terça-feira, 20 de maio de 2014

Estudo revela que vinho reduz risco de mortalidade

DIETA MEDITERRÂNICA

por Lusa18 maio 201420 comentários

Estudo revela que vinho reduz risco de mortalidade
Fotografia © Adelino Meireles/Global Imagens
O consumo de vinho reduz o risco de mortalidade e o azeite virgem extra baixa a possibilidade de ocorrência de acidentes cardiovasculares, revela duas pesquisas da Universidade de Barcelona, no âmbito da dieta mediterrânica.
O primeiro estudo, realizado pelo Grupo de Investigação de Antioxidantes Naturais da Faculdade de Farmácia da Universidade de Barcelona, incidiu particularmente sobre alimentos com polifenol, substâncias caracterizadas por terem um ou mais hidroxilas ligadas a um anel aromático, contidas no vinho e sementes.
Com a participação de investigadores da Universidade Rovira i Vergili, de Tarragona, o grupo de trabalho realizou uma segunda pesquisa, em pessoas com idades entre 55 e 80 anos, demonstrando que o consumo de azeite virgem extra reduz o risco de enfermidades cardiovasculares em pessoas com um risco alto.
A investigação concluiu que uma dieta rica em polifenol permite uma redução significativa na mortalidade com qualquer causa, não só devida a enfermidades cardiovasculares.

Instituto da Agricultura vai gastar 5,2 milhões para controlar apoios concedidos



As despesas assumidas pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) são o principal destaque do "Mercado da República" de hoje. O procedimento contratual  publicado na semana passada no Portal Base visa a aquisição dos serviços de uma empresa para efectuar acções de controlo dos beneficiários das ajudas e apoios financeiros concedidos

 

O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) vai gastar 5,2 milhões de euros com a contratação de uma empresa para efectuar "acções de controlo" aos beneficiários das ajudas e apoios financeiros concedidos.

De acordo com o procedimento contratual publicado a semana passada no portal Base dos contratos públicos ( http://www.base.gov.pt/base2/), as acções a realizar em 2014 e 2015 abrangem o "controlo físico e por teledetecção".

Por estes serviços, o IFAP irá pagar 4,2 milhões (mais o IVA) à Geometral, a empresa que ganhou o concurso público. As acções de controlo físico consistem na verificação, no terreno, da elegibilidade dos pedidos de ajuda apresentados a, pelo menos, uma das ajudas indicadas para as campanhas de 2014 e 2015.


 

APROLEP marca presença em conferência sobre quotas leiteiras

Fim das quotas leiteiras: desafios para a produção e para a indústria


No âmbito da publicação do próximo suplemento AGRONEWS a 30 de Maio, do grupo editorial Vida Económica, decorre no Porto, no próximo dia 21 de Maio pelas 14h30, uma conferência subordinada ao tema: "FIM DAS QUOTAS LEITEIRAS: DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO E PARA A INDÚSTRIA", que terá lugar na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica (ESB-UCP).

A APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal (www.aprolep.pt) vai participar na conferência "FIM DAS QUOTAS LEITEIRAS: DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO E PARA A INDÚSTRIA", que se realiza no dia 21 de Maio – 4ª feira, pelas 14h30, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica (ESB-UCP), no Porto.

O primeiro painel do evento contará com instituições | Associações como a FENALAC, com a presença do seu diretor geral - Fernando Cardoso, Carlos Neves, presidente da APROLEP e José António Moreira da Silva, ex-presidente da AJAP, ex-produtor de leite e atual produtor de bovinos de raça minhota e barrosã.

Paulo Costa Leite, diretor-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) marcará presença no segundo painel, assim como, Marta Santos, sócia-gerente da empesa SENRAS DAIRY – Autoridade da Concorrência e Eduardo Diniz – diretor do Gabinete de Políticas e Planeamento do Ministério da Agricultura que fará também o encerramento desta iniciativa.

Esta conferência visa sensibilizar e despertar mais uma vez a fileira do leite em Portugal para a necessidade de preparar a entrada em vigor de novas regras políticas e económicas, no âmbito da nova PAC, e do fim anunciado das quotas leiteiras.

Carlos Neves, presidente da APROLEP, considera fundamental "preparar a fileira do leite português para a revolução que o fim das quotas vai trazer ao setor, tanto ao nível da competitividade da produção como na valorização do leite transformado. Portugal produz leite de qualidade e em quantidade suficiente para abastecer o mercado doméstico e também deverá aproveitar as oportunidades para exportar produtos de valor acrescentado, de modo a remunerar melhor os produtores. Nos últimos anos, os produtores nacionais têm recebido o leite a preço inferior à média comunitária e isso é motivo de inquietação dos mesmos face ao futuro próximo".

UE: Resultados do Conselho Agricultura e Pescas de ontem


Usos menores de produtos fitofarmacêuticos

O Conselho apoiou a criação de um mecanismo de coordenação que visa permitir o desenvolvimento de ferramentas adicionais para o controle de doenças para as culturas menores e principais culturas afetadas por pragas ou doenças menos comuns, como sugerido num relatório da Comissão.

Os usos menores de produtos fitofarmacêuticos (tais como herbicidas) não são economicamente sustentáveis ​​para a indústria de protecção de plantas. Isto leva a uma falta de produtos fitofarmacêuticos disponíveis para as culturas afectadas (incluindo a maioria dos produtos hortícolas, frutas, viveiros e flores). "A questão de utilizações menores é muito importante para a agricultura em geral, afectando cerca de um quarto da produção vegetal na União Europeia", disse Athanasios Tsaftaris, Ministro do Desenvolvimento Rural e da Alimentação da Grécia e presidente do Conselho.

Outros assuntos

Por iniciativa das delegações dos Países Baixos e da Suécia, o Conselho debateu a perda de alimentos e o desperdício de alimentos na União Europeia e formas de reduzir o seu alcance. Os Ministros consideraram a acção para reduzir a perda de alimentos e desperdícios de alimentos útil, contanto que a segurança alimentar não seja prejudicada. Uma das sugestões feitas pelos Países Baixos e Suécia é isentar mais produtos, que têm uma longa validade e manter a sua qualidade por um longo tempo, a partir da exigência de apresentação da indicação "consumir preferencialmente antes" da data no rótulo.

A pedido das delegações dinamarquesa e sueca, a Comissão informou o Conselho sobre os seus planos para uma possível revisão do regulamento de transporte de animais.

Além disso, o Conselho discutiu um possível reforço das medidas exigidas pela delegação espanhola sobre as importações de frutas cítricas da África do Sul para evitar a entrada da doença mancha preta de citrinos .

Outros pontos aprovados

O Conselho adoptou conclusões acolhendo a nova Estratégia Florestal da União Europeia, publicada pela Comissão em Setembro de 2013.

Fonte:  Conselho UE

CNA responsabiliza Governo pela redução do número de candidaturas aos apoios da PAC *



Terminou na passada Quinta-Feira, dia 15 de Maio, o período regular para os Agricultores apresentarem as candidaturas aos apoios (pagamentos) da PAC.

Pelo segundo ano consecutivo, a campanha de recepção ficou negativamente marcada pelas injustas imposições fiscais introduzidas já no orçamento de estado de 2013 mas cujo prazo foi sendo adiado até ser fixado, agora, em 30 de Abril passado.

Nestas duas últimas campanhas, é superior a 16 mil a redução de candidaturas dos Agricultores aos pagamentos da PAC !   Neste ano, só no continente, a redução do número de candidaturas é superior a 10 mil ! São números muito preocupantes já que a actual campanha servirá de referência para a atribuição das ajudas para os próximos 7 anos, portanto até 2020.

Porém, poderia ter sido evitada esta grande redução do número de candidaturas apresentadas pelos Agricultores portugueses aos pagamentos da PAC, se o Ministério da Agricultura e o Governo tivessem ouvido as propostas que avisada e atempadamente a CNA lhes fez.

A redução de candidaturas corresponde a muitas centenas de milhares de euros que Portugal não utiliza e devolve a Bruxelas, já esta campanha.

Também por aqui se vê que é mais propaganda que outra coisa, a insistência da Ministra da Agricultura e do Governo na teoria do "oásis" na Agricultura Portuguesa…

Assim, a CNA responsabiliza o Ministério da Agricultura e o Governo por mais esta "machadada" nos pequenos e médios Agricultores Portugueses e reclama que ainda sejam tomadas medidas para reintegrar estes Agricultores no sistema destes pagamentos, começando desde logo pela anulação das imposições fiscais introduzidas no Orçamento de Estado. 

Coimbra, 20-05-2014                                                                 A Direcção da CNA

(*) Título da responsabilidade do Agroportal


Um vinho do Porto por cada ano em que o Brasil foi campeão mundial – Os vinhos da Copa


 
24 de maio, 19h00, Rio de Janeiro, Palácio de São Clemente
 
Cinco vitórias, cinco vinhos do Porto para recordar. Vai ser assim a prova de vinhos do Porto Colheita e Vintage dos anos em que o Brasil foi campeão do mundial de futebol. A história, sabores e aromas de vinhos do Porto de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 vão ser conhecidos ao detalhe na prova "O vinho do Porto e as Copas do Brasil: as safras das vitórias" promovida pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e orientada pelo grande especialista brasileiro em vinho do Porto, Guilherme Rodrigues. A prova decorre no dia 24 de maio, pelas 18h30, no Palácio de São Clemente, residência do Cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro. Acontece no âmbito da iniciativa no Brasil do jornal Público e do jornal O Globo intitulada "Vinhos de Portugal no Rio", de 23 a 25 de maio em parceria com a ViniPortugal.
 
O vinho do Porto é protagonista de mais duas provas, orientadas pelo crítico do Público, Manuel Carvalho. "Introdução ao Douro e ao Vinho do Porto" decorre nos dias 23 e 25, às 18h00 e às 17h00, respetivamente. Durante os três dias do evento, decorre ainda a sessão "Experiência do Vinho do Porto" dias 23 e 24 das 16h00 às 18h00 e dia 25, das 15h00 às 17h00.
 
Mais de 60 produtores portugueses, provas e cursos fazem parte da iniciativa "Vinhos de Portugal no Rio" que vai permitir ao público brasileiro conhecer melhor Portugal através dos seus vinhos. É uma oportunidade para experimentar vinhos especiais e contactar com críticos e produtores.

fonte: mediana

Arderam 1,9 milhões de hectares nos últimos 14 anos, destaca ministro


Arderam 1,9 milhões de hectares nos últimos 14 anos, destaca ministro


O ministro da Administração Interna sublinhou hoje a importância do combate a incêndios, destacando que nos últimos catorze anos arderam "1,9 milhões de hectares no continente".
Miguel Macedo, que falava na cerimónia de posse do novo presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), o major-general Grave Pereira, lembrou ainda que "nos últimos 33 anos a área ardida ascendeu a mais de 3,5 milhões de hectares".
Sobre a atividade da proteção civil, o ministro lembrou que "não começa nem acaba no verão de cada ano", ainda que seja no verão que a proteção civil é sujeita a "uma mais intensa sobrecarga de trabalho".
" As mudanças climáticas acentuaram os riscos de desastres naturais e a atividade humana e a concentração de populações e atividades industriais contribuem também para um aumento dos riscos a que temos que fazer face", acrescentou.
Na cerimónia, o ministro lembrou o dispositivo montado no combate a incêndios para 2014, sublinhando a importância nas ações de treino, que multiplicaram por todo o país, e o reforço da capacidade de comunicações, nomeadamente na recente distribuição de mais de 12.600 terminais da rede Siresp (Gestão de Redes Digitais de Segurança e Emergência).
Ao elogiar o trabalho do antigo presidente da ANPC, o tenente-general Manuel Couto, Miguel Macedo sublinhou o "general prestigiado de uma sólida formação militar" que é o tenente-general Grave Pereira, que hoje assumiu a presidência da ANPC.
Além de competências no domínio do planeamento, que são importantes para esta função" e de uma formação em engenharia, "que não é despicienda para este tipo de função e responsabilidades", Miguel Macedo sublinhou ainda tratar-se de uma pessoa com "capacidade de comando e de interessar e envolver todos na missão que agora abraça".
Por seu turno, o tenente-general Grave Pereira, pôs a tónica no seu discurso na necessidade de se continuar a apostar na "prevenção e sensibilização da população em geral, levando a que sejam evitados comportamentos de risco".
"Comportamentos de risco que muitas vezes levam a ocorrências graves e que muitas das vezes têm por base a ignorância", disse.
Uma "tarefa de fôlego" que deve começar na família, passar pela escola e envolver a sociedade em geral, no sentido de criar uma cultura de responsabilidade individual e coletiva, sublinhou.
O major-general Francisco Grave Pereira desempenhava funções de subdiretor-geral da Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa do Ministério da Defesa Nacional, desde 01 de março de 2012. Sucede ao tenente-general Manuel Silva Couto, atual comandante-geral da GNR, que deixou a ANPC a 11 de abril último.
Diário Digital com Lusa

Europeias: Quercus reúne-se com candidatos ao Parlamento Europeu e apresenta propostas

ONTEM às 15:371

Europeias: Quercus reúne-se com candidatos ao Parlamento Europeu e apresenta propostas 

Na última semana de campanha para as eleições europeias do próximo dia 25 de Maio, a Quercus termina a sua ronda de reuniões com os candidatos dos partidos portugueses concorrentes ao Parlamento Europeu.

Com a crise económica e financeira que afectou a Europa nos últimos anos, confirmaram-se as expectativas de uma menor aposta em práticas ambientais sustentáveis de médio/longo prazo, sustenta a organização ambientalista.
«Também o menor destaque dado às questões a
mbientais, de uma forma geral, fez com que aos olhos do grande público alguns problemas tão graves como as alterações climáticas, a perda global de biodiversidade ou a sobre-exploração dos recursos naturais, não fossem encarados com a devida seriedade e preocupação. Ainda que os decisores continuem a pretender ignorar os efeitos que todos estes problemas ambientais vão ter no futuro da Europa, é chegada a hora de os cidadãos europeus exigirem que os seus representantes e governantes assumam de uma vez por todas que adiamentos a este nível apenas levarão a piores consequências no futuro», acrescenta a Quercus em comunicado.
Assim, e à semelhança de eleições anteriores, a Quercus solicitou reuniões com todos os partidos portugueses concorrentes às eleições europeias, tendo em vista analisar e debater alguns dos temas prioritários em matéria de política ambiental na União Europeia. Deste modo, ao longo das últimas semanas, foi possível sensibilizar e trocar opiniões com os vários candidatos sobre diversos temas ambientais estruturantes tais como a conservação da natureza e a biodiversidade, as alterações climáticas, a qualidade do ar, os transportes, os resíduos, a floresta e a agricultura.
Até ao momento foram realizadas reuniões com o Partido Ecologista «Os Verdes», com o Partido Socialista, com o Bloco de Esquerda, com o Partido Comunista e com o Partido da Terra, seguindo-se esta semana uma reunião com a Aliança Portugal (PSD/PP).
Nestas reuniões, além do debate e do compromisso que tem sido pedido a todos os candidatos relativamente aos temas do Ambiente, tem sido entregue um documento elaborado pela Quercus (em anexo), onde se sintetizam as principais preocupações da Associação ao nível das suas áreas de trabalho, o qual se espera vir a contribuir para uma agenda ambiental europeia mais atenta e interventiva.

Todos os distritos do continente sob aviso amarelo devido a previsão de chuva e granizo

HOJE às 18:140

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou todos os distritos de Portugal continental sob aviso amarelo, válido a partir das 06:00 de terça-feira, devido à previsão da queda de chuva e até de granizo.
De acordo com informação disponibilizada no 'site' do IPMA, todos os distritos estão sob aviso amarelo, o segundo menos grave numa escala de quatro, entre as 06:00 de terça-feira e as 14:59 de quinta-feira.
Nessas horas, o IPMA prevê «condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros fortes, por vezes de granizo, que podem ser acompanhados de trovoada».
Diário Digital / Lusa

O que acha de um bife feito de clara de ovo e água?


ALEXANDRA PRADO COELHO 19/05/2014 - 08:30
Inventou a cozinha molecular há 30 anos. Hoje, o químico francês Hervé This lança outra provocação: só poderemos alimentar o mundo se mudarmos para a "cozinha nota a nota". Podemos criar uma textura e juntar-lhe um cheiro, uma cor, um sabor. E o resultado, será comida?

 
O químico francês Hervé This SANDRA RIBEIRO
 
Hervé This tem uma mensagem para passar e precisa da total atenção da assistência.

Por isso, salta no palco, diz piadas, bate claras de ovo em castelo, lança provocações. Tudo vale, desde que ouçam o que ele tem para dizer, e que é sério: "Temos de alimentar 10 mil milhões em 2050, e com a alimentação que temos não vamos conseguir. A grande questão é: o que vamos comer amanhã?" Ele tem a resposta.

O químico francês – que esteve em Portugal na semana passada para duas conferências nas escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa e do Estoril – é geralmente apresentado como o pai da gastronomia molecular. "Sifões, azoto líquido, isso não foi inventado por Ferran Adrià, mas provavelmente por mim", diz, para logo de seguida lançar a provocação: "A gastronomia molecular está acabada, isso é uma coisa para avós." Mas, atenção, não quer dizer que esteja ultrapassada, mas sim que já está de tal maneira integrada na forma de cozinhar hoje em dia que já não lhe interessa.

Espuminhas e esferificações são muito divertidas, mas o que o preocupa agora é alimentar o mundo. E a solução está naquilo a que chamou "cozinha nota a nota". Extraem-se da natureza compostos puros, ou obtêm-se compostos sintetizados, e cozinha-se com eles, combinando-os de mil maneiras possíveis.

Não é fácil de explicar. E This tem perfeita consciência de que esta conversa de laboratório ligada à comida é algo que desagrada à maioria das pessoas. "Sou químico, não sou chef. Sou uma daquelas pessoas que vos tentam envenenar", diz, provocando gargalhadas. "Mas, ao mesmo tempo, vocês comem químicos e não se importam."

Sabe que se falar em etanol levanta suspeitas. Mas se falar em açúcar não. O que são, afinal, os compostos puros com os quais, diz, vai ser feita a cozinha do futuro? O açúcar, por exemplo, ou o ácido cítrico. Ou a água. Em cima da bancada onde vai fazer uma demonstração, This tem, para além daqueles, albumina, que vai ser a proteína base do seu "preparado". Junta-lhe óleo sem sabor nem cheiro, depois açúcar em quantidades generosas e por fim o ácido cítrico. Primeiro bate a clara com uma varinha, criando uma espuma, depois, já com o óleo, obtém uma emulsão. Coloca-a no microondas e consegue uma textura esponjosa e consistente. Tem aí um exemplo de uma textura que pode ser obtida a partir de compostos puros.

No processo junta também corantes, e o preparado fica vermelho e verde. Tem textura, cor e sabor – provamos e está muito ácido, mas This não é cozinheiro, e juntar o açúcar e o ácido cítrico em quantidades industriais, como acaba de fazer, só por milagre podia dar um resultado equilibrado. Falta-lhe também o cheiro, mas isso poderia também ser acrescentado com outro composto.

E consegue, por exemplo, obter um bife?, perguntamos a Hervé This numa entrevista no final da conferência em Lisboa. "Ah, fizemos isso esta manhã [na conferência no Estoril], não é difícil. A clara de ovo tem 10% de proteína, e quando se tem essa proteína [sob a forma de albumina], acrescenta-se água. Como a carne tem 60% de proteínas, se puser seis colheres de albumina e quatro de água faz um bife." Basta juntar o cheiro e o sabor.

Está, contudo, a ser desenvolvida toda uma tecnologia complexa para criar o primeiro hambúrguer artificial a partir de células, lembramos. "É inútil", responde This. "Isso é muito bom para fazer tecidos vivos, imagine que perde uma orelha num acidente, para isso seria muito útil. Mas para comida… Qual é o objectivo? Se o objectivo é criar fibras cheias de água e proteínas, não estou certo de que cultivar células seja a melhor forma." Espanta-o também que as pessoas insistam na textura da carne. "Podemos criar muitas texturas diferentes. Porquê a da carne? Eu não estou interessado em carne. Gostamos de carne por hábito e porque nos dá proteínas. Mas porquê ficarmos agarrados a fibras cheias de suco?"

Passar ao mundo a ideia de que há uma forma completamente diferente de nos alimentarmos, e que essa forma é o futuro, não é fácil. As pessoas perguntam-lhe se essa comida do futuro será sempre líquida ou mole, se os compostos puros não são perigosos para a saúde, se não nos faltam vitaminas, se tudo isto significará o fim da agricultura. This não tem todas as respostas, mas acredita que é urgente continuar o trabalho que está a fazer.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Portas pede a Juncker a permanência dos apoios à agricultura

O líder do CDS-PP pediu hoje em Mafra ao candidato à presidência da Comissão Europeia pelo Partido Popular Europeu, Jean Claude Juncker, a manutenção dos apoios comunitários à agricultura portuguesa, durante uma visita a uma exploração agrícola.


"Houve tempos em que o dinheiro do PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural] ficava no cofre das finanças ou era devolvido a Bruxelas. Neste momento, Portugal tem 82% de execução no terreno junto dos agricultores, quatro pontos acima da média europeia. É isso que nos dá autoridade para pedir que, no próximo quadro comunitário de apoio, este investimento na agricultura se mantenha", afirmou Paulo Portas, enquanto mostrava ao candidato europeu uma estufa de produção de tomates biológicos.

O candidato luxemburguês, apoio pelo CDS-PP e PSD portugueses, respondeu que "a Europa não vai deixar cair os agricultores, sobretudo os que inovam e arriscam", lembrando que existem disponíveis 400 mil milhões de euros de apoios, destinados aos agricultores com menos de 40 anos, que representam 7% do total.
Um dia depois da saída de Portugal da 'troika', Jean Claude Juncker mostrou-se satisfeito com a "saída do programa sem prolongamento da assistência", mas alertou que "a crise não terminou, porque há portugueses sem trabalho", ainda que surjam sinais de "crescimento e de emprego".
Paulo Portas juntou-se hoje a Jean Claude Juncker, numa visita que este realizou a uma exploração de agricultura biológica, na localidade de Azueira, no concelho de Mafra, tendo o vice-primeiro-ministro dito que estava apenas disponível para responder a questões relacionadas com agricultura.

Dinheiro Digital com Lusa

sábado, 17 de maio de 2014

Álvaro Mendonça é o novo Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária


por Sónia Ramalho
15 de Maio - 2014
Álvaro Mendonça Iniciou hoje funções como Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária, substituindo no cargo Maria Teresa Villa de Brito.

 
Na Proposta de Designação para o cargo de Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária – Procedimento Concursal Nº 252_CRESAP_181_11/13, datado de 6 de março de 2014, o júri apresentou ao membro do Governo, nos termos do nº 6 do art.º 19 da lei 64/2011, de 22 de dezembro, três candidatos: Álvaro Luís Pegado Lemos de Mendonça, Maria José Marques Pinto e Miguel Ângelo da Costa Lemos Fernandes.

Álvaro Mendonça é licenciado em Medicina Veterinária, Doutor em Ciências Veterinárias e exerceu funções de Professor-adjunto no Instituto Politécnico de Bragança – Escola Superior Agrária de Bragança.

Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras, Álvaro Mendonça terminou o curso de Medicina Veterinária em 1982, na Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, com média final de 15 valores. Frequentou o curso de mestrado em Ciência e Engenharia dos Alimentos da Universidade Técnica de Lisboa, no ano letivo de 1989-1990, tendo concluído a parte curricular com a média de 16 valores. Concluiu o doutoramento em Ciências Agrárias, área de Medicina Veterinária, em 2003, com a classificação de Aprovado com distinção e louvor.

Professor-adjunto, com nomeação definitiva, desde 1999, na Escola Superior Agrária de Bragança, onde é responsável pelo grupo de disciplinas de Tecnologia dos Produtos de Origem Animal; foi vice-presidente do conselho científico da Escola Superior Agrária de Bragança entre outubro de 1999 e maio de 2000.

Exerceu as funções de diretor do curso de Engenharia Agronómica, ramo de Zootecnia, de 2002 a 2005. Exerceu as funções de coordenador do Departamento de Zootecnia de 2002 a 2005.

Publicou trabalhos e apresentou posters em diversas reuniões científicas em áreas ligadas à sanidade animal, segurança alimentar e análise sensorial.

Descartada possibilidade de caso de vaca louca no Brasil



O caso de ocorrência da proteína da doença das vacas loucas numa fazenda do Mato Grosso, no Brasil, foi considerado um caso atípico pelo laboratório de Weybridge, do Reino Unido, que considerou segura a carne bovina brasileira.
O caso em questão foi descoberto em abril deste ano pelo Laboratório Agropecuário em Pernambuco, instituição brasileira de referência para o diagnóstico de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, nome científico para a doença das vacas loucas.
Na sequência, o tecido nervoso do animal, abatido em março, foi enviado ao laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), no Reino Unido.
Após os exames, o laboratório considerou o caso uma ocorrência "atípica" da proteína EEB, que ocorre de forma "esporádica e espontânea", sem relação com a ingestão de alimentos contaminados.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença degenerativa não-transmissível que afeta o sistema nervoso central dos animais a partir de uma proteína infectante conhecida como "príon".
No caso da EBB clássica, o gado adquire a proteína a partir de alimentos contaminados, o que deve ser combatido tendo em conta a facilidade da transmissão para outros animais.
Já no caso da EBB atípica, o "príon" é ligeiramente diferente e normalmente surge em animais mais velhos e não apresenta perigo de transmissão. O caso atípico é uma manifestação rara da doença, cujas causas ainda não foram totalmente esclarecidas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a corpo do animal com EBB atípico foi incinerado e "nenhum de seus produtos ingressaram na cadeia alimentar".
As autoridades brasileiras garantem ainda que todas as propriedades por onde o animal havia circulado foram avaliadas sem qualquer constatação de outros casos entre os animais dessa fazenda.
As embaixadas brasileiras em países importadores de carne bovina do país foram colocadas à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.
Diário Digital com Lusa

Conferência "Agricultura de Precisão" na UTAD

CONFERÊNCIA "AGRICULTURA DE PRECISÃO" NA UTAD
12 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

Na continuidade do Ciclo de Conferências do Departamento de Agronomia (DAgro) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), aquela universidade irá realizar a Conferência "Agricultura de Precisão", organizada por Fernando Augusto dos Santos, docente-investigador do DAgro.

A Conferência "Agricultura de Precisão" realizar-se-á no dia 23 de maio de 2014 , pelas 14.30 horas, no Auditório das Ciências Agrárias da UTAD.

A agricultura de precisão (AP) é uma técnica baseada na aplicação dos fatores de produção e na execução das operações culturais, de acordo com a variabilidade do meio. Esta técnica permite gerir diferenciadamente áreas com caraterísticas distintas, em vez de as considerar como um todo, evitando-se, assim, a aplicação de uma taxa única de fatores e a execução das operações culturais de uma forma uniforme. Com esta metodologia evitam-se as sobre e sub aplicações dos fatores de produção nas diferentes partes homogéneas de uma parcela tratando-se assim o meio de acordo com as suas especificidades.

Cada vez mais a Agricultura de Precisão é considerada como um sistema de gestão da produção agrícola tendo como objetivo principal a otimização dos sistemas de produção em função da variabilidade espacial da produção.

A participação é gratuita não necessitando de qualquer inscrição.

Para mais informações clique aqui: http://agrotec.pt/?attachment_id=8611

CDU vê PS inquieto e condena aprovação da reforma da PAC

POLÍTICA

«O que inquietará o PS? Não deveria estar mais preocupado em combater as políticas do Governo?», questionou João Ferreira

Por: Redacção / EC    |   2014-05-12 16:00

A Coligação Democrática Unitária (CDU) descreveu o maior partido da oposição, PS, como inquieto e «mais preocupado com a alternância do que com uma verdadeira alternativa», condenando a aprovação em Bruxelas da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

«Criticámos a decisão do Governo de aceitar uma reforma da Política Agrícola Comum que é ruinosa para o nosso país, mas o PS esteve lá a aprová-la também. Estamos aqui numa iniciativa com agricultores e é importante dizer que PS, PSD e CDS votaram essa reforma juntos», disse o eurodeputado comunista e recandidato João Ferreira.

O cabeça de lista da coligação que junta ainda «Verdes» e Intervenção Democrática ao PCP reuniu-se, esta segunda-feira, com responsáveis da Confederação Nacional da Agricultura, em Coimbra.

«O que inquietará o PS? Não deveria estar mais preocupado em combater as políticas do Governo que nos trouxeram à situação desastrosa em que se encontra agora o país?», questionou, relativamente a declarações por parte dos socialistas que incitaram CDU e Bloco de Esquerda a lutar contra a maioria PSD/CDS-PP em vez de escolherem o «partido rosa» como alvo.

João Ferreira adiantou uma explicação: «Creio ser visível e claro que há, neste momento, em torno da CDU e suas propostas um reconhecimento de que, de facto, há aqui uma força que é diferente daqueles que têm sido todos iguais nos últimos anos. Isso, eventualmente, inquietará aqueles que estarão mais interessados numa alternância, numa dança de cadeiras, do que numa verdadeira alternativa».

O também vereador da Câmara Municipal de Lisboa considerou a nova reforma da PAC «prejudicial porque desmantela quaisquer instrumentos de regulação da produção ainda existentes, nomeadamente as quotas leiteiras».

«É uma reforma desastrosa para Portugal porque mantém desigualdades inaceitáveis na distribuição das verbas da PAC entre países. Há, pelo menos, 20 anos que se fala numa convergência nos pagamentos entre países. Essa convergência voltou a ser adiada até 2030. Os agricultores portugueses continuam a ter de competir num mercado livre e desregulado com produtores que recebem duas ou três vezes mais os pagamentos por hectare», lamentou.

Ministra da Agricultura e Governo tratam agricultores como “indigentes”, acusa dirigente da CNA


MARIA LOPES 12/05/2014 - 22:05
CDU reuniu em Coimbra com CNA, teceu críticas às opções socialistas para o sector e propôs quotas obrigatórias para a produção nacional no comércio.

 
João Ferreira teve um encontro com a CNA MIGUEL MANSO
 
Um dirigente da CNA – Confederação Nacional da Agricultura acusou esta segunda-feira a ministra da Agricultura e o Governo de tratarem a "grande parte dos agricultores portugueses, especialmente os pequenos agricultores como se fossem indigentes".

João Dinis, que recebeu esta segunda-feira à tarde a delegação da CDU encabeçada pelo candidato João Ferreira, e com o qual admitiu ter "uma afinidade grande nas preocupações", acusou Assunção Cristas de "não ser ministra da Agricultura de Portugal". E apontou: "Ela comporta-se como um agente ao serviço do grande agro-negócio, das grandes multinacionais, incluindo da manipulação genética. Nesse contexto, das grandes explorações que nem sequer pagam impostos em Portugal, é que a senhora ministra se sente bem."

Em contraponto a esta política que beneficia os grandes interesses, a ministra e a equipa de Passos Coelho "estão a querer impor aos agricultores, em especial aos pequenos agricultores, que tenham que pagar ainda mais impostos com as novas imposições fiscais e permitem simultaneamente que as grandes empresas, as grandes celuloses, as grandes empresas de importação e exportação, o qrande agro-negócio, venham apanhar os apoios públicos em Portugal e degradar os nossos recursos naturais"

É neste contexto, acrescenta João Dinis, que a ministra "se porta como peixe na água. Ela gosta é do grande agro-negócio, da grande agro-indústria. As dezenas e dezenas de milhares de agricultores familiares, na cabeça da sra. ministra eles são é indigentes. Este Governo e esta ministra tratam a grande parte dos agricultores portugueses, especialmente os pequenos agricultores como se fossem indigentes."

Quotas para a produção nacional, pede a CDU
Admitindo "afinidade grande entre as preocupações e posições da CNA e o candidato da CDU", João Dinis identificou ideias comuns sobre "defesa e promoção da agricultura familiar portuguesa, da soberania alimentar, da qualidade alimentar e no combate a estas políticas agrícolas (…) que estão a dar cabo da agricultura familiar portuguesa, a arruinar cada vez mais o mundo rural e a atirar Portugal para um défice agro-alimentar bastante perigoso".

O candidato da CDU, João Ferreira, disse que um dos pontos da agenda com a CNA foi precisamente a PAC, que trouxe medidas já confirmadas como "ruinosas para a agricultura nacional". Por exemplo, a abolição definitiva das quotas, em especial das quotas leiteiras, poderá gerar "uma situação liquidatária do sector a nível nacional, um encharcamento de produção estrangeira no mercado nacional a preços verdadeiramente ruinosos para os nossos agricultores".

Estas condições poderão ainda degenerar numa "completa desregulação dos mercados" se a isto se somarem os acordos de livre comércio "que o PS e os partidos do Governo já disseram defender", avisou João Ferreira, reforçando a aliança entre socialistas, centristas e sociais-democratas.

O candidato aproveitou para enumerar algumas propostas da CDU "distintivas" e "inovadoras", como a instauração de um princípio de preferência da produção nacional sobre a produção importada, sobretudo em países como Portugal, que enfrentam défices no plano agro-alimentar; ou a instauração de quotas de comercialização obrigatória de produção nacional; ou a convergência nos pagamentos da PAC iguais para todos os países.

Quantos projectos de jovens vão sobreviver?
Segundo o dirigente da CNA, o país está a ser sujeito "às importações sem controlo e isso contribui para a falta de escoamento, para a baixa dos preços da produção nacional, para a ruina das explorações familiares, para o aumento do défice da balança de pagamentos agro-alimentar".

A confederação irá reunir com candidatos de outras listas, que também deverão ouvir o discurso crítico de João Dinis. "Os agricultores têm todas as razões para pensar bem na vida, para pensarem a quem têm entregue o seu voto nas sucessivas eleições e o que tem acontecido à sua vida e deixarem de entregar o voto a quem os tem enganado."

Questionado pelo PÚBLICO, João Dinis mostrou ter grandes dúvidas sobre o panorama aparentemente bom que o Governo tem apresentado sobre a aposta na agricultura. É um facto que tem mais jovens a candidatarem-se a projectos na agricultura devido ao aumento do desemprego noutros sectores e devido aos incentivos de arranque, diz o dirigente. O problema é o depois.

ANEFA questiona medida do governo para limpeza da floresta

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente



"A nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas"

Após o anúncio de ontem, dando conta do protocolo assinado pelo Governo para a limpeza de florestas recorrendo a desempregados e a beneficiários do subsídio de reinserção social, a ANEFA não poderia de deixar de manifestar a sua preocupação por mais esta "acção mediática" que em muito pouco beneficiará a floresta.

Sendo a ANEFA a única associação que representa os que fazem floresta, na verdadeira acepção da palavra, desde o projeto, ao viveirista, ao preparador de terreno, plantador e à exploração florestal, é com alguma apreensão que voltamos a olhar para esta questão, anteriormente tão debatida.

A ANEFA não considera impróprio o trabalho comunitário, que envolva a sociedade nos problemas da nossa floresta, pois sendo esta um bem comum, é por todos desejável que esta seja valorizada e preservada. No entanto, as acções de limpeza florestal requerem meios e equipamentos específicos, e formação adequada e exigida por lei, que está deste modo a ser subvalorizada.

Resta saber se estas equipas vão ser acompanhadas e por quem, e quanto dinheiro se gastará a equipa-las com o EPI´s necessários…

Não é a primeira vez que este Governo tenta "fazer parecer" que qualquer pessoa pode trabalhar no sector florestal, o que demonstra alguma falta de consideração por quem nele labora. Se a floresta é um dos maiores sectores exportadores do nosso país, é porque há empresas com pessoas especializadas e com formação académica para o fazer, e que utilizam as tecnologias mais recentes que existem por todo o mundo.

Ainda sobre o anúncio ontem avançado, que refere que "três ministros assinaram um protocolo que dá emprego de curta duração a mais de duas mil pessoas", o chamado "Trabalho Social pelas florestas que permite acelerar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho", a Direcção da ANEFA considera que este revela um desconhecimento profundo do sector florestal, pretendendo saber que estruturas vão depois "absorver" estes dois mil novos trabalhadores e em que condições. A ANEFA questiona ainda onde e com que "regras" será efectuado este trabalho, uma vez que este não deve entrar em concorrência com as empresas especializadas neste sector.

Não podemos esquecer que as PME`s do sector florestal são responsáveis pela criação de postos de trabalho no mundo rural, colmatando o êxodo das populações, pela consolidação de investimento duradouro e pela geração e perduração de riqueza privada, sendo esse um factor preponderante para a economia portuguesa.

Parece-nos ainda estranho que as empresas há muito que não tenham este tipo de trabalho, por falta de capacidade de investimento, se vejam agora ultrapassadas por um protocolo assinado, envolvendo pessoal não especializado. Será que vamos depois enviar o pessoal especializado para o desemprego??!!!

Seria legítimo questionarmos como se sentiria a classe política se agora, enquanto contribuintes, substituíssemos os governantes pelos desempregados, na óptica de "acelerar o seu regresso ao mercado de trabalho"… já o nosso Primeiro-ministro dizia que o desemprego pode ser visto como uma nova oportunidade para mudar de vida…

Todos os esforços em prol do sector florestal são válidos, mas de facto "a nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas".

Incêndios florestais em debate no Parlamento

ACRESCIMO

Foi ontem, 13 de maio, aprovado por unanimidade, em sessão plenária no Parlamento, o projeto de resolução apresentado pelo Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído por iniciativa da Presidente da Assembleia da República.

Numa análise generalista, o projeto em si e o resultado da sua votação evidenciam duas potenciais vicissitudes. Uma delas pode ser fatal, a outra é historicamente negativa.

A que é potencialmente fatal resulta da abordagem realizada, aparentemente muito centrada do acessório e demasiadamente pouco no essencial. É notória a persistência de uma abordagem pela consequência, pouco pela causa.

Os incêndios florestais são uma das consequências, especialmente no que à sua propagação respeita, da inviabilidade do negócio florestal em parte significativa do território nacional, caso das regiões onde predomina o minifúndio, as de produção lenhosa e com impacto significativo ao nível do êxodo rural.

Num país em que 98% das superfícies florestais são detidas por privados, negócio, rendimento e mercados são conceitos que não podem estar ausente, ou têm de ter peso preponderante na problemática dos incêndios florestais.
A que é historicamente negativa decorre do resultado da votação.

As questões que às florestas respeitam não são aparentemente ideologicamente fraturantes. O facto, à primeira vista positivo, pode contudo não ser benéfico no plano executivo.

A aprovação por unanimidade de projetos ou de diplomas no Parlamento, respeitantes à problemática florestal, nem sempre tem a consequência desejada ao nível da sua concretização ou implementação.

O caso flagrante decorre do processo de aprovação e posterior regulamentação da Lei de Bases da Política Florestal, Lei n.º 33/96, de 17 de agosto. Poderia ser um caso irrelevante, todavia não o é. Esta lei, decretada pela Assembleia da República, passados quase 18 anos continua por regulamentar em múltiplos domínios, seja ao nível dos seus objetivos, seja ao nível das medidas e dos instrumentos de política florestal, isto para nem citar as ações com caráter prioritário.

Numa análise mais específica, as citações às Forças Armadas, aos Canadairs, são repetições do passado e que nada contribuem para a resolução do problema, quanto muito são paliativos.

Já as recomendações com impacto nos rendimentos dos proprietários florestais, na abertura de novos mercados e na reorganização da Administração, com a centralização numa única entidade dos pelouros da prevenção e do combate, parecem centrar-se no essencial desta problemática.

Lisboa, 14 de maio de 2014

Ministro aponta redução de ignições como prioridade no combate aos fogos



O ministro da Administração Interna garantiu hoje que Portugal está preparado para época de incêndios, mas que o fundamental é reduzir as ignições que, em 2013, atingiram 400 por dia.

Em Braga, à margem de uma acção no âmbito da Capital Jovem da Segurança Rodoviária, Miguel Macedo realçou que reforço de meios financeiros e aéreos para a época de incêndios que se aproxima.

"Estamos preparados no quadro do dispositivo que temos. Quando temos, como tivemos o ano passado, dias com 400 ignições, evidentemente qualquer país tem dificuldades em lidar com essa realidade", alertou.

Assim, o ministro apontou uma prioridade para esta época de fogos: "Reduzir as ignições é que é fundamental. Quando se tem 400 ignições num dia temos o dispositivo dispersos por muitas coisas".

Macedo garantiu ainda que "não há redução" de meios nem de vigilância, antes pelo contrário.

"Há reforço de meios financeiros, cerca de 6 milhões mais do que aquilo que gastamos o ano passado inicialmente", apontou, relembrando que o dispositivo para este ano já foi apresentado.

"Vai haver mais meios aéreos, vai haver também constituição de mais equipas de bombeiros, num total de 250, que vão estar em permanência no combate aos incêndios florestais", disse.

Fonte:  Lusa

Incêndios florestais: Grupo de trabalho recomenda mais qualificação no combate

O grupo de trabalho da Assembleia da República sobre incêndios florestais recomendou "mais qualificação", no dispositivo de combate, e defendeu "maior coordenação" de comando, "em função do risco".

O deputado do PS Miguel Freitas, relator do Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, vincou a necessidade de "uma maior racionalidade do sistema e maior estabilidade e qualificação no dispositivo de combate".

O socialista salientou que o grupo de trabalho, que reuniu os contributos de deputados de todos os partidos com assento parlamentar, defendeu ainda que se "deve concentrar numa única autoridade" a prevenção e o combate aos incêndios florestais, que, no ano passado, provocaram dez mortos, entre os quais oito bombeiros.

Miguel Freitas frisou ainda que os deputados recomendam também "uma maior racionalidade" no combate aos incêndios florestais, apontando que é preciso "mais estabilidade, desde logo, e assegurar uma estrutura orgânica".

No debate do plenário da Assembleia da República, o deputado salientou que o grupo de trabalho sugere que se devam evitar "as rotações da direcção e do comando" da Autoridade Nacional de Protecção Civil, de forma a "garantir estabilidade" e "criar um sistema que permita maior resposta".

"Para que o dispositivo de combate aos incêndios florestais tenha mais estabilidade, é necessária a componente profissional", disse.

O grupo de trabalho propôs igualmente a criação de "uma carreira de gestor de emergência" e sublinhou a importância da "prevenção" e dos meios aéreos, além de recomendar que é preciso "uma autoridade única", que congregue a prevenção e o combate aos incêndios florestais.

O Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar, será submetido a votação hoje como projecto de resolução da Assembleia da República.

Fonte:  Lusa

Ministra da Agricultura garante mais 3ME para prevenção de incêndios florestais


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu hoje mais três milhões de euros de dotação para o Fundo Florestal Permanente, verba que permitirá contribuir para a prevenção de incêndios florestais.

Assunção Cristas disse no plenário do parlamento, no debate do Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, que o acréscimo da verba permitirá que "o Exército esteja no terreno para limpar a mata".

A governante também notou que o montante possibilitará "reequipar as equipas de sapadores", que, até 2020, deverão atingir o meio milhar.

A ministra anunciou ainda que, este ano, "está-se a trabalhar em dez novas equipas de sapadores" e que "mais estão previstas no próximo quadro financeiro".

O plenário debate hoje o Relatório do Grupo de Trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, que resulta de um trabalho de cinco meses de deputados de todos os partidos com assento parlamentar.

O relatório será votado hoje no plenário como projecto de resolução da Assembleia da República.

Em 2013, os incêndios florestais provocaram dez mortos, entre os quais oito elementos de corporações de bombeiros.

Fonte:  Lusa

Vinhos históricos de Colares são postos à prova em Seteais



Os Vinhos Históricos de Colares, pertencentes à região vitivinícola de Lisboa, vão ser postos à prova na próxima terça-feira, dia 20 de Maio, pelas 13h00, no Tivoli Palácio de Seteais.

O objectivo é dar a conhecer aos portugueses estes vinhos produzidos há mais de mil anos, mas que são desconhecidos do grande público.

"Os portugueses não bebem vinhos históricos porque não os conhecem. Em Portugal temos vários exemplos, mas Lisboa é a região com mais vinhos históricos – Colares, Encostas d'Aire e mesmo o Carcavelos", afirma Vasco d'Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

Os Vinhos de Colares apresentam características únicas, tais como o facto de as videiras serem plantadas de 'pé-franco'.

"As videiras que dão origem a estes vinhos de Colares, são plantadas sem serem enxertadas. Isto já de si é único e raríssimo. As videiras são plantadas em terrenos de areia, por vezes, nos 8 metros de profundidade, para ficarem 'unhadas' na argila subjacente. Para além disso, estas vinhas são conduzidas em sistema rastejante, havendo necessidade de 'levantar os pontões', na altura em que começam a aparecer os cachos", explica o presidente.

Para que os roedores não ataquem os cachos, os produtores espalham cabelo humano no «chão de areia», o que definitivamente afasta coelhos, entre outros.

Os vinhos brancos desta Denominação de Origem Controlada (DOC) são produzidos, de forma recomendada, a partir da casta Malvasia, enquanto que os tintos são produzidos a partir da casta Ramisco.

Os principais mercados destes vinhos, que se situam num segmento de preço alto e cuja produção é de cerca de 50 mil garrafas por ano, são o inglês, americano e os hotéis e restauração de luxo (HORECA) portugueses.

Durante a manhã, cada produtor de Colares DOC presente, irá dar a conhecer, entre outros vinhos, as suas novas colheitas, num total de mais de 20 referências para prova.

O 'III Almoço de Colares' será, também ele, harmonizado com os vinhos históricos desta região, numa sessão organizada pela cadeia Tivoli, proprietária do conhecido Hotel de Seteais, e que conta com o apoio da CVR Lisboa e da Câmara Municipal de Sintra.

Fonte:  PressMedia

João Ferreira (CDU): «Portugal foi empobrecido» na agricultura e investigação

15-05-2014 às 12:331

João Ferreira (CDU): «Portugal foi empobrecido» na agricultura e investigação


«Portugal não é um país pobre, foi empobrecido pelas decisões, muitas tomadas em Bruxelas», defendeu esta quinta-feira o eurodeputado da CDU após uma visita a instalações da Universidade de Évora, onde defendeu a revisão da Política Agrícola Comum (PAC).
João Ferreira visitou a antiga herdade da Mitra, onde estão instalados os ramos de veterinária, zootecnia, engenharia agrária e agronomia (fitotecnia) daquela instituição eborense e apelou também ao reforço na investigação científica.
«Temos recursos e o enorme potencial que temos pode contribuir para tirar o país do buraco em que o meteram. Portugal não é um país pobre, foi empobrecido pelas decisões, muitas tomadas em Bruxelas, como a PAC e a sua revisão. Há que fazer uma profunda modificação, reconhecendo as especificidades de cada Estado-membro em termos de produção e quotas e acabar com as desigualdades», afirmou o recandidato comunista.
O também vereador da Câmara Municipal de Lisboa manifestou-se contra o acordo de livre comércio com os Estados Unidos, uma vez que considera tratar-se de mais um «duro golpe» para os produtores portugueses.
A comitiva da CDU visitou o hospital veterinário local, ficando a conhecer laboratórios, consultórios e até o bloco operatório, com uma das salas a funcionar em pleno na intervenção cirúrgica a um cão.
Antes, João Ferreira reuniu-se com os responsáveis do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAN), que congrega mais de 200 investigadores, embora apenas 87 tenham um vínculo efetivo à instituição.
Os dirigentes do ICAAN lamentaram a exiguidade do financiamento através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e explicaram tratar-se apenas de um «apoio basal» e que o grosso dos fundos que permitem a investigação nas diversas áreas chega, em grande parte, através de concursos europeus ou de mecenato por parte de grandes empresas e também pela prestação de serviços, nomeadamente de veterinários.
O ICAAN lançou recentemente um «Livro Verde do Montado» - o ecossistema típico do Alentejo, com sobreiros e também azinheiras - e planeia, juntamente com instituições espanholas, vir a lançar uma Estratégia Ibérica do Montado, algo que João Ferreira se comprometeu a apoiar caso venha a ser reeleito.
Diário Digital/Lusa

Regiões vitivinícolas pedem que EUA renuncie ao uso de indicações geográficas europeias


14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

A Assembleia das Regiões Vitivinicolas (AREV) na sua 22ª reunião plenária acordou por unanimidade uma resolução com o acordo de livre comércio EUA-UE.

A AREV solicitou a Comissão Europeia e os negociadores do setor vitivinícola que redijam a assinatura do acordo para a obtenção:

- da renúncia definitiva dos EUA em utilizar, quer sobre o seu mercado interno quer no externo, as 17 indicações geográficas europeias, chamadas "semigenéricas", ainda que acompanhadas por expressões como "do género", "do tipo". As indicações são: Burgundy, Chabalis, Champagne, Chianti, Claret, Haut-Sauterne, Hock, Madeira, Málaga, Marsala, Moselle, Porto, Retsina, Rhine, Sauterne, Jerez e Tokaj;

- a renúncia definitiva pro parte dos EUA a utilizar, quer no mercado interno quer externo as menções tradicionais europeias seguintes: château, classic, clos, cream, crusted/crusting, fine, late bottled vintage, noble, ruby, superior, sur lie, tawny, vintage e vintage character;

- obrigação para os EUA de garantir o respeito das práticas enológicas reconhecidas pela Organização Internacional da Videira e do Vinho (OIV) para todos os vinhos exportados para o mercado europeu.

- isenção de certificado de homologação da etiqueta (COLA) para os vinhos europeus;


- reconhecimento do "vino biológico" europeu em virtude dos Regulamentos (CE) Nº 834/2007 e 889/2008

Na reunião plenária saiu reeleito como presidente Jean-Paul Bachy.



Prémios inovação Crédito Agrícola - Agricultura, Agro-Industria e Florestal

PRÉMIOS INOVAÇÃO CRÉDITO AGRÍCOLA – AGRICULTURA, AGRO-INDÚSTRIA E FLORESTA
14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

A Rede INOVAR e o Crédito Agrícola encontram-se a dinamizar em parceria um conjunto de iniciativas de promoção à inovação nos setores agrícola, alimentar e florestal nacionais, entre as quais os "Prémios Inovação Crédito Agrícola – Agricultura, Agro-Indústria e Floresta". Este é um concurso público que tem como objetivo selecionar, divulgar e premiar projetos inovadores nestes setores.

As inscrições podem ser realizadas até ao dia 10 de junho e submetidas no website da iniciativa: www.premioinovacao.pt/

EUA destronam França como maior consumidor de vinha 2013


14 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

Consumo mundial de vinho: a recuperação tarda em manifestar-se
vinho

O consumo mundial de vinho em 2013 situa-se nos 238,7 milhões de hectolitros, uma descida de 2,5 milhões de hl. relativamente a 2012.

Nos países tradicionalmente produtores regista-se uma descida no consumo em França, Itália e Espanha.

Na China, o rápido aumento no consumo dos últimos anos teve uma quebra repentina, regredindo 3,8% entre 2012 e 2013.

Neste contexto, os EUA destacaram-se com 29,1 milhões de hl. de vinho consumidos (excluindo vermute e vinhos especiais), e convertem-se em 2013 no primeiro mercado interno mundial relativamente ao volume.

Os principais países da América do Sul (Argentina, Chile e Brasil), África do Sul e Roménia registam um aumento do seu consumo de vinho relativamente a 2012.

Tendências mundiais do comércio de vinho:

A descida da produção em 2012 é em parte responsável pela diminuição do volume exportado em 2013: – 2,2%. Não obstante, o valor das transações mundiais aumentou 1,5% em 2013, chegando a 25,7 milhões de euros.

Os vinhos engarrafados e vinhos espumantes representam a grande maioria do comércio mundial em valor: 71% para os vinhos tranquilos (18,3 milhares de milhões de euros) e 17% para vinhos espumantes (4,3 milhares de milhões de euros).

2014: Baixa produção de vinho no hemisfério sul:

Globalmente, as primeiras estimativas de produção de vinho no hemisfério sul preveem em 2014 uma redução de aproximadamente 10% relativamente a 2013.

PAC devia valorizar preocupações sobre a água

14-05-2014 
 


 
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) revela que a União Europeia apenas conseguiu integrar parcialmente os objectivos da política da água na política agrícola comum (PAC).
 
Os auditores destacaram insuficiências nos instrumentos utilizados actualmente para integrar as preocupações sobre a água na PAC, concretamente, a condicionalidade e o desenvolvimento rural, e assinalaram atrasos e deficiências na aplicação da Directiva Quadro da Água.
 
A PAC representa cerca de menos de 40 por cento do orçamento da União Europeia (UE), mais de 50 mil milhões de euros para 2014, e através desta política a UE tenta influenciar as práticas agrícolas que afectam a água.
 
Os auditores da UE examinaram se os objectivos da política da água comunitária são reflectidos na PAC de forma adequada e eficaz, tanto no que diz respeito à estratégia como na execução. Os mesmos constataram que a condicionalidade e o financiamento do desenvolvimento rural teve, até à data, um impacto positivo a favor dos objectivos políticos para melhorar a quantidade e qualidade da água, mas trata-se de instrumentos limitados em relação às ambições políticas da PAC e as metas mais ambiciosas perseguidas pelos correspondentes regulamentos para o período 2014-2020.
 
O Tribunal de Contas concluiu ainda que não existem conhecimentos suficientes, à escala das instituições da UE e dos Estados-membros, das pressões às quais se vê submetida a água pelas actividades agrícolas, nem na forma como evoluem essas pressões.
 
Assim, o Tribunal de Contas Europeu recomenda que a Comissão Europeia proponha as alterações necessárias dos actuais instrumentos, como a condicionalidade e desenvolvimento rural, ou, no caso, novos instrumentos que permitam alcançar as metas mais ambiciosas da integração dos objectivos da política da água na PAC.
 
O TCE aconselha ainda que os Estados-membros corrigem as insuficiências assinaladas no que diz respeito à condicionalidade e que utilizam melhor o financiamento destinado ao desenvolvimento rural de forma a cumprir satisfatoriamente os objectivos da política da água; que a CE e os países membros remedeiem os atrasos na aplicação da Directiva Quadro da Água e melhorem a qualidade dos seus planos hidrográficos através de definição de medidas específicas suficientemente claras e concretas no plano operativo.
 
Por último, o TCE indica que a Comissão deveria assegurar, tendo em conta a sua informação que, no mínimo, permita medir a evolução das pressões submetidas à água pelas práticas agrícolas e os próprios Estados-membros deverem proporcionar dados sobre a água com maior prontidão, fiabilidade e coerência.
 
Fonte. Agrodigital

Azeite Gallo com 150 ME em vendas em 2013

16-05-2014 
 


 
O azeite Gallo atingiu, em 2013, um volume de vendas de 150 milhões de euros e vai manter este ano o ritmo de crescimento nos dois dígitos, anunciou a administração.
 
O director geral da Gallo WorldWide (GWW), Pedro Cruz, promoveu uma visita guiada à fábrica Victor Guedes, em Abrantes, propriedade da empresa, para a apresentação do balanço do último ano de actividade da marca de azeite português, tendo sublinhado que é a terceira marca mais vendida no mundo, sendo líder de vendas em Portugal, no Brasil, na Venezuela e em Angola.
 
«Desde 2012 que a Gallo é a 3.ª maior marca de azeite, apenas suplantada por uma marca italiana e uma outra espanhola, em termos de venda a nível mundial», disse Pedro Cruz, tendo feito notar que a Gallo exporta actualmente para 47 países, sendo o Brasil o principal destinatário dos azeites engarrafados em Abrantes, país onde detém 33 por cento da quota de mercado.
 
Brasil, Venezuela, Angola e Portugal são hoje alguns dos principais mercados de consumo dos azeites Gallo, afirmou o gestor, tendo assinalado um «crescimento muito forte em África, com Angola a subir à razão de dois dígitos», e ainda um crescimento significativo das vendas em «parte da Ásia e Europa».
 
A fábrica de azeites Gallo inaugurou em Maio de 2013 uma nova linha de produção para reforçar a sua presença nos mercados internacionais, tendo investido oito milhões de euros na modernização.
 
A fábrica labora actualmente com um processo global robotizado ao nível do enchimento, roscagem, selagem, rotulagem e embalagem, e apresenta um volume de produção de 17 mil garrafas por hora e 120 toneladas de azeite por dia.
 
«As instalações são modernas e dão-nos garantias de resposta às necessidades do presente e do futuro», frisou Pedro Cruz, tendo feito notar que «a matriz de filosofia da empresa e do seu desenvolvimento assentam no saber fazer azeite, aqui produzido de forma ancestral e na visão do fundador da Gallo», o empresário Victor Guedes, que no ano 1860 já ali desenvolvia actividade industrial a partir das oliveiras, das azeitonas e do azeite.
 
Com 190 trabalhadores, a GWW tem a sua fábrica em Abrantes e escritórios em Lisboa, São Paulo (Brasil) e Xangai (China), e exporta por via marítima 75 por cento das cerca de 40 mil toneladas de azeite produzidas anualmente, sendo que os restantes 25 por cento se destinam ao mercado interno.
 
Registada em 1919, a marca Gallo apresentou um volume de facturação de 130 milhões de euros em 2012 (90 milhões de euros em 2011), tendo o seu director geral perspectivado para este ano «continuar a subir à razão de dois dígitos, mantendo a tendência de crescimento em mercados nacionais e internacionais».
 
Fonte: Lusa

UE: Conselho de Agricultura de Maio 2014


A reunião do Conselho Agricultura e Pescas de Maio de 2014 terá lugar em Bruxelas em 19 de Maio de 2014. A Comissão será representada pelo Comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural , Dacian Ciolos, e pelo Comissário da Saúde, Tonio Borg.

Será dada uma conferência de imprensa no período da tarde, no final da reunião. Os debates públicos e a conferência de imprensa podem ser seguidos em vídeo.

Saúde

Fundo Europeu para as «utilizações menores» de produtos fitofarmacêuticos

A Comissão apresentará o seu relatório sobre a criação de um fundo europeu para as «utilizações menores» de produtos fitofarmacêuticos. Usos «menores» de pesticidas são utilizações em culturas de nicho, ou seja, culturas que são cultivadas numa área relativamente limitada (incluindo a maioria das hortícolas, frutas, viveiros e flores). Enquanto as «utilizações menores» são de alto valor económico para os agricultores, são porém, geralmente de baixo interesse económico para a indústria dos agro-pesticidas. O objectivo do relatório sobre «utilizações menores», portanto, foi o de fornecer informações sobre a situação em aplicações menores como relatado pelos Estados-Membros e organizações de partes interessadas; apresentar a estratégia contida no Regulamento (CE) n º 1107/2009 no que diz respeito aos usos menores; e também apresentar as possibilidades de acção consideradas no estudo preliminar, financiado pela Comissão.

Outros assuntos

Saúde

• Perda de alimentos e desperdício de alimentos: Informação dos Países Baixos e Suécia
• Protecção dos animais durante o transporte: Informação dos Países Baixos e Suécia
• Mancha Preta dos Citrinos: Informação da Delegação Espanhola
Agricultura

• As delegações italiana, francesa e húngara vão apresentar uma nota sobre o projecto de orientações da Comissão para os auxílios estatais no sector agrícola e florestal e nas áreas rurais 2014-2020
• A delegação holandesa irá informar os participantes sobre o andamento da Aliança para uma Agricultura inteligente quanto ao Clima
• A delegação austríaca irá informar os participantes sobre a Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Rural , realizada em Wildschönau , Tirol, em 09 de Maio de 2014
Fonte:  Conselho UE e Europa

Tornado de mosquitos no Ribatejo acaba como foto do dia da NASA


MARTA LOURENÇO 15/05/2014 - 18:52
Fenómeno foi captado por fotógrafa portuguesa na área da Lezíria Grande.

 
O tornado de mosquitos no Ribatejo registado pela fotógrafa portuguesa ANA FILIPA SCARPA

Desta vez, não estava de máquina em punho. Ana Filipa Scarpa até já se preparava para abandonar o local onde estava na zona da Lezíria Grande, área perto de Vila Franca de Xira, e arrumar o material fotográfico quando se deparou com um tornado… de mosquitos. Ainda assim, conseguiu imortalizar o momento numa fotografia que agora corre mundo, depois de a agência espacial norte-americana NASA a ter escolhido como "fotografia do dia".

A história mais parece um episódio de caça-tornados. É mesmo caso para dizer que, a 9 de Março, Ana Filipa Scarpa estava no local certo, à hora certa. Esta fotógrafa de 54 anos tinha aproveitado o dia para fotografar esta zona pantanosa do Ribatejo, acompanhada pelo marido, mas nunca pensou que a ida àquele local, já tão habitual para si, lhe ia valer uma imagem que seria divulgada no site Earth Science Picture of the Day, da NASA, e na página de Facebook da agência espacial.

"Eu estava a fotografar no local e, quando vinha para casa e já estava a guardar as coisas no carro, olhei em frente e vi uma espécie de um tornado. Pensei: 'Ai que giro, vem aí um tornado!' E fiquei à espera para ver o que era", conta ao PÚBLICO a fotógrafa. "Nunca tinha passado por uma situação destas. Percebi que tenho muita calma em situações de risco. Não sabia o que era e não me fui embora. Afinal, até sou corajosa", diz, entre risos.

Mas Ana Filipa Scarpa estranhou uma coisa: aquele tornado não se mexia. Decidiu aproximar-se, até ficar a 400 metros de distância. "Meti-me no carro para ir ao encontro do tornado. Foi aí que percebi que aquilo eram mosquitos", relata. "Não sei quantos seriam, mas vi milhões e milhões de mosquitos. Era muito interessante. Foi realmente uma experiência gira."

Quando se aproximava, e depois já no local, vários mosquitos entraram-lhe no carro, mesmo com as janelas fechadas: "Nem sei por onde é que eles entraram, mas parecia quase um filme de terror."

É raro em Portugal depararmo-nos com um fenómeno deste género, principalmente com a forma de tornado. A concentração de mosquitos teria atingido uma altura de 300 metros, segundo a NASA. "Ao olhar para o fim da sua rua e ver uma coisa que parece uma nuvem em forma de funil deve ser horrível. Afinal, o suposto funil, cuja imagem foi captada na Lezíria Grande, em Vila Franca de Xira, Portugal, não era realmente uma nuvem nem tinha a forma de funil", lê-se no site da NASA. "Nem era sequer perigoso. Eram insectos unicamente."

O fenómeno ainda durou "alguns instantes", como diz a fotógrafa portuguesa, permitindo-lhe tirar várias fotografias. Mas não teve tempo de trocar a lente da máquina fotográfica ou montar o tripé. "Ainda deu para estar relaxada a fazer as fotografias."

"Como hei-de dizer? É simpático"
Que insectos eram aqueles? Na realidade, não se sabe bem. Ana Filipa Scarpa diz que apenas viu "mosquitos, melgas ou melgas, mosquitos".

Agora, este tornado de mosquitos vagueia como fotografia por todo o lado. A fotógrafa é que tomou a iniciativa de a publicar no site Earth Science Picture of the Day. Depois, alguém da agência espacial dos Estados Unidos a quis destacar nesse site da NASA e entrou em contacto directo com ela. "É muito bom a minha fotografia estar na NASA e as pessoas acharem-na interessante. Como hei-de dizer? É simpático."

Mas se a existência desta fotografia, noticiada pelo Correio da Manhã, foi uma "questão de sorte" para Ana Filipa Scarpa, muitos dos seus trabalhos fotográficos implicam esforço e já foram distinguidos com vários prémios portugueses e internacionais. Sem trabalho certo, e com um  curso em pintura de azulejos, o que ela faz é "fotografia para poder concorrer aos concursos que têm alguma credibilidade".

Notícia corrigida às 15h30 de 16 de Maio de 2014: Lezíria Grande é uma área no Ribatejo e não uma povoação.

Texto editado por Teresa Firmino

EUROPEIAS 2014 “Subsídio-dependência” estrangula agricultura portuguesa


Áudio PAC estrangula agricultura portuguesa
Jovem agricultor olha para a Política Agrícola Comum e considera que o sector está estagnado. "Eles dão-nos a semente, nós tínhamos de a saber tratar e não comê-la". 15-05-2014 8:59 por Olímpia Mairos

Rui Lagoa, de 35 anos, herdou dos pais e avós o 'bichinho' da agricultura e, por isso, licenciou-se em engenharia agrícola. Actualmente investe na produção de frutos vermelhos: mirtilo, framboesa, morango e groselha. 

Para se instalar em Covelo, Vila Pouca de Aguiar, o jovem agricultor contou com o financiamento na União Europeia."O financiamento foi de 60%" e "se não tivesse este apoio", não teria "concretizado o projecto", que requereu um investimento de 115 mil euros. 

Apesar de ter sido apoiado por fundos, Rui Lagoa discorda de grande parte das políticas europeias e considera mesmo que estão a "estrangular" o sector. "Não concordo com os subsídios que estão a ser dados, com o arranque das vinhas e pomares, com a estagnação de toda a nossa agricultura", afirma, denunciando os malefícios dos subsídios que são dados para não produzir. 

"Moro no vale de Aguiar. É um vale imenso com terrenos de reserva agrícola. Só há 8% no nosso país. Mas ninguém tem acesso aos terrenos porque estão a ser dados aos agricultores 300 euros por cada hectare ao ano para deixarem os terrenos de velho, para que tudo fique parado e não se produza", conta. 

Segundo o jovem agricultor, a estagnação da agricultura deve-se ao comodismo português e aos interesses dos grandes produtores da Europa. 

"Eles dão-nos a semente, nós tínhamos de a saber tratar e não comê-la - e é o que estamos a fazer, porque nos contentamos com um 'subsídiozinho' pequenino", acrescentando que "também é do interesse dos grandes da Europa a nossa estagnação porque, assim, ficamos totalmente dependentes deles para comprar cereal, batata e tudo aquilo que comemos". 

Para inverter a situação e tornar a agricultura portuguesa competitiva, o agricultor defende o fim da 'subsídio-dependência' e a alteração da Política Agrícola Comum (PAC ).

Portugal tem condições para ser competitivo 
Rui Lagoa afirma que Portugal tem condições para ser competitivo em termos agrícolas e aponta como exemplo a produção de alho. 

"É comprado nos mercados a cinco euros o quilo. Um hectare de alhos pode dar 10 toneladas - são 50 mil euros", refere, salientando que estão "com 300 euros por hectare/ano para não produzir. Ficam os agricultores contentinhos, compram um jipe ou uma pick-up e não deixam que os jovens trabalhem".

"O segredo para sair desta crise é termos uma boa agricultura e uma boa política agrícola", frisa. 

Este jovem agricultor em Covelo, Vila Pouca de Aguiar. Em 2013 começou a produzir mirtilo, framboesa, morango e groselha e ainda transforma os frutos em compotas, licores e chás. No ano passado já vendeu alguma da sua colheita para a Holanda e procura agora novos espaços, como lojas gourmet, onde possa comercializar os seus produtos. 

Esta reportagem integra a série "A Europa Vista Daqui", publicada pela Renascença antes das eleições europeias. Acompanhe a campanha eleitoral, as entrevistas da Renascença e a opinião de especialistas na secção "Europeias 2014".

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Direito de resposta - "Comunicado sobre a Reforma da PAC"



A Agro.ges enviou hoje um comunicado sobre uma ferramenta que a CONSULAI desenvolveu e disponibilizou no âmbito da reforma da PAC.

Este comunicado, que coloca em causa o rigor e a credibilidade do nosso trabalho, obriga-nos a prestar dois esclarecimentos:

1. Como foi referido aquando da divulgação da nossa ferramenta, a informação utilizada é a que está disponível à data de Abril de 2014, sendo do conhecimento de todos que ainda existem opções nacionais que não estão definidas. Não é possível, com base na informação que está publicada e a que todos têm acesso, ter resultados certos ou errados. Na informação que enviámos dizemos explicitamente que a ferramenta disponibilizada será atualizada quando estes dados estiverem disponíveis. Divulgar esta ferramenta no dia em que terminam as candidaturas ao Pagamento Único não é "estranho", é propositado. Não pretendíamos que a ferramenta servisse nesta fase para apoiar a tomada de quaisquer tipo de decisões, porque estas decisões já estariam necessariamente tomadas. Quando a informação for disponibilizada publicamente, e for do conhecimento de todos, lançaremos uma nova versão que poderá então servir esse propósito.

2. A CONSULAI existe há mais de 10 anos e tem mais de 500 clientes, trabalhando, com a maior parte destes, há muitos anos. Os que nos conhecem bem, sabem que o RIGOR é um dos valores que colocamos em tudo o que fazemos. Os que nos conhecem melhor, sabem que não tivemos outra opção que não responder (de forma tão objetiva quanto possível) ao comunicado que foi feito pela Agro.ges, justamente porque foi colocado em causa um dos nossos principais valores. Em mais de 10 anos nunca comentámos ou questionámos o trabalho dos nossos concorrentes. Fazemos sempre o melhor que podemos e é por isso que temos vindo a crescer e a reforçar a credibilidade do nosso trabalho.

Em caso algum voltaremos a tocar neste assunto.

Cordialmente,

Pedro Miguel Santos
Director-Geral