sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Conselho Florestal Nacional reúne pela primeira vez

NOTA DE IMPRENSA

A reunião decorreu hoje, nas instalações do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, em Lisboa, precisamente no dia em que se completou um ano sobre a publicação do diploma que determinou a sua constituição, e contou com a participação de Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural.
Amândio Torres sublinhou "a importância do setor florestal no desenvolvimento económico do país", nomeadamente "na criação de emprego e no incremento das exportações, pelo que importa proceder a uma reforma estrutural do setor florestal e criar condições para fomentar uma gestão florestal profissional e sustentável, potenciando o aumento da produtividade e da rentabilidade dos seus ativos, com base num melhor ordenamento dos espaços florestais".
Neste encontro, o Secretário de Estado apresentou as principais linhas orientadoras do Programa do XXI Governo para o setor, tendo destacado, entre outras, as seguintes medidas:
 Apoiar o movimento associativo florestal e redinamizar as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF);
 Desenvolver outros modelos de exploração florestal, como as Sociedades de Gestão Florestal (SGF) e os Fundos de Investimento Imobiliários Florestais (FIIF);
 Melhorar a gestão florestal dos baldios com a adoção de modelos flexíveis, visando o incremento da participação dos compartes no respeito dos valores sociais, económicos e ambientais das Unidades de Baldio;
 Fazer das Matas Nacionais áreas de referência em matéria de gestão florestal;
 Aumentar a produção e a produtividade das fileiras florestais através do aumento das áreas de pinheiro bravo e do montado de sobro e de azinho, limitando a expansão da área do eucalipto, designadamente através da alteração do Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização;
 Rever e melhorar o Programa de Sapadores Florestais;
 Desenvolver as fileiras do setor florestal e aumentar a rentabilidade dos proprietários florestais;
 Estimular a certificação da gestão florestal sustentável e a criação de novas áreas de negócio no mercado florestal;
 Apoiar a investigação aplicada para o aumento da produtividade e de novos modelos de silvicultura;
O encontro contou com a presença da maioria das 44 entidades que compõem este Conselho.

Lisboa, 10.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

IVA sobre transporte, aluguer e manutenção de máquinas agrícolas mantém-se à taxa reduzida de 6%



O Ministério da Agricultura chama atenção da Comunicação Social para a circulação de um conjunto de informações falsas sobre a taxa de IVA que incide sobre a manutenção, transporte e serviço de aluguer de maquinaria agrícola, informações essas que dão conta de um aumento da taxa de IVA de 6% para 23%. Estas informações - que não constam da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2016 - têm vindo a provocar alarme entre os empresários agrícolas e a motivar uma série de comentários de personalidades ligadas ao setores que, induzidas em erro, se pronunciam sobre uma informação falsa.  Esta informação surge enquadrada num conjunto de notícias dedicadas ao Orçamento do Estado, sem que seja citada a sua fonte.
O Ministério da Agricultura esclarece que tais notícias não têm qualquer qualquer fundamento e lamenta a sua publicação.

O GABINETE DE IMPRENSA
DO MINISTRO DA AGRICULTURA

Preferir produtos portugueses

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 11 de Fevereiro de 2016


Miguel Mota

Preferir produtos portugueses foi um slogan durante algum tempo na outra ditadura. Por diversas razões, penso que devemos repetir esta frase, especialmente quando temos o país inundado por produtos estrangeiros.
Justifica-se a compra de produtos estrangeiros quando não existem portugueses ou são muito melhores ou mais baratos. Nalguns casos – e isto aplica-se aos produtos agrícolas – é um problema de comercialização. Não há meio de os agricultores perceberem que têm de ser eles a comandar a comercialização dos seus produtos, como faz qualquer fabricante de automóveis ou frigoríficos. Em vez disso, perguntam "Quanto é que me dão?"
A única forma que conheço de resolver esse problema é a associação em cooperativas, se possível de grandes dimensões. A realização que deve servir de modelo foi o Complexo Agro-Industrial do Cachão, que comercializava os produtos com o nome de "Nordeste" e que o 25 de Abril destruiu, existindo agora uma pequena amostra.
Portugal tem excelentes condições para a produção de uva de mesa e alguns raros produtores exportam quantidades apreciáveis. Mas a maioria das uvas que vemos nos supermercados são importadas.
Portugal tem uma grande variedade de queijos de boa qualidade. Mas também há vários estrangeiros. Os portugueses devem pensar que, quando compram um queijo estrangeiro, estão a pagar o ordenado dos trabalhadores do país de onde provém, aumentando o respectivo PIB. Se comprarem um queijo português, dão trabalho a portugueses e aumentam o nosso PIB. Aumentar o PIB é muito importante. Vários índices económicos e financeiros, como o défice ou a dívida, são expressos em percentagem do PIB. Aumentando o PIB, baixamos esses valores.
Estes e muitos outros casos, que se repetem milhares de vezes, fazem grande diferença na economia e nas finanças do país.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Plano de Ação da Rede Rural Nacional 2014-2020



Publicado em quarta, 10 fevereiro 2016 09:18
   

O Plano de Ação da Rede Rural Nacional (RRN), tal como previsto na Portaria n.º 212/2015, de 17 de julho, foi elaborado pela Estrutura Técnica da RRN e submetido ao Conselho de Coordenação da RRN para parecer vinculativo.

Após obtenção do parecer foi o Plano submetido às Autoridades de Gestão do PDR 2020, PRORURAL + e PRODERAM 2020, para homologação.


Fundo de carbono pode destinar até 4,5 milhões de euros para florestas reduzirem emissões

Fevereiro 10
14:27
2016

O Governo prevê, para 2016, a transferência de um montante até 4,5 milhões de euros do Fundo Português de Carbono, para sequestro de carbono e redução de emissões de gases com efeito de estufa, na agricultura e florestas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2016, hoje entregue pelo Governo à Assembleia da República, refere a transferência de receitas próprias do Fundo Português de Carbono, até ao limite de 4.500.000 euros, para aplicação no PDR 2020 (Plano de Desenvolvimento Rural), em projectos agrícolas e florestais que contribuam para o sequestro de carbono e redução de emissões de gases com efeito de estufa".

A redução de emissões de gases com efeito de estufa foi o principal objectivo da conferência para o Clima da ONU, que decorreu no início de Dezembro de 2015, em Paris, e conseguiu reunir o apoio de 196 países à volta da aposta, em políticas de baixo carbono a aplicar em vários sectores, como energia ou transportes.

Através da captação de carbono, as florestas desempenham um papel importante na redução dos gases com efeito de estufa na atmosfera, principais responsáveis pelas alterações climáticas, que tornam mais frequentes fenómenos extremos, como secas ou precipitação elevada, em curtos períodos de tempo, levando a inundações.

A proposta do governo é que a transferência de receitas do Fundo Português de Carbono será efectuada nos termos a definir por despacho dos membros do Governo, responsáveis pelas áreas das Finanças, Ambiente e Agricultura.

Fica também autorizada a transferência de receitas do Fundo Português de Carbono, até 500 mil euros, para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), visando a aplicação em actividades de cooperação na área das alterações climáticas com aqueles Estados, mediante um protocolo que será estabelecido entre a Agência Portuguesa do Ambiente e aquela entidade.

LUSA

Madalena do Pico vai candidatar-se a município do vinho em 2017


Fevereiro 10
14:30
2016

O concelho da Madalena do Pico, nos Açores, vai candidatar-se a "município do vinho" no ano de 2017, anunciou hoje o presidente da autarquia, José António Soares.

O anúncio foi feito no decurso de uma reunião entre a Câmara da Madalena e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, realizada na ilha do Pico, no âmbito de uma visita que representantes daquela associação estão a efectuar ao arquipélago.

Na opinião de José António Soares, esta candidatura permitirá ajudar a promover o concelho da Madalena, nomeadamente no segmento do enoturismo, considerando, por isso, proveitosa esta parceria com a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, acrescentando que o concelho da Madalena (onde está situada a Paisagem da Cultura da Vinha, classificada pela UNESCO como património mundial) vai concorrer contra outros concelhos do país.

Nos Açores, a cultura do vinho tem maior expressão no concelho da Madalena, ilha do Pico, e na zona dos Biscoitos, na ilha Terceira.

 

LUSA 

UE amplia zona livre de tuberculose bovina

 10-02-2016 
 

 
Itália e Reino Unido apresentaram à Comissão Europeia documentação que demonstra o cumprimento, em várias regiões, das condições para serem reconhecidas oficialmente indemnes de tuberculose bovina.

Em consequência, no caso de Itália, toda a região de Ligúria, as províncias de Pesaro-Urbino e Ancona da região das Marcas e toda a de Piamonte serão consideradas oficialmente indemnes de tuberculose em relação aos bovinos.

No caso do Reino Unido, essa consideração foi ampliada à Ilha de Man. No Reino Unido apenas a Escócia e agora a ilha de Man têm esta classificação.

Fonte: Agrodigital

Portugal foi o 7º país da UE com maior "fatia" de renováveis em 2014

10-02-2016 
  
Portugal foi o sétimo Estado-membro da União Europeia com uma maior proporção de consumo de energia a partir de fontes renováveis, ao atingir o valor de 27 por cento, muito acima da média comunitária, de 16 por cento, revela o Eurostat.
 
De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), desde 2004, primeiro ano para o qual há dados disponíveis, a proporção das fontes renováveis no consumo final bruto de energia subiu consideravelmente em todos os Estados-membros, sendo a média europeia há 12 anos de 8,5 por cento, quase metade da actual, surgindo destacada no topo da lista a Suécia, com mais de metade da energia consumida proveniente de renováveis, de 52,6 por cento.
 
Portugal também tem registado um crescente recurso a fontes de energias renováveis, que evoluiu de 19,2 em 2004 para 27,0 por cento em 2014.
 
Fonte: Diáriodigital; Lusa

Florestas: Governo quer recuperar 150 mil hectares de floresta em duas legislaturas



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira  

Realizou-se esta quarta-feira, dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional (CNF).
Criado através do DL nº 29/2015, de 10 de fevereiro, o CNF deverá reunir anualmente.
Trata-se de um órgão de consulta na área das florestas que reúne todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal.
Com o objetivo de cumprir a disposição legal que determina a reunião anual deste órgão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, decidiu reunir o CFN precisamente no primeiro aniversário do diploma legal que o instituiu, dando a este momento um caráter simbólico, adianta o gabinete do secretário de Estado, em comunicado.
Amândio Torres sublinha que «a prioridade que este Governo atribui à recuperação da Floresta», prioridade essa da qual se considera porta-voz, «levou ao estabelecimento do objetivo de recuperar 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de duas legislaturas».
O CFN funciona junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e «poderá vir a revelar-se como um instrumento fundamental no envolvimento dos diferentes agentes, serviços e organismos da administração pública, das estruturas de produtores da indústria e de outros agentes do setor, nomeadamente em matéria de defesa da floresta, de prevenção de incêndios, bem como da caça e da pesca nas águas interiores. Deverá igualmente funcionar como auxiliar na definição das políticas e estratégias nacionais para a floresta e para os recursos associados da caça e da pesca nas águas interiores», esclarece a tutela.
O ICNF, enquanto autoridade florestal nacional, tem por missão acompanhar e assegurar a execução das políticas das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados.
Além disso visa fomentar a competitividade das fileiras florestais e assegurar a prevenção estrutural no quadro do planeamento e da atuação concertados no domínio da defesa da floresta e dos recursos cinegéticos e aquícolas e outros diretamente associados às atividades silvícolas.

Oeiras recebe V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira  Pequenos Frutos

O auditório do INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária é palco, nos dias 14 e 15 de outubro de 2016, do V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos.

O Portal Agronegócios e a Revista AGROTEC são media partners do evento organizado, em conjunto pelo INIAV, a Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).
Em comunicado, a organização salienta que este colóquio tem como tema central "A Melhoria da Produção visando a Integração nos Mercados".
Irá desenrolar-se em torno dos temas "Produção de pequenos frutos em solo, substrato e hidroponia", "Sanidade vegetal", "Qualidade e pós-colheita", "Contributo dos pequenos frutos para a saúde humana" e "Organização da produção e Comercialização".
O objetivo passa por «centrar a discussão nos avanços técnicos e científicos que se têm verificado no setor e dá-los a conhecer a todos os que se dedicam a este ramo da horto-fruticultura, nomeadamente aos produtores, técnicos e consultores da fileira. Será o espaço de eleição para os investigadores, professores e empresas apresentarem os resultados do seu trabalho de uma forma interativa com amplo espaço de discussão e partilha».
Em simultâneo decorrerá uma apresentação de produtos sobre o tema "Inovação na transformação de pequenos frutos", em parceria com a AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial.
A organização sustenta ainda que o setor dos pequenos frutos «encontra-se com uma dinâmica extremamente forte ao nível da produção, exportação e transformação, sendo uma das áreas da hortofruticultura que mais contribui para as exportações portuguesas».
«A fileira cresceu fortemente em área, mas baseada num elevado número de produtores, facto que obriga a um enorme esforço na disseminação das melhores práticas agrícolas e na sua organização. Em 2000, o INIAV e a APH decidiram que era importante a realização de um evento técnico-científico que desse a conhecer os trabalhos de todos os intervenientes neste setor surgindo, assim, a realização do I Colóquio Nacional da Produção de Morango e Outros Pequenos Frutos que vai agora completar a sua quinta edição», acrescentam os promotores.
Na sequência dos eventos anteriores iremos realizar nos dias 14 e 15 de outubro o V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos, uma organização conjunta do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.), a Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).  

Milho transgénico é seguro para alimentação, garante UE



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira 

O milho transgénico é seguro para a alimentação humana.
milho
Esta é a conclusão de um estudo de longo prazo conduzido pelo projeto GRACE (Avaliação de Risco de Transgénicos e Comunicação das Evidências, na sigla em inglês), com financiamento da União Europeia (UE).
Neste estudo, os cientistas alimentaram ratos em dois grupos de análise, um pelo período de 90 dias e outro durante um ano. Foi utilizada a variedade de milho MON 810 – que já é permitida em diversos países, entre eles Estados Unidos, Argentina, China, Brasil e na Europa.
Os resultados indicam que não há evidência de que o milho geneticamente modificado cause qualquer efeito adverso.
O estudo do Projeto Grace comprovou ainda conclusões de estudos anteriores indicando que as plantas transgénicas Bt (Bacillus thuringiensis) são inofensivas contra organismos não alvo, como insetos polinizadores e microrganismos do solo. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Évora recebe 10.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo



 08 Fevereiro 2016, segunda-feira  Viticultura
De três em três anos tem lugar em Évora um Simpósio Internacional de Vitivinicultura, organizado por diversas instituições (oficiais e privadas), ligadas à investigação e à produção vinícola.
vinhos
A 10ª edição deste evento realiza-se entre 4 e 6 de maio de 2016.
Os principais objetivos do Simpósio, adiantam os promotores, passam pela «atualização dos conhecimentos técnicos na área da vitivinicultura, enologia e marketing; apresentação de trabalhos científicos de investigação e desenvolvimento do setor vinícola; aproximação de técnicos e profissionais do setor de várias regiões vitícolas do mundo; contribuir para a divulgação e troca de conhecimentos para os agentes do setor».
Durante o evento irão ainda decorrer reuniões técnicas de trabalho para discussão dos temas fundamentais da vitivinicultura atual bem como irão ter lugar apresentação de práticas de sustentabilidade na área da vitivinicultura.
A iniciativa é organizada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). 

Associações criam rede de pesquisa europeia para os hortícolas


Fev 05, 2016

Foi criada, a 1 de Fevereiro, uma rede de âmbito europeu para agregar os centros de investigação e universidades que se dedicam à pesquisa no sector hortícola.

A Euvrin é o resultado de uma iniciativa conjunta entre a assembleia que representa as regiões europeias produtoras de frutas e hortícolas (Areflh), a associação que representa empresas e organizações que actuam no mercado hortofrutícola europeu (Freshfel) e a associação que reúne vários centros de pesquisa na região da Flandres (Agrolink).

Os objectivos do primeiro encontro, que reuniu 80 representantes de vários centros de pesquisa europeus, em Bruxelas, foram: «permitir que os investigadores sobre hortícolas se conhecessem melhor e desenvolvessem parcerias»; «definir tópicos de pesquisa e organizar grupos de trabalho»; e «valorizar o sector hortícola europeu e realçar a necessidade de investigação».

Durante o evento, foram organizados cinco grupos de trabalho que, no futuro, se focarão na investigação de diferentes temáticas: a produção integrada para os hortícolas, a fertilização, os recursos genéticos e a reprodução, as estufas e o material vegetal e o valor ao longo da cadeia alimentar.

Até ao momento, fazem parte deste consórcio 50 centros de 16 Estados-membros da União Europeia (UE). Os responsáveis pelo projecto sublinham que está aberto aos centros dos 28 países que integram a UE.

Já existe, desde 1993, uma rede semelhante à Euvrin, que se dedica à investigação no sector frutícola, a Eufrin. O objectivo é agregá-las e criar uma plataforma europeia para a investigação e inovação para as frutas e legumes.


 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Coco “genuíno” vence prémio de inovação da Fruit Logistica


Fev 08, 2016Notícias0Like
Um coco biológico, servido cru e com palhinha para que se possa beber a água no seu interior, foi o vencedor do Prémio Inovação da Fruit Logistica 2016. O produto já pode ser encontrado à venda em alguns países na Europa, inclusive Portugal, e nos Emirados Árabes Unidos.

O fruto, da variedade Nam Hom, é importado da Tailândia para Espanha, onde é processado pela Genuine Coconut, empresa responsável pelo produto. O director de vendas, Carlos Amoros, avança que a empresa produz 40.000 unidades por semana e «espera poder triplicar essa quantidade» nos próximos anos.

O responsável pela comercialização do produto explica que «esta é uma nova categoria e que os consumidores estão a descobrir água de coco como se estivessem numa praia na Tailândia». O preço, justifica, é «mais elevado porque o processo é muito dispendioso».

Foram os cerca de 65.000 visitantes da Fruit Logistica que escolheram o vencedor. Os mini-tomates da Northern Greens e os pimentos listados da Enjoya ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Estas uvas têm marca registada


ANA RUTE SILVA 08/02/2016 - 09:08

Ricardo Costa tem o discurso preparado. As uvas do Vale da Rosa são bem conhecidas dos portugueses e a herdade de Ferreira do Alentejo onde são produzidas já recebeu inúmeras visitas de políticos. É um caso de sucesso na produção agrícola mas, mais do que isso, uma marca registada. "Oferecemos qualidade, consistência, sabor único. Tornamos o produto desejado, com uma roupagem. Somos uma empresa agrícola mas mais do que isso somos um importante dinamizador da economia local. Com 250 hectares damos emprego a 400 pessoas por mês, e no maior pico, este ano, tivemos 900 a trabalhar nas estufas", conta.

Quase ninguém compra fruta pela marca, ou pelo produtor, mas as uvas do Vale da Rosa souberam posicionar-se no mercado e usar habilmente as técnicas de venda habitualmente associadas aos produtos de grande consumo para ficar na mente do consumidor. A produção anual ronda as seis mil toneladas, 35% exportadas para a Europa, Angola e China. O Brasil será o mercado a estrear em 2016, depois de desbloqueados os obstáculos fitossanitários. "Para exportamos a nossa visão, temos de estar na moda, ter as melhores práticas agro-ambientais e de responsabilidade social. O cliente brasileiro quer conhecer as nossas uvas, faz autorias exigentes", continua Ricardo Costa. "Vendemos marca e lutamos muito para manter viva", acrescenta.

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Agricultores concorrentes criam empresas comuns para exportar mais


ANA RUTE SILVA 08/02/2016 - 08:01
Negociação conjunta garante chegar aos maiores clientes mundiais. Vendas para dentro da Europa de frutas e legumes aumentaram 16% o ano passado. Produtores querem diversificar mercados.

 
A parceria entre 15 organizações de produtores tornou a Alemanha o 5.º maior cliente português de fruta JOANA FREITAS
 
São concorrentes em Portugal, mas fora das fronteiras desenham estratégias e partilham custos. Com as exportações de fruta, legumes e flores a ultrapassarem os mil milhões de euros até Outubro de 2015, a produção a aumentar e uma profissionalização cada vez maior, os produtores criam empresas comuns para entrar mais depressa em novos países.

 
É na pêra rocha que a estratégia parece estar a ser mais seguida, mas nos camiões que transportam a fruta fora de portas também vão, por exemplo, maçãs ou ameixas portuguesas. Nos frutos vermelhos há casos de entrada de capital estrangeiro nas organizações em troca de um acesso mais fácil aos maiores clientes mundiais.

Armando Torres Paulo, administrador da TriPortugal, destaca o caso da pêra-rocha que, diz, é "sinónimo" de Portugal no estrangeiro. "Não é fácil introduzir um produto novo mas depois de lá estarmos conseguimos atrair o consumidor. A pêra não é bonita, mas é resistente, é crunch [crocante], tem capacidade para resistir e isso é essencial: os donos da loja querem produtos que fiquem em bom estado o maior tempo possível. Esta pêra tem este trunfo. E permite chegar a países distantes", conta.

A TriPortugal é um ACE (Agrupamento Complementar de Empresas) que, ao juntar três sociedades, se tornou no maior exportador português de pêra rocha, com vendas no exterior que oscilam entre as 15 e as 25 mil toneladas por ano. Formada pela Frutus, OMelro.OP e O Melro tem à frente uma nova geração de agricultores que seguem as pisadas dos pais. Em 2010, quando foi criada, tinha oito clientes estrangeiros. Agora tem 22. "Todos trabalham e guerreiam pelos melhores clientes no mercado interno, mas lá fora decidimos ir juntos. Abrir mercados é essencial. O primeiro ano é difícil, nos dois a três anos seguintes conseguimos fazer dinheiro, depois surge a concorrência e os preços baixam. Tudo depende do serviço", diz Armando Torres Paulo, sentado numa mesa do stand da TriPortugal na Fruit Logistica, a maior feira empresarial das frutas e legumes que, na semana passada, decorreu em Berlim.

A empresa traz todo o potencial da pêra-rocha à Alemanha e, nos dias da feira, tem um cozinheiro particular que confecciona pratos com a fruta rainha das exportações nacionais. Reino Unido, Alemanha e Brasil são os maiores compradores, mas a TriPortugal está em geografias pouco comuns, como Gana, Nigéria, Singapura ou Hong Kong. "Vimos à feira para estar com clientes com quem fazemos negócio há muitos anos, trazemos um chef que prepara três pratos com pêra-rocha e os clientes, em vez de estarem connosco apenas 15 minutos, ficam 45", conta Armando Torres Paulo.

Alemanha é o quinto maior cliente
Cada empresa tem os seus próprios pomares e centrais fruteiras, mas partilha a equipa técnica e comercial. Cerca de 10% da produção que vendem é comprada a outros produtores para responder aos pedidos que, diz o responsável, não têm faltado. "Tem havido procura."

Foi uma "fusão" semelhante que permitiu, no ano passado, que 15 organizações de produtores vendessem em conjunto para a Lidl alemã. Só este negócio – e uma participação forte na última edição da Fruit Logistica – tornou a Alemanha no quinto maior cliente português de fruta, quando em 2014 era o décimo. A expectativa é aumentar as quantidades de fruta vendidas à cadeia de supermercados, não só na Alemanha, mas noutros países europeus onde está presente. E replicar o modelo de negociação conjunta noutras empresas de grande distribuição.

Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, a associação que promove a internacionalização do sector das frutas e legumes, adiantou ao PÚBLICO que estão em curso conversações com o Intermarché para vender produtos nacionais na Polónia, Bélgica e França. A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, com forte presença na Polónia e, mais recentemente, na Colômbia, também está na mira dos agricultores para poderem expandir mercado.

"O que interessa é que as empresas deixem de ter vergonha de se associarem e de negociarem lado a lado. Sozinhas não têm condições para vender a clientes de grande dimensão", defende Manuel Évora.

Em Berlim, cerca de 30 empresas e organizações de produtores estiveram na Fruit Logistica, instalada no gigante parque de exposições da capital alemã. O mundo todo cabe neste evento, onde há frutos com nomes impronunciáveis e países que mostram o seu domínio na produção mundial em extensos metros quadrados. Os líderes internacionais como a Dole ou a Chiquita, que levam bananas aos quatro cantos do planeta, impõem-se com estrondo, comparado com o espaço ocupado pela Portugal Fresh e as empresas portuguesas.

Sérgio Pereira, da Cooperfrutas, conversa com uma chinesa que saiu do seu stand instalado mesmo em frente para pegar numa pêra-rocha com ar curioso. A Jinxiang County Huaguang também vende pêras, mas da variedade nashi, cuja casca lisa e amarelo-claro contrasta com a aspereza da fruta portuguesa. É exportada da China para a Europa e fácil de encontrar em qualquer supermercado de Berlim. "Estão à venda em todas as superfícies também em Portugal. Nós é que ainda não podemos vender a nossa pêra na China", diz o representante da organização de produtores (OP) de Alcobaça, com 100 associados.

As exportações de alimentos estão sujeitas a autorizações complexas fora da Europa e, com a China, o processo tem sido demorado. Capoulas Santos, ministro da Agricultura, disse em Berlim, durante uma visita ao evento, que há dossiês abertos com 23 países diferentes, mas não especificou se, entre eles, está a pujante economia chinesa, a dar cada vez mais cartas na produção agrícola. Enquanto as autorizações sanitárias não saem, os produtores nacionais apontam baterias para a Europa. Até Outubro de 2015 as vendas para os países da UE aumentaram 16%, enquanto as exportações para fora do espaço comunitário cresceram apenas 1%.

A Cooperfrutas foi uma das organizações de produtores que negociou em conjunto com os seus concorrentes nacionais a venda de fruta à Lidl alemã. Teve bom retorno da experiência. "Esperamos aumentar as vendas este ano", diz Sérgio Pereira.

Na última campanha agrícola esta OP produziu cinco mil toneladas de pêra-rocha, 60% para exportação. E quatro mil toneladas de maçã, 30% vendida no estrangeiro. "A fruta é um bem perecível e a exportação é uma oportunidade", remata.

Fernanda Machado, presidente do conselho de administração da Bfruit, percebeu cedo que a união de esforços era a única saída para os pequenos produtores de frutos vermelhos. Criada em finais de 2013 por quatro agricultores do Norte, a empresa alargou o seu capital social a 110 produtores e espera, o mais breve possível, ser reconhecida como OP. "Percebemos que devíamos aproveitar sinergias. A produção de frutos vermelhos só se consegue fazer durante 12 meses por ano no Sul do país e, por isso, alargámos o nosso âmbito a essa região. O Norte é mais forte em mirtilos", conta.

Com 90 hectares de framboesa e 85 de mirtilo, a Bfruit assinou recentemente um acordo com a Multiberries que a vai ajudar a dar o salto. Esta empresa resulta de uma joint venture entre a belga Special Fruit e Gijs Hoogendoorn, sócio da First Fruit, uma das mais reconhecidas da fileira. "A Multiberries passou a integrar o capital da Bfruit que, agora, tem cinco accionistas, cada um com 15,5% de capital. O restante é detido pelos pequenos produtores", conta Fernanda Machado.

A parceria poderá fazer da Bfruit uma das maiores OP de pequenos frutos em Portugal, não só em número de produtores, como também na capacidade de pesquisa de variedades, comercialização e marketing. Até 2018, a intenção é aumentar os 90 hectares destinados à framboesa para 250 hectares. "Criamos mais escala, conseguimos produzir mais volume, entrar em novos mercados e reduzir custos. Só com uma parceria deste género conseguiríamos", continua Fernanda Machado, sublinhando que há muitos produtores de pequenos frutos mal preparados e sem estratégia comercial.

A concentração de esforços na agricultura teve retorno nos números das exportações nacionais. No caso dos frutos vermelhos, Portugal já é "um país de excelência" e só para a Alemanha passou de dez milhões de euros de vendas de framboesas para 30 milhões de euros, destaca Manuel Évora. Olhando para os valores globais das frutas, legumes e flores, o crescimento das vendas internacionais cifrou-se em 13% para 1008 milhões de euros até Outubro de 2015, num ritmo de crescimento muito superior ao do conjunto das exportações de bens do país (progrediram 4% no mesmo período).

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, tem como objectivo "duplicar as exportações" do agro-alimentar em quatro anos e está já a "delinear uma estratégia" para o conseguir. "As condições estão criadas, há dinamismo no sector e uma progressiva capacidade de auto-organização, que era essencialmente o que nos faltava. Felizmente há alguns apoios no quadro do PDR2020 [fundos comunitários] que iremos procurar potenciar ao máximo. Mas o que é mais importante são os produtores e as suas organizações", sublinhou em Berlim.

Num jantar com produtores, deixou a fasquia alta: "Queremos crescer a um ritmo duas vezes superior ao que a economia cresce", "aumentar o peso nas exportações nacionais" e, em cinco anos, "equilibrar em valor o saldo da balança comercial agrícola".

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Municípios do Pinhal Interior unem-se na valorização do medronho



 08 Fevereiro 2016, segunda-feira  Hortofruticultura & Floricultura

As câmaras municipais de Proença-a-Nova, Pampilhosa da Serra, Vila de Rei e Fundão assinaram recentemente um protocolo com a Cooperativa Portuguesa de Medronho (CPM) onde se definem linhas de orientação que têm como objectivo «valorizar um importante recurso do Pinhal Interior e divulgá-lo com uma possível e importante fonte de rendimento para os proprietários de terrenos».
medronho
No evento de assinatura do protocolo, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, considera que estão criadas as condições para o medronho ser um dos produtos endógenos que mais pode contribuir para o desenvolvimento do território.
«O medronho tem tido a infelicidade de ser uma espécie autóctone nacional pois teria sido valorizado há muito mais tempo se fosse de outro país. Antes, com exceção dos locais onde se faz aguardente de medronho, olhava-se para o medronheiro quase como mais uma espécie de mato», disse.
Na perspetiva do edil, vários fatores têm contribuído para uma inversão deste cenário, com destaque para a investigação que se faz nas instituições do Ensino Superior, a sensibilização promovida pelas autarquias e também a criação da Cooperativa Portuguesa de Medronho: «com a chegada da iniciativa privada de uma forma organizada, julgo que as oportunidades serão cada vez maiores e, no futuro, teremos mais uma forma de criar riqueza – e emprego – na nossa região», adiantou João Paulo Catarino.
José Brito, presidente do município de Pampilhosa da Serra, destaca a importância do protocolo como forma de valorizar um recurso «do qual não temos tirado o devido proveito» e espera que o caminho que se está a fazer proporcione, «acima de tudo, motivação para que consigamos criar dimensão e ter oferta ao nível de comercialização: temos que ter produto em escala e quantidade».
Sinal da importância do medronho para o concelho de Vila de Rei, Ricardo Aires, presidente da edilidade, recordou o projeto de construção de uma destilaria precisamente para dar condições para a exploração do medronho, tornando-o financeiramente atrativo.
E destacou o trabalho de sensibilização que está a ser feito junto dos deputados da Assembleia da República para que se aplique uma taxa reduzida de imposto especial sobre o consumo à aguardente e aos licores produzidos com álcool feito com medronho, e sejam tomadas medidas para a defesa da plantação de medronheiros. A ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto foi outra das entidades que assinou o protocolo.
Paulo Fernandes, responsável pela ADXTUR e presidente do município do Fundão, destacou a importância desta parceria até porque o território das aldeias do xisto é o mesmo em que o medronho tem condições ímpares para o seu desenvolvimento, além de que já é uma marca consolidada.
Desta forma, o medronho e os seus produtos derivados serão parte integrante da comunicação e imagem das Aldeias do Xisto, transmitindo simultaneamente a confiança a possíveis produtores de que vale a pena investir no medronho.
Carlos Fonseca, presidente da Cooperativa Portuguesa do Medronho, revelou que o presente protocolo – assinado com quatro municípios – será estendido a outras autarquias de norte a sul do país considerando que «os municípios são os gestores do território» e a primeira linha de contacto com os munícipes sendo que é fundamental a passagem da informação – dos centros de investigação e das componentes técnicas – para quem pretende investir neste produto.
«Acreditamos que o medronho pode contribuir para a valorização deste território e, como tal, estas parcerias são para nós fundamentais e estamos completamente disponíveis para ajudar os municípios numa perspetiva de apresentar alternativas» à tradicional ocupação da floresta com pinhal e eucaliptos.


Até porque o medronho tem muitas utilizações para além da mais comum: «hoje em dia sabemos que a valorização deste fruto é feita essencialmente através da aguardente e há aqui campo para explorar no sentido de darmos valor acrescentado a esta espécie que deve ser vista no seu todo: para além do fruto temos a folha, a flor e a raiz».
Carlos Fonseca adiantou ainda que no próximo dia 26 de março será criado o Conselho Consultivo da CPM que reúne as oito instituições de Ensino Superior com trabalho feito na área do medronheiro.
A Cooperativa Portuguesa do Medronho, com sede em Proença-a-Nova, foi criada há um ano e meio e representa atualmente 55 cooperantes a nível nacional. 

Esclarecimento sobre a proposta de OE/2016 relativamente às dotações para o Ministério da Agricultura


NOTA DE IMPRENSA

Alguns Órgãos de Comunicação Social têm vindo a anunciar, erradamente, que o orçamento do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural sofre uma redução de 77,5 milhões de Euros relativamente a 2015. Sobre essa matéria, o Gabinete do Ministro esclarece o seguinte:
Na realidade verifica-se a situação oposta, uma vez que o orçamento do Ministério da Agricultura beneficia, face a 2015, de um acréscimo de 25,5 milhões de Euros, o que representa um aumento de 2,5%.
A Proposta de Lei do OE/16 autoriza o reforço das dotações indicadas nos mapas anexos ao Orçamento no montante de 15,5 milhões de Euros (art. 106º e pontos 24 e 42 do Mapa de Transferências Alterações Orçamentais), o qual permitirá mobilizar mais 88 milhões de Euros do FEADER, pelo que a despesa consolidada irá ascender a 1052,5 milhões de Euros, valor que compara com 1026,5 milhões de Euros em 2015.
Recorde-se que, em 2016, as dotações referentes à Agricultura e ao Mar encontram-se repartidas por dois ministérios, enquanto em 2015 estavam concentradas num único.
Lisboa, 08.02.2016

O GABINETE DE IMPRENSA

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural promove a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional

NOTA DE IMPRENSA

Realiza-se na próxima quarta-feira, dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional (CNF). Criado através do DL nº 29/2015, de 10 de fevereiro, o CNF deverá reunir anualmente. Trata-se de um órgão de consulta na área das florestas que reúne todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal.
Com o objetivo de cumprir a disposição legal que determina a reunião anual deste órgão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural decidiu reunir o CFN precisamente no 1º aniversário do diploma legal que o instituiu, dando a este momento um caráter simbólico.
Amândio Torres sublinha que "a prioridade que este Governo atribui à recuperação da Floresta", prioridade essa da qual se considera porta-voz, "levou ao estabelecimento do objetivo de recuperar 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de duas legislaturas".
O CFN funciona junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.) e poderá vir a revelar-se como um instrumento fundamental no envolvimento dos diferentes agentes, serviços e organismos da administração pública, das estruturas de produtores da indústria e de outros agentes do sector, nomeadamente em matéria de defesa da floresta, de prevenção de incêndios, bem como da caça e da pesca nas águas interiores. Deverá igualmente funcionar como auxiliar na definição das políticas e estratégias nacionais para a floresta e para os recursos associados da caça e da pesca nas águas interiores.
O ICNF, I. P., enquanto autoridade florestal nacional tem por missão acompanhar e assegurar a execução das políticas das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados; bem como fomentar a competitividade das fileiras florestais e assegurar a prevenção estrutural no quadro do planeamento e da atuação concertados no domínio da defesa da floresta e dos recursos cinegéticos e aquícolas e outros diretamente associados às atividades silvícolas.
A reunião terá lugar nas instalações do Ministério da Agricultura (Salão Polivalente), a partir das 10:00H, em Lisboa.

08.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Agricultura com menos 77,5 milhões para gastar


A despesa do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural atinge, em 2016, os 949 milhões de euros, menos 77,5 milhões de euros do que em 2014, refletindo o decréscimo dos projetos em curso no Alqueva.

Getty Images
ECONOMIA MINISTÉRIO
17:49 - 05/02/16
POR LUSA
   
A proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) hoje entregue na Assembleia da República aponta para uma diminuição de 7,5% da despesa total consolidada face à execução provisória de 2015, justificada essencialmente com o decréscimo de 56,3% no subsetor das Entidades Públicas Reclassificadas (111 milhões de euros).

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A EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestrutura do Alqueva) é a entidade que mais contribui para este efeito devido à diminuição do financiamento comunitário e das despesas, já que os 120 mil hectares previstos no sistema global de rega do projeto estão praticamente concluídos.

As medidas relacionadas com a Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça, Pesca -- Agricultura e Pecuária representam cerca de dois terços da despesa consolidada (755,9 milhões de euros).

A proposta do OE especifica que "os projetos associados à agricultura e pecuária integram-se na estratégia nacional para o desenvolvimento rural (...) com o objetivo de aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal, promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais, bem como revitalizar económica e socialmente as zonas rurais".

A despesa atribuída ao subsetor Estado (379,4 milhões de euros) representa um aumento de 5% face ao ano anterior, com cobertura nas receitas consignadas respeitantes à cobrança do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), que passam a ser reconhecidas diretamente no Orçamento do Fundo Florestal Permanente.

O subsetor dos Serviços e Fundos Autónomos apresenta um aumento de 2,9% (712,8 milhões de euros) decorrente do aumento das transferências para a Direção Geral de Veterinária, que vai ter mais verbas para a recolha e transporte de animais mortos nas explorações (SIRCA), e das transferências para o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, para fazer face a despesas com a realização de análises no âmbito da segurança alimentar.

“Colheita e Pós-Colheita do Mirtilo” reuniu duas centenas de produtores



 08 Fevereiro 2016, segunda-feira  Feiras & Eventos

A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto foi palco do evento interprofissional de colheita e pós-colheita de mirtilo.
Foi perante uma plateia repleta que o Campus Agrário da Universidade do Porto, em Vairão, acolheu o workshop "Colheita e Pós-Colheita do Mirtilo" reunindo investigadores, produtores e especialistas na área de produção, colheita e pós-colheita de mirtilo, incluindo-se mecanismos de colheita mecânica e manual assistida.
A colheita e o pós-colheita são fases de maior complexidade para produtores e responsáveis da cadeia logística, verificando-se que a maior perda de valor da produção nacional de mirtilo tem sido nesta fase, sendo necessário "agir para otimizar esta fase do processo produtivo".
A realização deste contribuiu para o aumento do conhecimento dos processos fisiológicos que ocorrem na fase de pós-colheita do mirtilo, a intricada relação entre a fase de colheita e a vida útil da fruta, as metodologias existentes para a manutenção da qualidade e as quebras pós-colheita. O evento finalizou com um balanço do panorama comercial do mercado do mirtilo e perspetivas de futuro.

Consumo de leite gordo em Portugal caiu 20% em 2015



 07 Fevereiro 2016, domingo  AgropecuáriaIndústria alimentar
O consumo de leite UHT gordo em Portugal caiu 20% em 2015, face ao ano anterior, de acordo com dados da Nielsen disponibilizados pelo Continente, tendo passado de 9.438.136 de litros para 7.551.786 litros.
leite
«O leite, sendo de origem animal, é uma fonte de gordura saturada, ou seja, um tipo de gordura que quando consumido em excesso faz aumentar o colesterol LDL sanguíneo ('mau colesterol'). Por este motivo as recomendações são, tal como referido, para que se opte pelas versões magras ou meio-gordas», disse, por escrito, fonte daquela marca, que sublinhou que os valores da redução «estão em linha com o que se verifica nas lojas Continente».
Por seu lado e sem apresentar valores, fonte oficial do Pingo Doce referiu que se constata, naquelas lojas, «que o leite meio-gordo se destaca em termos de quota (em litros), seguindo-se o leite magro e [que] o leite gordo tem um peso bastante reduzido nesta categoria».
No entanto, o Pingo Doce, «no que diz respeito à evolução de vendas (em litros), de 2014 para 2015» registou «um ligeiro crescimento na categoria do leite».
Para o diretor-geral da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios, Paulo Leite, «o problema não se trata do leite gordo, trata-se do leite em geral», apontando para uma quebra de consumo na ordem dos 7%, a partir de dados de outubro.
O mais recente boletim mensal de agricultura e pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE), de janeiro, refere que, em novembro de 2015 (último mês para o qual há dados disponíveis), «o volume total de produtos lácteos diminuiu 6,1% (-12,7% em outubro), devido uma vez mais ao menor volume de leite para consumo (-11,2%)».
Novamente segundo o INE, no geral do leite para consumo, entre janeiro e outubro de 2015 e o período homólogo de 2014 havia uma quebra de 11,5%, de 709.872 toneladas para 628.196.
Já segundo dados da Nielsen utilizados pelo Observatório do Mercado do Leite da Comissão Europeia, o volume de leite UHT em Portugal nos primeiros dez meses de 2015 havia caído 7,1% face ao homólogo de 2014, mas, a nível de valor, a quebra era de 14,7% para igual período.
«Temos atribuído [a quebra] um bocado à campanha anti-leite que se tem vindo a desenvolver à volta de certos padrões e estilos de vida e a algumas mensagens cientificamente mal sustentadas que têm vindo a denegrir o aspeto nutricional do leite», disse Paulo Leite.
Fonte: Lusa 

Ministério da Agricultura esclarece que IVA de máquinas agrícolas não sofre alterações



07 Fev, 2016 - 19:08

Governo desmente assim informações que estavam a ser avançadas pelo PSD.

O Ministério da Agricultura esclarece que o IVA sobre transporte, aluguer e manutenção de máquinas agrícolas não sofre alterações e se mantém à taxa reduzida de 6%.

Em comunicado, o gabinete de Capoulas Santos chama a atenção para o que diz serem informações falsas que dão conta de um aumento da taxa do IVA de 6 para 23%.

Este comunicado do Executivo desmente declarações feitas este domingo no Porto por Hugo Soares, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD.

Alqueva deu vida nova às produções da Toscagri


08.02.2016 às 13h270
 
Pedro Guiomar diz que a Toscagri, em primeiro lugar, está apostada em crescer bem em Portugal

NUNO BOTELHO
A empresa de Beja está focada na produção agrícola diversificada. É a nona de 20 histórias de projetos que receberam financiamento europeu e que o Expresso e o BCP Capital divulgam até final do mês

MIGUEL ÂNGELO PINTO

Muitas vezes apelidado como o celeiro de Portugal, o Alentejo manteve sempre uma forte ligação à produção agrícola, que ao longo dos tempos foi sofrendo transformações assinaláveis. Os meios de produção alteraram-se, as culturas diversificaram-se e uma nova geração de produtores chegou à região, com ideias inovadoras e arrojadas. Foi também fundamental a resolução de um problema que se arrastava há muito e que tinha a ver com o regadio. O Alqueva permitiu o aparecimento de um vasto número de novas explorações e o aproveitamento de outras tantas.

€900 mil euros
É o valor da candidatura da Toscagri ao programa Portugal 2020
A Toscagri foi uma das novas empresas que surgiu na região de Beja, assente numa sociedade que juntou pai, João Manuel Guiomar, e dois filhos, Pedro Guiomar e João Miguel Guiomar, iniciando a sua atividade em Janeiro de 2013. De acordo com o administrador Pedro Guiomar, o objetivo primordial foi "criar uma empresa familiar capaz de rejuvenescer e dar continuidade às explorações agrícolas que já vêm de gerações familiares de agricultores".

A atividade foi, por diversas razões, bastante reduzida, até que em meados de 2015, altura em que foi concluída a obra da infraestrutura do Alqueva nos blocos de Baleizão-Quintos, perspetivaram-se novas oportunidades de investimento. A ideia passou, então, por um plano de sustentabilidade a médio-longo prazo da exploração próxima de Quintos.

A empresa alentejana tem um plano de sustentabilidade a médio-longo prazo da exploração próxima de Quintos
A empresa alentejana tem um plano de sustentabilidade a médio-longo prazo da exploração próxima de Quintos
NUNO BOTELHO
Focada na produção agrícola diversificada— como cereais de inverno e primavera, oleaginosas, leguminosas e hortícolas — a Toscagri entra agora numa nova fase de investimento, tendo para o efeito recorrido a uma candidatura à Acção 3.2 do PDR2020, no valor de aproximadamente 900 mil euros. "Esta verba é maioritariamente destinado para a aquisição de sistemas de rega modernos e eficientes, mas também já iniciamos investimentos em máquinas que nos permitam dar um maior rendimento nos trabalhos de campo efetuados, seja na preparação dos solos, seja nas sementeiras", diz Pedro Guiomar.

Neste momento, os planos da Toscagri estão centrados apenas no investimento e crescimento ao nível do mercado interno com mais e melhores produtos agrícolas para, um dia, fornecer Portugal inteiro.

Até 26 de fevereiro, o Expresso e o BCP Capital vão contar histórias de 20 empresas que já ganharam os fundos do Portugal 2020 e têm projetos para inovar e internacionalizar. E cinco guias práticos, às sextas, caso deseje candidatar-se ao programa comunitário


Morcegos ajudam no combate às pragas na vinha


Fev 08, 2016Agro-Negócio0Like
No âmbito do projecto Baydiversity, a divisão da Bayer dedicada ao tratamento das culturas, a Crop Science, entregou à Herdade Vale da Rosa mais de 20 ninhos para morcegos. O objectivo é dar abrigo aos animais que se alimentem dos insectos presentes das videiras da empresa alentejana.

«Com esta medida, pretende-se contribuir para o controlo biológico das pragas nas vinhas já que os morcegos consomem grandes quantidades de insectos e não fazem estragos nas culturas. Durante uma noite um morcego pode ingerir mais de metade do seu peso em insectos», avança a Bayer Crop Science em comunicado.

Os ninhos foram construídos em colaboração com o Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência, a Bayer, a Herdade Vale da Rosa e a Ambiodiv, empresa especializada em gestão de biodiversidade. O projecto Baydiversity pretende ser uma forma de «contribuir para a promoção de boas práticas e fomento da preservação e incremento da biodiversidade».

Mais fácil escolher casta e local adequados para produzir vinho

Uma ferramenta desenvolvida pela Universidade de Aveiro já permite aos produtores escolher as características do vinho que pretendem produzir, indicando a casta e a localização adequadas para a sua produção, anunciou hoje fonte académica.

Lusa

   
Uma equipa de investigadores do Departamento de Química (DQ) da Universidade de Aveiro (UA) estudou pela primeira vez, em Portugal, a relação entre o tipo de castas, as características do solo e os fatores ambientais que as envolvem, para que os produtores extraiam de cada tipo de casta as potencialidades para o vinho que querem produzir.

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"Primeiro o produtor pensa no vinho que quer obter, definindo-lhe o aroma, a cor ou a adstringência que deseja tendo em conta determinado mercado. Escolhidas as particularidades do vinho, a hora é de selecionar não só as castas como também a localização geográfica da vinha, cujas características do solo, da topografia e do clima permitirão aos produtores obter o néctar desejado com o mínimo de processamentos químicos", esclarece uma nota informativa.

A investigação mostra aos produtores a importância do potencial enológico de cada casta, ou seja, as características físico-químicas de cada casta nos diferentes locais de cultivo, já que estas, ainda que sejam do mesmo tipo, podem variar consoante as características naturais do local em que são produzidas.

Com esses dados, conforme o vinho que quer produzir, o produtor pode decidir qual o binómio casta/local que melhor lhe interessa, o que lhe permite produzir com menos custos no processo tecnológico e sem excesso de coadjuvantes enológicos.

"Ganha o produtor, ganha a saúde do consumidor pois estará perante um vinho menos processado quimicamente e ganha o ambiente, pela diminuição da necessidade do uso de produtos químicos quer na vinha, quer no lagar", aponta Sílvia Petronilho, a autora do estudo, no âmbito do doutoramento em Química, sob orientação científica dos professores Manuel António Coimbra e Sílvia Rocha.

De acordo com a Universidade de Aveiro, dado o interesse dos produtores na investigação realizada na Unidade de Investigação de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) do Departamento de Química, estão já a ser estabelecidas parcerias com produtores de várias regiões demarcadas do país, para a aplicação do conceito de qualificação e valorização das castas na produção de vinhos brancos, tintos e rosés.

O estudo tem por objetivo "fortalecer o setor vitivinícola em Portugal, criando oportunidades para alcançar mercados mais exigentes, que primam pela qualidade e diversidade em detrimento da quantidade e da homogeneidade".

Bananas podem ajudar a detetar cancro na pele


     
SOL SOL | 08/02/2016 21:17 3929 Visitas   

Shutterstock
Bananas podem ajudar a detetar cancro na pele


Um grupo de cientistas revelou que os pontos pretos das bananas ajudam a fazer um diagnóstico mais fácil e eficaz do cancro na pele, lê-se no site do canal Discovery.

Quando amadurecem, as bananas ficam coberta de pequenas manchas pretas redondas. Estas são causadas por uma enzima chamada tirosinase, que está também presente na pele humana e em maior quantidade nas pessoas com melanoma, uma forma fatal de cancro na pele.

Com base nas semelhanças, uma equipa de cientistas do Laboratório de Física Eletroquímica da Suíça construiu um scanner no qual a enzima funciona como um marcador de confiança para analisar o crescimento do melanoma.

O aparelho tem oito microelétrodos que 'varrem' a pele e medem a quantidade e a distribuição de tirosinase.

 A equipa de investigadores esperam agora levar este equipamento a um outro nível, tentando assim destruir as células cancerígenas. 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Lidl prevê duplicar exportação de garrafas de vinho português


Ontem 11:03 Económico com Lusa

Não é só o vinho português que o Lidl Portugal exporta. Frutas, legumes ou azeite são outros dos produtos portugueses que a cadeia de retalho vende nos mercados externos.

Lidl prevê duplicar exportação de garrafas de vinho português
O Lidl Portugal vai exportar este ano cerca de oito milhões de garrafas de vinho português, "mais do dobro do efetuado em 2015, para 14 mercados", disse à Lusa fonte oficial da cadeia de supermercados de origem alemã.

"Este ano, o Lidl prevê "exportar cerca de oito milhões de garrafas de vinho, incluindo Vinho do Porto, para um total de 14 mercados, entre eles Alemanha, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Polónia, República da Irlanda, Roménia e Suíça", disse a mesma fonte.

Este volume de exportações previsto representa "mais do dobro do efetuado em 2015 e ultrapassa o valor total de vinhos portugueses exportados nos últimos seis anos pelo Lidl", referiu a cadeia de retalho, apontando que estes dados demonstram "que o Lidl Portugal está empenhado em contribuir para a economia e levar artigos de qualidade e o nome de Portugal além fronteiras".

Questionado sobre qual a razão para esta aposta, fonte oficial da rede de supermercados explicou que a cadeia de retalho está empenhada em "promover os produtos portugueses, tanto quanto possível, contribuindo, assim, para o crescimento da economia nacional, através da exportação, desta feita de vinhos portugueses, grande parte deles exclusivos para o Lidl Portugal".

A maioria (85%) do volume de exportação respeita a vinhos à venda em exclusivo no Lidl.

"Estes vinhos são provenientes de várias regiões do país, como Dão, Alentejo, Douro e Península de Setúbal", disse a mesma fonte, quando questionada sobre que tipo de vinhos são exportados.

Mas não é só o vinho português que o Lidl Portugal exporta. Frutas, legumes ou azeite são outros dos produtos portugueses que a cadeia de retalho vende nos mercados externos. "A pera rocha, por exemplo, já é exportada há vários anos para a Inglaterra, Irlanda, França e Espanha e, desde 2014, para a Alemanha", adiantou a mesma fonte.

OE2016: É «inaceitável» o aumento do IVA em serviços da agricultura, diz CAP



O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) mostrou-se dececionado com o aumento de impostos previstos na proposta de Orçamento do Estado e considera «inaceitável» o aumento do IVA de 6% para 23% em serviços da agricultura.


   
"Obviamente que estou dececionado em relação ao aumento de impostos e parece-me que não era o caminho desejável nem o desejado", disse João Machado à Lusa, comentando a proposta de Orçamento do Estado para 2016, hoje entregue na Assembleia da República.
João Machado sublinhou, contudo, que "ainda está a decifrar" o documento e remeteu para segunda-feira um comentário mais aprofundado sobre o assunto, já que ainda falta saber e analisar a parte que mais interessa à CAP e que "é o Orçamento do Ministério da Agricultura".
"Francamente ainda não sei qual é a totalidade do aumento de impostos, ainda estamos a ver qual é o conjunto dos aumentos de impostos que há. Mas já vi que no IVA há vários serviços da agricultura que aumentam de 6% para 23%, o que é inaceitável, tenho de escalpelizar a questão do IVA em detalhe", sublinhou.
João Machado reforçou que "há um aumento muito significativo de impostos e que vai ser penalizador para a economia portuguesa" e disse que é necessário perceber se vai haver financiamento para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e para o investimento.
A despesa do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural atinge, em 2016, os 949 milhões de euros, menos 77,5 milhões de euros do que em 2015, refletindo o decréscimo dos projetos em curso no Alqueva.
A proposta do OE2016 hoje entregue na Assembleia da República aponta para uma diminuição de 7,5% da despesa total consolidada face à execução provisória de 2015, justificada essencialmente com o decréscimo de 56,3% no subsetor das Entidades Públicas Reclassificadas (111 milhões de euros).
Dinheiro Digital com Lusa

domingo, 7 de fevereiro de 2016

IVA vai aumentar para 23% no transporte de produtos agrícolas


por Ana Rita Costa- 5 Fevereiro, 2016

O Executivo vai subir o imposto de algumas prestações de serviços que contribuem para a produção agrícola, como o transporte de produtos agrícolas e aluguer de máquinas, atualmente taxadas com 6% de IVA. De acordo com o Diário Económico, o transporte de produtos agrícolas e o aluguer de máquinas agrícolas passará a ter IVA de 23%, a taxa máxima.

A taxa reduzida de IVA (6%) manter-se-á, no entanto, para as "operações de sementeira, plantio, colheita, debulha, enfardação, ceifa e recolha", segundo o jornal.

O jornal refere ainda que "na lista de IVA à taxa reduzida que se aplica a prestações de serviços que contribuem para a realização da produção agrícola, passará também a estender-se a taxa de 6% a prestações de serviços que contribuem para a realização da produção aquícola como produção de peixes, moluscos e crustáceos."

A importância do pinheiro manso no mediterrâneo vai estar em discussão em maio


por Ana Rita Costa- 4 Fevereiro, 2016Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
pinheiro manso

O segundo 'International Meeting on Mediterranean Stone Pine for Agroforestry' (AGROPINE 2016) realiza-se entre os dias 18 e 20 de maio, em Oeiras. Organizado pelo INIAV, CIHEAM, FAO, INIA, Instituto Superior de Agronomia e UNAC, o evento pretende colocar em discussão a importância das florestas e plantações de pinheiro manso nas áreas rurais do mediterrâneo.

"Apesar do pinheiro manso ser uma das espécies de árvores mais interessantes da economia agroflorestal do mediterrâneo, os novos desafios devem ser previstos e respondidos de forma a melhorar a importante receita económica ao longo da cadeia de valor", explica a organização.

O principal objetivo da iniciativa é "ligar diferentes investigadores da região mediterrânica, partilhar e transferir o conhecimento atual, identificar necessidades de investigação estratégicas e oportunidades de parceria."

O programa do evento inclui a abordagem de temas como 'Management of stone pine for cone production in agroforestry', 'Growth and yield modelling', 'Genetic improvement, selection and breeding of stone pine', 'Biotic risks and their impact on stone pine products' e 'Pine nut industry and markets'.

Saiba mais sobre o evento. http://agropine2016.iniav.pt/

Agricultura perde 77,5 milhões devido ao abrandamento do projecto Alqueva

LUÍSA PINTO 05/02/2016 - 20:21
Orçamento do Ministério cai 7,5%, mas despesa atribuída ao subsector Estado aumenta 5%.


O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural vai ter em 2016 um orçamento de 949 milhões de euros, menos 77,5 milhões de euros face à execução de 2015, muito por causa do abrandamento dos trabalhos no Alqueva.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado entregue pelo governo de António Costa, a despesa consolidada do orçamento do ministério tutelado por Capoulas Santos diminui 7,5% sobretudo à custa do decréscimo de 56,3% no orçamento do subsector das Entidades Públicas Reclassificadas (111 milhões de euros). É aqui que entra a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infra-estrutura do Alqueva), que verá uma grande diminuição do financiamento comunitário, uma vez que o sistema global de rega do projecto está praticamente concluído.

As medidas relacionadas com a Agricultura e Pecuária merecem a principal fatia do orçamento (64,1%), cerca de 755,9 milhões de euros, e servem o objectivo "de aumentar a competitividade dos sectores agrícola e florestal, promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais, bem como revitalizar económica e socialmente as zonas rurais".

A despesa atribuída ao subsector Estado (379,4 milhões de euros) representa um aumento de 5% face ao ano anterior, com cobertura nas receitas consignadas respeitantes à cobrança do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), que passam a ser reconhecidas directamente no Orçamento do Fundo Florestal Permanente.