domingo, 25 de agosto de 2013

ViniPortugal e comerciantes lutam para recuperar costume do vinho a copo

Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro

Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.

Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.

Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.

Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".

A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.

O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.

"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".

Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".

Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".

Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.

Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".

Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.

"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".

Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.

Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.

"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.

Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.

Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.

Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.

Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".

A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.

O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.

"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".

Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".

Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".

Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.

Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".

Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.

"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".

Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.

Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.

"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.

Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.

Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.

Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.

Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".

A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.

O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.

"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".

Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".

Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".

Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.

Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".

Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.

"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".

Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.

Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal.

"Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo aplicado pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/artigos/boa-vida-igastronomia/viniportugal-comerciantes-lutam-recuperar-costume-vinho-copo

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