quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SINAGA tem propostas de 600 ha terrenos para cultivo beterraba

sexta-feira, 19 de Novembro de 2010 | 14:57

O presidente do conselho de administração da SINAGA, João Trabuco,
assegurou hoje que a açucareira açoriana "não pretende" ser
arrendatária de terrenos agrícolas actualmente ocupados com outras
culturas, considerando "totalmente falsas e infundadas" as críticas
feitas à empresa.
João Trabuco frisou que a SINAGA "decidiu promover contratos de
aquisição de beterraba aos agricultores", acrescentando que se trata
"exclusivamente de contratos de produção com os agricultores e nunca
com proprietários que tenham estabelecidos contratos de arrendamento".

A posição da SINAGA surge na sequência de criticas feitas pelo
presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, que acusou a
açucareira de "concorrência desleal" por oferecer "10 vezes mais" por
alqueire de terra do que é habitualmente pago aos produtores de leite.

Na resposta, João Trabuco afirmou que a SINAGA oferece aos
agricultores "uma garantia de risco de produção que assegura um
rendimento fixo de 3000 euros por hectare, estabelecendo como
contrapartida o cumprimento integral de especificações
técnico-científicas".

A SINAGA, cuja maioria do capital foi recentemente adquirida pelo
governo regional, pretende atingir uma produção anual de 9983
toneladas de açúcar dentro de cinco anos, para o que necessita de
"assegurar uma área de cultivo de beterraba adequada às necessidades".

"A SINAGA considera prioritário incentivar a produção local de
beterraba sacarina e a melhoria dos níveis de produtividade", afirmou
João Trabuco, revelando que a empresa está a analisar cerca de 600
hectares de terrenos disponibilizados até agora para a produção de
beterraba em S. Miguel para avaliar a sua adequação aos requisitos
definidos.

"Só serão estabelecidos contratos com agricultores que explorem
terrenos com as condições mínimas necessárias para uma utilização
mecânica rentável e que possuam as condições técnicas exigidas para a
cultura da beterraba", frisou, admitindo que os primeiros contratos
possam ser assinados em meados de Dezembro.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=30&id_news=147532&page=0

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