quinta-feira, 6 de junho de 2013

Vítor Gaspar “bloqueia” bolsa de terras

Vítor Gaspar "bloqueia" bolsa de terras

Áudio Terça à Noite (04/06/2013)

Em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Renascença, o presidente
da CAP defende ainda que são os lóbis que impedem o preço da energia
de baixar e diz ainda que Passos Coelho tem desprezado o trabalho com
os parceiros sociais.
04-06-2013 23:30 por Raquel Abecasis

João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal,
diz que "a bolsa de terras é uma boa ideia, o que tem que ter é
terras". Sobre a medida posta no terreno na semana passada pelo
Ministério da Agricultura, o líder da CAP acusa o Ministério das
Finanças de estar a bloquear a iniciativa de Assunção Cristas.

"O instrumento está constituído, mas aquilo que era uma promessa do
Governo que era colocar lá as terras do Estado para arrendar ou para
vender, o Ministério das Finanças não deixa o Ministério da
Agricultura fazer, por isso, temos a bolsa, mas a bolsa de terras não
tem terras", defende em entrevista ao programa "Terça à Noite",
daRenascença.

Lóbis não deixam baixar os preços da energia
Nesta entrevista à Renascença, João Machado diz ainda que "o Governo
não tem vontade de baixar os preços da energia" e atribui essa
circunstância ao facto de haver lóbis muito poderosos em Portugal.

O presidente da CAP afirma não compreender como é que "a 'troika' diz
que há margem para baixar os preços e o Governo diz que não.

Questionado sobre se a política governamental sofreu alguma alteração
com a mudança do secretário de Estado da Energia, Machado responde:
"Pelo menos no discurso há uma diferença. O secretário de Estado foi à
concertação social dizer que o Governo tem obtido bons resultados na
renegociação energética, mas também afirmou que o preço da energia
nunca vai baixar, ao contrário do que está escrito no acordo, apenas
vai aumentar a um ritmo mais lento".

Noutro plano, o líder da CAP considera que o Governo tem desprezado o
trabalho com os parceiros sociais e que isso pode conduzir a "uma
desagregação social e depois política".

Como exemplo disto, João Machado sublinha que, ao contrário do
estabelecido na Constituição, o primeiro-ministro não cumpre com as
suas obrigações com a concertação social, ao fazer-se representar em
momentos em que devia ser ele a dar explicações, como nas vésperas dos
conselhos europeus.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=109984

Sem comentários:

Enviar um comentário