terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Programa nacional do Ano Internacional das Florestas arranca em Proença-a-Nova quarta-feira

01.02.2011
Lusa
As iniciativas portuguesas do Ano Internacional das Florestas,
assinalado em 2011, são apresentadas na quarta-feira, em
Proença-a-Nova, sob o lema "A Floresta é de todos, para todos", em
simultâneo com a divulgação em Nova Iorque.
Com o objectivo de promover a conservação das florestas em todo o
mundo e sensibilizar a população para o seu papel no desenvolvimento
sustentável, as Nações Unidas escolheram 2011 para o Ano Internacional
das Florestas.

Em Portugal, será a Comissão Nacional da UNESCO a dinamizar a
comemoração, em articulação com a Secretaria de Estado das Florestas e
do Desenvolvimento Rural.
Na quarta-feira, as Nações Unidas apresentam o Ano Internacional, em
Nova Iorque. Ao mesmo tempo, o programa das iniciativas a decorrer em
Portugal é dado a conhecer em Proença-a-Nova, no Centro Ciência Viva.
O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui
Barreiro, disse à agência Lusa que são várias as acções previstas,
apoiadas pela comissão constituída para o Ano Internacional das
Florestas, tanto da área científica, como da sociedade civil ou das
empresas, de norte a sul do país.
Do programa fazem parte colóquios, conferências, concursos, ações de
florestação e reflorestação e de promoção das florestas, referiu Rui
Barreiro, salientando o envolvimento de vários Ministérios, da
Educação à Ciência e Tecnologia.
Durante a apresentação do Ano Internacional, será ainda divulgado o
site dedicado à iniciativa.
Rui Barreiro frisou que será realizada a "celebração da floresta, não
só enquanto sustentáculo ambiental, fundamental para a biodiversidade,
mas também sustentáculo da economia, essencial ao desenvolvimento do
país".
O peso da floresta na economia portuguesa "tem crescido
significativamente" e já é o terceiro setor exportador, afirmou o
governante.
Pasta de papel e eucalipto, cortiça e pinho são as fileiras florestais
que têm registado maior crescimento nos últimos tempos.
Não é só na atividade económica que a floresta tem importância. "As
florestas são essenciais para o desenvolvimento rural e combate à
desertificação, para o ciclo hidrológico, devido à capacidade de
retenção e de depuração, e para o sequestro de carbono", listou Rui
Barreiro.
"Todos nós, enquanto contribuintes e cidadãos, estamos a afetar meios
financeiros para a floresta, é legítimo que a consideremos nossa, mas
também usufruímos dos bens públicos que a floresta produz, não só em
termos de paisagem e de biodiversidade", acrescentou.
Na Comissão Executiva do evento estão entidades como o Instituto da
Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), a Associação
Nacional de Municípios Portugueses e associações ambientalistas.
Segundo o 5.º Inventário Florestal Nacional, publicado em Setembro
passado, a floresta ocupava 3.458.557 hectares e os matos 1.926.630
hectares, o que corresponde a 39% e 22% do solo nacional,
respetivamente.
O pinheiro bravo é a espécie mais frequente, com 27%, seguida do
sobreiro e do eucalipto, ambos com 23% da área florestal.
O sector gera 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e assegura
a manutenção de 260 mil postos de trabalho.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1478091

Sem comentários:

Enviar um comentário