sábado, 18 de dezembro de 2010

UE: Portugal defende aumento dos apoios aos agricultores de países menos beneficiados

Portugal foi um dos 10 Estados-membros da União Europeia que ontem
subscreveram em Bruxelas uma declaração a defender um aumento das
verbas comunitárias de apoio ao rendimento dos agricultores dos países
que menos têm beneficiado até agora da Política Agrícola Comum.
O documento constitui uma tomada de posição face a um outro, subscrito
há algumas semanas pela França e Alemanha, que defende a manutenção da
actual chave de repartição entre países dos dinheiros da PAC.
"Penso que esta declaração pode contribuir para o aprofundamento da
discussão sobre o objectivo central que é o reequilíbrio dos fundos
entre os Estados-membros", disse o ministro da Agricultura, António
Serrano, à agência Lusa depois de ter assinado a declaração conjunta.
Portugal, Polónia, Bulgária, Chipre, República Checa, Estónia,
Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia e Suécia pretendem marcar a sua
posição numa altura crucial das negociações que vão levar à reforma da
Política Agrícola Comum (PAC), a partir de 2013.

"A próxima reforma da PAC tem que ser uma reforma real que fará a PAC
simples, justa, orientada para o mercado, sustentável e defensável",
segundo a declaração que a Lusa teve acesso.
Para o ministro da Agricultura, os dois grupos de países têm na maior
parte dos casos objectivos comuns, como a simplificação da PAC,
aumento da regulação do mercado ou manutenção dos dois pilares actuais
(ajudas directas aos agricultores e desenvolvimento rural), para só
citar alguns.
"Mas nós queremos garantir critérios realmente justos na distribuição
dos fundos entre todos", defendeu o ministro da Agricultura.
A declaração hoje assinada defende o estabelecimento de "um critério
objectivo e justo de distribuição de apoio em envelopes nacionais no
âmbito da PAC".
Portugal recebe actualmente 50 por cento das ajudas agrícola como
apoio directo ao rendimento dos seus agricultores e os restantes 50
para o desenvolvimento rural, enquanto que no caso da França a
distribuição é de 80 e 20, respectivamente.
Os ministros da Agricultura e Pescas da UE estiveram reunidos ontem em Bruxelas.
O encontro continua hoje com uma discussão e decisão sobre a
repartição dos TAC (totais admissíveis de captura) e quotas (entre
cada Estado-membro) de pesca pelos 27.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2010/12/14a.htm

Sem comentários:

Enviar um comentário