sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Capoulas Santos diz que Mercado dos Agricultores é “extraordinária iniciativa de apoio aos produtores”


por Ana Rita Costa- 18 Dezembro, 2015

Capoulas Santos - Mercado dos Agricultores

O Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, inaugurou esta quinta-feira (17 de dezembro) o primeiro CAP – Mercado dos Agricultores, um mercado de venda direta de produtos ao consumidor instalado na Praça dos Restauradores.

Capoulas Santos defendeu que se trata de "uma extraordinária iniciativa de apoio aos produtores e – ao mesmo tempo – é uma oportunidade para que os consumidores tenham acesso a produtos de grande qualidade com muita facilidade".

Segundo o Ministro da Agricultura, "esta circunstância é um bom exemplo de como há todo um novo conceito de mercado em expansão, que os produtores têm de saber aproveitar".

Luís Mira, Secretário-Geral da CAP, que também marcou presença, não exclui a ideia de tornar a iniciativa semanal, "apesar de ainda hoje estar a ser inaugurada, há já muitos apelos para que seja semanal, o que é notável".

À margem da inauguração, Capoulas Santos sublinhou que "o Ministério está a acompanhar com preocupação a situação que se vive no setor da suinicultura e do leite e que levou ao anúncio da criação do Gabinete de Crise para acompanhamento do problema".

Capoulas Santos quer "envolver toda a fileira e sentar à mesa do diálogo todos os intervenientes no processo para que, olhos nos olhos e em conjunto, se encontrem soluções que vão ao encontro dos interesses de todos". A título de exemplo, o Ministro referiu o caso da rotulagem, sublinhando que "os consumidores portugueses preferem o que é nacional, portanto, nos rótulos, há que destacar a origem portuguesa da carne de porco."

O Ministro da Agricultura irá hoje (18 de dezembro) reunir com os representantes da ANCAVE – Associação Nacional de Centros de Abate de Aves e com a APIC – Associação Portuguesa de Industriais de Carne.

Setor pecuário em perigo em França



 07 Janeiro 2016, quinta-feira  Agropecuária
Segundo os sindicatos agrícolas, o setor pecuário em França continua em perigo, devido aos baixos preços da carne de bovino e, sobretudo, da carne de porco e do leite.

O pico da crise foi no verão, com fortes contestações dos agricultores, que levaram o governo francês a lançar um programa específico de apoio, no montante de 700 milhões de euros.

O ministro da Agricultura considera que o programa de apoio foi um sucesso, o que é fortemente contestado pelos sindicatos agrícolas, uma vez que nenhum dos preços negociados sob a égide do ministro da Agricultura foram cumpridos.
Com esta situação, 11.400 agricultores já viram os seus pedidos de ajuda aprovados, enquanto mais 35.500 esperam aprovação.
Os grandes supermercados continuam, em França, como em Portugal, a fazer grandes campanhas de descontos de preços na carne de porco, o que não permite a recuperação de preços ao produtor.
Fonte: Agroinfo 

Agricultura: as prioridades da presidência holandesa da UE

Agricultura: as prioridades da presidência holandesa da UE

 07 Janeiro 2016, quinta-feira 

A Holanda assumiu a presidência europeia no dia 1 de janeiro de 2016 e as prioridades no setor agrícola, para o primeiro semestre deste ano, foram recentemente anunciadas.
Entre elas, destaque para alcançar um acordo que vise fechar o dossier sobre a nova legislação da produção bio.
Além desta, a monitorização rigorosa da evolução dos mercados agrícolas, tendo em conta o efeito do embargo russo, estudar e discutir mais aprofundadamente o problema da resistência microbiana, concluir o processo de simplificação da Política Agrícola Comum (PAC) e lançar o debate sobre o tema ambiente versus agricultura inteligente.
Fonte: Agrodigital

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

GPP: Novas regras para aplicadores de fitofármacos: a partir de 31 dez 2015 a aquisição ou aplicação depende da inscrição em ação de formação até 31 maio 2016

Despacho - http://www.dgv.min-agricultura.pt/xeov21/attachfileu.jsp?look_parentBoui=16591891&att_display=n&att_download=y 

ver maisInformações em DGAV, DGADR, DRAPs e Organizações de Agricultores

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PRORROGA PRAZO DE ENTREGA DE CANDIDATURAS A «INVESTIMENTOS NÃO PRODUTIVOS»

 NOTÍCIASVoltar A A 
2015-12-30 às 21:07

O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural decidiu alargar o prazo de entrega de candidaturas a «investimentos não produtivos» até ao próximo dia 31 de março de 2016, tendo em conta que, nalgumas situações, a formalização das candidaturas dependia da obtenção de um parecer prévio das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) sobre os planos de recuperação e que, devido ao elevado volume de pedidos, os pareceres não foram obtidos em tempo útil.

No entanto, trata-se de uma medida que abrange apenas os promotores que tenham pedido os respetivos pareceres até ao dia 31 de dezembro de 2015 e que tem como objetivo evitar que um número significativo de beneficiários fique impedido de submeter a respetiva candidatura por motivos que lhe são alheios, apesar de ter cumprido o prazo de submissão dos seus planos de recuperação para parecer junto das DRAP.

O Ministério recorda que o prazo para apresentação de candidaturas para «investimentos não produtivos» decorreu entre os dias 15 de outubro de .2015 e 31 de dezembro de 2015, de acordo com o aviso n.º 001 /Ação 7.11/2015 da Autoridade de Gestão do PDR 2020.

França: nova lei proíbe que supermercados deitem fora alimentos



 07 Janeiro 2016, quinta-feira  Agroindústria

França aprovou novamente uma lei sobre o desperdício de alimentos, que deverá entrar em vigor já este ano.

A proposta legislativa apresentada em 2014 pretendia proibir que os supermercados deitassem fora os alimentos. Na proposta destacava-se que estes deveriam ser doados a bancos alimentares e instituições de solidariedade quando se aproximasse o fim do seu prazo de validade. Os supermercados com mais de 400 metros quadrados estariam obrigados a estabelecer acordos de colaboração com as organizações humanitárias para a doação de alimentos, estando proibidos de comercializar os produtos perto do final de prazo de validade a preços mais baixos que o habitual.
Esta legislação foi aprovada no Parlamento francês há alguns meses, mas depois retirada devido a um tecnicismo legal. Rapidamente se começou a trabalhar num novo projeto de lei baseado no mesmo texto vetado anteriormente, que foi agora votado pelos membros da Assembleia Nacional com o apoio de todos os partidos políticos.
O Governo francês espera agora que a Comissão Europeia exija a todos os Estados-membros da União Europeia que introduzam legislação similar. A proposta conta com o aval de 539 mil assinaturas recolhidas em sete países europeus. Paralelamente, foi lançada uma petição através da plataforma Change.org, solicitando uma legislação para acabar como desperdício alimentar na Europa.
Estima-se que 89 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos na Europa. Nos Estados Unidos da América, calcula-se que 40% de todos os alimentos produzidos no país são desperdiçados.
Fonte: Grande Consumo (via TecnoAlimentar).

Mais de 80% dos europeus acreditam que a PAC é importante para apoiar a agricultura da UE



 07 Janeiro 2016, quinta-feira  Política AgrícolaAgricultura
pac
Segundo um novo inquérito do Eurobarómetro, os europeus estão cada vez mais conscientes da contribuição da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) para as principais prioridades da Comissão Europeia.
Mais de 80% dos europeus considera que o papel da PAC é «muito ou bastante importante» para estimular o crescimento e o emprego e para apoiar a posição dos agricultores na cadeia alimentar.
Os europeus, 66% dos entrevistados, também estão de acordo que a PAC contribui para melhorar as relações comerciais entre a UE e o resto do mundo e 65% para o bom funcionamento do mercado único da UE.
Já 70% acredita que a UE está a cumprir com o seu papel em garantir o fornecimento de alimentos na Europa.
O resultado do estudo também destaca a importância que tem para o público em geral o futuro da agricultura e das zonas rurais, 90% dos inquiridos, e confirma a tendência dos estudos anteriores em relacionados com esta preocupação e melhora a opinião sobre a PAC.
O objetivo desse inquérito especial do Eurobarómetro foi perceber a relação entre os europeus e a agricultura, mediante a exploração do nível de importância que concedem a agricultura, a compreensão da sua visão do papel do agricultores e o que acreditam que são os principais objetivos da UE no que diz respeito à agricultura.
Fonte: Agrodigital 

Glúten: Universidade do Minho realiza estudo nacional



 07 Janeiro 2016, quinta-feira  Investigacao & DesenvolvimentoIndústria alimentar
gluten
A Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho (UMinho) está a fazer o primeiro estudo sobre a prevalência de doença celíaca em Portugal.
A colheita já iniciou em escolas de Portugal continental e ilhas, junto dos adolescentes e pais. Os resultados chegam em meados deste ano.
A coordenação é da professora Henedina Antunes, com o apoio de Nuno Saldanha, finalista do mestrado integrado em Medicina da UMinho.
A iniciativa é aprovada pela Direção-Geral de Saúde, pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e pelas comissões de ética. Tem o apoio da Associação Portuguesa de Celíacos e das sociedades portuguesas de Pediatria e de Gastroenterologia Pediátrica.
Estima-se que haja 70 a 100 mil casos, isto é, um a três por cento da população portuguesa. Só existem 10 mil casos diagnosticados, logo muitos desconhecem ter a doença e requer-se ações de sensibilização.
O único estudo de prevalência até agora foi na região de Braga, por Henedina Antunes, com um caso para 134 habitantes. O valor segue a média europeia, de um para 100 a 200 habitantes.
Recorde-se que a doença celíaca não tem cura e deve-se à intolerância alimentar ao glúten, provocando inflamação no intestino delgado.
Estima-se que em Portugal, só entre 1 e 3% da população sofrerá de doença celíaca, que ocorre como reação ao consumo do glúten.
O glúten, uma das proteínas mais consumidas no mundo, é criado quando duas moléculas, a glutenina e a gliadina, entram em contacto e formam uma ligação.
A ingestão de alimentos com estes cereais não é aconselhável às pessoas que têm intolerância ao glúten, como os doentes celíacos, pois não conseguem digerir bem esta proteína e, por isso, quando consomem alimentos com glúten ficam com sintomas como diarreia, dor e inchaço abdominal.  

Suinicultores esperam subida do preço da carne na Bolsa do Porco

07-01-2016 
 
 
Os suinicultores esperam que a primeira sessão do ano da Bolsa do Porco, que se realiza esta quinta-feira no Montijo, seja «histórica» com o aumento do valor pago aos produtores pela carne de porco.

Segundo disse à Lusa João Correia, um dos promotores do movimento de suinicultores, esta bolsa pode ser «histórica para a subsistência da suinicultura portuguesa» com o aumento do preço pago aos produtores pela carne de porco.

O responsável espera que os preços fiquem ao nível dos praticados em Espanha, em que o quilo de carne de porco é vendido pelos produtores a cerca de 1,25 euros. Em Portugal, o quilo da carne de suíno ronda os 1,05 euros, com os produtores a queixarem-se de que o custo de produção ascende a 1,50 euros.

A Bolsa do Porco que hoje se realiza no Montijo acontece às 19:00 horas, sentando à mesa das cotações representantes das associações de suinicultores e dos industriais de carnes.

A Bolsa do Porco acontece todas as quintas-feiras no Montijo, a Sul de Lisboa, e determina o valor da carne de porco em Portugal por uma semana. Desde início de Dezembro que os produtores de porco têm feito acções pelo país, contra o baixo preço pago pela grande distribuição aos produtores.

Além disso, os produtores falam do incumprimento da lei da rotulagem, que entrou em vigor em Abril, para identificar a carne de porco, e que obriga a referir que o animal foi "criado em", "abatido em" e "desmanchado em".

Fonte: Lusa

Seca e ondas de calor reduzem produtividade agrícola

 07-01-2016 
 

 
Secas e ondas de calor reduziram as colheitas em 10 por cento desde 1964 até 2007, com perdas mais acentuadas nas últimas décadas e nas economias mais ricas, segundo um estudo divulgado.

A primeira apreciação global sobre a forma como os eventos extremos climáticos afectam a produção de grão é divulgada quando os cientistas do clima preveem um aquecimento mais severo e frequente nos próximos 50 anos.

Ao mesmo tempo, outras investigações mostram que a produção alimentar deve precisar de duplicar até 2050 para sustentar uma população de mais de nove mil milhões de pessoas.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Mais de 80 por cento dos europeus acreditam que a PAC é importante para apoiar a agricultura da UE

 07-01-2016 
    
Segundo um novo inquérito do Eurobarómetro, os europeus estão cada vez mais conscientes da contribuição da Política Agrícola Comum da União Europeia para as principais prioridades da Comissão Europeia.

Mais de 80 por cento dos europeus considera que o papel da Política Agrícola Comum (PAC) é «muito ou bastante importante» para estimular o crescimento e o emprego e para apoiar a posição dos agricultores na cadeia alimentar.

Os europeus, 66 por cento dos entrevistados, também estão de acordo que a PAC contribui para melhorar as relações comerciais entre a União Europeia (UE) e o resto do mundo e 65 por cento para o bom funcionamento do mercado único da UE. 70 por cento acredita que a UE está a cumprir com o seu papel em garantir o fornecimento de alimentos na Europa.

O resultado do estudo também destaca a importância que tem para o público em geral o futuro da agricultura e das zonas rurais, 90 por cento dos inquiridos, e confirma a tendência dos estudos anteriores em relacionados com esta preocupação e melhora a opinião sobre a PAC.

O objectivo dessem inquérito especial do Eurobarómetro foi perceber a relação entre os europeus e a agricultura, mediante a exploração do nível de importância que concedem a agricultura, a compreensão da sua visão do papel do agricultores e o que acreditam que são os principais objectivos da UE no que diz respeito à agricultura.

Fonte: Agrodigital

Figo-da-Índia é tema de workshop em Marvão



 06 Janeiro 2016, quarta-feira  Ana Clara Pequenos Frutos

"Oportunidades e Potencialidades para a Produção da Figueira-da-Índia". É este o tema do workshop que terá lugar na vila alentejana de Marvão, a 21 de janeiro de 2016, a partir das 14h00.
figo da india
O evento, que decorre no salão dos Bombeiros Sto. Ant. das Areias, conta na sessão de abertura com a intervenção de Manuel Gaio, da Terras de Marvão – Associação de Desenvolvimento Local.
O primeiro painel da tarde, moderado por Mário Nunes, da APROFIP – Associação Produtores Figo-da-Índia Portugueses, é dedicado à "Produção e Exploração de Figueira-da-Índia".
"Potencialidades Agrícolas da Figueira-da-Índia", "Instalação do Pomar da Figueira-da-Índia", "A Figueira-da-Índia: História, Utilizações e Instalação da Cultura", "Aproveitamento da Figueira-da-Índia para Forragens" e "Exploração da Figueira-da-Índia: Processamento do Fruto" são os temas em discussão neste primeiro painel da tarde.
O segundo painel, intitulado "Potencialidades da Figueira-da-Índia", começa às 16h00 e será moderado por Rui Pulido Valente, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre.
Serão debatidos temas como "A Valorização Energética de Subprodutos da Figueira-da-Índia", "Extração de Produtos de Valor Acrescentado a partir da Figueira-da-Índia", "Oportunidades para a Figueira-da-Índia", "Candidaturas para Apoios ao Investimento" e "Informação Fiscal aos Agricultores".
No final do workshop será assinado um protocolo de colaboração entre a Terras de Marvão e o Instituto Politécnico de Portalegre.
As inscrições são limitadas, gratuitas e sujeitas a confirmação até dia 19 de janeiro. Podem ser efetuadas através dos seguintes contactos: E-mail: terrasdemarvao.ass@gmail.com ou Tel.: 245 909 130.
A iniciativa é organizada pela Associação Terras de Marvão e conta com o apoio do Instituto Politécnico de Portalegre, a APROFIP, a Câmara de Marvão, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a ADER-AL, entre outros.

Ministério disponibilizou 400 fardos de feno para alimentar animais de Póvoa do Lanhoso

 06-01-2016 
  
O Ministério da Agricultura garantiu que já foram disponibilizados 400 fardos de feno para alimentar os animais de uma exploração agropecuária de Póvoa de Lanhoso, sublinhando tratar-se de uma medida «provisória e de emergência».

Em causa está uma exploração com cerca de 100 animais, entre vacas e cavalos, tendo o dono anunciado há dias que não tem meios para os alimentar, adiantando mesmo que alguns já morreram à fome.

A fonte do Ministério da Agricultura adiantou que o que está em causa naquela exploração é um «longo historial» de incumprimento das normas legais relativas ao bem-estar animal, identificação e circulação animal e também à sanidade animal.

O Ministério sublinha que aquele incumprimento representa «um grave perigo» para a saúde animal e para a saúde pública, colocando também em causa o bem-estar dos animais.

Por isso, e ao mesmo tempo que disponibilizou alimentação para os animais, o Ministério está a estudar as medidas legais com vista à «resolução definitiva» do problema daquela exploração agropecuária.

A exploração agropecuária de Póvoa de Lanhoso está sob sequestro, um problema que começou em 2003, depois de a Direcção-Geral de Veterinária ter identificado brucelose em alguns animais.

Segundo o Ministério da Agricultura, ao longo dos anos foram feitas «várias diligências» no sentido de resolver as diferentes situações com os detentores dos animais, sem que tenha sido conseguida qualquer atitude razoável de colaboração.Sob sequestro, uma exploração está impedida de comercializar os animais, também não recebendo os apoios do Estado.

Fonte: Lusa

Vinho ultrapassa sol e mar como maior atributo turístico de Portugal


ANA RUTE SILVA 20/02/2014 - 17:22
Especialistas estrangeiros do sector já não apontam o sol e o mar como o produto-chave do país.

 
31% dos inquiridos associam o vinho ao turismo nacional ENRIC VIVES-RUBIO

 Exportações do turismo crescem 7,5% e ultrapassam barreira dos 9000 milhões
Nem sol, nem mar. O maior potencial turístico de Portugal e o produto que deve ser divulgado a nível internacional para vender o país como destino é o vinho. Num inquérito conduzido pelo IPDT, Instituto de Turismo, divulgado nesta sexta-feira, 37% dos operadores estrangeiros questionados dizem que este é o melhor argumento de promoção do país fora de portas, e 31% dizem mesmo que associa o vinho ao turismo nacional.

Em 2012, este produto só era relacionado a Portugal por apenas 7% dos inquiridos e, um ano antes, por 10%. Destronados, o sol e o mar captam, agora, o interesse de 17% dos especialistas (37% em 2012 e 45% em 2011).

António Jorge Costa, presidente do IPDT, explica que este resultado é o fruto de uma "qualificação do destino que os empresários do sector têm vindo a desenvolver, tal como os próprios decisores políticos". "Não podemos esquecer que o sol e o mar continuam a captar a grande fatia dos turistas que nos visitam, mas são visitantes sazonais", disse ao PÚBLICO, acrescentando que são precisos produtos complementares.

"Temos visto o sucesso que o Porto e Lisboa têm tido no segmento das viagens city break [de curta duração]. Estas respostas também são o resultado de novas apostas e conceitos associados ao design e aos produtos gourmet", sublinha.

As praias extensas e o bom tempo mantêm-se como âncora essencial para segurar turistas, mas as duas principais cidades do país passaram a estar no mapa dos grandes operadores. São o que António Jorge Costa chama "irmãos" do sol e mar.

Outro resultado que se destaca neste estudo, conduzido pelo IPDT junto de um painel de membros filiados na Organização Mundial de Turismo, é o peso que a história de Portugal pode ter na hora de promover o destino. Em 2013, 16% dos inquiridos disseram associar Portugal a "história", valor que em 2012 era de 9% e de 5% em 2011.

O contexto de crise e o programa de ajuda financeira não são alheios a estes indicadores. "O facto de Portugal se estar a tornar mais dinâmico a nível internacional leva a que os turistas queiram saber mais sobre a história do país. Estamos a passar a crise sem grandes sobressaltos de paz social, apesar das dificuldades sentidas pelos portugueses. Cá dentro, é óbvio que não pensamos da mesma forma, mas quem está de fora compara com o que se passa na Grécia ou em Espanha", analisa António Costa.

Talvez seja por isso que 75% dos especialistas afirmem que a crise financeira não afectou negativamente a imagem de Portugal (55% em 2012). O presidente do IPDT diz que há uma "conjuntura internacional que acredita" no país e na forma como está a ultrapassar a turbulência financeira. Artigos como o que o Financial Times publicou nesta segunda-feira, dizendo que Portugal era o herói surpresa da retoma na zona euro, ajudam a construir uma imagem positiva, apesar da austeridade. E isso, diz António Costa, acaba por ter impacto na decisão de um turista quando escolhe o próximo destino. "Não tenho dúvida de que esta conjuntura terá impacto ao nível da decisão de pessoas que, antes, nem tinham em conta Portugal como destino", afirma, concluindo que no meio de uma "grande turbulência, há oportunidades".

No inquérito conduzido durante o mês de Dezembro, 32% dos especialistas que já estiveram no país escolheram-no por ser "agradável e especial". Cerca de 28% vieram pelas "cidades, história e cultura". Questionados sobre a qualidade das campanhas promocionais nos mercados internacionais, 20% dão 8, numa escala de 1 a 10. Quanto à experiência de férias, 16% dá nota máxima (8% em 2012). Nenhum dos inquiridos dá uma classificação abaixo dos seis valores.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ministro da Agricultura dá razão a queixas dos suinicultores


RTP

04 Jan, 2016, 20:37 / atualizado em 04 Jan, 2016, 20:37 | Política

Ministro da Agricultura dá razão a queixas dos suinicultores

A ver: Ministro da Agricultura dá razão a queixas dos suinicultores
O Ministro da Agricultura reconhece que o preço pago aos produtores de carne de porco em Portugal está abaixo do preço europeu.

Capoulas Santos esteve reunido com os agentes económicos do setor da suinicultura.

O ministro defende que o preço pago aos produtores nacionais terá assim de subir e que o setor terá de apostar em novos mercados.

Capoulas Santos avança também que foram ainda discutidas novas formas para rotular a carne nos hipermercados e que o prazo de licenciamento das explorações de suinicultura será alargado.

Raquel quer contar a história das árvores monumentais portuguesas


Investigadora da Universidade de Aveiro vai passar os próximos anos a percorrer o país para inventariar, conhecer e divulgar a história das árvores monumentais portuguesas
Texto de P3 • 04/01/2016 - 13:27

Sabias que o carvalho mais antigo da Península Ibérica, com 700 anos, está plantado na Póvoa do Lanhoso? E que em Santa Iria de Azóia existe uma oliveira com 2850 anos? Estes são apenas alguns exemplos de árvores monumentais e seculares que Portugal tem no seu território e que Raquel Lopes quer inventariar. A árvore mais alta da Europa, com 72 metros, é, aliás, um eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, em Coimbra.
 
A bióloga e investigadora da Universidade de Aveiro vai, no âmbito do doutoramento, percorrer o país para inventariar, conhecer e divulgar a história das árvores que se distinguem das outras "pelo tamanho desmesurado, pela idade centenária ou até pelas formas bizarras que adquiriram ao longo dos tempos".
 
O trabalho, "inédito" em Portugal, quer "contrariar o desconhecimento de monumentos vivos que tanto têm para contar", lê-se no comunicado da instituição universitária. Afinal, o território nacional tem várias árvores — sobretudo oliveiras — com idades superiores a 1000 e 2000 anos.
 
"Não nos podemos esquecer que as árvores monumentais são testemunhas vivas de acontecimentos histórico-culturais, constituem uma memória de hábitos, costumes, lendas e tradições, valorizam a paisagem e o património edificado e representam um elemento diferenciador e identitário de todo um povo e de uma região que importa preservar", esclarece Raquel, no mesmo documento.
 
O que Raquel ambiciona fazer é aproveitar o conhecimento sobre as árvores que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem reunido e canalizá-lo para a divulgação e comunicação do património, além da protecção contra vandalismo ou negligência. O ICNF tem classificadas, em Portugal continental, 470 exemplares individuais como árvores monumentais e 82 conjuntos de árvores.
 
Com "Arvoredo Classificado de Interesse Público em Portugal continental" — assim se intitula o projecto de investigação —, a bióloga espera poder "encetar medidas de promoção, informação e divulgação" em conjunto com as autarquias. A criação de roteiros botânicos também estará em cima da mesa.

Tratores mataram 53 em 2015

 Negligência na condução é uma das causas dos acidentes.

Por Luís Oliveira 

Os acidentes envolvendo tratores agrícolas provocaram a morte a, pelo menos, 53 pessoas em 2015, segundo o levantamento feito pelo CM junto das autoridades. 

A grande maioria dos acidentes ocorre em propriedades privadas e os condutores acabam por morrer esmagados. Portugal é o terceiro país da Europa – a seguir à Itália e à Polónia – com mais vítimas mortais em acidentes rodoviários com máquinas agrícolas. 

Segundo as autoridades, isto só acontece porque quase nenhum tratorista faz uso do denominado arco de Santo António, uma espécie de arco protetor de ferro, colocado sob o condutor que o protege em caso de acidente. 

Os distritos de Viseu e da Guarda lideram a lista negra do número de vítimas mortais resultantes dos acidentes com estas máquinas, com seis vítimas mortais. Aliás, os últimos acidentes mortais de 2015 ocorreram precisamente no distrito da Guarda e também no de Coimbra. 

Os acidentes com tratores são geralmente muito semelhantes: são despistes seguidos de capotamento; acontecem em locais de forte declive em propriedades agrícolas. Quase sempre os condutores morrem esmagados pela máquina. 

Há ainda outro ponto em comum: a idade dos condutores – quase sempre superior a 60 anos. A idade dos tratoristas também poderá justificar o aumento dos acidentes. "Em média, os acidentes com tratores agrícolas envolvem condutores com idade superior aos 65 anos", referiu ao CM o tenente-coronel Luís Rasteiro, da GNR da Guarda. "Um condutor com mais de 60 anos tem menos perícia do que um condutor mais jovem", reforça o tenente-coronel José Machado, da GNR de Viseu. 

Outra questão que contribuirá para o aumento da sinistralidade é a falta de manutenção dos tratores até porque não é obrigatória a realização de inspeções periódicas a estes veículos. Por outro lado, o parque de tratores está a envelhecer e não tem sido renovado até porque hoje, comprar um veículo novo custará sempre mais de 40 mil euros. 

Refira-se que em 2014, a GNR contabilizou, em todo o País, 210 acidentes com tratores que provocaram 80 mortes. Nesse ano, em Bragança verificaram-se 12 vítimas mortais, seguindo-se Viseu, com 10. Em 2013, registaram-se 41 mortes e 62 feridos, em 105 acidentes. 

Produção de azeite fiscalizada



 04 Janeiro 2016, segunda-feira  

A GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, tem em marcha ações de fiscalização em instalações fabris de produção de azeite.
A operação "Lagareiro" decorre até ao final do mês de janeiro de 2016 e visa identificar situações de incumprimentos à legislação em vigor, em particular no que respeita ao funcionamento e licenciamento das instalações fabris de produção e ao encaminhamento e gestão de resíduos.
Os militares do SEPNA estão atentos ao licenciamento dos lagares, à gestão de todos os resíduos provenientes da transformação da azeitona em azeite, bagaço e águas ruças e outras situações ilegais que constituam infração às normas de proteção do ambiente, informa a GNR, em comunicado.
No mesmo documento, a GNR defende «métodos produtivos mais benéficos para o meio ambiente, bem como a sensibilização para os cuidados necessários para evitar derrames de águas poluídas e de outros resíduos no solo». 

Governo dos Açores atribui apoio extraordinário de 3,3 ME aos produtores de leite

04-01-2016 
 

 
O Governo Regional dos Açores anunciou que vai conceder em Janeiro um apoio extraordinário de 45 euros por animal a cerca de 87 por cento dos produtores de leite do arquipélago, num total de 3,3 milhões de euros.

«Este apoio, relativo ao último ano, é extensivo a 2016 e integra o pacote de medidas determinadas pelo executivo regional face aos efeitos negativos do prolongamento do embargo russo e da recessão dos mercados emergentes nos preços pagos à produção em toda a Europa», frisou a secretaria regional da Agricultura e Ambiente, numa nota publicada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional.

Segundo o executivo açoriano, o apoio orçado em 3,3 milhões de euros é suportado pelo orçamento regional, não tendo implicações nas dotações das ajudas do POSEI, programa de apoio comunitário específico para as regiões ultraperiféricas (RUP) como os Açores. No orçamento regional para 2016, as verbas destinadas à agricultura foram reforçadas em cerca de 12 milhões de euros.

A secretaria regional da Agricultura e Ambiente salientou, na mesma nota, que vai aplicar em 2016 um programa de reestruturação do sector leiteiro, que permite «a saída condigna aos produtores que, eventualmente, pretendam deixar actividade, contribuindo para o rejuvenescimento do sector e emparcelamento das explorações e, por esta via, para o aumento da sua competitividade».

A tutela adiantou ainda que será disponibilizada aos agricultores «uma linha de crédito semelhante à que existiu com a designação de SAFIAGRI, para alivar os custos financeiros decorrentes de empréstimos bancários já contraídos para investimento na modernização e inovação das explorações».

O executivo açoriano frisou também que vai «reforçar a procura de novos mercados para os lacticínios dos Açores», acrescentando que as negociações com o Canadá e com o Irão são os dois processos que estão «mais avançados».

Fonte: Lusa

Ministro da Agricultura defende que prejuízos dos suinicultores devem ser «suavizados

  04-01-2016 
 
 
O ministro da Agricultura reconheceu que os produtores nacionais de carne de porco estão a ser pagos a um preço inferior à média de referência e assinalou que é importante «suavizar o prejuízo» dos suinicultores.
 
«Temos uma pressão da oferta que tem vindo a pressionar os preços em baixa o que torna a vida muito difícil para os produtores», afirmou Capoulas Santos à saída de uma reunião, em Lisboa, que visou «aprofundar e fomentar o diálogo» entre as diversas partes envolvidas na cadeia de valor: produção, indústria e distribuição.
 
O mais importante no imediato, destacou o ministro, «é procurar que os preços permitam suavizar os prejuízos dos produtores», sendo necessário também «encontrar soluções de futuro com a abertura de novos mercados».
 
Uma das reivindicações da produção é precisamente que a carne seja adquirida de acordo com os preços de referência praticados na bolsa do porco para a Península Ibérica, a bolsa de Lérida.
 
«Os preços pagos aos produtores portugueses estão um pouco abaixo desse valor e é importante que esse nível de preços seja conseguido», admitiu o governante. O preço médio praticado na bolsa de Lérida anda na ordem dos 1,25 euros, mas em Portugal os produtores estão a receber apenas 1,05 euros por quilo de carne de porco.
 
Capoulas Santos considerou, no entanto, «que há uma grande vontade para encontrar soluções», mostrando confiança nas negociações bilaterais entre distribuição e indústria, que deverão continuar após a reunião desta segnda-feira.
 
O ministro relembrou ainda que o problema, que está a penalizar não só os produtores nacionais como também os europeus, em geral, tem a ver com o excesso de oferta, já que parte da produção que era canalizada para o exterior deixou de o ser, devido nomeadamente ao embargo russo e à crise económica em países como Angola ou a Venezuela.
 
Sobre os problemas de rotulagem que têm sido denunciados pelos produtores e que motivaram a intervenção das autoridades em algumas grandes superfícies, Capoulas Santos adiantou que «houve consenso» entre os agentes económicos que participaram na reunião de hoje, no sentido de dar mais visibilidade à identificação da origem da carne, «designadamente através da aposição da bandeira nacional» na carne embalada ou cortada em fresco.
 
Fonte: Lusa

COI prevê subida na produção mundial de azeite


por Ana Rita Costa- 4 Janeiro, 2016

Produção de azeite sofre quebra de 32% face à campanha anterior

O Conselho Oleícola Internacional (COI) prevê que a produção mundial de azeite atinja as 2.988.500 toneladas na campanha de 2015/2016, o que corresponde a um aumento de 22,2% face à campanha anterior.

De acordo com a organização, da produção total de azeite prevista, 2.049.500 toneladas deverão ser provenientes da União Europeia, mais 42,9% face à campanha de 2014/2015. Espanha continuará a liderar a lista dos maiores produtores, com 1.300.000 toneladas de azeite produzidas, um incremento de 54,5% face ao período homólogo.

Depois de Espanha segue-se Itália, que apesar da ameaça da xylella fastidiosa deverá registar uma produção de 350.000 toneladas (+57,6%), seguida da Grécia, com 300.000 toneladas, um valor que se assemelha ao da campanha anterior, e de Portugal, com uma previsão de 82 000 toneladas, mais 34,4% do que na campanha anterior.

Depois dos produtores da UE, entre os maiores produtores de azeite desta campanha deverão estar a Síria, com 215.000 toneladas, e a Turquia, com 143.000 toneladas.

Por outro lado, e de acordo com dados do COI, o consumo mundial de azeite deverá ascender aos 2.989.000 de toneladas, o que supõe um aumento de 4,6% face à campanha anterior, com a União Europeia a manter-se na dianteira como a região que mais consumirá azeite, com um total de 1.615.000 toneladas (+5,4%).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Universidade de Aveiro avalia pegada de carbono da cortiça



 03 Janeiro 2016, domingo

"Pegada de Carbono da Cortiça: das Árvores aos Produtos". Assim se designa o projeto desenvolvido pela Universidade de Aveiro (UA) – Departamento de Ambiente e Ordenamento/Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) – e pelo Instituto Superior de Agrono­mia – Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Territó­rio/Centro de Estudos Florestais (CEF).
Este projeto teve como objetivo avaliar a pegada de carbono do setor da cortiça em Portugal, ou seja, as emissões e remoções de gases com efeito de estufa em todo o setor, desde a floresta até ao destino final dos produtos, incluindo o seu pro­cessamento industrial.
No que respeita ao sequestro de carbono pelo montado, o estudo conclui que o montado de sobro da Herdade da Machuqueira do Grou (Coruche) representou um sequestro de carbono de cerca de 250 g C / m2 / ano (média de 2009 a 2014), tendo sido um sumi­douro mesmo nos anos secos de 2009 e 2012.
Este resultado con­firma a estabilidade deste montado de sobro em termos de se­questro de carbono e contrasta com os resultados obtidos num montado de azinheira de menor densidade na região de Évora com um balanço próximo de zero em anos secos.
Os resultados preliminares indicam, ainda, que o descortiçamento não teve impactes significativos no balanço de carbono ao nível da árvore e do ecossistema mesmo no ano seco de 2015.
No ponto do projeto referente à acumulação de carbono nos produtos de cortiça, o mesmo estudo conclui que os produtos de cortiça produzidos a partir de cortiça nacional constituem re­servatórios crescentes de carbono, quer durante a sua utilização quer quando são depositados em aterro, tendo acumulado entre 40 e 70 mil t C/ano nos últimos 15 anos.
Assim, a utilização de produtos de cortiça contribui para a mitigação das alterações cli­máticas, quer pela sua capacidade de acumular carbono quer pelo facto de substituírem produtos alternativos mais intensivos do ponto de vista energético.
O modelo de cálculo desenvolvido no projeto permite que os produtos de cortiça passem a ser in­cluídos nos inventários nacionais de gases com efeito de estufa, tal como já sucede com os produtos de madeira.
De realçar que o projecto foi desenvolvido entre julho de 2013 e novembro de 2015, sendo que as várias fases do estudo e o con­junto de informação que foi produzida durante a sua execução está disponível aqui.
A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) foi a entida­de promotora do projeto no âmbito do Concurso de Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico de 2012.
O projeto foi financiado por fundos nacionais através da FCT e por fundos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Re­gional através do Compete – Programa Operacional Fatores de Competitividade.
Para a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) «este é um estudo que vem comprovar a importância do montado e da cor­tiça para a preservação do meio ambiente, na medida em que em todo o ciclo da sua produção a cortiça assume um papel de pro­duto amigo do ambiente».
Fonte: Económico 

Governo dos Açores atribui apoio extraordinário de 3,3 milhões de euros aos produtores de leite



O Governo Regional dos Açores anunciou hoje que vai conceder em janeiro um apoio extraordinário de 45 euros por animal a cerca de 87% dos produtores de leite do arquipélago, num total de 3,3 milhões de euros.

"Este apoio, relativo ao último ano, é extensivo a 2016 e integra o pacote de medidas determinadas pelo executivo regional face aos efeitos negativos do prolongamento do embargo russo e da recessão dos mercados emergentes nos preços pagos à produção em toda a Europa", frisou a secretaria regional da Agricultura e Ambiente, numa nota publicada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional.
Segundo o executivo açoriano, o apoio orçado em 3,3 milhões de euros é suportado pelo orçamento regional, não tendo implicações nas dotações das ajudas do POSEI, programa de apoio comunitário específico para as regiões ultraperiféricas (RUP) como os Açores.
No orçamento regional para 2016, as verbas destinadas à agricultura foram reforçadas em cerca de 12 milhões de euros.
A secretaria regional da Agricultura e Ambiente salientou, na mesma nota, que vai aplicar em 2016 um programa de reestruturação do setor leiteiro, que permite "a saída condigna aos produtores que, eventualmente, pretendam deixar atividade, contribuindo para o rejuvenescimento do setor e emparcelamento das explorações e, por esta via, para o aumento da sua competitividade".
A tutela adiantou ainda que será disponibilizada aos agricultores "uma linha de crédito semelhante à que existiu com a designação de SAFIAGRI, para alivar os custos financeiros decorrentes de empréstimos bancários já contraídos para investimento na modernização e inovação das explorações".
O executivo açoriano frisou também que vai "reforçar a procura de novos mercados para os lacticínios dos Açores", acrescentando que as negociações com o Canadá e com o Irão são os dois processos que estão "mais avançados".
Dinheiro Digital/Lusa

domingo, 3 de janeiro de 2016

Do Vietnã à Austrália, El Niño abate agricultura



Por LUCY CRAYMER, de Hong Kong
Segunda-Feira, 28 de Dezembro de 2015 00:03 EDT

Duas mil cabeças de gado do pecuarista Troy Setter vêm trilhando caminhos centenários através dos campos da Austrália, alimentando-se da grama ao longo das estradas para ganhar peso antes do abate.

Embora faça lembrar uma era distante, essa migração não é uma viagem nostálgica. O El Niño mais severo dos últimos 20 anos reduziu as pastagens no leste da Austrália, deixando os animais sem comida suficiente.

A Consolidated Pastoral Company, empresa da qual Setter é o diretor-presidente, recorreu ao método antigo de levar a boiada a outras pastagens para evitar alguns dos problemas que o El Niño está causando aos negócios. Já alguns agricultores estão se beneficiando de preparações anteriores para períodos de seca ou simplesmente da sorte, mas as lavouras em geral estão com a produtividade baixa, inclusive as de arroz, o principal alimento da região.

Desde maio, o El Niño trouxe altas temperaturas e chuvas abaixo do normal para o leste da Austrália, o Sudeste Asiático e a Índia. As condições mais secas aumentam o custo e o tempo necessário para cultivar muitos produtos agrícolas, um fator que vem elevando os preços no segundo semestre de 2015. Os futuros das commodities agrícolas vêm subindo desde junho, com o óleo de palma da Malásia em alta de 9,6% e o açúcar demerara, de 25%.

Outras regiões têm se beneficiado do fenômeno climático. Na América do Sul e nos Estados Unidos, o El Niño trouxe condições meteorológicas ideais para a agricultura, o que resultou numa grande produção de grãos.

Depois do terceiro ano de seca em algumas regiões da Austrália, os vaqueiros estão usando a marcha dos animais para elevar o peso do gado antes de chegar aos confinamentos, onde eles serão engordados até o abate. A Consolidated Pastoral Company transportou de caminhão uma pequena parte de seu rebanho de 375 mil cabeças desde o Estado australiano de Queensland, no oeste do país, até Goondiwindi, no sul, onde eles estão sendo conduzidos pela fértil região de Narrabri, no Estado de New South Wales. Depois, o rebanho ou vai voltar para a fazenda da empresa, caso a seca termine, ou será enviado para confinamentos na Indonésia.

Graças a seu porte e abrangência, a Consolidated Pastoral Company conseguiu, em grande parte, proteger-se do impacto do El Niño, diz Setter. Outros pecuaristas australianos cujas terras se concentram nas regiões afetadas pela seca não tiveram a mesma sorte, sendo forçados a reduzir seus rebanhos.

Nos últimos 30 anos, os pecuaristas australianos introduziram uma raça americana de gado mais apropriada a condições quentes e secas. A raça Brahman agora representa cerca de 17% do gado australiano e uma proporção ainda maior carrega material genético dela. O gado possui um couro escuro para proteger-se das queimaduras de sol, tem pelos mais curtos, urina como menos frequência e é capaz de se alimentar de ração de menor qualidade, diz John Croaker, gerente-geral da Associação de Criadores de Brahman da Austrália Ltd.

A seca também se tornou um desafio para os produtores de café na Ásia, mas os investimentos deram resultado. No Vietnã, os sistemas de irrigação que foram instalados gradualmente desde a década de 90 têm ajudado os produtores a anular os efeitos das chuvas fracas durante a maior parte de 2015, diz Aurelia Britsch, analista da firma de pesquisa BMI Research em Cingapura.

Cerca de 25% dos 445 mil hectares de cafezais na província de Dak Lak, por exemplo, agora têm acesso à irrigação. No início deste ano, o governo prometeu melhorar e ampliar o sistema atual.

As iniciativas se somariam ao programa que o Banco Mundial iniciou no ano passado para fornecer irrigação e drenagem a cerca de 83 mil hectares de terras cultiváveis até 2020. Até agora, a instituição completou cerca de 14% do programa.

"Graças aos bons sistemas de irrigação desenvolvidos nos últimos 20 anos e à boa gerência da irrigação, os agricultores estão conseguindo resistir às secas recentes", diz Cuong Hung Pham, que supervisiona os vários projetos de irrigação do Banco Mundial no Vietnã.

Mesmo com esses sistemas, a Associação de Café e Cacau do Vietnã afirma que espera uma queda de 10% na produção deste ano até 1 de outubro, em relação ao mesmo período de um ano atrás, em parte devido à seca.

Alguns produtores de óleo de palma da Indonésia, contudo, também contaram com a sorte. Uma nova variedade da planta cultivada nos últimos anos é mais resistente à seca.

As palmeiras não foram desenvolvidas especificamente para esse propósito. Elas foram criadas para produzir um fruto com maior produtividade e maior quantidade de óleo em condições climáticas ideais, diz Jean Pierre Caliman, diretor do Instituto de Pesquisa Smart, subsidiária da Golden Agri-Resources Ltd., uma holding que investe no setor de óleo de palma.

"Parece que a produtividade permanece mais elevada, comparada às variedades anteriores, quando o clima é menos favorável para o óleo de palma, incluindo a seca", disse ele.

Mesmo com essas novas variedades de planta e outras medidas para reduzir os efeitos da seca, o conglomerado malaio Sime Darby Bhd. estima que o El Niño tenha feito a produtividade recuar entre 8% a 10% no período de 12 meses encerrado em junho, principalmente na Indonésia, diz um porta-voz da empresa.

Muitos agricultores em toda a região não podem fazer nada para evitar que as plantas morram antes da colheita. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura já projeta que a produção global de arroz caia em 2015 devido às condições meteorológicas e poderá recuar ainda mais nos próximos meses, dependendo do impacto do El Niño. O governo australiano reduziu as expectativas de uma safra abundante de trigo, após a produtividade ter sido prejudicada pela escassez de chuvas nas semanas anteriores à colheita.

Agricultores podem continuar a aplicar pesticidas desde que façam formação até maio

2/1/2016, 13:27

O ministro da Agricultura anunciou que os agricultores que estavam impossibilitados de usar pesticidas vão poder continuar a fazê-lo desde que façam formação até 31 de maio.

O controlo para atribuição dos apoios comunitários começa em 1 de junho, daí que a data para a conclusão do primeiro módulo do curso tenha sido fixada a 31 de maio
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro da Agricultura, Capoula Santos, anunciou, este sábado, que os 260 mil agricultores que estavam impossibilitados de utilizar pesticidas nas suas explorações por falta de certificação vão poder continuar a fazê-lo desde que façam formação até 31 de maio.

Em declarações à Lusa, à margem das visitas a algumas explorações hortícolas em Canaviais, uma freguesia do concelho de Évora, o ministro da Agricultura explicou que, desde 26 de novembro – dia em que o atual Governo tomou posse -, os agricultores e cidadãos estão impedidos de aplicar ou adquirir pesticidas se não tiverem certificação.

Em causa está uma diretiva comunitária que foi transposta em 2013 para a legislação portuguesa e que determinou que, a partir de 26 de novembro de 2015, qualquer agricultor ou cidadão que não tivesse um curso de formação sobre aplicação de pesticidas ficasse impedido de o fazer.

"A situação com a qual fui confrontado foi a de que, em cerca de 300 mil agricultores que existem em Portugal, apenas 40 mil tinham feito este curso", disse Capoulas Santos.

Isto quer dizer que os restantes 240 mil e mais os "muitos milhares de cidadãos que aplicam fitofarmacêuticos nos seus jardins ou noutras circunstâncias ficam impossibilitados de o fazer ou até de adquirir estes produtos nas lojas de especialidades", por razões de segurança, adiantou.

Perante esta situação, o ministro disse que foi necessário "encontrar uma solução" que permitisse aos agricultores continuar a exercer a sua atividade sem problemas.

Nesse sentido, foi publicado um decreto-lei no dia 30 de dezembro, que entrou em vigor no dia seguinte, que permite que os agricultores possam continuar a adquirir e a aplicar produtos fitofarmacêuticos até maio, desde que estejam inscritos numa ação de formação no Ministério da Agricultura, nas organizações de agricultores ou em entidades privadas que organizem esta formação.

"Pretende-se desta forma que este enorme universo de 240 mil pessoas para as quais não foi possível encontrar solução nos últimos dois anos possam agora continuar a exercer a sua atividade e possam ser organizadas as ações que permitam que ao longo deste tempo seja possível" conferir-lhes formação, sublinhou Capoulas Santos.

Questionado sobre as razões pelas quais estes agricultores não fizeram formação, o ministro disse que "escapam um pouco" à sua compreensão porque houve dois anos para tratar este problema.

"Ou não houve suficiente divulgação ou não houve perceção da existência deste problema. Enfim, não posso responder pelo passado, compete-me agora responder pelo futuro e, para já, a solução encontrada foi esta", adiantou.

Esta solução continua a exigir que a formação seja ministrada, mas "permite que os agricultores continuem a sua atividade e não sejam punidos", disse Capoulas Santos, explicando que outra consequência da falta de formação era uma eventual perda de ajudas comunitárias, quando os agricultores fossem controlados

Segundo o ministro, o sistema de controlo para atribuição dos apoios comunitários começa em 1 de junho, sendo por esta razão que foi fixada a data de 31 de maio para a conclusão do primeiro módulo do curso.

sábado, 2 de janeiro de 2016

FAO declara 2016 Ano Internacional das Leguminosas

Nov 13, 2015


Alertar a sociedade para os benefícios nutricionais das leguminosas é um dos objectivos do Ano Internacional das Leguminosas (AIL) que se assinala em 2016, segundo declarou a 12 de Novembro a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

AnoInternacionaldasLeguminosas2016_LogoA iniciativa irá também alertar para a importância destas culturas na sustentabilidade agrícola e o seu contributo para uma segurança alimentar efectiva.

«O Ano Internacional das Leguminosas será uma oportunidade para potenciar o uso das leguminosas nas rotações agrícolas e discutir os desafios da comercialização», esclarece a FAO em comunicado.

Segundo a FAO, apesar dos seus grandes benefícios, o seu valor nutricional não é reconhecido e há centenas de variedades que podem ser cultivadas.

Os legumes são ricos em proteínas, contêm o dobro das encontradas no trigo e três vezes que as do arroz. Também são ricos em micronutrientes, aminoácidos e vitaminas do grupo B, elementos chave de uma dieta saudável.


Balanço de 2015: O pior ano desde 2008 para as matérias-primas agrícolas


31 Dezembro 2015, 16:54 por Carla Pedro | cpedro@negocios.pt

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A maioria das matérias-primas perdeu valor em 2015 – naquele que foi o pior ano agregado, desde 2008 – e o sector agrícola não foi excepção.

A oferta de quase todas as matérias-primas tem sido avultada – e continua a crescer. A entrada da China, em finais de 2001, na Organização Mundial do Comércio, foi uma lufada de ar fresco para as matérias-primas, que começaram a ganhar terreno logo de seguida. Mas o arrefecimento que entretanto se verificou na China – os receios em torno dessa desaceleração provocaram mesmo um "mici-crash", no passado dia 24 de Agosto, nas bolsas mundiais – trouxe ventos contrários e foi uma das causas da queda dos preços das "commodities".

Os preços dos alimentos caíram 18% nos últimos 12 meses, devido a uma maior produção de "commodities" agrícolas, sobretudo cereais e café. Ao mesmo tempo, segundo dados da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), a procura diminuiu no que diz respeito a alguns produtos lácteos e carnes, o que fez aumentar o excedente mundial.

O sub-índice Bloomberg Agriculture – que agrega o café, milho, algodão, sementes de soja, óleo de soja, açúcar e trigo – registou assim a sua terceira queda anual e a mais forte desde 2001.

Mas vamos por partes. Como se comportaram estas principais matérias-primas isoladamente, entre cereais, oleaginosas e outros produtos agrícolas?
 
Café perdeu força

O café de tipo arábica registou uma queda de 29,7% no acumulado de 2015, no mercado de futuros nova-iorquino ICE. Isto devido sobretudo às chuvas no Brasil – maior produtor e exportador mundial deste produto – que fizeram florescer as colheitas e aumentar a oferta no mercado.

Ao mesmo tempo que as condições atmosféricas favoráveis aumentam os rendimentos das colheitas, a depreciação das moedas nos países produtores tem incentivado os agricultores a exportarem mais os produtos que lhes rendem dólares.
 
Cacau a subir pelo quinto ano seguido
O cacau é das poucas matérias-primas que conseguiram chegar ao final do ano com um saldo positivo. É, aliás, a estrela de 2015 no sector das "commodities". No final do ano, a valorização agregada foi de 10,35%. 

Tratou-se do quinto ano consecutivo de subida, e em 2015 a seca provocada pelo fenómeno climatério El Nino na África Ocidental - que levou a uma redução da produção - contribuiu para a sua solidez. 
 
Sumo de laranja ganha com doença bacteriana

Foi um dos poucos produtos de origem agrícola que fechou em alta no cômputo de 2015. O sumo de laranja, que faz parte dos principais índices de "commodities" agrícolas, fechou o ano com um ganho agregado de 0,61%.

A produção tem diminuído, muito à conta de uma doença bacteriana que atinge os citrinos e que se chama "citrus greening". Só no Estado norte-americano da Florida (que é o segundo maior produtor mundial de laranjas, depois do Brasil), a produção foi bastante dizimada. Esta situação levou a um crescente défice de oferta nos EUA, onde o consumo excede a produção.

A escassez de laranjas para consumo nos EUA tem sido colmatada através da importação de laranjas brasileiras, mas o próprio Brasil depara-se agora com uma queda das suas colheitas em resultado de condições meteorológicas adversas e também do "citrus greening".

Se a isto juntarmos uma menor produção também na Europa, devido às elevadas temperaturas, estão reunidas as condições para os preços do sumo de laranja manterem a tendência ascendente.
 
Açúcar vive ano doce depois de quatro em queda

Depois de quatro anos consecutivos a perderem terreno, os preços do açúcar regressaram aos ganhos em 2015. O açúcar não refinado valorizou 5,91% no acumulado do ano.

Só em 2013 e 2014, a cotação do açúcar afundou 25%, com as quedas a reflectirem o excesso de açúcar no mercado – e, consequentemente, com a oferta a suplantar a procura.

Mas, este ano, a produção da Índia (segunda maior mundial) deverá registar uma quebra de 5% devido ao nível das chuvas abaixo do habitual, o que tem estado a impulsionar as cotações. E conforme recordou recentemente o Barclays, citado pela CNBC, o período de seca observado na Índia em 2009 levou a que os preços do açúcar disparassem para máximos de 30 anos, pelo que se espera que a queda da produção da actual campanha agrícola ajude a sustentar os preços nos mercados internacionais.

Além disso, o maior produtor mundial, que é o Brasil, tem estado a aumentar a sua produção de etanol – que tem na cana-de-açúcar um ingrediente-chave – porque a população tem reforçado o seu consumo deste combustível alternativo visto ser mais barato do que a gasolina. Por isso, este "desvio" de açúcar para a produção de etanol deverá igualmente contribuir para manter os preços sustentados – ou mesmo para os fazer subir mais.
 
Trigo e milho com ano negativo

Os preços dos futuros do trigo nos EUA, negociados no mercado de Chicago, estão abaixo da média dos últimos cinco anos, devido à forte produção e aos elevados inventários. E assim deverão permanecer durante mais algum tempo. No cômputo do ano, a queda rondou os 20%.

Na Europa – que representa cerca de 20% da produção de trigo –, este cereal tem estado a desenvolver-se mais rapidamente do que é costume para esta época do ano, dadas as elevadas temperaturas que se têm feito sentir de forma geral no Velho Continente. As culturas de França e da Roménia estão "bastante avançadas" e as geadas de finais da Primavera poderão afectar o cereal, advertiu à Bloomberg um consultor em agricultura da Agritel, Michel Portier. Na Rússia, o trigo voltou uma vez mais a ser mais barato do que na Europa devido à queda do rublo, que quase se fixou num mínimo histórico.

Por seu lado, o milho fechou 2015 com um saldo negativo - marcando assim o seu terceiro ano consecutivo no vermelho. Não tanto como o trigo, já que as perdas anuais do milho rondaram os 9%, mas ainda assim com dificuldades em encontrar alguma resiliência - os preços mais baixos reduziram o incentivo para muitos agricultores norte-americanos maximizarem as suas culturas, além de que na União Europeia e na Ucrânia as colheitas foram penalizadas pelo calor e tempo muito seco que se viveu este Verão.
 
Soja e a elevada oferta

Esta oleaginosa registou um recuo de 4,8% no acumulado do ano, pressionada sobretudo pela vasta oferta. E os "stocks" de soja são suficientemente substanciais para manterem os preços sob pressão, sublinhou à Agrimoney o analista Frank Rijkers, do ABN Amro.
 
Algodão em alta

Esta matéria-prima de origem agrícola, usada na produção têxtil, revelou-se uma surpresa em 2015. Num ano bastante mau para a maioria das matérias-primas (o índice Thomson Reuters/Jefferies CRB, que reflecte o desempenho de 19 matérias-primas caiu para mínimos de 13 anos em Dezembro), o algodão teve um desempenho positivo, com uma subida agregada de quase 5%.

A ajudar a este movimento esteve o facto de a China não ter escoado para o mercado tanto algodão como alguns investidores receavam (devido aos subsídios atribuídos esta produção), e isto por causa dos elevados inventários do país, sublinha a Agrimoney.

Além disso, os preços relativamente baixos (o algodão embarateceu 26% no acumulado de 2014) também ajudaram a reduzir a popularidade desta cultura junto dos agricultores. Com efeito, estima-se que a produção da campanha de 2015-2016 diminua. E, a acontecer, será o terceiro ano consecutivo – no ano passado isso não foi um factor de sustentação porque também o consumo baixou (o esperado aumento da procura por parte das moagens, que se estimava que aconteceria devido à diminuição dos preços, não se concretizou).

PDR2020: prazo para candidaturas a investimentos não produtivos prolongado até março



 01 Janeiro 2016, sexta-feira  
Foi prolongado o período de submissão de candidaturas até 31 de março 2016 à Ação 7.11. do 

Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) – Investimentos não Produtivos.
O objetivo visa garantir que os beneficiários que até 31 de dezembro de 2015 submeteram o pedido de parecer dos planos de recuperação junto das entidades competentes, não sejam prejudicados. 

Produtores da região do Tejo apostam na sustentabilidade ambiental



 09 Dezembro 2015, quarta-feira 

Desde um sistema de energia solar fotovoltaico a um projeto que visa reduzir ou até mesmo eliminar o uso de pesticidas e herbicidas químicos, passando pela importância das abelhas na saúde do meio ambiente, os produtores da Região dos Vinhos do Tejo mostram, cada vez mais, como se faz em matéria de sustentabilidade ambiental.
A CVR Tejo informa que os produtores da região «são um exemplo de práticas de sustentabilidade ambiental», pois têm vindo a apostar em medidas concretas que visam «incorporar os princípios do desenvolvimento sustentável nas suas atividades».
Entre estes produtores encontram-se a Companhia das Lezírias, a Falua e a Quinta da Alorna.
Exemplos concretos destas práticas de sustentabilidade ambiental são «o facto de a Companhia das Lezírias ter hoje uma das áreas florestais e de proteção ecológica mais importantes no país».

Como tal, «as vinhas têm uma relação muito forte com a biodiversidade natural existente e é por isso que a Companhia das Lezírias criou um projeto designado "ABC 2020", projeto este que pretende promover e garantir a sustentabilidade ambiental, assegurando ainda a competitividade e a criação de valor no setor do vinho», salienta a CVT Tejo.
As iniciais ABC representam "+Ambiente", "+Biodiversidade" e "-Carbono". Este projeto inclui medidas como reduzir ou eliminar o uso de pesticidas e herbicidas químicos; minimizar o consumo de energia e promover o uso de formas de energia renovável; reduzir as emissões de carbono e compensar as emissões inevitáveis.
Também a Falua Sociedade de Vinhos é um exemplo nesta área já que tem vindo a apostar cada vez mais numa estratégia de sustentabilidade.
Sendo um dos primeiros projetos de autoconsumo de electricidade instalado numa adega em Portugal, o sistema de energia solar fotovoltaico da Falua permite uma redução de 38,9 toneladas de CO2, equivalente à plantação de uma floresta com a dimensão aproximada de oito estádios de futebol.
Este sistema não só reforça a importância do investimento na energia solar, um recurso natural de grande potencial no nosso país, como também melhora a autonomia energética, o que favorece o meio ambiente.
A Quinta da Alorna, por sua vez, é acompanhada por empresas especializadas na área do ambiente. Através deste apoio implementou uma série de medidas que tem como meta diminuir o seu impacto ambiental, como por exemplo fazer uma utilização eficiente de água, gerindo melhor este recurso, ou colocar populações apícolas junto a produções hortoindustriais, tendo em conta o papel fundamental das abelhas na polinização, bem como o facto de estes insetos serem um importante indicador de saúde ambiental.
A Quinta da Alorna está envolvida ainda em várias campanhas de reciclagem de rolhas de cortiça e desde 2010 plantou 600ha de pinheiro manso, o que fomenta as sinergias de sebes corta-vento e diminui o efeito da erosão.
A CVR Tejo e os seus produtores assumem assim, e cada vez mais, «um compromisso ambicioso e concreto que planeia salvaguardar o ambiente e assim contribuir para um planeta mais sustentável». 

Drones conquistam setor agrícola português



 31 Dezembro 2015, quinta-feira  Ana Clara TecnologiaAgricultura

A tecnologia - sejam computadores, sistemas de geolocalização (GPS), tecnologias de controlo, redes de informação e, agora, cada vez mais, os drones – está cada vez mais presente no setor agrícola. No caso dos drones, as pequenas aeronaves controladas à distância estão a tomar conta do espaço aéreo das plantações um pouco por todo o mundo. O Agronegócios foi saber qual a importância que os drones têm para os agricultores portugueses e de que forma o setor está a aproveitar esta tecnologia. Ricardo Braga, professor do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e Diretor da revista Agrobótica e João Noéme, ligado à UAVision e à TERRAPRO, analisam o tema. A vitivinicultura foi pioneira no nosso país na utilização deste tipo de serviço para melhorar não só a rega e a fertilização como também a próprio vindima. 
drone
«Os "drones" são aeronaves sem piloto cujo controlo pode ser remoto (em tempo real) ou autónomo por intermédio de uma aplicação em conjugação com o posicionamento GPS. No caso do voo autónomo, o Homem programa uma rota, que depois é executada pelo "drone"», começa por explicar Ricardo Braga, professor no ISA. 
Os "drones" podem ter diversos acrónimos:  UAV (unmanned aerial vehicles), RPAS (Remotely pilote dair craft systems), VANT (Veículo aéreo não tripulado), etc.
Assim, sendo uma plataforma, «os "drones" podem servir para (utilização 1) transportar sensores que captam a radiação emitida pelas culturas em diversos comprimentos de onda (no caso da agricultura) ou simplesmente (utilização 2) para captar fotografias aéreas no espectro do visível (fotografias normais)», adianta Ricardo Braga. 
O docente do ISA refere que «os dados da radiação emitida pelas culturas permitem, por exemplo, criar cartas de conforto vegetativo que por sua vez conduzem à identificação de zonas problemáticas (problemas de rega, doenças, etc.) nas parcelas a necessitar de atenção do gestor agrícola». 
A simples observação de fotografias aéreas das parcelas no visível «traz-nos bastante informação sobre o estado vegetativo e variabilidade espacial.
Os "drones" podem ser de dois tipos fundamentais: asa fixa (tipo avião) ou asa rotativa (tipo helicoptero), com vantagens e desvantagens em função de cada situação», acrescenta o professor. 
Para este objetivo de transporte de sensores de radiação, «além dos "drones" existem outras plataformas, muitas das vezes mais apropriadas a uma dada situação, como os aviões de baixa altitude ou os satélites. Mais recentemente os "drones" têm também sido utilizados para distribuir fatores de produção como por exemplo pesticidas ou adubos. Contudo, estas utilizações são, ainda, sobretudo experimentais», sustenta. 
Ricardo Braga explica que, para obtenção de cartas de índices de vegetação (NDVI e outros) os "drones" são utilizados em Portugal por empresas de consultoria especializada «há pelo menos seis anos (utilização 1: cartografia do conforto vegetativo). No setor agrícola, a vitivinicultura foi pioneira na utilização deste tipo de serviço para melhorar não só a rega e a fertilização como também a próprio vindima». 
«De há três anos para cá existe já um conjunto de empresários agrícolas que tem o seu próprio "drone" e que o utiliza para fazer o acompanhamento "visual" das culturas e/ou equipamentos (utilização 2: inspeção cultural)», informa. 
Vantagens 

Quais são as mais-valias dos drones aplicados à Agricultura? À pergunta, o diretor da revista Agrobótica responde que «há que distinguir a utilização preconizada». 
«Para inspeção cultural (utilização 1), os "drones" apresentam bastantes vantagens já que permitem aos gestores agrícolas ter uma visão alargada da cultura que de outra forma seria impossível a partir de determinados estados fenológicos (e.g. milho). A visão aérea permite ver padrões de variabilidade que não são fáceis de detetar no terreno. Neste tipo de aplicação obtêm-se tipicamente imagens no visível com resoluções espaciais de poucos centímetros tiradas a cerca de 100 metros de altitude (dá para ver falhas de plantas). Em geral é o agricultor que têm o seu próprio "drone" (de asa rotativa) e que o voa com periodicidade estabelecida (e.g. quinzenal)», explica.  
E adianta: «para a utilização 2, cartografia do conforto vegetativo em que se pretende a) além do visível o registo de outras bandas como o infra vermelho próximo ou o térmico, e b) cartografia georreferenciada e de áreas mais extensas (dezenas de hectares), a competição com as outras plataformas (satélites, aviões tripulados, etc) é maior face a alguns inconvenientes dos "drones". Para esta utilização, os "drones" (geralmente de asa fixa) são propriedade de empresas especializadas que prestam um serviço aos gestores agrícolas. A qualidade dos dados obtidos é superior e as utilizações agrícolas, suportadas por consultoria agronómica, são diversas podendo ir desde variação de dotações de rega até a tratamentos diferenciados no espaço das parcelas. O resultado final é uma utilização mais eficiente de recursos com aumentos da produtividade das culturas». 
drone
Ricardo Braga diz que «mais do que preocupado se as cartas são elaboradas a partir de imagens obtidas por "drones" ou outras plataformas, os empresários devem preocupar-se com a qualidade da carta produzida (resolução espacial, georreferenciação, amostragem, eliminação do solo, etc, etc), com a consultoria agronómica de suporte e também com o custo. Na realidade tudo depende da cultura e da utilização preconizada. Situações há em que o satélite é a plataforma mais indicada, outras em que o melhor retorno provem dos "drones" ou mesmo de aviões tripulados. Há que pedir aconselhamento junto de especialistas», aconselha Ricardo Braga. 
Sobre os eventuais inconvenientes, o docente universitário afirma que «os "drones" propriamente ditos são geralmente apregoados como equipamentos de muito fácil utilização.» Na realidade para utilizações mais avançadas «é necessária alguma experiência».  
«Também estão sujeitos a falhas, muitas vezes, imprevisíveis. São comuns relatos de "drones" que sem motivo aparente se descontrolam e fogem do alcance do operador. O meu conselho neste particular é uso de alguma prudência e perseverança face a uma curva de aprendizagem algo longa.
Quanto à utilização 2 – cartografia do conforto vegetativo, além do "drone" propriamente dito, é necessário ter em conta o pós-processamento dos dados, pelo que, como foi referido, o serviço é geralmente levado a cabo por empresas especializadas», acrescenta. 
No que respeita a custos, diz o professor, os "drones" para inspeção cultural (asa rotativa) custam, neste momento,cerca de 1000 euros. «Para cartografia do conforto vegetativo (asa fixa) poderão custar 20 vezes mais.
Se compensa ou não adquirir um "drone" ou recorrer a uma empresa de prestação de serviços, depende bastante da área, da cultura, do tipo de utilização. O mesmo se pode dizer face às plataformas alternativas (satélite, avião, etc.)». 
Sendo cada vez mais utilizados por empresas no setor agrícola, os drones estão a gerar um negócio. «Existem  de facto já bastantes empresas tanto a fornecer serviços de "drones" como a vender "drones"», considera Ricardo Braga.  Contudo, avisa que, «como com qualquer "febre" é necessário precaução». 
«Aos gestores agrícolas que pretendam usufruir do potencial que a cartografia do conforto vegetativo possibilita recomenda-se prudência na avaliação da oferta. Devem ter sempre em conta que mais importante que o "drone" (a plataforma) é o produto resultante, sejam simples imagens aéreas para inspeção cultural seja cartografia "mais séria" de índices de vegetação», aconselha, adiantando que «novamente há que pedir aconselhamento junto de especialistas para encontrar a melhor solução para cada caso». 
Os agricultores portugueses têm cada vez mais a perceção da importância de adquirem conhecimento sobre este tema e em 2015 começou a haver cursos de drones. Sobre a importância da formação, Ricardo Braga admite que «alguns vão tendo essa perceção» e diz que «a ferramenta vai-se tornando cada vez mais acessível por um lado». 
Por outro, «a necessidade cada vez maior de produzir de forma mais sustentável, com uso eficiente de recursos, com decisões baseadas em factos leva a que os gestores agrícolas cada vez mais se apercebam de que não devem desprezar a variabilidade espacial das suas culturas. Existem tecnologias para avaliar e diagnosticar a variabilidade espacial, e sobretudo existem também tecnologias para atuar no terreno no sentido de gerir a variabilidade espacial». 
A nível internacional, Ricardo Braga refere que «a Europa está bastante mais avançada que os EUA no uso de "drones" beneficiando de leis menos restritivas». 
Agricultura de precisão 

Os drones são o equipamento mais mediático associado à agricultura de precisão. Foi sobre este ponto de vista que o Agronegócios falou com João Noéme, da UAVision, empresa que trabalha nas áreas da aeronáutica, ciências da terra e projetos de engenharia. 
Para o responsável, ligado também à TERRAPRO (que trabalha na otimização  da produção agrícola e em particular, o uso eficiente e responsável dos fatores de produção), a Agricultura de Precisão «é um conceito cada vez mais utilizado mas que ainda significa para muitos grande complexidade de análise e custos elevados de implementação». 
No entanto, «com o desenvolvimento tecnológico cada vez mais acessível, estas tecnologias começam a ser usadas de forma generalizada com ofertas de baixo custo largamente compensadas pelos benefícios diretos nos fatores de produção e produtividade. Cada vez mais se conhecem casos de sucesso não só internacionalmente como no nosso país». 
«A agricultura de precisão baseia-se no conceito de variabilidade dos agrosistemas, quer seja do solo, disponibilidade de água ou clima, tendo por objetivo a redução de custos de produção, a diminuição dos impactos ambientais e o aumento de produção ou qualidade da mesma. Para tal as técnicas e tecnologias de precisão envolvem a análise da variabilidade espacial das parcelas agrícolas e a aplicação diferenciada dos fatores de produção, de acordo com essa variabilidade e as necessidades reias das culturas em cada local», explica João Noéme. 
Das tecnologias mais utilizadas, salienta, destacam-se «a fotografia aérea e outros sensores de deteção remota, que permitem uma análise expedita e em larga escala das culturas. As imagens aéreas podem, dependendo do objetivo da análise, ser recolhidas por diversas vias. Os drones são o equipamento mais mediático associado à agricultura de precisão e permite de facto uma análise muito pormenorizada das parcelas, permitindo que o olhar do produtor sobrevoe a sua cultura e detetar zonas críticas». 
Esta é, no entanto, «uma solução melhor adaptada a áreas pequenas, sendo que para áreas geralmente acima de 50 ha, são mais utilizados aviões tripulados ou mesmo imagens satélite. Para além das análises feitas através da fotografia "comum", é possível recolher informação noutras bandas do espectro de luz que após processamento geoespacial, permitem avaliar índices culturais, como o vigor vegetativo ou delimitar zonas de gestão diferenciada», sustenta João Noéme. 
drone
Para o responsável da UAVision «também as sondas de monitorização permanente da humidade do solo a diferentes são hoje uma realidade comum na maior parte explorações de regadio, pois tal como a maioria das tecnologias ou serviços de precisão, permite uma redução nos fatores de produção, que facilmente compensa o investimento realizado. Os serviços de gestão de rega com base nesta tecnologia são já uma ferramenta indispensável dos produtores de regadio». 
«As sondas de humidade do solo permitem conhecer a capacidade de armazenamento de água do solo no interior de uma determinada parcela, ou até mesmo a profundidade a que as raízes estão de facto a utilizá-la. Desta forma o produtor pode adequar a rega às reais necessidades da cultura, respondendo da melhor forma às questões: quando regar?, quanto regar? e como regar? evitando desperdícios quer em água quer em energia. Por outro lado, quando associado a um dispositivo de aplicação diferenciada da rega, VRI (Variable Rate Irrigation), o produtor pode definir padrões de rega fazendo variar a aplicação diretamente no pivot», acrescenta. 
Face aos desafios que se colocam à agricultura moderna, como a necessidade de minimizar custos de produção e aumentar a competitividade e qualidade dos produtos finais, «a agricultura de precisão tem ganho cada vez mais adeptos no mundo e em particular no nosso país. A utilização de sistemas de GPS em maquinaria agrícola permitem capturar automaticamente dados agronómicos e da máquina à medida que o trator se desloca no campo». 
No que se refere à colheita, por exemplo, João Noéme diz que «esta informação permite a elaboração de mapas de produtividade, muito úteis no apoio à decisão. Em breve deixará de se ouvir falar no agricultor que se "deu ao luxo" de implementar agricultura de precisão na sua parcela, para passar a causar espanto o agricultor que se consegue "dar ao luxo" de não utilizar este tipo de tecnologia. A competitividade do mercado vai obrigar todos a trabalhar com mais eficiência e produtividade». 
Experiência e acompanhamento técnico 

João Noéme explica que a TERRAPRO, por exemplo, conta já com vários anos de experiência no acompanhamento agrícola de produtores e na oferta de serviços e tecnologia de agricultura de precisão. 
«Apostada no acompanhamento de proximidade com o produtor, na qualidade e competitividade dos produtos e na prestação de um serviço chave na mão, a TERRAPRO oferece diversos serviços e tecnologias de precisão, em diversas modalidades, como Serviços de Gestão de Rega, Gestão da Fertilização, Imagem área e vigor vegetativo (NDVI) entre outros», realça. 
Os serviços de gestão da rega, por exemplo, «podem ser prestados sem necessidade de aquisição de equipamento nem preocupações técnicas com manutenção e representam uma poupança efetiva quer no consumo de água quer na energia. O produtor tem acesso a acompanhamento técnico em contínuo, visitas ao campo e relatórios semanais com recomendações de rega para os 8 dias seguintes, previsões meteorológicas, registo de dotações aplicadas, entre outras informações», informa João Noéme. 
A consulta e análise de dados autónoma e em tempo real é feita através de um software de acesso online, quer em computador quer em versão mobile. 
«Para a correta utilização e maximização do output da tecnologia, importa aos agricultores procurarem não só a melhor qualidade tecnológica e simplicidade de utilização, como acima de tudo, o melhor e mais próximo acompanhamento técnico especializado para que as tecnologias de precisão representem um benefício efetivo», conclui João Noéme.

DGADR: PDR 2020 - OPERAÇÃO 3.4.2 /2015 - Priorização de candidaturas segundo a Urgência de Intervenção


O Anúncio n.º 01/Operação 3.4.2/2015, de 18 de agosto estabeleceu o regime de aplicação da Operação nº 01/Operação 3.4.2/2015 – melhoria da eficiência dos regadios existentes – operações de reabilitação e modernização.
De acordo com o publicado a DGADR estabeleceu e aplicou os critérios através dos quais foi avaliada a Urgência de Intervenção para realização de obras de modernização e reabilitação nos aproveitamentos hidroagrícolas dos Grupos II e III.

Foram recebidas 96 propostas de intervenção em infraestruturas de 31 aproveitamentos hidroagrícolas, que totalizam um montante global de investimento de 445,6 milhões de euros.

documento integral  Relatório Final integral   (PDF 10 MB) http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/urg_reg/rel_final_urgencia.pdf

GPP: Experiência obtida com o primeiro ano de aplicação das práticas greening previstas no regime de pagamentos diretos (PAC)

Experiência obtida com o primeiro ano de aplicação das práticas greening previstas no regime de pagamentos diretos (PAC) Consulta Pública promovida pela Comissão Europeia | 15 dez a 8 março 2016