domingo, 6 de maio de 2012

Rio+20: CPLP defende visão ambiciosa de “economia verde inclusiva”

05.05.2012
Lusa

Os ministros do Ambiente da CPLP aprovaram na sexta-feira, em Cabo
Verde, uma posição comum a defender na conferência da ONU Rio+20, em
Junho, que visa promover uma transição global para uma "economia verde
inclusiva".

Os participantes na cimeira ministerial da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) assumiram o compromisso de convencer os
grandes estados presentes na Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) a adoptarem medidas que
compatibilizem as vertentes económicas, sociais e ambientais para um
desenvolvimento sustentável.


Após dois dias de trabalhos técnicos, na quarta e na quinta-feira, a
na reunião, encerrada sexta-feira à noite, os ministros do Ambiente da
CPLP reafirmaram os compromissos da Declaração de Luanda, de Março
último, que prevê a participação ativa da organização na Conferência
Rio+20.

Na declaração final, o grupo defende que na cimeira de Junho, no
Brasil, seja aprovado um documento "que reflita uma visão ambiciosa
para um padrão diferenciado de desenvolvimento a nível global".

Entre vários pontos, a CPLP deseja que os resultados do Rio+20 definam
diretrizes "que permitam uma transição global para uma economia verde
inclusiva, que promova a conservação do ambiente, contribua para a
erradicação da pobreza e estimule uma economia de baixo carbono
através de uso eficiente dos recursos naturais".

A CPLP quer ainda convencer os países a reconhecerem o papel crucial
da gestão sustentável das terras para a resolução dos problemas
urgentes do planeta, como a segurança alimentar, gestão da água,
conservação da diversidade biológica e a adaptação das comunidades
rurais às alterações climáticas.

Citado na edição "online" do jornal A Semana, o ministro do Ambiente
cabo-verdiano, Antero Veiga, garantiu que "a voz da CPLP será ouvida",
sobretudo pelo facto de a conferência acontecer num país lusófono.

"Temos estado a participar nas várias rondas de diálogo e concertação,
através das nossas missões junto das Nações Unidas. Temos conseguido
fazer passar a nossa mensagem. Tanto é que, na conferência de Rio de
Janeiro, o português será a língua de trabalho, oficialmente aceite. É
claro que vamos ser ouvidos", afirmou.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1544852

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