sábado, 24 de março de 2012

Lições da Agricultura Neozelandesa

OPINIÃO: José Martino
O jornal Expresso publicou em
http://expresso.sapo.pt/nova-zelandia-uma-agricultura-sem-subsidios=f713851
os artigos abaixo, os quais estão em linha com o que defendo e não
resisto a publicá-los e comentá-los:
1 - O banco de terras que defendo a sua implementação é uma reforma
estrutural para colocar os minifúndios das regiões Norte e Centro de
Portugal na agricultura de mercado. Resolvam o problema do acesso à
terra e do crédito bancário a prazos e preços compativeis com a
atividade que eu encontro os empresários!
2 - A Nova Zelândia rege-se pelas leis de mercado, mas controladas:
como explicam que neste país só uma única Entidade, a "Zespri, Ltd",
detida pelos agricultores, comerciantes e ministério da agricultura,
tenha autorização para exportar kiwis? Porque quando a exportação foi
livre as empresas neozelandesas concorriam entre si e geraram
abaixamento de preços tornandoo negócio inviável. Conclusão: regras de
mercado mas constroladas pelo interesse público através da gestão do
minsitério da agricultura. Aliás, em Portugal temos um problema
semelhante com as regras que a distribuição coloca aos seus
fornecedores.

3 - Na Nova Zelândia em 1986, com a falência do país, o ministério da
agricultura passou de 10000 funcionários para 500. Ficou com as
funções de soberania e política. Qual seria o efeito de uma reforma
semelhante em Portugal? Junte-se-lhe a solução neozelandesa:"Este
plano tinha como medidas-chaves a redução do endividamento, a criação
de um fundo de estabilização financeira para os agricultores e uma
linha de financiamento de 50% dos gastos dos agricultores que estavam
em dificuldades, junto da banca privada.".
4 - A crise ajudou a implementação das reformas, mas temos que
analisar outros pontos muitos importantes: ´
a) Estratégias de desenvolvimento económico: na primeira visita que à
Nova Zelândia em 1999 este país tinha 50 quilómetros de auto-estradas
porque havia uma prioridade no investimento produtivo face às
infraestruturas; O cidadão comum aceitava como regra o financiamento
das empresas em detrimento do financiamento do Estado; Conheci um
chefe de investigação e pesquisa agrícola que tinha um orçamento de
muitos milhões de dólares que podia gerir de forma discricionária,
podia contratar quem quisesse pelo valor que entendesse e podia dazer
os despedimentos que decidisse. O que não podia falhar os objetivos
aprovados a médio e curto prazo, por exemplo, novas variedades
comerciais de kiwis, macieiras, etc. Neste caso seria despedido. Etc.
Etc.
b) Trata-se de um país sujeito a catastrofes naturais como terramotos,
tufões, etc. que criam nos seus cidadãos maior abertura para o
empreendedorismo porque várias vezes ao longo da vida os seus cidadãos
têm de recomeçar de novo.
c) A distãncia aos mercados obriga a maior certeza e eficiência na
gestão dos investimentos
http://josemartino.blogspot.pt/2012/03/o-jornal-expresso-publicou-em.html

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