sábado, 8 de junho de 2013

China será campeã mundial do consumo de carne de porco em 2022

6 de Junho, 2013
A China deve tornar-se o maior consumidor de carne de porco 'per
capita', ultrapassando a União Europeia, em 2022, segundo o relatório
'Perspetivas Agrícolas 2013-2022' que antecipa um aumento das
importações deste país asiático.

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e a
FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura)
salientam, no documento, que o consumo de carne de porco 'per capita'
na China aumentou para 38 quilos em 2010 (13% em dez anos) e estimam
para os próximos anos um crescimento médio anual de 1,6%.

A China tem-se mantido auto-suficiente, mas será um desafio continuar
assim na próxima década face ao aumento da procura, prevendo-se que
uma diminuição de 2,3 milhões de toneladas anuais na produção de carne
de porco signifique um aumento de 1,5 milhões de toneladas nas
importações.

Os principais fornecedores da China actualmente são a União Europeia,
os EUA, o Canadá e o Brasil, refere o documento hoje apresentado, em
Pequim, pelo secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, e pelo
director-geral da FAO, José Graziano da Silva.

Em Maio, a China abriu as portas ao leite português e a ministra da
Agricultura, Assunção Cristas, anunciou na altura que espera fechar em
breve o dossier relativo às exportações de carne de porco.

Os especialistas da OCDE e da FAO dão destaque à China nesta edição
das 'Perspectivas Agrícolas' devido ao impacto que o desenvolvimento
da agricultura neste país, que tem um quinto da população mundial,
pode ter nos mercados internacionais.

Embora se antecipe um aumento das importações para satisfazer a
procura, a China deve manter-se auto-suficiente na maior parte das
produções, apesar de comparativamente, ter poucos terrenos agrícolas e
água disponíveis.

O crescimento do consumo deve ultrapassar ligeiramente o crescimento
da produção (0,3%) e espera-se, por isso, uma ligeira abertura do
sector agrícola chinês.

As importações de oleaginosas devem aumentar 40% entre 2013 e 2022,
representando 59% do comércio global e a área de plantação do algodão
deve cair 21%, devido à intensificação da concorrência dos têxteis da
Índia e outros países com baixos custos laborais.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=77496

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