quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Continente Angola assina pacto para o desenvolvimento da agricultura


O Governo angolano assinou hoje, em Luanda, um instrumento de trabalho da União Africana que visa, entre outros objetivos, desenvolver a agricultura familiar, uma área que representa cerca de 80 por cento da produção agrícola nacional.
MUNDO Angola assina pacto para o desenvolvimento da agricultura Lusa
16:35 - 05 de Agosto de 2014 | Por Lusa
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O documento denomina-se Programa Detalhado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (PDDAA) e trata-se de um instrumento da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), órgão da União Africana, e foi rubricado pelo ministro da Agricultura de Angola, Afonso Pedro Canga.

O PDDAA tem como objetivo principal a reestruturação da agricultura africana, de forma a estimular ou facilitar que os países deste continente alcancem um crescimento anual de até 6%.

Segundo o governante angolano, o passo agora dado por Angola abre os trabalhos para a elaboração, a breve prazo, do Plano Nacional de Investimento Agrícola e da Segurança Alimentar Nutricional.

Por sua vez, o representante da FAO em Angola, Mamadou Diallo, que também participou na cerimónia de hoje, felicitou o Governo angolano por fazer parte da lista dos mais de 40 países africanos que já assinaram estes pactos.

Mamadou Diallo destacou que Angola rubricou o documento numa altura em que está engajada no processo de elevação do país para o nível de rendimento médio, salientando que a execução da segunda etapa deste pacto permitirá ao Governo angolano alcançar os objectivos nacionais para a erradicação da fome e insegurança alimentar e de redução da pobreza.

Em declarações à Lusa, à margem da cerimónia, o diretor do Gabinete de Segurança Alimentar do Ministério da Agricultura de Angola, David Tunga, disse que o pacto assinado versa, entre outros eixos, o desenvolvimento da agricultura familiar, no domínio da irrigação, extensão rural e investigação.

"Quero destacar que a agricultura familiar tem um peso bastante grande, porque 60 a 80% da produção que se consome no país provém da agricultura familiar", referiu David Tunga.

O responsável apontou ainda alguns desafios no desenvolvimento da agricultura familiar, realçando situações climáticas, que têm sido colmatadas com o aumento da produção em outras regiões pouco afetadas pela seca.

"No cômputo geral e no que diz respeito à produção alimentar, a situação do país melhorou significativamente. Naturalmente que não estamos satisfeitos, porque precisámos todos os anos incrementar os níveis de produção", adiantou.

"Estamos agora a trabalhar também para alavancar a agricultura empresarial, mas não podemos perder de vista que é da agricultura familiar que obtemos o necessário para o nosso consumo, eis a razão de todos esses convénios para aumentar a intervenção dos agricultores familiares", rematou.

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