segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pêra e castanha com saldo positivo na balança comercial

AGRICULTURA
por Lusa
A pêra e a castanha são os frutos que apresentam saldo positivo nas
trocas comerciais com o exterior, mas Portugal continua a comprar mais
fruta do que aquela que produz, revela um estudo do Observatório dos
Mercados Agrícolas.
"A pêra e a castanha são os únicos produtos que apresentam um saldo
francamente positivo nas trocas com o exterior, ao contrário do melão,
maçã, uva de mesa e dos frutos tropicais", revela um estudo do
Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares
(OMAIA).

A pêra rocha, essencialmente, é aquele fruto que maior incremento tem
tido nos mercados externos, sobretudo Reino Unido e Itália e França,
informou Antónia Figueiredo, presidente do OMAIA. No caso dos frutos
secos, a castanha é o fruto de casca rija mais equilibrado na balança
comercial portuguesa, acrescentou. Os produtos importados por Portugal
de maior relevo são a "banana, maçã, ananás e a laranja". Estas quatro
variedades de frutos representam cerca de 60 por cento da totalidade
da aquisição de frutas por Portugal.
"O sector das frutas é um sector deficitário e o desequilíbrio entre a
exportação e importação na balança de pagamentos verifica-se nos
últimos 10 anos", declarou Antónia Figueiredo. O documento conclui que
a balança comercial referente ao sector dos frutos é "altamente
deficitária", apresentando um défice médio de 261,3 milhões de euros
no período entre 2000-2009. Os fornecedores de Portugal mais
importantes são a Espanha, Costa Rica, Brasil, Equador e França.
Os frutos tropicais também contribuem bastante para o desequilíbrio
entre a exportação/importação, porque cada vez mais os "portugueses
são atraídos pelos frutos exóticos", observa Antónia Figueiredo.
Portugal, por seu turno, vende, principalmente, para a União Europeia,
estando no topo da lista Espanha (35%), logo seguida da Itália, Reino
Unido e França, que em conjunto, representam cerca de 50% da
totalidade do valor das vendas.
O estudo aconselha o Estado português a "proporcionar melhores
condições à produção, à transformação, comercialização e distribuição,
através de mercados abastecedores regionais, locais e tradicionais".
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1758751

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