as gerações futuras de um regresso à mãe
natureza. Simplesmente porque ninguém plantará uma nogueira, um
castanheiro, ou um carvalho, sabendo que dessa árvore só tirará
rendibilidade daqui a dezenas de anos, quando ela tiver crescido o
suficiente para poder servir de matéria-prima à nossa importante e
qualificadíssima indústria de mobiliário.
Se tudo se resumir à iniciativa privada, ninguém terá força, anímica
sequer, para plantar uma nogueira que só daqui a 80 anos lhe
rendibilizará o investimento. E, no entanto, somos o país da Europa
que mais importa madeira.
http://www.jn.pt/opiniao/default.aspx?content_id=3385183
Jerónimo de Sousa quer investigação a acidentes mortais no combate aos incêndios
"Vale mais gastar na prevenção do que gastar nos combates", frisou o
comunista para evitar que "os combates sejam travados nestas condições
tão difíceis"
O secretário-geral do PCP defendeu hoje ser necessário melhorar a
prevenção aos incêndios, anunciando que pretende apresentar no
Parlamento uma proposta para investigar as razões que têm levado a
"tantos" acidentes mortais durante os combates às chamas.
À margem de uma marcha pelo emprego, promovida pela candidatura da CDU
à Câmara de Gaia, Jerónimo de Sousa disse estar a acompanhar "com
profunda preocupação" os incêndios que têm deflagrado por todo o país
nas últimas semanas, mas destacou que em Portugal se mantém "uma
política que sobrevaloriza o combate aos incêndios e menos a
prevenção".
"Consideramos que a prevenção é o elemento fundamental e que o governo
deveria ter aprendido esta máxima de sabedoria popular, mais vale
prevenir que remediar", assinalou o comunista.
O líder do PCP lembrou que apesar da lei do reordenamento florestal
ter sido aprovada, falta saber "quem fiscaliza, quem atua, quem
procura concretizar a legislação", pelo que são necessárias "medidas
concretas que levem a essa prevenção".
"Vale mais gastar na prevenção do que gastar nos combates", frisou o
comunista para evitar que "os combates sejam travados nestas condições
tão difíceis".
Perante um mês que apelidou de "agosto negro", com "tanta morte e
ferimentos", Jerónimo de Sousa anunciou que o partido pretende
apresentar na Assembleia da República uma proposta de investigação,
"com efeitos pedagógicos e não criminais", para averiguar "as razões
que levaram aos acidentes com as viaturas" bem como as razões dos
acidentes mortais e se "os bombeiros foram com o equipamento total"
necessário.
O secretário-geral do partido defendeu também que o seguro de vida dos
bombeiros deveria ser "duplicado", para dar "mais confiança a esse
trabalho humanitário valoroso dos bombeiros", e que o governo deveria
"atender" a essa "necessidade".
Também à margem da ação de pré-campanha da CDU em Gaia, Jerónimo de
Sousa foi questionado sobre a alegada saída de Carvalho da Silva do
PCP (hoje noticiada pelo jornal I) ao que respondeu que "qualquer
pedido de esclarecimento deve ser dirigido à pessoa envolvida, ou
seja, a Carvalho da Silva".
"Não temos nada a acrescentar. Respeitando a pessoa, a pergunta deve
ser pessoal", afirmou.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/jeronimo-sousa-quer-investigacao-acidentes-mortais-no-combate-aos-incendios
comunista para evitar que "os combates sejam travados nestas condições
tão difíceis"
O secretário-geral do PCP defendeu hoje ser necessário melhorar a
prevenção aos incêndios, anunciando que pretende apresentar no
Parlamento uma proposta para investigar as razões que têm levado a
"tantos" acidentes mortais durante os combates às chamas.
À margem de uma marcha pelo emprego, promovida pela candidatura da CDU
à Câmara de Gaia, Jerónimo de Sousa disse estar a acompanhar "com
profunda preocupação" os incêndios que têm deflagrado por todo o país
nas últimas semanas, mas destacou que em Portugal se mantém "uma
política que sobrevaloriza o combate aos incêndios e menos a
prevenção".
"Consideramos que a prevenção é o elemento fundamental e que o governo
deveria ter aprendido esta máxima de sabedoria popular, mais vale
prevenir que remediar", assinalou o comunista.
O líder do PCP lembrou que apesar da lei do reordenamento florestal
ter sido aprovada, falta saber "quem fiscaliza, quem atua, quem
procura concretizar a legislação", pelo que são necessárias "medidas
concretas que levem a essa prevenção".
"Vale mais gastar na prevenção do que gastar nos combates", frisou o
comunista para evitar que "os combates sejam travados nestas condições
tão difíceis".
Perante um mês que apelidou de "agosto negro", com "tanta morte e
ferimentos", Jerónimo de Sousa anunciou que o partido pretende
apresentar na Assembleia da República uma proposta de investigação,
"com efeitos pedagógicos e não criminais", para averiguar "as razões
que levaram aos acidentes com as viaturas" bem como as razões dos
acidentes mortais e se "os bombeiros foram com o equipamento total"
necessário.
O secretário-geral do partido defendeu também que o seguro de vida dos
bombeiros deveria ser "duplicado", para dar "mais confiança a esse
trabalho humanitário valoroso dos bombeiros", e que o governo deveria
"atender" a essa "necessidade".
Também à margem da ação de pré-campanha da CDU em Gaia, Jerónimo de
Sousa foi questionado sobre a alegada saída de Carvalho da Silva do
PCP (hoje noticiada pelo jornal I) ao que respondeu que "qualquer
pedido de esclarecimento deve ser dirigido à pessoa envolvida, ou
seja, a Carvalho da Silva".
"Não temos nada a acrescentar. Respeitando a pessoa, a pergunta deve
ser pessoal", afirmou.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/jeronimo-sousa-quer-investigacao-acidentes-mortais-no-combate-aos-incendios
Limpeza de matos nas florestas de Ponte de Lima cria 200 postos de trabalho
ALTO MINHO
2013-08-24
Teresa M. Costa
contactar1541
A limpeza de matos nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) de São
Lourenço e de Ponte de Lima, ambas no concelho de Ponte de Lima, vai
criar 200 postos de trabalho.
Em causa está a criação de parcelas de gestão de combustíveis em
locais estratégicos daquelas duas ZIF no âmbito de um projecto da
Associação Florestal do Lima (AFL) que prevê um investimento total
superior a 707 mil euros.
O presidente da AFL, Joaquim Viana da Rocha, anunciou, anteontem, que
os trabalhos no terreno arrancam depois das festas concelhias de Ponte
de Lima, ou seja, na sua quinzena de Setembro.
A AFL irá abrir candidaturas "para quem quer trabalhar" afirmou
Joaquim Viana da Rocha, avisando que "é um trabalho duro".
Está prevista a limpeza de matos, podas e desramações, num trabalho a
executar até Setembro do próximo ano.
As parcelas de gestão de combustíveis serão instaladas em mais de 400
euros de área florestal.
Os protocolos que viabilizam o investimentos foram assinados,
anteontem, pela AFL, pela Câmara Municipal de Ponte de Lima e por dez
juntas de freguesia do concelho.
O presidente da AFL desa- fiou outras juntas de freguesia a
subscreverem este tipo de pro-tocolos, ajudando a criar em-pregos na
fileira florestal.
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=72073
2013-08-24
Teresa M. Costa
contactar1541
A limpeza de matos nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) de São
Lourenço e de Ponte de Lima, ambas no concelho de Ponte de Lima, vai
criar 200 postos de trabalho.
Em causa está a criação de parcelas de gestão de combustíveis em
locais estratégicos daquelas duas ZIF no âmbito de um projecto da
Associação Florestal do Lima (AFL) que prevê um investimento total
superior a 707 mil euros.
O presidente da AFL, Joaquim Viana da Rocha, anunciou, anteontem, que
os trabalhos no terreno arrancam depois das festas concelhias de Ponte
de Lima, ou seja, na sua quinzena de Setembro.
A AFL irá abrir candidaturas "para quem quer trabalhar" afirmou
Joaquim Viana da Rocha, avisando que "é um trabalho duro".
Está prevista a limpeza de matos, podas e desramações, num trabalho a
executar até Setembro do próximo ano.
As parcelas de gestão de combustíveis serão instaladas em mais de 400
euros de área florestal.
Os protocolos que viabilizam o investimentos foram assinados,
anteontem, pela AFL, pela Câmara Municipal de Ponte de Lima e por dez
juntas de freguesia do concelho.
O presidente da AFL desa- fiou outras juntas de freguesia a
subscreverem este tipo de pro-tocolos, ajudando a criar em-pregos na
fileira florestal.
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=72073
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