sexta-feira, 25 de março de 2011

Madeira: Produção de cana sacarina duplicou e comércio de aguardente cresceu 41 por cento

25-03-2011

O secretário do Ambiente e Recursos Humanos da Madeira afirmou ontem
que a região duplicou a produção de cana sacarina na última década e
que comércio da aguardente cresceu 41 por cento entre 2008 e 2010.
Manuel António Correia falava no âmbito das visitas que efectuou aos
engenhos da Calheta e do Ribeiro Seco, no Funchal, para assinalar a
abertura oficial da campanha da cana sacarina.

O governante adiantou que este ano «a produção será sensivelmente
idêntica à do ano passado», acrescentando que é esperada uma «ligeira
melhoria volta de 5.700 toneladas, o que significa o dobro do que a
região produzia há 10 anos».
«Em consequência deste aumento de produção, entre 2008 e 2010, o
comércio da aguardente subiu 41 por cento e o de licores 34 por cento,
o que demonstra que há um crescimento sustentado e que o sector da
cana, e em geral todo o sector agrícola está a ter maior e melhor
contributo para a região», salientou.
Segundo o governante madeirense, a Madeira já está a cumprir o apelo
feito no discurso de posse do Presidente da República, «produzindo
bens transaccionáveis que são fundamentais para resistir e crescer
economicamente num momento de dificuldade».
«Estamos a produzir ao nível do que produzia no inicio dos anos 80, o
que foi possível devido ao trabalho articulado entre produtores, os
engenhos da região e a parte comercial», referiu.
Manuel António Correia salientou que este trabalho transversal
permitiu «identificar as necessidades do mercado e ajudar os
produtores a satisfazerem a procura, o que tem resultado, dado o
aumento da quantidade, valor pago ao produtor e criação de riqueza
para a Madeira».
Este responsável destacou que este aumento «não correspondeu a um
aumento global do consumo de poncha», mencionando que se registou uma
transferência da utilização de produtos importados, caso da vodka, por
aguardente da Madeira.
Assegurou também aos produtores que «está assegurado o escoamento da
totalidade de produção», perspectivando que «nos próximos anos poderá
ser necessário fazer mais um período de crescimento como o mercado
pede, para responder a solicitações».
Apontou como nota positiva o facto de ter sido acordado um aumento de
um cêntimo ao produtor por cada quilo de cana produzido, passando para
26 cêntimos, o que significa um acréscimo de por cento.
Considerou ser um aumento «muito positivo», porque há 10 anos recebiam
13 cêntimos, o que representa que «duplicou o preço por quilo, sendo
um sector impar».
Este acordo prevê ainda a abertura de uma linha de crédito com juro
bonificado aos engenhos para que possam pagar aos produtores.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia33360.aspx

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