terça-feira, 20 de março de 2012

Copa-Cogeca considera positivo debate sobre estudo relativo aos direitos de plantação do sector vitivinícola

20-03-2012

O Copa-Cogeca acolheu com satisfação o debate no Parlamento Europeu
sobre um novo estudo para analisar se os directos de plantação do
sector vitivinícola da União Europeia devem manter-se.
Com o apoio dos eurodeputados e de quinze estados-membros, a
organização insiste que o sistema de gestão do potencial de produção
para todos os tipos de vinho, de forma a preservar um sector
vitivinícola dinâmico, par além do emprego nas zonas rurais da União
Europeia (UE).
O estudo, "A liberalização dos direitos de plantação do sector
vitivinícola da UE", realizado pelo Instituto Nacional de Economia
Agrária (INEA), foi solicitado pelo Parlamento Europeu (PE).
O secretário-geral do Copa-Cogeca, declarou que «o sector vitivinícola
é de excelência no que se refere ao comércio de produtos
agro-alimentares entre a UE e os países extracomunitários». Pekka
Pesonen sublinhou que as exportações comunitárias alcançaram os 6.700
milhões de euros, o que representa praticamente um quarto das
exportações europeias de produtos agrícolas, acrescentando, que sob o
ponto de vista económico «a produção europeia desempenha um papel
estratégico e constitui ainda uma importante fonte de emprego em
muitas zonas rurais da UE».

O presidente do grupo "Vinho", do Copa-Cogeca, Thierry Coste,
assinalou a preocupação por parte da organização quanto ao futuro do
sector vitivinícola da UE se os direitos de plantação terminarem.
Coste considera que a «liberalização dos direitos pode levar a
alterações significativas nas zonas de produção da Europa e agravar os
actuais desequilíbrios da cadeia alimentar, em detrimento do sector
produtor», assinalando que o sistema em questão serve de ajuda para
acompanhar o mercado e a produção da UE mediante um aumento regular
das superfícies de vinha, garantindo, ao mesmo tempo, a qualidade de
vinho produzido».
Por todas estas razões, o Copa-Cogeca pede à Comissão Europeia para
apresentar o mais brevemente possível uma proposta que contemple a
manutenção dos direitos de plantação, em vez de suprimi-los
gradualmente, o que já causa grande preocupação ao sector vitivinícola
da UE A organização defende que é necessário tomar uma decisão rápida
a favor da continuidade dos mesmos, para que os produtores possam
proceder aos investimentos necessários
Os eurodeputados já requereram a manutenção dos direitos depois de
2015, em vez da sua eliminação progressiva, na ocasião da votação da
informação sobre o futuro da política agrícola comum (PAC), em Maio.
Também na semana corrente, organizou uma audiência sobre o assunto, a
qual obteve bons resultados.
No total, são 15 os Estados-membros que se opõem á supressão dos
direitos de plantação em 2015, nomeadamente, Portugal, Espanha,
França, Alemanha, Itália, Chipre, Luxemburgo, Áustria, Hungria,
Roménia, República Checa, Grécia, Eslováquia, Eslovénia e Bulgária.
Fonte: Copa-Cogeca
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43631.aspx

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