quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cortiça portuguesa em destaque no pavilhão da Serpentine Gallery em Londres

Por Agência Lusa, publicado em 8 Maio 2012 - 09:40 | Actualizado há 1 dia 1 hora

A cortiça portuguesa foi o elemento estruturante escolhido pelo
gabinete de arquitetura Herzog & de Meuron e pelo artista plástico Ai
Weiwei para o pavilhão da Serpentine Gallery, em Londres, na 12.ª
edição do programa mundial de arquitetura.

Segundo informação divulgada à Agência Lusa, a Corticeira Amorim foi
escolhida pelos arquitetos e artista plástico como parceira para este
projeto, fornecendo toda a cortiça que vai ser utilizada na construção
do londrino pavilhão da Serpentine Gallery, aberto ao público de 01 de
junho a 14 de outubro de 2012.


A cortiça "surge como elemento estruturante desta obra icónica, cujo
uso extensivo se justifica, segundo os arquitetos, pelas suas
características", que a descrevem como um "material natural, com
fortes mais-valias aos níveis do tato e do olfato, de grande
versatilidade, o que permite que seja facilmente esculpido, cortado,
moldado e formado".

"Apostando numa abordagem arqueológica, Herzog & de Meuron e Ai Weiwei
conceberam um pavilhão que pretende inspirar os visitantes a olhar por
baixo da superfície, para a sua estrutura.

O conceito deste projeto assenta num convite a um retrocesso no tempo,
através do legado das onze edições anteriores desta iniciativa da
Serpentine Gallery. Às 11 colunas que simbolizam cada pavilhão
anterior, junta-se uma outra representativa da estrutura atual, que
suporta uma plataforma flutuante, a uma distância do solo de apenas
1,5 metros", descreve o mesmo comunicado.

O pavilhão da Serpentine Gallery é uma iniciativa que resulta na
criação anual de um edifício emblemático, que atrai uma média de 250
mil visitantes por ano, número que se prevê que este ano seja bastante
superior, dada a realização simultânea dos Jogos Olímpicos, também em
Londres.

Depois do Estádio Nacional de Pequim, desenvolvido para os Jogos
Olímpicos de 2008, Jacques Herzog, Pierre de Meuron e Ai Weiwei
juntam-se de novo para apresentar o projeto do pavilhão da Serpentine
Gallery, seguindo-se a nomes como Frank Gehry, Rem Koolhaas, Oscar
Niemeyer, Daniel Libeskind, Zaha Hadid e os portugueses Álvaro Siza e
Eduardo Souto Moura, arquitetos responsáveis pelas edições anteriores
deste marco da arquitetura mundial.

Para o presidente da Corticeira Amorim, António Rios "esta parceria
resulta de uma busca incessante" da empresa "em promover mundialmente
as imbatíveis credenciais técnicas e de sustentabilidade deste
material natural".

"Ver a cortiça aplicada num projeto arquitetónico com este impacto e
de uma estética irrepreensível é simultaneamente um motivo de orgulho
e uma oportunidade ímpar de demonstrar ao mundo que a cortiça não é
apenas um produto único, criado pela Natureza, mas é também um
material tecnologicamente relevante para o século 21", acrescenta.

http://www.ionline.pt/boa-vida/cortica-portuguesa-destaque-no-pavilhao-da-serpentine-gallery-londres

Sem comentários:

Enviar um comentário