O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, anunciou na segunda-feira à noite a formação de 20 novas equipas de sapadores florestais e o reequipamento de outras 44.
"Não foram criadas praticamente equipas [de sapadores florestais] nos últimos anos. Este ano, criaremos 64 equipas, 20 novas que serão formalizadas dentro de poucos dias e 44 no outono, para reequipar aquelas que foram equipadas por mim há 15 anos", afirmou o ministro numa entrevista à SIC Notícias.
Na opinião do ministro, estas equipas criadas quando teve a pasta da tutela, entre 1998 e 2002, "têm viaturas a cair de podre porque nunca mais houve um esforço de reinvestimento".
"Não só criei as primeiras 100 equipas há quase 15 anos, como cheguei, anos depois, e vi que elas estavam praticamente obsoletas", advogou.
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural elencou também que "17 anos depois, existem 240" destas equipas, o que constitui "metade do que estava previsto para a legislatura seguinte".
Luís Capoulas Santos foi secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, de 1995 a 1998, e ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas entre 1998 e 2002.
O governante explicou que cada equipa é constituída por "cinco elementos e uma viatura todo-o-terreno".
Apontando que "um concurso público internacional nunca leva, sobretudo quando há reclamações, menos de um ano", Capoulas Santos acrescentou que "foi possível fazer isso em muito menos tempo", e por isso "essa promessa está cumprida".
Já relativamente à "reforma da floresta" proposta pelo Governo, o ministro afirmou "não ter dúvidas dos seus resultados".
Capoulas Santos voltou a defender também um "consenso nacional pluripartidário, para que não venha um outro Governo qualquer a seguir, e que reverta tudo o que está a ser feito agora e que é trabalho para uma, duas, três gerações".
Segundo o governante, esta reforma vai resultar "num país com uma floresta mais ordenada, com uma floresta mais gerida e com uma floresta sem abandono".
"Trata-se de 12 diplomas, sete estão publicados no Diário da República, depois promulgados pelo Presidente da República, e outros cinco foram remetidos oportunamente ao parlamento, e aguardam que o parlamento decida", acrescentou.
Questionado sobre a responsabilidade relativamente aos incêndios que lavram desde sábado, e que já provocaram 64 mortos e 135 feridos, Luís Capoulas Santos foi taxativo: "não é a mim que me compete autoavaliar-me. [...] Tenho muito orgulho nas funções que tenho desempenhado".
1 comentário:
Se em vez de investirem em equipas e equipamentos, que custam milhões, investissem só em equipas de prevenção, poupariam muitos milhões ao zé povinho. Mas, como isso não lhes "interessa", vá de ir pelo mais fácil.
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