segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pêra-Manca com sistema antifraude


16 Dez 2015 < Início < Notícias
Garrafas do vinho alentejano passam a estar protegidas com um código único, associado à utilização de uma imagem holográfica.
A Fundação Eugénio de Almeida anunciou que a colheita de 2011 do emblemático vinho tinto alentejano apresentar-se-á com "um inovador sistema de segurança" que permite ao consumidor garantir a sua autenticidade, através de uma imagem holográfica na cápsula e um código único que pode ser validado no sítio online da marca.

Esta medida responde a tentativas de práticas fraudulentas que têm vindo a acontecer no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos topo de gama pelo que "importa conceber métodos fiáveis que permitam assegurar essas situações e, acima de tudo, proteger o consumidor de fraudes ou falsificações garantindo-lhe a autenticidade do vinho que adquire", declarou José Mateus Ginó, diretor comercial da Fundação Eugénio de Almeida.

Recorde-se que no início deste ano, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tornou pública a existência de falsificações de dois dos vinhos mais distintos da produção portuguesa, o Pêra-Manca e o Barca Velha. Na sequência da Operaçãp Premium (noticiada pelo Expresso em janeiro deste ano) foram apreendidas 110 garrafas das marcas referidas, avaliadas em cerca de 30 mil euros.

O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar considera que é "muito positivo que marcas como a Pêra-Manca tomem este tipo de iniciativa" mas, recorda, "mesmo com este tipo de medidas nem sempre se fica imune, já que os contrafatores arranjam sempre maneira de dar a volta". E não faltam casos, acrescenta, "em que o material contrafeito vem com selo a dizer que está protegido contra a contrafação".

A Sogrape/Casa Ferreirinha, casa mãe do duriense Barca-Velha, também avançou, há meses, com a criação de elementos distintivos nas suas garrafas, nomeadamente o holograma no rótulo e o relevo incrustado no vidro.
 

GPP: Conselho Oleícola internacional (COI) publicou um estudo sobre os custos de produção de azeite

Conselho Oleícola internacional (COI) publicou um estudo sobre os custos de produção de azeite nos países membrosResultados, conclusões e recomendações: http://www.gpp.pt/destaques/COI.OOProductionCosts.2015.pdf

Ministro da Agricultura inaugura mercado de agricultores em lisboa


NOTA DE IMPRENSA

Capoulas Santos inaugurou hoje o primeiro CAP – Mercado de Agricultores, um mercado de venda direta de produtos ao consumidor instalado na Praça dos Restauradores.

Trata-se de uma iniciativa da CAP – Agricultores de Portugal em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, que conta com a participação de mais de 30 expositores.

Para o Ministro da Agricultura, "trata-se de uma extraordinária iniciativa de apoio aos produtores e – ao mesmo tempo – é uma oportunidade para que os consumidores tenham acesso a produtos de grande qualidade com muita facilidade".

Duarte Cordeiro, vice-Presidente da Câmara de Lisboa, explicou que "o papel da autarquia é apoiar este tipo de iniciativas, que dinamizam a cidade e o comércio", declarando "total disponibilidade do município para ajudar a que a iniciativa se torne mais frequente, até porque Lisboa tem condições fantásticas para que isso possa acontecer, nomeadamente bom tempo".

Luís Mira, Secretário-Geral da CAP – não excluiu a ideia de tornar a iniciativa semanal: "apesar de ainda hoje estar a ser inaugurada, há já muitos apelos para que seja semanal, o que é notável".

Segundo o Ministro da Agricultura, "esta circunstância é um bom exemplo de como há todo um novo conceito de mercado em expansão, que os produtores têm de saber aproveitar".

À margem da volta inaugural, o titular da pasta da Agricultura explicou que "o Ministério está a acompanhar com preocupação a situação que se vive no setor da suinicultura e do leite e que levou ao anúncio da criação do Gabinete de Crise para acompanhamento do problema".

Capoulas Santos, que ontem reuniu com o setor da distribuição, quer "envolver toda a fileira e sentar à mesa do diálogo todos os intervenientes no processo para que, olhos nos olhos e em conjunto, se encontrem soluções que vão ao encontro dos interesses de todos". A título de exemplo, o Ministro referiu o caso da rotulagem, sublinhando que "os consumidores portugueses preferem o que é nacional, portanto, nos rótulos, há que destacar a origem portuguesa da carne de porco."

domingo, 20 de dezembro de 2015

AJAP e o novo ministro: “É preciso ultrapassar tabus no ministério”


por Ana Rita Costa- 10 Dezembro, 2015


A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) foi recebida no passado dia 9 de dezembro por Capoulas Santos, novo ministro da Agricultura.

Numa nota enviada às redações, a associação refere que "espera que o ministro Capoulas Santos consiga inverter uma tendência de afunilamento, quase elitista, a que o setor tem sido submetido".

"Várias foram as nossas propostas sem resposta, no sentido de uma melhor redistribuição das ajudas comunitárias, de aumento do valor do prémio aos Jovens Agricultores, de aumento do montante aos Projetos de Pequenos Investimentos, e especial atenção ao desenvolvimento rural, incluindo o reconhecimento e enquadramento financeiro para o JER – Jovem Empresário Rural, medidas que estão em destaque no programa do PS para a agricultura", acrescenta.

A associação sublinha que agora é preciso "ultrapassar tabus no ministério" no que diz respeito à definição de "políticas capazes de mexer no país das diferentes regiões, e não apenas em algumas regiões do país. Importa neste novo ciclo centrar a política agrícola nos agricultores, nos jovens e no território."

UE adota 118 programas de desenvolvimento rural


por Ana Rita Costa- 11 Dezembro, 2015

A Comissão Europeia concluiu esta semana a adoção dos 118 programas de desenvolvimento rural da União Europeia para 2014-2020, com uma dotação de 99,6 mil milhões de euros. De acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia, Portugal Continental receberá um total de 3 583 056 823 milhões de euros, 3,60% da dotação orçamental total a ser distribuída pelos Estados-Membros, a Região Autónoma dos Açores receberá 295 282 051 milhões de euros, 0,30%, e a Região Autónoma da Madeira receberá 179 449 500 milhões de euros, 0,18% do total.

Phil Hogan, Comissário Europeu da Agricultura, explicou que "o objetivo dos programas de desenvolvimento rural é fomentar o emprego, o crescimento, o investimento e a competitividade na Europa rural. Pretende-se que as zonas e comunidades rurais sejam capazes de enfrentar os numerosos e variados desafios e oportunidades que se lhes deparam no século XXI, aos níveis económico, social e ambiental. Com investimentos inteligentes e estratégicos, os PDR darão impulso à renovação das gerações e criarão condições para garantir o dinamismo da economia, da sociedade e do ambiente rurais. Com a COP21 a decorrer em Paris, as atenções viram-se inevitavelmente para a resposta ao desafio considerável suscitado pelo clima, e o programa de desenvolvimento rural desempenha um papel importante nesta questão."

As regiões predominantemente rurais representam 52% do território da UE e contam com uma população de 112,1 milhões de pessoas. "São muito diferentes umas das outras e os desafios que enfrentam refletem circunstâncias muito variadas. É por este motivo que a Comissão deixa uma maior flexibilidade aos Estados-Membros, para que a ajuda se adapte melhor às necessidades específicas de cada região ou país e reforce a tónica na subsidiariedade. Desta forma, os Estados-Membros podem elaborar os seus próprios programas nacionais ou regionais, refletindo aquelas especificidades, com base em pelo menos quatro das seis prioridades comuns: conhecimento e inovação, competitividade, melhor organização da cadeia alimentar, preservação dos ecossistemas, eficiência dos recursos e inclusão social", acrescenta a Comissão Europeia.

A ajuda ao desenvolvimento rural constitui o 2.º pilar da política agrícola comum, proporcionando aos Estados-Membros uma dotação financeira da UE para gerirem, a nível nacional ou regional, programas plurianuais cofinanciados. No total, estão previstos nos 28 Estados-Membros.

EDIA disponibiliza dados cartográficos de forma gratuita


por Ana Rita Costa- 15 Dezembro, 2015

A EDIA passou recentemente a disponibilizar, de forma gratuita, os seus dados cartográficos. Para a empresa, esta iniciativa é uma forma de "participar na promoção do desenvolvimento económico e social do espaço Alqueva".

"Frequentemente procurados pelos beneficiários e investidores do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, para implementação de projetos agrícolas, os dados agora disponibilizados de forma gratuita incluem ortofotomapas e altimetria", explica a empresa.

A informação agora divulgada pode ter utilidade a vários níveis, nomeadamente na gestão de uma exploração agrícola, no planeamento e em avaliações prediais.

Os dados, segundo a EDIA, podem ser redistribuídos e usados para qualquer fim, "desde que se cumpram determinados requisitos, nomeadamente informação sobre a sua origem e propriedade e sobre eventuais alterações que tenham sido efetuadas, entre outros."

A informação pode ser 'descarregada' no site da EDIA, na área de apoio ao agricultor.

CAP promove Mercado de Agricultores em Lisboa


por Ana Rita Costa- 15 Dezembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Mercado de Agricultores - CAP

A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa uniram-se para promover, entre os dias 17 e 20 de dezembro, na Praça dos Restauradores, a primeira edição do CAP Mercado de Agricultores.

"Único no conceito, o CAP Mercado de Agricultores pretende, em primeiro lugar, divulgar as empresas com produções agrícolas tradicionais, de todo o país, fazendo-as chegar ao grande público e, em segundo lugar, dar a conhecer aos consumidores portugueses, residentes na capital, um vasto número de produtos tradicionais de excelente qualidade", explica a organização em comunicado.

A grande maioria dos produtos presentes no mercado é produzida por empreendedores que muitas vezes "se defrontam, pela sua reduzida dimensão, com a dificuldade em entrar no circuito comercial das grandes redes de distribuição", refere a CAP.

O CAP Mercado de Agricultores irá acontecer uma vez por mês, em praças da capital, e pretende colocar num outro nível o conceito de mercados a que estamos habituados, sob o mote "Uma agricultura moderna, inovadora e focada no futuro".

Batata: fileira prepara-se para formar associação nacional



 20 Dezembro 2015, domingo 

Ainda sem data oficial, está prevista em janeiro de 2016, a criação de uma associação de âmbito nacional que junte a fileira da batata.
A notícia foi confirmada recentemente, em Coimbra, por José Burnay, presidente da Campotec, que adiantou que a futura entidade irá reunir 30 empresas que trabalham no setor.
De acordo com aquele responsável a associação irá juntar a indústria, a produção, os distribuidores e os embaladores.
Burnay adiantou ainda que é provável que mais membros fundadores se juntem à iniciativa que conta, entre outras, com empresas como a Torriba, a Campotec, a Hortapronta e a Calcob.
Dados do INE - Instituto Nacional de Estatística indicam que, em 2014, a área de cultivo de batata rondava os 27.214 hectares. 

Bolsa de Terras: II Concurso termina com 63 candidaturas



 20 Dezembro 2015, domingo 

O segundo concurso de terras do Estado já encerrou e, de acordo com a promotora – a Bolsa Nacional de Terras – foram apresentadas 63 candidaturas.
Todas elas estão situadas em 15 terrenos situados nos concelhos de Bragança, Braga, Viseu, Castelo Branco, Santarém e Faro.
Até 7 de janeiro de 2016 todos os interessados podem ainda concorrer aos oito terrenos que estão a concurso numa parceria entre a Bolsa Nacional de Terras e a Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, Alentejo.
Já na Quinta de Grijó, em Vila Nova de Gaia,  há um terreno a concurso até 22 de janeiro de 2016.

Opinião – E se mandar plantar batatas não fosse insulto?!


Joaquim Amândio Santos

Decidi hoje ostentar o arrojo de arbitrar o conflito entre a dependência das novas tecnologias e o crescente desconhecimento dessa prática ancestral conhecido por fazer agricultura ou, grosso modo, reservar algum do nosso tempo e do necessário suor físico para semear, tratar e colher alimentos para nosso consumo.

Tudo isto, reconheço, por, mesmo passado mito tempo desde a introdução do Farmville e outros jogos afins similares, continuar a sentir uma crescente irritação pessoal com esse fenómeno universal de adesão maciça ao jogo, que desafia os inúmeros utilizadores da mais notória rede social, a imaginarem uma belas galochas e uma jardineira de ganga a condizer e a arregaçarem mangas digitais na construção de casinhas virtuais, muros e cancelas iguais e, logo após, dedicarem entusiasmo célere e crescente na plantação clicada no ecrã do computador de morangos, moranguinhos, flores e florzinhas, couves e outros vegetais e, imagine-se só, vir mesmo a possuir uma quinta toda artilhada, onde pululam vacas sorridentes, asnos ou cavalos teoricamente "relinchantes", edifícios para todos os gostos e uma panóplia inesgotável de artefactos que transformam estes viciados da agricultura virtual no vírus mais perigoso do mundo interno do Facebook, disparando em todas as direcções, invadindo as páginas dos seus contactos com pedidos desesperados para subir nos diferentes níveis e pontuações do jogo!

Ponto de ordem à mesa. Não sou um daqueles pseudo-intelectuais que tenta demonstrar superioridade afastada sobre quem se dedica de corpo e alma a jogos de computador, nem coisa que o pareça.

A questão prende-se mais com a minha firma convicção de que a nossa crescente dependência do chamado mundo virtual computorizado, aliada à voraz recolha de habitantes para a órbita das cidades, está a despovoar o mundo rural de forma tão gritante que, em países como o nosso, a desertificação e o abandono dessas áreas já é quase um facto consumado, sem volta a dar, arrastando atrás de si questões fundamentais que ultrapassam já o preocupante modelo de desenvolvimento com assimetrias crescentes, tornando-se mesmo uma questão futura, a curto prazo, de sobrevivência de todos e cada um, face à crescente míngua de alimentos e ao crescente aumento de preço dos mesmos.

Continua belo um passeio pelas estradas de Portugal, fora das auto-estradas, desde Montesinho, no pico transmontano, até Vila Real de Santo António, onde o Guadiana encontra o oceano.

Belo sim, mas pungentemente chocante quando observamos o crescente espaço de cultivo abandonado, entregue às ervas daninhas, justaposto ao casario decrépito e sem pulsar, fruto da ausência humana cada vez mais vincada.

Dizem que a modernidade obriga a tal, que questões de "lana-caprina" como a agricultura são resquícios de um passado boçal e bucólico e vai daí, se revele facilmente aplaudível toda a actuação do espectro político português, ao longo dos últimos 30 anos, negociando e cedendo na PAC – Política Agrícola Comum da União Europeia que, literalmente, passou uma borracha por cima da produção nacional agrícola, com honrosas excepções que o são não por causa dessa política mas apesar dela!

Juntem a tudo isto, as sucessivas gerações contemporâneas que nascendo nas cidades, pouco ou nada sabem, desse fenómeno que dá origem ao que comem e que dá pelo nome de agricultura e estamos no limiar de uma época onde a total dependência externa alimentar será uma realidade.

Ou não, pois habituados à chamada "comida de plástico" que nos servem nas cadeias de "fast food", apresenta-se como dolorosamente lógica a fé que levará ao estômago o mesmo que o computador já nos oferece no amor, na amizade ou outras formas de relacionamento humano: um farto e rotundo NADA.

Cinco vinhos portugueses entre os melhores do mundo para revista dos EUA



A revista norte-americana "Wine Enthusiast", uma das publicações referência mundial de vinhos, colocou cinco vinhos portugueses na sua lista dos 100 melhores de 2015.
 
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A lista foi publicada na edição de dezembro e o vinho português mais bem colocado é o Quinta de Foz de Arouce 2011, um tinto da região Beira Atlântico, que surge em 9.º lugar.

Segue-se, em 22.º lugar, o Monte dos Cabaços 2007 Reserva, do Alentejo; o Blandy's 2002 Colheita Bual, da Madeira, em 39.º; o Herdade do Esporão 2011 Reserva, do Alentejo, em 44.º; e, por fim, em 62.º lugar, o Aveleda 2013 Reserva da Família, da Bairrada.

Apenas os EUA, França, Itália e Espanha têm mais vinhos do que Portugal na lista.

Já em outubro, a revista tinha colocado o verde branco de 2014, da Quinta da Aveleda, e o Pedra Cancela Seleção do Enólogo, do Dão, entre os sete melhores vinhos do mundo vendidos em 2015 por menos de 15 dólares.

Na lista de 100 marcas, designada "Top 100 Best Buys", os críticos da revista colocaram mais sete vinhos portugueses, de várias regiões, que apresentam uma boa relação entre a qualidade e o preço.

Nos primeiros meses do ano, excluindo os vinhos do Porto e Madeira, as exportações de vinhos portugueses para os EUA cresceu 30,3%, para 28,8 milhões de euros, com o preço médio por litro a subir 14,6%.

Para 2016, a Viniportugal, associação interprofissional do sector vitivinícola e entidade gestora da marca Wines of Portugal, dedica um quarto do seu orçamento de promoção, oito milhões de euros, para os Estados Unidos.

A organização tem planeadas ações de promoção em Nova Iorque, São Francisco, Chicago, Boston, Houston, Austin e Seattle.

Lusa

Homem morre em acidente com trator em Penacova

Trator despistou-se por razões ainda desconhecidas numa estrada agrícola. Um homem morreu este sábado num acidente com um trator agrícola no concelho de Penacova, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra. O acidente ocorreu cerca das 17:50, na localidade de Cunhedo, quando o trator se despistou por razões ainda desconhecidas numa estrada agrícola, adiantou a mesma fonte. O corpo da vítima foi removido para o Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra.

Espanha pode entrar numa crise de falta de água

Dezembro 16
09:11
2015

Segundo um relatório do El Pais-Planeta Futuro, a Espanha perdeu, nos últimos 20 anos, cerca de 20% da água doce que possuía e esse valor pode atingir os 25% no ano 2021.

A juntar à falta de água, temos mais inundações e secas. Estes são os resultados do estudo do grupo Ecologit Ionization, que foi apresentado na Cimeira do Clima em Paris.

A perda de água doce foi mais acentuada nas zonas mediterrânicas, onde a baixa foi de cerca de 40%.

Neste momento, a Espanha utiliza cerca de 80% das suas reservas de água para a agricultura e o pedido de água continua a aumentar.

Segundo este relatório, deviam ser reduzidos entre 3 a 4 milhões de hectares de área agrícola irrigada, para haver um certo equilíbrio.

O projecto do governo, no sentido de trazer água do rio Ebro para o rio Segura, não parece ter grande viabilidade, devido, não só às dificuldades técnicas para realização do projecto, como, também, a água que hoje existe no Ebro pode já não vir a resolver grande coisa no rio Segura.

Este grupo ambientalista quer mais investimento para o controlo da água e dos rios, de modo a haver maior aproveitamento dos recursos e evitar inundações, que cada vez acontecem com maior frequência.

Organização Mundial de Comércio chega a acordo para eliminar subsídios agrícolas


19/12/2015, 19:34
A Organização Mundial do Comércio (OMC) alcançou hoje em Nairobi, no Quénia, um acordo para a eliminação de subvenções à exportação de produtos agrícolas nos países desenvolvidos.


A Organização Mundial do Comércio (OMC) alcançou hoje em Nairobi, no Quénia, um acordo para a eliminação de subvenções à exportação de produtos agrícolas nos países desenvolvidos, uma medida que era exigida por países em desenvolvimento.

"O acordo em temas de agricultura é histórico porque acaba com uma das maiores distorções do mercado", declarou o diretor da OMC, Roberto Azevedo.

A concessão de ajudas à exportação de produtos agrícolas dos países desenvolvidos limitou até agora a entrada nos seus mercados de bens de economias em desenvolvimento, pelo que a supressão destas ajudas tem sido uma das exigências históricas no seio da OMC.

"As negociações da OMC tinham o mau hábito de acabar em fracasso, mas nas últimas reuniões ministeriais criámos um novo hábito: o êxito. Conseguimos o melhor acordo possível", acrescentou Azevedo.

Segundo o acordo adotado, os países desenvolvidos devem eliminar os subsídios às exportações do setor agrícola a partir de agora e os países em desenvolvimento também devem suprimir estas ajudas a partir de 2018.

Investigadores portugueses descobrem antídoto para cogumelos venenosos


 18 Dezembro 2015, sexta-feira

Investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto descobriram um antídoto para cogumelos venenosos, responsáveis por 90% das mortes resultantes da ingestão de cogumelos silvestres.
Os autores da investigação estão convencidos de que a descoberta será aplicada na clínica a curto prazo.
Segundo a Universidade do Porto, os investigadores orientados por Félix Dias Carvalho, recorreram a ferramentas modernas de simulação em computador, complementadas com estudos em animais de laboratório.
Os cientistas conseguiram descobrir um antibiótico – a polimixina B – eficaz nas intoxicações por cogumelos da espécie Amanita phalloides, também conhecida como "chapéu da morte".
Para Félix Dias Carvalho, Professor Catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e orientador deste estudo que acaba de ser publicado na conceituada revista da área de Toxicologia "Archives of Toxicology", a importância da descoberta deve-se à urgência de «combater as toxinas presentes nestes cogumelos, denominadas de amatoxinas, que afetam diretamente o fígado e rins das pessoas intoxicadas».
Os cientistas concluíram ainda que a espécie de cogumelos estudada é abundante em Portugal e tem sido responsável pela grande maioria das mortes por ingestão de cogumelos, «para os quais até agora não existia antídoto eficaz», explica o investigador.
Na mesma notícia lê-se que os investigadores acreditam que «a descoberta será aplicada na clínica dentro de muito pouco tempo».
A polimixina B já se encontra disponível nas farmácias dos hospitais, «podendo ser colmatada rapidamente a falta de alternativas eficazes numa intoxicação com elevada mortalidade e morbilidade», aponta Vera Costa, uma das investigadoras. 

sábado, 19 de dezembro de 2015

Cavaco Silva elogia empresários do setor vitivinícola



Presidente da República elogiou a criação de rotas do vinho e a promoção do enoturismo, como contributos para o desenvolvimento económico e social do nosso País


hoje às 15:45 Redação / EC Cavaco Silva

O presidente da República, Cavaco Silva, elogiou este sábado o contributo do setor vitivinícola para o desenvolvimento económico e o prestígio do país no estrangeiro, durante a inauguração da Adega Leonor Freitas, em Fernando Pó, Palmela.
"Entendi que este era o local certo para prestar a minha homenagem aos empresários e personalidades da vitivinicultura do sul do nosso país (...) para reconhecer publicamente o contributo de um conjunto de empresários para o desenvolvimento económico e social do País e para a projeção da imagem e do prestígio de Portugal além-fronteiras", disse Cavaco Silva, que também distinguiu com a Ordem de Mérito, empresários e personalidades da região.

"É para mim uma satisfação enorme ir impor as insígnias da Ordem do Mérito, em particular da Ordem do Mérito Agrícola, a um conjunto de empresários do setor vitivinícola do nosso país", disse o chefe de Estado, que, entre outros aspetos, elogiou a criação de rotas do vinho e a promoção do enoturismo, como contributos para o desenvolvimento económico e social do nosso País. 

David Beiverstock, Jaime Fernando da Silva Quendera, João Manuel Mota Barroso, José luís Santos Lima Oliveira da Silva, Luís António Lousa Duarte, Paulo António Canhão Laureano, Vasco Avilez e Mário da Conceição Rocha da Silva foram as personalidades homenageadas pelo Presidente da República na inauguração da nova Adega Leonor Freitas. 

Situada em Fernando Pó, no concelho de Palmela, a Casa Ermelinda de Freitas - dirigida por Leonor Freitas, que dá o nome à nova adega -, tem capacidade para fermentar 2.400 toneladas de uvas tintas e dois milhões de litros de vinho branco ou rosé, em simultâneo, bem como uma capacidade armazenagem de 17 milhões de litros de vinho. 

Na inauguração da nova adega, a proprietária da Casa Ermelinda de Freitas, Leonor Freitas, entregou ainda um donativo de 17 mil euros à Cartitas e outro de 9.000 euros à Associação Sol Crescente, que dá apoio a crianças, em Águas de Moura. 

"Resolvi fazer 1.500 garrafas com o melhor vinho que tínhamos", disse Leonor Freitas, acrescentando que as verbas conseguidas com estas garrafas dos melhores vinhos, se destinam a recuperar casas de idosos, através da Cáritas. 

Leonor Freitas lembrou que a Casa Ermelinda de Freitas tem tido sempre a preocupação de devolver à sociedade uma parte dos seus ganhos, através de ações de solidariedade social. 

Fundada em 1920, por Leonilde da Assunção, a Casa Ermelinda de Freit5as, tem alguns vinhos premiados dezenas de vezes a nível internacional.

Universidade do Porto lança mestrado internacional de Enologia e Turismo



 17 Dezembro 2015, quinta-feira


A Universidade do Porto juntou-se à Universitat Rovira i Virgili (Espanha) e à Université de Bordeaux (França) para lançar um novo mestrado ligado às áreas da Enologia e do Turismo.
O futuro programa de mestrado terá a duração de dois anos, sendo que os estudantes terão que seguir uma estrutura já definida, que implica que frequentem o 1.º semestre na Rovira i Virgili (coordenadora do consórcio), o 2.º na Universidade de Bordéus e o 3.º na U.Porto. O 4.º semestre será o estágio final e pode ser feito em qualquer uma das três.
Para a implementação deste projeto, a Comissão Europeia aprovou um orçamento de cerca de 2 milhões e 500 mil euros sendo que uma parte significativa destina-se à atribuição de bolsas para estudantes de todo o mundo terem a oportunidade de frequentar este mestrado. Com arranque no próximo ano letivo, o mestrado terá, pelo menos, três edições, sendo que estão previstas a atribuição de cerca de 50 bolsas que incluem um pagamento mensal de 1000 euros.
O Wintour (Wine Tourism Innovation) é um projeto aprovado do programa Erasmus+, ação Erasmus Mundus Joint Master Degrees que irá reunir estas três universidades que se localizam em zonas estratégicas que aliam áreas turísticas muito atrativas, reconhecidas pela UNESCO como Património da Humanidade, a uma longa tradição na produção de vinho.
Prevê-se que todos os estudantes que obtiverem aproveitamento tenham um diploma conjunto pelas três instituições. A reunião oficial de lançamento do projeto decorreu no passado dia 18 de novembro, em Tarragona, Espanha. Por parte da Universidade do Porto, o coordenador local é o professor da Faculdade de Ciências da U.Porto, Jorge Queiróz, que contará ainda com o envolvimento de Vítor Freitas (FCUP) e de Helena Pina (FLUP).
Fonte: Notícias UP através de TecnoAlimentar. 

Anipla tem novo presidente


Dez 16, 2015Notícias

Richard Borreani é o novo presidente da Anipla – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas, substituindo no cargo João Correia – da empresa Bayer CropScience –, após ratificação na última Assembleia Geral da Anipla. O actual director dos Assuntos Públicos e Governamentais da Bayer CropScience a nível ibérico irá assumir as funções de Presidente da Direcção da Anipla até Março de 2016, data em que serão realizadas as próximas eleições dos Órgãos Sociais da associação para o triénio 2016/2018.

Ao longo de mais de 20 anos a colaborar na Anipla – dos quais seis como Presidente da Direcção –, João Correia participou em todas as fases da vida da associação, tendo estado inclusivamente envolvido na sua génese. Em comunicado, a Anipla expressa o seu «reconhecimento devido» a João Correia, «pelo constante empenhamento, dedicação e competência com que sempre presidiu à Direcção da Associação».

Constituída em 1992, a Anipla representa as empresas que formulam e comercializam produtos fitofarmacêuticos utilizados na agricultura. Como associação empresarial do sector, abrange cerca de 95% do mercado nacional de produtos fitofarmacêuticos.

DuPont e Dow Chemical negoceiam fusão, avança WSJ


A DuPont, química norte-americana de origem francesa, e a Dow Chemical estão em «negociações avançadas» para uma mega-fusão.

De acordo com a notícia avançada pelo The Wall Street Journal (WSJ), a operação - que poderá ser anunciada nos próximos dias – daria lugar a um gigante com uma capitalização estimada de 120 mil milhões de dólares (cerca de 110 mil M€). 

As condições do negócio ainda não terão sido estabelecidas, mas o modelo escolhido pode ser uma fusão entre iguais, por ser a solução mais vantajosa para os acionistas das duas companhias.
A futura companhia ficaria dividida em três grandes divisões: uma englobando a química tradicional; a outro agrupando as 'specialties' e a terceira reunindo as soluções e produtos destinados à agricultura. 

No entanto, notam as fontes do WSJ, nem as negociações supõem a conclusão de um acordo, nem – a confirmar-se, um entendimento – existe a garantia de que os reguladores aprovem a fusão entre os dois grupos, cujas  vendas combinadas somam receitas superiores a 90 mil milhões de dólares por ano.
O cenário de uma transação entre as duas norte-americanas colocaria a entidade resultante da fusão como a segunda maior do mundo no setor, atrás da alemã BASF.

Mercado de Agricultores leva produtos da terra à praça lisboeta dos Restauradores


Um mercado de frescos, azeite, vinhos e enchidos ocupa de 17 a 20 de dezembro a Praça dos Restauradores, em Lisboa, fazendo chegar a lisboetas e turistas, sem intermediários, os produtos de três dezenas de agricultores portugueses.

Em entrevista à agência Lusa, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, afirmou que esta primeira edição do CAP Mercado de Agricultores - a inaugurar no dia 17 pelo ministro da Agricultura - se assume como um «conceito inovador com o objetivo de oferecer aos consumidores portugueses o melhor que a terra dá», sendo que a iniciativa passará a realizar-se regularmente ao longo de 2016.
«Único no conceito, o CAP Mercado de Agricultores pretende, em primeiro lugar, divulgar as empresas com produções agrícolas tradicionais de todo o país, fazendo-as chegar ao grande público e, em segundo lugar, dar a conhecer aos consumidores portugueses, residentes na capital, um vasto número de produtos tradicionais de excelente qualidade», destacou.
Dinheiro Digital / Lusa

8º Colóquio Nacional do Milho 2016



Publicado em sexta, 18 dezembro 2015 08:17
 

A ANPROMIS - Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, vai promover, a 18 e 19 de fevereiro em Ponta Delgada - Açores, o 8.º Colóquio Nacional do Milho.

A escolha por este local prendeu-se com a importância que a cultura do milho tem na Região Autónoma dos Açores, nomeadamente na Ilha de São Miguel, fazendo parte da sua paisagem e constituindo a base da alimentação do seu efectivo leiteiro.


Ficha de inscrição ONLINE http://tinyurl.com/q7vo8v6

Ministros do Mar e da Agricultura reúnem-se hoje com homólogos da UE




A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, participa hoje na primeira reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE), em Bruxelas, para definir as possibilidades de pesca para 2016, negociações tradicionalmente duras e longas.

A proposta da Comissão Europeia para Portugal prevê subidas para a quota do carapau nas águas continentais portuguesas, em 2016, mas outras como areeiro, tamboril, raia e bacalhau deverão baixar.
No final dos trabalhos, que podem arrastar-se pela madrugada, os totais admissíveis de capturas e respetivas quotas nacionais são normalmente revistos em alta face à proposta de Bruxelas.
Também hoje o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, regressa a Bruxelas para tratar dos pontos na agenda que respeitam à sua pasta e reunir-se com o comissário europeu da tutela, Phil Hogan.
Capoulas Santos foi eurodeputado durante dois mandatos e ministro da Agricultura entre 1998 e 2002.
Dinheiro Digital com Lusa

Rendimento por agricultor cai 4,3% na UE e sobe 3,4% em Portugal em 2015 - Eurostat



O rendimento da agricultura por agricultor na União Europeia (UE) caiu 4,3% este ano, face a 2014, tendo crescido em 13 Estados-membros, entre os quais Portugal (3,4%), segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

A Croácia é o Estado-membro onde o rendimento por agricultor mais aumentou de 2014 para 2015 (21,5%), seguindo-se a Letónia (14,3%), a Grécia (12,1%), a França (8,8%) e a Itália (8,7%).
Portugal está em 9.º lugar, com um aumento anual de 3,4%, entre os 3,8% da Espanha e os 3,2% da Estónia.
Dinheiro Digital / Lusa

Clima: Redução de emissões na agricultura e resíduos ainda abaixo da meta para 2020


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A redução de emissões de gases com efeito de estufa conseguida na agricultura e nos resíduos ainda está abaixo das metas definidas para 2020, mas o secretário de Estado do Ambiente mostra-se otimista e realça a evolução que estes setores já registaram.
As emissões daqueles gases, principais responsáveis pelas mudanças do clima, na agricultura registaram uma descida de 3% em 2013, enquanto o objetivo fixado no Plano Nacional para as Alterações Climáticas para o setor é de diminuir 8% em 2020 e 11% em 2030.
Os últimos dados disponíveis na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) apontam para um decréscimo de emissões na área dos resíduos, incluindo as águas resíduais, de 12% em 2013, 14% em 2020 e 26% em 2030.
Diário Digital / Lusa

Ministro da Agricultura cria gabinete de crise para acompanhar leite e suinicultura



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O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, criou um gabinete de crise para encontrar soluções para os problemas dos setores do leite e da suinicultura, anunciou o ministério num comunicado.

A estrutura integra a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e deve incluir igualmente representantes da produção e da indústria.
O objetivo, segundo o ministro, é «gerir equilíbrios na relação entre os diferentes elementos da cadeia que liga os produtores aos consumidores, designadamente entre os setores da produção, transformação e distribuição, através de um processo de diálogo constante e consistente».
Dinheiro Digital / Lusa

Ministro da Agricultura reconhece dificuldades dos suinicultores



O ministro da Agricultura Capoulas Santos reconheceu hoje que os suinicultores estão a atravessar um momento muito difícil devido à quebra dos preços à produção e exortou os portugueses a consumirem carne portuguesa para ajudar a inverter a situação.

"Os suinicultores portugueses estão a atravessar um momento muito difícil, desde há vários meses, devido à queda dos preços à produção. Por isso mesmo anunciei ontem a criação de um gabinete de crise no Ministério da Agricultura para encontrar soluções para os problemas do setor", disse Capoulas Santos aos jornalistas no final de uma visita ao Mercado dos Agricultores, que inaugurou nos Restauradores, em Lisboa.
Segundo o ministro, o gabinete foi criado com o objetivo de envolver todas as partes do problema, nomeadamente os produtores, os industriais e as empresas de distribuição.
Os suinicultores têm vindo a protestar junto das grandes superfícies e da indústria transformadora, acusando-os de não pagarem a carne pelo devido valor e queixando-se da falta de regulamentação dos preços à produção, o que tem deixado muito produtores sem condições económicas para manter as respetivas explorações.
"É uma situação que desejo que seja transitória. Os portugueses podem ajudar preferindo a carne de origem portuguesa", disse.
Pouco antes, Capoulas Santos tinha provado presunto de porco preto, e elogiou a excelência do produto.
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, inaugurou o mercado dos Agricultores, onde é possível provar e comprar frutas e legumes frescos, pão, azeite, vinhos, queijos, compotas, bolos e enchidos até domingo, na Praça dos Restauradores.
Durante mais de uma hora o ministro percorreu o pequeno recinto parando em todas as bancas, provando alguns produtos e cumprimentando todos os produtores, inteirando-se do processo de fabrico de muitos deles, e felicitou os organizadores por trazerem até à cidade "o que de melhor há no país".
O mercado é promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, e, segundo o secretário-geral da CAP, o objetivo é fazer chegar a quem vive em Lisboa e turistas, sem intermediários, os produtos de três dezenas de agricultores portugueses.
À agência Lusa, Luís Mira, afirmou que esta primeira edição do Mercado se assume como um "conceito inovador com o objetivo de oferecer aos consumidores portugueses o melhor que a terra dá e mostrar os produtos inovadores que os jovens estão a produzir, como é o caso do presunto e paio de peru.
O Mercado de Agricultores vai realizar-se uma vez por mês em praças emblemáticas de Lisboa e pretende atrair quer lisboetas, quer outros visitantes nacionais e estrangeiros.
O vice-presidente da CML, Duarte Cordeiro, disse à Lusa que a ideia é fazer deste mercado uma referência, "um espaço de valorização dos produtos tradicionais e dos espaços públicos da capital".
"Nós queremos recuperar a tradição dos mercados de rua e, felizmente podemos contar com a ajuda da CAP. Esta é uma parceria em que todos os lados podem ganhar", disse.
Dinheiro Digital com Lusa

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

«Portugal é um país em desflorestação»



 16 Dezembro 2015, quarta-feira

A Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal fez o balanço de 2015 sobre o setor florestal.

Em comunicado, a associação mantém para este ano o «enunciado» em balanços de anos anteriores e afirma que «não se registaram alterações para a inversão de um rumo de declínio nas florestas portuguesas».
A Acréscimo realça, porém, cinco aspetos que considera fundamentais.
Em primeiro lugar, refere que em 2015 «foi reconhecido, a nível mundial, a situação ímpar de Portugal como o país com o mais grave caso de desflorestação no continente europeu».
«As Nações Unidas revelam, no palco internacional, o que já era conhecido no plano interno. No período compreendido entre 1990 e 2015, o país perdeu mais de 150 mil hectares de área líquida de floresta. Sabemos ainda que, nesse período, o setor silvo-industrial português perdeu mais de 150 mil postos de trabalho, e que se agravaram as situações respeitantes ao êxodo rural, à delapidação dos recursos naturais, à depreciação do território e ao avanço da desertificação. O impacto nas exportações é imprevisível», sustenta a associação.
A Acréscimo recorda ainda que, no decurso da Conferência de Paris, a 6 de dezembro último, foi igualmente anunciada «a queda de posição de Portugal no que respeita ao Índice de Desempenho de combate às Alterações Climáticas (Climate Change Performance Index)».
A queda de 10 posições face a 2014, de 9.º para 19.º, «decorre de uma forte penalização das emissões, associadas à deflorestação e à degradação da floresta, devido aos incêndios. Portugal passou de uma classificação "boa" para "moderada"».
Em terceiro lugar, «a ação governativa, como em anos anteriores, não passou de folclore mediático. Não ocorreram as imprescindíveis alterações aos vícios nos mercados. Mantiveram-se as periódicas falhas no financiamento às equipas de sapadores florestais, com impacto especialmente inadmissível em período estival. Foi fomentado o investimento de risco. Não foi sequer demonstrada capacidade mínima para a conclusão de regulamentação da Lei de Bases da Política Florestal».
A Acréscimo sustenta ainda que «o País ficou também a conhecer em 2015 as acusações formuladas nos Estados Unidos da América contra o terceiro maior exportador nacional, o maior no que respeita a bens de base florestal».
Tais acusações, salienta a associação, «respeitam a alegadas práticas imorais nos mercados, naquele que é um importantíssimo destino das exportações portuguesas».
«As acusações visam o mesmo grupo empresarial que entre 2010 e 2014, soube-se em 2015, foi beneficiado pelo Estado português em mais de 94 milhões de euros, só no que respeita a benefícios fiscais. Tal montante poderia ter sido canalizado para o investimento florestal, compensando uma parte da perda líquida de área florestal registada desde 1990. São opções das governações em Portugal», vinca a Acréscimo.
Em último lugar, em 2015, «reside ainda a suspeita de que Portugal terá passado a dispor da quarta maior área de eucalipto plantado do mundo».
«Ultrapassou já Espanha neste "ranking". Todavia, a produtividade média por hectare manteve-se igual à registada na década de 30 do século passado, revelando uma aposta única na quantidade em área. No período de 1990 a 2015, o valor pago por metro cúbico de madeira de eucalipto, à porta das fábricas, contraiu significativamente. Mas, os custos da gestão do eucaliptal têm sofrido avultados aumentos, seja nos custos com pessoal, ou nos custos com energia e combustíveis. Os efeitos na gestão do eucaliptal são muito negativos, sobretudo nas regiões de maior risco associado ao investimento florestal. Com a aprovação do Decreto-lei n.º 96/2013, de 17 de julho, a perpetuação desta situação pode estar assegurada para os próximos tempos, com o aumento de uma oferta de risco crescente, mas a baixos preços perpétuos para a indústria papeleira», alerta a Acréscimo.
A grande novidade em 2015, diz a Acréscimo, «decorre de não restarem dúvidas de que Portugal é um país em desflorestação e que se tornou numa "seara" da Portucel Soporcel». 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Alterações climáticas: INIAV posiciona-se no meio científico internacional

MAFDR

Procurando dar seguimento ao Plano Nacional de Combate às Alterações Climáticas e em busca de melhor alinhamento com as conclusões da COP 21, realizada em Paris nas últimas semanas, a Investigação Agrária e Veterinária Nacional dá agora um passo para a sua integração na Global Research Alliance, uma Aliança criada há seis anos, que congrega investigadores de 46 países e que está centrada no desenvolvimento de projetos de investigação no domínio das alterações climáticas em diversas regiões do globo (www.globalresearchalliance.org).

Nessa medida, a Embaixada da Holanda, em colaboração com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e o Gabinete de Planeamento, Politicas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, promove um seminário subordinado ao tema "The Importance of the Global Research Alliance on Agricultural Greenhouse Gases".

Neste seminário, que decorre amanhã, dia 16 de dezembro, no INIAV em Oeiras, será apresentado o programa de trabalho da Global Research Alliance e também a investigação no domínio das alterações climáticas e agricultura que está a ser realizada pela Universidade de Wageningen, uma referência mundial da investigação agrária, sediada nos Países Baixos. Alguns investigadores do INIAV apresentarão trabalhos em curso neste domínio em Portugal.

Lisboa, 15.12.2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Interprofissional Olivícola reconhecida ao fim de uma década


Dez 10, 2015

A Associação Interprofissional da Fileira Olivícola (AIFO), criada em 2006, foi formalmente reconhecida a 9 de Dezembro de 2015, no despacho 14538/2015, publicado em Diário da República. Depois da sua formalização, a Associação passa a nomear-se Organização Interprofissional da Fileira Olivícola (OIFO).

O primeiro pedido de reconhecimento foi emitido há uma década, já que «para as Associações Interprofissionais poderem actuar como tais têm de ser reconhecidas pelo Governo e só pode haver uma por sector. Por uma longa história e por razões umas vezes imputáveis ao Estado, outras vezes imputáveis aos privados só agora passados estes anos todos [é que foi reconhecida]», explica Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite.

O reconhecimento formal por parte do Governo, assinado ainda por José Diogo Albuquerque, ex-secretário de Estado da Agricultura, permite que agora a OIFO «fique pronta para começar a trabalhar. É o início de um ciclo, não é o fim», declara Mariana Matos. «Pode fazer o seu papel na promoção conjunta e candidatar-se a medidas de apoio».

Em decreto, o Governo declara que «o sector olivícola beneficia de capacidade para a promoção do diálogo e da transparência do mercado, visando o equilíbrio da distribuição de valor entre os vários agentes da fileira, num esforço de auto-regulação, demonstrativo do sector que representa».

Em 1999, iniciaram-se as primeiras reuniões com os membros fundadores da Interprofissional Olivícola – Confederação dos Agricultores de Portugal, Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Confederação Nacional de Agricultura, Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal e a Casa do Azeite.

Conferência Ideias Férteis debate desperdício alimentar


Dez 11, 2015

No próximo dia 15 decorre a Conferência Ideias Férteis subordinada ao tema "Desperdício Alimentar, de que forma podemos retribuir para a sua redução?". O evento tem lugar na sede da Cruz Vermelha Portuguesa em Lisboa.

A conferência vai contar com a intervenção de Inove Silva, presidente do Clube de Produtores Continente; Mónica Ventosa, da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição; Nahalie Ballan, da Sair da casca, uma empresa de consultoria em desenvolvimento sustentável e responsabilidade social; Manuel Paisana, do Banco Alimentar; e Sofia Freitas, da Cruz Vermelha Portuguesa.

As Conferências Ideias Férteis são uma iniciativa desenvolvida no âmbito do Clube de Produtores Continente com o objectivo de partilhar conhecimento e experiências entre o Continente e os principais agentes do sector, em particular os produtores do Clube de Produtores.

Em Portugal existe um desperdício de um milhão de toneladas de alimentos por ano e na casa das famílias portuguesas cerca de 20% do lixo é comida, enquanto 360.000 pessoas passam fome. Para alertar para esta temática 2016 será considerado o Ano Nacional do Combate ao Desperdício Alimentar.

Área de produção para agricultura biológica aumentou 8% num ano

ANA RUTE SILVA 12/12/2015 - 07:32
Há um "interesse renovado" em Portugal e o número de produtores está a aumentar. Com os apoios de Bruxelas a expectativa é juntar, este ano, 1300 novos agricultores a esta fileira

 
Este ano há 1300 novos agricultores a produzir em modo biológico ADRIANO 

 Agricultura biológica aumentou 20 vezes a área em apenas década e meia
Portugal está longe de se destacar entre os seus pares europeus na produção biológica, mas o número de produtores e de área destinada a este tipo de agricultura está a aumentar. Os dados mais recentes da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) mostram que, entre 2013 e 2014, o número de agricultores registados aumentou 9% e a terra usada para produzir cresceu 8%, atingindo os 212.345 hectares. Este ano, a área deverá aumentar 35%, com a entrada neste negócio de 1300 produtores e mais verbas de Bruxelas.

A produção biológica está mais desenvolvida na agricultura do que, por exemplo, na indústria transformada. A DGADR indica que 86% dos operadores certificados são agricultores (3374 em 2014, um aumento de 9% em comparação com o ano anterior). Já na indústria existem 515 entidades, mais 23% do que em 2013. Contudo, neste valor incluem-se agricultores que são, em simultâneo, embaladores ou com actividade na indústria transformadora. Na aquacultura, por exemplo, o número de empresários é escasso (três em 2014 e um em 2013). Já no retalho, são 30 as empresas certificadas.

Jaime Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), adianta que há um "renovado interesse pela agricultura biológica em Portugal, fruto da conjugação entre crise económica, novas gerações urbanas com fortes preocupações ambientais e com dificuldade em encontrar trabalho nas actividades tradicionais, e uma nova Política Agrícola Comum [PAC] 2014-2020", que pretende promover este modo de produção. A par da evolução que se tem vindo a verificar, espera-se um crescimento expressivo em 2015, graças às novas medidas de apoio de Bruxelas.



O presidente da Agrobio avança que, este ano, a área em agricultura biológica poderá ter aumentado "em 35%, correspondendo a 78 mil hectares em conversão e 1300 agricultores". Significa que terra que, até agora, estava ao abandono ou dedicada à agricultura tradicional passou a produzir produtos através deste método, que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados. "Há claramente novas culturas na vinha, ervas aromáticas, frutos secos, frutos vermelhos e também cogumelos", adianta, sublinhando que se trata de áreas mais pequenas, mas com um número "expressivo" de agricultores.

Um outro sinal de que este mercado está a mexer são os relatos que chegam à Agrobio. Jaime Ferreira diz que há empresas que produzem e vendem produtos biológicos que conseguiram aumentar em 30% a sua facturação. "Abriram novos pontos de venda, e estão agendados mais para os próximos meses, sobretudo no retalho. A comercialização, ainda muito centralizada na área metropolitana de Lisboa, vai expandir-se ao Porto, Aveiro e outras áreas do país", continua. O preço é um entrave à disseminação deste negócio, mas a Agrobio acredita que "tende a estabilizar ou mesmo diminuir" graças a um aumento expectável da produção.

A própria associação tem conseguido captar novos associados (mais de 500 por ano, nos últimos anos) e regista "um novo interesse pela formação". Portugal tem apenas uma escola superior com esta área de ensino - a Escola Superior Agrária de Coimbra – a que se junta a oferta dada pela Agrobio, e há "muita gente a querer" aprender.

Do lado da investigação, têm sido desenvolvidos projectos, como o da produção de arroz biológico no Estuário do Sado. "Começaram por ser 40 toneladas e este ano são já 70 toneladas. Foi a primeira vez que se produziu arroz biológico nacional, com possibilidade de exportar", continua o responsável.

Na indústria alimentar biológica quase tudo é importado e "há grande carência no mercado da fruticultura". Por isso, o potencial de crescimento "é grande". Jaime Ferreira acredita que, ao contrário da produção convencional, há mais oportunidades de negócio nesta forma de produzir e, por isso, pede ao Governo que aposte numa estratégia de produção e desenvolvimento. "A União Europeia é deficitária e é o maior mercado do mundo se considerarmos o conjunto dos seus países. Mas o essencial é aumentar a produção. Só assim haverá produtos mais acessíveis aos consumidores", conclui.

Tecnologia oferece soluções para reaproveitar resíduos dos lagares de azeite


LUSA 12/12/2015 - 14:36
 
A indústria do azeite dispõe actualmente de soluções tecnológicas para reaproveitamento de praticamente todos os resíduos, que podem ser usados para produção de biomassa e até as folhas das oliveiras podem ser canalizadas para a alimentação animal.

João Claro, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse à Lusa este sábado que o sector do azeite sofreu uma grande evolução nas últimas décadas e a tecnologia dá hoje resposta para praticamente todos os resíduos, mas ressalvou que algumas das soluções "são ainda muito caras".

Da produção de azeite resultam o bagaço de azeitona, os caroços, as folhas e as águas ruças, que são um "problema ambiental muito complexo", pois têm uma carga poluente 200 a 400 vezes superior ao do esgoto doméstico. Em média, a campanha de azeitona no país produz águas ruças equivalentes ao esgoto de 2,5 milhões de pessoas. Existem vários processos de tratamento, desde os menos onerosos, como lagoas de retenção e evaporação, a outros mais caros como os de tratamento biológico, térmico e físico-químico.

De acordo com o investigador, neste momento a maior parte dos resíduos estão a ser encaminhados para a indústria da refinaria, que retira o azeite remanescente dos bagaços húmidos para a produção de óleo de bagaço e o restante é usado para queima.

Com vista a dar uma solução mais global a estes resíduos, João Claro desenvolveu o projecto BioCombus que aproveita os subprodutos das colheitas de azeitona e os transforma em biomassa, que poderá ser utilizada como combustível sólido para caldeiras domésticas.

O protótipo deste projecto foi instalado na Cooperativa dos Olivicultores de Murça, onde está agora a ser feito o aumento da escala para produção industrial. "Esta é uma solução que há 50 anos é perseguida pelos investigadores dos países mediterrânicos. É uma solução global porque estamos a fazer um tratamento para cumprir a lei e além disso estamos a criar uma mais-valia comercial", salientou o investigador.

Uma equipa de investigadores da UTAD tem vindo a desenvolver trabalhos que visam a valorização da folha da oliveira na alimentação animal. Segundo o investigador responsável pelo projecto, Miguel Rodrigues, os resultados obtidos até ao momento indiciam "um forte potencial de aplicação em dietas para coelhos e ruminantes".

João Claro está também a desenvolver um sistema para o tratamento de efluentes dos lagares, como as águas que resultam da lavagem da azeitona, que recorre à energia solar. "Pode afirmar-se que esta actividade, nos últimos anos, tem vindo a ser mais amiga do ambiente, atendendo a vários factores preponderantes, designadamente uma maior preocupação na localização destas instalações em zonas industriais, legislação mais exigente e evolução tecnológica dos equipamentos", concluiu à Lusa Manuel Cardoso, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

Em 1994 estavam em laboração em Trás-os-Montes e Alto Douro 243 lagares, tendo entretanto algumas destas unidades encerrado devido às exigências da União Europeia relativamente ao licenciamento e às novas exigências ambientais. Actualmente, estão em funcionamento cerca de 134 lagares de azeite em toda a área da DRAPN.

Nos últimos anos, a GNR tem fiscalizado os lagares de azeite e, segundo fonte policial, tem registado cada vez menos incumprimentos das normas de funcionamento, desde os licenciamentos ao tratamento de resíduos. Na região transmontana, foram fiscalizados 65 lagares em 2012 e levantados 11 autos de contraordenação. Em 2013, foram fiscalizadas 46 empresas e levantados 10 autos de contraordenação.

A operação "Lagareiro 2015", realizada pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), está em curso e decorre até 31 deJaneiro.