terça-feira, 10 de abril de 2012

Penela vai reflorestar 1700 hectares depois de incêndios de Março

10.04.2012
A Câmara Municipal de Penela está a preparar um plano para a
recuperação dos cerca de 1700 hectares de floresta destruídos pelos
incêndios de há duas semanas, propondo aos proprietários privados o
regresso às espécies autóctones.
O concelho foi atingido a 28 e 29 de Março por dois fogos, em S. João
do Deserto e em Tola, que consumiram mato e eucaliptos. Agora a
autarquia quer plantar espécies autóctones, como o castanheiro, o
carvalho e o medronheiro.
"O que vamos fazer é um plano para reflorestar a área ardida,
identificando o que ardeu e as espécies a plantar", disse à agência
Lusa o presidente da Câmara, António Alves.
Do levantamento já efectuado pela autarquia, concluiu-se que o
primeiro incêndio consumiu cerca de 900 hectares de floresta e o
segundo perto de 800 hectares de eucaliptal e mato, praticamente tudo
propriedade privada.

"Não queremos que o eucalipto acabe definitivamente (no concelho), mas
vamos sugerir aos proprietários que façam a reflorestação com espécies
autóctones", disse o autarca.
A devastação do concelho levou ao aparecimento no Facebook de um
movimento pela reflorestação das zonas ardidas, com algumas empresas a
prontificarem-se para oferecer árvores.
"Se houver particulares que aceitem, podemos criar, inclusive, um
regime de voluntariado para colaborar na plantação das árvores",
sublinhou o autarca, que pretende "envolver todos os parceiros da
Câmara" e os proprietários florestais.
O plano de reflorestação que está a ser preparado, acrescentou, irá
incluir regras (que já constam da lei), como a delimitação do espaço
mínimo que deve existir entre as árvores e as habitações (a 50 metros
de habitações isoladas e a cem metros de aglomerados urbanos) e da
rede viária (dez metros de cada lado).
"Devia haver um plano de ordenamento da floresta, que precisa de ser
ordenada e cadastrada. Há muitos terrenos que ninguém sabe de quem
são", criticou o autarca do PSD, que diz "desconhecer por que razão se
encontra suspenso" o Plano Regional de Ordenamento da Floresta para o
Pinhal Interior Norte (PROFPIN).
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