Trinta organizações não-governamentais moçambicanas anunciaram o
lançamento, em breve, de uma campanha nacional "contra a privatização
da terra, usurpação e saque de todos os recursos naturais" em
Moçambique, que inclui "técnicas de resistência à invasão dos
territórios".
Um comunicado da União Nacional de Camponeses de Moçambique, a que a
Lusa teve acesso, refere que "a campanha vem responder a uma demanda
popular de contestação pela forma como o país está a ser conduzido, da
comunidade ao governo nacional".
"Esta campanha irá traduzir-se em diversas atividades, incluindo
marchas, seminários de educação popular sobre o direito à terra,
caravanas de educação cívica das populações rurais e urbanas sobre
governação, cartas de denúncia", bem como "técnicas de resistência à
invasão dos territórios", lê-se na nota.
A mobilização conjunta da sociedade civil pela defesa dos recursos e
contra a privatização da terra visa o reforço de ações conjuntas e no
ampliar da sua articulação em defesa dos recursos naturais e contra a
privatização da terra, destaca a União moçambicana de camponeses, um
dos promotores da iniciativa.
A decisão foi tomada após uma reflexão de três dias promovida pelos
participantes da oficina da Universidade Popular dos Movimentos
Sociais (UPMS), instituição cofundada pelo sociólogo português
Boaventura de Sousa Santos, que teve lugar, no fim de semana, na zona
de Mumemo, Marracuene, arredores da capital moçambicana, Maputo.
"Na conclusão da UPMS verificou-se que o assunto da terra preocupa
todos os setores da sociedade, exigindo o reforço de ações conjuntas
para defender a lei de terras e rejeitar toda e qualquer tentativa de
privatização da terra", afirma o comunicado.
A organização aponta a extração mineira em Tete, exploração florestal
no norte do país, os programas do agronegócio como o Wambao e o
controverso Prosavana - um programa milionário a ser implementado no
norte de Moçambique - como alguns que foram identificados pela
sociedade civil moçambicana como sendo um "assunto de agenda comum,
reveladores de situações de neocolonialismo que devem ser combatidos".
Exemplificando, a União Nacional de Camponeses de Moçambique estima
que "só o Prosavana vai usurpar terras, expulsar camponeses e
contaminar os solos de cerca de 14 milhões de hectares de terra, ao
longo do chamado corredor de Nacala".
"Os participantes da oficina da UPMS de Mumemo consideram que a forma
como o Governo de Moçambique gere a terra e os recursos naturais está
em contradição com os propósitos pelo qual se conquistou a
independência nacional, de libertar a terra e o homem", assegura a
organização. Os participantes "consideram ainda como desumana a forma
como o Governo trata os seus cidadãos e alertam os moçambicanos para
que se mobilizem contra a atitude do Governo".
A União moçambicana de Camponeses sublinha que "Moçambique é rico em
recursos naturais, mas isto pode significar uma maldição para o povo,
como testemunham" os exemplos da Nigéria, Angola e Guiné Equatorial ou
o México, que "embora ricos em petróleo e outros recursos, não
conseguem ultrapassar a situação de miséria em que o seu povo vive".
"Isto acontece porque os governos que controlam a gestão dos recursos
apropriam-se através da corrupção e de empresas ligadas ao poder
político, o que faz com que os rendimentos que resultam dos recursos
sejam apropriados por um grupo muito pequeno de famílias e empresas
ligadas ao poder", refere a mesma nota.
MMT // VM
Lusa/Fim
http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/trinta-ong-mocambicanas-lancam-campanha-contra-privatizacao-e-usurpacao-da-terra_16470988.html
quarta-feira, 31 de julho de 2013
FAO pede que países em desenvolvimento abandonem pesticidas perigosos
A FAO disse que muitos países não dispõem de recursos para gerir
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos
Reuters, Reuters, 30 de julho de 2013
inShare
Os países em desenvolvimento devem acelerar a retirada de pesticidas
altamente perigosos de seus mercados, após a morte de 23 crianças
devido à ingestão de alimentos contaminados na Índia, disse nesta
terça-feira a Organização das Nações Unidos para a Alimentação e
Agricultura (FAO).
As crianças no Estado indiano de Bihar morreram no início deste mês
depois de comerem uma refeição escolar composta por arroz e batata ao
curry contaminada com monocrotofós, um pesticida considerado altamente
perigosos pela FAO e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A experiência em muitos países em desenvolvimento mostra que a
distribuição e uso desses produtos altamente tóxicos muitas vezes
representa um risco grave à saúde humana e ao meio ambiente", disse a
FAO em comunicado.
O monocrotofós está proibido em muitos países, mas um painel de
especialistas do governo indiano foi persuadido pelos fabricantes de
que o produto era mais barato do que as alternativas e mais eficaz no
controle de pragas que atacam a produção agrícola.
Embora o governo da Índia defenda que os benefícios de pesticidas
fortes superam os riscos se forem bem geridos, a tragédia de
intoxicação alimentar ressalta críticas de que tais controles são
praticamente ignorados de fato.
A FAO disse que muitos países não dispõem de recursos para gerir
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos.
"Os produtos altamente perigosos não devem estar disponíveis para os
pequenos agricultores que não têm o conhecimento e os pulverizadores
adequados, equipamentos de proteção e instalações de armazenamento
para gerenciar esses produtos de forma adequada", acrescentou a FAO.
O monocrotofós está atualmente proibido na Austrália, China, União
Europeia e nos Estados Unidos, e em muitos países da África, Ásia e
América Latina, disse a FAO.
(Por Agnieska Flak)
http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/fao-pede-que-paises-em-desenvolvimento-abandonem-pesticidas-perigosos/78396/
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos
Reuters, Reuters, 30 de julho de 2013
inShare
Os países em desenvolvimento devem acelerar a retirada de pesticidas
altamente perigosos de seus mercados, após a morte de 23 crianças
devido à ingestão de alimentos contaminados na Índia, disse nesta
terça-feira a Organização das Nações Unidos para a Alimentação e
Agricultura (FAO).
As crianças no Estado indiano de Bihar morreram no início deste mês
depois de comerem uma refeição escolar composta por arroz e batata ao
curry contaminada com monocrotofós, um pesticida considerado altamente
perigosos pela FAO e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A experiência em muitos países em desenvolvimento mostra que a
distribuição e uso desses produtos altamente tóxicos muitas vezes
representa um risco grave à saúde humana e ao meio ambiente", disse a
FAO em comunicado.
O monocrotofós está proibido em muitos países, mas um painel de
especialistas do governo indiano foi persuadido pelos fabricantes de
que o produto era mais barato do que as alternativas e mais eficaz no
controle de pragas que atacam a produção agrícola.
Embora o governo da Índia defenda que os benefícios de pesticidas
fortes superam os riscos se forem bem geridos, a tragédia de
intoxicação alimentar ressalta críticas de que tais controles são
praticamente ignorados de fato.
A FAO disse que muitos países não dispõem de recursos para gerir
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos.
"Os produtos altamente perigosos não devem estar disponíveis para os
pequenos agricultores que não têm o conhecimento e os pulverizadores
adequados, equipamentos de proteção e instalações de armazenamento
para gerenciar esses produtos de forma adequada", acrescentou a FAO.
O monocrotofós está atualmente proibido na Austrália, China, União
Europeia e nos Estados Unidos, e em muitos países da África, Ásia e
América Latina, disse a FAO.
(Por Agnieska Flak)
http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/fao-pede-que-paises-em-desenvolvimento-abandonem-pesticidas-perigosos/78396/
Alimentação é único sector com perspectiva positiva em Portugal, diz CyC
O setor da alimentação é o único em Portugal que evidencia uma
perspetiva positiva nos últimos três meses, enquanto o da construção
segue no extremo oposto, segundo um estudo da seguradora Crédito y
Caución (CyC) hoje divulgado.
Nas previsões que constam do «Quadro 500 das previsões» da seguradora
Crédito y Caución sobre o comportamento de 14 setores em 43 países, em
Portugal, a alimentação é o único setor que apresenta um bom
desempenho nos últimos três meses, ao contrário da construção, aço e
têxtil em que mostraram um desempenho "mau" neste período.
Em Portugal, as previsões do comportamento dos setores mantiveram-se
estáveis e só o setor da alimentação atinge o nível "bom" nas
previsões de comportamento, seguidos dos setores da agricultura,
químico/farmacêutico, consumo sustentado, engenharia e serviços, com
previsões de comportamento "favoráveis".
Os setores automóvel, tecnológico, serviços financeiros, metalúrgico e
do papel têm previsões de comportamento "desfavoráveis".
As previsões apresentadas foram realizadas por analistas de risco que
avaliam diretamente o risco associado às empresas em cada mercado.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=202269
perspetiva positiva nos últimos três meses, enquanto o da construção
segue no extremo oposto, segundo um estudo da seguradora Crédito y
Caución (CyC) hoje divulgado.
Nas previsões que constam do «Quadro 500 das previsões» da seguradora
Crédito y Caución sobre o comportamento de 14 setores em 43 países, em
Portugal, a alimentação é o único setor que apresenta um bom
desempenho nos últimos três meses, ao contrário da construção, aço e
têxtil em que mostraram um desempenho "mau" neste período.
Em Portugal, as previsões do comportamento dos setores mantiveram-se
estáveis e só o setor da alimentação atinge o nível "bom" nas
previsões de comportamento, seguidos dos setores da agricultura,
químico/farmacêutico, consumo sustentado, engenharia e serviços, com
previsões de comportamento "favoráveis".
Os setores automóvel, tecnológico, serviços financeiros, metalúrgico e
do papel têm previsões de comportamento "desfavoráveis".
As previsões apresentadas foram realizadas por analistas de risco que
avaliam diretamente o risco associado às empresas em cada mercado.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=202269
Alterações à Lei dos Baldios visam "adaptar" gestão à realidade - Ministério
Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
19:28 Terça feira, 30 de Julho de 2013 |
Redação, 30 jul (Lusa) - O Ministério da Agricultura explicou hoje que
as alterações à Lei dos Baldios em preparação visam "adaptar" a gestão
destes terrenos "à realidade económica e social", mas sublinha que
este processo ainda não está fechado.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Agricultura e do
Mar (MAM) explicou que a proposta de alteração à Lei dos Baldios, da
autoria do Governo, "tem sido objeto" de uma "alargada consulta a
diversos parceiros" e que "continuará ainda a sê-lo".
A Federação Nacional dos Baldios (Baladi) acusou hoje o Governo de
querer "privatizar" aqueles terrenos com a proposta de alteração da
lei sobre a sua administração, que dizem colocar "em causa" a
propriedade e gestão.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/alteracoes-a-lei-dos-baldios-visam-adaptar-gestao-a-realidade-ministerio=f743588
19:28 Terça feira, 30 de Julho de 2013 |
Redação, 30 jul (Lusa) - O Ministério da Agricultura explicou hoje que
as alterações à Lei dos Baldios em preparação visam "adaptar" a gestão
destes terrenos "à realidade económica e social", mas sublinha que
este processo ainda não está fechado.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Agricultura e do
Mar (MAM) explicou que a proposta de alteração à Lei dos Baldios, da
autoria do Governo, "tem sido objeto" de uma "alargada consulta a
diversos parceiros" e que "continuará ainda a sê-lo".
A Federação Nacional dos Baldios (Baladi) acusou hoje o Governo de
querer "privatizar" aqueles terrenos com a proposta de alteração da
lei sobre a sua administração, que dizem colocar "em causa" a
propriedade e gestão.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/alteracoes-a-lei-dos-baldios-visam-adaptar-gestao-a-realidade-ministerio=f743588
Crise: portugueses cortam no azeite, pão e fruta
Compras de alimentação registam a mesma queda registada na Grécia em 2012
Por: Redacção | 2013-07-18 09:27
As famílias continuam a adaptar-se à crise. No início, compravam mais
marcas da distribuição, trocavam a carne de vaca por frango, e
passavam a cozinhar mais em casa. Agora, estão a tomar medidas mais
drásticas: compram menos, seja do que for.
Um estudo da empresa Kantar Worldpanel, citado pelo «Público» diz
mesmo que no primeiro semestre do ano os portugueses estiveram em
«modo de sobrevivência». No primeiro semestre, volume de compras caiu
3,7%, um nível semelhante ao maior pico registado na Grécia em 2012.
Comprar o essencial passou a significar comprar menos. Não se trata de
deixar de comprar a fruta importada ou o queijo especial. É comprar
menos pacotes de leite, adiar a compra de água, levar menos azeite ou
pão para casa. A amostra de 4.000 lares de Portugal Continental a que
a empresa recorre para medir constantemente as alterações de consumo,
põe em evidência famílias focadas nos gastos com a alimentação, que
procuram o melhor preço para rentabilizar o rendimento e 85% estão
atentas às promoções (69% em 2009).
Na prática, esta tendência reflete-se no número de produtos que
colocam no carrinho do supermercado: o volume reduziu-se 3,7% no
primeiro semestre e por cada ato de compra (ou seja, em cada ida à
loja) as famílias levam menos 4,7% de produtos em comparação com o
primeiro semestre de 2012.
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/compras-consumo-alimentos-alimentacao-crise/1471399-6377.html
Por: Redacção | 2013-07-18 09:27
As famílias continuam a adaptar-se à crise. No início, compravam mais
marcas da distribuição, trocavam a carne de vaca por frango, e
passavam a cozinhar mais em casa. Agora, estão a tomar medidas mais
drásticas: compram menos, seja do que for.
Um estudo da empresa Kantar Worldpanel, citado pelo «Público» diz
mesmo que no primeiro semestre do ano os portugueses estiveram em
«modo de sobrevivência». No primeiro semestre, volume de compras caiu
3,7%, um nível semelhante ao maior pico registado na Grécia em 2012.
Comprar o essencial passou a significar comprar menos. Não se trata de
deixar de comprar a fruta importada ou o queijo especial. É comprar
menos pacotes de leite, adiar a compra de água, levar menos azeite ou
pão para casa. A amostra de 4.000 lares de Portugal Continental a que
a empresa recorre para medir constantemente as alterações de consumo,
põe em evidência famílias focadas nos gastos com a alimentação, que
procuram o melhor preço para rentabilizar o rendimento e 85% estão
atentas às promoções (69% em 2009).
Na prática, esta tendência reflete-se no número de produtos que
colocam no carrinho do supermercado: o volume reduziu-se 3,7% no
primeiro semestre e por cada ato de compra (ou seja, em cada ida à
loja) as famílias levam menos 4,7% de produtos em comparação com o
primeiro semestre de 2012.
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/compras-consumo-alimentos-alimentacao-crise/1471399-6377.html
Vinho da Quinta de Lemos eleito entre os cinco melhores do mundo
29-07-2013 às 12:50
O IWC Challenge 2013, um dos mais reconhecidos concursos de vinho do
mundo, premiou o vinho Dona Georgina 2005 da Quinta de Lemos
triplamente.
O vinho recebeu o Prémio especial «James RogersTrophy 2013», que
premeia o melhor vinho no primeiro ano de produção de uma adega; foi
eleito o melhor vinho tinto da Região do Dão com uma medalha de ouro e
melhor vinho tinto Português com um troféu.
O vinho em causa foi ainda nomeado como um dos cinco melhores vinhos do mundo.
O ano de 2005 foi o primeiro de produção de vinhos da Quinta de Lemos,
e Dona Georgina em particular, caracteriza-se por ser um «blend» duas
castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz.
As notas de prova do IWC descrevem-no como «um vinho muito complexo,
com presença de coro, e saborosas notas misturadas de molho de soja e
casca de laranja com a cereja muito presente, apresenta textura
aveludada e fim de boca persistente».
O envelhecimento é feito em carvalho francês durante 15 meses e
posteriormente é engarrafado fazendo um estágio em garrafa de cerca de
três anos.
Hugo Chavez, enólogo da Quinta de Lemos, comentou com satisfação a
distinção obtida no IWC: «É um enorme orgulho ganhar estes prémios e
distinções com o nosso primeiro vinho. Faz-nos acreditar que temos
potencial para muito mais. A nossa meta é fazermos vinhos de
referência Portugueses e do Dão. Prémios destes motivam-nos a
trabalhar mais e melhor.»
Toda a quinta produz vinho sob produção integrada, um sistema de
controlo de produção equilibrado entre a produção biológica e a
chamada «convencional».
De acrescentar que «Dona Georgina» é alusivo ao nome da mãe do
produtor, sendo uma homenagem à matriarca da família.
Sobre a Quinta de Lemos:
Nasceu em meados dos anos 90 pela mão de Celso de Lemos, com o sonho
de criar vinhos exclusivos. Um vinho dedicado aos seus amigos mais
próximos e à família, que sirva para unir as pessoas em torno de boas
conversas e que reforce a ligação entre as pessoas. A quinta
encontra-se no vale do Dão, escondida numa altitude de 340m, onde se
encontram 25 hectares de vinha e 3000 de oliveiras. Todos os anos a
Quinta de Lemos apresenta dois ou três blends que, em homenagem aos
antepassados familiares, são baptizados com nomes da família; e quatro
vinhos mono-varietais diferentes das castas Jaen, Tinta Roriz, Touriga
Nacional e Alfrocheiro.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=647360
O IWC Challenge 2013, um dos mais reconhecidos concursos de vinho do
mundo, premiou o vinho Dona Georgina 2005 da Quinta de Lemos
triplamente.
O vinho recebeu o Prémio especial «James RogersTrophy 2013», que
premeia o melhor vinho no primeiro ano de produção de uma adega; foi
eleito o melhor vinho tinto da Região do Dão com uma medalha de ouro e
melhor vinho tinto Português com um troféu.
O vinho em causa foi ainda nomeado como um dos cinco melhores vinhos do mundo.
O ano de 2005 foi o primeiro de produção de vinhos da Quinta de Lemos,
e Dona Georgina em particular, caracteriza-se por ser um «blend» duas
castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz.
As notas de prova do IWC descrevem-no como «um vinho muito complexo,
com presença de coro, e saborosas notas misturadas de molho de soja e
casca de laranja com a cereja muito presente, apresenta textura
aveludada e fim de boca persistente».
O envelhecimento é feito em carvalho francês durante 15 meses e
posteriormente é engarrafado fazendo um estágio em garrafa de cerca de
três anos.
Hugo Chavez, enólogo da Quinta de Lemos, comentou com satisfação a
distinção obtida no IWC: «É um enorme orgulho ganhar estes prémios e
distinções com o nosso primeiro vinho. Faz-nos acreditar que temos
potencial para muito mais. A nossa meta é fazermos vinhos de
referência Portugueses e do Dão. Prémios destes motivam-nos a
trabalhar mais e melhor.»
Toda a quinta produz vinho sob produção integrada, um sistema de
controlo de produção equilibrado entre a produção biológica e a
chamada «convencional».
De acrescentar que «Dona Georgina» é alusivo ao nome da mãe do
produtor, sendo uma homenagem à matriarca da família.
Sobre a Quinta de Lemos:
Nasceu em meados dos anos 90 pela mão de Celso de Lemos, com o sonho
de criar vinhos exclusivos. Um vinho dedicado aos seus amigos mais
próximos e à família, que sirva para unir as pessoas em torno de boas
conversas e que reforce a ligação entre as pessoas. A quinta
encontra-se no vale do Dão, escondida numa altitude de 340m, onde se
encontram 25 hectares de vinha e 3000 de oliveiras. Todos os anos a
Quinta de Lemos apresenta dois ou três blends que, em homenagem aos
antepassados familiares, são baptizados com nomes da família; e quatro
vinhos mono-varietais diferentes das castas Jaen, Tinta Roriz, Touriga
Nacional e Alfrocheiro.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=647360
Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre «Acidentes com tractores agrícolas»
O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Acidentes com tractores agrícolas», Pergunta
que se passa a transcrever.
Destinatários: Ministro da Economia e do Emprego
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
PERGUNTA:
Em final de 2010 foi publicada a Resolução da Assembleia da República
nº 139/2010, intitulada "Reduzir a sinistralidade do tractor e reduzir
os acidentes mortais no meio rural" e que teve origem num projecto de
resolução do PCP, aprovado por unanimidade.
Passados mais de dois anos e meio sobre a publicação da resolução os
acidentais mortais envolvendo tractores agrícolas, continuam,
infelizmente, a surgir regularmente na comunicação social. Ainda em
Maio passado se noticiava o aumento do número de mortos na
agricultura, tendo a ACT registado 23 mortos em acidentes de trabalho
na agricultura, no ano de 2012.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território e do Ministério da Economia e do Emprego, o seguinte:
1. Qual o número de acidentes de trabalho na agricultura registados em
2011 e 2012? E de que tipos?
2. Quantos destes acidentes, por ano, envolveram tractores agrícolas?
Em quantos destes houve vítimas mortais? Quantas?
3. Quantos acidentes com tractores agrícolas já ocorrendo este ano? E
quantas vítimas mortais já se verificaram?
4. Qual o ponto da situação relativamente à aplicação das medidas
propostas na Resolução da Assembleia da República nº 139/2010?
Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013
Deputado(a)s
JOÃO RAMOS (PCP)
Fonte: Grupo Parlamentar do PCP
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30f.htm
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Acidentes com tractores agrícolas», Pergunta
que se passa a transcrever.
Destinatários: Ministro da Economia e do Emprego
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
PERGUNTA:
Em final de 2010 foi publicada a Resolução da Assembleia da República
nº 139/2010, intitulada "Reduzir a sinistralidade do tractor e reduzir
os acidentes mortais no meio rural" e que teve origem num projecto de
resolução do PCP, aprovado por unanimidade.
Passados mais de dois anos e meio sobre a publicação da resolução os
acidentais mortais envolvendo tractores agrícolas, continuam,
infelizmente, a surgir regularmente na comunicação social. Ainda em
Maio passado se noticiava o aumento do número de mortos na
agricultura, tendo a ACT registado 23 mortos em acidentes de trabalho
na agricultura, no ano de 2012.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território e do Ministério da Economia e do Emprego, o seguinte:
1. Qual o número de acidentes de trabalho na agricultura registados em
2011 e 2012? E de que tipos?
2. Quantos destes acidentes, por ano, envolveram tractores agrícolas?
Em quantos destes houve vítimas mortais? Quantas?
3. Quantos acidentes com tractores agrícolas já ocorrendo este ano? E
quantas vítimas mortais já se verificaram?
4. Qual o ponto da situação relativamente à aplicação das medidas
propostas na Resolução da Assembleia da República nº 139/2010?
Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013
Deputado(a)s
JOÃO RAMOS (PCP)
Fonte: Grupo Parlamentar do PCP
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30f.htm
Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre «Registo de sementes: Posição do governo de Portugal»
O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Registo de sementes: Posição do governo de
Portugal», Pergunta que se passa a transcrever.
Destinatário: Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território
PERGUNTA:
Está em discussão nas estruturas europeias um regimento que aplica um
regime de obrigatoriedade de utilização na agricultura de apenas
sementes registadas.
Este assunto foi já trazido ao plenário da Assembleia da República
pelo Grupo Parlamentar do PEV em cuja discussão o PCP teve
oportunidade de manifestar as suas preocupações com este processo, que
terá entre os problemas mais imediatos o aumento dos custos de
produção.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território, o seguinte:
1. Qual a posição do governo sobre esta matéria?
2. Que posições defenderá, na Europa, o governo português?
Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013
Deputado(a)s
JOÃO RAMOS (PCP)
Fonte: Grupo Parlamentar do PCP
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30e.htm
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Registo de sementes: Posição do governo de
Portugal», Pergunta que se passa a transcrever.
Destinatário: Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território
PERGUNTA:
Está em discussão nas estruturas europeias um regimento que aplica um
regime de obrigatoriedade de utilização na agricultura de apenas
sementes registadas.
Este assunto foi já trazido ao plenário da Assembleia da República
pelo Grupo Parlamentar do PEV em cuja discussão o PCP teve
oportunidade de manifestar as suas preocupações com este processo, que
terá entre os problemas mais imediatos o aumento dos custos de
produção.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território, o seguinte:
1. Qual a posição do governo sobre esta matéria?
2. Que posições defenderá, na Europa, o governo português?
Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013
Deputado(a)s
JOÃO RAMOS (PCP)
Fonte: Grupo Parlamentar do PCP
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30e.htm
terça-feira, 30 de julho de 2013
GPP: Anuário Agrícola, Informação de mercados 2012
O Gabinete de Planeamento e Políticas disponibiliza, com regularidade,
através da publicação Anuário Agrícola, informação quer de produções
vegetais quer de produções animais, que possa ser útil a um universo de
utilizadores diversificado, com destaque para os operadores de mercado dos
próprios sectores produtivos.
A informação apresentada elucida acerca dos níveis de produção obtidos em
Portugal, na União Europeia e em termos mundiais para os produtos analisados,
dos preços a que são transacionados, das trocas comerciais com o exterior e
do grau de autoabastecimento do país.
A caracterização do posicionamento de um produto no mercado pode servir
de apoio a decisões relativas à orientação produtiva a assumir pelos
produtores, incluindo as condições do seu enquadramento no mercado
nacional e internacional.
A sistematização da informação sectorial é igualmente útil à gestão da política
no âmbito da Organização Comum de Mercado na União Europeia e à
assunção de orientações no domínio da Política de Desenvolvimento Rural.
A questão da internacionalização da economia nacional, incluindo
necessariamente a produção agrícola, assume um carácter prioritário na atual
conjuntura, tendo nesta edição particular realce.
Esperando que esta edição surta os efeitos pretendidos, ficamos receptivos às
contribuições que nos possam fazer chegar para que a mesma venha a
responder melhor ainda aos seus utilizadores.
O Diretor
Eduardo Diniz
PDF DISPONIVEL AQUI
http://www.gpp.pt/pbl/Monog/anuario2012.pdf
através da publicação Anuário Agrícola, informação quer de produções
vegetais quer de produções animais, que possa ser útil a um universo de
utilizadores diversificado, com destaque para os operadores de mercado dos
próprios sectores produtivos.
A informação apresentada elucida acerca dos níveis de produção obtidos em
Portugal, na União Europeia e em termos mundiais para os produtos analisados,
dos preços a que são transacionados, das trocas comerciais com o exterior e
do grau de autoabastecimento do país.
A caracterização do posicionamento de um produto no mercado pode servir
de apoio a decisões relativas à orientação produtiva a assumir pelos
produtores, incluindo as condições do seu enquadramento no mercado
nacional e internacional.
A sistematização da informação sectorial é igualmente útil à gestão da política
no âmbito da Organização Comum de Mercado na União Europeia e à
assunção de orientações no domínio da Política de Desenvolvimento Rural.
A questão da internacionalização da economia nacional, incluindo
necessariamente a produção agrícola, assume um carácter prioritário na atual
conjuntura, tendo nesta edição particular realce.
Esperando que esta edição surta os efeitos pretendidos, ficamos receptivos às
contribuições que nos possam fazer chegar para que a mesma venha a
responder melhor ainda aos seus utilizadores.
O Diretor
Eduardo Diniz
PDF DISPONIVEL AQUI
http://www.gpp.pt/pbl/Monog/anuario2012.pdf
Gestão comunitária motiva projeto de investigação de baldios na serra da Lousã
Lusa
15:38 Sexta feira, 26 de julho de 2013
Lousã, 26 jul (Lusa) -- A gestão comunitária dos baldios motiva uma
investigação que o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de
Coimbra está a desenvolver em Vilarinho, na Lousã, com o objetivo de
criar "conhecimento novo e relevante" nesta área.
A natureza dessa gestão "foi, sem dúvida, o que aproximou o CES da
comunidade de compartes de Vilarinho", disse hoje à agência Lusa a
investigadora Rita Serra, que coordena o projeto, com base num
protocolo celebrado entre esta instituição científica e o Conselho
Diretivo dos Baldios.
"Encontrámos uma missão comum e princípios éticos e valores comuns na
gestão das florestas, que tem de ter em conta aquilo que as
comunidades querem para o seu futuro", afirmou.
http://expresso.sapo.pt/gestao-comunitaria-motiva-projeto-de-investigacao-de-baldios-na-serra-da-lousa=f823010
15:38 Sexta feira, 26 de julho de 2013
Lousã, 26 jul (Lusa) -- A gestão comunitária dos baldios motiva uma
investigação que o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de
Coimbra está a desenvolver em Vilarinho, na Lousã, com o objetivo de
criar "conhecimento novo e relevante" nesta área.
A natureza dessa gestão "foi, sem dúvida, o que aproximou o CES da
comunidade de compartes de Vilarinho", disse hoje à agência Lusa a
investigadora Rita Serra, que coordena o projeto, com base num
protocolo celebrado entre esta instituição científica e o Conselho
Diretivo dos Baldios.
"Encontrámos uma missão comum e princípios éticos e valores comuns na
gestão das florestas, que tem de ter em conta aquilo que as
comunidades querem para o seu futuro", afirmou.
http://expresso.sapo.pt/gestao-comunitaria-motiva-projeto-de-investigacao-de-baldios-na-serra-da-lousa=f823010
Óleo de palma, floresta e conflito em São Tomé
RICARDO GARCIA (TEXTO) DANIEL ROCHA (FOTOS) EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
30/07/2013 - 00:00
2 / 11
Num país essencialmente pobre, um grande projecto agro-florestal
começa com atropelos ambientais e sociais, provocando uma onda de
contestação.
São apenas 50 quilómetros entre São Tomé e Ribeira Peixe, mas o
caminho faz-se devagar. A estrada é sinuosa, acomoda-se ao contorno da
costa e vence a orografia em curvas e declives, com o mar à esquerda e
a floresta verdejante à direita.
Alguns minutos além do rio Iô Grande surgem as primeiras palmeiras.
Estão alinhadas em fileiras, entre as quais foi semeada uma leguminosa
para fertilizar o solo. O conjunto estende-se num tapete geométrico
até ao limite onde a floresta foi cortada. Ao fundo, enquadrado por
esta paisagem dual, vê-se o Cão Grande, o curioso dedo vulcânico que
se eleva a 663 metros de altitude.
O cenário é tudo menos um simples cartão postal de São Tomé e
Príncipe. Aquelas palmeiras fazem parte de uma exploração
agro-florestal que é o tema do momento no país. Implica derrubar áreas
de floresta para produzir óleo de palma e está a semear a discórdia
entre cidadãos, organizações não-governamentais, empresas e
administração central.
Não é uma história que se encaixe numa divisão simplista entre
defensores e destruidores da natureza. São Tomé e Príncipe é um país
pobre, com um PIBper capita de 1100 euros por ano, 6% do português. As
roças de cacau e de café que alimentaram a economia colonial estão
quase todas falidas. Nas cidades há poucos empregos.
O país precisa de investimento. Mas a população não está disposta a
aceitá-lo a qualquer custo. O trinómio idílico do desenvolvimento
sustentável, onde a economia, o ambiente e o bem-estar social andam de
mãos dadas, não está aqui a funcionar.
Produzir óleo de palma não é uma novidade no país. No anos 1980, o
Governo criou a Empresa de Óleos Vegetais (Emolve) e plantou cerca de
600 hectares de palmeira-andim (Elaeis guineensis) no Sul de São Tomé.
O projecto durou pouco e estava moribundo quando, há cinco anos, o
Governo começou a negociar uma parceria para o ressuscitar. Surgiu
então a Agripalma, com 12% de capital do Estado são-tomense e 88% da
STP Invest, uma sociedade belga cujos responsáveis estão ligados a
empresas da área das renováveis.
A ideia é replantar e ampliar os palmares para quase 5000 hectares e
construir uma fábrica. O investimento equivale a 29 milhões de euros e
a produção esperada é de 20 mil toneladas de óleo de palma por ano, em
2017. Parte destina-se ao consumo local e parte será exportada.
Corrida a África
O projecto surge num momento em que muitos investidores estão de olho
na exploração do óleo de palma em África. Actualmente, 85% da produção
mundial vem da Indonésia e da Malásia, com destino sobretudo à China,
Índia e União Europeia. Com a expectativa de duplicação do consumo até
2020 - como óleo comestível e para a produção de biodiesel -, outras
áreas de cultivo estão a ser procuradas nos trópicos.
Num relatório de Dezembro de 2011, o Programa das Nações Unidas para o
Ambiente já alertava para a destruição de florestas tropicais devido
"à rápida expansão da monocultura do óleo de palma". Conflitos
ambientais e sociais, em especial pela posse da terra, têm sido
reportados em países africanos como a Nigéria, Camarões, Gana,
República Democrática do Congo, Costa do Marfim.
Em São Tomé é Príncipe, estão a repetir-se, desde que os contratos com
a Agripalma foram assinados em 2009. "A partir deste momento, as
coisas começaram a correr mal", queixa-se Bastien Loloum, organização
não-governamental Marapa (Mar, Ambiente e Pesca Artesanal). O estudo
de impacto ambiental, diz Loloum, é deficiente, não teve consulta
pública e foi difícil de obter. "Estava na Bélgica, em inglês, e a
tradução é má", afirma.
Em documentos do projecto, há várias referências a compromissos de
responsabilidade ambiental. A própria empresa que executará o projecto
- a Socfinco, detentora de 100 mil hectares de palmares em África - é
fundadora daRoundtable Sustainable Palm Oil, criada pelos produtores
em 2004 para garantir que as explorações seguem os preceitos do
desenvolvimento sustentável.
No terreno, porém, os exemplos contrários multiplicam-se quando se
passa a cidade de Porto Alegre, no extremo sul de São Tomé, e se segue
por uma estrada irregular de terra batida. Depois de um pequeno
percurso a pé, entre fetos e coqueiros, Bastien Loloum mostra uma área
pejada de árvores abatidas. Ali passa um curso de água que mal se
vislumbra. "Deviam ter guardado uma faixa de 40 metros a partir da
ribeira", lamenta Loloum, que coordena projectos da Marapa naquela
região.
Mais à frente, o caminho passa por troços difíceis, com pequenas
pontes periclitantes, até desaguar numa área com amplas faixas de
floresta abertas para as palmeiras. Há ribeiras entulhadas com troncos
e acentuados declives recém-despidos. A vulnerabilidade à erosão é
evidente.
Foi nesta área que a população se rebelou contra o avanço das
máquinas. O projecto previa, na região de Porto Alegre, o envolvimento
dos agricultores locais - num modelo distinto das plantações
industriais em Ribeira Peixe. Mas os moradores dizem que os bulldozers
avançaram sem aviso nem cerimónia. "O problema é a maneira como estão
a agir na comunidade", afirma Fidel Sanches, presidente da Associação
Comunitária de Porto Alegre.
Reforma falhada
Em grande medida, o que foi derrubado correspondia às ruínas de uma
reforma fundiária falhada, que teve início nos anos 1990.
Ex-trabalhadores das roças receberam lotes de terreno do Estado. Mas,
por falta de apoio, de formação ou de iniciativa, muitos nunca
cultivaram a sério os seus talhões. Hoje simplesmente retiram da terra
o que a terra lhes dá - algum cacau ou café remanescente, bananas,
cocos, fruta-pão. Das próprias palmeiras extrai-se a seiva para fazer
o vinho de palma. Grandes árvores transformam-se em madeira, o
material de construção mais popular na ilha. "A terra não era
cultivada, mas havia a nossa madeira que estávamos a proteger",
justifica Fidel Sanches. "Derrubaram e destruíram", acrescenta.
O sangue ferveu numa manhã de Maio passado. De catanas em punho, a
população impediu o avanço das máquinas. A Agripalma suspendeu as
operações e agora vêem-se no local apenas alguns trabalhadores a
seccionarem grandes árvores já abatidas.
Num país onde a falta de emprego é um problema, a perspectiva de
trabalho no projecto Agripalma não entusiasma a todos. "São
trabalhadores extras. Não têm regalias, segurança social, se ficam
doentes ninguém lhes paga", diz Adelino dos Prazeres, outro morador de
Porto Alegre.
O conflito social à volta do projecto não é o único. As plantações
estão a tomar o lugar da floresta, com efeitos ainda mal estudados. O
resumo do estudo de impacte ambiental faz uma descrição muito sumária
da fauna e nula da flora. Os impactos sobre a paisagem e a
biodiversidade estão resumidos em três parágrafos curtos. Um deles
diz: "A biodiversidade será preservada como uma prioridade".
São Tomé e Príncipe tem animais e plantas únicos, que não existem em
mais lugar nenhum. A sua avifauna, por exemplo, inclui espécies
criticamente ameaçadas de extinção, como a galinhola (Bostrychia
bocagei), o picanço (Lanius newtoni) e o anjolô (Neospiza concolor).
"A grande questão é que se desconhecem quais são as áreas vitais para
estas espécies", alerta Nuno Barros, da Sociedade Portuguesa para o
Estudo das Aves (SPEA). "Não havendo estudos, pode-se estar a estragar
coisas que nem sequer conhecemos", diz Barros.
Providência cautelar
Organizações como a SPEA somaram as suas preocupações à dos moradores
e de outros sectores da sociedade. O resultado é um movimento cívico
que tem agora agido em conjunto. Uma petição "contra a desflorestação"
foi lançada na Internet e uma queixa formal levou o Ministério Público
a entrar com uma providência cautelar, no princípio de Julho, para
suspender o projecto.
Parte da luta legal tem sido garantida pelo envolvimento de juristas
são-tomensens, como a bastonária da Ordem dos Advogados, Celiza de
Deus Lima, e o ex-procurador-geral da República, Adelino Pereira. Este
advogado tem uma concessão agrícola na zona do projecto, mas diz que o
que o move não é nenhum interesse pessoal. "Quando vi aquilo, fiquei
chocado", afirma, no seu escritório na cidade de São Tomé.
Adelino Pereira não entende como é que o Estado entrou com os terrenos
todos da Agripalma e só ficou com 12% da empresa. "É óbvio que há uma
desproporção imensa". A Agripalma pagará ao Estado uma renda anual de
sete euros por hectare, o que, para o advogado, "é uma aberração".
Parte dos terrenos, embora públicos, pode ser hipotecada para
empréstimos bancários.
Os contratos prevêem uma concessão de até 75 anos, amplas isenções
fiscais e o monopólio da actividade no país, enquanto estiverem a ser
pagos os empréstimos. "Os contratos estão impregnados de vários
vícios", conclui Adelino Pereira.
"Há muita desinformação e muito aproveitamento político", rebate o
director-geral da Agricultura, Carlos Pascoal. O projecto da Agripalma
insere-se numa tentativa de atrair investidores estrangeiros para
viabilizar áreas agrícolas que não estão a ser cultivadas. "Temos de
reagir a esta economia que não existe e alargar a nossa base produtiva
de exportação", diz Carlos Pascoal.
O director-geral admite que nem tudo tem corrido bem. "Houve alguns
erros, áreas que não deveriam ser derrubadas e foram. Mas não se pode
pôr em causa um projecto por erros que são reversíveis", afirma.Depois
das queixas, o Governo criou uma comissão permanente para fiscalizar
os trabalhos, embora muitos duvidem de que haja recursos para manter
os funcionários no terreno.
Carlos Pascoal - que representa o Estado no conselho de gerência da
Agripalma - diz que as cláusulas do contrato são o resultado de oito
meses de negociações e que a renda paga pelos terrenos está acima dos
quatro euros por hectare previstos na legislação. "Não vejo onde está
o crime disto...", comenta.
Terras a menos
O Governo vê como natural a protecção do negócio por um monopólio
enquanto houver dívidas à banca, bem como a hipoteca de terrenos
públicos - já que o próprio Estado é parte interessada no projecto.
Quanto à não-realização de uma consulta pública para o estudo de
impacto ambiental, prevista na lei, Carlos Pascoal pergunta: "Qual é o
projecto que teve consulta pública?"
Há uma questão ainda delicada por resolver. Dos 4917 hectares
previstos no projecto, 1272 seriam concessionados no Príncipe. Mas o
governo regional daquela ilha chumbou a ideia e será impossível
encontrar, na ilha de São Tomé, mais áreas planas para as palmeiras.
"Não temos", diz Carlos Pascoal. O contrato com a STP Invest tem agora
de ser revisto.
Na sede da Agripalma em São Tomé, a política neste momento é a do
silêncio. Ao PÚBLICO foi apenas entregue um comunicado de 19 de Junho,
assinado pelo director-geral Jan Van Eykeren. No documento, a
Agripalma diz que "desde o início do projecto tem procurado respeitar
a protecção do ambiente" e que está a seguir as recomendações contidas
num estudo complementar que mandou fazer sobre a biodiversidade.
Também afirma que não desflorestou qualquer área dentro do Parque
Natural Obô - criado em 2006 e onde se concentra a vegetação original
da ilha -, e que não está a explorar áreas legalmente classificadas
como floresta, já que as zonas concessionadas ou já eram palmares ou
tinham sido reocupadas por coqueiros e outras árvores, depois de
abertas à agricultura há muito tempo. Segundo a Agripalma, não há aves
endémicas na área concessionada.
A empresa refere que está a empregar 800 trabalhadores, com uma folha
de pagamentos mensal de 1500 milhões de dobras (61.000 euros)."Não
vamos destruir o país para dar emprego a 800 pessoas", contesta o
advogado Adelino Pereira. "Não estamos contra a Agripalma. Queremos é
que as coisas sejam bem feitas", completa, repetindo uma afirmação
comum a todos os envolvidos no movimento cívico ouvidos pelo PÚBLICO.
Os ânimos estão longe de acalmar. Na semana passada, trabalhadores da
Agripalma voltaram a ser interpelados em Porto Alegre. E, se não
houver alterações, o próximo passo da contestação já está agendado,
segundo diz Fidel Sanches: "Estamos à espera da chuva para retomar a
nossa roça".
http://www.publico.pt/africa/jornal/oleo-de-palma-floresta-e-conflito-26892012#/1
30/07/2013 - 00:00
2 / 11
Num país essencialmente pobre, um grande projecto agro-florestal
começa com atropelos ambientais e sociais, provocando uma onda de
contestação.
São apenas 50 quilómetros entre São Tomé e Ribeira Peixe, mas o
caminho faz-se devagar. A estrada é sinuosa, acomoda-se ao contorno da
costa e vence a orografia em curvas e declives, com o mar à esquerda e
a floresta verdejante à direita.
Alguns minutos além do rio Iô Grande surgem as primeiras palmeiras.
Estão alinhadas em fileiras, entre as quais foi semeada uma leguminosa
para fertilizar o solo. O conjunto estende-se num tapete geométrico
até ao limite onde a floresta foi cortada. Ao fundo, enquadrado por
esta paisagem dual, vê-se o Cão Grande, o curioso dedo vulcânico que
se eleva a 663 metros de altitude.
O cenário é tudo menos um simples cartão postal de São Tomé e
Príncipe. Aquelas palmeiras fazem parte de uma exploração
agro-florestal que é o tema do momento no país. Implica derrubar áreas
de floresta para produzir óleo de palma e está a semear a discórdia
entre cidadãos, organizações não-governamentais, empresas e
administração central.
Não é uma história que se encaixe numa divisão simplista entre
defensores e destruidores da natureza. São Tomé e Príncipe é um país
pobre, com um PIBper capita de 1100 euros por ano, 6% do português. As
roças de cacau e de café que alimentaram a economia colonial estão
quase todas falidas. Nas cidades há poucos empregos.
O país precisa de investimento. Mas a população não está disposta a
aceitá-lo a qualquer custo. O trinómio idílico do desenvolvimento
sustentável, onde a economia, o ambiente e o bem-estar social andam de
mãos dadas, não está aqui a funcionar.
Produzir óleo de palma não é uma novidade no país. No anos 1980, o
Governo criou a Empresa de Óleos Vegetais (Emolve) e plantou cerca de
600 hectares de palmeira-andim (Elaeis guineensis) no Sul de São Tomé.
O projecto durou pouco e estava moribundo quando, há cinco anos, o
Governo começou a negociar uma parceria para o ressuscitar. Surgiu
então a Agripalma, com 12% de capital do Estado são-tomense e 88% da
STP Invest, uma sociedade belga cujos responsáveis estão ligados a
empresas da área das renováveis.
A ideia é replantar e ampliar os palmares para quase 5000 hectares e
construir uma fábrica. O investimento equivale a 29 milhões de euros e
a produção esperada é de 20 mil toneladas de óleo de palma por ano, em
2017. Parte destina-se ao consumo local e parte será exportada.
Corrida a África
O projecto surge num momento em que muitos investidores estão de olho
na exploração do óleo de palma em África. Actualmente, 85% da produção
mundial vem da Indonésia e da Malásia, com destino sobretudo à China,
Índia e União Europeia. Com a expectativa de duplicação do consumo até
2020 - como óleo comestível e para a produção de biodiesel -, outras
áreas de cultivo estão a ser procuradas nos trópicos.
Num relatório de Dezembro de 2011, o Programa das Nações Unidas para o
Ambiente já alertava para a destruição de florestas tropicais devido
"à rápida expansão da monocultura do óleo de palma". Conflitos
ambientais e sociais, em especial pela posse da terra, têm sido
reportados em países africanos como a Nigéria, Camarões, Gana,
República Democrática do Congo, Costa do Marfim.
Em São Tomé é Príncipe, estão a repetir-se, desde que os contratos com
a Agripalma foram assinados em 2009. "A partir deste momento, as
coisas começaram a correr mal", queixa-se Bastien Loloum, organização
não-governamental Marapa (Mar, Ambiente e Pesca Artesanal). O estudo
de impacto ambiental, diz Loloum, é deficiente, não teve consulta
pública e foi difícil de obter. "Estava na Bélgica, em inglês, e a
tradução é má", afirma.
Em documentos do projecto, há várias referências a compromissos de
responsabilidade ambiental. A própria empresa que executará o projecto
- a Socfinco, detentora de 100 mil hectares de palmares em África - é
fundadora daRoundtable Sustainable Palm Oil, criada pelos produtores
em 2004 para garantir que as explorações seguem os preceitos do
desenvolvimento sustentável.
No terreno, porém, os exemplos contrários multiplicam-se quando se
passa a cidade de Porto Alegre, no extremo sul de São Tomé, e se segue
por uma estrada irregular de terra batida. Depois de um pequeno
percurso a pé, entre fetos e coqueiros, Bastien Loloum mostra uma área
pejada de árvores abatidas. Ali passa um curso de água que mal se
vislumbra. "Deviam ter guardado uma faixa de 40 metros a partir da
ribeira", lamenta Loloum, que coordena projectos da Marapa naquela
região.
Mais à frente, o caminho passa por troços difíceis, com pequenas
pontes periclitantes, até desaguar numa área com amplas faixas de
floresta abertas para as palmeiras. Há ribeiras entulhadas com troncos
e acentuados declives recém-despidos. A vulnerabilidade à erosão é
evidente.
Foi nesta área que a população se rebelou contra o avanço das
máquinas. O projecto previa, na região de Porto Alegre, o envolvimento
dos agricultores locais - num modelo distinto das plantações
industriais em Ribeira Peixe. Mas os moradores dizem que os bulldozers
avançaram sem aviso nem cerimónia. "O problema é a maneira como estão
a agir na comunidade", afirma Fidel Sanches, presidente da Associação
Comunitária de Porto Alegre.
Reforma falhada
Em grande medida, o que foi derrubado correspondia às ruínas de uma
reforma fundiária falhada, que teve início nos anos 1990.
Ex-trabalhadores das roças receberam lotes de terreno do Estado. Mas,
por falta de apoio, de formação ou de iniciativa, muitos nunca
cultivaram a sério os seus talhões. Hoje simplesmente retiram da terra
o que a terra lhes dá - algum cacau ou café remanescente, bananas,
cocos, fruta-pão. Das próprias palmeiras extrai-se a seiva para fazer
o vinho de palma. Grandes árvores transformam-se em madeira, o
material de construção mais popular na ilha. "A terra não era
cultivada, mas havia a nossa madeira que estávamos a proteger",
justifica Fidel Sanches. "Derrubaram e destruíram", acrescenta.
O sangue ferveu numa manhã de Maio passado. De catanas em punho, a
população impediu o avanço das máquinas. A Agripalma suspendeu as
operações e agora vêem-se no local apenas alguns trabalhadores a
seccionarem grandes árvores já abatidas.
Num país onde a falta de emprego é um problema, a perspectiva de
trabalho no projecto Agripalma não entusiasma a todos. "São
trabalhadores extras. Não têm regalias, segurança social, se ficam
doentes ninguém lhes paga", diz Adelino dos Prazeres, outro morador de
Porto Alegre.
O conflito social à volta do projecto não é o único. As plantações
estão a tomar o lugar da floresta, com efeitos ainda mal estudados. O
resumo do estudo de impacte ambiental faz uma descrição muito sumária
da fauna e nula da flora. Os impactos sobre a paisagem e a
biodiversidade estão resumidos em três parágrafos curtos. Um deles
diz: "A biodiversidade será preservada como uma prioridade".
São Tomé e Príncipe tem animais e plantas únicos, que não existem em
mais lugar nenhum. A sua avifauna, por exemplo, inclui espécies
criticamente ameaçadas de extinção, como a galinhola (Bostrychia
bocagei), o picanço (Lanius newtoni) e o anjolô (Neospiza concolor).
"A grande questão é que se desconhecem quais são as áreas vitais para
estas espécies", alerta Nuno Barros, da Sociedade Portuguesa para o
Estudo das Aves (SPEA). "Não havendo estudos, pode-se estar a estragar
coisas que nem sequer conhecemos", diz Barros.
Providência cautelar
Organizações como a SPEA somaram as suas preocupações à dos moradores
e de outros sectores da sociedade. O resultado é um movimento cívico
que tem agora agido em conjunto. Uma petição "contra a desflorestação"
foi lançada na Internet e uma queixa formal levou o Ministério Público
a entrar com uma providência cautelar, no princípio de Julho, para
suspender o projecto.
Parte da luta legal tem sido garantida pelo envolvimento de juristas
são-tomensens, como a bastonária da Ordem dos Advogados, Celiza de
Deus Lima, e o ex-procurador-geral da República, Adelino Pereira. Este
advogado tem uma concessão agrícola na zona do projecto, mas diz que o
que o move não é nenhum interesse pessoal. "Quando vi aquilo, fiquei
chocado", afirma, no seu escritório na cidade de São Tomé.
Adelino Pereira não entende como é que o Estado entrou com os terrenos
todos da Agripalma e só ficou com 12% da empresa. "É óbvio que há uma
desproporção imensa". A Agripalma pagará ao Estado uma renda anual de
sete euros por hectare, o que, para o advogado, "é uma aberração".
Parte dos terrenos, embora públicos, pode ser hipotecada para
empréstimos bancários.
Os contratos prevêem uma concessão de até 75 anos, amplas isenções
fiscais e o monopólio da actividade no país, enquanto estiverem a ser
pagos os empréstimos. "Os contratos estão impregnados de vários
vícios", conclui Adelino Pereira.
"Há muita desinformação e muito aproveitamento político", rebate o
director-geral da Agricultura, Carlos Pascoal. O projecto da Agripalma
insere-se numa tentativa de atrair investidores estrangeiros para
viabilizar áreas agrícolas que não estão a ser cultivadas. "Temos de
reagir a esta economia que não existe e alargar a nossa base produtiva
de exportação", diz Carlos Pascoal.
O director-geral admite que nem tudo tem corrido bem. "Houve alguns
erros, áreas que não deveriam ser derrubadas e foram. Mas não se pode
pôr em causa um projecto por erros que são reversíveis", afirma.Depois
das queixas, o Governo criou uma comissão permanente para fiscalizar
os trabalhos, embora muitos duvidem de que haja recursos para manter
os funcionários no terreno.
Carlos Pascoal - que representa o Estado no conselho de gerência da
Agripalma - diz que as cláusulas do contrato são o resultado de oito
meses de negociações e que a renda paga pelos terrenos está acima dos
quatro euros por hectare previstos na legislação. "Não vejo onde está
o crime disto...", comenta.
Terras a menos
O Governo vê como natural a protecção do negócio por um monopólio
enquanto houver dívidas à banca, bem como a hipoteca de terrenos
públicos - já que o próprio Estado é parte interessada no projecto.
Quanto à não-realização de uma consulta pública para o estudo de
impacto ambiental, prevista na lei, Carlos Pascoal pergunta: "Qual é o
projecto que teve consulta pública?"
Há uma questão ainda delicada por resolver. Dos 4917 hectares
previstos no projecto, 1272 seriam concessionados no Príncipe. Mas o
governo regional daquela ilha chumbou a ideia e será impossível
encontrar, na ilha de São Tomé, mais áreas planas para as palmeiras.
"Não temos", diz Carlos Pascoal. O contrato com a STP Invest tem agora
de ser revisto.
Na sede da Agripalma em São Tomé, a política neste momento é a do
silêncio. Ao PÚBLICO foi apenas entregue um comunicado de 19 de Junho,
assinado pelo director-geral Jan Van Eykeren. No documento, a
Agripalma diz que "desde o início do projecto tem procurado respeitar
a protecção do ambiente" e que está a seguir as recomendações contidas
num estudo complementar que mandou fazer sobre a biodiversidade.
Também afirma que não desflorestou qualquer área dentro do Parque
Natural Obô - criado em 2006 e onde se concentra a vegetação original
da ilha -, e que não está a explorar áreas legalmente classificadas
como floresta, já que as zonas concessionadas ou já eram palmares ou
tinham sido reocupadas por coqueiros e outras árvores, depois de
abertas à agricultura há muito tempo. Segundo a Agripalma, não há aves
endémicas na área concessionada.
A empresa refere que está a empregar 800 trabalhadores, com uma folha
de pagamentos mensal de 1500 milhões de dobras (61.000 euros)."Não
vamos destruir o país para dar emprego a 800 pessoas", contesta o
advogado Adelino Pereira. "Não estamos contra a Agripalma. Queremos é
que as coisas sejam bem feitas", completa, repetindo uma afirmação
comum a todos os envolvidos no movimento cívico ouvidos pelo PÚBLICO.
Os ânimos estão longe de acalmar. Na semana passada, trabalhadores da
Agripalma voltaram a ser interpelados em Porto Alegre. E, se não
houver alterações, o próximo passo da contestação já está agendado,
segundo diz Fidel Sanches: "Estamos à espera da chuva para retomar a
nossa roça".
http://www.publico.pt/africa/jornal/oleo-de-palma-floresta-e-conflito-26892012#/1
Vinhos do Tejo exportam 44% da produção
DISTRIBUIÇÃO
por Ana Santos GomesHoje5 comentários
Fotografia © Júlio Pimentel
Em quatro anos, a região vitivinícola do Tejo duplicou o seu índice
exportador. A próxima meta é exportar 50% da produção
Foi para a Suécia que viajaram no ano passado grande parte dos
carregamentos de garrafas de vinhos regionais do Tejo comercializadas
para mercados externos. A Suécia é, atualmente, o principal destino
das exportações de vinho da região, liderando uma lista onde figuram
também Angola, China, Brasil, Inglaterra e Polónia.
"Entre 2008 e 2012 duplicámos as exportações, que representam agora
44% da nossa produção certificada", confirma João Silvestre,
secretário-geral da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Tejo.
Só no ano passado, a região produziu 63 milhões de litros de vinho a
partir dos seus 19 000 hectares de vinha e a venda de garrafas para os
mercados externos é uma prioridade assumida. "O nosso objetivo é
exportar metade da produção e estamos a trabalhar para isso, com bons
índices de crescimento", adianta João Silvestre. A CVR Tejo
identificou a Rússia, o Brasil, a China e os Estados Unidos da América
como os quatro destinos prioritários das ações de promoção dos vinhos
da região.
A viver dias de crescimento acima da média de mercado está também a
região da Península de Setúbal, com uma produção média anual de 40
milhões de litros de vinho. No ano passado, foi também esta a terceira
região que mais vinho exportou para mercados fora da União Europeia,
destacando-se a Suécia, a Holanda, o Reino Unido e a Alemanha entre os
principais destinos de vendas em mercados não comunitários. "Só em
2012 esta região exportou 34% do seu vinho certificado, o que nos
permite criar fundadas expectativas num futuro risonho", admite
Henrique Soares, presidente da CVR da Península de Setúbal. "Esta é
também uma das regiões que mais exporta para Angola, Brasil, Canadá,
Estados Unidos da América e China", assegura Henrique Soares,
reconhecendo que a entrada nestes mercados representa um potencial de
crescimento muito relevante.
Com uma quota de mercado nacional de 12,5% no primeiro semestre deste
ano, a região vitivinícola da Península de Setúbal aposta no
equilíbrio entre vinha nova, vinha madura e vinha velha para obter uma
produção diferenciada, conseguindo ser já a região que mais cresceu na
última década.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3348790
por Ana Santos GomesHoje5 comentários
Fotografia © Júlio Pimentel
Em quatro anos, a região vitivinícola do Tejo duplicou o seu índice
exportador. A próxima meta é exportar 50% da produção
Foi para a Suécia que viajaram no ano passado grande parte dos
carregamentos de garrafas de vinhos regionais do Tejo comercializadas
para mercados externos. A Suécia é, atualmente, o principal destino
das exportações de vinho da região, liderando uma lista onde figuram
também Angola, China, Brasil, Inglaterra e Polónia.
"Entre 2008 e 2012 duplicámos as exportações, que representam agora
44% da nossa produção certificada", confirma João Silvestre,
secretário-geral da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) Tejo.
Só no ano passado, a região produziu 63 milhões de litros de vinho a
partir dos seus 19 000 hectares de vinha e a venda de garrafas para os
mercados externos é uma prioridade assumida. "O nosso objetivo é
exportar metade da produção e estamos a trabalhar para isso, com bons
índices de crescimento", adianta João Silvestre. A CVR Tejo
identificou a Rússia, o Brasil, a China e os Estados Unidos da América
como os quatro destinos prioritários das ações de promoção dos vinhos
da região.
A viver dias de crescimento acima da média de mercado está também a
região da Península de Setúbal, com uma produção média anual de 40
milhões de litros de vinho. No ano passado, foi também esta a terceira
região que mais vinho exportou para mercados fora da União Europeia,
destacando-se a Suécia, a Holanda, o Reino Unido e a Alemanha entre os
principais destinos de vendas em mercados não comunitários. "Só em
2012 esta região exportou 34% do seu vinho certificado, o que nos
permite criar fundadas expectativas num futuro risonho", admite
Henrique Soares, presidente da CVR da Península de Setúbal. "Esta é
também uma das regiões que mais exporta para Angola, Brasil, Canadá,
Estados Unidos da América e China", assegura Henrique Soares,
reconhecendo que a entrada nestes mercados representa um potencial de
crescimento muito relevante.
Com uma quota de mercado nacional de 12,5% no primeiro semestre deste
ano, a região vitivinícola da Península de Setúbal aposta no
equilíbrio entre vinha nova, vinha madura e vinha velha para obter uma
produção diferenciada, conseguindo ser já a região que mais cresceu na
última década.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3348790
Viticultores consideram insuficiente aumento do benefício para as 100.000 pipas
Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
11:38 Segunda feira, 29 de Julho de 2013 |
Peso da Régua, 29 jul (Lusa) -- A Associação dos Vitivinicultores
Independentes do Douro (AVIDouro) afirmou hoje que as 100.000 pipas a
transformar em vinho do Porto nesta vindima são insuficientes para
repor o rendimento dos lavradores durienses, pelo que mantém o
protesto agendado para quarta-feira.
"É manifestamente insuficiente. Nem de longe nem de perto vem
satisfazer as necessidades de repor o rendimento aos viticultores",
afirmou a dirigente da AVIDouro, Berta Santos.
O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP) fixou em 100.000 o número de pipas (550 litros cada) a
beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode
destinar à produção de vinho do Porto).
http://visao.sapo.pt/viticultores-consideram-insuficiente-aumento-do-beneficio-para-as-100000-pipas=f743285
11:38 Segunda feira, 29 de Julho de 2013 |
Peso da Régua, 29 jul (Lusa) -- A Associação dos Vitivinicultores
Independentes do Douro (AVIDouro) afirmou hoje que as 100.000 pipas a
transformar em vinho do Porto nesta vindima são insuficientes para
repor o rendimento dos lavradores durienses, pelo que mantém o
protesto agendado para quarta-feira.
"É manifestamente insuficiente. Nem de longe nem de perto vem
satisfazer as necessidades de repor o rendimento aos viticultores",
afirmou a dirigente da AVIDouro, Berta Santos.
O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP) fixou em 100.000 o número de pipas (550 litros cada) a
beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode
destinar à produção de vinho do Porto).
http://visao.sapo.pt/viticultores-consideram-insuficiente-aumento-do-beneficio-para-as-100000-pipas=f743285
Plantações intensivas na floresta: Deputados respondem afirmativamente ao apelo público
O diploma de acções de arborização e rearborização será chamado ao parlamento
Em resposta ao apelo público lançada na semana passada pelas
organizações subscritoras da carta "É necessário travar a
desregulamentação radical das plantações intensivas na floresta",
deputados de vários grupos parlamentares expressaram o seu apoio à
iniciativa conjunta, tendo-se este apoio materializado com a
apresentação de um pedido de Apreciação Parlamentar e com o pedido de
audição do secretário de Estado das Florestas no Parlamento para
discutir o Decreto-Lei. O primeiro pedido foi da iniciativa do grupo
parlamentar do Partido Comunista Português enquanto o segundo foi de
iniciativa do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.
As organizações congratulam-se com estes pedidos que vão de encontro
às preocupações expressas no apelo público lançado na semana passada e
esperam que estas iniciativas a nível do Parlamento levem ao início de
um processo de discussão sério e aberto sobre este diploma
potencialmente desastroso para o país.
O Decreto-Lei 96/2013, de 19 de Julho, revoga várias legislações que
contêm condicionantes ambientais importantes e imprescindíveis para a
defesa da floresta, do território e da natureza como o 565/99 e
desregulamenta as plantações de espécies exóticas na floresta, pondo
em causa o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, a
Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, a
Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a
Estratégia Europeia da Protecção dos Solos, a Estratégia Nacional para
a Gestão Integrada da Água e a Defesa da Floresta Contra Incêndios.
As organizações subscritoras – LPN, Quercus, GEOTA, FAPAS, Oikos,
Gaia, A Rocha, Flamingo e SPEA – esperam que esta iniciativa abra
espaço a um debate alargado na sociedade sobre o potencial impacto
desta e de outras legislações com o mesmo objectivo, num país
altamente prejudicado pelo desordenamento territorial, a
artificialização dos espaços naturais e elevadíssimo ritmo de perda de
biodiversidade.
29 de Julho de 2013
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/29a.htm
Em resposta ao apelo público lançada na semana passada pelas
organizações subscritoras da carta "É necessário travar a
desregulamentação radical das plantações intensivas na floresta",
deputados de vários grupos parlamentares expressaram o seu apoio à
iniciativa conjunta, tendo-se este apoio materializado com a
apresentação de um pedido de Apreciação Parlamentar e com o pedido de
audição do secretário de Estado das Florestas no Parlamento para
discutir o Decreto-Lei. O primeiro pedido foi da iniciativa do grupo
parlamentar do Partido Comunista Português enquanto o segundo foi de
iniciativa do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.
As organizações congratulam-se com estes pedidos que vão de encontro
às preocupações expressas no apelo público lançado na semana passada e
esperam que estas iniciativas a nível do Parlamento levem ao início de
um processo de discussão sério e aberto sobre este diploma
potencialmente desastroso para o país.
O Decreto-Lei 96/2013, de 19 de Julho, revoga várias legislações que
contêm condicionantes ambientais importantes e imprescindíveis para a
defesa da floresta, do território e da natureza como o 565/99 e
desregulamenta as plantações de espécies exóticas na floresta, pondo
em causa o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, a
Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, a
Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a
Estratégia Europeia da Protecção dos Solos, a Estratégia Nacional para
a Gestão Integrada da Água e a Defesa da Floresta Contra Incêndios.
As organizações subscritoras – LPN, Quercus, GEOTA, FAPAS, Oikos,
Gaia, A Rocha, Flamingo e SPEA – esperam que esta iniciativa abra
espaço a um debate alargado na sociedade sobre o potencial impacto
desta e de outras legislações com o mesmo objectivo, num país
altamente prejudicado pelo desordenamento territorial, a
artificialização dos espaços naturais e elevadíssimo ritmo de perda de
biodiversidade.
29 de Julho de 2013
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/29a.htm
IKEA doa 3,5 milhões de doses de almôndegas a bancos alimentares
A comercialização das doses de almôndegas foi suspensa este ano,
depois de terem sido encontrados vestígios de carne de cavalo em três
lotes
IKEA doa almôndegas a bancos alimentares
D.R.
29/07/2013 | 19:04 | Dinheiro Vivo
O Grupo IKEA doou 3,5 milhões de doses de almôndegas à Federação
Europeia dos Bancos Alimentares (FEBA), sendo metade da oferta
destinada ao Banco Alimentar Contra a Fome, que distribuirá os
alimentos pelos 16 centros de Portugal.
A comercialização das doses de almôndegas foi suspensa em março deste
ano nas superfícies do Grupo IKEA, depois de terem sido encontrados
"vestígios de carne de cavalo em apenas três lotes", como se refere em
comunicado.
"A partir desse momento, todas as almôndegas com data de produção
anterior à suspensão das vendas foram armazenadas em arcas
frigoríficas, em centros preparados para o efeito, na Europa. O Grupo
IKEA tem estado, desde então, a avaliar o melhor destino para estes
milhões de refeições, sempre procurando encontrar a solução mais
sustentável e que evitasse o desperdício alimentar", acrescenta-se.
O Grupo IKEA considera que os alimentos ofertados "são de qualidade,
absolutamente seguros e saudáveis e estão em perfeitas condições para
consumo".
"A génese do Banco Alimentar Contra a Fome assenta nos princípios da
dádiva e da partilha, na gratuidade das contribuições, na luta contra
o desperdício de produtos alimentares e na sua repartição pelas
pessoas mais necessitadas. A doação do Grupo IKEA à FEBA insere-se,
sem qualquer dúvida, nos princípios orientadores da nossa missão",
considera a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares
Contra a Fome, Isabel Jonet.
A FEBA é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que
se dedica a combater a fome e o desperdício alimentar na Europa.
A oferta deste lote de doses de almôndegas sucede à decisão do
Ministério Público, tomada na semana passada, em entregar a
instituições de solidariedade social os produtos apreendidos em
fevereiro pela ASAE com carne de cavalo que não apresentam riscos para
a saúde.
Os produtos foram apreendidos no âmbito de sete dos 14 inquéritos
instaurados por suspeita de presença de proteína de cavalo em produtos
de carne bovina expostos para venda.
O MP arquivou sete dos 14 inquéritos abertos após ter sido detetada
proteína de cavalo em amostras de produtos de carne bovina vendida ao
público.
Os processos-crimes foram abertos pelo MP na sequência de deteção, em
fevereiro, da presença de carne de cavalo em lasanhas, canelones,
hambúrgueres e almôndegas em 13 amostras de produtos alimentares
comercializados em vários estabelecimentos.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO216032.html?page=0
depois de terem sido encontrados vestígios de carne de cavalo em três
lotes
IKEA doa almôndegas a bancos alimentares
D.R.
29/07/2013 | 19:04 | Dinheiro Vivo
O Grupo IKEA doou 3,5 milhões de doses de almôndegas à Federação
Europeia dos Bancos Alimentares (FEBA), sendo metade da oferta
destinada ao Banco Alimentar Contra a Fome, que distribuirá os
alimentos pelos 16 centros de Portugal.
A comercialização das doses de almôndegas foi suspensa em março deste
ano nas superfícies do Grupo IKEA, depois de terem sido encontrados
"vestígios de carne de cavalo em apenas três lotes", como se refere em
comunicado.
"A partir desse momento, todas as almôndegas com data de produção
anterior à suspensão das vendas foram armazenadas em arcas
frigoríficas, em centros preparados para o efeito, na Europa. O Grupo
IKEA tem estado, desde então, a avaliar o melhor destino para estes
milhões de refeições, sempre procurando encontrar a solução mais
sustentável e que evitasse o desperdício alimentar", acrescenta-se.
O Grupo IKEA considera que os alimentos ofertados "são de qualidade,
absolutamente seguros e saudáveis e estão em perfeitas condições para
consumo".
"A génese do Banco Alimentar Contra a Fome assenta nos princípios da
dádiva e da partilha, na gratuidade das contribuições, na luta contra
o desperdício de produtos alimentares e na sua repartição pelas
pessoas mais necessitadas. A doação do Grupo IKEA à FEBA insere-se,
sem qualquer dúvida, nos princípios orientadores da nossa missão",
considera a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares
Contra a Fome, Isabel Jonet.
A FEBA é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que
se dedica a combater a fome e o desperdício alimentar na Europa.
A oferta deste lote de doses de almôndegas sucede à decisão do
Ministério Público, tomada na semana passada, em entregar a
instituições de solidariedade social os produtos apreendidos em
fevereiro pela ASAE com carne de cavalo que não apresentam riscos para
a saúde.
Os produtos foram apreendidos no âmbito de sete dos 14 inquéritos
instaurados por suspeita de presença de proteína de cavalo em produtos
de carne bovina expostos para venda.
O MP arquivou sete dos 14 inquéritos abertos após ter sido detetada
proteína de cavalo em amostras de produtos de carne bovina vendida ao
público.
Os processos-crimes foram abertos pelo MP na sequência de deteção, em
fevereiro, da presença de carne de cavalo em lasanhas, canelones,
hambúrgueres e almôndegas em 13 amostras de produtos alimentares
comercializados em vários estabelecimentos.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO216032.html?page=0
Investigadores de Coimbra clonam tamarilho para produzir o fruto em Portugal
Lusa29 Jul, 2013, 17:09
Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) obtiverem, através de
"técnicas de clonagem", um "conjunto de plantas selecionadas" de
tamarilho "altamente promissoras para afirmar a produção e consumo
deste fruto exótico" em Portugal.
A partir de material vegetal proveniente de diferentes origens,
designadamente da Madeira e dos Açores (onde há pequenas produções),
os investigadores conseguiram desenvolver "um método de clonagem por
embriogénese somática" (processo que permite "multiplicar plantas
selecionadas") do tamarilho, anunciou hoje a UC.
Fruto originário da América do Sul, "ainda pouco conhecido em
Portugal", tanto pela população como pelos produtores e pela
indústria, o tamarilho possui "características nutricionais muito
interessantes, devido ao elevado índice antioxidante e baixo teor
calórico".
A técnica utilizada pelos investigadores permite a manutenção, através
das plantas selecionadas, das "características originais com interesse
e garantir uma produção rápida e resistente", como, por exemplo, a
"pragas e intempéries", o que "no caso do tamarilho assume grande
importância, já que é uma fruteira muito sensível às geadas".
Os métodos convencionais de propagação por semente "não permitem
manter a qualidade da planta mãe", salienta a bióloga Sandra Correia,
que desenvolveu a sua tese de doutoramento no âmbito desta pesquisa.
Os resultados da investigação, desenvolvida no Centro de Ecologia
Funcional da UC, têm um grande potencial de aplicação na gastronomia e
na indústria, acredita Jorge Canhoto, coordenador do estudo.
"Há dez anos", o mirtilo "também não era conhecido em Portugal e
agora, não só é muito consumido", como também é já significativa a sua
exportação, refere o especialista, sublinhando que existe "plantas, os
genótipos de excelência e a tecnologia para transferir para
indústria".
Trata-se de "um nicho económico a explorar", sustentam os autores do
estudo, sublinhando que "a designada gastronomia gourmet aposta em
produtos novos e o tamarilho, devido à sua característica agridoce,
pode fazer diferença no cardápio" -- é um fruto "excelente para inovar
e surpreender nos doces, sumos, compotas e pratos gastronómicos".
Com um ensaio piloto em curso no Jardim Botânico da UC, os
investigadores tencionam "micropropagar plantas em larga escala", no
âmbito da UC InProplant, uma associação estabelecida entre a UC e a
empresa InProplant, que tem como principais áreas de atuação os
setores agro-frutícola e florestal.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=670102&tm=6&layout=121&visual=49
Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) obtiverem, através de
"técnicas de clonagem", um "conjunto de plantas selecionadas" de
tamarilho "altamente promissoras para afirmar a produção e consumo
deste fruto exótico" em Portugal.
A partir de material vegetal proveniente de diferentes origens,
designadamente da Madeira e dos Açores (onde há pequenas produções),
os investigadores conseguiram desenvolver "um método de clonagem por
embriogénese somática" (processo que permite "multiplicar plantas
selecionadas") do tamarilho, anunciou hoje a UC.
Fruto originário da América do Sul, "ainda pouco conhecido em
Portugal", tanto pela população como pelos produtores e pela
indústria, o tamarilho possui "características nutricionais muito
interessantes, devido ao elevado índice antioxidante e baixo teor
calórico".
A técnica utilizada pelos investigadores permite a manutenção, através
das plantas selecionadas, das "características originais com interesse
e garantir uma produção rápida e resistente", como, por exemplo, a
"pragas e intempéries", o que "no caso do tamarilho assume grande
importância, já que é uma fruteira muito sensível às geadas".
Os métodos convencionais de propagação por semente "não permitem
manter a qualidade da planta mãe", salienta a bióloga Sandra Correia,
que desenvolveu a sua tese de doutoramento no âmbito desta pesquisa.
Os resultados da investigação, desenvolvida no Centro de Ecologia
Funcional da UC, têm um grande potencial de aplicação na gastronomia e
na indústria, acredita Jorge Canhoto, coordenador do estudo.
"Há dez anos", o mirtilo "também não era conhecido em Portugal e
agora, não só é muito consumido", como também é já significativa a sua
exportação, refere o especialista, sublinhando que existe "plantas, os
genótipos de excelência e a tecnologia para transferir para
indústria".
Trata-se de "um nicho económico a explorar", sustentam os autores do
estudo, sublinhando que "a designada gastronomia gourmet aposta em
produtos novos e o tamarilho, devido à sua característica agridoce,
pode fazer diferença no cardápio" -- é um fruto "excelente para inovar
e surpreender nos doces, sumos, compotas e pratos gastronómicos".
Com um ensaio piloto em curso no Jardim Botânico da UC, os
investigadores tencionam "micropropagar plantas em larga escala", no
âmbito da UC InProplant, uma associação estabelecida entre a UC e a
empresa InProplant, que tem como principais áreas de atuação os
setores agro-frutícola e florestal.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=670102&tm=6&layout=121&visual=49
Milho: Área semeada regista um aumento de 7% face a 2012
Área de milho aumenta em Portugal, num ano marcado pela acentuada e
crescente volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial
Segundo os dados provisórios do IFAP, a que a ANPROMIS teve
recentemente acesso, a área cultivada com milho para grão registou em
Portugal, face a 2012, um aumento de 7%, passando de 94.784ha para os
actuais 101.766ha.
Este aumento reflecte, de forma inequívoca, o significativo esforço de
investimento efectuado pelos produtores nacionais de milho, num
ambiente de elevadas restrições financeiras e confirma o milho como a
cultura arvense com maior expressão em Portugal, ocupando cerca de 40%
da área total de cereais.
Analisado com maior pormenor o aumento da área de milho no nosso país,
semearam-se este ano 146.719ha, dos quais 101.766ha correspondem a
milho para grão e 44.953ha de milho para silagem. Por região, o maior
aumento de área do milho grão verificou-se no Alentejo (+4.541ha),
nomeadamente na zona de Alqueva, seguindo-se-lhe a região de Lisboa e
Vale do Tejo (+3.311ha).
De realçar ainda, que no espaço de três campanhas agrícolas, a área
nacional de milho (grão e silagem) aumentou 9.307ha, a que corresponde
um acréscimo de 14.031ha no caso do milho para grão e a uma redução de
4.724ha no caso do milho para silagem, a que não é alheia a crise que
atravessa o sector leiteiro nacional.
Em relação ao desenvolvimento da cultura, cabe-nos recordar que as
condições climatéricas bastante adversas que se fizeram sentir
durante esta primavera (precipitação abundante e temperaturas
reduzidas), dificultaram não só as sementeiras do milho em vastas
áreas do nosso território, como condicionaram consideravelmente o
normal desenvolvimento de inúmeras searas de Norte a Sul do país.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, "as ultimas
três campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta
cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara
prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os
agricultores portugueses e para a economia nacional".
"Apesar da habitual e acentuada volatilidade dos preços que
caracteriza o mercado mundial de cereais, a verdade é que os nossos
produtores têm-se revelado cada vez mais competitivos e capazes de
responder às necessidades do mercado. A comprová-lo está o cultivo do
milho em novas áreas de regadio como Alqueva, que é hoje em dia uma
realidade, e que traduz a capacidade de investimento e de afirmação
dos produtores nacionais de milho, numa altura de grandes restrições
financeiras", acrescenta Luis Vasconcellos e Souza.
fonte: multicom
crescente volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial
Segundo os dados provisórios do IFAP, a que a ANPROMIS teve
recentemente acesso, a área cultivada com milho para grão registou em
Portugal, face a 2012, um aumento de 7%, passando de 94.784ha para os
actuais 101.766ha.
Este aumento reflecte, de forma inequívoca, o significativo esforço de
investimento efectuado pelos produtores nacionais de milho, num
ambiente de elevadas restrições financeiras e confirma o milho como a
cultura arvense com maior expressão em Portugal, ocupando cerca de 40%
da área total de cereais.
Analisado com maior pormenor o aumento da área de milho no nosso país,
semearam-se este ano 146.719ha, dos quais 101.766ha correspondem a
milho para grão e 44.953ha de milho para silagem. Por região, o maior
aumento de área do milho grão verificou-se no Alentejo (+4.541ha),
nomeadamente na zona de Alqueva, seguindo-se-lhe a região de Lisboa e
Vale do Tejo (+3.311ha).
De realçar ainda, que no espaço de três campanhas agrícolas, a área
nacional de milho (grão e silagem) aumentou 9.307ha, a que corresponde
um acréscimo de 14.031ha no caso do milho para grão e a uma redução de
4.724ha no caso do milho para silagem, a que não é alheia a crise que
atravessa o sector leiteiro nacional.
Em relação ao desenvolvimento da cultura, cabe-nos recordar que as
condições climatéricas bastante adversas que se fizeram sentir
durante esta primavera (precipitação abundante e temperaturas
reduzidas), dificultaram não só as sementeiras do milho em vastas
áreas do nosso território, como condicionaram consideravelmente o
normal desenvolvimento de inúmeras searas de Norte a Sul do país.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, "as ultimas
três campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta
cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara
prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os
agricultores portugueses e para a economia nacional".
"Apesar da habitual e acentuada volatilidade dos preços que
caracteriza o mercado mundial de cereais, a verdade é que os nossos
produtores têm-se revelado cada vez mais competitivos e capazes de
responder às necessidades do mercado. A comprová-lo está o cultivo do
milho em novas áreas de regadio como Alqueva, que é hoje em dia uma
realidade, e que traduz a capacidade de investimento e de afirmação
dos produtores nacionais de milho, numa altura de grandes restrições
financeiras", acrescenta Luis Vasconcellos e Souza.
fonte: multicom
Compal atribuiu 60 mil euros a 3 jovens candidatos a fruticultores
30.07.2013 17:06
ECONOMIA
É mais um exemplo de quem decide mudar de vida e apostar na terra. Três candidatos a produtores de fruta vão lançar-se na actividade depois de um curso de formação em que apresentaram projectos vencedores.
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013/07/30/compal-atribuiu-60-mil-euros-a-3-jovens-candidatos-a-fruticultores
segunda-feira, 29 de julho de 2013
É dos maiores especialistas mundiais: "Há vinhos tão bons em Portugal que é difícil seleccionar 50"
Joshua Green é director da revista Wine & Spirits desde 1986. E há
mais de trinta anos que conhece os vinhos portugueses
Vinhos portugueses
Hêrnani Pereira
29/07/2013 | 15:45 | Dinheiro Vivo
Portugal deve explorar a diversidade das suas castas e tirar partido
do cariz único que estas variedades introduzem nos seus vinhos. Quem o
diz é Joshua Greene, um dos mais conceituados críticos
norte-americanos, que esta semana esteve em Portugal a convite da
ViniPortugal. Joshua Greene é um apaixonado pelos nossos vinhos e,
embora assuma que não são fáceis de entender, frisa que essa é a sua
grande vantagem.
"Ninguém nos EUA conhece a trincadeira ou o avesso [castas autóctones]
e isso é um valor imenso para os produtores portugueses, não há razão
nenhuma para plantarem cabernet ou chardonnay. Devem, sim, educar os
consumidores americanos sobre a sua diversidade, castas e regiões. Dá
trabalho, claro que sim, mas isso permite-lhes criar o seu próprio
mercado", afirma.
Há 30 anos que Joshua Greene visita Portugal com regularidade. Agora,
a ViniPortugal desafiou-o a selecionar os 50 melhores vinhos
portugueses para os EUA, um mercado prioritário para o setor. Nos
últimos três meses, Joshua passou uma semana por mês em Portugal a
escolher os melhores dos melhores entre mais de 600 vinhos que provou.
Uma tarefa árdua, que agora terminou e cujos resultados serão
conhecidos numa gala em Nova Iorque a 24 de janeiro do próximo ano.
Responsável pela revista Wine & Spirits desde 1986, Joshua Greene é o
segundo especialista norte-americano a quem coube esta difícil tarefa.
O primeiro foi o master sommelier e o master of wine Doug Frost. O
Dinheiro Vivo entrevistou Joshua Greene e quis saber em que é que a
sua seleção irá ser diferente da de Frost. "Somos pessoas diferentes,
temos gostos diferentes. Penso que quem conhece o meu gosto vai
perceber muito bem a minha escolha. Penso que será um pouco mais
tradicional do que a dele", afirmou.
Uma coisa é certa: a tarefa é tudo, menos fácil. "É muito difícil,
muito doloroso. O objetivo é mostrar Portugal no seu todo", diz
Joshua, explicando que pretende escolher vinhos "muito
característicos" de cada uma das regiões, pelo que foi "muito útil" ir
eliminando os vinhos de estilo mais internacional. "Mas há vinhos tão
bons que é muito difícil escolher só 50. Estou a deixar de fora
excelentes vinhos e isso deixa-me muito triste", sublinha.
Os EUA e o vinho
O mercado norte-americano é, atualmente, o quarto principal destino
das exportações de vinho português, tendo crescido 8,4% em 2012, para
51,3 milhões de euros. A meta estabelecida pela ViniPortugal, que está
a aplicar dois milhões de euros do seu plano de promoção neste mercado
este ano, é a de conseguir um aumento das exportações portuguesas para
os EUA em 40% num período de três anos. A meio do percurso, Jorge
Monteiro, presidente da ViniPortugal, assegura que os dados mostram
que o objetivo será atingido.
Os EUA são, provavelmente, o maior mercado de vinho no mundo. Com uma
população de 314 milhões de pessoas, provenientes de praticamente todo
o mundo, quisemos saber que tipo de vinhos é que o consumidor
americano prefere.
Joshua Greene aponta, precisamente, a profusão de culturas para
assegurar que não há um consumidor-tipo. "Neste momento, há duas
categorias que vieram do nada e estão a 'bombar' e a conquistar novos
consumidores para o vinho. Temos os jovens, dos 20 aos 27 anos, que
bebem vinhos tintos muito doces. E há um boom enorme, entre os
consumidores afro-americanos e hispânicos, do Moscato. O Moscato Asti,
o da Califórnia... Pode ser uma oportunidade para o moscatel
português, se for feito dentro daquele estilo doce, com um baixo grau
alcoólico, na ordem dos 5 a 6%, e com um toque de frisante", explica o
crítico.
Mercado potencial e em grande desenvolvimento é, também, o dos
apreciadores de vinhos naturais. "Há uma variedade imensa de gostos.
Para o produtor português, creio que o desafio será chegar aos EUA e
identificar quem é o seu consumidor potencial. Assim que o encontrar,
só tem de expandir", defende Joshua Greene.
Questionado sobre a região portuguesa que mais aprecia, o crítico
norte-americano não hesita em apontar o Douro, classificando-o como um
dos "terroirs de excelência em qualquer parte do mundo" e destacando o
papel do homem na sua construção. "Para mim, é a região mais dramática
do ponto de vista físico e a mais emocionante de todas", frisa. Mas no
que à presença dos vinhos portugueses no mercado americano diz
respeito, Joshua destaca os verdes. "Há muitos americanos que
adotaram, realmente, o vinho verde como o seu vinho e que o servem nos
casamentos e aniversários", explica, apontando a "excelente relação
qualidade/preço" como o factor distintivo. E, a reboque do vinho
verde, "há muitos importadores que começam a comprar outros vinhos
portugueses. Esse foi o ponto de acesso ao trade", diz.
Joshua assume que foi a existência de vinhos de "excelente qualidade"
a preço muito baixo - "compravamos vinho a menos de um dólar a
garrafa, era de doidos" - que o conquistou há 30 anos quando começou a
visitar Portugal.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO216019.html?page=0
mais de trinta anos que conhece os vinhos portugueses
Vinhos portugueses
Hêrnani Pereira
29/07/2013 | 15:45 | Dinheiro Vivo
Portugal deve explorar a diversidade das suas castas e tirar partido
do cariz único que estas variedades introduzem nos seus vinhos. Quem o
diz é Joshua Greene, um dos mais conceituados críticos
norte-americanos, que esta semana esteve em Portugal a convite da
ViniPortugal. Joshua Greene é um apaixonado pelos nossos vinhos e,
embora assuma que não são fáceis de entender, frisa que essa é a sua
grande vantagem.
"Ninguém nos EUA conhece a trincadeira ou o avesso [castas autóctones]
e isso é um valor imenso para os produtores portugueses, não há razão
nenhuma para plantarem cabernet ou chardonnay. Devem, sim, educar os
consumidores americanos sobre a sua diversidade, castas e regiões. Dá
trabalho, claro que sim, mas isso permite-lhes criar o seu próprio
mercado", afirma.
Há 30 anos que Joshua Greene visita Portugal com regularidade. Agora,
a ViniPortugal desafiou-o a selecionar os 50 melhores vinhos
portugueses para os EUA, um mercado prioritário para o setor. Nos
últimos três meses, Joshua passou uma semana por mês em Portugal a
escolher os melhores dos melhores entre mais de 600 vinhos que provou.
Uma tarefa árdua, que agora terminou e cujos resultados serão
conhecidos numa gala em Nova Iorque a 24 de janeiro do próximo ano.
Responsável pela revista Wine & Spirits desde 1986, Joshua Greene é o
segundo especialista norte-americano a quem coube esta difícil tarefa.
O primeiro foi o master sommelier e o master of wine Doug Frost. O
Dinheiro Vivo entrevistou Joshua Greene e quis saber em que é que a
sua seleção irá ser diferente da de Frost. "Somos pessoas diferentes,
temos gostos diferentes. Penso que quem conhece o meu gosto vai
perceber muito bem a minha escolha. Penso que será um pouco mais
tradicional do que a dele", afirmou.
Uma coisa é certa: a tarefa é tudo, menos fácil. "É muito difícil,
muito doloroso. O objetivo é mostrar Portugal no seu todo", diz
Joshua, explicando que pretende escolher vinhos "muito
característicos" de cada uma das regiões, pelo que foi "muito útil" ir
eliminando os vinhos de estilo mais internacional. "Mas há vinhos tão
bons que é muito difícil escolher só 50. Estou a deixar de fora
excelentes vinhos e isso deixa-me muito triste", sublinha.
Os EUA e o vinho
O mercado norte-americano é, atualmente, o quarto principal destino
das exportações de vinho português, tendo crescido 8,4% em 2012, para
51,3 milhões de euros. A meta estabelecida pela ViniPortugal, que está
a aplicar dois milhões de euros do seu plano de promoção neste mercado
este ano, é a de conseguir um aumento das exportações portuguesas para
os EUA em 40% num período de três anos. A meio do percurso, Jorge
Monteiro, presidente da ViniPortugal, assegura que os dados mostram
que o objetivo será atingido.
Os EUA são, provavelmente, o maior mercado de vinho no mundo. Com uma
população de 314 milhões de pessoas, provenientes de praticamente todo
o mundo, quisemos saber que tipo de vinhos é que o consumidor
americano prefere.
Joshua Greene aponta, precisamente, a profusão de culturas para
assegurar que não há um consumidor-tipo. "Neste momento, há duas
categorias que vieram do nada e estão a 'bombar' e a conquistar novos
consumidores para o vinho. Temos os jovens, dos 20 aos 27 anos, que
bebem vinhos tintos muito doces. E há um boom enorme, entre os
consumidores afro-americanos e hispânicos, do Moscato. O Moscato Asti,
o da Califórnia... Pode ser uma oportunidade para o moscatel
português, se for feito dentro daquele estilo doce, com um baixo grau
alcoólico, na ordem dos 5 a 6%, e com um toque de frisante", explica o
crítico.
Mercado potencial e em grande desenvolvimento é, também, o dos
apreciadores de vinhos naturais. "Há uma variedade imensa de gostos.
Para o produtor português, creio que o desafio será chegar aos EUA e
identificar quem é o seu consumidor potencial. Assim que o encontrar,
só tem de expandir", defende Joshua Greene.
Questionado sobre a região portuguesa que mais aprecia, o crítico
norte-americano não hesita em apontar o Douro, classificando-o como um
dos "terroirs de excelência em qualquer parte do mundo" e destacando o
papel do homem na sua construção. "Para mim, é a região mais dramática
do ponto de vista físico e a mais emocionante de todas", frisa. Mas no
que à presença dos vinhos portugueses no mercado americano diz
respeito, Joshua destaca os verdes. "Há muitos americanos que
adotaram, realmente, o vinho verde como o seu vinho e que o servem nos
casamentos e aniversários", explica, apontando a "excelente relação
qualidade/preço" como o factor distintivo. E, a reboque do vinho
verde, "há muitos importadores que começam a comprar outros vinhos
portugueses. Esse foi o ponto de acesso ao trade", diz.
Joshua assume que foi a existência de vinhos de "excelente qualidade"
a preço muito baixo - "compravamos vinho a menos de um dólar a
garrafa, era de doidos" - que o conquistou há 30 anos quando começou a
visitar Portugal.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO216019.html?page=0
800 concorreram a cargos de chefia
Função Pública: Comissão de seleção propõe 49 pessoas
O Ministério da Agricultura lançou mais de metade dos concursos para
cargos de topo na Administração Pública, seguido pelo da Economia
Por:Raquel Oliveira
Cerca de 800 funcionários públicos candidataram-se a cargos de topo da
Administração Pública, tendo sido propostos apenas 49 ao Governo. A
maioria dos concursos para cargos dirigentes – inspetores-gerais,
presidentes de conselhos diretivos e diretores, entre outros – foram
lançados pelo Ministério da Agricultura, liderado por Assunção
Cristas.
A média de candidatos por concurso público foi de 14 funcionários por
cargo, de acordo com o balanço de um ano da Comissão de Recrutamento e
Seleção para a Administração Pública (CRESAP), que lançou o primeiro
concurso em 24 de agosto de 2012.
Trata-se de menos de metade da meta defendida pelo organismo presidido
por João Bilhim, que tem por objetivo admitir uma média de 30
candidatos por concurso.
O Ministério da Agricultura foi o que mais concursos lançou, 57,4 por
cento do total, seguido pelo da Economia, com 35,2 por cento.
No total, foram anulados quatro concursos, um ficou deserto (ver
caixa) e outro foi suspenso por indicação da tutela. Ainda de acordo
com o balanço da CRESAP, decorrem neste momento 57 concursos.
Além de dirigentes da Administração Pública, a CRESAP emite ainda
pareceres sobre gestores públicos. Desde agosto do ano passado, a
comissão já analisou currículos de 276 personalidades, para ocuparem
cargos em 113 entidades, entre os quais os membros do conselho de
administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
No âmbito dos pareceres sobre gestores para empresas públicas, a
comissão avalia o currículo das personalidades, desde a sua
experiência profissional, à motivação, orientação estratégia,
liderança e até sensibilidade social.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/800-concorreram-a-cargos-de-chefia
O Ministério da Agricultura lançou mais de metade dos concursos para
cargos de topo na Administração Pública, seguido pelo da Economia
Por:Raquel Oliveira
Cerca de 800 funcionários públicos candidataram-se a cargos de topo da
Administração Pública, tendo sido propostos apenas 49 ao Governo. A
maioria dos concursos para cargos dirigentes – inspetores-gerais,
presidentes de conselhos diretivos e diretores, entre outros – foram
lançados pelo Ministério da Agricultura, liderado por Assunção
Cristas.
A média de candidatos por concurso público foi de 14 funcionários por
cargo, de acordo com o balanço de um ano da Comissão de Recrutamento e
Seleção para a Administração Pública (CRESAP), que lançou o primeiro
concurso em 24 de agosto de 2012.
Trata-se de menos de metade da meta defendida pelo organismo presidido
por João Bilhim, que tem por objetivo admitir uma média de 30
candidatos por concurso.
O Ministério da Agricultura foi o que mais concursos lançou, 57,4 por
cento do total, seguido pelo da Economia, com 35,2 por cento.
No total, foram anulados quatro concursos, um ficou deserto (ver
caixa) e outro foi suspenso por indicação da tutela. Ainda de acordo
com o balanço da CRESAP, decorrem neste momento 57 concursos.
Além de dirigentes da Administração Pública, a CRESAP emite ainda
pareceres sobre gestores públicos. Desde agosto do ano passado, a
comissão já analisou currículos de 276 personalidades, para ocuparem
cargos em 113 entidades, entre os quais os membros do conselho de
administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
No âmbito dos pareceres sobre gestores para empresas públicas, a
comissão avalia o currículo das personalidades, desde a sua
experiência profissional, à motivação, orientação estratégia,
liderança e até sensibilidade social.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/800-concorreram-a-cargos-de-chefia
Vinho do Porto ameaça com boicote às taxas
As empresas de vinho do Porto ameaçam deixar de pagar taxas de
certificação, que, só em 2012, renderam 4,9 milhões de euros aos
Estado. Esta acção é uma resposta ao facto do Governo não dar
continuação à exigência de alteração jurídica do Instituto de Vinhos
do Douro e do Porto, notícia o Diário de Notícias.
As empresas responsáveis pelo fabrico e distribuição de vinho do Porto
ameaçam deixar de pagar as taxas de certificação, que renderam ao
Estado, só em 2012, 4,9 milhões de euros, escreve o Diário de
Notícias.
Depois de ter requisitado ao Governo a alteração jurídica do Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto, transformando-o numa associação de
direito público, as empresas prometem não pagar os impostos devidos.
"Recentemente dissemos à senhora ministra da Agricultura que somos
conhecidos por ter punhos de renda, mas que agora vamos colocar luvas
de boxe porque estamos cheios que nos ignorem. Somos nós que passamos
o cheque, não pode ser assim", reclama o Presidente da Associação das
Empresas de Vinho do Porto, António Saraiva.
A alteração em causa faria com que o conjunto de empresas não
estivesse sujeito a diversas medidas de austeridade, mantendo, no
entanto, as competências públicas.
"Estou saturado disto", indica . "No início do ano, o senhor
primeiro-ministro disse-nos que a decisão política estava tomada e que
rapidamente tudo se resolveria. Até hoje", afirma o responsável.
As vendas de vinho do Porto baixaram 12 milhões de garrafas apenas na
última década.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=202128
certificação, que, só em 2012, renderam 4,9 milhões de euros aos
Estado. Esta acção é uma resposta ao facto do Governo não dar
continuação à exigência de alteração jurídica do Instituto de Vinhos
do Douro e do Porto, notícia o Diário de Notícias.
As empresas responsáveis pelo fabrico e distribuição de vinho do Porto
ameaçam deixar de pagar as taxas de certificação, que renderam ao
Estado, só em 2012, 4,9 milhões de euros, escreve o Diário de
Notícias.
Depois de ter requisitado ao Governo a alteração jurídica do Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto, transformando-o numa associação de
direito público, as empresas prometem não pagar os impostos devidos.
"Recentemente dissemos à senhora ministra da Agricultura que somos
conhecidos por ter punhos de renda, mas que agora vamos colocar luvas
de boxe porque estamos cheios que nos ignorem. Somos nós que passamos
o cheque, não pode ser assim", reclama o Presidente da Associação das
Empresas de Vinho do Porto, António Saraiva.
A alteração em causa faria com que o conjunto de empresas não
estivesse sujeito a diversas medidas de austeridade, mantendo, no
entanto, as competências públicas.
"Estou saturado disto", indica . "No início do ano, o senhor
primeiro-ministro disse-nos que a decisão política estava tomada e que
rapidamente tudo se resolveria. Até hoje", afirma o responsável.
As vendas de vinho do Porto baixaram 12 milhões de garrafas apenas na
última década.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=202128
Agricultura perdeu relevo ou deu um salto qualitativo?
SECTOR PRIMÁRIO
por Rui Marques SimõesHojeComentar
É uma discussão com vozes dissonantes e sem acordo possível: a
agricultura nacional está melhor ou pior do que há um quarto de
século? O estudo "25 anos de Portugal europeu"revela um País onde o
número de agricultores e explorações agrícolas caiu para metade, o
sector primário perdeu relevo e as importações de produtos alimentares
aumentaram. Mas a agricultura nacional também se modernizou, mecanizou
e tornou mais empresarial. E há quem diga que esse pulo era impensável
há um quarto de século.
Nada ficou igual na agricultura portuguesa, no passar de um quarto de
século, entre os anos 80 e a atualidade. Até aqui, todos estão de
acordo; no resto, não."A agricultura portuguesa vive melhor do que em
1986", diz João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores
de Portugal. "Perdeu peso económico, social e político", contraria
João Dinis, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
"Deu-se um enorme salto qualitativo, foi quase um milagre", insiste
Luís Capoulas Santos, ministro que tutelou a pasta entre 1995 e 2002.
No fim, fica a certeza - reforçada pelo estudo "25 anos de Portugal
europeu", da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) - de que o
País foi deixando o mundo rural e de que o sector primário se
modernizou... mas perdeu relevo na economia .
"O peso do sector primário na riqueza gerada no País dividiu-se por
cinco" (pesava 10% do valor acrescentado bruto em 1986... e só 2% em
2008)", concluiu o estudo. "A agricultura tinha grandes limitações
estruturais enquanto outros sectores tinham obrigação de crescer",
lembra Capoulas Santos.
João Dinis insiste na tese da perda de importância do sector e
explica-a com a queda para metade do número de agricultores e
explorações agrícolas. "As políticas da PAC [Política Agrícola Comum]
e as de matriz nacional arruinaram a agricultura familiar e o mundo
rural. 95% do financiamento comunitário foi parar ao bolso de 5% dos
agricultores. Os fundos foram mal distribuídos e utilizados com
critérios errados", acusa o líder da CNA.
No entanto, o que, por uns, é visto como um sinal de retrocesso -
abandono da agricultura familiar e crescimento das grandes explorações
- é, para outros, uma prova de evolução. João Machado diz que "é
evidente que a agricultura evoluiu muito em Portugal desde 1986:
modernizou-se, mecanizou-se, tornou-se mais produtiva, mais
profissional, no fundo, mais empresarial e menos familiar e de
subsistência". E , graças a isso, "a produção agrícola aumentou
substancialmente, mesmo existindo menos explorações e menos mão de
obra". Capoulas Santos propõe uma viagem no tempo: "Fazer o que fez
neste quarto de século é notável. A agricultura portuguesa era quase
medieval e agora compete com os restantes países da União Europeia".
O antigo ministro da Agricultura fala de "um enorme salto qualitativo
em termos estruturais". Esse pulo viu-se no investimento e
modernização de explorações agrícolas, máquinas, caminhos rurais ou
estruturas de rega. Ao todo, no período analisado pelo estudo
(1986-2010), foram gastos 21 mil milhões de euros nestes equipamentos
(11 mil milhões vindos dos fundos comunitários).
Porém, isso não bastou para evitar o "atraso na produtividade e na
rendibilidade [nacionais] face ao padrão europeu", diz o trabalho
coordenado por Augusto Mateus. Aí, são lembrados os problemas
estruturais (do baixo investimento ao menor nível de instrução e idade
avançada dos agricultores) e as dificuldades de integração do País na
UE, devido a fatores como a abertura do mercado único e a propagação
de empresas de grandes distribuição, abastecidas à escala
internacional. O diagnóstico é similar ao de João Dinis, que culpa a
agricultura super intensiva, a aposta nas importações ("pensou-se que
era mais barato importar do que produziu cá") e a "ditadura comercial
dos supermercados" pelo declínio nacional.
O dirigente da CNA diz que Portugal aumentou a sua dependência
alimentar do estrangeiro. E o estudo também dá força à tese. "A taxa
de penetração das importações de bens alimentares aumentou: em 2007,
mais de 50% do consumo em Portugal era importado, contra 35% em 1986".
Também aqui há visões contraditórias. Capoulas Santos alega que "o
nosso grau de autoprovisionamento é de 81%" (dizem dados de 2010, do
INE). A cobertura das exportações pelas importações é baixa porque "a
produção agrícola em Portugal é sobretudo direcionada para o mercado
interno". E desdramatiza: "Num país com poucos solos férteis, uma
população envelhecida e com pouca formação, e que mesmo assim auto
provisiona mais de 80% é preciso ser mauzinho para dar um ar
catastrofista disto." Afinal, o País pode ter mudado no último quarto
de século... mas o desacordo, não.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3347209&page=-1
por Rui Marques SimõesHojeComentar
É uma discussão com vozes dissonantes e sem acordo possível: a
agricultura nacional está melhor ou pior do que há um quarto de
século? O estudo "25 anos de Portugal europeu"revela um País onde o
número de agricultores e explorações agrícolas caiu para metade, o
sector primário perdeu relevo e as importações de produtos alimentares
aumentaram. Mas a agricultura nacional também se modernizou, mecanizou
e tornou mais empresarial. E há quem diga que esse pulo era impensável
há um quarto de século.
Nada ficou igual na agricultura portuguesa, no passar de um quarto de
século, entre os anos 80 e a atualidade. Até aqui, todos estão de
acordo; no resto, não."A agricultura portuguesa vive melhor do que em
1986", diz João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores
de Portugal. "Perdeu peso económico, social e político", contraria
João Dinis, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
"Deu-se um enorme salto qualitativo, foi quase um milagre", insiste
Luís Capoulas Santos, ministro que tutelou a pasta entre 1995 e 2002.
No fim, fica a certeza - reforçada pelo estudo "25 anos de Portugal
europeu", da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) - de que o
País foi deixando o mundo rural e de que o sector primário se
modernizou... mas perdeu relevo na economia .
"O peso do sector primário na riqueza gerada no País dividiu-se por
cinco" (pesava 10% do valor acrescentado bruto em 1986... e só 2% em
2008)", concluiu o estudo. "A agricultura tinha grandes limitações
estruturais enquanto outros sectores tinham obrigação de crescer",
lembra Capoulas Santos.
João Dinis insiste na tese da perda de importância do sector e
explica-a com a queda para metade do número de agricultores e
explorações agrícolas. "As políticas da PAC [Política Agrícola Comum]
e as de matriz nacional arruinaram a agricultura familiar e o mundo
rural. 95% do financiamento comunitário foi parar ao bolso de 5% dos
agricultores. Os fundos foram mal distribuídos e utilizados com
critérios errados", acusa o líder da CNA.
No entanto, o que, por uns, é visto como um sinal de retrocesso -
abandono da agricultura familiar e crescimento das grandes explorações
- é, para outros, uma prova de evolução. João Machado diz que "é
evidente que a agricultura evoluiu muito em Portugal desde 1986:
modernizou-se, mecanizou-se, tornou-se mais produtiva, mais
profissional, no fundo, mais empresarial e menos familiar e de
subsistência". E , graças a isso, "a produção agrícola aumentou
substancialmente, mesmo existindo menos explorações e menos mão de
obra". Capoulas Santos propõe uma viagem no tempo: "Fazer o que fez
neste quarto de século é notável. A agricultura portuguesa era quase
medieval e agora compete com os restantes países da União Europeia".
O antigo ministro da Agricultura fala de "um enorme salto qualitativo
em termos estruturais". Esse pulo viu-se no investimento e
modernização de explorações agrícolas, máquinas, caminhos rurais ou
estruturas de rega. Ao todo, no período analisado pelo estudo
(1986-2010), foram gastos 21 mil milhões de euros nestes equipamentos
(11 mil milhões vindos dos fundos comunitários).
Porém, isso não bastou para evitar o "atraso na produtividade e na
rendibilidade [nacionais] face ao padrão europeu", diz o trabalho
coordenado por Augusto Mateus. Aí, são lembrados os problemas
estruturais (do baixo investimento ao menor nível de instrução e idade
avançada dos agricultores) e as dificuldades de integração do País na
UE, devido a fatores como a abertura do mercado único e a propagação
de empresas de grandes distribuição, abastecidas à escala
internacional. O diagnóstico é similar ao de João Dinis, que culpa a
agricultura super intensiva, a aposta nas importações ("pensou-se que
era mais barato importar do que produziu cá") e a "ditadura comercial
dos supermercados" pelo declínio nacional.
O dirigente da CNA diz que Portugal aumentou a sua dependência
alimentar do estrangeiro. E o estudo também dá força à tese. "A taxa
de penetração das importações de bens alimentares aumentou: em 2007,
mais de 50% do consumo em Portugal era importado, contra 35% em 1986".
Também aqui há visões contraditórias. Capoulas Santos alega que "o
nosso grau de autoprovisionamento é de 81%" (dizem dados de 2010, do
INE). A cobertura das exportações pelas importações é baixa porque "a
produção agrícola em Portugal é sobretudo direcionada para o mercado
interno". E desdramatiza: "Num país com poucos solos férteis, uma
população envelhecida e com pouca formação, e que mesmo assim auto
provisiona mais de 80% é preciso ser mauzinho para dar um ar
catastrofista disto." Afinal, o País pode ter mudado no último quarto
de século... mas o desacordo, não.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3347209&page=-1
Relançamento de marcas históricas ajuda empresas em tempo de crise
ANA RUTE SILVA
28/07/2013 - 00:00
O renascimento de produtos também é impulsionado pelos próprios
consumidores, nomeadamente através do Facebook e dos serviços de apoio
aos clientes VÍTOR CID
18
O regresso do Milo e do Corneto de Limão este ano são dois dos casos
para captar consumidores.
Quando há incerteza e não se sabe como será o dia de amanhã, o passado
é símbolo de estabilidade. É o tempo do "antes é que era bom". Por
isso, cada vez mais se assiste a relançamentos de marcas e produtos
históricos, que trazem recordações positivas, quase sempre
relacionadas com a infância. O consumidor sente-se confortável ao ver
na prateleira algo que já conhece e é estável. E as empresas conseguem
lançar novidades sem terem de investir largas quantias num produto e
marca totalmente novos.
Exemplos não faltam. Os chocolates Regina com sabor a ananás ou as
suas sombrinhas de chocolate regressaram ao mercado depois de o grupo
RAR (dono da Imperial) ter agarrado na falida marca lisboeta, criada
em 1928 no bairro de Alcântara. A estratégia foi trazer de volta os
chocolates de referência e, ao mesmo tempo, associar a Regina a novos
produtos.
Também a marca de gelados Olá, da Unilever Jerónimo Martins, trouxe de
volta, este ano, o Corneto de Limão e, já em 2012, tinha apostado nos
clássicos Roll e Fizz de Limão. Outra empresa deste gigantesco mercado
dos bens de grande consumo, a Nestlé, apostou no "velho" Milo, nos
chocolates Toffee Crisp e na marca portuguesa Rajá, que comprou em
1985.
Ana Paula Cruz, autora do livro Retromarketing, Old is wow!, editado
recentemente pelo IPAM, diz que em Portugal esta tendência surgiu
tarde.
A expressão retromarketing surgiu nos Estados Unidos e no Reino Unido
"já há 10 ou 15 anos" e teve origem na geração de baby-boomers,
nascida depois da II Guerra Mundial e que, agora, tem 50 ou 70 anos.
Tem ainda a sua génese no efeito "fim de século". Com o aproximar do
fim do século XX, as pessoas "tenderam a olhar para trás e fizeram um
balanço do passado".
Teoricamente, o conceito é definido por Stephen Brown, considerado o
"pai doretromarketing", como o "relançamento de uma marca, de um
produto ou serviço proveniente de um período histórico de outrora que
é normalmente, mas nem sempre, reformatado para os standards"
contemporâneos.
Este professor na Universidade de Ulster, Irlanda, diz que o "boom da
nostalgia" não desapareceu". "Antes pelo contrário, a década actual
foi ainda mais orientada para o retro do que os anos 90. Música retro,
filmes retro, comida retro, moda retro, carros retro, jogos de
computador retro - o que quiserem", escreve no prefácio do livro
escrito por Ana Paula Cruz.
Há muitos factores que podem explicar este "regresso" do que é antigo,
um movimento recorrente na moda, por exemplo. Mas numa altura em que a
crise lançou medidas de austeridade pela Europa, há motivos mais
práticos do ponto de vista das empresas: "É muito menos arriscado e
muito mais barato do que lançar produtos, serviços ou marcas
completamente novos. O retro é uma estratégia de marketing
inerentemente conservadora, uma aposta no "testado e provado" em vez
de no "novo e melhorado"", escreve Stephen Brown.
Ao mesmo tempo, o renascimento de produtos também é impulsionado pelos
próprios consumidores, que criam páginas no Facebook a pedir o
regresso das marcas que mais gostam ou inundam as linhas do serviço de
apoio ao cliente. Com o Toffee Crisp foi assim. "Era o produto mais
pedido através do serviço ao consumidor e foram criados grupos de fãs
no Facebook a pedir o regresso", diz Natacha Oliveira, gestora deste
produto na Nestlé.
Num deles, um dos membros disparava: "Queria saber por que é que a
Nestlé retirou o Toffee de Portugal. Tive de voar até ao outro lado do
mundo (Austrália) para poder provar outra vez esta maravilha do mundo
do chocolate. E agora tenho de voltar e ir viver para lá porque têm
Toffee!".
Outro pedido veio de Nuno Markl, que, no seu programa Caderneta de
Cromos, na Rádio Comercial, recordou o chocolate de arroz tufado e
caramelo, fora do mercado nacional há cerca de seis anos. O produto
regressou no final de 2012 de forma discreta, para testar o mercado,
mas foi em 2013 que a empresa anunciou a novidade aos fãs.
António Corte-Real, gestor da Olá, marca de gelados da Unilever
Jerónimo Martins, está habituado aos pedidos dos consumidores. "Temos
noção do valor que isso representa e não poderíamos ser indiferentes
aos pedidos que nos chegam diariamente. E, claro, adjacente a isto
está também a oportunidade e relevância para o próprio negócio da
companhia", afirma.
O Milo, preparado em pó de chocolate e malte, também está de volta 20
anos depois graças aos pedidos dos consumidores. Manteve-se nas
prateleiras na América do Sul e na Ásia, mas deixou de ser uma aposta
da Nestlé em alguns países da Europa. Saiu do mercado nacional "por
questões de escala".
No início de Maio, Portugal foi o primeiro país europeu a receber de
volta o Milo, ausente desde 1993 e que, agora, também deve voltar aos
supermercados de outros países. Este regresso foi pedido por "pessoas
com mais de 30 anos que se recordam de beber Milo na infância, ou por
portugueses que viajam pelo mundo e encontram o produto", diz Jorge
Fonseca, o gestor de produtos chocolatados da Nestlé, que desde 2011
tem vindo a promover este regresso junto da sede da multinacional, na
Suíça.
O primeiro mês de vendas foi positivo. "Atingimos 1% de quota em
volume e 2% em valor", adianta. O regresso traz vantagens à
multinacional. "Une a parte da novidade a um trabalho que já está
feito que é o da ligação afectiva com o consumidor", sublinha,
acrescentando que "parte do trabalho já foi feito e construído há 20
anos".
A empresa aproveitou também esta tendência para usar uma marca
portuguesa num produto de uso frequente, como o chocolate para
culinária. Quando comprou a fábrica de chocolates Rajá em 1984,
começou por produzir produtos com esta marca nacional, nomeadamente
bombons.
A produção acabou por ser transferida para Espanha e, mais uma vez,
questões de escala ditaram o fim da Rajá. Em Junho, regressou às
prateleiras associada a chocolate de culinária e a um formato de 100
gramas que, até então, não existia. Neste caso, toda a imagem foi
renovada."Era uma oportunidade. Não havia um produto com esta
quantidade exacta", sublinha Manuela Andrade, gestora da categoria de
bombons e chocolates de culinária. Com a crise, os portugueses
passaram a cozinhar mais em casa e a venda de produtos para a
confecção de doces e bolos tem vindo a aumentar.
Além disso, a tablete da Rajá pode ser uma novidade mas desperta
recordações. "Demos um novo fôlego à marca tradicional", diz Manuela
Andrade.
O regresso de produtos históricos não resulta apenas devido à relação
emocional que têm com os consumidores. Tem um "efeito contagiante",
diz Ana Paula Cruz, antiga aluna do IPAM. Não interessa apenas a quem
já os consumiu "mas também às novas gerações que não viveram esses
tempos". "Apesar de não terem tido essa experiência, querem ter acesso
ao produto", conclui.
António Corte-Real, da Olá, diz que esta estratégia de relançamento
tem vindo a ser seguida pela empresa desde sempre, "ao longo de mais
de 50 anos". A relação com a marca "atravessa gerações e gerações. O
que agora pode gerar nostalgia nos avós é nostalgia para os netos".
http://www.publico.pt/economia/jornal/relancamento-de-marcas-historicas-ajuda-empresas-em-tempo-de-crise-26882501
28/07/2013 - 00:00
O renascimento de produtos também é impulsionado pelos próprios
consumidores, nomeadamente através do Facebook e dos serviços de apoio
aos clientes VÍTOR CID
18
O regresso do Milo e do Corneto de Limão este ano são dois dos casos
para captar consumidores.
Quando há incerteza e não se sabe como será o dia de amanhã, o passado
é símbolo de estabilidade. É o tempo do "antes é que era bom". Por
isso, cada vez mais se assiste a relançamentos de marcas e produtos
históricos, que trazem recordações positivas, quase sempre
relacionadas com a infância. O consumidor sente-se confortável ao ver
na prateleira algo que já conhece e é estável. E as empresas conseguem
lançar novidades sem terem de investir largas quantias num produto e
marca totalmente novos.
Exemplos não faltam. Os chocolates Regina com sabor a ananás ou as
suas sombrinhas de chocolate regressaram ao mercado depois de o grupo
RAR (dono da Imperial) ter agarrado na falida marca lisboeta, criada
em 1928 no bairro de Alcântara. A estratégia foi trazer de volta os
chocolates de referência e, ao mesmo tempo, associar a Regina a novos
produtos.
Também a marca de gelados Olá, da Unilever Jerónimo Martins, trouxe de
volta, este ano, o Corneto de Limão e, já em 2012, tinha apostado nos
clássicos Roll e Fizz de Limão. Outra empresa deste gigantesco mercado
dos bens de grande consumo, a Nestlé, apostou no "velho" Milo, nos
chocolates Toffee Crisp e na marca portuguesa Rajá, que comprou em
1985.
Ana Paula Cruz, autora do livro Retromarketing, Old is wow!, editado
recentemente pelo IPAM, diz que em Portugal esta tendência surgiu
tarde.
A expressão retromarketing surgiu nos Estados Unidos e no Reino Unido
"já há 10 ou 15 anos" e teve origem na geração de baby-boomers,
nascida depois da II Guerra Mundial e que, agora, tem 50 ou 70 anos.
Tem ainda a sua génese no efeito "fim de século". Com o aproximar do
fim do século XX, as pessoas "tenderam a olhar para trás e fizeram um
balanço do passado".
Teoricamente, o conceito é definido por Stephen Brown, considerado o
"pai doretromarketing", como o "relançamento de uma marca, de um
produto ou serviço proveniente de um período histórico de outrora que
é normalmente, mas nem sempre, reformatado para os standards"
contemporâneos.
Este professor na Universidade de Ulster, Irlanda, diz que o "boom da
nostalgia" não desapareceu". "Antes pelo contrário, a década actual
foi ainda mais orientada para o retro do que os anos 90. Música retro,
filmes retro, comida retro, moda retro, carros retro, jogos de
computador retro - o que quiserem", escreve no prefácio do livro
escrito por Ana Paula Cruz.
Há muitos factores que podem explicar este "regresso" do que é antigo,
um movimento recorrente na moda, por exemplo. Mas numa altura em que a
crise lançou medidas de austeridade pela Europa, há motivos mais
práticos do ponto de vista das empresas: "É muito menos arriscado e
muito mais barato do que lançar produtos, serviços ou marcas
completamente novos. O retro é uma estratégia de marketing
inerentemente conservadora, uma aposta no "testado e provado" em vez
de no "novo e melhorado"", escreve Stephen Brown.
Ao mesmo tempo, o renascimento de produtos também é impulsionado pelos
próprios consumidores, que criam páginas no Facebook a pedir o
regresso das marcas que mais gostam ou inundam as linhas do serviço de
apoio ao cliente. Com o Toffee Crisp foi assim. "Era o produto mais
pedido através do serviço ao consumidor e foram criados grupos de fãs
no Facebook a pedir o regresso", diz Natacha Oliveira, gestora deste
produto na Nestlé.
Num deles, um dos membros disparava: "Queria saber por que é que a
Nestlé retirou o Toffee de Portugal. Tive de voar até ao outro lado do
mundo (Austrália) para poder provar outra vez esta maravilha do mundo
do chocolate. E agora tenho de voltar e ir viver para lá porque têm
Toffee!".
Outro pedido veio de Nuno Markl, que, no seu programa Caderneta de
Cromos, na Rádio Comercial, recordou o chocolate de arroz tufado e
caramelo, fora do mercado nacional há cerca de seis anos. O produto
regressou no final de 2012 de forma discreta, para testar o mercado,
mas foi em 2013 que a empresa anunciou a novidade aos fãs.
António Corte-Real, gestor da Olá, marca de gelados da Unilever
Jerónimo Martins, está habituado aos pedidos dos consumidores. "Temos
noção do valor que isso representa e não poderíamos ser indiferentes
aos pedidos que nos chegam diariamente. E, claro, adjacente a isto
está também a oportunidade e relevância para o próprio negócio da
companhia", afirma.
O Milo, preparado em pó de chocolate e malte, também está de volta 20
anos depois graças aos pedidos dos consumidores. Manteve-se nas
prateleiras na América do Sul e na Ásia, mas deixou de ser uma aposta
da Nestlé em alguns países da Europa. Saiu do mercado nacional "por
questões de escala".
No início de Maio, Portugal foi o primeiro país europeu a receber de
volta o Milo, ausente desde 1993 e que, agora, também deve voltar aos
supermercados de outros países. Este regresso foi pedido por "pessoas
com mais de 30 anos que se recordam de beber Milo na infância, ou por
portugueses que viajam pelo mundo e encontram o produto", diz Jorge
Fonseca, o gestor de produtos chocolatados da Nestlé, que desde 2011
tem vindo a promover este regresso junto da sede da multinacional, na
Suíça.
O primeiro mês de vendas foi positivo. "Atingimos 1% de quota em
volume e 2% em valor", adianta. O regresso traz vantagens à
multinacional. "Une a parte da novidade a um trabalho que já está
feito que é o da ligação afectiva com o consumidor", sublinha,
acrescentando que "parte do trabalho já foi feito e construído há 20
anos".
A empresa aproveitou também esta tendência para usar uma marca
portuguesa num produto de uso frequente, como o chocolate para
culinária. Quando comprou a fábrica de chocolates Rajá em 1984,
começou por produzir produtos com esta marca nacional, nomeadamente
bombons.
A produção acabou por ser transferida para Espanha e, mais uma vez,
questões de escala ditaram o fim da Rajá. Em Junho, regressou às
prateleiras associada a chocolate de culinária e a um formato de 100
gramas que, até então, não existia. Neste caso, toda a imagem foi
renovada."Era uma oportunidade. Não havia um produto com esta
quantidade exacta", sublinha Manuela Andrade, gestora da categoria de
bombons e chocolates de culinária. Com a crise, os portugueses
passaram a cozinhar mais em casa e a venda de produtos para a
confecção de doces e bolos tem vindo a aumentar.
Além disso, a tablete da Rajá pode ser uma novidade mas desperta
recordações. "Demos um novo fôlego à marca tradicional", diz Manuela
Andrade.
O regresso de produtos históricos não resulta apenas devido à relação
emocional que têm com os consumidores. Tem um "efeito contagiante",
diz Ana Paula Cruz, antiga aluna do IPAM. Não interessa apenas a quem
já os consumiu "mas também às novas gerações que não viveram esses
tempos". "Apesar de não terem tido essa experiência, querem ter acesso
ao produto", conclui.
António Corte-Real, da Olá, diz que esta estratégia de relançamento
tem vindo a ser seguida pela empresa desde sempre, "ao longo de mais
de 50 anos". A relação com a marca "atravessa gerações e gerações. O
que agora pode gerar nostalgia nos avós é nostalgia para os netos".
http://www.publico.pt/economia/jornal/relancamento-de-marcas-historicas-ajuda-empresas-em-tempo-de-crise-26882501
Primeiro-ministro anunciou solução a "breve prazo" para o Douro
LUSA
28/07/2013 - 12:58
ADRIANO MIRANDA
O primeiro-ministro anunciou este domingo, em Alijó, uma solução a
"breve prazo" para a Casa do Douro e para as reivindicações de mais
autonomia e liberdade para o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP).
Pedro Passos Coelho, que falava no decorrer de uma visita às novas
instalações da empresa Gran Cuz, no concelho de Alijó, disse conhecer
as preocupações da fileira dos vinhos do Douro e Porto e garantiu uma
solução a breve prazo.
Antes, Jorge Dias, responsável da Gran Cruz, falou em nome das
empresas de vinho do Porto e lembrou as reivindicações do sector para
uma alteração dos estatutos do IVDP com vista a uma maior autonomia
financeira e jurídica para este instituto, ao qual, nos últimos anos,
o Governo tem retirado verbas.
O orçamento do IVDP é exclusivamente pago pelas taxas pagas pelo
sector e as empresas defendem que deveria ser aplicado na promoção.
"Eu conheço esse conjunto de preocupações e tenho mostrado abertura
para que possamos, no âmbito do processo de reforma do Estado
responder a algumas dessas preocupações", afirmou Passos Coelho.
De acordo com o governante, "sem prejuízo da função reguladora e
certificadora que cabe ao Estado, permitir que todo o esforço de
promoção desta zona e desta fileira possa ser realizado pelas
entidades privadas com mais autonomia e liberdade".
"Não temos em princípio nada a opor a esse objectivo. Esperamos que a
forma como a solução que vamos encontrar e que está já em fase final
de estudo ao nível do Conselho de Ministros para a Casa do Douro possa
permitir uma solução que seja quase simultânea", adiantou ainda.
A Casa do Douro, organismo que representa a produção no Douro, vive
asfixiada com uma dívida que ultrapassa os 100 milhões de euros.
Recentemente o Governo anunciou que está a ser trabalhada uma solução
para este organismo, a nível do Conselho de Ministros, que passará
pela revisão dos estatutos e o pagamento da dívida.
A Casa do Douro é uma instituição privada mas de inscrição obrigatória
para os viticultores durienses.
A Gran Cruz investiu 14 milhões de euros na construção de duas adegas
e de um centro logístico de armazenamento. Segundo Jorge Dias, a adega
de grandes volumes permitirá vinificar cerca de seis mil toneladas de
uvas de 1200 viticultores dos concelhos de Alijó, Murça, Sabrosa,
Carrazeda de Ansiães e Vila Flor. Este investimento permitirá
concentrar todo ao armazenamento de vinhos e aguardentes, bem como as
operações de tratamento desses vinhos.
http://www.publico.pt/economia/noticia/primeiroministro-anunciou-solucao-a-breve-prazo-para-o-douro-1601576
28/07/2013 - 12:58
ADRIANO MIRANDA
O primeiro-ministro anunciou este domingo, em Alijó, uma solução a
"breve prazo" para a Casa do Douro e para as reivindicações de mais
autonomia e liberdade para o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP).
Pedro Passos Coelho, que falava no decorrer de uma visita às novas
instalações da empresa Gran Cuz, no concelho de Alijó, disse conhecer
as preocupações da fileira dos vinhos do Douro e Porto e garantiu uma
solução a breve prazo.
Antes, Jorge Dias, responsável da Gran Cruz, falou em nome das
empresas de vinho do Porto e lembrou as reivindicações do sector para
uma alteração dos estatutos do IVDP com vista a uma maior autonomia
financeira e jurídica para este instituto, ao qual, nos últimos anos,
o Governo tem retirado verbas.
O orçamento do IVDP é exclusivamente pago pelas taxas pagas pelo
sector e as empresas defendem que deveria ser aplicado na promoção.
"Eu conheço esse conjunto de preocupações e tenho mostrado abertura
para que possamos, no âmbito do processo de reforma do Estado
responder a algumas dessas preocupações", afirmou Passos Coelho.
De acordo com o governante, "sem prejuízo da função reguladora e
certificadora que cabe ao Estado, permitir que todo o esforço de
promoção desta zona e desta fileira possa ser realizado pelas
entidades privadas com mais autonomia e liberdade".
"Não temos em princípio nada a opor a esse objectivo. Esperamos que a
forma como a solução que vamos encontrar e que está já em fase final
de estudo ao nível do Conselho de Ministros para a Casa do Douro possa
permitir uma solução que seja quase simultânea", adiantou ainda.
A Casa do Douro, organismo que representa a produção no Douro, vive
asfixiada com uma dívida que ultrapassa os 100 milhões de euros.
Recentemente o Governo anunciou que está a ser trabalhada uma solução
para este organismo, a nível do Conselho de Ministros, que passará
pela revisão dos estatutos e o pagamento da dívida.
A Casa do Douro é uma instituição privada mas de inscrição obrigatória
para os viticultores durienses.
A Gran Cruz investiu 14 milhões de euros na construção de duas adegas
e de um centro logístico de armazenamento. Segundo Jorge Dias, a adega
de grandes volumes permitirá vinificar cerca de seis mil toneladas de
uvas de 1200 viticultores dos concelhos de Alijó, Murça, Sabrosa,
Carrazeda de Ansiães e Vila Flor. Este investimento permitirá
concentrar todo ao armazenamento de vinhos e aguardentes, bem como as
operações de tratamento desses vinhos.
http://www.publico.pt/economia/noticia/primeiroministro-anunciou-solucao-a-breve-prazo-para-o-douro-1601576
Ministra Agricultura em licença de parto, substituída por secretários de Estado
Publicado ontem às 22:13
Os secretários de Estado do Ministério da Agricultura e do Mar
substituem a partir de hoje a ministra Assunção Cristas, que foi mãe e
entra em licença de parto e maternidade, disse à Lusa fonte oficial.
A filha de Assunção Cristas nasceu sábado à tarde no Hospital dos
Lusíadas em Lisboa. Mãe e filha encontram-se bem.
De acordo com o ministério da Ministério da Agricultura e do Mar, a
solução encontrada para os próximos meses é aquela que foi defendida e
anunciada pela ministra desde que foi tornada pública a sua gravidez.
Sob a alçada de Assunção Cristas, e com a função de a representar e
substituir durante o período de licença de maternidade, ficam os
secretários de Estado José Diogo Albuquerque (Agricultura), Francisco
Gomes da Silva (Florestas e Desenvolvimento Rural), Manuel Pinto de
Abreu (Mar), e Nuno Vaz Vieira de Brito (Alimentação e Investigação
Agroalimentar).
O ministério tutelado por Cristas foi redimensionado na recente
remodelação governamental, perdendo a gestão do ambiente e do
ordenamento do território e um dos cinco secretários de Estado: Paulo
da Silva Lemos, secretário de Estado do Ambiente, passa a responder
perante o novo ministro da área, Jorge Moreira da Silva.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3347078
Os secretários de Estado do Ministério da Agricultura e do Mar
substituem a partir de hoje a ministra Assunção Cristas, que foi mãe e
entra em licença de parto e maternidade, disse à Lusa fonte oficial.
A filha de Assunção Cristas nasceu sábado à tarde no Hospital dos
Lusíadas em Lisboa. Mãe e filha encontram-se bem.
De acordo com o ministério da Ministério da Agricultura e do Mar, a
solução encontrada para os próximos meses é aquela que foi defendida e
anunciada pela ministra desde que foi tornada pública a sua gravidez.
Sob a alçada de Assunção Cristas, e com a função de a representar e
substituir durante o período de licença de maternidade, ficam os
secretários de Estado José Diogo Albuquerque (Agricultura), Francisco
Gomes da Silva (Florestas e Desenvolvimento Rural), Manuel Pinto de
Abreu (Mar), e Nuno Vaz Vieira de Brito (Alimentação e Investigação
Agroalimentar).
O ministério tutelado por Cristas foi redimensionado na recente
remodelação governamental, perdendo a gestão do ambiente e do
ordenamento do território e um dos cinco secretários de Estado: Paulo
da Silva Lemos, secretário de Estado do Ambiente, passa a responder
perante o novo ministro da área, Jorge Moreira da Silva.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3347078
domingo, 28 de julho de 2013
Museu do Vinho e da Vinha abre portas a 26 de Julho na vila de Bucelas
Publicado por Gerson Ingrês
Julho 19, 2013
LOURES – A Câmara Municipal de Loures inaugura, dia 26 de julho, às 16
horas, o Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas, no âmbito das
comemorações do 127º aniversário do concelho de Loures.
Esta nova infraestrutura museológica, localizada na zona histórica da
vila de Bucelas, está instalada num edifício do final do século XIX,
ligado à tradição vitivinícola da região e que foi residência de
Camilo Alves, um dos maiores produtores de vinho de Bucelas. Ao
edifício estava associada uma adega e o respetivo armazém de vinhos,
espaços que foram recuperados e adaptados à nova função museológica.
A residência foi recuperada com o mínimo de alterações possíveis de
modo a abrigar os serviços administrativos, uma loja e sala de prova
de vinhos, um centro de documentação, os serviços educativos, uma sala
de reuniões, arrumos diversos e uma sala onde está instalado um
"Centro de Interpretação das Linhas de Torres Novas", a funcionar
autonomamente.
Apesar dos constrangimentos económico-financeiros, a Câmara Municipal
de Loures faz questão de avançar e concluir este projeto, que é
encarado como um exemplo da política cultural prosseguida nos últimos
anos. Por um lado, implementa-se uma estrutura que simboliza a união,
a memória e o passado comum das gentes de Loures, visível na paisagem
rural e no modo de estar das pessoas; noutro sentido representa um
contributo para a desconcentração dos espaços museológicos municipais,
uma vez que se trata do primeiro museu instalado na região norte do
concelho.
Em termos práticos e funcionais, este novo equipamento cultural vai
integrar a Rede de Museus Municipais de Loures e dedicar-se ao estudo
da atividade vitivinícola, tão característica desta região demarcada
por decreto de 3 de março de 1911, apostando na promoção do território
e na divulgação da história local, com especial ênfase para os usos e
costumes relacionados com o ciclo do vinho.
http://local.pt/museu-do-vinho-e-da-vinha-abre-portas-a-26-de-julho-na-vila-de-bucelas/
Julho 19, 2013
LOURES – A Câmara Municipal de Loures inaugura, dia 26 de julho, às 16
horas, o Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas, no âmbito das
comemorações do 127º aniversário do concelho de Loures.
Esta nova infraestrutura museológica, localizada na zona histórica da
vila de Bucelas, está instalada num edifício do final do século XIX,
ligado à tradição vitivinícola da região e que foi residência de
Camilo Alves, um dos maiores produtores de vinho de Bucelas. Ao
edifício estava associada uma adega e o respetivo armazém de vinhos,
espaços que foram recuperados e adaptados à nova função museológica.
A residência foi recuperada com o mínimo de alterações possíveis de
modo a abrigar os serviços administrativos, uma loja e sala de prova
de vinhos, um centro de documentação, os serviços educativos, uma sala
de reuniões, arrumos diversos e uma sala onde está instalado um
"Centro de Interpretação das Linhas de Torres Novas", a funcionar
autonomamente.
Apesar dos constrangimentos económico-financeiros, a Câmara Municipal
de Loures faz questão de avançar e concluir este projeto, que é
encarado como um exemplo da política cultural prosseguida nos últimos
anos. Por um lado, implementa-se uma estrutura que simboliza a união,
a memória e o passado comum das gentes de Loures, visível na paisagem
rural e no modo de estar das pessoas; noutro sentido representa um
contributo para a desconcentração dos espaços museológicos municipais,
uma vez que se trata do primeiro museu instalado na região norte do
concelho.
Em termos práticos e funcionais, este novo equipamento cultural vai
integrar a Rede de Museus Municipais de Loures e dedicar-se ao estudo
da atividade vitivinícola, tão característica desta região demarcada
por decreto de 3 de março de 1911, apostando na promoção do território
e na divulgação da história local, com especial ênfase para os usos e
costumes relacionados com o ciclo do vinho.
http://local.pt/museu-do-vinho-e-da-vinha-abre-portas-a-26-de-julho-na-vila-de-bucelas/
Portugal aumenta exportações de vinho para os EUA
Luís Baila/Manuel Liberato/Virgílio Matos28 Jul, 2013, 13:53 /
atualizado em 28 Jul, 2013, 13:55
As exportações de vinhos portugueses para os Estados Unidos aumentaram
15 por cento. Os dados são do primeiro trimestre deste ano. Um dos
principais críticos norte-americanos, Joshua Greene, é um admirador
confesso dos vinhos portugueses que diz serem diferentes.
VER VIDEO AQUI:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=669887&tm=6&layout=122&visual=61
atualizado em 28 Jul, 2013, 13:55
As exportações de vinhos portugueses para os Estados Unidos aumentaram
15 por cento. Os dados são do primeiro trimestre deste ano. Um dos
principais críticos norte-americanos, Joshua Greene, é um admirador
confesso dos vinhos portugueses que diz serem diferentes.
VER VIDEO AQUI:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=669887&tm=6&layout=122&visual=61
Ainda se cobra taxa a quem caminha nas áreas protegidas
SAMUEL SILVA
24/07/2013 - 00:00
Provedor de Justiça tinha recomendado abolição da taxa de 152 euros.
No domingo, pedestrianistas protestam no Gerês.
Após a intervenção da Provedoria, Governo prometeu rever diploma PAULO PIMENTA
Governo admite rever portaria sobre taxas cobradas pelas caminhadas
em parques naturais
Maioria rejeitou propostas da oposição parlamentar pedindo fim das
taxas nas áreas protegidas
"Os Verdes" querem proibir taxas nas áreas protegidas
O número já não é uma novidade: 152 euros. É esta a taxa exigida pelo
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) pela
autorização de caminhadas ou outras actividades em áreas protegidas.
Há quatro meses, a Provedoria de Justiça deu parecer negativo à
portaria que fixa aquela taxa e o Governo admitiu a rever o diploma,
mas até agora nada se alterou.
Os pedidos de autorização continuam a ser pagos e, fartos de esperar,
pedestrianistas e praticantes de desportos de montanha vão voltar a
protestar, no domingo.
"Há uma persistente inércia e uma consciente ignorância das conclusões
da Provedoria da Justiça", acusam os elementos do movimento A Natureza
é de Todos, que, no último ano, tem liderado o protesto contra as
taxas cobradas nas áreas protegidas. O grupo acusa ainda o ICNF de
manter a mesma política de falta de informação aos caminhantes e
estende responsabilidades ao Ministério da Agricultura, do Mar, do
Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).
No parecer da Provedoria de Justiça, de meados de Março, o valor da
taxa era considerado "manifestamente excessivo" e o vice-provedor,
Jorge Noronha Silveira, que assinou o documento, sublinhava ainda o
facto de essa verba ser cobrada pelo simples pedido de autorização,
independentemente do sentido da decisão.
A recomendação foi remetida ao Governo, que disse "comungar das
preocupações" da Provedoria. O secretário de Estado das Florestas e do
Desenvolvimento Rural dizia mesmo "não concordar com a tabela de taxas
em causa", anunciando que tinha pedido ao conselho directivo do ICNF
que apresentasse uma proposta de revisão daquelas disposições. Mas, de
então para cá, nada mudou. O PÚBLICO contactou o MAMAOT, mas não
conseguiu obter, até à hora do fecho desta edição, uma justificação
para este atraso.
A taxa de 152 euros continua a ser exigida a todos os que pedem a
necessária autorização para a realização de actividades desportivas
nos parques naturais e no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Por isso,
os pedestrianistas dizem ter "motivos suficientes para não acreditar
na competência do ICNF para resolver a ilegalidade e exorbitância das
taxas", acusando o instituto de "pretender favorecer as empresas em
desfavor do indivíduo caminhante e das associações sem fins
lucrativos".
No próximo domingo, Dia Nacional da Conservação da Natureza, o
movimento A Natureza é de Todos volta a protestar contra a cobrança de
taxas. A manifestação está marcada para o Parque Nacional da
Peneda-Gerês, junto da antiga casa florestal da Portela de Leonte,
pelas 10h, seguindo-se uma caminhada até à Portela do Homem. O grupo
já tinha organizado um protestona Peneda-Gerês a 25 de Abril do ano
passado, com as mesmas exigências.
http://www.publico.pt/local-porto/jornal/ainda-se-cobra-taxa-a-quem-caminha-nas-areas-protegidas-26865089
24/07/2013 - 00:00
Provedor de Justiça tinha recomendado abolição da taxa de 152 euros.
No domingo, pedestrianistas protestam no Gerês.
Após a intervenção da Provedoria, Governo prometeu rever diploma PAULO PIMENTA
Governo admite rever portaria sobre taxas cobradas pelas caminhadas
em parques naturais
Maioria rejeitou propostas da oposição parlamentar pedindo fim das
taxas nas áreas protegidas
"Os Verdes" querem proibir taxas nas áreas protegidas
O número já não é uma novidade: 152 euros. É esta a taxa exigida pelo
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) pela
autorização de caminhadas ou outras actividades em áreas protegidas.
Há quatro meses, a Provedoria de Justiça deu parecer negativo à
portaria que fixa aquela taxa e o Governo admitiu a rever o diploma,
mas até agora nada se alterou.
Os pedidos de autorização continuam a ser pagos e, fartos de esperar,
pedestrianistas e praticantes de desportos de montanha vão voltar a
protestar, no domingo.
"Há uma persistente inércia e uma consciente ignorância das conclusões
da Provedoria da Justiça", acusam os elementos do movimento A Natureza
é de Todos, que, no último ano, tem liderado o protesto contra as
taxas cobradas nas áreas protegidas. O grupo acusa ainda o ICNF de
manter a mesma política de falta de informação aos caminhantes e
estende responsabilidades ao Ministério da Agricultura, do Mar, do
Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).
No parecer da Provedoria de Justiça, de meados de Março, o valor da
taxa era considerado "manifestamente excessivo" e o vice-provedor,
Jorge Noronha Silveira, que assinou o documento, sublinhava ainda o
facto de essa verba ser cobrada pelo simples pedido de autorização,
independentemente do sentido da decisão.
A recomendação foi remetida ao Governo, que disse "comungar das
preocupações" da Provedoria. O secretário de Estado das Florestas e do
Desenvolvimento Rural dizia mesmo "não concordar com a tabela de taxas
em causa", anunciando que tinha pedido ao conselho directivo do ICNF
que apresentasse uma proposta de revisão daquelas disposições. Mas, de
então para cá, nada mudou. O PÚBLICO contactou o MAMAOT, mas não
conseguiu obter, até à hora do fecho desta edição, uma justificação
para este atraso.
A taxa de 152 euros continua a ser exigida a todos os que pedem a
necessária autorização para a realização de actividades desportivas
nos parques naturais e no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Por isso,
os pedestrianistas dizem ter "motivos suficientes para não acreditar
na competência do ICNF para resolver a ilegalidade e exorbitância das
taxas", acusando o instituto de "pretender favorecer as empresas em
desfavor do indivíduo caminhante e das associações sem fins
lucrativos".
No próximo domingo, Dia Nacional da Conservação da Natureza, o
movimento A Natureza é de Todos volta a protestar contra a cobrança de
taxas. A manifestação está marcada para o Parque Nacional da
Peneda-Gerês, junto da antiga casa florestal da Portela de Leonte,
pelas 10h, seguindo-se uma caminhada até à Portela do Homem. O grupo
já tinha organizado um protestona Peneda-Gerês a 25 de Abril do ano
passado, com as mesmas exigências.
http://www.publico.pt/local-porto/jornal/ainda-se-cobra-taxa-a-quem-caminha-nas-areas-protegidas-26865089
CAP aplaude nova forma do Ministério da Agricultura
por Ana Rita Costa25 de Julho - 2013
A CAP aplaudiu a remodelação do Ministério da Agricultura e do Mar,
que perde, assim, as pastas do Ambiente e do Ordenamento do
Território.
A antiga constituição deste Ministério sob a alçada de Assunção
Cristas e a "acumulação de pastas no mesmo Ministério retiravam tempo
e foco à ministra", disse João Machado, presidente da Confederação de
Agricultores de Portugal, à Lusa.
João Machado considera que o Ministério da Agricultura volta, com a
nova remodelação governamental, a ter "uma forma mais correta e
equilibrada".
"Desde a primeira hora que nós (CAP) dissemos que o Ministério nos
parecia muito grande e que tinha áreas que não tinham nada a ver com a
nossa e, portanto, retiravam tempo e foco à ministra", acrescentou
João Machado.
De acordo com o presidente da CAP, o Ministério da Agricultura não tem
funcionado mal nos últimos dois anos. "Parece-nos que se perdeu muito
tempo. O Ministério esteve a fazer leis orgânicas para incorporar
outras áreas e agora vai ter de desfazer novas leis orgânicas para
deixar sair as áreas para os outros ministérios."
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7482&bl=1
A CAP aplaudiu a remodelação do Ministério da Agricultura e do Mar,
que perde, assim, as pastas do Ambiente e do Ordenamento do
Território.
A antiga constituição deste Ministério sob a alçada de Assunção
Cristas e a "acumulação de pastas no mesmo Ministério retiravam tempo
e foco à ministra", disse João Machado, presidente da Confederação de
Agricultores de Portugal, à Lusa.
João Machado considera que o Ministério da Agricultura volta, com a
nova remodelação governamental, a ter "uma forma mais correta e
equilibrada".
"Desde a primeira hora que nós (CAP) dissemos que o Ministério nos
parecia muito grande e que tinha áreas que não tinham nada a ver com a
nossa e, portanto, retiravam tempo e foco à ministra", acrescentou
João Machado.
De acordo com o presidente da CAP, o Ministério da Agricultura não tem
funcionado mal nos últimos dois anos. "Parece-nos que se perdeu muito
tempo. O Ministério esteve a fazer leis orgânicas para incorporar
outras áreas e agora vai ter de desfazer novas leis orgânicas para
deixar sair as áreas para os outros ministérios."
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7482&bl=1
Linhas “económicas” ultrapassam produtos Premium
2013.07.27 (00:00) Distribuição
As linhas económicas de alimentos e bebidas ultrapassaram, pela
primeira vez, em 2012, os produtos Premium no Reino Unido. De acordo
com um estudo da Mintel, a incerteza da clima económico no país tem
levado à sobrevalorização destas gamas de produtos, que superaram, em
grande parte, o número de novos lançamento de novos produtos Premium
neste país europeu.
O lançamento de novos produtos de linhas económicos representaram 9%
do total de novos produtos (alimentação e bebidas) introduzidos no
Reino Unido, em 2012, o que contrasta com os 7% de lançamento de
produtos com posicionamento Premium (9% em 2008 e 2% da linha
económica).
Este aumento na comercialização de linhas económicas faz do Reino
Unido o líder em lançamentos de alimentação e bebidas nesta categoria,
ao contabilizar 21% do total de novos produtos introduzidos nestas
categorias à escala global no ano passado. O Reino Unido ultrapassou,
inclusive, os EUA que representaram 20% dos lançamentos desta
natureza. Já o Japão representou 15%, seguindo-se França, Austrália,
Espanha e Itália com 4%, respetivamente.
Na verdade, os desafios económicos continuam a remodelar estilos de
vida e expetativas dos consumidores, dentro e fora do Reino Unido. E
parece que a caça à pechincha tornou-se um hábito enraizado entre
experientes compradores da Grã-Bretanha, com mais de sete em cada dez
(72%) dos consumidores a assumir que apreciam a "emoção" de conseguir
uma pechincha. Esta figura tem particular realce entre as mulheres
(77% dos consumidores do sexo feminino contra 66% dos homens) e também
é forte entre os mais favorecidos (75% dos que ganham £50.000 ou mais,
contra 70% dos que recebem, anualmente, £9500 e 78% cujo rendimento
oscila entre os £9,500-15,499). Hoje, a atividade promocional
tornou-se essencial para mais de metade (55%) dos consumidores
britânicos, que só compram determinados produtos ou marcas, quando em
promoção. E cerca de quatro em cada dez (39%) dizem que as promoções
lhes permitem comprar alimentos que não seriam capazes de suportar,
caso contrário.
Nos EUA, mais de seis em cada dez americanos (62%) privilegiam os
produtos em primeiro lugar ao fazer compras em mercearias e
supermercados, enquanto que cerca de metade (49%) utilizam cupões e
talões de desconto e quase três em cada dez (28%) privilegiam sempre
os produtos mais baratos. Paralelamente, na Europa continental, uma
parcela significativa dos consumidores europeus relatam a mudança de
marca de indústria para MDD (34% em Espanha e Itália, 21% em França e
25% na Alemanha), bem como reduzir o número de produtos Premium que
compram, nomeadamente 21% em França, 19% em Itália, 18% na Alemanha e
17% em Espanha).
FONTE: Grande Consumo
http://anilact.pt/informacao-74/7940-linhas-economicas-ultrapassam-produtos-premium
As linhas económicas de alimentos e bebidas ultrapassaram, pela
primeira vez, em 2012, os produtos Premium no Reino Unido. De acordo
com um estudo da Mintel, a incerteza da clima económico no país tem
levado à sobrevalorização destas gamas de produtos, que superaram, em
grande parte, o número de novos lançamento de novos produtos Premium
neste país europeu.
O lançamento de novos produtos de linhas económicos representaram 9%
do total de novos produtos (alimentação e bebidas) introduzidos no
Reino Unido, em 2012, o que contrasta com os 7% de lançamento de
produtos com posicionamento Premium (9% em 2008 e 2% da linha
económica).
Este aumento na comercialização de linhas económicas faz do Reino
Unido o líder em lançamentos de alimentação e bebidas nesta categoria,
ao contabilizar 21% do total de novos produtos introduzidos nestas
categorias à escala global no ano passado. O Reino Unido ultrapassou,
inclusive, os EUA que representaram 20% dos lançamentos desta
natureza. Já o Japão representou 15%, seguindo-se França, Austrália,
Espanha e Itália com 4%, respetivamente.
Na verdade, os desafios económicos continuam a remodelar estilos de
vida e expetativas dos consumidores, dentro e fora do Reino Unido. E
parece que a caça à pechincha tornou-se um hábito enraizado entre
experientes compradores da Grã-Bretanha, com mais de sete em cada dez
(72%) dos consumidores a assumir que apreciam a "emoção" de conseguir
uma pechincha. Esta figura tem particular realce entre as mulheres
(77% dos consumidores do sexo feminino contra 66% dos homens) e também
é forte entre os mais favorecidos (75% dos que ganham £50.000 ou mais,
contra 70% dos que recebem, anualmente, £9500 e 78% cujo rendimento
oscila entre os £9,500-15,499). Hoje, a atividade promocional
tornou-se essencial para mais de metade (55%) dos consumidores
britânicos, que só compram determinados produtos ou marcas, quando em
promoção. E cerca de quatro em cada dez (39%) dizem que as promoções
lhes permitem comprar alimentos que não seriam capazes de suportar,
caso contrário.
Nos EUA, mais de seis em cada dez americanos (62%) privilegiam os
produtos em primeiro lugar ao fazer compras em mercearias e
supermercados, enquanto que cerca de metade (49%) utilizam cupões e
talões de desconto e quase três em cada dez (28%) privilegiam sempre
os produtos mais baratos. Paralelamente, na Europa continental, uma
parcela significativa dos consumidores europeus relatam a mudança de
marca de indústria para MDD (34% em Espanha e Itália, 21% em França e
25% na Alemanha), bem como reduzir o número de produtos Premium que
compram, nomeadamente 21% em França, 19% em Itália, 18% na Alemanha e
17% em Espanha).
FONTE: Grande Consumo
http://anilact.pt/informacao-74/7940-linhas-economicas-ultrapassam-produtos-premium
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