terça-feira, 21 de novembro de 2017

José Martino avalia agricultura na região transmontana



Consultor identifica tendências agrícolas

O vinho, o azeite, a amêndoa, a castanha, os pequenos frutos, a batata, a maçã, o pistácio, os cogumelos – todos estas culturas têm o seu espaço para um produtor poder lançar o seu negócio agrícola com sucesso.

Numa recente intervenção no Fórum Agrogarante, em Vila Real, o consultor e empresário agrícola José Martino elencou estas atividades agrícolas como exemplos concretos de bons negócios para os produtores que nelas considerem investir.
"As tendências na Região de Trás Os Montes no setor agroalimentar são várias. É preciso, para cada uma delas, ter um plano de negócio bem estruturado", defendeu José Martino.
No caso do vinho, "é preciso aumentar o valor acrescentado e controlar os custos de produção". Além disso, é necessário "promover a ligação do vinho ao turismo, assim como fomentar a cooperação entre produtores e agroindústria das várias regiões vitivinícolas para dar escala e baixar custos no acesso aos mercados internacionais".
Quanto ao azeite, José Martino defende a "criação de marcas de azeite nacional, a melhoria do regadio; caraterizar os olivais, ajustar a data ótima de colheita para se obter azeite da mais alta qualidade".
A amêndoa, "pode vir a ser um grande sucesso e um excelente negócio. Espero que a amêndoa caminhe na escala de valor encontrando segmentos de mercado específicos de valorização do produto e menos sensíveis às variações do preço ao longo do tempo".
No que respeita à castanha, "vista como o petróleo de Trás os Montes" , na opinião de José Martino "é preciso que se faça a valorização da castanha para além do descasque e da congelação".
Enquanto a batata, "tem que fugir da cultura tradicional de part-time e caminhar para algum profissionalismo, com integração vertical na fileira de valor acrescentado, integrando-a nas cadeias curtas de comercialização, ligando-a à gastronomia local ou regional que tira partido do turismo".
Por seu lado, a maçã "está a fazer o seu caminho na comercialização, na busca de valor acrescentado, tirando partido sobretudo do mercado espanhol. Há incremento do profissionalismo e das economias de escala".
Fazendo a agulha para outras atividades agrícolas com fortes investimentos nos últimos anos, José Martino referiu os pequenos frutos, defendendo que "o mirtilo tem mais interesse e futuro face a framboesas e groselhas". Enquanto que "a amora ficará dependente do aparecimento de novas variedades com melhor sabor e maior poder de conservação no pós colheita".
No caso dos cogumelos, "há aumento da procura de cogumelo industrial e oportunidade para duplicação do negócio seja nos players existentes, seja através de uma nova indústria de cogumelo branco". 

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