quarta-feira, 6 de agosto de 2014

É na planta do tabaco que pode estar a cura para o ébola

Doença mata mais de metade dos infetados. Tratamento nunca antes testado em humanos foi usado em dois missionários


Plantação de tabaco, em Cuba
Kotoviski (CC BY 2.5)
06/08/2014 | 09:09 |  Dinheiro Vivo

O médico Kent Brantly já tinha telefonado à mulher para se despedir, depois de adoecer com ébola na Libéria, quando foi submetido a um tratamento experimental, tão recente que não fora testado em humanos. Horas depois andava pelo próprio pé.
Quase seis meses após o ébola ter aparecido na Guiné-Conacri e alastrado à Libéria, à Serra Leoa e à Nigéria, e de ter feito 887 mortos, há finalmente uma boa notícia para os que enfrentam o maior surto da doença desde 1976: um soro experimental desenvolvido nos EUA parece ter salvo a vida a dois missionários, Brantly e Nancy Writebol.
Ainda há poucas certezas, até na importância da administração do soro na recuperação dos dois doentes, mas é uma luz que se acende numa luta marcada pelas más notícias - mais de metade dos infetados morrem. O tratamento é um "soro de anticorpos monoclonais" que combate a doença, explica ao DN Jaime Nina, professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
O soro, denominado ZMapp, foi desenvolvido pela Mapp Biofarmacêutica e tinha tido bons resultados em testes realizados com macacos, mas só foi usado nos missionários devido à situação desesperada em que se encontravam, e com a respetiva autorização destes, tendo sido enviado diretamente dos EUA. Em comunicado, a empresa diz que está a trabalhar para "aumentar a produção."
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