domingo, 16 de janeiro de 2011

Tomate, batata, cenoura e couves lideram exportações "hortículas" (sic)

16 de Janeiro, 2011
Tomate, batata, cenoura e couves são os produtos hortícolas mais
exportados por Portugal, mas o país continua a ser «altamente
deficitário no sector hortofrutícola», alerta o Observatório dos
Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares (OMAIA).
Os produtos maioritariamente exportados por Portugal são o tomate (63
por cento), a batata de conservação (12 por cento), as couves (cinco
por cento) e a cenoura e o nabo (quatro por cento), refere um estudo
do OMAIA sobre a evolução da balança de pagamentos no sector
hortofrutícola na última década.

Reino Unido, Alemanha, França e Espanha são os países que mais compram
os vegetais portugueses.
Apesar das exportações terem aumentado seis vezes nos últimos dez
anos, Portugal ainda é «altamente deficitário ao nível do sector das
hortícolas, tendo uma balança muito desfavorável», disse à Lusa
Antónia Figueiredo, presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas,
uma estrutura criada pela Assembleia da República.
Antónia Figueiredo defende que o caminho para combater o desequilíbrio
entre exportação e importação é o Estado português «aumentar a
produção em áreas agrícolas abandonadas» e «criar produtos com valor
acrescentado», ou seja, vender os produtos hortícolas a um preço
superior para haver mais-valia compensadora que não desequilibre tanto
a balança de pagamentos.
«O Estado tem de considerar que a Agricultura é uma forma de criar
riqueza para o país e é também uma estratégia para combater o
desemprego», argumenta, recordando que «metade do país está
desertificado e despovoado, com as terras abandonadas».
Apesar das saídas dos últimos 10 anos terem praticamente sextuplicado
em volume, a verdade é que o seu valor não chegou a quadruplicar.
«Estamos a exportar mais quantidade por preço inferior. A balança
comercial neste sector é claramente deficitária», refere o estudo.
A produção de vegetais e hortícolas cresceu, ao longo dos últimos
anos, a um ritmo de três por cento ao ano desde 2000 e estas culturas
ocupam actualmente mais de 30 por cento de superfície agrícola do que
em 1996.
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=9344

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