segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como o sucesso de um negócio pode depender de “acelerar o falhanço”

20 Abr 2015


Investidores, académicos e empresários debateram os factores críticos para o êxito de um projecto. Fazer testes, cometer erros e até arriscar o falhanço são só alguns deles.
Os números são arrasadores: 95% a 98% das iniciativas empresariais resultam em fracasso. Os dados não são de agora - as estatísticas remetem para os anos 90 do século passado - nem são exclusivas de Portugal: nos EUA, onde o empreendedorismo faz parte do ADN da economia, acontece exactamente o mesmo.
É esta envolvente tão adversa aos negócios que levou Manuel Laranja, docente do ISEG, a afirmar que "é preciso acelerar o falhanço", na medida em que é com o erro que se aprende a não errar. As estatísticas voltam a ajudar: "É normal o sucesso só chegar à quinta, sexta ou sétima tentativas", afirmou Manuel Laranja, para quem o fracasso tem outra vantagem: "As 'start ups' falham, porque arrancam muito depressa com uma ideia ou um produto, em vez de encontrarem um mercado. É preciso testar o produto e depois encontrar um modelo de gestão para o validar".
O docente do ISEG fazia parte de uma mesa redonda no seminário do Crédito Agrícola dedicada ao Prémio Empreendedorismo e Inovação - iniciativa que arrancou na última sexta-feira, dia 17, no Porto, e se prolonga até Novembro -, e que juntou ainda Joaquim Lampreia, associado do escritório de advogados Vieira de Almeida, João Sebastião, director da consultora de comunicação GCI, e Luís Mira da Silva, da INOVISA. O que os responsáveis quiseram deixar à numerosa plateia foi uma espécie de 'road map' do empreendedorismo - ou seja, como fazer para não se incluírem nos 98% de empresas que não chegam a parte nenhuma.
Para além da ideia central de Manuel Laranja - que se pode traduzir na frase "não basta sonhar ou ter ideias" - Joaquim Lampreia acrescentou que a contratação de um especialista em matéria legal deve ser uma preocupação de base. "Só se percebe a falta que faz um advogado quando as coisas correm mal", disse, para lembrar que salvo raríssimas ocasiões, há sempre alguma coisa que corre mal. Seja "nas questões fiscais; na estruturação do negócio; nas questões societárias; na propriedade industrial e intelectual; nos moldes do financiamento; ou nas questões contratuais e laborais", há um vasto domínio onde a presença de um advogado junto de quem teve a ideia e a quer lançar como negócio é imprescindível.
A terceira vertente, e não menos importante, é a da comunicação. "É o acelerador", defende João Sebastião. Em duas vertentes paralelas: "Para massificar a mensagem, dando-lhe notoriedade e reputação, e para angariação de investimentos". Ou seja, ninguém financia ou compra o que não sabe que existe.
Empreendedorismo activo
O 'road map' do empreendedorismo não se esgota nas vertentes da economia, do direito e da comunicação, mas o contributo dos três participantes no painel permitiu esquematizar alguns dos seus pilares fundamentais, numa altura em que os empreendedores nacionais nunca estiveram tão activos - pelo menos que diz respeito à fileira da agricultura, do sector agro-alimentar, das florestas e da economia do mar.
Isso mesmo foi salientado pela ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas (que falou na abertura do seminário) ao afirmar que, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), "há mais de 1.500 candidaturas de jovens agricultores". Neste sector particular, como recordou Licínio Pina, presidente executivo do Crédito Agrícola, a instituição que lidera dá cartas: para além de 20% da carteira de crédito estar investida na alavancagem da agricultura (e suas derivações), "contratámos esta semana com o Banco Europeu de Investimento mais uma linha de crédito bonificada".

Comissão de Agricultura e Mar: Audição de Patrícia Cotrim, Gestora do PDR 20/20

Investimento Médio Dos Jovens Agricultores No PRODER Foi De 125 Mil Euros


21 Abril, 2015 18:03

Os projetos de jovens agricultores apoiados com fundos comunitários no âmbito do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) tinham um investimento médio associado de 125 mil euros, disse hoje a gestora do PDR2020.

Patrícia Cotrim, que foi nomeada para gerir o programa que sucedeu ao PRODER em novembro, adiantou ainda, no âmbito de uma audição parlamentar na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, que foram recebidas nove mil candidaturas de jovens agricultores, tendo sido todas analisadas ou transitado para o novo PDR.

A gestora garantiu aos deputados que nenhuma candidatura de jovem agricultor inferior a 55 mil euros ficou "de fora", tendo sido todas analisadas até 31 de dezembro para garantir a sua elegibilidade, já que as novas regras do PDR2020 exigem investimentos mínimos de 55 mil euros e inferiores ou iguais a três milhões de euros por beneficiário.

Das candidaturas de jovens agricultores, 1.300 transitaram para o novo PDR2020.

Segundo a gestora, o regime de transição entre os dois programas de apoio ao investimento agrícola recebeu cerca de 10.300 candidaturas, tendo sido dada prioridade às que tinham retroatividade de despesas e às que não tinham correspondência direta entre o PRODER e o PDR.

O regime de transição serviu para continuar a financiar candidaturas do PRODER, que vigorou entre 2007 e 2013, já com o orçamento do novo ciclo de apoios comunitários (PDR), que decorre entre 2014 e 2020.

Questionada sobre os 260 milhões de euros relativos a pedidos de pagamentos do PRODER que estão por analisar, Patrícia Cotrim explicou que a acumulação se deve ao facto de ter sido imposta a data limite de 31 de março para submeter os pedidos.

"Fomos inundados, mas já estávamos à espera", comentou.

De acordo com a mesma responsável, o PRODER deve estar totalmente executado entre o final do primeiro semestre e o início do segundo, o que significa que todas as despesas deverão estar efetivamente pagas.

Os programas de fundos comunitários podem pagar despesas até dois anos depois do fim do respetivo período de vigência.

OJE/Lusa

Crédito Agrícola lança 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”



Última alteração dia
2015-04-22 às 00:00:00

Imprimir NotíciaCrédito Agrícola lança 2ª edição do "Prémio Empreendedorismo e Inovação"
O Crédito Agrícola, em parceria com a INOVISA, entidade coordenadora da Rede Inovar, lança a 2ª edição do "Prémio Empreendedorismo e Inovação - Agricultura, Agro-Indústria, Floresta e Mar", cujo objectivo é promover a cultura de empreendedorismo e inovação, e premiar quem investe nestes sectores.


Depois do sucesso do ano passado, com mais de 130 candidaturas submetidas, "a edição deste ano tem ao dispor um total de 32.500 euros, a atribuir aos vencedores das cinco categorias e ainda às menções honrosas, refere a instituição em comunicado.

Aos prémios pecuniários, junta-se a possibilidade de acesso a condições especiais em produtos e serviços financeiros integrados no portefólio do CA.

Premiadas com 5 mil euros serão a melhor ideia, projecto ou empresa inovadora em cada uma das cinco categorias: "Produção e Transformação", Comercialização", "Inovação em Parceria", "Jovem Empresário Rural" e "Projecto de Elevado Potencial promovido por Associados do Crédito Agrícola". Nas três primeiras categorias são ainda atribuídas Menções Honrosas no valor de 2.500 euros cada. 

O concurso admite candidaturas de produtos, processos ou serviços, relacionados com os sectores agrícola, agro-industrial, florestal e do mar, que podem ser submetidas em nome individual ou de entidades colectivas.

Na avaliação dos projectos o júri terá em conta a inovação; a relevância, isto é, enquadramento nos objectivos da estratégia de especialização inteligente; o impacto/potencial de mercado; e a sustentabilidade económica, social e ambiental.

As candidaturas são gratuitas e estão abertas até 1 de Julho (até às 18h00). Os interessados devem inscrever-se através de formulário próprio disponível no site do Crédito Agrícola ou em www.premioinovacao.pt.

Ciclo de seminários promovem prémio

Integrada nesta iniciativa, o Crédito Agrícola e a INOVISA promovem um ciclo de seminários em vários pontos do país, que contam com a presença de representantes das respectivas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e reconhecidos especialistas.

Destinados a empresários, agricultores, produtores e entidades destes sectores, os seminários visam sensibilizar os participantes sobre oportunidades futuras no âmbito do PDR 2020 e do COMPETE 2020 e apresentar casos de estudo ao nível do empreendedorismo sectorial sob diferentes perspectivas.

O primeiro seminário decorreu a 17 de Abril, no Porto, com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, que elogiou a iniciativa do Crédito Agrícola nesta segunda edição que agora inclui o Mar, destacando ainda que esta instituição bancária acompanha desde sempre o sector agrícola, mesmo quando este não estava reconhecido socialmente.

Seguem-se as sessões de Viana do Castelo (24 de Abril), Évora (7 de Maio), Faro (24 de Junho), Figueira da Foz (30 de Junho) e a sessão de encerramento, com a entrega dos prémios, a decorrer em Lisboa, em Novembro.

Alterações climáticas: FAO alerta para danos na agricultura e segurança alimentar



 25 Abril 2015, sábado  AgroflorestalAgricultura

Um esforço forte e coletivo é necessário para enfrentar as alterações climáticas, que já estão a ter consequências «trágicas» para as vidas das pessoas, disse a 24 de abril, o diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação aos deputados italianos.
Ao discursar no parlamento italiano, o chefe da agência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, afirmou que fatores relacionados com o clima estão a agravar a insegurança alimentar para muitas das pessoas mais vulneráveis do mundo, deteriorando situações que já são dramáticas, acentuou.
«Quando a agricultura não se pode desenvolver, e a comida é escassa, as consequências podem ser dramáticas», alertou Graziano da Silva, segundo comunicado distribuído pela organização.
«A fome pode obrigar as pessoas a abandonarem famílias e casas para procurarem melhores oportunidades, que nem sempre encontram. A perda de vidas no Mediterrâneo é uma lembrança trágica disto», continuou o brasileiro que dirige a FAO desde 2011.
Da mesma forma, as recentes tempestades tropicais nas Filipinas e em Vanuatu mostraram como as colheitas alimentares podem ser destruídas por eventos climáticos extremos, tal como as secas recorrentes têm um mesmo efeito mortífero, comparou.
Graziano da Silva explicou que a FAO estava especialmente preocupada com as alterações climáticas, devido às suas ligações evidentes à segurança alimentar e à agricultura.
«As alterações climáticas afetam a produção agrícola e podem alterar a geografia da produção alimentar», pormenorizou.
O setor agrícola é em si mesmo um produtos de gases com efeito de estufa, mas também tem o potencial de sequestrar mais carbono no solo e floresta se políticas de produção e gestão sustentável forem adotadas.
Para a FAO, o mundo precisa de uma mudança de paradigma para sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos e resilientes, que assentem em técnicas produtivas menos dependentes do uso intensivo de químicos e recursos naturais.
«Em 2015, precisamos de transformar os compromissos políticos em ações e resultados», afirmou, aludindo à agenda diplomática do ano, que inclui designadamente a Cimeira de Paris, em dezembro, organizada pela Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.
Fonte: Lusa 

domingo, 26 de abril de 2015

Presidente CAP "Alqueva foi obra mais importante da agricultura em 40 anos"


O Alqueva "foi talvez a obra mais importante para a agricultura portuguesa dos últimos 30 ou 40 anos" e é graças a ele que será possível aumentar a produção nacional, acredita o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
PAÍS Alqueva foi obra mais importante da agricultura em 40 anos Lusa

08:05 - 21 de Abril de 2015 | Por Lusa
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Para João Machado, a transformação de 120 mil hectares de sequeiro em 120 mil hectares de regadio, quando a obra estiver concluída, em 2016, vai significar "um aumento de produtividade brutal".

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A infraestrutura do Alqueva absorveu "uma boa parte do investimento que foi feito na agricultura portuguesa nos últimos anos" e será fundamental para acompanhar a procura dos mercados externos que estão a ser abertos.

Só por isso, "Portugal vai produzir muito mais e muito mais coisas", garantiu o dirigente da CAP, em entrevista à Lusa.

"Vamos ver nascer culturas que não estavam lá, que não podiam existir porque não tinham água e que têm tantos destinatários como aqueles que vamos vendo neste momento, desde o olival, onde nos últimos cinco ou seis anos nos tornamos autossuficientes, no azeite, até à vinha que também é regada, até aos hortícolas, ao tomate de indústria, ao milho ou a fruta, que até há uns anos atrás não existia no Alentejo", apontou João Machado.

"Tudo o que fizemos até hoje é metade do que vamos ter daqui a um ano" quando for concluída a totalidade do perímetro de rega, que vai chegar na atual campanha aos 88 mil hectares, acrescentou.

O investimento vai acelerar "desde que haja área disponível" e é maioritariamente nacional.

"O investimento (...) é maioritariamente português", adiantou o dirigente da confederação, sublinhando que muitos estrangeiros voltaram a vender a propriedade aos antigos donos, que eram portugueses.

"Há muito mais espanhóis a venderem a portugueses do que espanhóis novos a entrar na plantação de olival", afirmou João Machado.

Segundo o líder da CAP, "em Portugal nunca houve falta de investimento na agricultura. Bateram-se sempre de ano a ano todos os recordes dos anos anteriores".

Um ritmo de investimento que se deverá manter nos próximos anos.

Ministra da Agricultura destaca potencial exportador do setor dos kiwis


17/4/2015, 17:43
A ministra da Agricultura disse, em Felgueiras, que o setor da produção de kiwis apresenta um grande potencial de crescimento, sobretudo no mercado da exportação.


OCTÁVIO PASSOS/LUSA

A ministra da Agricultura disse, em Felgueiras, que o setor da produção de kiwis apresenta um grande potencial de crescimento, sobretudo no mercado da exportação.

"A minha convicção é de que é um setor com grande potencial de crescimento. Nós temos kiwis de muito boa qualidade que ombreiam ou superam os melhores do mundo. Somos o quarto produtor europeu de kiwi e o décimo mundial", afirmou.

Em declarações aos jornalistas após ter discursado no III Congresso Nacional do Kiwi, que decorre até sábado em Felgueiras, a governante disse haver cada vez mais pequenos e jovens agricultores a olharem para as possibilidades de crescimento do setor.

"Estando a produção bem organizada, pode ser adequada a pequenas parcelas, como temos na região norte do país", assinalou.

Assunção Cristas recordou, por outro lado, que os agricultores com pequenas parcelas não estão impedidos de produzir, desde que estejam associados através da organização de produtores.

Esse processo, assinalou, "permite depois abastecer mais mercados internacionais".

O kiwi já é exportado para muitos países e pode chegar a muitos outros", sublinhou.

Na produção de kiwi 46% dos produtores estão organizados, uma média acima da nacional na agricultura.

Para a ministra, o trabalho de organização da produção, "que no caso do kiwi se vê de forma exemplar", é algo que o Governo quer prosseguir, "apoiando com majorações no PDR 2020″.

A propósito do Plano de Desenvolvimento Rural do anterior quadro comunitário, a governante recordou que dos 40 milhões de euros investidos no setor, 25 milhões reportaram a explorações de jovens agricultores.

Aqueles investimentos, concluiu, traduziram-se em mais 850 hectares de produção de kiwis.

CAP quer «políticas de continuidade» na agricultura


Publicado a 24 ABR 15 às 23:58
João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), elogia o trabalho do Governo na agricultura e pede que não haja ruturas se o Partido Socialista vencer as eleições. Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, João Machado diz que vai esperar para ver propostas do PS.
 
«O que nós queremos é que as políticas sejam de continuidade. E, nesse aspeto, a única coisa que pedimos ao Partido Socialista é que tenha políticas de apoio ao setor, como são capazes de ter e já demonstraram que tiveram no passado», afirma João Machado.
O presidente da CAP elogia o Governo, apesar de reconhecer algumas divergências, considerando que o resultado na agricultura «é largamente positivo». Espera, por isso, que não haja alterações de fundo depois das eleições. «Do CDS, passando pelo PSD - e, tenho esperança que pelo PS -, não há risco de acontecer uma interrupção deste desenvolvimento. Eu julgo que o próprio Partido Socialista não quer voltar à era do Jaime Silva e de estar contra os agricultores. Tem demonstrado, aliás, que repudia essa postura. O próprio ministro António Serrano alterou totalmente a política do seu antecessor», lembra.
Em todo o caso, João Machado diz que espera para ver. «Conheço bem aquilo que CDS e PSD pensam sobre o setor agrícola, porque é o trabalho que temos tido nos últimos quatro anos. Tenho de ver propostas do Partido Socialista, e vê-las com o Dr. António Costa, para ver se as propostas vão nesse sentido».
Nesta entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, João Machado diz também que os agricultores portugueses estão satisfeitos com a nova Política Agrícola Comum (PAC), porque, ao contrário do que acontecia até aqui, a PAC dá agora incentivos para que se produza mais.
O fim das quotas leiteiras, no entanto, é razão de preocupação para pequenos produtores. Ainda assim, João Machado não acredita que a solução passe por criar preços garantidos. O presidente da CAP prefere que se aposte em maior eficiência.
Vítor Rodrigues Oliveira

Bruxelas cofinancia promoção de vinho verde português com 1 milhão de euros


21/4/2015, 12:42
A Comissão Europeia vai cofinanciar com quase um milhão de euros um programa de promoção de vinho verde português no mercado europeu.


A Comissão Europeia vai cofinanciar com quase um milhão de euros um programa de promoção de vinho verde português no mercado europeu proposto pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), anunciou o executivo comunitário.

O programa de promoção da CVRVV, com uma duração de três anos e um orçamento total de 1,9 milhões de euros (metade do qual financiado por Bruxelas), e que tem como países-alvo a Alemanha, o Reino Unido e a Suécia, além de Portugal, é o único português entre os 41 novos programas hoje aprovados pela Comissão Europeia, destinados a promover produtos agrícolas dentro e fora da UE.

No total, Bruxelas aprovou 65 milhões de euros em cofinanciamento (metade do montante total dos 41 programas aprovados), sendo que, deste montante, 30 milhões de euros são de fundos comunitários suplementares disponibilizados pela Comissão na sequência do embargo decretado em agosto de 2014 pela Rússia a importações de produtos alimentares provenientes da União.

Alguma broa tradicional contém milho transgénico sem rotulagem adequada


por DN.pt22 abril 2015Comentar

Alguma broa tradicional contém milho transgénico sem rotulagem adequada
Fotografia © Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens
A responsável pelo programa que identificou a falha, Fátima Quedas, sublinha que não há violação do ponto de vista da segurança ambiental, mas que o consumidor deve ser informado.
O Ministério da Agricultura está a investigar os casos de broa de milho que está a ser comercializada sem rotulagem que indique que foi feita com milho transgénico. A situação foi revelada pelo projeto europeu Price, que procurou avaliar se as medidas de rotulagem e separação dos organismos geneticamente modificados (OGM) estavam a ser postas em prática. Foi o primeiro caso a ser detetado em Portugal de alimentos que não estavam identificados, conta esta quarta-feira o jornal Público.
De acordo com as regulamentações europeias, qualquer alimento cuja composição tenha mais do que 0,9% de alimentos transgénicos deve ser identificado, seja no rótulo, seja no ponto de venda. Mas amostras recolhidas nos distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo mostram que existe broa de milho vendida nessas zonas que contém percentagens muito mais elevadas de milho transgénico sem que o consumidor seja informado.
"Do ponto de vista da segurança alimentar, não há violação nenhuma", sublinhou ao Público a coordenadora da parte portuguesa do projeto Price, Fátima Quedas. Os organismos geneticamente modificados que foram detetados nestas broas sem rotulagem não são ilegais, tendo sido escrutinados pela Agência Europeia de Segurança Ambiental.
Os resultados das análises do Price chegaram em janeiro ao Ministério da Agricultura e do Mar, que acionou um plano, juntamente com a ASAE e as direções regionais, para analisar a cadeia do milho nos distritos onde estas infrações foram detetadas. O mais provável é que o milho geneticamente modificado encontrado nessas broas seja importado.
No entanto, esta foi a única falha detetada até agora em Portugal no que toca às medidas de controlo e identificação dos organismos geneticamente modificados, sublinha ainda o Público. O projeto Price concluiu que a coexistência entre transgénicos e não-transgénicos é possível, permitindo às pessoas escolher, de forma informada, que alimentos querem consumir.

Liberdade, vinho e música clássica. Os mimos para as vacas japonesas


por Luis Godinho, ÉvoraHoje4 comentários

Liberdade, vinho e música clássica. Os mimos para as vacas japonesas
Fotografia © NUNO VEIGA/LUSA

Perto de Évora há uma herdade que cria animais cuja carne é considerada uma das melhores do mundo. Entre Portugal e Espanha, as wagyus são tratadas como estrelas.
"Já lá vem o rebuçadinho." As pastagens permanecem altas na Herdade da Pereira, próximo de Évora, mas Manuel Silveira e Nuno Rosado entendem que continua a ser necessário fornecer algum suplemento para a alimentação do gado. O rebuçadinho em causa é cevada, cultivada em hidroponia (técnica que permite efetuar cultivo sem a existência de solo) e servida em tiras verdejantes, como se fossem tapetes.
Um alimento diferente para 24 vacas representantes de uma raça única: a japonesa waryu, considerada património nacional daquele país e cuja carne pode chegar aos 120 euros o quilo. Para tal fama contribui não só a forma como são tratadas em Évora como também os cuidados que recebem em Burgos (Espanha), para onde vão após os oito meses. Aí ouvem música clássica, recebem massagens e na alimentação os responsáveis da Altube Garmendia juntam vinho e cerveja. Um dos segredos para a qualidade do produto, explicaram ao DN os produtores de Évora. Aqui, na Herdade da Pereira, a aproximação do trator com a cevada provoca a reação imediata na vacada que corre na sua direção. Os animais não estão esfaimados. Mas a cevada é-lhes irresistível.

Setúbal recebe Festival Ibérico do Vinho



 25 Abril 2015, sábado  Viticultura
vinhos Setúbal

A II Edição do Festival Ibérico do Vinho realiza-se entre 30 de abril e 3 de maio na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.
Um evento que conta com uma feira de exposição e venda onde participam 34 expositores, sendo que a maioria dos produtores de vinho é oriunda da Península de Setúbal, Reguengos de Monsaraz e das cidades espanholas de Cáceres e Almendralejo.
Em mostra haverá também licores, ostras, queijos, enchidos e doçaria.
Ao longo dos quatro dias realizam-se provas de vinhos, sessões de cozinha ao vivo e workshops dedicados à temática do certame.
Reguengos de Monsaraz, Cidade Europeia do Vinho 2015, estará em destaque no certame.
A internacionalização dos produtos vinícolas é um dos principais objetivos traçados pelos organizadores, assim como a expansão comercial dos produtores vinícolas de Portugal e Espanha.
A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal em parceria com a Associação da Baía de Setúbal, conta com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal. 

Horizonte 2020: €3,8 mil milhões para investigação na agricultura

 25 Abril 2015, sábado  Investigacao & DesenvolvimentoAgricultura

O comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação afirmou esta semana que a agricultura tem 3,8 mil milhões de euros de fundos comunitários disponíveis para investigação e inovação, um montante que pode ser superior porque o programa é «transversal».
O quadro financeiro plurianual de investigação e inovação, conhecido como Horizonte 2020, conta com orçamento global de cerca de 80 mil milhões de euros para o período 2014-2020, que vai ser gerido pelo antigo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.
Carlos Moedas salientou que, por ser «transversal», além de poderem recorrer aos 3,8 mil milhões de fundos destinados a projetos científicos direcionados para o setor agrícola, os agricultores podem obter financiamento de outras áreas, existindo, por exemplo, dinheiro para aplicar no setor da água ou na indústria alimentar.
«Além destes 3,8 mil milhões, há muitos projetos que convocam estas matérias e que vão desembocar numa melhor condição de vida para as populações e isto é uma fatia muito considerável do programa», declarou, à saída do 7.º Congresso da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que decorreu a 22 e 23 de abril no Centro de Congressos do Estoril.

Azeite: produção nacional atinge 61 mil toneladas na campanha de 2014/2015



 24 Abril 2015, sexta-feira  AgroflorestalAgricultura
azeite
Já são conhecidos os resultados dos inquéritos aos lagares de azeite e aos industriais de azeitona de mesa relativos à campanha 2014/2015.
Os dados, divulgados no Sistema de Informação sobre o Azeite e a Azeitona de Mesa (SIAZ), resultam do inquérito efetuado a 168 lagares.
«Extrapolando os resultados do inquérito para a totalidade dos lagares que laboraram na campanha 2014-2015, estimamos que a produção nacional de azeite tenha atingido as 61,2 mil toneladas nesta campanha», lê-se no documento divulgado pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), do Ministério da Agricultura.
Um valor que, de acordo com o inquérito, traduz «uma quebra de cerca de 32% em relação à produção da campanha anterior, que foi a mais elevada dos últimos 50 anos e excedeu as 90 mil toneladas».
Relativamente à produção média das últimas cinco campanhas (70,5 mil toneladas), «a quebra de produção será apenas de 13%».
A quebra de 32% na produção resultou de «um ano de contrassafra e de condições meteorológicas e fitossanitárias desfavoráveis para a produção de azeitona, principalmente nos olivais tradicionais de sequeiro, que representarão cerca de 80% da área total nacional de olival para azeite», lê-se no documento.
Já «a quantidade de azeitona que deu entrada nos lagares diminuiu significativamente, as fundas foram inferiores e a percentagem de azeite virgem extra obtido também foi menor».
Registaram-se igualmente quebras de produção em todas as regiões, sendo as mais acentuadas nas regiões do Algarve, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
A região Norte, a segunda região produtora com cerca de 19% do total nacional, foi a que registou menor quebra.
O Alentejo, que representa cerca de 65% da produção nacional, registou uma quebra intermédia.
Em Espanha, o maior produtor mundial de azeite, a quebra de produção em relação à campanha anterior, está estimada em 56%. 

Já abriram as candidaturas para pequenos investimentos de transformação e comercialização agrícola



 24 Abril 2015, sexta-feira  Política Agrícola
Abriu a 23 de abril o período de candidatura das acções "Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola" e "Pequenos Investimentos na Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas", no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020).
O período de candidatura decorre entre 23 de abril e 31 de maio de 2015.
Recorde-se que cada candidatura pode incluir mais do que uma atividade agrícola, como por exemplo, fruticultura, cereais e oleaginosas, horticultura e floricultura, olivicultura, viticultura, pecuária e outras atividades. 
A portaria que estabelece esta ação é a n.º 107/2015 de 13 de abril. 
Para mais informações, consulte o site do PDR 2020. 

Arroz: defender a fileira através da «diferenciação do produto»



 24 Abril 2015, sexta-feira  Ana Clara Cerealicultura
Nos últimos três anos (2012, 2013 e 2014), a produção de arroz em casca em Portugal tem decrescido, devido a anos agrícolas menos favoráveis à cultura. Por esta razão, Pedro Monteiro, diretor geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA) estima, em entrevista ao Agronegócios, que em 2015, haja um regresso aos valores médios dos últimos anos (cerca de 180.000t/30.000 ha), com um ligeiro incremento na produção de variedades índicas (agulhas). O responsável considera ainda que só através de «uma diferenciação pela positiva» do produto é possível «defender a fileira nacional das grandes pressões que vem sofrendo ao longo dos anos».
arroz
Pedro Monteiro espera que em 2015, haja um regresso aos valores médios dos últimos anos (cerca de 180.000t/30.000 ha), com um ligeiro incremento na produção de variedades índicas (agulhas), como tem vindo a acontecer desde 2012, fruto de uma reorientação da produção para o mercado de consumo, liderada pela Casa do Arroz, e «uma vez que as variedades japónicas (carolinos) têm vindo a perder quota de mercado em favor do arroz agulha, basmati, vaporizado, etc.».
Nos últimos três anos, diz Pedro Monteiro, a produção de arroz em casca em Portugal «tem decrescido devido a anos agrícolas menos favoráveis à cultura»: (2012 – 187.000 t/31.200 ha, 2013 – 180.200t/30.200 ha e 2014 – 162,100 t/ 28.400 ha).
Tudo isto «apesar de uma gestão eficiente da cultura por parte dos agricultores e do reconhecimento e incentivo» por parte da Casa do Arroz - organização interprofissional da fileira do arroz (da qual a ANIA faz parte), relativamente às melhores variedades a utilizar em cada campanha, refere.
A pior campanha foi a última (2014), afetada «por tempo mais frio e chuvoso, tendo causado quebras principalmente nas regiões mais a norte do país (Mondego), devido ao desenvolvimento de fungos na cultura provocados pelo excesso de humidade».
Pedro Monteiro adianta que o arroz é vendido «tendo em conta os preços do arroz nos mercados internacionais e europeus, uma vez que Portugal, tal como a União Europeia (UE), têm que importar 40% do seu consumo, neste caso de arroz agulha».
Preços

«O preço do arroz carolino nacional é maioritariamente influenciado pelos preços europeus e principalmente pelos preços de Espanha, dada a proximidade geográfica do segundo maior produtor da UE. De salientar que a indústria nacional absorve toda a produção de arroz nacional, que depois armazena para vender durante o ano inteiro o que, como se sabe, traz grandes custos de armazenamento mas também outros custos financeiros associados», esclarece.
E recorda que «o que tem acontecido desde a crise do "subprime" (crise do crédito bancário dos EUA) de 2008, muitos custos de produção, como os combustíveis, a eletricidade, os pesticidas e herbicidas, e adubos, têm crescido muito acima da média da inflação na UE, representado a maior fatia de custos da produção e influenciado negativamente a produtividade das explorações agrícolas nacionais».
Por estas razões, adianta o diretor geral da ANIA, o preço de venda da matéria-prima à indústria «estará sempre condicionado pelos preços internacionais e europeus (principalmente devido às cotações dos índices de Espanha) e pela pressão constante por parte da distribuição para vender sempre um produto mais barato e melhor».
arroz
Promoção é essencial

«A saída para este "espartilho" em que a fileira se vê envolvida passará por uma campanha de promoção do "Arroz Carolino de Portugal", já planeada pela Casa do Arroz, com o intuito de defender a nossa gastronomia nacional, associada ao consumo do arroz carolino e voltar a colocá-lo como líder do consumo, posição que perdeu para o arroz agulha em 2004. Só através de uma diferenciação pela positiva do nosso produto poderemos defender a fileira nacional das grandes pressões que vem sofrendo ao longo dos anos», defende Pedro Monteiro.
Perante todo este panorama, o responsável afirma que «os últimos governos têm tomado um maior conhecimento sobre a cultura do arroz, o que resultou num quadro regulatório favorável à cultura, desde a criação da Organização Comum do Mercado do Arroz (OCM), da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e agora finalmente com a última revisão da reforma com o PDR 2020».
«A cultura do arroz foi sempre acarinhada pelas autoridades nacionais e europeias devido principalmente à sua grande especificidade em termos ambientais e culturais», vinca.
Contudo, há problemas e entraves que se colocam à fileira, «maioritariamente decorrentes das condições económicas que envolvem a cultura, sendo o fator preço o grande fiel da balança, quer para a agricultura, quer para a indústria, que tem que comprar a matéria-prima a preços passíveis de serem repercutidos à posteriori na venda à distribuição, quando esta última opera num clima de grande concorrência pelo fator primordial que é o preço e quando os dois principais operadores têm mais de 50% de quota de mercado».
«A indústria opera num mercado muito concorrencial onde cerca de dez empresas disputam o mercado da oferta e o da procura, funcionando como um amortecedor entre a produção e a distribuição e arcando por isso com a pressão efetuada por esta última ao nível dos preços e condições de pagamento», acrescenta Pedro Monteiro.
Recorde-se que as três principais zonas de produção nacional são as bacias dos principais rios, a Norte a zona do Baixo Mondego, no Centro a zona do Tejo e Sorraia e a Sul a zona do Sado.
«Todas estas regiões são bastante produtivas quando comparadas internacionalmente, no entanto, a Norte, as variedades mais adaptadas são as da família dos japónicas ou carolinos, no centro e sul já temos uma maior prevalência das variedades índicas ou agulhas que necessitam de climas mais quentes e atingem também maiores produtividades (cerca de 8 tn/ ha) quando comparadas com as variedades dos carolinos (cerca de 6 tn/ha)», complementa Pedro Monteiro.
O diretor geral da ANIA realça ainda que o aumento da produção não será tanto pelo aumento das áreas produtivas, «pois há sempre o problema da salinização dos terrenos e da quantidade de água necessária à cultura, mas antes, pela melhor gestão da cultura e pela criação e seleção de variedades mais adaptadas às nossas condições edafoclimáticas, e claro pelo clima de cada ano».
Parceria estratégica

«Para conseguirmos atingir este objetivo, a Casa do Arroz e o COTArroz (Centro Operativo e Tecnológico do Arroz) têm trabalhado numa parceria estratégica que visa precisamente criar as variedades nacionais mais adaptadas ao nosso clima e preferidas pelo consumidor», diz.
Recorde-se que a ANIA foi fundada em 1975 quando sucedeu ao Grémio Nacional dos Industriais de Arroz e, desde então, trabalha ao serviço do setor dos industriais de arroz.
Leia também a radiografia feita recentemente ao Agronegócios pela APOR.
Fotos: ANIA

Albergaria-a-Velha recebe ExpoFlorestal

20-04-2015

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A ExpoFlorestal vai realizar-se em Albergaria-a-Velha entre os dias 8 e 10 de maio. Envolver a sociedade civil nas problemáticas florestais é o objetivo da feira.

A organização da 9ª edição do evento é tripartida entre a Associação florestal do Baixo Vouga, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e a Associação Nacional de Empresas Florestais Agrícolas e do Ambiente (ANEFA). 

A ExpoFlorestal realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de maio e perspetiva a presença de cerca de 30 mil visitantes e mais de 200 expositores, entre institucionais, comerciais, setor florestal e do ambiente, escolas, corporações de bombeiros, organizações de desenvolvimento, artesanato, atividades de desporto e lazer, gastronomia, entre outros.

O programa terá ainda conferências, seminários, demonstrações e exposições temáticas, de modo a promover um espaço de encontro entre os agentes do setor a nível ibérico.

Jovens agricultores têm de devolver 5,8 milhões de fundos comunitários



Por Ana Rute Silva

25/04/2015 - 09:52

Maioria desistiu dos projectos que candidatou. Montante pesa apenas 1,2% do total da despesa pública paga no âmbito da acção "instalação de jovens agricultores"
Montante máximo dos subsídios a jovens agricultores é de 40 mil euros Daniel Rocha


Os jovens agricultores que conseguiram apoios comunitários para iniciarem actividade mas que desistiram ou não cumpriram as regras vão ter de devolver ao Estado um total de 5,8 milhões de euros. De acordo com o Ministério da Agricultura este é o valor das irregularidades detectadas, até 9 de Abril, na Acção "Instalação de Jovens Agricultores" do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), o instrumento financeiro da Comissão Europeia para o período de 2007-2013. Até agora, já foram recuperados 1,8 milhões de euros, ou seja, 31% do total.

Fonte do gabinete da ministra Assunção Cristas sublinha que "a maior parte do montante considerado irregular se refere a beneficiários que, pelos mais variados motivos, desistiram da candidatura associada a esta medida". "Com efeito, do montante total de irregularidades apurado à data, cerca de 67% (3,9 milhões de euros) resulta de desistências", detalha. Os 5,8 milhões detectados correspondem a apenas 1,2% do total da despesa pública paga acumulada no âmbito desta medida, por isso, têm pouco peso no bolo de incentivos distribuídos aos jovens agricultores.

Como detalha o ministério, o apoio à instalação inicial destes produtores é a fundo perdido, ou seja, trata-se de um prémio atribuído aos empreendedores para apoiar os primeiros passos no negócio. As verbas já recuperadas "resultam do processo de controlo regular a que a medida está sujeita, que caso não seja efectuado leva a correcções financeiras por parte da União Europeia", detalha.

Eduardo Almendra, presidente da Associação Portuguesa de Jovens Agricultores (AJAP), diz que à associação chegam poucos números sobre este tema. Contudo, recorda que a AJAP tem vindo a alertar que a exagerada "euforia" à volta do sector "pode trazer este tipo de consequências, desde logo, porque para ser jovem agricultor não é necessário ter qualquer tipo de formação base ou inicial". "A nossa grande questão do acompanhamento técnico em todas as fases do processo de instalação é crucial", defende, acrescentando que nunca existiu uma ferramenta do género e "também não esta prevista para o PDR 2020", o novo programa comunitário.

O presidente da AJAP antecipa que o número de desistências vai aumentar: as dívidas, os encargos iniciais de produção e as "vendas quase sempre a baixo preço conduzirão necessariamente a mais desespero e desistências", alerta. Eduardo Almendra defende, por isso, mais acompanhamento, nomeadamente através da figura de um tutor com experiência e a definição de "apoios diferenciados em função de critério regionais e reais".

"O ruído do sucesso, os montantes de apoio e o desespero do desemprego nas diferentes áreas trouxe para a agricultura mais saber, mais inovação, mais conhecimentos. Mas também trouxe alguns paraquedistas impreparados, numa ânsia desmesurada de obter ganhos fáceis sem sujarem as mãos na terra e nem limparem esterco de animais", afirma.

Tribunal de Contas analisa subsídios
Cerca de um terço dos beneficiários com projectos de investimento apoiados pelo Proder são jovens agricultores, mas Portugal tem os produtores mais velhos da União Europeia. Do universo total de agricultores recenseados no país, os jovens representam apenas 2%.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), publicada no início do ano mas com enfoque em 2013, recorda que este foi o ano que registou o maior valor de despesa pública na acção "Instalação de Jovens Agricultores" (127,9 milhões de euros). Esta medida sofreu alterações profundas em Maio de 2011 e o prémio passou a ser atribuído em função do investimento realizado de acordo com um plano empresarial.

Numa análise a 149 pagamentos feitos pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), o TC concluiu que "a despesa apurada para pagamento corresponde à aprovada e paga, respeitando os procedimentos definidos". A maior parte das operações são sujeitas a controlos administrativos e de qualidade mas, na sua auditoria, o tribunal liderado por Guilherme d'Oliveira Martins detectou um erro de cálculo na análise de um pedido de apoio da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo. Esse erro levou à redução "do prémio pago a um beneficiário", lesado em 1234 euros.

O Proder - que já terminou a sua vigência e foi substituído pelo PDR2020 - registou no total mais de 37.500 projectos. De acordo com informações anteriores do Ministério da Agricultura, alavancou um investimento superior a 7,6 mil milhões, com um potencial de postos de trabalho associados "a rondar os 38.500". Os apoios a jovens agricultores somaram 650 milhões de euros, valor que inclui o prémio inicial e financiamento de investimento.

CAP Apresenta Visão Para a Agricultura Portuguesa


SEXTA, 24 ABRIL 2015 14:15

A CAP apresentou aos participantes no 7º Congresso CAP – Agricultura, Europa e Mercados Internacionais, que se realizou nos dias 22 e 23 de abril, no Centro de Congressos do Estoril, o documento "Visão 2020 – Agricultura Portuguesa", no sentido de promover um cenário de referência para o setor agrícola e florestal nacional e lançar uma nova visão para o crescimento da agricultura portuguesa.

O documento valoriza o potencial da diversidade agrícola em relação à marca Portugal, promovendo a excelência das marcas e dos produtos agrícolas nacionais, e apostando na diversidade e na singularidade da agricultura portuguesa para a conquista de novos mercados.
 
Para o Presidente da CAP, "pela sua representatividade e importância, a agricultura assume um papel estratégico para Portugal e para a economia portuguesa". De acordo com João Machado, "o crescimento anual do Produto Agrícola Bruto, o aumento da produção em valor, a evolução positiva das exportações, a par da diminuição do défice da balança comercial agrícola, e a criação de emprego líquido em Portugal são alguns dos factos que evidenciam o potencial e a importância do setor agro-florestal para o país", justificando-se a assim a definição de uma visão para a agricultura portuguesa por parte da CAP, tendo 2020 como horizonte.
 
O documento foi disponibilizado no final do congresso e pretende definir o futuro da agricultura portuguesa, tendo 2020 como horizonte, num ano em que a CAP assinala o seu 40º aniversário e numa altura em que o setor agrícola se revaloriza no contexto da economia nacional.


VISÃO 2020 PARA A AGRICULTURA PORTUGUESA


CAP Promove Seminário Sobre Capacitação das PME


SEXTA, 24 ABRIL 2015 14:18

Realiza-se no dia 29 de abril, no auditório da sede da CAP, em Lisboa, o Seminário de apresentação do estudo"novas competências para a capacitação das PME".

Este estudo, financiado pelo Programa Operacional Assistência Técnica, foi desenvolvido em parceria com a empresa Quaternaire, e envolveu a participação de várias associações, empresas agrícolas e peritos do setor. Após a apresentação decorre uma intervenção de Maria José Caçador, do PO Competitividade e Internacionalização, apresentando o novo enquadramento da formação-ação.

Programa

CAP defende produção agrícola de "qualidade, diversificada e única"



Por Lusa

23/04/2015 - 17:34

Congresso da confederação aponta caminho para os mercados mais exigentes e com procura de maior valor.


A produção agrícola portuguesa deve assentar na oferta "de qualidade, diversificada e única" de produtos com valor acrescido nos mercados de consumo, sustenta a Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) num documento prospectivo para 2020.

A "Visão 2020 da Agricultura Portuguesa", apresentada esta quinta-feira, no último dia do congresso da CAP, pretende "afirmar a excelência e singularidade da agricultura portuguesa nos mercados de consumo", aumentando a competitividade dos produtos agrícolas "nos mercados de consumo mais exigentes e nos segmentos de procura de maior valor".

O documento centra-se em sectores de produção que se destacam "quer pelo seu carácter único, quer pelo valor incorporado nos processos de produção, quer pela valorização e procura dos mercados internacionais". É o caso das frutas e hortícolas frescos, que viram as suas exportações aumentar de 400 milhões de euros em 2005, para 900 milhões de euros em 2013, ou do tomate de indústria, 95% do qual é exportado.

Já as exportações de vinho atingiram um recorde de 729 milhões de euros em 2014, chegando a 146 destinos, dos quais dez novos mercados. No que diz respeito ao azeite, Portugal encontra-se entre os cinco maiores exportadores, conseguindo a autossuficiência em 2013 e vendendo ao estrangeiro 380 milhões de euros em 2014.

Ainda "insuficiente" em termos de auto aprovisionamento, a produção de milho tem também "uma janela de oportunidade" proporcionada pela barragem de Alqueva. Também mais explorado deve ser o potencial do arroz, já que Portugal é o principal consumidor europeu deste alimento e possui uma variedade exclusiva (Carolino).

Na pecuária, o documento da CAP destaca o crescimento das exportações do sector avícola entre 2002 e 2013 (553% a nível dos pintos e 249% de ovos) e a rentabilidade do sector do leite, que factura cerca de 1300 milhões de euros por ano.
Valoriza também o "enorme capital" dos cerca de 140 produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP) "cujas características qualitativas decorrem do saber fazer dos produtores".

O documento refere ainda a posição "destacadíssima" de Portugal na produção de cortiça, que representa mais de metade do total mundial, e a posição "fortemente competitiva" da indústria de pasta e papel que representa 4% do PIB nacional.
O objectivo da CAP para 2020 é conquistar maiores quotas de mercado e aumentar a atractividade do sector, enquanto actividade "com potencial de rentabilidade e capaz de atrair e captar investimento nacional e investimento directo estrangeiro".

O documento foca igualmente a necessidade de valorizar "a dimensão local da produção agrícola e da sua especificidade", mantendo a "base demográfica do território rural" através da diversificação das actividades económicas.

Agricultor morreu num acidente com um tractor em Carrazedo de Montenegro


Por Lusa

20/04/2015 - 11:38

Um homem de 62 anos morreu nesta segunda-feira num acidente de tractor em Canaveses, Carrazedo de Montenegro, distrito de Vila Real, disseram à Lusa fontes da GNR e do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

Segundo o tenente-coronel Morgado, da GNR de Vila Real, o homem terá ficado debaixo do tractor quando trabalhava numa sua propriedade agrícola.

Fonte do CDOS disse à Lusa que o acidente ocorreu cerca das 08h00 e que estiveram no local os Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Montenegro.

França tem uma suspeita de um caso de Xylella fastidiosa

Abril 23
12:16
2015

Depois de ter sido detectada a bactéria Xylella fastidiosa numa planta de café, proveniente da América Central, no mercado de Rungis, surge agora a suspeita da doença em plantas envasadas de oliveira.

Esta terrível bactéria está a dizimar os olivais do sul de Itália e a França, como medida de protecção, tinha proibido a importação de todo o material vegetativo de oliveiras proveniente de Itália, o que levou a uma forte reacção daquele país.

Neste momento, a denúncia foi feita por um olivicultor que tinha importado plantas envasadas provenientes de Itália. O produtor verificou um desenvolvimento muito lento e anormal das plantas e as autoridades, ao serem chamadas ao local, recolheram material para análise, tendo obrigado a cobrir as plantas com uma rede, para evitar que os insectos possam ter algum contacto, enquanto não chegam os resultados laboratoriais.

A situação é tensa e de grande preocupação junto dos olivicultores franceses, uma vez que a situação em Itália continua a piorar, com mais de 10% das árvores infectadas na região de Pouilles.


sábado, 25 de abril de 2015

CAP vai discutir dinâmica da ocupação florestal no território nacional


por Ana Rita Costa
21 de Abril - 2015
 
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) vai promover no próximo dia 11 de junho, em Santarém, o seminário 'Dinâmica da ocupação florestal do território – Economia e regulação'.

Este seminário enquadra-se no conjunto de eventos que decorre no âmbito da 52.ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo e inclui a discussão de temas como "A ocupação florestal do solo em Portugal Continental", "Programas de Incentivo à (Re)Florestação" e "O quadro regulamentar da ocupação florestal do solo".

O seminário é organizado em colaboração com o ICNF- Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., FNAPF - Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais, Forestis - Associação Florestal de Portugal, Fórum Florestal, Estrutura Federativa da Floresta Portuguesa e a UNAC- União da Floresta Mediterrânica.

A participação na conferência é gratuita, mas sujeita a inscrição através do email ovalordafloresta@cap.pt até ao próximo dia 9 de junho.

Anceve organiza seminário para debater apoios à internacionalização das empresas de vinhos


por Ana Rita Costa
21 de Abril - 2015
 
A Anceve – Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas vai promover no próximo dia 30 de abril, no Porto, um seminário cujo objetivo é debater os apoios à exportação e internacionalização das empresas de vinhos.

Em debate estarão questões como "Desafios da Internacionalização e Conquista de novos mercados", "Casos de sucesso na Internacionalização" e "Apoios à Internacionalização no âmbito do Portugal 2020"

O seminário contará com a participação de profissionais como Paulo Amorim, Presidente da Anceve, Henrique Macedo e Juliana Saraiva, da Indice ICT & Management.

Para mais informações contacte o email geral@anceve.pt.

Opinião: OGM: Para onde vamos?


por Jaime Piçarra, Secretário-Geral da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais
22 de Abril - 2015
 
O que era "oficioso" na semana passada, designadamente quando demos conta aos nossos Associados do ponto de situação – e das preocupações – quanto ao dossier dos OGM, é agora oficial.

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é a favor da proposta de nacionalização das autorizações das importações, dando maior poder aos Estados-Membros nesta matéria. Depois do cultivo, segue-se, eventualmente, para as importações de eventos transgénicos, a mesma metodologia, ou seja, os Estados-membros poderão decidir autorizar ou não a importação de milho ou soja transgénico no respetivo território, caso venha a ser aprovada esta opção.

O documento está a ser ultimado pelos serviços de Bruxelas, depois de terem sido consideradas outras opções como o fim da maioria qualificada, sendo as aprovações por maioria simples.

Apesar de todas as reuniões e ações de sensibilização que muitas organizações, entre as quais a IACA (em nome da Plataforma Pecuária e Agroalimentar) e o COPA/COGECA fizeram junto de vários Comissários e Direções Gerais e das pressões efetuadas ao mais alto nível pelos EUA, Brasil, Argentina e Canadá, parece ter vingado a tese do Presidente Juncker, que sempre defendeu, desde a sua posse, que os países devem ser mais ouvidos, tendo em conta a expressão das suas "opiniões públicas", para além (ou sobrepondo-se) à avaliação científica da parte da EFSA.

Uma eventual decisão neste sentido – feita a proposta há que esperar pela discussão ao nível dos Estados-membros e Parlamento Europeu – pode levantar inúmeros problemas em termos de trocas comerciais entre países da União Europeia, pondo em causa e criando graves problemas a nível do Mercado Interno, impactos negativos na produção do setor pecuário, na competitividade do setor agrícola e na OMC, da parte dos países exportadores. O TTIP pode estar em risco, no quadro das negociações entre os EUA e a União Europeia.

Os eventuais países "bloqueadores" (França, Alemanha, Polónia, Grécia…?) terão de justificar seguramente as razões porque poderão proibir as importações. E os agentes económicos, ficam em situações de desvantagem competitiva, muitos deles como os de Leste, com uma pecuária muito fortíssima como é sabido.

Como será, por exemplo, o comércio de alimentos compostos de um país que autoriza a utilização de OGM para outro que proíbe a importação? Que custos terão as formulações sem soja transgénica, quando é tão difícil encontrar matéria-prima não OGM no mercado mundial, ou quando as alternativas de proteína vegetal são insuficientes, apresentam menor rendimento e custos superiores? Tanto mais que se sabe que o deficit europeu em proteína é elevado e esta é uma questão estratégica para a Europa. Para além de outras questões legais que temos de analisar quando a proposta for conhecida.

Estas são, para já, questões elementares, sem demagogia.

Espera-se que os serviços de Bruxelas tenham tido em conta todos estes impactos, de natureza socioeconómica, para além das questões sociais e ambientais e que tenham sido coerentes na sua análise e conclusões. Sobretudo que os Comissários e DG (Comércio, AGRI, SANTE) a saibam defender e que não nos venham dizer depois que "não era esta a opção que defendiam" ou refugiando-se nas competências para não responderem às nossas questões.

Nas recentes reuniões em Bruxelas deixámos tudo isto bem claro, as consequências para a Fileira, os acordos comerciais, o papel da EFSA, o conhecimento e inovação, a liberdade de escolha mas também a avaliação científica e assumir as aprovações, informando e formando a opinião pública, sem demagogias. Aparentemente, parece que se vai optar pelo caminho mais fácil….Veremos…. Estaremos aqui para defender os interesses da nossa Indústria e da Pecuária porque não será fácil legislar contra uma parte importante do tecido empresarial europeu que também está legitimamente representado, sobretudo numa grande coligação Feed & Food.

Afinal, onde está a Sociedade Civil? Mede-se pelas sondagens, petições? A biotecnologia é motivo de debate e de programa político dos governos? Se sim, proíbam-se também as importações de produtos animais dos países em que os efetivos são alimentados com essas matérias-primas. 

O Colégio de Comissários vai debater este dossier – cada vez mais complexo - e a proposta, na reunião agendada para o próximo dia15 de abril.

A "moeda" de troca pode ser a aprovação dos 17 eventos geneticamente modificados, sublinhe-se, com parecer científico favorável da EFSA, que esperam autorização, na sua maioria, desde junho de 2014. Isto, sem considerar que a Comissão Europeia não autorizou nenhum produto nos últimos 18 meses.

Na prática temos uma moratória e veremos, no curto prazo, se as teses do Presidente Juncker, numa linha de democratização dos temas europeus "fraturantes" conseguem ter suporte legal e, o mais relevante, se são suficientemente coerentes para serem aplicadas a outros dossiers da União Europeia.

Em nossa opinião, a Comissão, a confirmar-se esta posição, corre o risco de abrir uma autêntica Caixa de Pandora…. Mas que a Europa e os decisores europeus estejam à altura de assumir as consequências.

Com verdade, sem demagogias e com a consciência do dever cumprido, perante uma opinião pública que se quer informada.

Não nos obriguem depois a "apanhar" os cacos de decisões erradas e apenas com efeitos mediáticos e assumam de uma vez por todas uma posição clara sobre a Biotecnologia agrícola.     

Rússia: Novo ministro da Agricultura tem como principal objectivo aumentar produção agrícola

23-04-2015 

 
O presidente russo, Alexander Putin, nomeou como novo ministro da Agricultura, Alexander Tkachev, até à data governador da região de Krasnodar durante 15 anos, a qual é uma das regiões mais importantes de produção de trigo da Rússia.

O novo ministro tem como principal objectivo aumentar a produção agrícola russa até alcançar a auto-suficiência e, por isso, não ter que depender das importações. Desde que a Rússia, em Agosto passado, impôs um embargo a um grande número de produtos agrícolas procedentes de países da União Europeia, Canadá e Estados Unidos da América, viu o seu mercado sem desabastecido, o que levou a um aumento dos preços internos.

Fonte: Agrodigital

Preços do trigo em baixa

21-04-2015 
 

 
Nos mercados internacionais há pressão para uma baixa nos preços do trigo. As chuvas que atingiram os Estados Unidos nos últimos dias foram benéficas e espera-se que permitam que o trigo recupere.

O que também favoreceu a redução do preço do trigo na Bolsa de Chicago, foi o ritmo baixo das exportações na passada semana, de apenas 47.900 toneladas exportadas. As exportações dos Estados Unidos sofreram a pressão adicional das saídas da União Europeia, que seguem a um bom ritmo.

Outro factor que favoreceu a baixa das cotações do trigo é a possibilidade do governo russo levantar a sua taxa à exportação no início da próxima campanha de comercialização, a 01 de Julho de 2015, enquanto há uns dias tudo indicava o contrário.

Fonte: Agrodigital

Estudo indica que fungos não são causa da morte de oliveiras em Itália

21-04-2015 

 
A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos descartou que actualmente exista prova cientifica que apoie a ideia de que os fungos, e não a bactéria Xylella fastiodiosa, são a principal causa pela morte de oliveiras, a sul da Itália.

Este estudo foi realizado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) em resposta ao pedido formulado pela Comissão Europeia. O mesmo refere que não há nenhuma evidência publicada de que o tratamento da doença fúngica possa reduzir o estabelecimento, propagação e o impacto da Xylella embora, sem dúvida, uma boa gestão do olival seja benéfico para a saúde da planta.

Osa documentos examinados pela AESA mostram que os fungos tracheomycotic, também podiam estar envolvidos com a síndrome na morte rápida da árvore, mas não ficou demonstrado que estes sejam a principal causa do declínio dos olivais.

A avaliação de riscos da Xylella fastiodiosa realizada pela AESA, em Janeiro passado, reconhece que as oliveiras doentes estavam, em geral, afectadas por uma combinação de pragas, incluindo a Xylella fastiodiosa e várias espécies de fungos que pertencem aos géneros Phaeoacremonium e Phaemoniella e Zeuzera pyrina. Os novos estudos continuam a defender esta última opinião.

Fonte: Agrodigital

Medidas para o sector de beterraba de açúcar da UE fazer frente ao futuro sem quotas

  21-04-2015 

 
As quotas de açúcar na União Europeia vão desaparecer a partir de 01 de Outubro de 2017, o que está a provocar no sector um clima de grandes incertezas em relação ao futuro.

Por esta razão, o sector de beterraba comunitário quer que a Comissão Europeia e, em especial, o recentemente criado Grupo de Especialistas do Açúcar, esclareça estas dúvidas.

A Confederação Europeia de Produtores de beterraba acordaram, na sua Assembleia, celebrada na semana passada, sete medidas que a Comissão deveria colocar em prática, entre as quais, opor-se a qualquer medida temporária para a importação adicional de açúcar em bruto ou libertar quantidades de açúcar fora das quotas nas campanhas de 2014/2015 e 2015/2016, tendo em conta que o mercado comunitário está suficientemente fornecido.

Apresentar rapidamente as modalidades de aplicação sobre a ajuda ao armazenamento privado de açúcar como consequência dos preços baixos de mercado deste produto; manter-se firmes os acordos bilaterais e multilaterais, não permitindo facilitar o acesso ao mercado comunitário de açúcar de países terceiros; assegurar que estes últimos, concorrente da União Europeia (UE) cumpram os compromissos da Organização Mundial do Comércio (OMC). A UE reduziu o apoio ao sector e obriga a cumprir rigorosamente com os limites de exportação da OMC, enquanto, ao mesmo tempo, outros países como a Tailândia, Índia e o Brasil têm vindo a aumentar o apoio ao sector açucareiro.

A quinta medida considera assegurar tratamento igual aos produtores de açúcar e aos de isoglicose; introduzir medidas adequadas para que a partir de 01 de Outubro de 2017 se garanta a transparência de mercado e uma informação apropriada aos produtores de beterraba mediante um sistema detalhado de preços e, por último, implementar uma política de energias renováveis estável com uma adição de sete por cento de bioetanol na gasolina.

 

Fonte: Agrodigital

AGROGARANTE realiza Seminário "Conversas de Agricultura na Ovibeja"

 24-04-2015 

 
A AGROGARANTE organiza o Seminário "Conversas de Agricultura na Ovibeja", no dia 01 de Maio, pelas 15:00 horas, no Auditório Expo Beja.

No seminário, que decorre no âmbito da 32ª Ovibeja 2015, serão abordados temas como: Instrumentos Financeiros ao Sector Primário; apresentação da Bolsa de Terras – Potenciar o Território e ainda decorrerá uma Mesa redonda sobre os Apoios Financeiros ao Sector Primário, o Acesso ao Crédito e Avaliação dos Projectos e das Empresas.

"Conversas de Agricultura na Ovibeja" decorre no dia 01 de Maio, no Auditório Expo Beja, entre as 15:00 e as 17:30 horas.  

Anexo: Programa 

Fonte: AGROGARANTE

EUA vota eliminação de imposto sobre heranças o que pode favorecer explorações agrícolas

20-04-2015 

 
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos da América aprovou a Lei 2015, de eliminação do imposto sobre heranças.
 
O imposto foi eliminado pela administração Bush entre 2001-2008, mas reintroduzido pela administração Obama em 2009, o qual é pago a 40 por cento das heranças mas a partir de cinco milhões de dólares.
 
Com este imposto as explorações agrícolas e pequenos negócios familiares são seriamente prejudicados quando passam de pais para filhos. Organizações agrícolas e sectórias dos Estados Unidos defendem a eliminação do mesmo e acreditam que a mesma venha a favorecer a continuidade dos jovens no sector agrícola.
 
Quando um filho recebe em herança uma exploração agrícolas pode estar a receber um importante valor patrimonial mas em muitas ocasiões não herdar dinheiro, já que todo o capital familiar está investido na exploração. Para fazer frente ao elevado valor do imposto vê.se obrigado a vender a exploração ou a ter que endividar-se com um crédito.
 
Fonte: Agrodigital