sábado, 21 de novembro de 2015

A cortiça e o vinho

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 29 de Outubro de 2015



Miguel Mota

O número 148 da "Ingenium", a revista da Ordem dos Engenheiros, referente aos meses de julho e agosto de 2015, tem como tema os Clusters do vinho e da cortiça.
Além do Editorial, assinado pelo Bastonário, Eng.O Carlos Matias Ramos, um lote de excelentes artigos, da autoria de engenheiros agrónomos e outros técnicos, dá-nos um excelente panorama da situação actual desses dois sectores da economia em que Portugal está na linha da frente a nível mundial.
De cortiça, como já se aprendia na escola, somos o maior produtor mundial. Produzimos tanto como todos os outros países juntos. E a cortiça é a da melhor qualidade. De vinho, além do incomparável vinho do Porto, sempre tivemos bons vinhos, que nas últimas décadas, ainda sofreram notáveis melhorias.
Em termos económicos, o valor da cortiça exportada em 2014 foi de 840 milhões de euros. Desse total, 70% foi em rolhas que, apesar de variados ataques, continuam a ser um vedante imbatível.   De vinho exportámos 731 milhões de euros em 2014. E os nossos vinhos classificam-se entre os melhores, ganhando prémios em todo o mundo.
Em relação à cortiça, além do muito que tem sido feito ultimamente, admito ser possível melhoria. A maior parte dos nossos montados não é o que podia ser. No artigo "O montado português" (Linhas de Elvas de 25-3-2010), cito um vídeo, produzido poucos anos antes pela Fundação João Lopes Fernandes, em que se mostram imagens de um montado plantado em 1957 em Montargil por aquele agricultor, com aconselhamento de dois muito ilustres agrónomos, o Prof. Vieira Natividade e o Eng.º Sardinha de Oliveira. Do artigo transcrevo:
"Que diferença em relação à enorme maioria dos montados que vemos em Portugal! Árvores bem alinhadas e com o espaçamento certo. Cada uma com um tronco direito e alto, só então ramificado, ainda jovens (para a normal longevidade do sobreiro) mas já a darem longas e perfeitas pranchas de cortiça. Valia a pena que alguém medisse a produtividade de cada hectare daquele montado e a comparasse com a dum hectare de qualidade média, com árvores mais ou menos irregularmente implantadas, muitas delas de tronco tortuoso, ramificado a baixa altura e dando certamente menos e pior cortiça."
Não pode ignorar-se a magnífica actuação da grande empresa Corticeira Amorim, que tem tido uma notável actividade. Além de exportar para mais de 100 países, com um volume de negócios de mais de 500 milhões de euros, tem realizado investigação, com novas utilizações da cortiça e dando aconselhamento – gratuito – aos agricultores. Recentemente, promoveu a plantação de 2700 sobreiros na Serra da Peneda.
É consolador, no país em estado miserável, ver que há sectores em que estamos entre os melhores, no caso da cortiça o melhor – e  a grande distância de todos os outros.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Edgar Silva denuncia “grosseira violação” da Constituição no apoio a agricultores


4/11/2015, 13:23
O candidato às eleições presidenciais de 2016, Edgar Silva, denunciou o que disse ser uma "grosseira violação" da Constituição na falta de apoio aos pequenos e médios agricultores, conforme decorre do texto constitucional.

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O candidato às eleições presidenciais de 2016, Edgar Silva, denunciou o que disse ser uma "grosseira violação" da Constituição na falta de apoio aos pequenos e médios agricultores, conforme decorre do texto constitucional.

Em declarações à agência Lusa, em Coimbra, no final de uma reunião de trabalho com a Confederação Nacional de Agricultura, o candidato apoiado pelo PCP frisou que o artigo 97.º da Constituição diz que o Estado "apoiará preferencialmente os pequenos e médios agricultores".

Edgar Silva sublinhou, a esse propósito, que a Constituição "não é neutra, não é neutral" na visão que tem sobre o investimento público em setores da economia como a agricultura, argumentando que 5% dos grandes produtores concentram 80% dos apoios, sendo a realidade "exatamente o oposto do que decorre da Constituição".

"Por erros de opção de Governo, por uma grosseira violação da Constituição, através de uma escandalosa deturpação do texto constitucional, chegamos a uma situação em que os órgãos de soberania que estavam obrigados a dar cumprimento a estas orientações da Constituição, estão a fazer exatamente o contrário", acusou.

Edgar Silva defendeu um Presidente da República que se constituía como um "primeiro provedor do povo da República, mais interventivo", na defesa do que disse ser a soberania alimentar e o interesse nacional.

CAP: Frente de esquerda “sem coesão indispensável para governar” Portugal


11 Novembro 2015, 13:07 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

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Confederação dos Agricultores, "preocupada com o futuro de Portugal", convocou um conselho de presidentes das associações filiadas para 24 e 25 de Novembro, 40 anos após ter nascido.
A Confederação dos Agricultores de Portugal, parceira social, emitiu esta quarta-feira, um dia depois da queda do XX Governo Constitucional de coligação PSD/CDS-PP, um comunicado em que se demonstra "preocupada com o futuro de Portugal".

Na comunicação enviada esta manhã às redacções, a CAP é clara na tomada de posição face à actual situação política do país, afirmando logo de início: "Esquerda une-se para derrubar governo ao fim de 10 dias, mas sem coesão indispensável para governar um país em recuperação de uma grave crise".

Relembrando que nasceu em Novembro de 1975, a direcção da CAP, liderada actualmente por João Machado, afirma que coincidindo com a data em que a confederação comemora "a resistência à colectivização forçada da sua agricultura", a "evolução política do país após eleições legislativas confronta-o com uma inesperada frente política de esquerda".

Frente esta, continua a presidência da CAP na nota referida, "em que se reúnem de modo contranatura uma força de longo historial de combate pela democracia, tradição europeísta e crente na economia de mercado, com outras, extremistas, de cariz inequivocamente totalitário, anti-europeu e colectivista".

"No entender da CAP, a solução governativa alternativa que se desenha merece a maiores reservas políticas e suscita sérias preocupações sobre aquele que poderá ser o seu quadro de actuação".

[Há] claro desrespeito da vontade electiva expressa pelos portugueses, erigindo-se em alternativa à força vencedora das eleições um dos mais minoritários governos da história da democracia portuguesa.
Direcção da CAP


Para os dias 24 e 25 de Novembro, em Tomar, a direcção da CAP convoca então um "conselho de presidentes de todas as suas associadas", com o "objectivo de analisar a situação do país e da agricultura portuguesa".

Confederação com assento no Conselho Económico e Social, a CAP é a confederação com maior representatividade do sector no país. A agricultura tem mais duas confederações de âmbito nacional e representação junta da Comissão Europeia: a CNA – Confederação Nacional da Agricultura (nascida em 1978) e a Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (nascida em 1985).

Frequentemente crítica da tutela da Agricultura em praça pública, nos últimos anos a direcção da CAP só entrou em confronto directo com a antiga ministra Assunção Cristas, do CDS-PP, aquando da discussão inicial do banco de terras (em Maio de 2012), a propósito da intenção do Estado incluir terras ainda em litígio judicial pelas expropriações da reforma agrária de 1975. 

O peso do Ministério como fora desenhado no início do Executivo de Pedro Passos Coelho (ainda com o Ordenamento do território), o atraso na resolução do problema dos seguros agrícolas e na adopção do modelo de programa do plano de desenvolvimento rural (2014-2020) também serviram de alertas da CAP à tutela nos últimos quatro anos.

Com os últimos governos socialistas, só com António Serrano a ruptura assumida com Jaime Silva (por ambas as partes) foi sanada. Recorde-se que o primeiro ministro da Agricultura de José Sócrates retirou as parcerias com as confederações agrícolas para ajudar os agricultores a candidatarem-se aos fundos europeus – em pleno período de arranque de novo quadro de apoio -, ao mesmo tempo que reduziu substancialmente os meios humanos do Ministério.

Em 2013, em entrevista em que recusava a conotação partidária da CAP ao CDS-PP, João Machado defendia que "o PS e o PSD devem ir à vez para o Governo, deixando como alternativa da democracia o outro partido na próxima eleição". Já o CDS, na sua visão, poderia ser "um aliado de ambos os partidos", defendeu então.

Évora lidera investigação apoiada pela UE sobre pequena agricultura em 13 países


Lusa 10 Nov, 2015, 18:27 | Economia

A importância social e económica da pequena agricultura em nove países europeus, como Portugal, e em quatro africanos vai ser investigada num projeto liderado pela Universidade de Évora, com cinco milhões de euros de financiamento comunitário.

O projeto SALSA -- "small farms, small food businesses and sustainable food security" -- envolve um consórcio de 17 entidades em nove países europeus (Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Escócia, Noruega, Roménia, Polónia e Estónia) e em quatro africanos (Cabo Verde, Tunísia, Quénia e Gana).

Trata-se do primeiro projeto coordenado por uma instituição portuguesa, a Universidade de Évora (UÉ), a ser aprovado no âmbito do "Desafio Societal 2" do Horizonte 2020, o programa de investigação da União Europeia de 2014 a 2020.

"Já há investigadores portugueses a participarem em projetos do Horizonte 2020. O que é novo é que este é o primeiro a ser coordenado por uma equipa portuguesa", disse hoje à agência Lusa a investigadora Teresa Pinto Correia, da academia alentejana.

A iniciativa, cuja aprovação foi agora divulgada, é liderada por uma equipa do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da UÉ, da qual Teresa Pinto Correia está à frente.

Reunindo universidades, entidades governamentais, uma associação de agricultores, uma empresa e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o projeto conta com cinco milhões de euros de financiamento global, para quatro anos.

O trabalho, segundo a UÉ, pretende "avaliar o papel das pequenas empresas agroalimentares no fornecimento de alimentos de qualidade provenientes de uma agricultura sustentável e culturalmente adequada".

O "ponto de partida", de acordo com Teresa Pinto Correia, é o "reconhecimento" de que a pequena agricultura, tanto "na Europa", como "provavelmente noutras regiões do mundo", tem "muito mais importância do que, normalmente, lhe é atribuída".

"É um tipo de agricultura que foge a todas as estatísticas. São pequenos produtores, muitas vezes uma agricultura familiar, nem sempre exercida a tempo inteiro, portanto, não é declarada como atividade económica", afirmou.

Contudo, frisou, "tem um papel fundamental na segurança alimentar e na soberania alimentar a nível local", pois, "os produtos, apesar de, muitas vezes, não serem vendidos no mercado global, são trocados ou circulam nos mercados mais pequenos", constituindo "uma grande parte da alimentação da população de várias regiões".

"Estes pequenos produtores e empresas podem não aparecer nas estatísticas, nem nos modelos económicos, ao contrário das grandes empresas, mas nós queremos saber mais sobre eles e sobre o fenómeno e o respetivo peso social e económico", afirmou.

O estudo, cujos trabalhos no terreno devem arrancar "talvez em março" de 2016, vai analisar 30 regiões de referência na Europa e em África, utilizando uma abordagem transdisciplinar e recorrendo a diversos métodos qualitativos, consultivos e quantitativos.

"Vamos tentar perceber qual é a alimentação da população destas regiões e qual o peso social e económico da pequena agricultura", explicou a investigadora, referindo que, em Portugal, a equipa prevê analisar duas regiões, umas delas o Alentejo.

O consórcio, acrescentou, vai ainda tentar perceber "quais os mecanismos necessários para permitir manter ou criar novas condições para manter esta pequena agricultura e empresas de transformação e comercialização a ela ligadas, tendo em conta a sua importância, que muitas vezes não é reconhecida".

Angola: Administrador da Agro-lider diz que país tem clima para agricultura

18 Novembro de 2015 | 00h59 - Actualizado em 18 Novembro de 2015 | 00h59
Luanda - O administrador da fazenda Agro-lider, João Marcelo, considerou nesta terça-feira, em Luanda, que Angola tem condições e clima suficiente para se fazer agricultura e rápido, mas é preciso que haja empresários com vontade e conhecimento para fazer.


JOÃO MACEDO, ADMINISTRADOR DA EMPRESA AGRO-LIDERFOTO: ANTONIO ESCRIVAO

Ao falar no debate na conferência sobre Angola nos próximos 10 anos oportunidades e desafios, por ocasião do lançamento da revista da Forbes Angola, ressaltou a agricultura não é uma ciência exacta porque o seu estado muda toda hora.

"Praticar agricultura não é como ter uma empresa ou uma qualquer fábrica e dizer hoje vou embora de férias e não querer saber da agricultura durante uns 15 dias", acrescentou.

Referiu que se agricultura não for feita como se deve fazer, e estar toda hora e momento acompanhar não é possível ter sucesso devido as suas constantes mudanças.

Salientou que com a contenção financeira a sua fazenda decidiu investir fortemente na agricultura por ser umas das áreas mais importantes de um país, porque é dela que se vive e se desenvolve um país.

Afirmou que desde 2009 conseguiram ser o maior produtor de hortofrutícolas de Angola, bem como puderam no ano passado produzir cerca de 106 mil toneladas e este ano puderam produzir aproximadamente 150 mil toneladas de produtos agrícolas.

Agricultura atraiu €10 mil milhões em cinco anos



16.11.2015 às 12h159


 
O investimento em projetos agrícolas e agro-industriais somaram €10 mil milhões desde 2010. O sector cresceu em contraciclo com o resto da economia e abriu 80 novos mercados para as exportações

Vítor Andrade

Jornalista

Nos últimos cinco anos foram investidos €10 mil milhões no sector agrícola e agroindustrial. Só ao abrigo do antigo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural), que terminou em 2014, o investimento acumulado ascendeu a €5,8 mil milhões, dos quais €3 mil milhões em subsídios. O restante foi investimento privado.
Os dados fornecidos ao Expresso pelo Ministério da Agricultura atestam ainda que, só da parte de jovens agricultores, foram investidos mais de €1000 milhões, dos quais €627 milhões alavancados por apoios europeus.
Em média, desde 2010, foram aplicados €500 milhões por ano em projetos agrícolas e €1500 milhões/ano em explorações agroindustriais.
As áreas da floresta e do regadio estiveram entre as mais concorridas para novos investimentos, com €642 milhões e €628 milhões, respetivamente, só ao abrigo do Proder.

Crescer em contraciclo

São números nunca vistos nesta área de atividade em Portugal e que colocaram o sector a crescer em contraciclo com o resto da economia, nomeadamente nos anos 2011 a 2013, no pico da crise. Enquanto a economia no seu todo passava por uma recessão profunda (a cair 3,2% em 2012), a agricultura registava crescimentos da ordem dos 2,8% ao ano.
Foi também durante esses anos mais críticos que, em cada empresa que fechava, abriam outras sete no sector. No país inteiro batiam-se recordes de desemprego, mas nos campos havia (e continua a haver) falta de mão de obra. Muitos empresários agrícolas recorreram a ainda recorrem a mão de obra importada não apenas dos países do Leste europeu mas também da Ásia, com a Tailândia e o Paquistão à cabeça.
Nos últimos quatro anos, o défice alimentar caiu à razão de €400 a €600 milhões por ano. A taxa de cobertura das importações pelas exportações relativa ao período de janeiro-agosto deste ano, para os produtos agroalimentares, bebidas e tabaco, passou de 62,5% (em 2014) para 64,5% (em 2015).

Exportações crescem 7,2%

As exportações agroalimentares aumentaram 7,2% entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com a secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar (SEAIA). Isto num contexto de fecho dos mercados russo e também angolano, embora por motivos diversos. O primeiro devido ao embargo à compra de produtos europeus e o segundo devido à crise económica provocada pela quebra do preço do petróleo nos mercados internacionais. As exportações portuguesas para Angola caíram 28,9% durante os primeiros 10 meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014.
Outro constrangimento mais recente às exportações alimentares nacionais tem a ver com o Brasil, também envolto em crise económica e social. Muitas das empresas portuguesas que vendem para aquele país estão a receber tardiamente os pagamentos pelos produtos exportados ou, em alguns casos, nem sequer recebem.
Nuno Vieira e Brito, que geriu a 'pasta' do agroalimentar deste o início de 2013, garante que, apesar de tudo, a tendência de crescimento foi reforçada em setembro, com Portugal a exportar €560 milhões (um aumento de 20% face ao mês anterior), e espera que as vendas ao exterior voltem a ultrapassar os €6 mil milhões em 2015, como, de resto, aconteceu no ano passado.

Mais de 80 novos mercados abertos

Dados da SEAIA indicam ainda que, nos últimos anos, Portugal abriu mais de 80 mercados à exportação de 222 produtos ou grupos de produtos.
A carne, a fruta e os produtos hortícolas foram os que mais cresceram face a setembro de 2014 (30%), seguindo-se os produtos da pesca (17%) e alimentares (5%).
O mercado europeu continua a ser o principal motor deste crescimento, destino de €3,2 mil milhões nos primeiros nove meses do ano, com França e Alemanha à cabeça, para onde as vendas cresceram 30% e 41,5% respetivamente. Para fora do espaço comunitário foram exportados €1,2 mil milhões nos primeiros nove meses de 2015, com os mercados da América Latina a liderar.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Município de Palmela aposta na defesa e valorização da Floresta Autóctone

Comemorações abrangem todos os públicos

 
O Município de Palmela associa-se às comemorações do Dia da Floresta Autóctone, assinalado no dia 23 de novembro, contribuindo, também, para a iniciativa "Semana da Reflorestação Nacional", dinamizada pelo movimento "Plantar Portugal".
No dia 22 de Novembro, a autarquia promove a iniciativa "Uma mão pelos trilhos", uma ação de limpeza, com partida da Alameda 25 de abril, às 9h00 e que decorrerá na Serra do Louro.
No âmbito da "Semana da Reflorestação Nacional", o programa comemorativo integra, também, um conjunto de iniciativas dirigidas ao público escolar, entre 23 e 27 de novembro, com a plantação de cerca de oito dezenas de árvores, nomeadamente, plátanos, olaias, freixos comuns, amoreiras e mélias, em núcleos urbanos do concelho (Aires, Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo), com o objetivo de sensibilizar para a importância da conservação da floresta autóctone. 
Destaque, ainda, para a iniciativa "O meu banco de sementes – variedades tradicionais", que decorre no dia 5 de dezembro, às 15h00, na Biblioteca Municipal de Palmela.
Mais informações e inscrições nas iniciativas (ver programa), através do telf. 212336692 ou do e-mail drodrigues@cm-palmela.pt.
Metade dos 460 km2 do concelho de Palmela é constituída pela estrutura biofísica fundamental de valorização e proteção ambiental. Esta estrutura reparte-se pelo Parque Natural da Arrábida, Reserva Natural do Estuário do Sado, Reserva Ecológica Nacional, Reserva Agrícola Nacional e Espaços Florestais, com destaque para as manchas de Montado de Sobro, Pinheiro Manso, Pinheiro Bravo e Eucalipto. Palmela possui três árvores classificadas – dois sobreiros e um pinheiro –, que se destacam, a nível nacional, pelo seu porte, idade e desenho. A floresta  - que ocupa 100 km2 no concelho de Palmela - assume, para a Câmara Municipal, um valor ambiental, patrimonial e económico de relevo, reafirmando, através das comemorações, o  compromisso com a sua defesa e valorização.
 
Programa:
 
 
Dia 22 de Novembro
9h00 | Alameda 25 de Abril, Palmela (ponto de partida)
"Uma mão pelos trilhos" | Ação de limpeza na Serra do Louro
 
De 23 a 27 de novembro
Palmela e Águas de Moura
"A nossa árvore"
Escolas Básicas e associações de idosos do concelho apadrinham uma árvore existente no espaço público, instalando, no local, uma planta alusiva ao exemplar escolhido.
 
De 23 a 27 de novembro
Plantação de árvores em espaços públicos do concelho
 
Dia 24 de novembro
10h00 | Urbanização Vila Paraíso, Pinhal Novo
Plantação de espécies cedidas ao abrigo do Projeto "Floresta Comum", pelos alunos da Escola Básica Salgueiro Maia.
 
Dia 29 de novembro
9h00 | Alameda 25 de Abril, Palmela (ponto de partida)
Caminhada "Floresta Autóctone"
Caminhada no âmbito do programa "Mexa-se", na Serra do Louro. Sesinbilização para o impacto dos incêndios florestais na vegetação autóctone e a sua posterior regeneração.
 
Dia 5 de dezembro
15h00 | Biblioteca Municipal de Palmela
"O meu banco de sementes – variedades tradicionais"
Ação de sensibilização, dirigida ao público em geral, sobre a importância das variedades tradicionais e promoção da recolha e preservação de sementes contra a contínua perda de biodiversidade genética agrícola.
Frequência gratuita, mediante inscrição.

Edição Limitada Comemora os 70 Anos da Marca Guloso



A marca portuguesa GULOSO acaba de lançar no mercado retalhista uma Edição Limitada comemorativa dos seus 70 anos. O Sumo de Tomate com Hortelã conta ao consumidor a história de 7 décadas a ajudar com gosto e acrescenta-lhe ainda inovação numa fórmula que junta ao sabor único do tomate do Ribatejo também a frescura da hortelã. Para celebrar com os seus consumidores os 70 anos de experiência a embalar o sabor do tomate do Ribatejo a GULOSO lançou o Sumo de Tomate com Hortelã, edição especial comemorativa, composto por tomate (99%), hortelã, limão, pimenta e sal. Com este novo produto, que estará disponível em ponto de venda do canal retalhista por período temporal limitado, a marca fabricante líder de mercado na categoria de produtos à base de tomate aventura-se com uma oferta inédita na categoria de bebidas.


domingo, 15 de novembro de 2015

UE proíbe pesticida usado em citrinos importados


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

A Comissão Europeia decretou que a partir de 2016 será proibida a utilização do pesticida 'acetato de guazatina', um químico bastante comum nos citrinos importados de países terceiros.

De acordo com o portal Agrodigital, esta medida surge como resposta a uma reclamação formulada em 2014 pela Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA), que defendeu que era um paradoxo e uma injustiça o facto de a UE proibir aos agricultores e operadores comerciais do seu território a utilização de uma substância ativa alegando toxicidade e ao mesmo tempo tolerar a mesma aos países concorrentes nos seus envios de citrinos para a Europa.

O regulamento comunitário agora aprovado equipara o limite máximo de resíduos (LMR) do acetado de guazatina em todos os citrinos comercializados no mercado europeu, independentemente do país de origem, situando-o em 0,05 miligramas por kg.

Comunidades rurais querem ver os seus interesses contemplados nas políticas comunitárias


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

É já esta semana que decorre, na Áustria, mais uma edição do 'Parlamento Rural Europeu', iniciativa que reúne representantes da população rural de 40 países europeus como culminar de uma campanha de um ano que pretende reclamar um acordo que garante uma melhoria nas condições de vida destas populações.

De acordo com a Federação Minha Terra, que divulga um comunicado da iniciativa, a campanha, lançada por três redes rurais europeias, pretende "fortalecer a voz das populações rurais, para garantir que os seus interesses são refletidos nas políticas nacionais e europeias, e para promover a entreajuda e a cooperação entre as comunidades rurais."

Nos dias de 'Parlamento'(4, 5 e 6 de novembro), com a participação de 250 pessoas de 40 países, irão debater-se os principais temas decorrentes da campanha e definir-se-á um Manifesto Rural Europeu que estabeleça uma agenda das políticas e ações a desenvolver ao longo dos próximos anos.

Em cima da mesa estarão questões como "a preocupação das pessoas em muitas regiões rurais sobre as limitações da economia rural, a falta de bons empregos, a perda de população jovem, a redução de serviços rurais, o sofrimento dos mais velhos, a pobreza e a exclusão social da população desfavorecida e das minorias étnicas", "o direito das comunidades rurais a uma qualidade de vida e a um padrão de vida igual à das populações urbanas, e o direito à plena participação nos processos políticos" e "uma visão para o futuro das comunidades rurais, inclusivas e sustentáveis, apoiada por economias rurais diversificadas e pela gestão efetiva das paisagens e do património cultural."

Numa altura em que se prepara a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, "as áreas rurais podem desempenhar um papel importante no combate às alterações climáticas e na sustentabilidade dos recursos ambientais. Mais de 40% das terras da Europa são florestas, que capturam carbono e produzem matérias-primas renováveis. As zonas rurais estão bem posicionadas para atender à crescente procura por energia renovável a partir de fontes eólica, hídrica, solar, térmica e biomassa", defende o Parlamento Rural Europeu.

Regina Lopes, Presidente da Federação Minha Terra, representante da iniciativa em Portugal, refere que "estamos muito satisfeitos por participar neste exercício pan-Europeu porque é muito importante que as comunidades rurais sejam ouvidas na definição das políticas e soluções para os seus territórios. Os habitantes dos territórios rurais e as organizações que os representam têm de ser considerados parceiros na construção dessas soluções, pois são quem melhor conhece a realidade e quem melhor pode participar na implementação local das medidas e ações. A nossa delegação irá levar ao Parlamento Rural Europeu as conclusões do processo de consulta promovido pelas Associações de Desenvolvimento Local portuguesas, contribuindo para reunir boas ideias de toda a Europa sobre como promover os interesses das populações rurais".

Candidaturas para os prémios por vaca em aleitamento para 2016 abertas


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
vacas leiteiras - pasto

Já está disponível no portal online do IFAP o formulário de candidatura para os prémios por vaca em aleitamento, para vaca leiteira e por ovelha e cabra para o ano de 2016. As candidaturas decorrem até ao dia 31 de dezembro de 2015 e destinam-se apenas aos novos produtores que não apresentaram candidatura a estes prémios no Pedido Único de Ajudas em 2015.

O IFAP explica também que o formulário está disponível para os produtores que pretendem candidatar-se ao prémio por ovelha e cabra para as seguintes situações:

no caso dos produtores que se candidataram no Pedido único 2015 para atualização do número de fêmeas elegíveis que pretendem deter no dia 1 de fevereiro de 2016 (esta atualização é obrigatória para o pagamento do prémio);
no caso de novos produtores para alteração do número de fêmeas elegíveis declaradas.

Bolsa de Terras e Santa Casa da Misericórdia do Porto estabelecem parceria


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

A Bolsa Nacional de Terras e a Santa Casa da Misericórdia do Porto estabeleceram um acordo de parceria que pretende contribuir para o alargamento do universo de entidades privadas e públicas que utilizam a plataforma, quer na disponibilização de mais terras como na facilitação do acesso às mesmas.

"Esta iniciativa marca o arranque de uma parceria de colaboração, que por um lado se pretende que também seja de sucesso, como as restantes já concretizadas, mas por outro lado que se deseja que possa ser alargada a mais instituições desta natureza, espalhadas por todo o país, permitindo que o seu património seja rentabilizado através da publicitação da existência de terras com condições de poderem ser aproveitadas, com recurso à Bolsa de Terras, contribuindo desta forma para o aumento da oferta de terras disponibilizadas a todos os interessados em utilizá-las de forma produtiva", explica a Bolsa Nacional de Terras.

Neste sentido, as propostas de arrendamento da Quinta de Juncainho, em Vila Nova de Famalicão, com uma área de 6,10 hectares e colocada recentemente na Bolsa de Terras, devem agora ser enviadas à Santa Casa da Misericórdia do Porto até ao dia 18 de dezembro.

"Esta colaboração com a Santa Casa da Misericórdia do Porto vem acrescentar ainda mais credibilidade e notoriedade ao projeto inovador do Ministério da Agricultura e do Mar, que se pretende que tenha a maior visibilidade possível junto de todos os proprietários de terras e os potenciais interessados na sua utilização e exploração, através deste mecanismo de facilitação do conhecimento das terras disponíveis, em suporte informático e com uma rede de entidades gestoras operacionais no terreno, contribuindo para o cumprimento da Estratégia de Dinamização e Divulgação da Bolsa Nacional de Terras", conclui a entidade.

Adega Cooperativa de Monção: «O nosso segredo é ter boas uvas e bons meios»

13-11-2015 
 

 
Armando Fontainhas está na adega há vários anos para onde veio como vice-presidente da direcção anterior. Tomou posse em Janeiro de 2001 e esteve até Dezembro de 2013, em entrevista ao "mundo português".

Em 2013 candidatou-se a presidente e tomou posse em 2014. O seu principal problema é a dimensão da adega que factura 13 milhões de euros, mas os sócios têm explorações de pequena dimensão. Estamos no norte de Portugal onde o minifúndio impõe a sua lei e como nos diz Armando Fontainhas: «Só para se ter uma ideia refira-se que para uma área um pouco superior a 1.200 hectares, temos 1.800 sócios a entregar uvas».

Que problemas traz à Adega a pequenez da dimensão das parcelas?

A nossa exploração é boa porque estamos aqui na zona do Alvarinho onde as uvas são muito bem remuneradas o problema maior são os custos de exploração por causa da pequenez das parcelas e dos custos mais elevados daí resultantes.

Como foi o caminho da Adega de Monção a descobrir a exportação?

Foi uma necessidade e no fundo respondendo a uma procura pelos nossos produtos por parte da diáspora portuguesa. Percebeu-se por outro lado que era a única maneira de aumentar as vendas. Só para lhe dar um exemplo refiro que no ano passado as nossas vendas aumentaram sete por cento, e na exportação aumentaram 19 por cento, ou seja neste momento a empresa está a ser alavancada pelas vendas na exportação.

Quem bebe o vinho de Monção no estrangeiro?

São os estrangeiros os portugueses, temos por isso dois tipos de clientes. Temos os mercados tradicionais como é o caso do francês onde há imensos portugueses. Mas estamos também a investir em mercados novos como na Polónia e na Rússia. Nos Estados Unidos estamos com uma aposta muito forte principalmente com os vinhos produzidos com a casta Alvarinho que são muito apreciados, e que nos estão a trazer um elevado retorno.

Qual é actualmente o grande produto da adega?

É sem dúvida o "Muralhas de Monção", pela relação preço-qualidade. Estamos a falar de um vinho que é feito com 85 por cento de casta alvarinho e 15 por cento de trajadura. É um bom vinho, com um óptimo nariz e uma boa boca, com uma grande frescura, daí a grande aceitação nas nossas comunidades emigrantes, porque nós portugueses usamos o vinho à refeição e o "Muralhas de Monção" é muito indicado para acompanhar a gastronomia portuguesa, dos peixes aos mariscos e por isso é um vinho imbatível.

Sendo o Alvarinho uma casta tão nobre, porquê 15 por cento de Trajadura?

É o que lhe confere aquela frescura ímpar, para o corpo e intensidade aromática do Alvarinho. E o mercado reconhece e gosta.

Ainda há o fenómeno dos portugueses emigrados levarem vinho da Adega quando vêm a Portugal?

Sim ainda se vê, quando vêem de férias, visitam a adega e costumam levar vinho. E curiosamente também acontece com muitos estrangeiros que passam e levam vinho aqui da adega, embora seja meramente simbólico porque neste momento já temos os nossos vinhos em quase todos os países do mundo através da nossa rede de distribuidores, não sendo portanto preciso levá-lo. É uma questão de gosto das pessoas que nos visitam, levar um vinho do local onde foi produzido.

Actualmente a Adega de Monção exporta cerca de 20 por cento de toda a produção e está a apostar muito no mercado das Américas e também no mercado inglês para aumentar a exportação..

Por outro lado, assinala Armando Fontainhas, «temos neste momento boas parcerias na Polónia, onde inclusivamente já introduzimos marcas específicas, mais adaptadas ao gosto do mercado. O mercado alemão, que muito embora ainda represente pouco nas nossas exportações tem potencial de crescimento para 2015 e 2016, e logicamente o mercado francês que é muito forte pelo peso da diáspora. Há muitos restaurantes portugueses e qualquer um deles tem sempre um "Muralhas de Monção».

 

E o mercado Chinês de que toda a gente fala?

Quanto ao mercado chinês, adianta que ainda não exportam praticamente nada para a China. Considera que é um mercado que ainda não está amadurecido no que respeita ao vinho, embora sejam grandes consumidores de vinhos franceses não o são ainda em relação aos vinhos portugueses. «Ainda estamos noutros desafios até porque segundo os números oficiais que temos, mostram que este é um mercado ainda muito embrionário. Interessa-nos mais os mercados africanos de expressão portuguesa, que embora não sejam muito grandes para no momento, têm mais expressão, o próprio mercado brasileiro que é um mercado tradicional de Alvarinho e por consequência da Adega de Monção, que exporta para o Brasil há muitas décadas. A nossa aposta é sempre em mercados maduros onde o vinho é já um produto comum e com bons níveis de consumo».

A Adega de Monção tem estado sempre presente no SISAB PORTUGAL?

Sempre, posso até dizer que a Adega de Monção é parceira do SISAB PORTUGAL desde a primeira edição, e tem-se visto uma evolução notável no SISAB PORTUGAL a todos os níveis. É um bom exemplo de empreendedorismo em Portugal.

E tem sido importante para a adega, tem concretizado negócios?

O SISAB PORTUGAL para nós tem duas vertentes, Por um lado permite-nos um grande e eficaz acompanhamento aos clientes mais distantes e que sempre encontramos no certame. E também para a aquisição de novos clientes, já que todos os anos conhecemos três ou quatro clientes novos. É uma feira de muito trabalho e é por isso que lá vamos.

Voltando ao vinho, qual é a grande razão para se preferir um verde?

Pode consumir-se verde em todas as circunstâncias mas o importante começa por ser uma prova antes da refeição, ser usado como aperitivo. Ao final da tarde pode experimentar-se um "verde rosé", recomendo aqui o Muralhas para beber entre amigos no final de tarde. Mas vai para além disso porque o Muralhas acompanha qualquer refeição de uma forma fantástica. Curiosamente os nossos emigrantes têm um certo gosto pelo verde tinto, com que nós minhotos acompanhamos a nossa comida tradicional, desde as sardinhas ao bacalhau, aos rojões, entre outros. Neste momento já produzimos também espumantes de Alvarinho, um rosé e um tinto, já temos igualmente jeropiga de Alvarinho o que permite igualmente acompanhar as sobremesas, e claro para o café temos as aguardentes Alvarinho. Toda a refeição pode ser acompanhada pela fantástica gama dos nossos vinhos verdes.

E é fácil vender tanto vinho? Não há stocks?

É uma questão de desenvolver algum trabalho, mas vai-se vendendo toda a nossa produção, e por isso as contas com os agricultores estão em dia. É uma tradição pagar uma parte antes do Natal e outra antes da Páscoa.

Qual é o segredo para tantos prémios que têm conquistado?

Recordo que a Adega de Monção é PME excelência e de facto o ano passado foi um ano de muitas medalhas de ouro em todos os concursos em que entrámos. Só o "Deuladeu" teve 13 medalhas de ouro em concursos diversos. Este ano o Muralhas também já se distinguiu por diversas vezes. E o segredo é a elevada qualidade dos nossos vinhos que é obtida por remunerar muito bem os agricultores, trabalharmos com um excelente quadro técnico, que está há muitos anos na adega. Temos boas uvas, bons meios e por isso fazemos bons vinhos a um óptimo preço e esse é o segredo do sucesso desta casa.

Fonte: jornal mundo português

Capoulas Santos nomeado Membro Efectivo e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar

13-11-2015 
 

 
Luís Capoulas Santos foi nomeado como Membro Efectivo e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar e Membro Suplente da Comissão de Negócios Estrangeiros.

Em declarações na sua página do Facebook, Capoulas Santos afirma que irá exercer os mesmos com empenho e dedicação, a partir de hoje, dia 13 de Novembro.

Fonte: CONFAGRI

Plano de investigação prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos

 06-11-2015 
 

Fonte: Lusa

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça preparou um plano de investigação e inovação que visa melhorar a cortiça e obter montados mais produtivos e resistentes ao longo de três ciclos de produção (27 anos).

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça (Agenda 3i9), que foi apresentada em Lisboa, envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cinco planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e ação territorial.

O acrónimo Agenda 3i9 reflete o horizonte temporal da intervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos.

O documento destaca que esta fileira tem "características únicas para Portugal", mas apresenta também "algumas fragilidades decorrentes da sua concentração geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida dimensão global".

Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final de cada triénio "para redefinição do rumo e estratégia, ficam "definidas as bases para, de acordo com o protocolo de formalização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários".

O setor vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira "não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem", realça a A3i9.

Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região mediterrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portugal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006.

A Agenda 3i9 acrescenta que os montados "são ecossistemas estáveis, ricos e complexos" que constituem "uma barreira efetiva contra a desertificação" e "desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono".

sábado, 14 de novembro de 2015

Espanha aumenta produção de pistácio


por Ana Rita Costa- 6 Novembro, 2015

Espanha tem vindo a aumentar a produção de pistácio e no último ano a superfície aumentou 1 500 hectares, situando-se agora num total de 10 000 hectares, um crescimento de 25% face ao período homólogo.

De acordo com a Agrotec, apesar da produção estar a aumentar, o crescimento dos preços não está a abrandar, estando agora entre os 4,5 e os 8,8 euros/kg de produto seco e descascado, uma das produções mais rentáveis.

De acordo com Esaú Martínez Burgos, diretor do Centro de Investigação Agroalimentar de Castilla La Mancha, uma das regiões espanholas que mais produz pistácio, "não há perspetivas de colapsar o mercado e uma boa gestão de cultivares e espécies está a permitir superar os problemas de podridão das terras. De facto, seria necessário plantar mais de 120 000 hectares de pistácio apenas para cobrir a procura atual da UE-28, o nosso primeiro consumidor."

Jovens agricultores podem candidatar-se ao PDR 2020 até fevereiro


por Ana Rita Costa- 10 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Young farmer checking the vegetables.

As candidaturas às medidas 3.1.1 e 3.2.1. reabriram no passado dia 3 de novembro e terminam a 29 de fevereiro do próximo ano.

Tratam-se de candidaturas às ações "Operação 3.1.1 – Jovens agricultores" e "Operação 3.2.1 – Investimentos nas explorações agrícolas + jovens agricultores", no âmbito do PDR 2020.

O período de apresentação de candidaturas termina no dia 29 de fevereiro de 2016 às 19h00. Saiba mais: http://www.pdr-2020.pt/site/Candidaturas

Estados Unidos já valem um quinto das exportações de cortiça portuguesa

05-11-2015 
  
Os Estados Unidos são o principal mercado de destino da cortiça portuguesa, representando mais de 20 por centodo total exportado, com as vendas a alcançarem os 95,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2015.

Segundo dados fornecidos pela FILCORK (Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça), entre Janeiro e Junho, as vendas de cortiça ao estrangeiro totalizaram 473,2 milhões de euros, crescendo 7,8 por cento em valor face ao período homólogo.

No que respeita ao volume exportado, a tendência foi contrária, com um decréscimo de 2,6 por cento entre 2014 e 2015, de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares.

No mesmo período, Portugal importou 31,8 milhares de toneladas de cortiça que custaram 64,7 milhões de euros, correspondendo a uma redução homóloga de 9,2 por cento em volume e a um aumento de 4,2 por cento em valor.

França, que foi em 2014 o principal destino dos produtos de cortiça portugueses, passou para segundo lugar no primeiro semestre deste ano, com 18,9 pontos percentuais (p.p.) das exportações, no valor de 89,4 milhões de euros.

As rolhas são o produto de cortiça mais exportado, com quase três quartos do total, com 342,1 milhões de euros exportados nos primeiros seis meses de 2015, seguindo-se os materiais de construção com 117,8 milhões de euros.

As exportações de cortiça têm vindo a aumentar desde 2010, tendo em 2014 crescido 1,5 p.p. em relação ao ano anterior. Entre 2011 e 2014 Portugal produziu, em média, 85 mil toneladas de cortiça por ano. No ano passado, a produção conjunta de Portugal e Espanha atingiu as 105 mil toneladas.

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça quer criar condições para a melhoria da produção de cortiça e dos montados e elaborou um plano de investigação e inovação para fomentar estes objectivos, num horizonte temporal de três ciclos produtivos, que vai ser apresentado esta quinta-feira, em Lisboa.

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça (Agenda 3i9), envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cinco planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e acção territorial.

O acrónimo Agenda 3i9 reflecte o horizonte temporal da intervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos.

O documento destaca que esta fileira tem «características únicas para Portugal», mas apresenta também «algumas fragilidades decorrentes da sua concentração geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida dimensão global»

Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final de cada triénio para redefinição do rumo e estratégia, ficam «definidas as bases para, de acordo com o protocolo de formalização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários».

O sector vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira «não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem», realça a A3i9.

Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região mediterrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portugal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006.

A Agenda 3i9 acrescenta que os montados «são ecossistemas estáveis, ricos e complexos» que constituem «uma barreira efectiva contra a desertificação» e «desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono».

Fonte: Lusa

Preços mundiais dos alimentos sobem impulsionados pela meteorologia adversa

06-11-2015 
 

 
Os preços dos principais produtos básicos alimentares aumentaram em Outubro, uma subida impulsionada por preocupações sobre a meteorologia adversa e o seu impacto no fornecimento de açúcar e óleo de palma.

O Índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) teve uma média de quase 162 pontos em Outubro, cerca de 3,9 por cento em relação a Setembro, mas ainda seis por cento inferior em comparação ao ano anterior.

O Índice de preços do açúcar da FAO liderou o aumento geral de Outubro, com um crescimento de 17,2 por cento frente a Setembro, com alguns receios de que o excesso de chuva nas principais regiões produtoras no Brasil afecte a colheita da cana-de-açúcar, em conjunto com as informações sobre a seca na Índia e na Tailândia.

A crescente preocupação de que o fenómeno El Niño possa dificultar o fornecimento de óleo de palma do próximo ano na Indonésia e o lento avanço das plantações de soja no Brasil, também devido á meteorologia desfavorável, levou a um aumento de 6,2 por cento no Índice de preços dos óleos vegetais da FAO.

Os preços dos lacticínios subiram em 9,4 por cento desde setembro devido à apreensão sobre a possível redução da produção de leite na Nova Zelândia, Por outro lado, o índice de preços da carne permaneceu estável.

Par aos cereais, o índice também subiu, mas uns modestos 1,7 por cento, em parte pela crescente preocupação pela seca que afecta as culturas de trigo na Ucrânia e zonas do sul da Federação da Rússia.

O Índice de preços da FAO dos alimentos é ponderado em base das trocas comerciais que faz o seguimento dos cinco principais grupos de produtos alimentares básicos nos mercados internacionais, nomeadamente, cereais, carne, lacticínios, óleos vegetais e açúcar.

Fonte: Agrodigital

Chuva em Outubro termina com situação de seca em quase todo o país

 10-11-2015 

 
A chuva que caiu em Outubro permitiu acabar com a seca meteorológica em quase todo o país, registando-se apenas uma situação de seca fraca no sul de Portugal, refere o boletim meteorológico mensal.

Segundo o boletim publicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Outubro apenas se mantinha em situação de seca meteorológica fraca oito por cento do território nacional.

No documento, o IPMA refere que Outubro se caracterizou por ser um mês chuvoso e quente, com as condições meteorológicas predominantes a serem de «céu muito nublado e de precipitação». «O valor médio da temperatura média do ar, 17,06º C, foi superior ao valor normal com uma anomalia de +0,85º C», salienta o documento.

O IPMA sublinha também que a temperatura mínima registada em Outubro, com um valor médio mensal de 12,54º C, foi o "6.º valor mais alto desde 2000 e o 15.º mais alto desde 1931».

No boletim, o IPMA refere que devido a uma depressão, registada a 17 de Outubro, o «vento atingiu valores excepcionalmente elevados de vento médio, entre 70 e 90 quilómetros/hora, e rajadas superiores a 140 quilómetros/hora», destacando a rajada de 169 quilómetro/hora registada no Cabo da Roca, no distrito de Lisboa.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

CONFAGRI no workshop " Economia Circular" da PEI-AGRI

03-11-2015 

 
Nos passados dias 28 e 29 de Outubro, realizou-se o Workshop "Economia Circular", promovido pela Parceria Europeia para a Inovação na Agricultura, a PEI-AGRI, na cidade de Naantali, na Finlândia.

A Engenheira Cátia Rosas representou a CONFAGRI, fazendo parte do painel final de debate e onde explicitou o papel que a agricultura e floresta têm desempenhado para promover a circulação da economia, através da promoção do uso eficiente de energia, materiais, nutrientes e carbono. 

Além disso, foi referido o facto das inovações no sector e segurança alimentar trazerem novos desafios a superar, onde é fundamental a promoção de uma rede forte com a investigação, as autoridades nacionais, nomeadamente a Rede Rural Nacional, e fornecedores de equipamentos.

A CONFAGRI identificou alguns projectos europeus nos quais está envolvida nomeadamente sobre as cadeias de valor na agricultura e agro-indústria, que permitam não apenas o tratamento em fim de vida, mas preferencialmente que os sub-produtos gerados no sector possam ser a matéria-prima para outras actividades.

Todos os parceiros foram unânimes em referir que é necessário um sistema económico que permita apoiar cooperativas, agricultores e proprietários florestais na descoberta e implementação de soluções locais de economia circular e bioeconomia.

O programa e apresentações estão disponíveis em eip-agri

Fonte: CONFAGRI

Do design para a agricultura

JOÃO PEDRO PEREIRA 14/11/2015 - 10:56

O Stoock é um sensor que pretende optimizar a rega em culturas agrícolas. Está em fase beta e quer chegar ao mercado no fim de 2016.

 
Sensor permite ajustar a quantidade de água usada na rega RUI GAUDÊNCIO

A história arranca com um mestrado em desenho gráfico e segue para o mundo das explorações agrícolas. Mas esta não é mais uma história de um profissional criativo que trocou a vida urbana por uma vida no campo. Bruno Fonseca, 29 anos, está a desenvolver um sensor que regista vários parâmetros numa cultura, permite aos agricultores analisá-los num computador ou telemóvel e ajustar com precisão a quantidade de água que precisam para regar.

"Esta startup começou quando acabei o meu mestrado e estava a fazer um projecto para um agricultor em Idanha-a-Nova, que me falou da possibilidade de desenvolver um caderno de campo digital", recorda Bruno Fonseca. O conceito começou por dar origem ao Agroop, um software de gestão das actividades agrícolas. O sensor - chamado Stoock e ainda em fase de testes - surgiu como um prolongamento desta ideia. Analisa factores como a temperatura do ar, a radiação solar, a humidade do ar e do solo, e a velocidade do vento.

A Agroop - a empresa por trás do Stoock - começou por obter financiamento numa plataforma portuguesa chamada WePinch: foram sete mil euros para financiar o arranque, a que se juntou dinheiro do Passaporte para o Empreendedorismo, uma iniciativa estatal que atribui bolsas a jovens. Mais tarde, obtiveram mais investimento através da Seedrs, uma plataforma que permite a qualquer pessoa investir numa empresa em troca de capital. Definiram como objectivo angariar 75 mil euros pela venda de uma fatia de 5%, conseguiram quase 84 mil.

Por ora, o Stook está a ser usado em 20 explorações, numa fase beta. "Em Janeiro, vamos para uma segunda fase de financiamento. Esse investimento permitirá uma produção em escala", adianta Bruno Fonseca, acrescentando que, por enquanto, os aparelhos têm sido fabricados em Portugal. O objectivo é colocar o dispositivo no mercado no final do próximo ano.

O projecto é um dos finalistas do prémio EDP Inovação, cujo vencedor será anunciado na próxima semana. No concurso estão ainda duas outras ideias, em fases muito diferentes de desenvolvimento.

O Smart Solar Water, ainda numa fase inicial, é um aparelho para reduzir o consumo eléctrico dos sistemas de aquecimento solar de água, nomeadamente nas casas. O equipamento - que não é o único do género - tem um algoritmo que pretende aumentar o aproveitamento da energia solar e usar a rede eléctrica em períodos em que a electricidade seja mais barata, de forma a reduzir a factura dos consumidores.

"É uma evolução dos controladores actuais, que têm uma perspectiva menos actualizada. Os controladores de hoje, quando não há energia solar suficiente para aquecer a água, ligam a energia eléctrica da rede", explica Rui Maia, engenheiro informático de 39 anos, um dos mentores. O projecto deriva de um doutoramento na área da sustentabilidade energética feito por Diana Neves, a outra responsável pelo Smart Solar Water.

Rui Maia não quis adiantar que financiamento precisa para colocar o dispositivo à venda. "Estamos a seguir várias vias. Temos  um pedido de registo de patente industrial", afirmou.  "Há várias hipóteses de isto andar. Dependendo do investimento que tivermos, o produto pode ser colocado [no mercado] em três meses".

Já a ser comercializado está o outro finalista. Chama-se black.block e é um conceito de contentor de desidratação de frutas e vegetais, que recorre a energia solar. O projecto nasceu em 2012. Gonçalo Martins, 48 anos, arquitecto paisagista, estava a gerir uma exploração de plantas aromáticas e precisava de um secador. "As soluções que havia eram soluções com um custo energético muito elevado e como o aumento do custo da electricidade nos últimos anos se agudizou..."

O contentor usa painéis de energia solar para criar ar quente, que é durante o dia responsável pela secagem. À noite, é ligado um desumidificador. Quando a temperatura está demasiado alta, o ar é expelido e introduzido ar do exterior. A alternância de métodos é controlada por um algoritmo e pode ser gerida através de software num computador ou telemóvel. "O que nós patenteámos foi a solução completa", diz o responsável.

O sistema foi posto à venda no ano passado, tendo sido vendidas 12 unidades com um preço médio de 14 mil euros. A empresa quer aumentar a actividade em Portugal no próximo ano, e expandir-se para Espanha, França e Itália nos seguintes.

Texto escrito no âmbito de uma parceria com o Prémio EDP Inovação

No Centro Nacional de Exposições, em Santarém Doces de Fruta e Frutos Secos a Concurso em Novembro


 
O Centro Nacional de Exposições, em Santarém, recebe nos dias 26 e 27 de novembro a 4ª edição do Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses e o 4º Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses, respetivamente. O CNEMA realiza estes eventos em conjunto com a Qualifica - Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses.
 
Estas competições pretendem ser uma forma de motivar os produtores para continuarem a respeitar os modos de produção, as receitas e o uso dos ingredientes genuínos que permitem manter a qualidade, a tipicidade e a diferença dos doces tradicionais são objetivos.
 
O Concurso Nacional de Doces de Fruta tem como objetivo divulgar os genuínos doces tradicionais portugueses, enquanto o Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses tem como intuito divulgar os genuínos frutos e produtos hortícolas, secos e secados, tradicionais portugueses.

fonte: CNEMA

domingo, 8 de novembro de 2015

Instituições de sete países unem esforços para travar doenças da vinha

29-10-2015 
 

 
Onze instituições de sete países juntaram-se para desenvolver o projecto Winetwork que visa fazer um levantamento da incidência das doenças da vinha, a flavescência dourada e as do lenho, e disseminar boas práticas para as travar.

O projecto é coordenado pela França e, em Portugal, a entidade parceira é a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), com sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real.

«O Winetwork visa fazer um levantamento de todas as situações e incrementar boas práticas que ajudem a evitar a disseminação destas doenças», afirmou à agência Lusa a directora-geral da ADVID, Rosa Amador.

A responsável salientou que se trata de uma «rede temática», não propriamente um projecto de investigação científica, que tem como objectivo o intercâmbio e transferência de conhecimento.

A flavescência dourada é uma doença de quarentena que tem como agente causal um parasita e é transmitida por um insecto vector, que se alimenta da seiva da videira e propaga o fitoplasma assassino.

Em Portugal, a doença foi detectada pela primeira vez em 2006, no Minho, região onde mais se tem propagado. No Douro, foram detetados dois casos em Vila Real e Santa Marta de Penaguião.

A flavescência dourada já foi comparada por alguns à filoxera, uma praga que no século XIX destruiu vinha. Para conter a doença está em curso o Plano de Acção Nacional para o Controlo da Videira, que congrega esforços de vários organismos públicos e privados.

As doenças do lenho da videira, que afetam o tronco das plantas, constituem também, actualmente e a nível mundial, uma ameaça à produção estável em vitivinicultura.

Rosa Amador salientou que é necessário disseminar «boas práticas» para travar estas doenças que afectam uma importante actividade económica do país e do Douro, a produção de vinho.

O objectivo do projecto é recolher informação e conhecimento sobre as doenças, até porque muitos viticultores e investigadores estão a testar abordagens inovadoras e sustentáveis de luta contra estas moléstias, e partilhar essa informação pelos países europeus.

No dia 10 de Novembro decorre, no Peso da Régua, a segunda reunião anual que junta a equipa científica do Winetwork. Em simultâneo a ADVID organiza o seminário "Doenças lenho e flavescência dourada".

«Aproveitamos o facto de estar cá o grupo científico do projecto e quisemos aproveitar também o conhecimento deles para o transmitir para o exterior. O objectivo é que cada um deles nos transmita o seu conhecimento sobre estas duas doenças», frisou a diretora geral.

O projecto foi aprovado no âmbito do programa-quadro Horizon 2020 (H2020) da Comissão Europeia, começou a ser implementado em 2015 e vai prolongar-se por três anos.  O Winetwork envolve 11 parceiros de Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Hungria e Croácia.

Fonte: Lusa

Expansão do vinho faz crescer a tentação das fraudes

 29-10-2015 
 

 
Tráfico de uvas, vinho falsificado e rotulagem irregular são algumas das infracções no sector vitivinícola detectadas nos últimos anos pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, mostrando que a tentação da fraude acompanha a expansão do negócio.

O inspector-geral, Pedro Portugal Gaspar, disse à Lusa que o problema não se tem colocado em termos da segurança alimentar, mas afecta a credibilidade das marcas e defrauda os consumidores que acabam por comprar gato por lebre.

«O vinho é um produto económico de expansão no mercado nacional, para exportação e com um valor económico já apreciável», o que aumenta a tentação dos falsificadores, sublinhou o responsável da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Tal como na roupa, os falsificadores privilegiam as marcas conceituadas, como a Pêra Manca ou a Barca Velha. «Não se faz contrafação de roupa de marcas desconhecidas, no vinho é semelhante», comentou Pedro Portugal Gaspar, lembrando que a ASAE já apreendeu garrafas falsas destas marcas em Portugal no âmbito da operação "Premium".

«O que estava no interior da garrafa era um vinho substancialmente inferior. O vinho estava bom, mas não correspondia nem ao preço nem à rotulagem que, neste caso, era decisiva para a decisão do consumidor», contou Domingos Antunes, o inspector que liderou a operação, confirmando o aumento da tendência para a fraude.

As garrafas em causa foram detetadas em garrafeiras, um mercado que a ASAE está «claramente a monitorizar», segundo Domingos Antunes, misturadas com as originais.

«Mais preocupante foi o facto de uma boa parte delas terem sido encontradas num aeroporto. Naturalmente, esses consumidores menos avisados, que não dominam este vinho, acabam por adquiri-las e ir para outro país onde é mais difícil dar seguimento às investigações», detalhou o inspector responsável pela unidade de investigação criminal da ASAE.

A ASAE está também cada vez mais atenta ao tráfico das uvas que visa engrossar a fileira da uva de determinadas regiões demarcadas e que já levou a «algumas apreensões relevantes» este ano, indicou Pedro Portugal Gaspar.

Trata-se, no fundo, de criar «um produto com uma mistura de matéria-prima que não corresponde ao que a lei exige em termos da proveniência geográfica, o que adultera as características e, de algum modo, entra em concorrência desleal» com outros produtores que só usam uvas provenientes da região, explicou.

Domingos Antunes realçou que, por se tratar de um produto de grande venda, tem vindo a aparecer muito vinho no mercado que não corresponde diretamente à produção.

Ou seja, «há mais garrafas do que propriamente aquilo que as vinhas podem produzir», o que indicia o tráfico de uvas. A ASAE tem intensificado as ligações aos países do espaço lusófono, destino prioritário para o vinho de produção nacional, mas contacta também diariamente com outros parceiros internacionais, incluindo mercados do Oriente, para tentar perceber se foram detetadas falsificações nestes países.

«Isto é uma das formas de ludibriar a acutilância da ASAE: em vez de produzir falsificações no mercado interno, exportá-las porque aí o controlo é menor e o consumidor está menos alertado», adiantou Domingos Antunes, frisando que as marcas conceituadas estão também associadas a um determinado estatuto.

Em caso de dúvida, o preço deve ser o primeiro motivo de desconfiança: «Não é normal (…) que o mercado baixe drasticamente. Ou o vinho está falsificado ou existe algum problema com o vinho […]. Abaixo do preço, é de desconfiar, naturalmente».

Fonte: Lusa

CE suspende pedidos de certificados de importação de azeite da Tunísia

29-10-2015 
 

 
O bom ritmo das exportações tunisinas de azeite para a União Europeia levou a Comissão Europeia a suspender a apresentação de solicitações de certificados de importação da quota de azeite.

A decisão da Comissão deve-se ao facto de entre 01 de Janeiro e 4 de Agosto de 2015, o número de pedidos de certificados de importação excederem a quota anual de 56.700 toneladas. No início de Agosto passado, a Comissão aprovou um regulamento, fixando um coeficiente de alocação aplicável à quantidade de solicitações entre os dias 3 e 4 de Agosto de 2015, e suspendeu a apresentação de novos pedidos para o mês referido.

Recorde-se que, a 17 de Setembro passado foi adoptada uma proposta legislativa da Comissão Europeia que seria aumentado, de forma temporal, o acesso de azeite da Tunísia no mercado comunitário, uma medida aplicada para ajudar a Tunísia a atravessar a actual situação de crise como consequência dos ataques terroristas.

A Comissão propõe que de 01 de Janeiro de 2016 a 31 de Dezembro de 2017 seja aplicada uma nova quota anual de importação sem tarifa de 35 mil toneladas procedente da Tunísia. Esta quota seria adicional à existente de 56.700 toneladas de importação sem tarifa sob o Acordo de Associação União Europeia-Tunísia (UE-Tunísia)

Por seu lado, produtores espanhóis e italianos denunciam que, mais uma vez, a agricultura foi colocada ao serviço da política, penalizando os produtores comunitários para que a Comissão Europeia possa levar a cabo as suas boas intenções. Para além disso, esta não se trata da primeira vez que são apicadas medidas com base política mas que prejudicam a agricultura da União Europeia, como o embargo russo ou as concessões adicionais de laranjas para Marrocos. Razão pela qual os produtores pedem que seja avaliado o impacto das importações de azeite tunisino no sector olivícola da UE.

Fonte: Agrodigital

Rótulos dos produtos à base de carne ainda enganam consumidores


     
04/11/2015 16:52 5285 Visitas   

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Rótulos dos produtos à base de carne ainda enganam consumidores


Os produtos à base de carne comercializados em toda a Europa exibem rótulos pouco claros e com informação limitada, tornando-se enganadores para os consumidores, alertou hoje o Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (BEUC).

"Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne"
Nomes que geram confusão, aditivos não especificados e o teor de carne não identificado são algumas das situações relatadas num relatório do BEUC, que denunciou, por exemplo, que os consumidores estão a comprar carne injetada com água, carne picada com sulfitos e frango "disfarçado" de bovino em 'kebabs'.

A indústria alimentar europeia tem estado sob escrutínio público desde que em 2013 foram descobertos vestígios de carne de cavalo em produtos de carne de vaca, como hambúrgueres, lasanhas ou almôndegas. A descoberta levou à retirada de milhões de produtos das prateleiras dos supermercados.

"Se estamos empenhados na reconstrução da confiança na carne, os Estados-membros da UE precisam de reforçar os controlos e de certificarem-se que os rótulos são completos e exatos", afirmou Monique Goyens, diretora do BEUC, num comunicado.

"Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne", disse a representante.

No documento, o BEUC afirmou que nos últimos meses têm existido casos frequentes em que os rótulos não fornecem a quantidade de água adicionada ou declaram a percentagem de carne existente no produto.

Ao nível das recomendações, o gabinete defende controlos mais frequentes por parte das autoridades da UE, bem como instou Bruxelas a dar prioridade aos esforços de combate à fraude alimentar.

Este relatório é divulgado um dia depois de um estudo promovido por ativistas ter denunciado que um terço do peixe servido nos restaurantes em Bruxelas -- incluindo nas próprias cantinas da UE -, é muitas vezes a versão mais barata do produto exibido no menu.

Lusa/SOL

Parlamento vota fim de subsídios aos agricultores com touros de corrida


Outubro 30
14:47
2015

O Parlamento Europeu votou o fim dos subsídios aos produtores que se dedicam à criação de touros para as corridas.

Esta medida afecta a Espanha e Portugal e estima-se que, no país vizinho, os produtores venham a perder cerca de 100 milhões de euros em subsídios.

A votação foi significativa, com 438 dos 687 eurodeputados a votar a favor do fim dos apoios.

Esta decisão foi fortemente aplaudida pelas ONG's de defesa dos animais, que, apesar de continuarem a lutar pela proibição das corridas, consideram esta medida positiva, no sentido em que vai criar mais problemas à criação de touros de corrida, que são essenciais para o espectáculo.

As ONG's estão agora a pressionar a Comissão, no sentido de dar seguimento a esta decisão e retirar totalmente os subsídios.

Dez mil milhões de euros para investimento em biocombustíveis de última geração

Outubro 30
14:46
2015

No momento em que as decisões estratégicas apontam para uma redução das emissões de gases a efeito de estufa em 40% a 80%, as emissões dos transportes rodoviários europeus estão a subir. É, portanto, fundamental inverter esta tendência.

Uma das alternativas pode ser os veículos eléctricos, mas não parece que estes venham a ter um grande impacto nos próximos anos, devido ao seu número ser muito diminuto.

Os biocombustíveis arrancaram com toda a força em 2009, mas começaram a ser alvo de algumas críticas devido à grande desflorestação a nível mundial para a sua produção, o que levou a muitas dúvidas e interrogações sobre o seu real valor benéfico.

Neste momento, a grande aposta é na investigação de combustíveis de geração avançada, que possam não ter os problemas dos actuais biocombustíveis.

Estão, assim, previstos investimentos de 10 mil milhões de euros na investigação da produção de combustíveis a partir dos lixos, algas e desperdícios de madeira.

Este valor, que pode ser considerado muito alto, fica, no entanto, muito aquém das centenas de milhares de milhões de euros que estão a ser investidos na energia solar.

A Comissão propôs uma revisão das taxas dos combustíveis, no sentido de beneficiar os menos poluentes em relação aos mais poluentes.

Neste momento, este tema está na ordem do dia, uma vez que se aproxima a conferência mundial do clima, que se realiza em Dezembro deste ano, em Paris e as metas propostas pela Comissão, de redução de emissões para 2020, dificilmente serão atingidas, se continuarmos com este ritmo.


PE não isenta os agricultores da responsabilidade na qualidade do ar

Outubro 30
14:49
2015

O Parlamento Europeu, na sua sessão plenária desta semana, decidiu que o sector agrícola não deverá ser excluído das novas normas europeias, que dizem respeito à poluição atmosférica.

Votaram, assim, para que as emissões de metano e amónia sejam incluídas na legislação europeia, sabendo que a agricultura é uma das principais fontes de emissão destes produtos.

Apesar desta decisão e à última da hora, foi aprovada uma emenda que mudou a terminologia de metano para metano entérico, que é o que é produzido no processo digestivo dos ruminantes.

Foram decididos tectos máximos para as emissões em 2025, mas não foram aceites as reduções propostas para 2030, pelo Comité de Ambiente.

Quase todas as emissões de amónia se devem ao sector agrícola e 40% da produção de metano.

Alguns deputados votaram contra, com o argumento que as metas para a emissão de amónia são muito difíceis de atingir, o que vai levar a problemas graves na produção agrícola.

Alguns eurodeputados do Comité de Agricultura continuam a defender que o metano devia ser excluído desta legislação, uma vez que isso pode vir a causar o abandono da produção de bovinos dos nossos prados.

As ONG's ambientalistas reagiram negativamente a esta decisão, considerando que são necessárias medidas mais rigorosas, uma vez que a qualidade do ar é cada vez pior, o que causa problemas graves de saúde.

Comissário Phil Hogan prevê um bom futuro para a agricultura europeia


Outubro 30
14:51
2015

Em palavras ao Guild of Agricultural Journalists, o Comissário Phil Hogan defendeu que o futuro para a agricultura europeia continua a ser muito positivo, uma vez que a procura mundial de alimentos aumenta a cada ano.

Pelo menos em cada ano há mais 150 milhões de pessoas que passam para a classe média, o que aumenta o poder de compra e o consumo de produtos de qualidade.

Considera, portanto, isto uma grande oportunidade, devido à elevada qualidade dos produtos europeus, classificando-os, mesmo, como os melhores do mundo.

O embargo russo afectou muito a produção europeia, mas teve o condão de despertar a Europa para ir à procura de outros mercados e a prova disso é que, se perdemos 5,2 mil milhões em exportações para a Rússia, ganhámos 6,8 mil milhões para outros países.

A Comissão está a tentar encontrar outros mercados e prova disso são as negociações com o México e o Vietname e está confiante de conseguir um bom acordo com os Estados Unidos.

Nas últimas semanas assistimos à reabertura do mercado canadiano para a carne de vaca europeia.

Em termos de ajuda à promoção, a verba para 2016 foi aumentada de 80 para 110 milhões de euros.

Em 2016 vão ser realizadas missões comerciais ao México, Colômbia, Japão e China.

 Imagem - ec.europa.eu

Desenvolvido Sensor Portátil que identifica glúten nos alimentos em tempo real



 01 Novembro 2015, domingo 

Uma empresa americana, do Estado de São Francisco, desenvolveu um sensor portátil que alerta os utilizadores para a presença de glúten em apenas dois minutos.
O produto - Nima - permite ao consumidor colocar uma amostra do alimento que vai ingerir e este testa se o alimento tem menos de 20 partes por milhão de glúten (20 miligramas de glúten por quilo).
«Nós queriamos descobrir um método mais proativo para sabermos o que está nos nossos alimentos em vez de comer algo e ficarmos doentes por não sabermos realmente qual a sua composição», afirmou o Diretor Técnico Scott Sundvor da empresa 6SensorLabs, responsável pelo desenvolvimento do produto, e que também ele é intolerante ao glúten.
O aparelho usa uma deteção química para analisar se tem ou não glúten na amostra do alimento.
A empresa afirma que a máquina tem um grau de confiança de 99,5%.
O produto vai ainda ter uma app que irá permitir aos utilizadores partilharem os restaurantes e, potencialmente, produtos que tenham produtos livres de glúten e cujos testes sejam positivos.
Fonte: TecnoAlimentar.