segunda-feira, 3 de junho de 2013

Herdade dos Outeiros Altos Um vinho "premium" para o mercado externo

30 Maio 2013, 10:31 por Maria Cano/webtexto

Engenheiros agrónomos de profissão, Fernanda Rodrigues e Jorge Cardoso
queriam pôr em prática os ensinamentos dos tempos da universidade.

Jorge Cardoso e Fernanda Rodrigues | Vinho sem pesticidas, herbicidas
e químicos.

Empresa Herdade dos Outeiros Altos
Ano 2000
Sede Estremoz
Colaboradores 2
Volume negócios 2013 50 mil euros




Engenheiros agrónomos de profissão, Fernanda Rodrigues e Jorge Cardoso
queriam pôr em prática os ensinamentos dos tempos da universidade. A
trabalhar em Lisboa, o casal tinha o sonho de comprar uma quinta no
Alentejo. Mas não podia ser uma região qualquer, porque a ideia era
encontrar uma região demarcada para poderem fazer vinho DOC -
Denominação de Origem Controlada e o destino acabou por ser o Alentejo
onde, em 2000, compraram a Herdade dos Outeiros Altos, em Estremoz.
Recorreram a um empréstimo bancário de 150 mil euros e desde aí que
têm também injectado muito capital próprio no projecto.


A ideia de entrarem no sector biológico foi acontecendo sem darem por
isso. Começaram por arrancar o olival da quinta e foram plantando
vinha ainda meio a 'brincar', conta Fernanda Rodrigues, sem recorrer a
pesticidas, herbicidas nem químicos. Só depois é que veio a ideia de
fazer a certificar para agricultura biológica. Em 2009, decidiram
iniciar o processo e foi como voltar ao "ano zero".


"A nova regulamentação veio trazer restrições às práticas na adega",
explica Fernanda Rodrigues, acrescentando que os químicos são
proibidos e, na quinta, usam produtos naturais como ácido tartárico ou
goma-arábica. Tudo isto tem implicações. Por exemplo, para controlar
as ervas na vinha demoram cerca de dois meses e precisam de uma pessoa
a tempo inteiro, enquanto no modo convencional não é preciso mais de
dois dias. Além disso, uma vinha 'normal' produz cerca de 12 toneladas
de uva por hectare, enquanto na sua herdade o valor ronda as seis
toneladas e os custos de produção são 30% a 40% superiores.


Tudo isto tem custos, mas o segmento de mercado está bem definido: o
dos produtos "premium".

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/herdade_dos_outeiros_altos_um_vinho_premium_para_o_mercado_externo.html

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